A Mulher Cananeia
Uma Mulher de Atitude
Mateus 15: 21-18
Jesus trata conosco para ver o que há no mais íntimo do nosso ser. Todos
os que se achegam a Jesus, sem reservas recebem mais dele.
Este texto gera muita polêmica, principalmente entre os críticos de Jesus.
Quem lê na superfície, pensa que Jesus está xingando a mulher.
A mulher Cananeia era grega de origem Siro-fenícia. Eles eram descentes
de inimigos mortais do povo Hebreu. Jezabel, a esposa de Acabe era dessa
descendência. Imagine, o povo Hebreu sofreu sob o cativeiro Assírio e
Babilônico, por causa deles. Para os Judeus, os povos gentios eram
considerados como vira-lata, Jesus usou a expressão 'cachorrinho', como
bicho de estimação.
Na verdade, Jesus sabia da hipocrisia dos Judeus, seu povo, seus
descendentes, aqueles para os quais ele fora enviado, mas que o rejeitaram.
Ele tratou aquela mulher, da mesma forma como os judeus o tratavam. Ele
quis demonstrar através da inversão de papeis, o que os judeus, seus irmãos
estavam fazendo com ele. A mulher cananeia reconheceu nele o Filho de
Deus, o único que poderia ajudá-la e por isso, ultrapassou todas as barreiras
para chegar até Ele; os Judeus ao contrário, donos da bênção o rejeitaram.
Jesus foi tratado como “cachorro” pelos seus, foi chamado de ‘Belzebu’, no
entanto, aquela mulher, que não era ‘ninguém’ aos olhos dos judeus pode
reconhecer o Senhorio de Jesus.
Nada a impediu; ela não se deixou intimidar nem pela situação de opressão
mental vivida com a filha, nem com a pressão social imposta pelos
discípulos e aparente ‘não’ de Jesus. Ela se ergueu na força do seu
argumento. Uma estrangeira alcançou o milagre que os religiosos e
intelectuais da época não alcançaram. Ela nos representa, nós os gentios
que pela fé alcançamos o que os donos da promessa não conseguiram ver.
Ela não se intimidou com o ‘silêncio’ de Jesus, em nada aquilo afetou sua
força de vontade. Sua autoestima ficou intacta quando os discípulos
tentaram se livrar dela. Além do mais, a mulher naquela época não gozava
de privilégios. Ela não se sentiu diminuída quando ele diz que ‘ela não era
do povo dele”; ao contrário, continuou, aproximou-se, adorou e pediu por
socorro. Observemos a sequência de ações ... Fé sem atitude é fé morta.
Em sua didática, que é capaz de lidar com nossos traumas, preconceitos,
estilo de vida e a maneira como vemos as coisas, Jesus já sabia quem era
ela. Ele queria mostrar o que alcança, quem é capaz de se erguer além das