Na possessão, o Espírito atuante toma o corpo do encarnado como seu domicílio, sem que, no entanto, esse corpo seja abandonado pelo seu dono.
A obsessão corresponde a uma ideia recorrente ou fixa que é negativa. A pessoa que passa por obsessão não se sente satisfeita, sofre com o processo, se...
Na possessão, o Espírito atuante toma o corpo do encarnado como seu domicílio, sem que, no entanto, esse corpo seja abandonado pelo seu dono.
A obsessão corresponde a uma ideia recorrente ou fixa que é negativa. A pessoa que passa por obsessão não se sente satisfeita, sofre com o processo, sentindo uma incompletude, bem como culpas, angústias, sensação de falta, etc. O pensamento obsessivo tem efeito escravizante, em todos os casos a pessoa que sofre de obsessão identifica que há algo errado, tendo dificuldade de assumir e de pedir ajuda, levando-o a um sofrer solitário.
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Added: Oct 31, 2021
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O LIVRO DOS ESPÍRITOS Livro Segundo: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos
Capítulo IX: Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal - Possessos - Convulsionários Questões 473 à 483 O Fantasma da Ópera - Afeição dos Espíritos por certas pessoas
473 – Um Espírito pode, momentaneamente, revestir o envoltório de uma pessoa viva, quer dizer, se introduzir dentro de um corpo animado e agir em lugar daquele que se encontra aí encarnado? O Espírito não entra em um corpo como entras em uma casa. Ele se afina com um Espírito encarnado que tem os mesmos defeitos e as mesmas qualidades para agir conjuntamente. Mas é sempre o Espírito encarnado que age como quer sobre a matéria da qual está revestido. Um Espírito não pode se substituir àquele que está encarnado, porque o Espírito e o corpo estão ligados até o tempo marcado para o término da existência material.0
Evolução do conceito da posse física do encarnado: Obsessão S Fascinação Subjugação Possessão POSSESSÃO: CARACTERÍSTICAS 1) Abr /1857 – LE, 1ª ed , Q.199 2) Mar/1860 – LE, 2ª ed , Q.473 e 474 3) Jan/1861 – LM, Cap. XXIII, item 241 4) Dez/1863 – RE 5) Abr /1864 – ESE, Cap. X, item 6 ESE, Cap. XXVIII, item 81 6) Jan/1868 – GN, Cap. XIV, Itens 47 à 49
“Temos dito que não havia possessos no sentido vulgar do vocábulo, mas somente subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta porque agora nos é demonstrado que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.” (Revista Espírita - dezembro de 1863) . Na possessão, (...) o Espírito atuante (...) toma o corpo do encarnado como seu domicílio, sem que, no entanto, esse corpo seja abandonado pelo seu dono. (...) a possessão é sempre temporária e em intervalos, pois um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado – pela razão de que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção. (A Gênese - capítulo XIV - item 47). POSSESSÃO
De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se fosse o seu: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços, conforme faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante (psicofonia), em que o Espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um desencarnado; no caso da possessão é mesmo o último que fala e obra; quem o tenha conhecido em vida, reconhece sua linguagem, a voz, os gestos e até a expressão da fisionomia. (A Gênese - Capítulo XIV - item 47) Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma de um encarnado, que voluntariamente lhe empresta o corpo, como emprestaria sua roupa a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo. (A Gênese - capítulo XIV - item 48) POSSESSÃO: CARACTERÍSTICAS
474 – Se não há possessão propriamente dita, quer dizer, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, a alma pode se encontrar na dependência de um outro Espírito, de maneira a estar por ele subjugada ou obsedada, a ponto que sua vontade esteja, de alguma sorte, paralisada? Sim, e esses são os verdadeiros possessos. Mas saiba que essa dominação não se faz jamais sem a participação daquele que a suporta, seja por sua fraqueza, seja por seu desejo. Têm-se tomado, frequentemente, por possessos os epilépticos ou os loucos que têm mais necessidade de médico que de exorcismo.
