Antropologia: conceitos basicos

88,278 views 14 slides Apr 18, 2011
Slide 1
Slide 1 of 14
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14

About This Presentation

Aula para revisão de alguns conceitos e conteúdos de Antropologia Cultural


Slide Content

CONCEITOS BÁSICOS
ANTROPOLOGIA CULTURAL

CULTURA
O conceito central e fundador da
Antropologia Cultural

Os Primeiros Antropólogos
(e o conceito de cultura)
Edward Burnett Tylor
(1832-1917)
Conceito de cultura
marcado pelo
evolucionismo: as
culturas diferentes
eram vistas como
“primitivas” ou
atrasadas.

Edward Burnett Tylor (1832-1917)
"Cultura ou Civilização, tomada em seu amplo sentido
etnográfico, é aquele todo complexo que inclui
conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e
quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo
homem na condição de membro da sociedade. A situação
da cultura entre as várias sociedades da humanidade, na
medida em que possa ser investigada segundo princípios
gerais, é um tema adequado para o estudo de leis do
pensamento e da ação humana. De um lado, a
uniformidade que tão amplamente permeia a civilização
pode ser atribuída, em grande medida, à ação uniforme
de causas uniformes; de outro, seus vários graus podem
ser vistos como estágios de desenvolvimento ou
evolução, cada um resultando da história prévia e pronto
para desempenhar seu papel na modelagem da história
do futuro".

Os Primeiros Antropólogos
(e o conceito de cultura)
Franz Boas
(1858 – 1942)
Bronislaw Malinowski
(1884 - 1942)
Uma nova forma de
conceber a “cultura”
abala a perspectiva
etnocêntrica porque
não usa a cultura do
pesquisador para
julgar a cultura do
outro.

.
Bronislaw Malinowski
(1884 - 1942)

POR QUE UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO DE
CULTURA?
Para ir a campo, o antropólogo deve conhecer profundamente
a teoria. Deve operar com um conceito de cultura muito claro,
instrumental e que não seja etnocêntrico. Para isso não
servem as noções do senso comum nem conceitos vagos e
imprecisos do tipo “são os hábitos e costumes de um povo”.
Cultura é muito mais do que isso. É um código compartilhado
por um grupo social. A cultura é aprendida dentro desse
grupo, portanto, não é biológica. Qualquer ser humano pode
aprender qualquer cultura desde que seja socializado dentro
dela ao nascer. Isso não tem nada a ver com genética. Ao
sermos introduzidos numa cultura (por nascimento ou
adoção) aprendemos um código uma maneira de agir e
pensar que permite a comunicação e a vida em sociedade.

CULTURA
A Cultura é um sistema de
símbolos e significados e
deve ser considerada
como um “conjunto de
mecanismos de controle,
planos, receitas, regras e
instruções (a que os
técnicos de
computadores chamam
de ‘programas’) para
governar o
comportamento.” (Clifford
Geertz, 1926 - 2006)

preconceito
Que tipo de atitude
ajuda a nos
relacionar com a
diferença, de
forma a favorecer
a comunicação
entre os
“diferentes” e
promover a
inclusão?

A relação com a alteridade
ETNOCENTRISMO
É uma visão de mundo
preconceituosa. Estamos sendo
etnocêntricos quando usamos a
nossa cultura como referencial
para julgarmos (negativamente) a
cultura do outro. O olhar
etnocêntrico tende a colocar as
culturas e diferenças culturais
dentro da hierarquias: os mais
atrasados, os “primitivos” e os
civilizados. Essa visão legitima e
perpetua o preconceito e a
opressão e, geralmente, vítima
grupos que já vivenciam
historicamente a plena exclusão
social ou ocupam status
desprivilegiado em relação a
outras grupos favorecidos.
RELATIVISMO
É uma forma de encarar as outras
culturas ou as práticas culturais a
partir do contexto onde elas
acontecem, tentando entender a
lógica do outro, do diferente. A
diferença não é vista como “atraso”,
procura-se evitar hierarquias e
noções de “certo e errado”, o que há
é diferença. O olhar relativista
encara a diferença como riqueza.

CULTURA, DIVERSIDADE CULTURAL
E PRÁTICA PEDAGÓGICA:
EXISTE UMA RELAÇÃO?
A diversidade cultural está em toda a parte: no
Brasil (diferenças regionais), mas também em
em nosso estado, nesta cidade, nesta sala de
aula e no ambiente da cada um dos
professores-alunos presentes.
É essa diversidade cultural que torna
importante compreender a cultura, não só para
o “antropólogo” mas para o professor. Uma
boa discussão a respeito de cultura e um
conceito de cultura adequado ajuda a lidar
com a diversidade por não tratar a diferença
como problema.

RAÇA E CULTURA: UMA GRANDE CONFUSÃO!
Muitas vezes, o senso comum costuma naturalizar as
diferenças entre as pessoas e os grupos sociais,
atribuindo essas diferenças a aspectos biológicos.
Especialmente a noção de raça tem sido usada
historicamente para referir diferenças físicas, fenotípicas,
hereditárias entre os vários grupos humanos estendendo
essa tipologias a caracteres morais, aptidões e costumes.
Parte daí a idéia errônea e racista de que uma raça possa
ser, por exemplo, mais inteligente que outra ou que certo
costume ou aptidão possa ser herdado geneticamente: “O
samba está no sangue!” Não há nada mais equivocado. O
samba como qualquer tradição cultural é aprendido,
transmitido culturalmente.

ETNOGRAFIA
As diferenças entre os homens são diferenças culturais. Para
entendermos cada cultura, é necessário conhecê-lo a fundo
Por isso, o Antropólogo desenvolve um extenso e minucioso trabalho
trabalho de campo que dá base à etnografia.
ETNOGRAFIA é a descrição detalhada da vida cotidiana de dada
cultura ou grupo social baseada num conjunto de técnicas de pesquisa
antropológica. Através da observação participante, o pesquisador
conhece em profundidade culturas diferentes da sua e procura revelar,
através da descrição dessas culturas, uma outra lógica cultural, um outro
código que dá sentido às práticas observadas. A etnografia procura,
portanto, descrever “os outros” mostrando o que são eles, o que
pensam que estão fazendo em sua ações históricas e com que finalidade
o fazem. Enfim, a etnografia nos permite entender o significado que
cada prática cultural observada assume no contexto cultural em que ela
ocorre

Relativismo e inclusão
Nossas discussões sobre
preconceito e relativismo
foram profundamente
inspiradas pelo filme
Chocolate, que termina com o
belo sermão do padre Henri
acerca de preconceito e
inclusão:
"Não podemos medir a nossa
bondade por aquilo que não
fazemos, por aquilo que
resistimos e por quem
excluímos. Penso que temos
que medir a bondade por
aquilo que abraçamos,
criamos e por quem incluímos"