A relação íntima entre opressores e oprimidos

gatolima 3,567 views 35 slides Aug 30, 2017
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About This Presentation

A partir da obra de Paulo Freire "Pedagogia do Oprimido" foi desenvolvido esta palestra envolvendo as temáticas da humanização, libertação, generosidade, opressão, oprimido, etc.


Slide Content

Prof. Me. Rafael C. Lima Itaquaquecetuba-SP, 01 de setembro de 2017 A relação íntima entre opressores e oprimidos

A pedagogia do oprimido (libertação) A pedagogia do oprimido que, no fundo, é a pedagogia dos homens empenhando-se na luta por sua libertação [...] (p.55).

Vocação negada, mas também afirmada na própria negação. Vocação negada na injustiça, na exploração, na opressão, na violência dos opressores (p.40).

Quem, melhor que o oprimido, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora? (p.42-43).

O que é generosidade?

Os opressores, falsamente generosos, têm necessidade, para que a sua “generosidade” continue tendo oportunidade de realizar-se, da permanência da injustiça.

Até mesmo se sua generosidade não acontece não se nutre, de ordem injusta, acreditam que devem ser os fazedores da transformação.

Subopressores , oprimidos que tendem a ser o opressor também. “Aderência” ao opressor “admirá-lo”, “objetivá-lo”. O novo homem, neste caso, oprimido que oprime o outro, ou seja, o novo opressor (p.44). A sombra do opressor que os introjetam , são eles e ao mesmo tempo são o outro. Não chegam a ser o opressor concretamente, como também não cheguem a ser “consciência para si”.

Nenhuma pedagogia realmente libertadora pode ficar distante dos oprimidos, ou seja, retirar de entre os opressores, modelos para a sua “promoção” (p.56).

Quem é o culpado? A violência é inaugurada por quem oprime...

Inauguram a violência os que oprimem, os que exploram, os que não se reconhecem nos outros; não os oprimidos, os explorados, os que não são reconhecidos pelos que os oprimem como outro. Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que não amam, porque apenas se amam. Os que inauguram o terror não são débeis, que a ele são submetidos, mas os violentos que, com seu poder, criam a situação concreta em que se geram os “demitidos da vida”, os esfarrapados do mundo. Quem inaugura a tirania não são os tiranizados, mas os tiranos. Quem inaugura o ódio não são os odiados, mas os que primeiro odiaram. Quem inaugura a negação dos homens não são os que tiveram a sua humanidade negada, mas os que a negaram, negando também a sua. Quem inaugura a força não são os que se tornaram fracos sob a robustez dos fortes, mas os fortes que os debilitaram (p.58-59).

A situação concreta de opressão e os opressores

Opressores de ontem não se reconhecem libertos, aliás, se sentem oprimidos, ou seja, sem direitos de antes, oprimir. Qualquer restrição em nome do direito de todos é repressão, violência a seu direito de pessoa.

Somente convivendo com o oprimido que se pode compreender sua forma de ser e de comportamento, que refletem a uma estrutura de dominação (p.67). O oprimido carrega um “fatalismo, alongado em docilidade, que é fruto de uma situação histórica e sociológica e não um traço essencial da forma de ser do povo” (p.67). Fatalismo: poder de destino, da sina ou do fado. A consciência oprimida, é quase imersa na natureza, encontra no sofrimento, entende por vontade de Deus, como se Ele fosse o fazedor desta “desordem organizada” (p.68).

Nenhuma diferença existem entre eles e o animal, ou quando descobrem alguma é de vantagem do animal. “É mais livre do que nós”, dizem ( autodesvalia ). Descrentes de si mesmos. Pouco a pouco, a tendência é assumir formas de ação rebelde.

Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão

“Os oprimidos precisam reconhecer-se como homens, na sua vocação ontológica e histórica de ser mais” (p.72). Libertação por ação cultural, não por ação emocional, porque esta é a ação do opressor, agir na emoção. A ação libertadora é ação e reflexão para a independência.

Libertação dos oprimidos é libertação dos homens. Não é autolibertação, ninguém se liberta sozinho.

O medo da liberdade. Nega-se se a apelar a outros e a escutar o apelo, preferindo a adaptação, quem mantém à comunhão criadora, até mesmo quando ainda buscada (p.47). A superação da contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor; não mais oprimido, mas homem libertando-se (p.48).

Educador e educandos (liderança e massas), cointencionados à realidade, se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de desvelá-la e, assim, criticamente conhecê-la, mas também no de recriar esse conhecimento (p.77-78).

O opressor não liberta, nem se liberta (p.60). O oprimido libertando-se liberta o opressor.

Caminhos de libertação!? É possível encontrar um caminho? [...] libertar-se a si e aos opressores (p.41).

Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem (p.46).

“[...] ação e reflexão, como unidade que não deve ser dicotomizada ” (p.73). É preciso acreditar nos homens oprimidos.

Diálogo

Como posso dialogar? (FREIRE, 2017, p.111-112).

O ser menos leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutar contra quem os fez menos. – não se tornam opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos.

Para o opressor, humanizar é subverter, e não ser mais (p.64). Ter mais não é um privilégio desumanizante, inautêntico dos demais e de si mesmos, é um direito intocável.

HUMANIZAR PARA APRENDER Abertura ao diferente Se a diversidade é a maior riqueza de um grupo, a tolerância com o diferente é essencial. Flexibilidade “jogo de cintura” é fundamental para se lidar com diferentes pessoas e situações. Respeito à individualidade O preconceito é um dos maiores entraves para as novas ideias e incentivo à padronização de comportamentos, eliminando as tão importantes diferenças. Saber falar e saber ouvir ideias A comunicação fluida envolve o falar e principalmente o ouvir.

Referências Bibliográficas

Folhas brancas