Apostila aconselhamento pdf

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APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro

Manual preparado pelo Pr. Mauro Zaffani Martins
Aulas Ministradas pelos Professores:
Apóstolo Rubens de Mattos Antonio
Profetisa Vivian Carnieto Antonio
Pr. Mauro Zaffani Martins
Pra. Rosângela Ramos Martins
Pr. Ronaldo de Mattos Antonio

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
ÍNDICE

1 – DEFINIÇÕES..........................................................................................................7
DEFINIÇÕES...................................................................................................................................7
PROPÓSITOS.................................................................................................................................7
ACONSELHAR NÃO É ....................................................................................................................7
A COMUNIDADE TERAPÊUTICA ..................................................................................................8
O ESPÍRITO SANTO E O ACONSELHAMENTO ............................................................................8
A MOTIVAÇÃO DO CONSELHEIRO ..............................................................................................8
BASES PARA UM BOM ACONSELHAMENTO ..............................................................................9
O PROBLEMA FUNDAMENTAL DO HOMEM ................................................................................9
2 – FACES/TIPOS de ACONSELHAMENTOS......................10
FACES do ACONSELHAMENTO ..................................................................................................10
TIPOS de ACONSELHAMENTO ...................................................................................................11
DIRETIVO......................................................................................................................................11
ROGERIANO.................................................................................................................................12
NOUTÉTICO..................................................................................................................................13
CAPACITAÇÃO PARA O ACONSELHAMENTO NOUTÉTICO ....................................................14
3 – O PROCESSO de ACONSELHAMENTO..........................15
Passos Importantes no Aconselhamento......................................................................................16
EXEMPLOS de PERGUNTAS AUXILIARES .................................................................................18
4 – ELEMENTOS do ACONSELHAMENTO.............................21
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL ....................................................................................................21
MENTIRA.......................................................................................................................................21
A CULPA........................................................................................................................................21
ESPERANÇA.................................................................................................................................22
DISCIPLINA...................................................................................................................................22
ATENÇÃO......................................................................................................................................22
RESPOSTAS.................................................................................................................................22
ORAÇÃO........................................................................................................................................22
TAREFAS.......................................................................................................................................23
5 – CUIDADOS no ACONSELHAMENTO...................................26
ÉTICA.............................................................................................................................................26
Dicas práticas para o aconselhamento..........................................................................................26
RAZÕES DO FRACASSO NO ACONSELHAMENTO ..................................................................27
6 - MECANISMOS de DEFESA................................................................29
7 - INTRODUÇÃO À CURA INTERIOR..........................................32
QUEM PRECISA DE CURA INTERIOR ........................................................................................32
O HOMEM......................................................................................................................................34
Criação e queda do homem...........................................................................................................35
8 - CURA INTERIOR..............................................................................................36
A Salvação.....................................................................................................................................36
Mecanismos de defesa da Velha Natureza...................................................................................38
Alguns mecanismos de defesa......................................................................................................39
Verdades x Mentiras......................................................................................................................40
9 – COMO OBTER A CURA INTERIOR?.....................................41
Áreas que precisam de cura..........................................................................................................42

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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1) Mente.........................................................................................................................................42
2) Vontade......................................................................................................................................45
3) Emoções....................................................................................................................................46
Como vencer os sentimentos negativos........................................................................................47
Como podemos controlar nossos sentimentos?............................................................................49
Raízes de Rejeição........................................................................................................................51
Fontes de Rejeição........................................................................................................................51
Sintomas de rejeição......................................................................................................................52
Reflexões sobre a auto-imagem....................................................................................................52
Quadro clínico de nossa sociedade...............................................................................................52
Enfermidades Psicossomáticas.....................................................................................................54
Diagnóstico e Terapia....................................................................................................................55
Pecados Ocultos............................................................................................................................56
Quatro passos práticos para se manter em Cura Interior..............................................................58
10 – PERDÃO e RESSENTIMENTOS.............................................59
O QUE É PERDÃO:.......................................................................................................................61
Ressentimentos.............................................................................................................................62
Como perdoar?..............................................................................................................................63
Fortalezas (Complexos).................................................................................................................63
Opressões e amarras diabólicas...................................................................................................65
11 – BÊNÇÃO, MALDIÇÃO e AMARRAS
DIABÓLICAS....................................................................................................................66
Espíritos familiares.........................................................................................................................67
Bênção ou Maldição.......................................................................................................................68
12 – OS TEMPERAMENTOS......................................................................72
A História dos Temperamentos......................................................................................................72
O CARÁTER..................................................................................................................................73
A PERSONALIDADE .....................................................................................................................73
O TEMPERAMENTO .....................................................................................................................73
TEMPERAMENTOS MODIFICADOS PE LO ESPÍRITO SANTO..................................................74
Colérico..........................................................................................................................................74
Melancólico....................................................................................................................................75
SANGÜÍNEO..................................................................................................................................77
Fleumático......................................................................................................................................79
13 – COMPLEXO DE INFERIORIDADE E AUTO-
ESTIMA...................................................................................................................................82
13 – COMPLEXO DE INFERIORIDADE E AUTO-
ESTIMA...................................................................................................................................83
Causas da Inferioridade e baixo auto-estima................................................................................85
Como ministrar alguém com problemas de baixa auto-estima e complexo de inferioridade........86
O papel da igreja para a cura.........................................................................................................86
14 – EFICÁCIA DO CONSELHEIRO/CRISES........................87
Crises.............................................................................................................................................87
15 – ANSIEDADE.......................................................................................................89
Tipos...............................................................................................................................................89
Ansiedade na Bíblia.......................................................................................................................89
Causas...........................................................................................................................................90

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
Efeitos............................................................................................................................................91
Aconselhamento............................................................................................................................92
16 – IRA..................................................................................................................................93
COMO AGIR QUANDO ESTAMOS IRADOS ................................................................................94
CAUSAS DA IRA...........................................................................................................................94
AJUDANDO O ACONSELHANDO ................................................................................................95
COMO EVITAR A IRA....................................................................................................................95
TESTE – QUAL o SEU Q.I. (Quociente de Irritabilidade)?............................................................96
17 – MEDO.........................................................................................................................97
Tipos de Medo...............................................................................................................................97
POR QUE FICAMOS COM MEDO? ..............................................................................................97
RESULTADOS DO MEDO NÃO RESOLVIDO? ............................................................................98
COMO AGIR QUANDO ESTAMO S COM MEDO?.......................................................................98
18 – SOLIDÃO..............................................................................................................100
Tipos.............................................................................................................................................100
Solidão na Bíblia..........................................................................................................................100
Causas.........................................................................................................................................100
Efeitos..........................................................................................................................................101
Aconselhamento..........................................................................................................................102
Previnindo....................................................................................................................................102
18 – DEPRESSÃO..................................................................................................103
SINTOMAS ou SINAIS DA DEPRESSÃO ...................................................................................103
POSSÍVEIS CAUSAS DA DEPRESSÃO .....................................................................................104
EFEITOS da DEPRESSÃO .........................................................................................................106
ACONSELHANDO PESSOAS DEPRESSIVAS..........................................................................107
Alguns conselhos à pessoa deprimida:.......................................................................................109
Aconselhamento de pessoas com idéias suicídas:.....................................................................109
20 – RELACIONAMENTOS.........................................................................110
“Não é bom que o homem esteja só”...........................................................................................110
CAUSAS dos PROBLEMAS ........................................................................................................110
Relações Ruins............................................................................................................................111
Sugestões para o Aconselhamento.............................................................................................112
21 – ACONSELHANDO CRIANÇAS................................................113
PROBLEMAS...............................................................................................................................115
EFEITOS......................................................................................................................................116
ACONSELHANDO CRIANÇAS...................................................................................................116
ACONSELHANDO PAIS ..............................................................................................................117
22 – ABUSO INFANTIL.....................................................................................118
CAUSAS.......................................................................................................................................118
EFEITOS......................................................................................................................................118
ACONSELHAMENTO ..................................................................................................................118
23 – ACONSELHANDO ADOLESCENTES.............................120
O QUE É A ADOLESCÊNCIA? ....................................................................................................120
CAUSAS DE PROBLEMAS NA ADOLESCÊNCIA ......................................................................121
SUAS REAÇÕES.........................................................................................................................123
ACONSELHANDO .......................................................................................................................123
EVITANDO OS PROBLEMAS da ADOLESCÊNCIA ...................................................................124
SUGESTÕES DE ACONSELHAMENTO ....................................................................................125

