As transformações económicas na Europa e no Mundo História A 11ºAno Prof. Carla Freitas
A Expansão da Revolução Industrial
Expansão da Revolução Industrial ( Pág. 8 e 9 )
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 12, Documento 1A e C ) 1ª metade do século XIX Primeiros avanços na indústria: Mecanismos simples Conceção por artesãos ou pequenos empresários Aumento da Concorrência (-custos e +lucros) Complexificação dos maquinismos industriais 2ª metade do século XIX: Atualização permanente da tecnologia fabril Ligação ciência e técnica : as empresas investem na investigação institutos e universidades laboratórios nas empresas O conhecimento e a invenção passa a resultar do trabalho de equipa e do desenvolvimento científico PROGRESSOS CUMULATIVOS Máquina de costura industrial de cerca de 1860 da Johnson Clark & Co Orange Ma. Máquina de impressão têxtil Segunda Revolução Industrial
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 13, Documento 2 ) Novas Indústrias Indústria Química: Necessidade de corantes industriais para o setor têxtil Aparecimento de novos produtos ligados a outros setores (plástico, borracha, vernizes, etc…) Produtos próprios (inseticidas, fertilizantes, medicamentos) Desenvolvimento da indústria alimentar Resultam de: ligação entre a investigação científica e a indústria exploração de novos produtos (petróleo, drogas, etc) Gigantes da indústria química (BASF, Bayer, etc) Aspirina Bayer acetatoarsenito de cobre, era usado como pigmento para tintas, corante para roupas, acessórios, papéis de parede e alimentos, era altamente tóxica
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 14, Documento 3B ) Novas Indústrias Siderurgia (fabrico e trabalho do ferro e do aço) Maquinaria variada (indústria) C onstrução de obras públicas (carris, pontes, etc.) Transportes (comboios, navios, etc.) Desenvolvimento resulta de Invenção de um novo conversor de ferro em aço, por Henry Bessemer Crescente necessidade de materiais resistentes e com mais plasticidade Engenheiro Henry Bessemer Conversor de Bessemer
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos Novas Fontes de Energia 1ª Revolução Industrial (Carvão e Vapor) 2ª Revolução Industrial (Petróleo e Eletricidade) Petróleo - Usado para: Lubrificantes Combustiveis para iluminação Produtos derivados Produção industrial (substituindo progressivamente o vapor ) Combustiveis para transportes Tornam-se os combustiveis do Futuro (séc. XX) Engenheiro Rudolf Diesel Motor a gas oil Engenheiro Gottlieb Daimler Motor de explosão a gasolina
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 15, Documento 4A ) Novas Fontes de Energia Eletricidade Vantagens: energia limpa d e fácil transporte cidades mais seguras aumento das jornadas de trabalho Utilização Iluminação Transportes refrigeração/aquecimento comunicação (telégrafo , rádio, telefone, cinema) Permitiu o aparecimento de numerosas invenções essenciais para o homem do contemporâneo Fisico e Quimico Michael Faraday Motor elétrico com anel de indução (1831) Thomas Edison Lâmpada incandescente (1879)
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 18 e 19, Dossiê ) Aceleração dos transportes Resulta de: necessidades da indústria transporte de matérias-primas circulação de produtos Transportes a vapor Comboio Vantagens Mais barato Mais rápido Maior capacidade de transporte de pessoas e materiais Mais confortável Mais seguro Encurtou distâncias Obras de engenharia (carris, pontes, estações…) 1840 1880 Ponte D. Maria, Porto
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 16, Documento 5 ) Aceleração dos transportes Transportes a vapor Navios a vapor Vantagens Mais barato Mais rápido Maior capacidade de transporte de pessoas e materiais Mais seguro Movimentava avultados capitais Criação de grandes empresas de transporte marítimo Construção de grandes obras de engenharia como os canais do Suez e do Panamá Abertura do Canal do Suez (/1869) Inauguração do Canal do Panamá (1914)
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos Aceleração dos transportes Transportes elétricos Metropolitano (comboios urbanos) Elétricos Automóveis (pouco sucesso)
