801 iluminismo - 21.02.2013

801 iluminismo - 21.02.2013

IMPORTANTE PARA A AULA

1. HISTÓRIA

2. O ILUMINISMO E O

LIBERALISMO POLÍTICO
RE

os séculos XVIe XVII, período áureo
do Estado absolutista, 0 desenvol
mente e o crescimento da sociedade
burguesa esbartaram nos entraves remanes
entes do mundo feudal. Asteorias políticas de
Maquiavel e Bossuet justficavam um Estado
que se mostrava cada w
dinamismo capitalista ~ era o Antigo Regime.
Váriosinelectuais passaram a criticá lo, anun.
ciando um mundo contemporáneo, um novo
Estado, novas instituiçées, novos valores,
condizentes com o progresso económico,
científico e cultural em andameato,

Na segunda metade do século XVII,
cesses valores estruturariam os fundamentos
teóricos que levariam à eclosio da Reveluçäo

dos Estados.

«esa, acontecimentos que marcaram 0 incio
do mundo contemporáneo.

O movimento que a
que derubaram o Antigo Regi
ado Muminismo, e teve em René Descartes
(1596-1650) e Isaac Newton (1642-1727)
seus precursores. Form eles que langaram
as bases do racionalismo e do mecanicismo.

Pensa og exito”, es de Dear suena, pra quem dvi ea o onto depara da race, No à
irc ctv faena eerie os bd prior evr

Descart
razio como 0 único caminho para o conhe-
cimento; Newton, com o principio da grav
dade universal, contnbulu para reforcar o
fundamento de que o universo € governado
por 1015 físicas e nio submetido a interferén-
cias de cunho divino.

a política, para a análise social. A partir da

tica e da razao formulou a concepçao da
bondade natural humana ¢ sua capacidade
de construir a propria Felicidade, idéias que
confrontavam com as bases teóricas do Esta
do absolutista

3. A volta à crenga na copacidade racional
humana e a necessidade de superagao dos
enraves tradicional incentivaram a oposigáo.
3 velha ordem. O anseio por iberdade e pelo
rompimento com 0 Antigo Regime fizeram
dos grandes pensadores «esse período os
responsiveis polo “século das luzes

Os filósofos do Iluminismo
SRE AREAL rs

John Locke (1632
principais representantes da revoiut
lógica iluminisa e teve como principal obra 0

jundo tratado do governo civil. Para cle,
contemporáneo da Revolugáo Gloriosa, oe
homens possuem a vida, a liberdado
priedade como direitos naturais, Pa
var esses direitos, deixaram 0.

à vide

preser

mais primitiva da humani-

rato entre
criando o govemo e a sociedade civil. Assim,
05 governos teriam por finalidade respeñta os
¿direitos naturals e, caso nio 0 fizessem,
aberia à soci 110 direito de rebeliäo
‘contra © g ico. Em sintese, demo:
lose o sustentáculo do Estado absolutista
intocável e acima da sociedade civil, como
defenderam Maquiavel, Gossuet e principal
mente Hobbes.

A pasoagem do estado de natureza
para o estado de sociedade

hn Locke te

omens
deservclémenzo,

ral comprendemos por qu

estado de naturezss entretanto, schs

vamree expostos 0 certos irconverientes

que, acima de tudo, ameagavam a
100. E, se preferiram o estado 00
dade, fol pora estarem melhor"

Para Locke, "I
her jamais o di

ar, ou de empobrecer propositadamente
‘qualquer site ts las leis natura
‘no cessam, demaneita alguma, na socieda

ham
defini sua filosofia afirmando que “0 ep
humano é uma “lábus rasa’ e que todo ©
conheciment e faz com a própria eapacida
de intelectual do homem e se deseavolve
mediante sua atividade”. O filósofo negava
im, odireito dos govemantes ao autoitaris
aplicagdo do 01000 divino, além de
‘outras prerrogativas fundamentadas em pre-
cconceitos. Com sua obra, Locke detniu as
basesda democracia liberal individualista, que
servira de referéncia para a elaboragio da
Consta dos Estados Unidos de

ace eme mo conte pl
gs de parmesano a gate

Bardo de Montesquieu (1689-1755), tu
lo nobiliärquico de Carlos Secondad, foi o
autor de O espirito das leis, em que sistema
tizou a teoria da divisio de poderes (legisla:
tivo, executive e judiciário, esbocada ante-

