Hoje, Penedo esbanja progresso. Detém um comércio bem movimentado, várias
agências bancárias, ligações com o país e o mundo através do DDD/DDI, indústrias de álcool e
outros setores; uma sólida formação cultural, com várias escolas de primeiro e segundo graus,
além de uma Faculdade, jornal, rádios, teatro e festas tradicionais. O Relatório Estatístico de
Alagoas, de 1998, aponta uma população de 40.554 habitantes na cidade e mais 13.888 na
zona rural. É tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Durante vários anos, foi a mais
desenvolvida cidade do interior alagoano, perdendo esse posto para Arapiraca, na década de
1960. Sua decadência começou quando foi construída a ponte sobre o rio São Francisco, em
Porto Real do Colégio, ligando Alagoas a Sergipe. A travessia de carros e passageiros, ainda
continua na cidade, ligando-se ao outro lado do rio, através do rio. Mas o movimento mais
intenso mesmo ficou por conta da ponte rodoferroviária.
Mas aos poucos, a cidade foi soerguendo sua economia, e hoje é importante centro
econômico e de turismo cultural. Durante alguns anos, realizava o Festival de Cinema, atraindo
artistas e intelectuais de várias partes do país. Mantém o Festival de Tradições Culturais, a
Festa do Bom Jesus dos Navegantes, Gincana de Pesca e Arremesso, Penedo Fest e outros
eventos de significativa importância socioeconômica, como seminários, congressos, simpósios,
peças de teatro, etc. Suas Igrejas, seus sobrados e a beleza do rio São Francisco atraem
muitos turistas, que dispõem de bons hotéis, restaurantes e passeio de barcos pelo rio, indo até
a foz, na praia do Peba.
Ainda no século XVII, emancipa-se o Povoado de Porto Calvo, tornando-se a
segunda Vila. Sua Igreja, concluída em 1610, garantiu o título de primeira Freguesia fundada
em Alagoas, antes da de Penedo. Preserva ainda seu altar-mor, todo em madeira, com a
imagem de Nossa Senhora da Apresentação (sua padroeira), do Cristo crucificado e de Nossa
Senhora da Conceição.
Palco da luta dos holandeses pela colonização de Pernambuco, Porto Calvo ergue-se
em uma colina, onde abaixo um imenso vale cortado pelo rio Manguaba, é ocupado por
canavial, pastagem e lavouras de vários tipos. Terra fértil, logo foi atraindo novos moradores. E
a vila cresceu, esbanjou progresso, mas foi decaindo ao longo dos séculos, somente
ressurgindo no atual. Hoje, detém um comércio em franca ascensão, agências bancárias,
sistema de telefonia fixa e celular e toda a infraestrutura para se desenvolver mais ainda. O
Relatório Estatístico de Alagoas, versão 1998, aponta uma população de 24.150 habitantes,
sendo 12.798, na cidade. Pouca coisa lembra o seu passado. A Igreja de Nossa Senhora da
Apresentação, é a única construção secular. Alguns sobrados construídos no início do século
XX e, ainda o Alto da Forca, onde dizem ter sido enforcado um dos seus filhos mais ilustres:
Domingos Fernandes Calabar.