Ligação ciência-técnica; novas formas de energia e novos inventos ( Pág. 17, Documento 6 ) Aceleração dos transportes Transportes a gasóleo, gasolina Motorizada (1885) Automóvel (1886) Avião (1903) 1886 – Primeiro automóvel patenteado pela Benz 1885 – Primeira motorizada de Gottlieb Daimler O "Flyer I“, Irmãos Wright (1903)
Ligação ciência-técnica; Concentração industrial e bancária ( Pág. 21, Documento 8 ) Concentração industrial e bancária Resultam de: Necessidade de: aumento dos stocks e matérias-primas combustível inovação tecnológica pessoal Crises económicas frequentes Livre concorrência Formas de obter mais lucros a menor custo e controlar o mercado Concentrações Industriais 2ª metade do sec. XIX com absorção de pequenas indústrias por grandes empresas
Ligação ciência-técnica; Concentração industrial e bancária ( Pág. 21, Documento 8 ) Concentrações industriais Concentração vertical (trust) Concentram numa mesma empresa todas as fases de produção (da extração da matéria prima à venda do produto) Concentração horizontal (holding, cartel) Associação de várias empresas ou sua aquisição (numa fase da produção) Anulam a concorrência Monopolizam a produção e mercados Criação de gigantescos grupos económicos internacionais que levam ao aparecimento das primeiras multinacionais no séc . XIX
Ligação ciência-técnica; Concentração industrial e bancária ( Pág. 22, Documento 9A e C ) Concentrações bancárias Surgem sociedades financeiras Há uma concentração do sistema bancário: Pequenos bancos vão à falência e são absorvidos Surgem sucursais em vários paises de grandes instituições bancárias Passam a dominar a indústria: Tornam-se acionistas Investem capitais Fornecem créditos Canalizam poupanças Há um aumento de circulação de moeda fiduciária (moeda papel, títulos, etc.) Caricatura que mostra John Pierpont Morgan a entrar na Europa com um cesto de negócios onde se incluiem empresas de transportes , comunicação , energia , etc e assustando os monarcas europeus
Ligação ciência-técnica; A Racionalização do Trabalho ( Pág. 22, Documento 9A e C ) Causas Aumento da concorrência Procura de lucro Menos Custos e Mais Lucros Mais produção Mais qualidade Preço mais baixo Rentabilização de mão de obra Rentabilização de recuros materiais Modo de produção industrial e capitalista Mecanização crescente do processo produtivo Estandardização da produção Concentração dos trabalhadores e dos meios de produção (fábricas) Disciplinarização e racionalização do trabalho (ritmo e horários) P rogressiva separação entre o patronato e os operários Publicidade https:// www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto .” Henry Ford
Ligação ciência-técnica; A Racionalização do Trabalho Novos métodos de Produção Taylorismo Divisão do trabalho em tarefas simples Especialização das funções Trabalho em cadeia (cadeia de montagem) Automatismo dos atos Controlo do tempo necessário a cada tarefa. Fordismo Aplicação do Taylorismo Linha de montagem mecânica Produção em massa (em grande quantidade) Estandardização (Produtos iguais) Salários elevados Controlo do tempo (cartão de ponto) Alienação do operário e automatismo “O nosso primeiro progresso na linha de montagem consiste em levar o trabalho ao operário e não o operário ao trabalho. A aplicação deste princípio tem por objetivo limitar ao mínimo os movimentos do operário. O homem que coloca uma peça não a fixa, o que coloca a cavilha não mete a porca, o que mete a porca não a aperta. (…) Eram necessárias nove horas e quarenta e quatro minutos para montar um motor, mas com a linha de montagem esse tempo ficou reduzido para cinco horas e cinquenta e seis minutos”. Henry Ford, Ma vie et mon oeuvre, 1925 https:// www.youtube.com/watch?v=ELExsE9o238
A Geografia da Industrialização
A Geografia da industrialização: A Hegemonia inglesa ( Pág. 26, Documento 13 ) Meados do século XIX: o avanço inglês Causas M aior produtor mundial: Mecanização Racionalização e organização do trabalho industrial Desenvolvimento científico e tecnológico Maior investidor mundial Legislação liberal (Liberalismo económico) Modernização do aparelho financeiro Libra esterlina torna-se a moeda-padrão Controlo do comércio internacional Modernização dos transportes ( vias férreas e frota mercante) E xpansão comércio internacional MAS Finais do séc. XIX a sua supremacia é posta em causa por outros países
A Geografia da industrialização: A Afirmação de novas potências
