A epopeia de gilgamesh martins fontes

OvadiYah 611 views 12 slides Mar 21, 2018
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About This Presentation

O livro compara a narrativa Egípcia com a narrativa da Bíblia


Slide Content

AEpopeiade
Gilgames h
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Iniciais:Amor00-Iniciais  5/6/11  7:07 AM  Page 2

AEpopeiade
Gilgamesh
Anônimo
SÃOPAULO2011
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Sumário
Introdução....................................................000
Agradecimentos............................................000
AEpopeiadeGilgamesh.............................000
Prólogo: Gilgamesh, reideUruk................000
1.AchegadadeEnkidu..............................000
2.Ajornadanafloresta...............................000
3.IshtareGilgamesh ,eamortedeEnkidu 000
4.Abuscadavidaeterna ...........................000
5.Ahistóriadodilúvio................................000
6.Avolta......................................................000
7.AmortedeGilgamesh............................000
Glossárioonomástico...................................000
Apêndice:fontes...........................................000
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1.AhistóriadaEpopeia
AEpopeiadeGilgamesh,ofamosoreide
Uruk,naMesopotâmia,provémdeumaerato-
talmenteesquecidaatéoséculopassado,quan-
doosarqueólogoscomeçaramaescavarasci-
dadessoterrad asdoOrienteMédio.Atéentão,
todaahistória relativa aolongoperíodo que
separaNoédeAbraãoestavacontidaemdois
doslivrosmenosatraentes,porseremdecunho
genealógico,doLivrodoGênesis.Destescapí-
tulos,apenasdoisnomessãolembradosaté
hojenolinguajarcotidia no:odocaçador Nim-
rodeodatorredeBabel.Ociclodepoema s
reunidosemtorno deGilgameshnosleva,con-
tudo,devoltaaomeiodaqueleperíodo.
Estespoemas têmdireito aumlugarnalite-
raturamundial,nãoapenasporprecederem às
epopeiashoméricas empelomenosmilequi-
nhentosanos,masprincipalmentepelaquali-
dadeeoriginalidade dahistóriaquenarram.
Trata-sedeumamistura depuraaventura,mo-
Introdução
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Gilgamesh01:Amor01 5/6/117:06AMPage7