Allan Kardec: A palavra possesso, em seu sentido vulgar, supõe a existência de demônios, quer dizer, de uma categoria de seres de natureza má, e a coabitação de um desses seres com a alma no corpo de um indivíduo. Posto que não há demônios nesse sentido, e que dois Espíritos não podem habitar simultaneamente o mesmo corpo, não há possessos segundo a ideia ligada a essa palavra. A palavra possesso não deve se entender senão como a dependência absoluta em que a alma pode se encontrar em relação a Espíritos imperfeitos que a subjugam.
INTRODUÇÃO: Antiguidade Idade Média Século XIX A obsessão corresponde a uma ideia recorrente ou fixa que é negativa. A pessoa que passa por obsessão não se sente satisfeito, sofre com o processo, sentindo uma incompletude, bem como culpas, angústias, sensação de falta, etc. Nos bastidores da obsessão – Manoel P. de Miranda por Divaldo P. Franco OBSESSÃO
CONCEITO : Trata-se do domínio que alguns espíritos podem adquirir sobre certas pessoas (através da afinidade, da sintonia e da simpatia). São sempre espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. A obsessão apresenta caracteres diversos que é necessário distinguir, e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produzem”. (Livro dos Médiuns – Item nº 237) . “É a ação persistente que um Espírito exerce sobre um indivíduo” podendo ir desde uma simples influência moral (...) até a perturbação completa do organismo (perturbações somáticas) e das faculdades mentais. (A Gênese - capítulo XIV, item 45) OBSESSÃO
CAUSAS : As causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições. Da parte do obsessor (Espírito): Vingança de espíritos contra pessoas que lhes fizeram sofrer nessa ou em vias anteriores; Desejo simples de fazer os outros sofrerem, por ódio, inveja, covardia; Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham quando na vida física, induzem seus afins a cometê-los; Apegos às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando em vida; Por interesses em destruir, desunir, dominar, provocar o mal, manter distúrbios, partindo de espíritos inteligentes dos exércitos inferiores. OBSESSÃO
A cabeça e mãos desocupadas; A palavra irreverente; A boca maledicente; A conversa inútil e fútil, prolongada; A atitude hipócrita; O gesto impaciente; A inclinação pessimista; A conduta agressiva; O apego demasiado a coisas e pessoas; O comodismo exagerado; A solidariedade ausente; T omar os outros por ingratos ou maus; C onsiderar nosso trabalho excessivo; O desejo de apreço e reconhecimento; O impulso de exigir dos outros mais do que de nós mesmos; F ugir para os vícios: jogo, álcool, drogas, as perversões sexuais, etc ; A vingança, o ciúme, a inveja, o ódio, a cobiça, a ostentação, a sensualidade, os xingamentos, etc . OBSESSÃO Da parte do obsediado: Na visão de Emmanuel e Scheila , apresentadas através das obras psicografadas por Francisco C. Xavier, as possíveis causas de obsessão são:
CLASSIFICAÇÃO: Apesar da complexidade em que se dá o fenômeno obsessivo, poderemos assim classificá-lo: 1. Quanto à forma de ação: Ativa : O obsessor tem consciência do seu ato, visando objetivos específicos. Planeja, e às vezes, com minúcias de detalhes, as ações para prejudicar e envolver sua “vítima.” Passiva: O obsessor age sem plena consciência, fruto de uma simbiose fluídica. Poderá agir obedecendo ordens de outro Espírito. 2. Quanto à localização: Física : Manipulação de fluidos tóxicos contra o perispírito do obsidiado; Visa enfraquecer os seus órgãos vitais promovendo as doenças. Psíquica: Atuação sobre os pensamentos, atenção, concentração, percepção, emoções. (Lobo frontal - responsável pelas funções cognitivas superiores) OBSESSÃO
3. QUANTO À INTENSIDADE a) SIMPLES: De pouca intensidade, mas desagradável; Não sendo neutralizada no seu início, poderá agravar-se; Certa imposição do Espírito imperfeito sobre alguém; Alguns dos sinais mais comuns: irritação - ciúme - inveja - ideia de perseguição - ansiedade - doenças idiopáticas - vaidade – arrogância. OBSESSÃO b) FASCINAÇÃO: A “vítima” não se crê enganada; Poderá aceitar conselhos ilógicos do Espírito obsessor. São praticadas por Espíritos hábeis, astutos, hipócritas; Inspiram os seus intérpretes a se distanciarem daqueles que poderiam abrir-lhes os olhos. CLASSIFICAÇÃO:
3. QUANTO À INTENSIDADE c) SUBJUGAÇÃO: É uma pressão que paralisa a vontade daquele que a sofre, e o faz agir a seu malgrado. A pessoa está sob um verdadeiro jugo. Poderá ser: MORAL: - O subjugado é obrigado a tomar decisões frequentemente absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas. CORPORAL: - O indivíduo é constrangido a praticar os atos mais ridículos possíveis, apesar de ter plena consciência do que faz, e fá-lo contra a sua vontade. O Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários (possessão). O Livro dos Médiuns - Capítulo XXIII, itens 238 à 240 OBSESSÃO CLASSIFICAÇÃO:
4. QUANTO AO TIPO 4.1. AUTO-OBSESSÃO – O indivíduo, ao tomar consciência dos seus equívocos, passa a culpar- se; - Os conflitos interiores gerados podem levá-lo a quadros depressivos; - Devido a sintonia com mentes de igual desequilíbrio, doenças do sistema nervoso e mesmo mentais poderão instalarem-se. ideias egoístas, de temor - a imaginação fantasiosa - o misticismo doentio - as fixações mentais persistentes - os diversos complexos - etc. 4.2. HETERO-OBSESSÃO – É um quadro que se caracteriza pela influência de espíritos encarnados ou desencarnados junto a outros seres que também podem estar em condições iguais. Este processo pode ser ativo ou passivo, com ação direta no corpo físico ou mental e sua intensidade pode variar de leve, moderada a grave, dependendo o merecimento do Ser envolvido. Podemos classificá-la em quatro situações: OBSESSÃO CLASSIFICAÇÃO:
a) ENTRE ENCARNADOS: - É comum ocorrer em lares domésticos (expiações); pais autoritários - mães e esposas dominadoras - maridos desajustados e incompreensíveis - filhos rebeldes – irmãos que não se compreendem. Costumam ser reencontros de adversários de outras épocas. Neles imperam: ciúme - inveja - ódio - raiva – intolerância. b) DE ENCARNADOS PARA COM OS DESENCARNADOS: - É o chamado insistente através do pensamento direcionado àquele que partiu. É aquela ponte psíquica criada pelo encarnado com bases fortes nas afinidades entre ambos. A não aceitação do desencarne da pessoa próxima. São as: lamentações - rezas descontroladas, excessivas - idolatria - apego aos seus bens materiais. OBSESSÃO CLASSIFICAÇÃO:
c) DE DESENCARNADOS PARA COM OS ENCARNADOS – é a interferência de espíritos desencarnados junto aos encarnados, em função de ligações afetivas, paixões, ódios, vinganças, perseguição, prazer de não fazer prevalecer o bem, etc., trazendo-lhes grandes desarmonias, promovendo junto ao Ser, graves transtornos mentais e distúrbios físicos de difícil recuperação. d) DE DESENCARNADOS PARA COM OS DESENCARNADOS –No mundo espiritual os seres se ligam em função das afinidades, desejos e paixões, e a partir daí temos um grande número de Espíritos que são dominados e escravizados por outros Espíritos. Prepondera o domínio da mente mais astuta sobre as mais frágeis e culpadas. As que são dominadas realizam os desejos e intenções doentios de seus algozes. OBSESSÃO RECÍPROCA – quando dois seres passam a viver em verdadeira simbiose, em um regime de comunhão de pensamentos e vibrações. OBSESSÃO CLASSIFICAÇÃO:
Sensibilidade aumentada e choro compulsivo. Vida financeira destruída Relacionamentos conturbados Agressividade Julgar os outros e se sentir vítima Se envolver em fofocas Ver vultos, ouvir barulhos estranhos em casa S entir angústias e pensamentos negativos que vem de repente Vícios Sua vida mudou de forma inexplicável após a morte de alguém Doenças recorrentes OBSESSÃO SINTOMAS E DIAGNÓSTICO:
Tratamento Espiritual: Seguindo os postulados de Jesus e os preceitos da Doutrina Espírita podemos citar: Passe – é uma técnica chamada fluidoterapia . É manipulação de fluidos, retirando fluidos tóxicos e interpondo fluidos benéficos. Água fluidificada – são introduzidos fluidos benéficos que prestarão sua contribuição. Reunião doutrinária – oportunidade para ouvir palestras edificantes, sob todos os aspectos, levando assim ao crescimento moral e espiritual. Evangelho no Lar – oportunidade de leitura do evangelho e a reflexão sob o mesmo e as preces, permitindo o exercício da fé, o crescimento interior e a vigilância do Ser em seus pensamentos, palavras e atos. Reunião de desobsessão – a reunião tem por objetivo atender aos irmãos necessitados, envolvidos no conflito. Cirurgias ou terapias espirituais – são técnicas de grande valor para o restabelecimento do Ser e que serão usadas em seu benefício, desde que haja fé, merecimento e a vontade do Pai. OBSESSÃO TRATAMENTO:
Tratamento Médico e Terapêutico : A Doutrina Espírita, aliada às Ciências Médicas, poderão se entender, não se contradizendo, mas de mãos dadas, caminhando juntas, buscando todos os recursos disponíveis no sentido de abrandar o sofrimento do Ser. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I, item 8). C onvém deixar bem claro que o tratamento espiritual oferecido na Casa Espírita não dispensa tratamento médico . Portanto, a s pessoas que necessitem de acompanhamento médico, psiquiátrico ou psicológico devem permanecer realizando seus tratamentos físicos visto que o atendimento realizado na Casa Espírita se dá a nível espiritual podendo produzir em conjunto com os tratamentos médicos melhorias ao indivíduo, sendo importante deixar claro que devem acontecer em paralelo. OBSESSÃO TRATAMENTO:
“os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos porque Espírito não morre, mas uma força instintiva os manteriam afastados dali como a criatura terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante.” (A Gênese, cap. XIV, item 11) É necessário que ocorra as transformações do Ser, visando as melhores condições de seu campo eletromagnético. Reconciliar-se com Deus, consigo, com seu corpo, com os familiares, com os outros, com a sociedade, com os que já partiram, com a natureza ... Transformar o ódio em amor, a vingança em perdão, e humilhar-se, para também ser perdoado. Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. (João 12:46) OBSESSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS:
475 – Pode-se, por si mesmo, afastar os maus Espíritos e se libertar de sua dominação? Pode-se sempre sacudir um jugo, quando se tem vontade firme.
476 – Não pode acontecer que a fascinação exercida pelo mau Espírito seja tal que a pessoa subjugada não a perceba? Então, uma terceira pessoa pode fazer cessar a sujeição? Nesse caso, que condição deve ela empregar? Se é um homem de bem, sua vontade pode ajudar, apelando pelo concurso dos bons Espíritos, porque quanto mais se é um homem de bem, mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos para os afastar, e sobre os Espíritos bons, para os atrair. Entretanto, seria incapaz se aquele que está subjugado não consentir nisso. Existem pessoas que se alegram em uma dependência que agrada aos seus gostos e aos seus desejos. Em todos os casos, aquele cujo coração não é puro, não pode ter nenhuma influência; os bons Espíritos o abandonam e os maus não o temem.
477 – As fórmulas de exorcismo têm alguma eficácia sobre os maus Espíritos? Não, quando esses Espíritos veem alguém tomar a coisa a sério, riem e se obstinam.
478 – Há pessoas animadas de boas intenções e que não são menos obsedadas; qual é o melhor meio de se livrar dos Espíritos obsessores? Cansar sua paciência, não tomar conhecimento de suas sugestões, mostrar-lhes que perdem seu tempo; então, quando veem que não têm nada a fazer, eles se vão.
479 – A prece é um meio eficaz para curar a obsessão? A prece é um poderoso socorro em tudo; mas, crede bem, não basta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É necessário, pois, que o obsidiado faça, a seu turno, aquilo que é necessário para destruir, em si mesmo, a causa que atrai os maus Espíritos.
Não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. ( Mt 6:5-8) Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. (Mc 11:25-26) Orai com humildade. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau. ( Lc 18:9-14) Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 4 PEDI E OBTEREIS Jesus definiu claramente as qualidades da prece:
480 – Que pensar da expulsão dos demônios, de que fala o Evangelho? Isso depende da interpretação. Se chamais demônio a um mau Espírito que subjugue um indivíduo, quando a sua influência for destruída, ele será verdadeiramente expulso. Se atribuís uma doença ao demônio, quando houverdes curado a doença direis, também, que expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa segundo o sentido que se der às palavras. As maiores verdades podem parecer absurdas quando não se olha senão a forma, e quando se toma a alegoria pela realidade. Compreendei bem isto e o guardai, pois é de uma aplicação geral.