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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24 – ACONSELHANDO JOVENS........................................................128
CONHECENDO MELHOR A FAIXA ETÁRIA ..............................................................................128
SUGESTÕES DE ACONSELHAMENTO ....................................................................................129
25 – ALCOOLISMO...............................................................................................133
26 – MEIA-IDADE.....................................................................................................137
Aconselhamento..........................................................................................................................138
Como Evitar Problemas?.............................................................................................................138
27 – ACONSELHANDO OS SOLTEIROS.................................139
A Bíblia e os Solteiros..................................................................................................................139
Tipos de Problemas.....................................................................................................................139
Efeitos para Alguns......................................................................................................................140
Aconselhando..............................................................................................................................140
28 – ACONSELHANDO NAMORADOS e NOIVOS.......142
Por que as pessoas escolhem um namorado/noivo?..................................................................142
Por que as pessoas não escolhem um namorado/noivo?...........................................................142
Por que as escolhas erradas?.....................................................................................................143
Por que as escolhas certas?........................................................................................................143
Aconselhando..............................................................................................................................143
Orientação necessária para?.......................................................................................................144
29 – ACONSELHAMENTO CONJUGAL.....................................145
Causas Principais dos Problemas...............................................................................................145
Efeitos..........................................................................................................................................146
Aconselhando..............................................................................................................................146
Evitando.......................................................................................................................................147
30 – PROBLEMAS de FAMÍLIA..............................................................148
Causas Principais dos Problemas...............................................................................................149
Aconselhando..............................................................................................................................150
Evitando.......................................................................................................................................152
31 – ACONSELHAMENTO FINANCEIRO.................................153
Bíblia............................................................................................................................................153
Causas Principais dos Problemas Financeiros............................................................................154
Efeitos..........................................................................................................................................154
Aconselhando..............................................................................................................................154
Evitando.......................................................................................................................................155
32 – SEXO FORA DO CASAMENTO..............................................157
Biblicamente sobre o Sexo Fora do Casamento.........................................................................157
Causas do Envolvimento Sexual Fora do Casamento................................................................158
Efeitos..........................................................................................................................................158
Aconselhando Problemas Ligados ao Sexo Fora do Casamento...............................................159
Evitando.......................................................................................................................................159
33 – ACONSELHAMENTO SEXUAL - CASAMENTO161
Biblicamente.................................................................................................................................161
Causas dos Problemas................................................................................................................161
Efeitos..........................................................................................................................................162
Aconselhando..............................................................................................................................163
Evitando.......................................................................................................................................163
Entendendo a Anatomia Masculina.............................................................................................164

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
Entendendo a Anatomia Feminina...............................................................................................165
Vasectomia...................................................................................................................................166
Laqueadura..................................................................................................................................167
Sugestões de Livros.....................................................................................................................169
34 – ACONSELHAMENTO para ADOÇÃO..............................170
O Que é Adoção?........................................................................................................................171
Tipos de Adoção..........................................................................................................................171
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................175

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
1 – DEFINIÇÕES
Ap. Rubens
DEFINIÇÕES

1. “Aconselhamento é uma relação em que uma pessoa busca ajudar outro ser humano
nos problemas da vida” (Gary Collins);
2. Aconselhamento é um relacionamento de ajuda que inclui:
- Alguém que procura ajuda;
- Alguém que está disposto a ajudar, este deve ser capaz ou estar preparado para isso.
3. Aconselhamento é o atendimento que uma pessoa qualificada faz a outra que procura
ajuda para seus conflitos e dúvidas;
4. O aconselhamento leva cada aconselhado a crer e a viver o potencial e as promessas
de Deus na sua vida.
PROPÓSITOS

1. Auxiliar o indivíduo a alcançar o conhecimento e a aceitação de si mesmo;
2. Auxiliar o indivíduo a analisar os rumos de ação alternativos;
3. Oferecer oportunidade ao indivíduo de escolher um modo de proceder que seja viável;
4. Oferecer ao aconselhado situação a qual tome iniciativa e aceite responsabilidade;
5. Levar o indivíduo a realizar o potencial e todo o plano de Deus para a sua vida.
ACONSELHAR NÃO É

1. Dizer o óbvio;
2. Tagarelar algum conselho ou suprir alguma curiosidade intelectual;
3. Influenciar atitudes, crenças ou comportamentos através da persuasão, ameaça ou
constrangimento;
4. Dizer o que a pessoa deve ou não fazer;
5. Controle mental ou emocional.
“Aconselhamento é levar o homem a descobrir, entender e aceitar a verdade de sua vida,
comparando-a com o plano e o propósito de Deus para ele”.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
A COMUNIDADE TERAPÊUTICA

Jesus Cristo certamente é o melhor exemplo de um “excelente conselheiro”, além de
ensinar sobre salvação, arrependimento, oração, fé, anjos e demônios, também ensinou
sobre questões como casamento, relação entre pais e filhos, obediência, liberdade social,
sexo, ansiedade, medo, solidão, dúvida, orgulho e desânimo. Quando Jesus tratava com
as pessoas, ele ouvia suas perguntas e tratava de ensiná-las a agir de maneira diferente,
ele as orientava muitas vezes fazendo-as a refletirem e a resolverem os seus problemas.
A igreja foi estabelecida para fazer as mesmas obras de Cristo. Como corpo de Cristo na
terra, temos a responsabilidade de atender as pessoas e suas necessidades da mesma
forma, ensinando a viverem de maneira agradável a Deus. Os problemas que levavam
muitas pessoas a procurarem a Cristo no seu tempo, são os mesmos que estão levando
as pessoas a procurar a igreja. Por isso devemos ter gente preparada para atender e
ajudar essas pessoas a encontrarem a cura que necessitam.
O ESPÍRITO SANTO E O ACONSELHAMENTO

