Análise do poema viajar Perder Países

ricardosantos9828456 26,225 views 10 slides Nov 10, 2012
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Poesia de Fernando pessoa Análise do poema Viajar! Perder Países! Ricardo Santos – 4071 Beatriz Quiaios - 824

Leitura do poema Viajar! Perder países! Ser outro constantemente, Por a alma não ter raízes De viver de ver somente ! Não pertencer nem a mim! Ir em frente, ir a seguir A ausência de ter um fim, E a ânsia de o conseguir ! Viajar assim é viagem. Mas faço-o sem ter de meu Mais que o sonho da passagem. O resto é só terra e céu . Viajar! Perder Países! Fernando Pessoa

Análise formal Vi/a/ jar !/ Per/der / pa /í/ ses ! Ser/ ou/ tro / cons / tan /te/ men / te , Por/ a al/ma /não /ter/ ra /í/ zes De/ vi/ver/ de /ver/ so / men / te ! Não pertencer nem a mim! Ir em frente, ir a seguir A ausência de ter um fim, E a ânsia de o conseguir ! Viajar assim é viagem. Mas faço-o sem ter de meu Mais que o sonho da passagem. O resto é só terra e céu . Viajar! Perder Países! 3 quadras Métrica regular (redondilha maior) Rima cruzada a b a b c d c d e f e f 7 7 7 7

Análise do conteúdo Viajar! Perder países! Ser outro constantemente , Por a alma não ter raízes (ex.1) De viver de ver somente! Viajar! Perder Países! O sujeito poético procura o seu verdadeiro “eu” que é sempre “outro” Fragmentação do “eu” (heterónimos) Não tem “amarras” a ninguém, nem a si mesmo (ex.1) , solitário Viajar, neste poema, significa conhecer-se a si mesmo e não conhecer novos países (paradoxo do título) 1ª Fragmentação do “eu” Estrofe Remete para a experiencia, porque não basta a observação.

Análise do conteúdo Não pertencer nem a mim! (ex.2) Ir em frente, ir a seguir A ausência de ter um fim, E a ânsia de o conseguir! Viajar! Perder Países! Ao viajar o homem anula a sua própria individualidade, d espersonalização , angústia da separação entre o sonho e a realidade (ex.2) Viajar sem ter um fim porque Fernando Pessoa não encontra o seu próprio “eu” mas quer muito encontrar-se a si próprio (ex.3) 2 ª Estrofe (ex.3)

Análise do conteúdo Viajar assim é viagem. Mas faço-o sem ter de meu Mais que o sonho da passagem. O resto é só terra e céu. Viajar! Perder Países! Viagem interior em que o “eu” poético se procura a si próprio O sujeito poético ausenta-se de “si” para poder analisar-se mais facilmente (ex.4 ) Verificamos uma desilusão, uma perda de esperança de se encontrar. Contraste entre o sonho e a realidade ( ex.5) 3ª Estrofe (ex.4) ( ex.5)

Análise linguística Linguagem simples mas muito expressiva (cheia de significados escondidos) Pontuação emotiva, “ E a ansia de o conseguir!” ( interjeições) Campos semântico ( viajar, viagem ) “Viajar! Perder países !” – Paradoxo - A noção de viagem presente no primeiro verso está associada á ideia de procura para o sujeito poético, viajar não implica ganhar países, ganhar lugares na rota da sua vida; significa, antes, procura de si mesmo, encontro consigo mesmo. Viajar! Perder Países!

Análise ESTILÍSTICA “ Ir em frente, ir a seguir”- R epetição - viagens constantes . “Não pertencer nem a mim/a ausência de ter um fim” – Assonância - repetição do som “ im ” remete para a Despersonalização (perda de identidade), angústia da separação entre o sonho e a realidade e para a consciência da enfermidade da vida . “o resto é só terra e céu”- Antítese - contraste entre o sonho e a realidade. Viajar! Perder Países!

Análise ESTILÍSTICA “De viver de ver somente”- A literação - além de conferir ritmo e musicalidade ao poema, r emete para a experiencia, porque não basta a observação. “por alma não ter raízes”- M etáfora - não tem “amarras” a ninguém, nem a si mesmo, solitário. Viajar! Perder Países!

Questionário Explica o sentido conotativo que a palavra “Viajar” nos transmite. Significa v irar-se para dentro de si e conhecer o seu verdadeiro “eu ” ; Sair de si próprio; imaginar, divagar, “ser outro constantemente” . Explicita o paradoxo presente no título. Perder países ≠ viajar é a fuga à realidade; viajar é algo mais, mas perder está associado a algo menos, logo há um paradoxo na medida em que viajar pode ser fugir a realidade. Explica os dois últimos versos do poema. Neste viajar na imaginação não tenho limites, ideia de evasão e de plenitude Viajar! Perder Países! Mais que o sonho da passagem. O resto é só terra e céu.