O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas.
Objetivo: Compreender que é preciso apropriar-se dos procedimentos de leitura em todas as áreas para sanar as dificuldades sinalizadas nos resultados dos diagnósticos de leitura e resultados acadêmicos.
Pauta : Formação leitora: Vozes Mulheres - Conceição Evaristo; Vale a pena refletir - O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas; Análise - Plano de aula / Ciências da Natureza - O esquema de um resumo de texto de Ciências da natureza; Informes.
Formação Leitora Maria da Conceição Evaristo de Brito é uma linguista e escritora afro-brasileira. Agora aposentada, teve uma prolífica carreira como pesquisadora-docente universitária. É uma das mais influentes literatas do movimento pós-modernista no Brasil, escrevendo nos gêneros da poesia, romance, conto e ensaio.
Formação Leitora roupagens sujas dos brancos pelo caminho empoeirado rumo à favela. A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e fome. A voz de minha filha recorre todas as nossas vozes recolhe em si as vozes mudas caladas engasgadas nas gargantas. A voz de minha bisavó ecoou criança nos porões do navio. Ecoou lamentos de uma infância perdida. A voz de minha avó ecoou obediência aos brancos-donos de tudo. A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias debaixo das trouxas Vozes-mulheres
Formação Leitora A voz de minha filha recolhe em si a fala e o ato. O ontem – o hoje – o agora. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância o eco da vida-liberdade. Vozes-mulheres
Consignas De que depreende-se a construção de significados do poema vozes de mulheres?
O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas. Levar os alunos a entender tudo o que lêem exige explorar diferentes gêneros e procedimentos de estudo. Para ser bem-sucedido na tarefa, é necessário o envolvimento dos professores de todas as disciplinas Rodrigo Ratier
Dispositivo de Trabalho: Resultado do II Diagnóstico de Leitura e Matemática – descritores que apresentaram maiores fragilidades.
Ensinar a ler é tarefa de todas as disciplinas Um professor de HISTÓRIA deve ensinar que muitos textos da área tem uma estrutura cronológica dos fatos que é necessário identificá-la para entender a informação. O de CIÊNCIAS precisa discutir como ler as instruções de experiências e ensinar a produzir relatórios, esquema, mapas mentais entre outros. “A alfabetização plena requer que os estudantes saibam compreender e produzir textos específicos das disciplinas” (Isabel Solé )
Portanto professores... Independentemente de seu campo de atuação, você pode ajudar os alunos a ler e compreender diferentes tipos de textos, incentivando-os a explorar cada um deles. Pode ensiná-los a fazer ANOTAÇÕES, RESUMOS, COMENTÁRIOS, SUBLINHOS, facilitando a tarefa da interpretação. Pode, enfim, encaminhá-los para a escrita, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos na exploração de livros, revistas, jornais, filmes, obras de arte e manifestações culturais e esportivas.
Com foco na leitura para aprender - também chamada de leitura de estudo, a que mais exige disciplina e organização - é preciso planejar bem, definir propósitos, apontar caminhos para desenvolver habilidades antes, durante e depois do contato com os textos e procedimentos de estudo – gêneros escritos que funcionam bem para a recuperação de ideias significativas ou para a compreensão mais aprofundada.
Análise - Plano de aula E squema de um resumo
1ª Atividade: Ler o plano de aula proposto, identificando pontos significativos; Analisar as sequências didáticas do plano, confrontando os saberes implícitos nestes documentos com a própria prática; Identificar pontos que podem ser melhorados na própria prática pedagógica a partir do que foi lido e compreendido. A partir da análise definir uma atividade utilizando um dos procedimentos de leitura que contemple os descritores;
VALE A PENA REFLETIR: é preciso ensinar estratégias que os leitores experientes usam. O que significa ensinar alguém a ler? Mais que isso: o que é ler; Do latim lego, “ler” significa, entre outras coisas, “ colher” e “ roubar” . O primeiro termo aponta para um tipo de leitura em que o sentido do texto já está pronto, totalmente determinado. Ao leitor caberia só captar – colher – o que o autor quis dizer. A essa concepção, dominante até pelo menos os anos 1970, contrapõe-se a indicada pelo segundo termo. “Roubar”, no caso, equivale a dizer que o autor deixa de ser o dono absoluto do que escreve: com base no que lê e em seu saberes prévios, o leitor também constrói sentidos.
Por essa perspectiva, os textos nunca dizem tudo: para se completarem, dependem da interpretação de quem os lê. Essa ideia, presente na maioria dos estudos mais recentes sobre o tema, não significa que o leitor seja livre para atribuir todos os sentidos que quiser. É aqui que entra o ensino : cabe ao professor fornecer indícios para a compreensão – algo essenci al, ainda mais considerando que os estudantes são, na sua maioria leitores em formação.
“Progressivamente, cada um estabelece um diálogo próprio com o texto – e a sua leitura se torna autônoma”. Cláudio Bazzoni ( Secretaria Municipal de Educação de São Paulo).