4. riomente por Locke. Em Cartas persas, Mon-
tesquieu satiriza severamente as estruturas
sociais européias e ironiza os costumes
durante 0 reinado de Luis XIV. Para
abia 00 Estado realizar os planos
ivinos, mas garantir aos cidaddos a liberda-
de, por meio de uma divisio equilibrada dos
poderes: “[..] tudo estaria perdido se o
mesmo homem ou a mesma corpora
exercesse esses ris poderes o de fazer les, o
de executar as resoluçües públicas e o de
julgar os crimes ou as desavengas dos parti
Culares”. E completava 대
abuso de poder quando pelas disposig
coisas só o poder detém o poder
Voltaire (1694-1778), cujo nome verda»
deiro era François Marie Arouet delendeu
uma monarquía esclarecida io 6, um
no baseado nasideias dos filósofos. Apesar de
ferrenho criticoda Igreja, era defsa: acreditava
ra presenga de Deus na natureza eno home,
bastando a razdo para e
inglesas, crticou severamente a Igreja católica
+ rexquicios feudais, como a servido,

Vale che a er pone pur us Hs, man
{esd na Cvs, com car bea

O sarcástico Voltaire

Sempre lembrado por sau discurso
alder, alg
mas de 0000 frases mantim, ainda hole,

grande scuelidade: で probido matar な

portanto, todos 05 som
ridos, a no ser que o fagam em larga
escala e ao som das trombetas”. Ao de-
fender um govern um Esta:
do burgués, Voltaire, entretanto,
massa popular da seguinte forma: "0 po
vo tale e bérbar
de um aguihäo © feno”, Em relacio à
Iberdade de pensar e exprimir, afirma
"Nilo concordo com uma única palavra do
que 02015. mas sefenderei até s morte o
vosso Aireito de diré. Condenando
iracionaldade das inwaáveis guerras de
10 época, Voltaire diia: “0
eno e
mente o mais oposto à fiar
10000 da naturezs, & a guems. E, no
rio há um agressor que 130
mafeitoria com 0 pretexto de

precisa de uma cansa,

ta
Justia”

As idéias de Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778) faziam eco ao conjunto ilumi-

ista, pois integravam a erica da ordem

absolutista: “A wanquilidade também se en-
para que seja agradável o lug

vive? Renunciar à liberdad

homem”.

A propriedsde para Rousseau

Sobre a origem da propriedade,
Rousseau, em seu Ivro Discurso sobre a
origem 00 desigualdade, afirmou: “0
primeiro homem a quem ocorrew pensar
sto & meu, e encontrou gente
suficitemente irgérua pora acredis
foi o verdadeio fundador da sociedade
+4. Quantos crimes, guerras 0 aesassí
mios teriam sido evitados ao género
humano se 00014. arrancando a6 esta

cas, theese gritado: No, impos

Entretanto, Rousseau constituía uma ex:
«ego ente os iluministas, na medida em que
crticava a hurguesia e propriedade privada,

5. esta, segundo ele, que era a raiz das inelici
“dades humanas. Sua obra mais important,
Contrato social, assemelha-se, em al
momentos, à de Montesquieu, O 09000
das lois; em outros, difere completamente.
Rousseau nao aceita por exemplo, a teoria de
Montesquieu segundo a qual as citcunstin
cias ambientais determinariam 0 cariter de
um povo e, em consegúéncia, suas estruturas
socials. Para Rousseau, o homem em estado
de matureza & sempre o mesmo, em qualquer
regiño do mundo, Foi sua live vontade que
originou a sociedade humana, e as leis
cexpressam essa live vontade