CONVULSIONÁRIOS
481 – Os Espíritos exercem um papel nos fenômenos que se produzem nos indivíduos designados sob o nome de convulsionários? Sim, um papel muito grande, assim como o magnetismo, que lhe a fonte primeira. Todavia, o charlatanismo, frequentemente, tem explorado e exagerado esses efeitos, o que os tem feito cair no ridículo. 481.a) De que natureza são, em geral, os Espíritos que concorrem para essa espécie de fenômenos? Pouco elevada. Credes que os Espíritos superiores se divertem com semelhantes coisas?
482 – Como o estado anormal dos convulsionários e dos que sofrem crises pode acontecer subitamente em toda uma população? Efeito simpático; as disposições morais se comunicam muito facilmente em certos casos. Não estais tão alheios aos efeitos magnéticos para não compreender isso e a parte que certos Espíritos devem nisso tomar por simpatia àqueles que os provocam.
Allan Kardec: Entre as faculdades estranhas que se distinguem nos convulsionários, reconhecem-se sem dificuldade as que o sonambulismo e o magnetismo oferecem numerosos exemplos: tais são, entre outras, a insensibilidade física, o conhecimento do pensamento, a transmissão simpática das dores, etc. Não se pode, pois, duvidar que os que sofrem crises estejam em uma espécie de sonambulismo desperto, provocado pela influência que exercem uns sobre os outros. Eles são, ao mesmo tempo, magnetizadores e magnetizados, sem o saberem.
483 – Qual é a causa da insensibilidade física que se nota, seja em certos convulsionários, seja em outros indivíduos submetidos às torturas mais atrozes? Em alguns é um efeito exclusivamente magnético que age sobre o sistema nervoso, da mesma forma que certas substâncias. Em outros, a exaltação do pensamento enfraquece a sensibilidade, porque a vida parece retirar-se do corpo para se transportar ao Espírito. Não sabeis que quando o Espírito está fortemente preocupado com uma coisa, o corpo não sente, não vê e não ouve nada?
Allan Kardec: A exaltação fanática e o entusiasmo oferecem, frequentemente, nos suplícios, o exemplo de uma calma e de um sangue-frio que não triunfariam de uma dor aguda se não se admitisse que a sensibilidade se encontra neutralizada por uma espécie de efeito anestésico. Sabe -se que no calor do combate a pessoa não se apercebe, frequentemente, de um ferimento grave, enquanto que, em circunstâncias ordinárias, uma arranhadura a faria estremecer. Visto que esses fenômenos dependem de uma causa física e da ação de certos Espíritos, pode-se perguntar como ele pôde depender da autoridade para cessar em certos casos. A razão é simples. A ação dos Espíritos não é aqui senão secundária; eles não fazem mais que aproveitar uma disposição natural. A autoridade não suprimiu essa disposição, mas a causa que a entretinha e exaltava; de ativa passou a latente, e tinha razão de agir assim, porque resultava abuso e escândalo. Sabe-se, de resto, que essa intervenção nenhum poder tem quando a ação dos Espíritos é direta e espontânea.
CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC” Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516 Bairro: Jardim Marajó Rondonópolis - MT
CRÉDITOS: Formatação: Marta Gomes P. Miranda Referências: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. Pág. 168 à 140. KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns . Tradução De Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: Ide, 2008. XAVIER, Chico. Missionários da Luz . 43ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna . 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito A. Luiz XAVIER, Chico. No Mundo Maior . 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Libertação . 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu . 27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Esp. André Luiz. XAVIER, Chico. Nos Domínios Da Mediunidade . 36ª Ed. Brasília: Feb , 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & Vieira, Waldo. Mecanismos Da Mediunidade . 28ª Ed. Brasília: Feb , 2018. Pelo Espírito André Luiz. PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Rio De Janeiro: FEB, 2009. TAVARES, Clovis. Mediunidade dos Santos . 1.ª ed. Brasília: FEB, 2012. https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/ http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/revista-espirita-1863.pdf