A GERAÇÃO DE 1945.pptx

EuniceBraga5 333 views 16 slides Mar 28, 2022
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Literatura: A geração de 45


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A GERAÇÃO DE 1945

3ª FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO A terceira geração modernista, terceira fase do modernismo ou fase pós-modernista representa o último momento do movimento modernista no Brasil. Também chamada de “Geração de 45”, a última fase do modernismo começa em 1945 e se estende até 1960. No campo literário, essa fase representou um dos momentos mais fecundos para a arte no Brasil, revelando autores - na poesia, na prosa e no teatro – cujas obras se destacam pela complexidade estética e densidade psicológica.

Contexto histórico é a fase de redemocratização do país, visto que em 1945 termina o Estado Novo (1937-1945) que fora implementado pela ditadura de Getúlio Vargas; Juscelino Kubistchek (1956-1961) assumi o governo e constrói Brasília e a implementação do plano de metas, gerando assim o crescimento urbano. No âmbito cultura: criação do museu de são Paulo (MASP), E O MUSEU DE ARTE MODERNA (MAM), em 1947; FUNDAÇÃO DA Companhia vera cruz e o teatro brasileiro de comédia ( tbc ), 1949; e em 1950, chegou a televisão no BRASIL (TV TUPI). Em nível mundial, o ano de 1945 é também o fim da segunda guerra mundial e do sistema totalitário do Nazismo, Entretanto, tem início a Guerra Fria (Estados Unidos e União Soviética)

Características Academicismo; Passadismo e retorno ao passado; Oposição à liberdade formal; Experimentações artísticas (ficção experimental); Realismo fantástico (contos fantásticos); Retorno à forma poética (valorização da métrica e da rima); Influência do Parnasianismo e Simbolismo; Inovações linguísticas e metalinguagem; Regionalismo universal; Temática social e humana; Linguagem mais objetiva.

PRINCIPAIS AUTORES João cabral de melo neto João Guimarães rosa Clarice Lispector ARIANO SUASSUNA LYGIA FAGUNDES TELLES MARIO QUINTANA

Autores e Obras João Cabral de Melo Neto   (1920-1999): conhecido como “poeta engenheiro”, João se destacou na prosa e na poesia pelo rigor formal apresentado em suas obras: " Pedra do Sono " (1942), " O Engenheiro " (1945) e " Morte e Vida Severina " (1955). Clarice Lispector  (1920-1977): se destacou na prosa e na poesia com um caráter lírico e intimista, tendo o cenário urbano como pano de fundo: " Perto do Coração Selvagem " (1947), " A Cidade Sitiada " (1949), " A Paixão Segundo GH " (1964), " A Hora da Estrela " (1977). João Guimarães Rosa  (1908-1967): foi um dos maiores poetas do Brasil, sendo que a maioria de suas obras são ambientadas no sertão. Destacam-se " Sagarana " (1946), " Corpo de Baile " (1956), " Grande Sertão: Veredas " (1956), " Primeiras Estórias " (1962) Ariano Suassuna   (1927-2014): Defensor da cultura popular brasileira, Suassuna escreveu romances, peças de teatro e poesias dos quais se destacam: " Os homens de barro " (1949), " Auto de João da Cruz " (1950), " O Rico Avarento " (1954) e " O Auto da Compadecida " (1955). Lygia Fagundes Telles  (1923-): escreveu romances, contos e poesias sendo uma de suas marcas a exploração psicológica das personagens em sua obra: " Ciranda de Pedra " (1954), " Verão no Aquário " (1964), " Antes do Baile Verde " (1970), " As Meninas " (1973) Mário Quintana (1906-1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Foi considerado um dos maiores poetas do século XX. Mestre da palavra, do humor e da síntese poética:“A Rua dos Cataventos ”(1940), “Do Caderno H” (1948).

Características de Guimarães Rosa João Guimarães Rosa era um dos autores de ficção experimental da prosa da terceira geração do modernismo, caracterizada pela experimentação poética que abandona as características da poesia de 22 como o humor na poesia, para migrar para uma poesia de perfeição da forma, justificada pela simetria dos versos e do uso de neologismos como os de Rosa. É geração que apesar de ser modernista, pode ser chamada de neoparnasiana , que objetivava a construção de um poema sério e equilibrado. A obra de Rosa é extremamente inovadora e original. Havia o uso do neologismos em suas obras(a arte de inventar palavras) que o autor utilizava em seu regionalismo, onde descrevia o sertão mineiro representado principalmente pelos jagunços(bandos de soldados, como os cangaceiros na Região Nordeste),saindo da linguagem inteiramente cotidiana e do sertão “superficial’’ (as particularidades e cotidiano de povo),para uma linguagem nutrida pela fusão da erudição, da formalidade (neologismos) com a linguagem popular, modificando radicalmente o regionalismo na literatura. Prosa de Rosa Guimarães Rosa aboliu a diferença que a prosa tinha com a poesia, em seus textos ele apresenta estruturas como as rimas, aliterações, onomatopeias. Na sua obra se preocupa mais com o conteúdo do que em como é feito, através de funções ortográficas, fazendo a escrita se aproximar do ritmo da fala com travessões, reticências, exclamações, interrogações e, muitas vezes, vírgulas que separam sujeito e predicado, o que evidencia o rompimento do autor com os padrões gramaticais tradicionais, para aderir a uma estética da liberdade. Todo esse trabalho com a linguagem confere mais força ao imaginário mágico criado em suas "estórias’’. Também, Rosa trouxe uma prosa que abandona as ações dos personagens, para valorizar os estados mentais e as suas reações.