O aconselhamento pertence ao Ministério do Espírito Santo, não se pode aconselhar sem
o Espírito Santo, ele é o “parakleto Divino”, que entre outras coisas significa:
“Conselheiro”.
Só o Espírito Santo pode mudar verdadeiramente a personalidade do homem. Através da
santificação, da palavra, dos dons e do fruto do Espírito, ele transforma as pessoas.
O Espírito Santo deve dirigir o aconselhamento
João 4 – A mulher Samaritana
A habilidade de aconselhar vem do estudo, mas a sabedoria do Espírito Santo. O
conselheiro deve ser alguém cheio do Espírito Santo, mas o Espírito vai operar através de
uma pessoa preparada para aconselhar.
O Espírito Santo agirá através da Palavra
“O Espírito Santo requer que os conselheiros usem a Palavra” (Jay Adams). Ela contém
respostas para todo tipo de crise. Estas são duas presenças fundamentais para o
aconselhamento.
A MOTIVAÇÃO DO CONSELHEIRO

O propósito de falarmos sobre isso é o de livrar-nos de toda a motivação errada e de
tornarmos eficazes em ministrar.
Por que quero aconselhar?
1. Curiosidade;
2. Necessidade de poder (O conselheiro autoritário – Gosta de endireitar os outros);

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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3. Necessidade de relacionar-se (Falta de amigos);
A nossa motivação deve ter como único objetivo ajudar ou servir, nada mais.
BASES PARA UM BOM ACONSELHAMENTO

1. Amor
Deus implantou amor em todo homem, o pecado torna o homem egoísta e orgulhoso.
2. Responsabilidade
O conselheiro deve estabelecer uma relação de responsabilidade para com o
aconselhado. Atendê-lo, chorar com ele, orar com ele e visitá-lo.
3. Autoridade
A base para um aconselhamento espiritual.
O PROBLEMA FUNDAMENTAL DO HOMEM

O homem foi criado com autoridade e governo (Gn 1:28), aspectos da imagem de Deus.
O pecado produziu uma inversão no governo do homem sobre a terra, a terra começou a
se opor com resistência, produzindo espinhos.
O ambiente e as situações criadas por ele começaram a agredir o próprio homem, o
pecado tornou-se uma característica do mundo caído e pervertido.
O cristão é chamado para sujeitar seu ambiente, dominar sobre ele refletindo a imagem e
a autoridade de Deus. Quando uma pessoa nos procura é porque tem problemas em seu
meio ambiente.
Quatro formas de enfrentar os problemas:
1. “Não importa, eu vou evitar, vou passar de lado!” “Deixa assim como está, Deus vai
resolver!”;
2. “Não era isso mesmo o que eu queria, vou tomar outro caminho e fazer outra coisa!”;
3. “Não dá para resolver, é impossível!”, “Não há esperança, eu desisto!”;
4. “Isso pode ser resolvido, Cristo está comigo, vou enfrentar o problema e tirá-lo do meu
caminho!”.
As três primeiras atitudes deixam o problema intacto, a última trata com o problema,
subjuga o problema. No aconselhamento, a pessoa deve ser levada a enfrentar o
problema e não a se adaptar a ele, aceitando-o. Problemas sem solução, não tratados,
crescem com o tempo, provocando mais dor e mais prejuízo.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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2 – FACES/TIPOS de ACONSELHAMENTOS
Pr. Mauro
Aconselhamento é uma das funções do Pastoreio – “POIMÉN” – Ef. 4:11, I Pe. 2:25

Curar, sustentar e guiar.
Jesus disse de si mesmo : "Eu sou o bom pastor". (Jo.10:11). O termo grego para pastor é
“poimén”. O ministério do pastor na igreja tem as atribuições que vimos no início :
alimentar, cuidar, proteger, defender, conduzir. Esse é um ministério lindo.
Dos cinco ministérios de Efésios 4:11, o pastor é o que está mais próximo da ovelha, mais
comprometido e mais atencioso para com ela. Nos nossos dias, constatamos que existem
pastores demais. Quando, porém, conhecemos muitos desses ministros, percebemos que
não são, de fato, pastores. Podem até ter um dos outros ministérios bíblicos, mas, por
uma distorção tradicional e histórica da igreja, receberam o título de pastor. Isto é ,
algumas vezes, prejudicial, pois muitos líderes vivem se esforçando para serem o que não
são e deixam de fazer aquilo para que foram chamados.
O trabalho do pastor na igreja, não é somente batizar, celebrar casamentos, funerais,
pregar sermões, mas, de acordo com Ef.4:11-16 :
- Aperfeiçoar os santos para o desempenho do serviço de cada membro do Corpo de
Cristo;
- Edificar o corpo de Cristo que é a igreja;
Outros títulos utilizados para o pastor no Novo Testamento são : bispo e presbítero.
O termo "poimén" (= PASTOR) enfatiza o trabalho de pastor, pastoreador, guardião,
cuidador, defensor, sarador, apascentador, alimentador das ovelhas
Ef 4:11: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para PASTORES e doutores,”
1Pe 2:25: ”Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao
PASTOR e Bispo das vossas almas.”
FACES do ACONSELHAMENTO

A – Aconselhamento como orientação doutrinária
- Para membros (atual situação doutrinária, fundamentos teológicos, etc);
- Para não-membros (experiência familiar, conhecimento bíblico, etc).
B – Aconselhamento como consolação
- Luto, doenças, perdas.
C – Aconselhamento como estímulo ao diálogo
- Pessoas “fechadas” na Igreja.
D – Aconselhamento como encaminhamento de perdão
- Deixar-se aceitar por Deus;

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- Perdoar a si mesmo;
- Perdoar aos outros.
E – Aconselhamento como orientação espiritual
- Caminhada cristã.
F – Aconselhamento como ensino de oração
- Direcionamento para ter intimidade com Deus.
G – Aconselhamento como esclarecimento de questões
- Auxílio no entendimento dos problemas, verificando a importância de Jesus e seus
posicionamentos.
H – Aconselhamento como orientação ética
- Ter sua vida centrada no caráter de Cristo, com regra de conduta e fé, além de bom
senso diário.
I – Aconselhamento como cura da alma
- Para cada uma das dificuldades, verificando a Bíblia.
J – Aconselhamento como guia para leitura bíblica
- Direcionamento para estímulo à leitura bíblica e deixar que a “Bíblia nos leia”.
K – Aconselhamento como melhoria da auto-imagem
- Amar-se a si mesmo, ter uma ótima auto-estima, para daí ajudar os outros. “Amarás ao
próximo, como a ti mesmo.”
TIPOS de ACONSELHAMENTO

DIRETIVO

A. HISTÓRICO:
O aconselhamento diretivo está intimamente ligado à evolução da “orientação vocacional”.
Surgiu há quase três séculos e através de análises de testes vocacionais dava-se
orientação ao indivíduo. Nos primórdios era mais autoritário, atualmente é mais um
processo de orientação e aprendizagem.
B. DEFINIÇÕES:

Está baseado numa relação humana que implica em autoridade.

