A missão de Pedro

EdivaldoArnaldo 415 views 18 slides Aug 14, 2021
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About This Presentation

O apóstolo Pedro parte para a sua missão passando por diversas cidades, nesse artigo demos relevância a Cesareia, em casa de Cornélio, com a conversão de sua família e de seus criados deixando claro que Deus não faz acepção de pessoas e sim derrama o seu Espírito sobre todos os que o temem...


Slide Content

A Missão de Pedro Edivaldo Arnaldo Maria Costa

Pedro Missão Espírito Santo Discurso Pentecostes Pagãos Resumo

Organização Prólogo; A atividade de Pedro em Lida e Jope; A atividade de Pedro em Cesareia; A ação de Deus; O encontro e o discurso entre Pedro e Cornélio; Em Jerusalém, Pedro justifica a sua conduta;

Introdução: “ Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, e a Samaria, até os confins da terra” (cf. At 1, 8 ). Pentecostes foi celebrada no início, pelos cristãos simplesmente como fim de uma Páscoa de cinquenta dias; tomava-se o mistério pascal em sua plenitude. O Espírito anima seus discípulos para anunciá-lo; é guia do testemunho deles até no detalhe de suas empreitadas e itinerários. São Lucas vai falar sobre outras vindas do Espírito Santo, vários Pentecostes: em Jerusalém ( At 2; 4, 25-31 ), na Samaria ( At 8, 14-17 ), e a que dá início a atividade missionária de Cornélio ( At 10, 44 ).

Prólogo: O evangelista Lucas organiza um itinerário geográfico progressivo, as curas realizadas por Pedro, representam um dos motivos que levou a Cornélio chamar o apóstolo em Jope, desejando conhecer melhor a pessoa de Jesus. Toda a unidade literária pode ser representada com o seguinte esquema: Pedro e Eneias ( At 9, 32-35 ) Pedro e Tabita ( At 9, 36-42 ) Transição ( At 9, 43 ) Pedro e Cornélio ( At 10, 1-48b ) Pedro em Jerusalém ( At 11, 1-18 )

A atividade de Pedro em Lida e Jope (At 9, 32-42) No relato encontram-se elementos interessantes referentes à missão: Pedro atua na mesma área de Felipe, nas cidades da costa do Mediterrâneo entre Azoto e Cesareia ( At 8, 40 ); Devido a proximidade da Igreja em Jerusalém é possível supor que vários missionários trabalhassem nessa região ( At 9, 32 ), como também fora dela ( At 9, 31 ); Lucas apresenta destaque na missão de Pedro entre os “eleitos”, os judeu-cristãos da Palestina ( vv. 32.41 ); dois personagens são beneficiados por Pedro: um homem e uma mulher: Eneias e Tabita

O paralítico de Lida (At 9, 32-35) Diferente da cura do coxo ( At 3, 3 ), em Lida, Eneias não faz nada para chamar a atenção de Pedro, é Pedro que percebe a situação e age de forma totalmente gratuita, dizendo ao coxo: “Eneias, Jesus Cristo te restitui a saúde; levanta-te e arruma a tua cama” ( At 9, 34 ); A cura se torna o sinal da irrupção do Reino de Deus ( Lc 11, 20 ), da vitória sobre Satanás ( At 10, 38 ), do senhorio do Ressuscitado sobre o mal que atormenta o ser humano.

A ressurreição de Tabita (At 9, 36-42) H á uma continuidade entre a atuação do Mestre e a do discípulo . A mulher que vem a falecer é “uma discípula” ( mathêtria , v. 36a ), era uma benfeitora da comunidade, “praticante de boas obras e doadora de fartas esmolas” ( At 9, 36 ); frisa-se que ela “caiu doente e morreu” ( At 9, 38a ). O corpo dela é lavado seguindo a tradição hebraica, é colocado na sala superior à espera do enterro, que normalmente acontecia no mesmo dia . Os discípulos mandam chamar Pedro, que se encontra em Lida, o qual parte imediatamente. Lucas com muita sobriedade, destaca que Pedro, sozinho e de joelhos ora pedindo a Deus intervir nessa situação ( Lc 22, 41 ). A simples ordem: “Tabita, levanta-te”, faz com que a mulher abra os olhos e se sente na cama. Levada pela a mão de Pedro ( At 9, 41a ), é apresentada viva aos demais que se regozijam pelo acontecido.

Vale ressaltar que, nesse ponto dos Atos, Lucas quer mostrar no gesto operado por Pedro a promessa da salvação definitiva trazida por Cristo. Por meio desses dois episódios, Lucas prepara a passagem mais importante da microunidade literária: o encontro de Pedro e Cornélio que iremos aprofundar.

A atividade de Pedro em Cesareia: a conversão de Cornélio (At 10, 1—11, 18) Cornélio, como “temente a Deus”, é o primeiro pagão convertido ao judaísmo que vem fazer parte da comunidade cristã, sem ainda ter recebido a circuncisão. É um acontecimento básico abrindo novos horizontes à missão historicamente pode-se duvidar que Cornélio seja verdadeiramente o primeiro pagão a ser aceito na Igreja; esse primado é dado ao eunuco que vai adorar em Jerusalém. Lucas organiza de forma progressiva as várias conversões à fé cristã: os primeiros são os judeu-ortodoxos, seguido dos helenistas e os judeu heterodoxos; na figura dos samaritanos convertidos por Felipe. Seguem-se os “tementes a Deus” – pagãos –. Pedro compreende, então, que uma atitude fechada em relação aos pagãos vai “obstaculizar” a obra de Deus ( kôlyein , At 11, 17). Diante de uma inesperada manifestação do Espírito Santo, decide batizar os primeiros incircuncisos, consciente de que está é a vontade de Deus.

