A ética será relativa

LRSR1 3,523 views 16 slides Jan 22, 2013
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O PROBLEMA DA OBJETIVIDADE DA ÉTICA O RELATIVISMO CULTURAL UMA ALTERNATIVA AO RELATIVISMO CULTURAL

SERÁ A ÉTICA RELATIVA? DIVERSIDADE DE COSTUMES, DIVERGÊNCIAS QUANTO AO QUE É CORRECTO E ERRADO, PERMISÍVEL OU INADMISSÍVEL. NÃO HAVERÁ RESPOSTA OBJECTIVA AOS PROBLEMAS ÉTICOS?

QUESTÃO CENTRAL OS JUÍZOS DE VALOR TÊM VALOR DE VERDADE (PODEMOS DIZER QUE SÃO VERDADEIROS OU FALSOS)? OUTRAS FORMAS DE EXPOR O PROBLEMA: Há juízos morais universalmente válidos ou objectivos? Há verdades morais objectivas? Há princípios e normas morais que, seja onde for, é errado não respeitar? Para respondermos a esta questão, vamos apenas debruçar-nos sobre os juízos de valor com conteúdo moral, por serem aqueles que aplicamos com maior regularidade no nosso dia-a-dia.

1. O RELATIVISMO CULTURAL : Há verdades morais mas não são objectivas. «Matar é errado», «Roubar é incorrecto» e «Mentir é imoral». Será que estes juízos são verdadeiros? Será que são objectivos e universais? «Há verdade e falsidade em assuntos morais?», «Faz sentido dizer que uma crença moral é correcta e que outra é errada?» O Relativismo cultural afirma que aqueles juízos são verdadeiros mas não em todo o lado e para todas as pessoas. A verdade dos juízos morais é relativa ao que cada sociedade aprova. Moralmente verdadeiro é o que cada sociedade - ou a maioria dos seus membros - acredita ser verdadeiro. Moralmente verdadeiro é igual a socialmente aprovado e moralmente errado é igual a socialmente desaprovado.

1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. Um juízo moral é falso quando os membros – a maioria – de uma sociedade o consideram falso e verdadeiro quando o consideram verdadeiro. Assim, afirmar que «Matar é errado» significa dizer «A sociedade X considera que matar é moralmente incorrecto». Afirmar que «Matar é moralmente correcto» significa dizer «A sociedade X considera que matar é moralmente correcto». As convicções da maioria dos membros de uma sociedade são a autoridade suprema em questões morais. O relativismo cultural acerca de assuntos morais afirma que o código moral de cada indivíduo se deve subordinar ao código moral da sociedade em que vive e foi educado. Os juízos morais de cada indivíduo são verdadeiros se estiverem em conformidade com o que a sociedade a que pertence considera verdadeiro.

1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. ARGUMENTO CENTRAL DO RELATIVISMO CULTURAL PREMISSA 1 O que é considerado moramente correcto ou incorrecto varia de sociedade para sociedade. (Diversas culturas dão diferentes respostas às mesmas questões morais). PREMISSA 2 O que é moralmente correcto ou incorrecto depende do que cada sociedade acredita ser moralmente correcto ou incorrecto. CONCLUSÃO Logo, não há nenhuma resposta objectivamente verdadeira a essas questões (não há verdades morais universais)

1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. OBJECÇÃO RESUMINDO O ARGUMENTO: PREMISSA Diversas culturas dão diferentes respostas às mesmas questões morais. CONCLUSÃO Logo, não há nenhuma resposta objectivamente verdadeira a essas questões (não há verdades morais universais)

1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. CONTRA-ARGUMENTO PREMISSA Diversas culturas discordaram quanto à forma da Terra (umas pensaram que era esférica, outras plana, outras esférica mas um pouco achatada) CONCLUSÃO Não há nenhuma verdade objectiva acerca da forma da terra. A premissa é verdadeira mas a conclusão é falsa (sabemos que a Terra é redonda). Como de premissa verdadeira não pode logicamente derivar conclusão falsa este argumento não é válido. Como o argumento do R.C . tem a mesma forma deste, temos de concluir que não é válido.