O orientador assume o papel de dirigente desta relação, assumindo a maior
responsabilidade.

O orientador julga as ações do orientado e seleciona as mais adequadas.

É necessário que se reconheça à competência do orientador (autoridade).

Aproxima-se de um processo educativo, porque visa à aprendizagem de atitudes
adequadas a um ajustamento pessoal e social satisfatórios.
Não se deve confundir com autoritarismo (proibir, ordenar, repreender, ameaçar). O
aconselhamento diretivo dirige a entrevista, seleciona os tópicos, define os problemas,
sugere soluções e planos de ação.

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C. ETAPAS DO ACONSELHAMENTO DIRETIVO:
a. Análise. Coleta de dados – entrevistas com os pais, parentes, professores,
amigos, etc.
b. Síntese. Resumo organizado dos dados obtidos na análise. Busca revelar as
vantagens e deficiências do indivíduo. Exige o conhecimento da técnica e da
psicologia. É preciso intuição e experiência.
c. Diagnóstico. A validade do diagnóstico vai depender dos dados coletados
durante a análise do orientado.
d. Plano de ação. Orientação – trabalho em conjunto, conselheiro e
aconselhado.
ROGERIANO

A. HISTÓRICO:
Essa técnica de aconselhamento surgiu mais ou menos há quatro décadas.
Originário do contexto social da época. Foi uma espécie de reação ao
aconselhamento diretivo. É também chamado de aconselhamento centrado no
cliente. Desenvolveu-se debaixo da filosofia democrática e humanista. Sua
ênfase está no desenvolvimento da individualidade e independência da
personalidade. O aconselhamento Rogeriano crê na capacidade humana, ou seja,
na autonomia da personalidade.
B. PRINCÍPIOS DO ACONSELHAMENTO ROGERIANO
A base do crescimento ou do desenvolvimento está:
a. Na busca de experiências que satisfaçam.
b. Na implementação do autoconhecimento.
c. Aprender a controlar áreas que ameaçam outras necessidades.
d. É um aconselhamento não dogmático. Qualquer comportamento pode ser
aceito. Não há padrões morais rígidos.
e. O indivíduo é o centro de seu mundo. Este mundo só pode ser conhecido
pelo próprio individuo.
f. O indivíduo não reage a uma verdade absoluta. Ele tem sua própria
percepção da realidade e reage sobre ela.
g. Repúdio a posição de ministradores de conselhos. Segundo o
aconselhamento Rogeriano, dar conselhos viola a autonomia da
personalidade.
No aconselhamento Rogeriano a tarefa do conselheiro é assumir atitudes
facilitadoras para o autoconhecimento. Ser como um espelho, ajudando o
aconselhado a conhecer sua auto-imagem.
O conselheiro deve concentra-se na realidade subjetiva (sentimentos), ter alto
grau de empatia, buscar compreender a realidade do ponto de vista do
aconselhado, jamais deve julgar, avaliar ou reprovar o aconselhado.
C. ALVOS DO ACONSELHAMENTO ROGERIANO
Levar o ser humano a uma organização do seu ser através da confrontação de
sua própria pessoa. O conselheiro age como um espelho, para isso:
a. Permite o aconselhado a enfrentar-se a si mesmo com honestidade.
b. Leva-o a reagir com seus anseios e receios. A descobrir inconsistência e
contradição do seu ser.

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c. Busca a autenticidade do cliente. Quer que se expresse tanto
interiormente como exteriormente na autenticidade. Sem tabus.
NOUTÉTICO

DEFINIÇÃO:
É o aconselhamento Bíblico. Surgiu através do desenvolvimento da técnica do
aconselhamento diretivo, porém dentro de uma visão bíblica, uma visão pastoral.
Emprega técnicas diretivas e rejeita os pressupostos humanistas e Rogerianos.
A. PRINCÍPIOS BÁSICOS
1. Todo crente pode exercer esse aconselhamento.
2. É a principal obra do aconselhamento pastoral (Cl. 1.28; At. 20.31).
3. Deve ser exercido por pessoas tementes a Deus.
4. Requer o uso de técnicas diretivas, porém noutéticas.
5. Deve ser exercido com bondade – cultivo do amor (Rm. 15.14).
6. Deve-se desenvolver o conhecimento (Palavra de Sabedoria – Cl. 3.16).
7. Todo conselheiro deve ter a prática da Palavra de Deus em sua própria
vida.
B. ELEMENTOS BÁSICOS
1. DIDÁTICA – Se aproxima de um processo educativo e pedagógico. Vai mais
além de um simples ensino, visa superar uma barreira específica. Sempre
envolve um obstáculo ou um problema a ser vencido. Busca sempre a mudança
da personalidade.
2. MEIOS VERBAIS – Força da palavra – Palavra de encorajamento, de
reprovação, de censura. Exemplo: Natã com Davi.
3. ASPECTOS PATERNAIS – Visa beneficiar o aconselhado (Ef. 6.4). Enfrentar
diretamente os obstáculos e ajudá-los a vencê-los.
C. ENVOLVIMENTO NOUTÉTICO

O Aconselhamento Noutético encarna, necessariamente, a mais profunda
espécie de envolvimento – “Empatia e Amor”.
EMPATIA - Como uma personalidade trava contato e reage em relação à outra?
A resposta se encontra no conceito de “EMPATIA”, termo geral para expressar
contato, influencia e interação das personalidades. Empatia, literalmente
significa “sentir Dentro”, grego = in phatos (sentir forte).
Simpatia – Sentir com.
Empatia é um estado de identificação mais profundo das personalidades. Em que
uma pessoa se sente dentro da outra, alcançando uma compreensão mais
profunda dos seus sentimentos e problemas.
AMOR - Deus implantou o amor no coração de todo homem, o pecado, porém o
distorce. Cristo desenvolveu o amor no homem de coração puro, de boa
consciência e de fé sincera.

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RESUMINDO: O aconselhamento noutético envolve o uso de instrução
autorizada (por Deus). Requer o emprego de técnicas diretivas, porém
noutéticas. Busca levar o homem a confrontar-se com Deus (Gn. 3)
CAPACITAÇÃO PARA O ACONSELHAMENTO NOUTÉTICO