A Geografia da industrialização: A Afirmação de novas potências ( Pág. 28, Documento 15 ) Alemanha Factores que contribuiram para o atraso Processo de unificação Características Industrialização rápida e dinâmica desde 1840 devido a: crescimento demográfico protecionismo aduaneiro sistema financeiro progressos científico-técnicos a largamento mercado externo Principais setores (grande indústria) siderurgia e metalurgia (não passa pelo têxtil) carvão caminhos de ferro Década 70 – Química, Eletricidade e construção naval Torna-se a principal rival da Inglaterra o que vai gerar inúmeros conflitos Cartaz da AEG
A Geografia da industrialização: A Afirmação de novas potências ( Pág. 29, Documento 17 ) França Factores que contribuiram para o atraso revoluções e guerras civis ausência de condições estruturais (jazidas de carvão ) Características Industrialização: tardia l enta constante Principais setores: déc . de 20-60 do séc. XIX - têxteis e carvão; siderurgia; caminhos de ferro 1901-1913 - posição de liderança: eletricidade, indústria automóvel, cinema 1902 - Renault Voiturette A Primeira Projeção Comercial dos Irmãos Lumière - 1895
A Geografia da industrialização: A Afirmação de novas potências ( Pág. 29, Documento 18 ) Estados Unidos da América (EUA) Factores que contribuiram para o atraso Anexação de territórios (conquistados, anexados ou comprados) Características Arranque inicia-se após 1850 Crescimento rápido e acelerado devido a: Recursos naturais (minérios e combustiveis fósseis) Crescimento demográfico (imigração europeia) Desenvolvimento agrícola Dinamismo social e liberalismo económico Facilidades de escoamento Principais setores: Têxtil (abundância de algodão e utilização pautas protecionistas) Siderurgia ( grande dinamizador da economia) Eletricidade e petróleo (recursos naturais) Indústria automóvel 1905 - Fábrica da Carnegie Steel em Pittsburgh Poço de Petróleo em Oklahoma Em 1874 os EUA já produziam dez milhões de barris por ano. No final do séc. XIX os EUA tornam-se a 1º potência industrial do mundo
A Geografia da industrialização: A Afirmação de novas potências ( Pág. 30, Documento 19 ) Japão Factores que contribuiram para o atraso Regime feudal dos Samurais (Período Edo) Características Arranque inicia-se em 1868 após restauração do império com Mutsu-Hito (Era Meiji) Industrialização rápida e surpreendente devido a: Abertura à Cultura Europa Crescimento demográfico Expansionismo militarista que leva ao alargamento de mercados Reformas sociais, políticas e económicas Aposta na educação Entrada de capitais e técnicos estrangeiros Financiamento e concessão de privilégios à criação de novas indústrias Principais setores Têxtil (seda), construção naval, siderurgia Fins séc. XIX: química e armamento Imperador Mutsu-Hito (1852-1912) Aspeto e pose europeus Gravura da era Meiji com Vestuário europeu
A Geografia da industrialização: A Afirmação de novas potências ( Pág. 30, Documento 19 ) A permanência da economia tradicional séc. XIX – coexistência de dois ritmos Novidade Paises industrializados Tradição (Países dependentes) Sul Europa (Itália, Portugal) Europa de Leste e Central MAS Mesmo nos países industrializados permanecem: Na Agricultura Agricultura de subsistência Métodos e técnicas tradicionais Na Indústria Trabalho artesanal Sistema de trabalho domiciliário No Comércio Feiras, mercados locais Camponeses russos início do século XX A Recolha do Feno, pintura de Julien Duprés, 1881
A agudização das diferenças
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças ( Pág. 32, Documento 21B ) Confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado: O livre-cambismo Inglaterra – Livre-Cambismo (Sir Robert Peel) Defesa da Liberdade comercial que permitiria: Estímulo à concorrência e produção Exploração de recursos naturais Desenvolvimento e riqueza de todas as nações do mundo de acordo com as suas condições naturais Influenciou a Europa e EUA (1850-1870) Levou à diminuição da pauta alfandegária Desenvolvimento comércio internacional Críticas ao Livre-Cambismo nos EUA Elogio ao Livre-cambismo britânico