A organização do relato Toda a narrativa em Atos 10, 1—11, 18 pode ser considerada uma unidade literária: Visão de Cornélio em Cesareia ( At 10, 1-8 ); Visão de Pedro em Jope ( At 10, 9-16 ); O envio dos mensageiros por parte do centurião romano ( At 10, 23b-29 ); Apresentação de Cornélio da visão recebida ( At 10, 30-33 ); O discurso de Pedro ( At 10, 34-43 ); A descida do Espírito Santo ( At 10, 44-48 ); Todo o episódio dura 4 dias ( At 10, 30 ).

A ação de Deus Lucas frisa que a acolhida na Igreja do primeiro incircunciso é determinada pela vontade de Deus. Pedro manifesta, em particular, no seu discurso a consciência de que tudo o que ele está vivendo é regido por Deus; o Espírito Santo desce sobre os incircuncisos durante o discurso de Pedro, mostrando explicitamente sua vontade ( At 10, 23.33; 11,14 ).

A dúplice visão Cornélio “fixa” com atenção a visão que vem do céu ( atenísas ); o anjo lhe ordena mandar buscar Pedro, que se encontra em Jope na casa de Simão, o curtidor, perto do mar, indicando com exatidão a sua localização (vv. 6.17.32 ). Também Pedro recebe a visão, está rezando no terraço da casa onde está hospedado. A dificuldade de dizer com exatidão o que de fato aconteceu é indicada pelo advérbio “como” (cf. At 2, 2-3 ). Pedro fica perplexo e hesitante diante da visão. Serão os acontecimentos futuros que irão esclarecer o sentido do que ocorreu; em primeiro lugar a intervenção do Espírito. Com efeito, é o próprio Espírito e não Simão, o curtidor, quem avisa Pedro da chegada dos mensageiros de Cornélio (v. 19), convidando-o a andar com eles “sem hesitação, porque fui eu quem os enviei” (v. 20). O Espírito que atua na vida de Pedro e acompanha seus esforços de interpretar o que aconteceu, faz com que ele descubra gradativamente a vontade divina.

O encontro e o discurso entre Pedro e Cornélio: (At 10, 34-43) Não se trata simplesmente do encontro de dois personagens, mas de duas comunidades embora pequenas: o judeu-cristão e a dos incircuncisos que Pedro qualifica como pessoas “de outra raça” (v. 28). À luz do desenvolvimento dos acontecimentos, Pedro pode compreender o sentido da visão de Jope e sua referência aos pagãos e declara: “Deus não faz acepção de pessoas” (v. 34), destacando que também os pagãos são chamados à conversão e a fazer parte da Igreja (cf. At 11, 18 ). Outro elemento característico do discurso é o destaque dado ao valor universal da atuação de Jesus, declara-se que Jesus é “o Senhor de todos” (v. 36) e por meio dele “a Boa Nova da Paz” dirigida aos filhos de Israel, é destinada a se espalhar entre os povos, afirmando que “ todo aquele que nele crer” recebe “a remissão dos pecados” (v. 43).

A descida do Espírito Santo (At 10, 44-48) A vinda do Espírito Santo é repentina e inesperada; interrompe o discurso de Pedro, mostrando assim, de forma inequívoca, a vontade de Deus (v. 44). Depois da efusão, salienta que os tementes a Deus recebera o Espírito Santo “assim como nós” (v. 47 ). Por isso, pode-se dizer que em Cesareia acontece um novo Pentecostes, o Pentecostes dos pagãos.

Em Jerusalém, Pedro justifica sua conduta A notícia da justificação de Pedro perante as autoridades de Jerusalém é historicamente plausível e manifesta a vigilância com que os chefes da Igreja acompanhavam as várias etapas da difusão do evangelho; no relato, dá-se muito destaque à visão de Pedro, fazendo menção à visão de Cornélio; o Espírito desce sobre os incircuncisos “apenas Pedro começou a falar” (v. 15), realça-se, desta forma, que a manifestação da vontade de Deus ocorre logo ao começo do evento . Pedro , na sua função de representante da Igreja, e não outro apóstolo, é o primeiro a aceitar um pagão na comunidade, Lucas quer apresentar a Igreja que vive em harmonia, obediente a seu chefe, consciente da sua constituição hierárquica.

Considerações Finais Sendo assim, São Lucas nos expressa uma Igreja viva e atuante, na força do Espírito Santo, e apresenta em todo o momento que Deus caminha com o seu povo, curando e oferecendo a vida nova em Jesus Cristo. Uma Igreja com uma cabeça visível – Pedro – que não age por si só, mas em comunhão com os demais irmãos, garantindo assim a solidez das ações da Igreja.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASALEGNO, Alberto. Ler os Atos dos Apóstolos. Estudo da Teologia Lucana da Missão. São Paulo: Edições Loyola, 2005; JERUSALÉM, Bíblia de. Português. São Paulo: Paulus , 2019; SAGRADA, Bíblia. Português. Edição Ave Maria. Português. São Paulo: Ave Maria, 2009; PASTORAL, Nova Bíblia. Português. São Paulo: Paulus , 2014; CONGAR, Yves. Revelação e Experiência do Espírito. São Paulo: Edições Paulinas, 2ª ed , 2005 Obrigado!