- Conhecimento Bíblico da vontade de Deus – Rom. 12.1-2
1. Usar a Palavra eficazmente
2. A Palavra e a oração são o forte de seu arsenal.
Exemplo de Confusão Bíblica:
Conta-se que certo caipira estava no seu trabalho rotineiro, num canavial, quando, de
repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas
letras significavam: “VAI CRISTO CHAMA!”
Fiel à visão correu ao pastor de sua Igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que
gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor surpreso
diante do fato disse: - Mas para pregar o evangelho é preciso conhecer a Bíblia. Você
conhece o bastante para sair pregando?
- Claro que sim! – disse o homem.
- E qual a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece? – pergunta o pastor.
- Ah, as parábolas de Jesus, com certeza.
- Então conte-as! – pede o pastor, querendo verificar o grau de conhecimento do futuro
pregador do evangelho.
O caipira começou a falar:
- Descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu entre os salteadores. E ele lhes
disse: Varões irmãos, escutai-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te
dou. E entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro dois e a outro
um, a cada um segundo a sua capacidade. E partindo dali foi conduzido pelo Espírito
Santo ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os
corvos alimento lhe traziam, pois alimentava-se de gafanhoto e mel silvestre. E
sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos.
A rainha de Sabá viu isso e disse: “Não me contaram nem a metade”. Depois disso,
ele foi até a casa de Jezabel, a mãe dos filhos de Zebedeu e disse: “Tiveste cinco
maridos, e o homem que agora tens, não é teu marido”. E olhando ao longe, viu a
Zaqueu pendurado pelos cabelos numa árvore e disse: “E olhando ao longe, viu a
Zaqueu pendurado pelos cabelos numa árvore e disse: “Desce daí, pois hoje
almoçarei na tua casa”. Veio Dalila e cortou-lhe os cabelos, e os restos que sobraram
foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto não andeis inquietos
dizendo: “Que comeremos?”, pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas
as coisas. E todos os que o ouviram se admiraram de sua doutrina.”
Então o caipira dirige-se ao pastor e pergunta-lhe: “E então, estou pronto para pregar o
evangelho?”.
O pastor responde: “Olha, meu filho, eu acho que aquelas letras no céu não significavam
VAI CRISTO CHAMA, mas sim VAI CORTAR CANA!”.
Moral da história: Um conhecimento superficial da Bíblia pode causar muita
confusão.

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Ajudado
Aconselhado
Problema(s) Ajudador
Conselheiro
Procura
Ouvir
Encaminhar
Verificar,
solucionando
através da
Palavra
Ajudado
Aconselhado
Problema(s) Ajudador
Conselheiro
Procura
Ouvir
Encaminhar
Verificar,
solucionando
através da
Palavra
3 – O PROCESSO de ACONSELHAMENTO
Pr. Mauro
O aconselhamento deve ter começo, meio e fim, com objetivos bem definidos e
confidências cuidadosamente guardadas. Em todo o processo o Espírito Santo deverá ser
buscado e ser-lhe dada toda a direção do atendimento.
O processo de aconselhamento se dá através de:

O ajudado – a pessoa que necessita ajuda

A procura – a iniciativa da pessoa em buscar o conselheiro

O problema – um ponto chave que deu início à situação vivida

O conselheiro – que deve ouvir atentamente o ajudado e precisa de qualificação
para ajudar as pessoas que o procuram

O encaminhamento – resultado de todo o trabalho de observação do conselheiro
para que o ajudado descubra: qual o tipo do problema, a intensidade e as formas
de solução

A solução – o ponto máximo de toda a conversação. Ela poderá vir de imediato ou
não. O conselheiro deverá buscá-la através da Palavra de Deus
No processo de aconselhamento o conselheiro deve procurar entender o
ponto de vista do aconselhado, procurando ver e entender o problema da
pessoa que lhe procurou através do ponto de vista dela. A empatia não
deve ser exagerada, mas real e não perder a objetividade do
aconselhamento. Aceitamos incondicionalmente o aconselhado com amor,
não sua má conduta. Deus é quem o julgará (Gl. 6:1).

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O que aconteceu? O que eu fiz? O que eu deveria ter feito?O que eu devo fazer agora?
Descrição do ProblemaDescrição da minha
reação
Reação Bíblica - Aconselhamento
Noutético
Descreva os passos necessários para
corrigir as coisas
O aconselhado deve querer ser ajudado. Trabalhar com alguém que não
coopera é frustrante para qualquer conselheiro. Quando o auxiliado não
quer ajuda e deixa de perceber que existe um problema, não querendo
mudar a situação e nem ao menos tendo confiança no ajudador, então
devemos buscar mais ainda o Espírito Santo, para que nos direcione e
procuremos ser efetivo, sem perder tempo. Muitas vezes somos procurados
por pessoas que nem sabem quais seus problemas. Por isso, o conselheiro
deve ter paciência e persistência se de fato ele quer ajudar outra pessoa a
se transformar e crescer.
No processo de aconselhamento deve ter harmonia, sem bagunças ou
cenas, onde os problemas são tratados diferentemente de pessoa para
pessoa devido: a personalidade das pessoas envolvidas, a natureza dos
problemas e a profundidade. O conselheiro deve exercer autoridade com
amor, não permitindo discussões ou brigas. Nosso Deus é um Deus de
ordem, não de confusão.
Devemos tratar os problemas, avaliando as situações e para isso, o quadro
abaixo nos ajuda a termos um pensamento lógico para a avaliação:
Passos Importantes no Aconselhamento

Atenção total:
o Contato visual com transmissão de interesse, atenção e
compreensão
o Demonstrando bondade, amabilidade
o Não passando postura de superioridade

Saber escutar
o Refletindo, avaliando o conteúdo
o Orando internamente
o Ouvindo o que está querendo transmitir
o Prestando atenção: intelectualmente, fisicamente e mentalmente
o Controlando suas emoções
o Resistindo às distrações
o Aproveitando o fato de que você pode pensar mais rápido do que
a outra pessoa pode falar

Responder
o Quando a pessoa exige uma resposta
o Respostas claras, curtas e objetivas
o Falando pausadamente
o Falando baixo
o Lidando com as reações: a) pessoa fica muda; b) fala
adequadamente para o tema; c) fala muito

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Perguntar (ver lista de perguntas auxiliares)
o Não em demasia
o Evitando o porquê?
o Tentando não interromper
o Prendendo-se ao assunto do aconselhado
o Usando as palavras do aconselhado para colocar seus pontos

Orientar a conversa
o Pedindo mais detalhes (ver lista de perguntas auxiliares)
o Levando a momentos de reflexão do aconselhado, para que veja a
situação por outros ângulos

Ensinando
o A Palavra de Deus

Evitar:
o Apontar o dedo
o Perguntar porquê?
o Falar alto
o Cenas ou brigas
o Completar frases do aconselhado
o Discutir pontos de vista
o Postura de superioridade
Devemos sempre plantar a vontade do aconselhado ser alguém melhor.
Tratamos com os problemas, não os resolvemos!!!
O que não for aceito na alma, não pode ser mudado no comportamento!!!

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EXEMPLOS de PERGUNTA S AUXILIARES

Para encorajar o diálogo interpessoal:

Como vocês se conheceram?

O que atraiu um ao outro?

O que vocês apreciam um no outro?

Há quanto tempo se conhecem? Namoro? Noivado?

O que vocês acham da duração deste período?

Que hábitos dele (a) o (a) irritam?

Vocês têm muitas discordâncias?

Como foi a última e como vocês resolveram?

O que vocês esperam do casamento?

Como vocês imaginam seu casamento há daqui 3/5 anos?
Explorando Áreas do Casamento:
Psicológica e Sociológica

Que interesses vocês tem em comum?

Quais são diferentes?

As diferenças causam tensão?

O ritmo biológico é semelhante ou diferente?

Vocês são introvertidos? Ou extrovertidos?

Otimistas, pessimistas, conversadores, liberais, preocupados

Atitude diante do trabalho e do divertimento

Como você vê a família dele (a)?