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças ( Pág. 32, Documento 21B ) As debilidades do livre cambismo: as crises cíclicas Países mais atrasados: Persiste o subdesenvolvimento: Baixa produtividade do setor agrícola P oupanças e investimentos insuficientes Dificuldade em competir com os produtos das potências industriais Nas nações desenvolvidas: Aparecimento de crises cíclicas Periodicidade: 6-10 anos Tipo: crises de superprodução, próprias do capitalismo Sectores: industrial (sobretudo), alastrando-se às finanças e mesmo à agricultura Críticas ao Livre-Cambismo, nos EUA Cartoon alusivo ao Pânico de 1893, nos EUA
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças Crises do Antigo regime e Crises do Capitalismo Antigo Regime Capitalismo Contexto Economia agrícola Economia industrial Origens Fracas colheitas Superprodução industrial Especulação financeira Preços Subida dos preços (cereais) Descida dos preços (industriais e, por vezes, agrícolas) Periodicidade Irregular ( fatores climáticos) Cíclicas Dimensão Regional, nacional ou continental Mundial Repercussões Escassez, Fome, mortalidade Desemprego urbano Descida acentuada da bolsa Falência de bancos e empresas Desemprego Concentração de empresas
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças ( Pág. 33, Documento 22A ) Crises – os ciclos de Juglar Causas : Excesso de investimento e de produção liberdade de concorrência e investimento não intervenção do Estado na economia Em período de crescimento: Clément Juglar
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças Crises – os ciclos de Juglar Consequências Superprodução : acumulam-se os stocks o que leva: diminuição da produção ou falência baixa dos preços / destruição dos stocks redução de gastos em matérias-primas, energia Crise noutros sectores agrícolas e industriais Crise financeira (suspensão dos pagamentos, créditos, investimentos) Contestação e distúrbios sociais (redução de salários e despedimentos) Rápida propagação Contestação ao liberalismo económico Retorno ao protecionismo nos finais séc. XIX
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças Crises – os ciclos de Juglar Mecanismos de resposta destruição de stocks, lock out temporário, recurso ao crédito, concentração monopolista, inovação tecnológica. MAS Agravamento das crises ao longo do século: afectam toda a economia pesadas consequências sociais. Crise de 1929 Intervenção do Estado na economia https:// www.youtube.com/watch?v=S-ui53vxefY&t=17s
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças ( Pág. 35, Documento 24 )
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças ( Pág. 36, Documento B ) O mercado internacional e a divisão do trabalho Séc . XIX: crescimento acelerado do comércio Há um contínuo aumento da produção Progresso de transportes e comunicações. A Inglaterra domina o fluxo de trocas . Quatro países controlam mais de metade da produção mundial: Inglaterra França Alemanha EUA
A Geografia da industrialização: A agudização das diferenças ( Pág. 36, Documento B ) O mercado internacional e a divisão do trabalho Estrutura internacional do comércio reflete divisão interbacional do trabalho Países industrializados – “Fábricas do mundo” Detêm mais de 70 % da produção industrial Empregam a maioria da mão de obra no sector industrial e serviços Abastecem os países mais atrasados Países mais atrasados Fornecem produtos agrícolas e matérias-primas A maioria da sua mão-de-obra trabalha no sector primário Desenvolvimento de nações por efeito de arrastamento MAS Sistema de trocas desigual Agudização das diferenças
Deves saber Situar no tempo o no espaço a expansão da revolução industrial Relacionar a dinâmica do crescimento industrial com o caráter cumulativo dos progressos técnicos Caracterizar a segunda revolução industrial Justificar o aparecimento de concentrações monopolistas verticais e horizontais Relacionar as novas formas de organização do trabalho com a dinâmica industrial Referir em traços gerais a geografia da industrialização. Evidenciar a hegemonia inglesa e a industrialização de novas potências Contrapor livre-cambismo e protecionismo Caracterizar as crises do capitalismo Relacionar os desfasamentos cronológicos da industrialização com as relações de domínio ou de dependência estabelecidas a nível mundial. E AINDA Interpretar documentos escritos e iconográficos relacionando-os com os conteúdos Integrar a análise de documentos nas tuas respostas e análise de conteúdos