‘Assim, na sociedad ideal de Rousseau, a
vontade do povo deve expressar-se sempre
mediante o voto e essa vontade, necessaria
mente justa, deve prevalecer sobre qualquer
outra consideracio. Afirmava que "IL. a
única esperanga de garantir os direitos de
cada um & 0000 organizar uma sociedade
cwil e ceder todos esses direitos à comuni.
‘dade’; sendo assim, "o que a maioria decide
6 sempre justo no sentido politico e toma-se
absolutamente obrigatório para cada um dos
cidadios'

homem natural, A obra fo apreerdida © quemada, ©
owe, brigade ar de Pr

Rousseau, ao contrário dos demais 1
mitos,
lugar da ra fonte e diregä para o
cconhecimento dade humana. Acıe-
tava também no aperfeigoamento humano,
te a educacao, reforsando sua con-
cepe30 do “bom selvagem”, a bondade
natural do hamem investindo conta a socie
dade de seu tempo.

Em sun obra Contrato socia, malo
uma vez Rousseau frmou-se como um
“lésofo singular em meio so5 ¡luminis
de seu tempo. “Onde se acha, pole, nessa
‘bra célèbre, a (ous grande) inven? No
seguinte: a Iberdade e a iqualdade, cuja
oistäncis no estado de natureza &
tradicionalmente afirmado, Rousseau
pretendo reencontré-as no estado de
ar
es Jcaue. As grandes obras
09000 De Nagase! a noon dan p16

Sua teoría teve grande sucesso ento as
«camadas populares e a pequena burguesía,
pois atendia as expectativas de um Estado
democrático. Mais tarde, durante a Revolu-
so Francesa, ela servitia de bandeira aos
movimentos populares mais radicals

Os economistas do Iluminismo

Defendendo 0 fim do merca
tutela do Estado sobre a economia, surgía a
fisiocracia (physio = natureza; kratos = poder)
que propunha que economia funcionasse por
‘mesma, segundo suas própras leis. Para os
fisiocatas, tera era a fonte de toda riqueza,
‘ea indústria e o comércio apenas transiorma:
riqueza natural. Sous
maiores expoentes foram Quesnay (1694-
1774), Turgot (1727-1781) e Gournay (1712
1759), que defendiam a abolicáo das aduanas.
intemas, das regulamentagdes e corporag des,
resumidas no lema: “Laissez faire, laisse
passer, le monde va de lui-même‘ ("Deixai
fazer, deixal passar, que o mundo anda por si
mesmo"), de Gournay.

imo, da

vamos faziam circula

6. Adam Smith (1723-1790) preocupouse
cm sistematizar a análise económica
emanstragz0 e à elaboraçao de les, funca
do, assim, a economia modes
como ciéncia. Smith, como os fisiocn
て omdenava o mercaniliseno, por consider

trabalho, o livre comércio, se alcant
à harmonia e a justica social. Ao contririo
os fisiocratas, entr siderava 0
trabalho, © na ;
riqueza. Sues proposta fi
como liberalismo econó
Riqueza das nagóes, con:
cartilha do capitalismo liberal.

e sia obra,
baluarte, à

Qu um de deere de era

A Enciclopédia

pelo mater
7-1783)e pel
Diderot (1713-1784), à Enciclopédia const
‘ui um resumo do pensamento iluminista e
fisiocrata. As idsias que nortearam sua ela
borasdo foram: à valorizacio da razdo (a
cionalismo), como substitute da fé à valor
20630 da atividade científica, apresentada
como meio para se ale o
or a cia à Igreja
‘camprometimento com o Estado abso-
luto; © predominio do deísmo, crenga em
Deus como forza impulsionadora do univ
so, a conceprio de govemo como into de
m contrato entre govemantes e goverados,

ENCYCIOPEDIR |

ronribuiu <

Quesnay e Turgot versaram sobr

Rousseau di cess sobre música e Vollaie e
Hans Holbach sobre flosota, eligi

le

Embora pretend xr a unidade

íntima entre a cultura € 0 pensamento huma-

de tores divergian

o, por exemplo, era dificil

verso, já que havia deístas

+ atoíias, Dessa forma, à Enciclopedia aca-

bau sende principalmente um instrumento.