Qual a atitude da sua família para o seu casamento?

As famílias deram apoio emocional?

No que você quer que seu casamento seja diferente do de seus pais?

Tem amigos em comum?

Você tem amigos próprios?

Como o outro os aprecia?

Você tem amigos ou parentes com bons casamentos?O que os torna bom?

Você tem amigos ou parentes com casamentos ruins? O que os torna assim?

Atitude diante de ciúmes é semelhante? E da disciplina?

O que fariam ou fazem diferentemente de seus pais ao criar os filhos?

Como você define o papel de marido? E de esposa?

Como você dividem as responsabilidades da casa?
Financeira e Econômica

Como vocês encaram o dinheiro neste momento da vida?

Quais são os alvos financeiros?

Como é o passado financeiro?

Há diferenças entre vocês?

Como isto afeta o casamento?

Quanto espera economizar?

Ambos trabalham?

Quem controla os cheques? E cartões de crédito?

Existe seguro? Assistência Médica? Plano de Aposentadoria?

O que sobre finanças não foi conversado entre os dois?

Alguém é gastador?

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Se sim, como o outro se sente?

E o gastador, o que acha do outro?
Sexual e Fisiológica

Como está a saúde de vocês?

Leram algo sobre a área sexual? Fizeram curso?

Expressam afeto de modo semelhante?

Quem precisa mais de afeto verbal?

Quem precisa mais de atenção física?

Vocês têm transparência em tudo um com o outro?

Já procuraram ajuda médica? Pastoral? Psicológica?
Relacionamento Espiritual e com a Igreja

Freqüentam a mesma igreja? Com que freqüência?

Tem um tempo de comunhão e adoração juntos?

Oram juntos? Fazem a leitura da Bíblia? Lêem livros evangélicos?

Realizam cultos domésticos?

Existem diferenças religiosas?

Quem será responsável pela instrução religiosa aos filhos?

Existem tradições religiosas na família?

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TEMAS
Aborto Sl. 139:13-14
Abuso Cl. 3:13 Sl. 32:1-5Sl. 51 Ef. 6:10-18I Pe. 5:7-9I Jo. 4:18
Administração do Tempo Rm. 13:11-14II Ts. 2:6-12Tg. 4:13-17I Pe. 4:1-11
Adultério Hb. 13:4 Rm. 13:8-10I Co. 7:1-5I Ts. 4:1-8Pv. 6:32
Aflição II Co. 1:3-4II Co. 4:7-18Fp. 4:4-9 I Pe. 5:1-11
Afrontas Rm. 12:17-21Mt. 18:15-22Ef. 4:31-32Cl. 3:1-17
Alcoolismo Ef. 5:18 Rm. 13:11-14Gl. 5:13-26Tt. 2:1-5
Amizades Prejudiciais Sl. 1:1 Pv. 1:10-15I Co. 15:33II Co. 6:15
Amor ao Próximo I Pe. 1:22-23Mt. 22:34-40I Jo. 3:16-18
Anti-Semitismo Cl. 3:11 Ef. 2:14
Batalha Espiritual Ef. 1:15-23Ef. 6:10-18Tg. 4:6-7 Cl. 1:13 I Pe. 5:8-10
Batismo Mt. 28:18-20At. 2:37-47At. 6:1-4 I Co. 12:12-13
Bíblia II Pe. 1:20-21II Tm. 3:16-17Hb. 4:12-13I Pe. 1:24-25
Conflitos com outros Rm. 12:17-18I Co. 6:1-11Fp. 2:1-11Cl. 3:15-17
Controle da Língua/ComunicaçãoEf. 4:29 Tg. 3:1-12I Pe. 3:8-12Pv. 15:23 Pv. 17:14Tg. 1:19
Culpa pelo Pecado I Jo. 1:8-9
Crises Sl. 32:8 Sl. 94 Is. 55:6-9
Depressão Fp. 4:16-17II Co. 1:3-11Ef. 4:25-32I Jo. 1:5 I Jo. 2:2
Descontentamento I Tm. 6:6-10Fp. 4:10-20Hb. 13:5-6Tg. 4:1-10
Dificuldades II Co. 4:17-18II Tm. 3:10-17Tg. 1:2-8 I Pe. 5:7
Direção de Deus Tg. 1:5-8 II Tm. 3:14-17Cl. 3:1-17Hb. 13:17
Disciplina de Deus I Co. 11:17-32Hb. 12:3-12Ap. 2-3
Disciplina na Igreja Mt. 18:15-22I Co. 5:9-13II Co. 2:5-11Gl. 6:1
Divisão na Igreja I Co. 3:1-9Ef. 4 Fp. 2:1-11
Divórcio e Repúdio Ml. 2:16 Mt. 5:31-32Mt. 19:1-12Mc. 10:1-12I Co. 7:10-16
Egoísmo Fp. 2:4 I Co. 10:24II Co. 5:15I Jo. 3:16-18
Excesso de Trabalho Mc. 6:30-32I Ts. 4:11-12II Ts. 3:6-15
Falta de Perdão Lc. 6:37 Cl. 3:13 II Co. 2:10-11Ef. 4:32 Mt. 18:21-35Sl. 32:1
Finanças II Co. 9:8Mt. 6:24-34II Co. 8 II Co. 9 Fp. 4:10-20
Filhos Ef. 6:4 Mc. 10:13-16Pv. 22:6 II Tm. 3:15-17
Fraqueza Hb. 4:14-15Tg. 5:16 Sl. 27
Homossexualismo Rm. 1:25-26I Co. 6:9-11Tg. 1:13-18
Idade Avançada Is. 40:31 Sl. 70 Sl. 90
Impaciência II Pe. 1:5-7Gl. 6:9 Hb. 6:11-12Tg. 5:7-10
Indiferença Jo. 13:34-35Hb. 10:19-35I Jo. 4:7-21Ap. 2:1-7
Ingratidão I Ts. 5:18Ef. 1:3-14Fp. 4:6-9 Cl. 1:3-8
Imoralidade I Co. 7:8-9I Co. 6:18-20I Ts. 4:1-12Hb. 13:4
Insônia Sl. 3:4-5 Sl. 121 Pv. 3:24
Intranquilidade Jo. 14:27 II Co. 4:7-18
Jugo Desigual II Co. 6:14-15
Lascívia / Masturbação Mt. 5:28 I Pe. 2:11II Co. 10:3-5I Ts. 4:1-8Fp. 4:8 Gl. 5:19
Materialismo Mt. 6:19-21I Tm. 6:7-8
Mentira Ef. 4:25 At. 5:1-11I Tm. 4:1-5
Mundanismo Jo. 17:14-18Tt. 2:11, 15Tg. 4:1-12
Obediência aos Pais Lc. 2:51-52Ef. 6:1-4 II Tm. 3
Oração Mt. 7:7-12Mt. 6:5-18Tg. 4:1-12I Jo. 3:21-24
Orgulho Rm. 12:16 Rm. 12:3 Jo. 13:1-20Fp. 2:1-18
Papel da Esposa Ef. 5:22-24I Pe. 3:1-2Pv. 31:10-31Pv. 14:1 I Co. 7:3-4I Pe. 3:4
Papel do Marido Ef. 5:23-25Gn 3:19 I Tm. 5:8 Gn. 1:28 Ef. 6:4 I Pe. 3:7
Tribulação Sl. 37:5 Sl. 50:15 Jo. 16:33
Tristeza, Desânimo Js. 1:9 Mt. 11:28-30Jo. 14
TEXTOS AUXILIARES

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4 – ELEMENTOS do ACONSELHAMENTO
Pr. Mauro
Podem compor o ambiente do aconselhamento, devendo ser compreendidos com muita
atenção:
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL

Comunicação por meios sutis, pequenos gestos, pequenas variações faciais, um leve
brilho no rosto.

