O cinema como arte: criatividade, tecnologia e negócios DFCH454 – Linguagem do Cinema e do Audiovisual Prof. Cristiano Canguçu
Etapas da produção audiovisual
Etapas da produção Planejamento Pré-produção Produção Pós-produção Distribuição Exibição
1. Planejamento Ideias/temas Aquisição de direitos Financiamento (público ou privado) Argumento ou plano de filmagem (documentário) Roteiro (e tratamentos)
2. Pré-produção (preparativos) Contratação e preparação de elenco Seleção e providência das locações Projeto visual (arte conceitual) Storyboard /roteiro técnico
3. Produção (filmagens) Cenografia Figurino Fotografia Som direto Encenação e atuação Efeitos especiais (físicos) ou visuais (câmera) Continuidade Produção (logística)
4. Pós-produção Edição/montagem Correção de cor Dublagem (ADR) Computação gráfica Sonoplastia ( foley ) Edição de som Efeitos visuais (computação gráfica)
5. Distribuição Contratos com redes exibidoras no mundo Cronograma de janelas de exibição Promoção e divulgação Decisões a respeito do mercado de cada filme
6. Exibição Salas de exibição (cinemas) Suporte físico (DVD, Blu-ray) Video-on-demand (VOD) na TV paga TV por assinatura nos canais do pacote Streaming (gratuito ou pago)
Câmera, formatos e suportes
Princípios da camera obscura Uma câmara escura (corpo) protegida da luz; Uma pequena abertura ( pinhole ) , por onde passam os raios de luz – lentes possibilitam aberturas maiores sem perder o foco ; Projeção (invertida) da imagem numa superfície plana.
Partes da câmera
Partes da câmera Objetiva: conjunto de lentes que refratam convergentemente a luz; Obturador: dispositivo que bloqueia temporariamente a luz; Diafragma: orifício ajustável que controla a quantidade de luz que entra na câmera.; Subexposição : pouca luz entra, criando muitas áreas escuras; Superexposição: luz excessiva entra, “queimando” certas regiões da imagem. Superfície de impressão: película fotográfica (filme) ou microchip sensível à luz (CCD ou CMOS).
Projetor de cinema O projetor cinematográfico é uma câmera escura invertida: uma fonte de luz interna projeta a imagem do filme (ou produzida pelo chip) numa superfície maior que a imagem. A objetiva é divergente, ao invés de convergente.
Quadros (frames) O audiovisual não captura a duração e o movimento fluidos da realidade, mas os fotografa (e exibe) várias vezes por segundo: Cinema mudo: entre 12 e 40 quadros por segundo (12p-40p); Cinema sonoro tradicional: 24p; Cinema digital HFR: 48p; Televisão americana (NTSC) e brasileira (PAL-M): 60 quadros entrelaçados (60i); Televisão europeia (PAL-SECAM): 50i; Isso funciona porque nosso cérebro interpreta sucessões de imagens estáticas (a partir de 10fps) como uma única imagem que se movimenta (fenômeno beta). Obs : a teoria da “persistência retiniana ” é desacreditada, há décadas, como explicação para a ilusão de movimento do cinema.
Super 8mm 35mm 70mm 16mm 70mm IMAX Formatos: bitolas (película)
Formatos: sensores (digitais)
Equivalência entre tamanhos de sensores e tamanhos de películas: o tamanho da superfície é proporcional ao tamanho da lente, o que implica em: Profundidade de campo; Entrada de luz; Porém, não há implicação direta nas unidades mínimas de registro luminoso, físicas (grânulos) vs. lógicas (pixels). Há sensores pequenos com muitos megapixels (porém, menos qualidade de imagem/luz). Formatos: películas e sensores
Pixels Unidades mínimas de informação de cor e de iluminação no suporte digital; Equivalente aos grânulos da fotografia; Formadas por informações de vermelho, verde e azul (RGB)
Resoluções de imagem Medidas (em pixels ) de informações de cor e de intensidade de uma imagem; Medidas na forma horizontal X vertical; Exemplos: SDTV NTSC/PAL-M: 480p (720×480); SDTV PAL: 576p (720×576); HDTV 720p (1280×720); HDTV FullHD 1080p (1920×1080); 2k (2048×1536), (2048x1536), (2048x1080); (2048x872); 4k (4096×3072), (4096x2400), (4096x2160). Há outros formatos de telas e resoluções possíveis...
Resoluções de imagem
Proporções de aspecto
Proporções de aspecto Não dizem respeito diretamente ao tamanho da película/sensor, nem à resolução da imagem. Designam a razão entre largura X altura da imagem. Não implicam em diferenças de qualidade , de imagem, mas em diferenças de composição: Mas há problemas na conversão para a TV 4:3 ( vídeo )
1.33:1 (4:3), “acadêmico” La cabina (Antonio Mercero, 1972)
1.66:1 (3:2), europeu A Dupla Vida de Véronique ( Krzysztof Kieslowski, 1991)
1.78:1 (16:9), TV widescreen Dr. House (Fox/Universal, 2004-2012)
1.85:1, widescreen americano O Samurai (Jean-Pierre Melville, 1967)