Alma minha gentil, que te partiste

mariapereira50159836 36,555 views 9 slides Jul 23, 2012
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Alma minha gentil, que te partiste. Camões lírico.

Soneto Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida, descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste.   Se lá no assento etéreo, onde subiste, Memória desta sida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente Que já nos olhos meus tão puro viste.   E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te,   Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cd me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te levou

Referências históricas Este soneto , está associado à morte de Dinamene uma chinesa com quem Camões viveu em M acau , este é um dos mais conhecidos. Segundo o estudo histórico camões foi acusado de 1 delitos administrativos quando estava na china e camões e Dinamene foram levados para a Índia onde decorreu o julgamento do poeta. Na viagem para a índia (por volta de 1560) o navio naufragou na costa do Camboja, junto à foz do rio Mekong. Camões consegui salvar-se e salvar Os Lusíadas, que trazia quase concluído, mas teria perdido Dinamene, a sua "alma gentil“. 1 desonestidade , deslealdade

R io Mekong

Camoes no soneto faz um apelo aos sentidos isto é tenta encontrar Dinamene no Céu, em Deus. A morte implica uma espécie de purificação, Dinamene´partiu para esse "mundo das idéias e formas eternas". O poeta sugere a possibilidade de que a amada se lembre dele, "lá do assento etéreo".

No soneto estão presentes a Emoção e a razão, tem também uma escrita comovente. Observe que, curiosamente, em "Alma minha..." o ouvido de Camões foi indiferente a uma cacofonia ("maminha"), que hoje seria de todo modo evitada.

No soneto está também presente a serenidade e o sofrimento. Além do amor como tema, Camões faz também referencia que tudo muda, nada é eterno. O ser humano mesmo que queira atingir o ideal e/ou a perfeição, depara-se sempre com a restrição imposta pela própria condição humana. O sujeito poético chega à conclusão de que não existe o absoluto ou o eterno, dizendo que lhe resta divagar sobre o real e o ideal, a morte e a vida, o pessoal e o universal.

Conclusão O sujeito poético chega à conclusão de que não existe o absoluto ou o eterno, dizendo que lhe resta divagar sobre o real e o ideal, a morte e a vida, o pessoal e o universal.

Curiosidades Em "Alma minha..." Camões foi indiferente a uma cacofonia ("maminha"), que hoje seria evitada.
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