A expressão facial com seus infinitos números de nuanças, reflete os pensamentos
internos para aqueles que a sabem ler.

Observar certas transferências físicas do pensamento como: contração dos músculos,
dedos, posturas, etc.
MENTIRA

Todo ser humano tem tendência de enganar os outros, pois seu ego
está sempre lutando por elevar o próprio prestígio as custas dos outros.

O engano inofensivo ou a mentirinha pode ser desastroso e levar a
enganar a si mesmo.

O ouvir do conselheiro não pode ser passivo, pois a passividade pode
levar a cumplicidade.

Amor não é simplesmente aceitar a pessoa como ela é. Na realidade é
desejar o aperfeiçoamento da pessoa e agir para isso.

A posição de que o conselheiro deve ser apenas um “apoio” é
prejudicial e antibíblico. A intervenção de Deus se dá através da
atuação do conselheiro.

Cuidado para não explorar experiências próprias para transferir ao
aconselhado.

Algumas vezes a pessoa quer somente ser ouvida, outras vezes ela tem
medo de “mexer na ferida”, por isso podem vir mentiras e omissões da
verdade.
LEMBRE-SE:

Evite expressões verbais ou não verbais de desprezo ou juízo com
relação à história do aconselhado, mesmo quando esse conteúdo ofenda
a sensibilidade do conselheiro.

Aguarde com paciência os períodos de silêncio ou lágrimas.

A culpa prejudica o crescimento e a produção de qualquer ser humano.
Na realidade este tipo de pessoa considera que o pecado estragou sua
vida.
A CULPA

Devemos reconhecer que somos pecadores.

Confessar o pecado a Deus e crer na sua promessa de perdão (1 Jo.2).

Confessar o pecado a pessoas envolvidas.

Não abrandar ou amenizar o pecado de alguém

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ESPERANÇA

No aconselhamento, um dos fatores mais importantes é dar esperança
(1 Co.13.13)

Às vezes o cliente está interessado em algo menos do que soluções
completas. Uma vez modificada a realização imediata, produzindo alívio
da dificuldade e da tensão, alguns clientes colocam termos ao
aconselhamento.

Muitos estão procurando soluções rápidas para o problema, em vez de
lutar por soluções de longo alcance e mais profundidade.
DISCIPLINA

Ninguém mudará de comportamento se não for forçado a fazê-lo.

Exercitar um novo hábito – Praticar alguma coisa até que se torne
natural.

O cristão deve tornar-se perito na santidade, tão apto nisso que sua
natureza seja dominante, natural e fácil.

A insistência na disciplina desempenha papel importante na solução de
problemas.
ATENÇÃO

O conselheiro deve tentar conceder atenção integral ao aconselhado.
a. Contato com os olhos.
b. Postura.
c. Gestos naturais.
d. Cuidado em não ficar olhando demais para o relógio.
RESPOSTAS

O conselheiro não é apenas um ouvinte, mas alguém que sabe responder
ou falar na hora certa.
a. Orientar e Liderar – direcionar e redirecionar a conversação – “O
que você está querendo dizer com isso?”
b. Refletir – É o modo de o aconselhado sentir que estamos com ele e
podemos compreender seus sentimentos ou pensamentos – “Você
deve sentir-se...”
c. Perguntas – Devem ser feitas com sabedoria.
d. Confrontar – Principalmente com a verdade da Palavra de Deus.
Apresentar um ponto de vista que o aconselhado não percebeu
ainda.
e. Informar –certas informações e resultados de testes que não
buscam, necessariamente a confrontação.
f. Apoiar e encorajar.
g. Ensinar – O conselheiro deve ser um educador, buscando reeducar
aquela personalidade.
ORAÇÃO

A oração poderá ser praticada a qualquer momento que o conselheiro
julgar necessário. Como costume não é bom orar no início da sessão. O

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conselheiro deve sempre encerrar a sessão com oração. O conselheiro
precisa pedir e crer na intervenção do Espírito Santo.
TAREFAS

Algumas pessoas aprendem melhor ouvindo, outras vendo, e outras
principalmente fazendo.
As sessões de aconselhamento duram aproximadamente uma hora,
sendo separadas por uma semana ou mais. As tarefas caseiras capacitam
as pessoas a entenderem o seu aprendizado para além das sessões, e
permitem ver e fazer, além de ouvir.
Exemplos de Tarefas Caseiras

- Procurar as pessoas onde temos diferenças a fim de efetuarmos a
reconciliação, Preenchimento de questionário de libertação, Estudo Bíblico
dirigido ao problema, preenchimento de questionário de aconselhamento,
etc. Veja exemplos a seguir:

