Bodin foi um jurista francês, membro do Parlamento e professor de Direito, que defendia que a soberania é
um poder perpétuo e ilimitado. Sendo assim , as únicas limitações do soberano eram a lei divina e a lei
natural. Bodin usava de argumento religioso para justificar o poder do rei, da mesma forma que Bossuet.
Obra: Seis livros da República – Seis Livros da República, Os: Escrito em 1576, por Jean Bodin, defende que a
soberania é um poder perpétuo e ilimitado, um poder que tem como únicas limitações a lei divina e a lei natural. A
soberania é, para ele, absoluta dentro dos limites estabelecidos por essas leis.
Trecho de Os seis Livros da República, de Jean Bodin, 1576
Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele
estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de sua
qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e
falar deles com toda a honra, pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é
imagem na terra.
BODIN, Jean. Les six livres de la Republique (Os seis livros da República). Paris: Fayard, 1986.
Trechos de "A Utopia" de Thomas Morus
"Suponham um ano mau e estéril, em que milhares de pessoas morreram de fome. Atrevo-me a
dizer que, no fim dessa época de fome encontrar-se-ia, se se tivesse procurado nos celeiros dos
ricos, tal quantidade de provisões que, divididas entre os que morreram de inanição, ninguém
teria sentido os efeitos da escassez. Vedes, pois, que, sem esse senhor onipotente, o dinheiro,
todos teriam o sustento garantido sem que o dinheiro se interpusesse entre nós e a subsistência,
como uma chave que, em vez de nos abrir as portas da abundância, as fecha."
“Eis o que invencivelmente me persuade que o único meio de distribuir os bens com igualdade e
justiça, e de fazer a felicidade do género humano, é a abolição da propriedade. Enquanto o direito
de propriedade for o fundamento do edifício social, a classe mais numerosa e mais estimável não
terá por quinhão senão miséria, tormentos e desesperos.” (MORUS, 1997, p. 71).