ivulgador dos ideas libeais na poltica e na

O despotismo esclarecido

A partir da segunda metade do século
XVII, alguns soberanos absolutistas ou sees
ministros, baseados em principios iluministas
particularmente os de
ram uma política de reformas, visando à
modemizacáo nacional. Es política, deno-
minada despotismo esclarecido, tisha como
‘objetivo racionalizar a adminisracáo, a taxa
430 de impostos e incentivar à educagá
À medida que o Estado absolute tentou
se compatibilizar com o Numinismo, cajas
ram antiabsoluisas

7. evidenciou-se uma contradigáo. Particular-
mente nos Estados em que subsistiam fortes
tragos feuds, como Rússia e Prissia, os
déspatas esclarecidos, devido a pressoes da
nobreza, acabaram por anular multas medi
das reformistas

“Suma adapts
¡umista fo recilado 0 imegrado à

99, produzindo Importantes realiza

Foi ro govemo de Catering que se apclu

a tortura e se institulu a Iberlad

rolijosa © a qualdade de legiolago para
Quanto à

todas as suas terras foram converzidas.

em propredades do Estado, em 1764, e

Funciordrios do govern. [-]
Surgen, nesse period
Organizugdes. secretas que preterdem
em como a are

popular

de risen

Em meio ao despotismo esclarecido
de Catarina I, a Grande, foram criadas

colas clementaros e Secundärias po-
pulares, slém de col

05 para professo-

Outras obras progresistas de

Catarina ㅣ foram 00 nove hospitals

e Silo Petersbur

25 € a Intron

ina contre a varlla, sendo

a propria Cezarina, como exemplo a ser

erguido pela populacáo temerosa, vaci-

nada 005 40 anos. Por contraste, na

Frangs, 0 monarca Luis XY morria de
varia”

NIN, Cb

Os principais déspotas esclarecidos fo-
ram José 11 (1780-1790), da Austria; Catari-
na 1 (1762-1796), da Russia; Frederico 11
(1712-1786), da Prissia; marqués de Pombal
(1699-1782), ministro de José 1 (1750-1777),
de Portugal; e o conde de Aranda (1718:
1799), ministro de Carlos Il (1716-1788), da
Espanha.

Tree "ornare presario, Catarina “Senin None

A música da Renascenca ao
Tomantismo

As mudangas no plano ideológico, pol
e económico que ocorreram com a

instauragao e o apogeu do Estado absolutista
で posteriormente, com a gradativa ascensio
da burguesa, foram acompanhadas por re-
flexos no plano cultural e musical

No século XVI surgiu a música barroca,
que substitu os coros polifónicos pelo canto
individual, com acompanhamento de instru

8. mentos. Retomaramese lambém as tragécias
zas, que passaram a ser cantadas, dando.
jem is óperas, na 1012. De grande
refinamento, chegando ao culto do exat
barroco fococó, que representava opa
absolutista, levou aD surgimento dos casta e
20 aprimorament dos instrumentos musical
vestes de cámera, que deram
chance a vituosos músicocinstrumentisas,
sano os violinista Arcangelo Corelli (1653:
1713) e António Vivaldi (1678-173
cravista Domenico Scarlatti (1685-1753

09 castratt

O exagero 00 rosceó $ muito bem
05 primeres anos para serem voz em
$ que cra 00000 de mulheres
et ae de is
strand

riores = para que

rres 0 meros ainda al
lato.

mute porta
tedes até por

A música barroca leve como principes
expoentes George Friedrich Haendel (1685:
1759) e Johann Sebastian Bach (168
dois grandes técnicos € génies musical,
Impressionante em quantidade © em qualida
de, a obra de Bach revolucionou a música
‚mo forma de “honrar a Deus",
uss propria palavras, contrapunha
sé a Haendel, que fazia música para 0 povo,
para ser executada em sale

Ambos dominavam as formas musicais

existentes € encerraram uma época, forjando
cal, na qual se destaca
fam Haydn e Mozan, os dnis grandes com.
postores da século das luzes.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) cscre
veu uma obra vastíssima, composta de sinfo-
ias, concerto
Wolígang Amadeus Mozart (1
que caractericou perícilamente o classic
do século XVIL Acabando com 0 sido lor.
malismo da música bamaca, prenunciow um
novo esto, © romantismo, em que se des
«aria Beethoven no sóculo scguinte

ma nern har mm

sonatas, óperas.

mie de bares e