1. 1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. OUTRAS OBJECÇÕES AO R.C. Há uma diferença significativa entre o que uma sociedade acredita ser moralmente correcto e algo ser moralmente correcto. O relativismo moral cultural transforma a diversidade de opiniões e de crenças morais em ausência de verdades objectivas. Mas isso pode ser sinal de que há pessoas e sociedades que estão erradas e não de que ninguém está errado. Se duas sociedades têm diferentes crenças acerca de uma questão moral, o relativista conclui que então ambas as crenças são verdadeiras. Os adversários do RC objectam que a conclusão não deriva necessariamente da premissa porque essa discórdia pode ser sinal de que uma sociedade está certa e a outra está errada.

2. 1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. OUTRAS OBJECÇÕES AO R.C. O RC reduz a verdade ao que a maioria julga ser verdadeiro. Desde quando o que maioria pensa é verdadeiro e moralmente aceitável? Os nazis acreditavam e fizeram com que a maioria dos alemães acreditassem que os judeus eram sub-humanos e que exterminá-los era um favor que faziam à humanidade. Isso é claramente falso.

3. 1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. OUTRAS OBJECÇÕES AO R.C. O RMC parece convidar-nos ao conformismo moral, a seguir, em nome da coesão social, as crenças dominantes. Algumas pessoas ao longo da história quiseram e conseguiram mudar a nossa maneira de pensar acerca de certos problemas morais. Estou a lembrar–me de quem combateu a escravatura em nome dos ensinamentos de Cristo – embora os defensores da escravatura dissessem que a Bíblia justificava o que faziam – de quem lutou contra o apartheid na África do Sul( Nelson Mandela) e contra a segregação racial nos EUA ( Martin Luther King). Essas pessoas fizeram bem à humanidade, combateram injustiças e devemos–lhes grande progresso moral. Ora, o RC parece implicar que a acção dos reformadores morais é sempre incorrecta.

4. 1. O RELATIVISMO CULTURAL: Há verdades morais mas não são objectivas. OUTRAS OBJECÇÕES AO R.C. O relativismo moral torna incompreensível o progresso moral É verdade ou pelo menos parece que não há acordo entre os seres humanos sobre muitas questões morais. Mas também é verdade que a humanidade tem realizado progressos no plano moral. A abolição da escravatura, o reconhecimento dos direitos das mulheres, a condenação e a luta contra a discriminação racial são exemplos. Falar de progresso moral parece implicar que haja um padrão objectivo com o qual confrontamos as nossas acções. Se esse padrão objectivo não existir não temos fundamento para dizer que em termos morais estamos melhor agora do que antes. No passado, muitas sociedades praticaram a escravatura mas actualmente quase nenhuma a considera moralmente admissível.

O UNIVERSALISMO MORAL MODERADO: Há princípios morais universais. Há verdades morais que não dependem nem das crenças de cada cultura, nem dos gostos e sentimentos dos indivíduos, nem da vontade de Deus. TESE CENTRAL 1. 2. Há valores e princípios universais. Essa universalidade é necessária (imprescindível). Há que distinguir verdades morais absolutas e verdades morais universais.

O UNIVERSALISMO MORAL MODERADO: Há princípios morais universais. Um princípio moral universal aplica-se a todos os indivíduos, mas admite excepções, conforme os casos. Um princípio moral absoluto aplica-se a todos os indivíduos seja qual for o caso, ou seja, não admite excepções. Todos os princípios ditos absolutos são universais mas nem todos os princípios ditos universais ou objectivos são absolutos.

O UNIVERSALISMO MORAL MODERADO: Há princípios morais universais. Verdades morais consideradas universais e necessárias 1. DEVEMOS PROTEGER AS CRIANÇAS

O UNIVERSALISMO MORAL MODERADO: Há princípios morais universais. 2. MENTIR É ERRADO Todas as culturas têm uma norma contra a mentira porque se houver a expectativa de que na maioria dos casos os outros vão mentir então a comunicação e a interacção social atingirão o ponto de ruptura e chegarão a um grave impasse. 3. O ASSASSÍNIO É ERRADO Nenhuma cultura aprova que se mate arbitrariamente alguém. Se vivermos na expectativa permanente de que os outros nos podem matar, se esta expectativa for a regra e não a excepção não arriscaríamos dar um passo para fora de casa e a desconfiança generalizada conduziria ao colapso da vida social.
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