ralidadeetragédia.Pormeiodaaçãoestespoe-
masnosrevelam umapreocupaçãobastant e
humanacomamortalidade, abusca doconhe-
cimentoeatentativadeescaparaodestino do
homemcomum .Osdeusesnãopodemsertrá-
gicos,poisnãomorrem. SeGilgameshnãoéo
primeiroherói humano,éoprimeiroherói trá-
gicosobreoqualconhecemo salgumacoisa. E
aquelecomquemmaisnosidentificamo se
quemelhorrepres entaohomem embusca da
vidaedoconheciment o,umabuscaquenão
podeconduzi-losenãoàtragédia.Podetalvez
causaralgumasurpresa ofatodequealgotão
antigoquantoumahistóriadoterceiromilênio
a.C.tenhaainda algumpoderparacomovere
continuaratraindo leitoresnoséculoXX;isto
noentantoacontece.Anarrativaestáincompl e-
taepodeserquecontinueassim;elaé,porém ,
omaisadmirávelpoema épico quenoschegou
detodooperíod oanterior aoaparecimentoda
IlíadadeHomero;eétambémincomparavel -
mentemaisantigo .
Temosboasrazões paracrerqueamaiorpar-
tedospoemasdeGilgamesh jáhaviam sido
escritosnosprimeiros séculosdosegundo mi-
lênioa.C.equeprovavelm entejáexistiamnu-
maformabastan tesemelha ntemuitosséculos
antesdisso,aopassoqueotextodefinitivo ea
ediçãomaiscompletadaepopeiavêmdosé-
culoVII,dabiblioteca deAssurbanipal,anti-
quárioeúltimodosgrandesreisdoImpérioAs-
sírio.Assurban ipalfoiumgrandegeneral, o
saqueador doEgitoedeSusa;masfoitambém
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ocompiladordeumanotávelbiblioteca,com-
postapordocumentos relativosàhistóriacon-
temporâneaeporhinos,poema setextos cien-
tíficosereligiosos muitomaisantigos.Elenos
contaqueenviouseusservosaosantigoscen-
trosdesaber deBabilônia,UrukeNippu rpara
quepesquisassem seusarquivos ecopiassem e
traduzissemparaosemíticoacadianodaépo-
caostextos escritos naantigalínguasuméria
daMesop otâmia.Entreessestextos,“Copia dos
segundoooriginalecotejadosnopaláciode
Assurbanipal,ReidoMundo,ReidaAssíria”,
estavaopoemaquechamamosaEpopeia de
Gilgamesh.
Nãomuitodepoisdeestetrabalhodecotejo
tersidoconcluído,aepopeiavirtualmenteper-
deu-seeonomedoheróifoiesquecido,de-
turpadooudesfiguradoatésetornarpratica-
menteirreconhec ível–atéserredescobertono
séculopassado. Estadescobertadeveu-s e,em
primeirolugar,àcuriosidadededoisingleses,
edepoisaotrabalh odemuitosestudiososem
diferentespartesdomundo,quejuntaram,co-
piarametraduziram astábuasdeargilaondeo
poemafoiescrito. Estaéumaobraaindaem
andamento, eacadaanoquepassamaislacu-
nassãopreench idas;masocorpoprincipalda
epopeiaassíria nãotemsidoalteradoemseus
aspectosessencia isdesdeamonumentalpu-
blicação dotexto, comtransliteraçãoecomen-
tários,porCampbellThompson,em1928 e
1930. Maisrecentemen te,contudo,atingiu-se
umnovoestágio, eumanovaondadeinteres-
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sesurgiuemtornodotrabalhodoprof.Samue l
Kramer,daPensilvân ia,cujocotejoetradução
dostextossumérioslevamahistóriadaepo-
peiadevoltaaoterceir omilênioa.C.Jáépos-
sívelagora combinarecompararumcorpo de
escritosbemmaiorebemmaisantigodoque
oquetínhamosatéentão.
2.Adescoberta dastábuas
Adescobertadastábuasremontaàeraheroi-
cadasescavações, emmeadosdoséculoXIX,
quando,emboraosmétodosnãofossemsem-
pretãoescrup ulosos nemosobjetivostãoes-
tritamentecientíficoscomohoje,asdificuldade s
eatémesmo osperigosdoempreendiment o
erambemmaiores, eosresultadoscausavam
umimpacto capazdealterarprofundamente a
perspectivaintelectua ldaépoca.Em1839, um
joveminglês,AustenHenryLayard,partiucom
umamigoparaumaviagemporterraatéo
Ceilão;maselesedeteve poralgumtempo na
Mesopotâmiaparafazerumreconhecimento
dascolinasassíria s.Ademoradealgumas se-
manasseestendeu poranos,masporfimNí-
niveeNimrud foram escavadas;efoideuma
dessasescava çõesqueLayardtrouxeparao
MuseuBritânico umagrandepartedesuaco-
leçãodeesculturas assíria s,juntocommilha-
resdetábuasquebradas dopaláciodeNínive.
QuandoLayard começo uaescavaremNíni-
ve,esperav aencontrar inscrições ;masareali-
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dade,umabiblioteca soterradacontendotoda