João Guimarães Rosa : o universal nascido do regional A obra “Grande sertão veredas” (1956) consagrou João como um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos.

Clarice Lispector  :a iluminação do cotidiano Características: Clarice Lispector era uma das principais representantes da  literatura   intimista  brasileira, vertente literária que se preocupava em descrever o  psicológico   das   personagens  e retratar o dia a dia comum, analisando as realidades narradas sob uma ótica  subjetiva ,  particular . Em muitos casos, os narradores são construídos em  primeira   pessoa , ou seja, os protagonistas narram as suas próprias histórias. Há casos também em que ocorre a  epifania , espécie de revelação na qual a personagem reconhece alguma verdade sobre si ou sobre o mundo. Vale destacar, especificamente, os livros  Laços de família  (1960) , coletânea de contos que tratam do assunto que dá titulo à obra: as relações familiares. Típicos problemas e  questões  entre  parentes  ambientam as narrativas desse livro. Além dele,  Felicidade Clandestin a  (1971) também merece destaque pelo seu tom  autobiográfico  e  intimista . A hora da estrela ,  um dos mais conhecidos e aclamados livros de Clarice Lispector, é outro que não pode faltar na hora de conversar sobre a autora. Nessa última obra, conta-se a história da datilógrafa Macabéa , migrante que mora no Rio de Janeiro e que tem sua história narrada por Rodrigo S. M., narrador fictício criado por Clarice Lispector.

Principais obras Perto do Coração Selvagem  (1943) O Lustre  (1946) A Cidade Sitiada  (1949) Laços de Família  (1960) A Maçã no Escuro  (1961) A Legião Estrangeira  (1964) A Paixão segundo G.H.  (1964) O mistério do coelho pensante  (1967) A mulher que matou os peixes  (1968) Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres  (1969) Água Viva  (1973) A vida íntima de Laura  (1974) O Ovo e a Galinha  (1977) A Hora da Estrela  (1977) Um Sopro de Vida  (1978) Quase de verdade  (1978) A Bela e a Fera  (1979) Como nasceram as estrelas  (1987)

Resumo do livro  A Hora da Estrela A história é narrada por Rodrigo S.M. (narrador-personagem), um escritor à espera da morte. Ele é uma das peças-chave do livro. Ao longo da obra ele reflete os seus sentimentos e os de Macabéa , a protagonista da obra. Nordestina órfã de pai e mãe, e criada por uma tia que a maltratava muito, Macabéa é uma alagoana pobre de 19 anos que possui um corpo franzino e só come cachorro quente. Além disso, ela é feia, virgem, tímida, solitária, ignorante, alienada e de poucas palavras. Quando vai morar no Rio de Janeiro, consegue um emprego de datilógrafa na cidade. Chega a ser despedida pelo patrão, seu Raimundo, que por fim, tem compaixão de Macabéa , deixando-a permanecer com o trabalho. No Rio de Janeiro, Macabéa mora numa pensão e divide o quarto com três moças. Todas elas são balconistas das Lojas Americanas e chamadas de “as três Marias”: Maria da Penha, Maria da Graça e Maria José. Um de seus maiores prazeres nas horas vagas é ouvir seu rádio relógio, emprestado de uma das Marias. Mesmo destituída de beleza, Macabéa (ou Maca, seu apelido) consegue encontrar um namorado, o nordestino ambicioso e metalúrgico Olímpico de Jesus Moreira Chaves. O namoro termina quando Glória, ao contrário de Macabéa , bonita e esperta, rouba seu namorado. Quando vai à Cartomante, uma impostora chamada Madame Carlota, Macabéa descobre por meia das cartas sua “sorte”. No entanto, ao sair de lá, atravessa a rua muito contente pelas palavras que acabara de ouvir, sendo atropelada por um Mercedes Benz amarelo. É ali que ocorre sua "hora da estrela", o momento em que todos a enxergam e ela se sente uma estrela de cinema. A obra possui uma grande ironia em seu término, visto que só no momento da morte é que Macabéa obtém a grandeza do ser.

João cabral de melo neto : a arquitetura da linguagem Tecendo a Manhã 1 Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. 2. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Principal obra Morte e vida Severina – Cena I Monólogo no qual Severino se apresenta e se diz igual a tantos outros Severinos : — O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos , que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. [...]

Outras obras: Em 1956, João cabral lançou “Duas águas”, livro em que reunia toda sua obra até então-pedra do sono(1942), os três mal-amados(1943), o engenheiro(1945), psicologia da composição com a “fábula de anfion e antiode ”(1947) e “o cão sem plumas(1950)- e também os inéditos “o rio”(1954), “morte e vida Severina”(1956), “paisagens com figuras”(1956) e “um faca sem lâmina”(1956)