umaliteratura perdida, superousuasmaiores
expectativas.Naverdad e,aextensãoeovalor
dadescober tasóforam avaliadosposterior-
mente,depoisqueastábuascomcaracteresem
formadecunhaforam decifrad as.Comoera
deesperar,algumas dessastábuasseperde-
ram;masmaisdevinteecincomiltábuasque-
bradas,umaquantidadeenorme,foramleva-
dasparaoMuseuBritânico .Otrabalhodede-
cifraçãofoiiniciadoporHenryRawlinson ,na
residênciaoficialdogovernador-geralemBag-
dá,ondeRawlins onocupavaocargodeagen-
tepolítico.Antes deirparaBagdá,Rawlinson,
entãoumoficialdoexércitoaserviço daCom-
panhiadasÍndiasOrienta is,haviadescoberto
aquiloqueacabaria serevela ndoaprincipa l
chaveparaadecifraç ãodocuneiforme:uma
grandeinscrição,a“InscriçãodeDario”,encon-
tradanarochadeBehist un,perto deKermans-
hah,naPérsia, escritaemcaracteres cuneifor-
mesemtrêslínguas–opersa,obabilônicoe
oelamitaarcaicos. Otrabalhoiniciadopor
RawlinsonemBagdá prosseguiu noMuseu Bri-
tânicoquand ooorientalist aretornouàIngla-
terraem1855. Logoapósseuretorno,come-
çouapublicarCuneifo rmInscriptionsofWes-
ternAsia.Em1866, GeorgeSmithjuntou-sea
Rawlinson comoassisten tenotrabalhodede-
cifraçãodastábuas .
Nessemeio-tempo,Rassam,ocolaborador e
sucessordeLayardemNínive, haviaescavado
em1853apartedabibliotecaemqueestavam
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astábuascomocotejo assíriodaEpopeiade
Gilgamesh. Aimportância dadescobertasófoi
percebidavinteanosmaistarde,quando ,emde-
zembrode1872, numencontrodarecém-fun -
dadaSociedadedeArqueologiaBíblica,Geor-
geSmithanunciou:“Poucotempo atrás,desco-
brientreastábuas assíria snoMuseuBritânico
umrelatododilúvio.”Eraadécima primeira
tábuadarecensão assíriadaEpopeiadeGilga-
mesh.Logodepoisdestarevelaç ão,Smithpu-
blicouChaldean Accou ntoftheDeluge,con-
tendoumresum odanarrativadeGilgamesh.
Ointeressefoiimediato egeral;masaprópria
tábuadoDilúvioestavaincompleta,eistofez
comqueseinicias seumanovabuscaparatra-
zerdevoltamaistábuas.ODailyTelegraph
contribuiucommilguinéusparaquefossem
feitasmaisescavaçõesemNínive.GeorgeSmith
comandari aotrabalhoemnomedoMuseu
Britânico.Pouco depois desuachegada aNí-
nive,Smithencontrou aslinhasquefaltavam
dadescriçãododilúvio.Estematerial erana
época, eaindaé,apartemaiscompletaebem
preservad adetodaaepopeia.Muitasoutras
tábuasforam achadasnaqueleanoenoano
seguinte,eSmithpôdereconstituiramaiorpar-
tedaversãoassíriaantesdesucumbir,em1876,
àdoençaeàfome, vindoafalecerpertode
Alepo aostrinta eseisanos;masjádesbravara
todoumnovo território naáreadosestudos
bíblicosedahistória antiga.
Aopublicaro“Dilúvio”assírio,Smithafirmou
tratar-seevidentemente deumacópiadeuma
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versão muitomaisantigafeitaemUruk,aErech
daBíblia,conhecida hojecomoWarka.Alguns
anosantes,entre1849e1852, W.K.Loftus,
membrodaComissãodeFronteiraTurco-Per-
sa,passaraduascurtastemporadasescavando
emWarka, ondeencont roucuriososrestos,in-
clusivetábuas eoquehojesabemosserpare-
desdemosaico doterceir omilênio.MasWar-
katevedeesperaratéosanosvinteetrinta
desteséculoparavirarecebermaisatenção;
foiquandoosalemã esempreenderamgrandes
escavações querevelaram umalongasériede
construções, bemcomo tábuaseesculturas.
Graças aessetrabalho, sabe-semuitohojeem
diaarespeitodaantiga Uruk,deseustemplo s
edavidadeseushabitan tes.
Aindamaisimportantesparaahistóriada
EpopeiadeGilgamesh foramasatividad esde
umaexped içãoamerican adaUniversida deda
Pensilvânia,comandadaporJohnPunnetPe-
ters,queaofinaldoséculoXIXcomeçouatra-
balharnomontedeNiffer, aantigaNippu r,no
suldoIraque.Jásetinhanessaépocabem
maisexperiência comosproblemas queen-
volviamaescavaçãodecidadesantigas;mas
aindaassimosriscoseramenormes.Oprimei -
roperíodoemNippur, 1888-89,começouale-
grementecomachega dadePeterseseugru-
poaosítiodeescavação ,depoisdeumgalope
desenfreado através dosbambuzaisemcima
defogososgaranhõ es;massuaúltimavisãodo
monteaofinaldatempo radafoiadeárabes
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