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
Se hoje vocêluta com um destes problemas, ou lutou no passado,
marqueum (x) na frente do respectivo item.
Teste –Data: __ / ___ / _____
HojePassado Temas
( )( )Agressividade, violência
( )( )Ódio
( )( )Raiva ou Ira
( )( )Brigas
( )( )Nervosismo
( )( )Frustração
( )( )Mágoa
( )( )Amargura
( )( )Desânimo
( )( )Derrota ou fracasso
( )( )Desespero
( )( )Loucura
( )( )Morte na família
( )( )Aborto
( )( )Desejo de morrer
( )( )Vontade de sumir
( )( )Depressão
( )( )Desejo de suicidar-se
( )( )Ansiedade
( )( )Angústia
( )( )Medo
( )( )Medo de escuridão
( )( )Orgulho
( )( )Miséria
( )( )Timidez
( )( )Rejeição
( )( )Solidão
( )( )Culpa
( )( )Ressentimento
( )( )Inferioridade
( )( )Superioridade
( )( )Vergonha
( )( )Pesadelos
HojePassado Temas
( )( )Mania de doença
( )( )Doença crônica
( )( )Agitação
( )( )Fraqueza
( )( )Tristeza
( )( )Traumas
( )( )Insônia
( )( )Acusação, calúnia
( )( )Dureza de Coração
( )( )Riso incontrolado
( )( )Glutonaria
( )( )Preconceito (machismo, feminismo, racismo, etc)
( )( )Espancamento
( )( )Palavrões
( )( )Drogas
( )( )Alcoolismo
( )( )Fumo
( )( )Retenção de dízimo
( )( )Ciúmes
( )( )Masturbação
( )( )Prostituição
( )( )Relação sexual fora do casamento
( )( )Frigidez sexual
( )( )Abuso sexual, incesto
( )( )Pornografia
( )( )Bestialidade
( )( )Idas a motel
( )( )Adultério
( )( )Homossexualismo / Lesbianismo
( )( )Pensamentos impuros
( )( )
( )( )
( )( )
HojePassado Temas
( )( )Idolatria
( )( )Oferta a ídolos
( )( )Maldição de família
( )( )Vodu
( )( )Pacto com demônios
( )( )Ocultismo
( )( )Velas
( )( )Ligação com Nova Era
( )( )Banho de ervas
( )( )Levitação
HojePassado Temas
( )( )Imposição de mãos fora da Igreja
( )( )Comunicação com mortos
( )( )Manifestação de guias
( )( )Fez cabeça no espiritismo
( )( )Ligação com Maçonaria ou Sociedade Secreta
( )( )Trabalho em encruzilhada
( )( )Ligação com Outras Religiões
( )( )Satanismo
( )( )
( )( )
Se hoje vocêluta com um destes problemas, ou lutou no passado,
marqueum (x) na frente do respectivo item.
Teste –Data: __ / ___ / _____
HojePassado Temas
( )( )Agressividade, violência
( )( )Ódio
( )( )Raiva ou Ira
( )( )Brigas
( )( )Nervosismo
( )( )Frustração
( )( )Mágoa
( )( )Amargura
( )( )Desânimo
( )( )Derrota ou fracasso
( )( )Desespero
( )( )Loucura
( )( )Morte na família
( )( )Aborto
( )( )Desejo de morrer
( )( )Vontade de sumir
( )( )Depressão
( )( )Desejo de suicidar-se
( )( )Ansiedade
( )( )Angústia
( )( )Medo
( )( )Medo de escuridão
( )( )Orgulho
( )( )Miséria
( )( )Timidez
( )( )Rejeição
( )( )Solidão
( )( )Culpa
( )( )Ressentimento
( )( )Inferioridade
( )( )Superioridade
( )( )Vergonha
( )( )Pesadelos
HojePassado Temas
( )( )Mania de doença
( )( )Doença crônica
( )( )Agitação
( )( )Fraqueza
( )( )Tristeza
( )( )Traumas
( )( )Insônia
( )( )Acusação, calúnia
( )( )Dureza de Coração
( )( )Riso incontrolado
( )( )Glutonaria
( )( )Preconceito (machismo, feminismo, racismo, etc)
( )( )Espancamento
( )( )Palavrões
( )( )Drogas
( )( )Alcoolismo
( )( )Fumo
( )( )Retenção de dízimo
( )( )Ciúmes
( )( )Masturbação
( )( )Prostituição
( )( )Relação sexual fora do casamento
( )( )Frigidez sexual
( )( )Abuso sexual, incesto
( )( )Pornografia
( )( )Bestialidade
( )( )Idas a motel
( )( )Adultério
( )( )Homossexualismo / Lesbianismo
( )( )Pensamentos impuros
( )( )
( )( )
( )( )
HojePassado Temas
( )( )Idolatria
( )( )Oferta a ídolos
( )( )Maldição de família
( )( )Vodu
( )( )Pacto com demônios
( )( )Ocultismo
( )( )Velas
( )( )Ligação com Nova Era
( )( )Banho de ervas
( )( )Levitação
HojePassado Temas
( )( )Imposição de mãos fora da Igreja
( )( )Comunicação com mortos
( )( )Manifestação de guias
( )( )Fez cabeça no espiritismo
( )( )Ligação com Maçonaria ou Sociedade Secreta
( )( )Trabalho em encruzilhada
( )( )Ligação com Outras Religiões
( )( )Satanismo
( )( )
( )( )

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Comunidade Evangélica Cristo Centro
Seja o mais honesto consigo mesmo:
_____ 1 –Um forte sentimento de baixa auto-estima me leva a julgar os outros e a mim
mesmo sem misericórdia. Tento encobrir ou compensar essa falha sendo perfeccionista,
controlador, crítico ou mexeriqueiro.
_____ 2 –Tenho a tendência de me isolar e sinto insegurança perto de outras pessoas,
principalmente figuras em autoridade.
_____ 3 –Procuro a aprovação dos outros e faço qualquer coisa para que eles gostem de
mim. Sou leal ao extremo, mesmo quando éevidente que tal lealdade não émerecida.
_____ 4 –Sou exageradamente sensível e ansioso quando sofro críticas pessoais e quando
lido com pessoas encolerizadas.
_____ 5 –Em geral, escolho me relacionar com pessoas emocionalmente não acessíveis e
com personalidades viciosas. Geralmente, sinto menos atração por gente saudável e
atenciosa.
_____ 6 –Vivo minha vida comovítimaatraídapor outras vítimas em meus relacionamentos
de amor e amizade. Confundo amor com piedade, tendo a tendência de “amar”pessoas
necessitadas que posso resgatar ou proteger.
_____ 7 –Sou super-responsável ou super irresponsável. Procuro resolver os problemas
dos outros, ou espero que os outros se responsabilizem por mim.
_____ 8 –Sinto-me culpado quando luto por mim mesmo, ou ajo positivamente a meufavor.
Faço concessões aos outros, me vez de cuidar de mim mesmo.
_____ 9 –Nego, minimizo ou reprimo os sentimentos da minha infância traumática. Perco a
capacidade de expressar minhas emoções, sem ter consciência do impacto disso em minha
vida.
_____ 10 –Tenho uma personalidade dependente e sinto medo da rejeição e do abandono.
Minha tendência épermanecer em empregos ou manter relacionamentos que me são
prejudiciais.
______ 11 –Negação, isolamento, culpa mal direcionada, controle são sintomas de
disfunção familiar. Como resultado, me sinto sem forças e sem esperança.
______ 12 –Tenho dificuldade em manter relacionamentos íntimos. Sinto insegurança e
falta de confiança nos outros. Não tenho fronteiras/limites bem definidos e fico perdido com
as necessidades e com as emoções de meu parceiro.
______ 13 –Encontro grande dificuldade em dar prosseguimento, do começo ao fim, a um
projeto.
______ 14 –Tenho uma grande necessidade de estar no controle das situações. Reajo de
forma exagerada a mudanças que não estão sob meu controle.
Total de Vistos: ______________
Auto-Avaliação –Data: __ / ___ / _____
Seja o mais honesto consigo mesmo:
_____ 1 –Um forte sentimento de baixa auto-estima me leva a julgar os outros e a mim
mesmo sem misericórdia. Tento encobrir ou compensar essa falha sendo perfeccionista,
controlador, crítico ou mexeriqueiro.
_____ 2 –Tenho a tendência de me isolar e sinto insegurança perto de outras pessoas,
principalmente figuras em autoridade.
_____ 3 –Procuro a aprovação dos outros e faço qualquer coisa para que eles gostem de
mim. Sou leal ao extremo, mesmo quando éevidente que tal lealdade não émerecida.
_____ 4 –Sou exageradamente sensível e ansioso quando sofro críticas pessoais e quando
lido com pessoas encolerizadas.
_____ 5 –Em geral, escolho me relacionar com pessoas emocionalmente não acessíveis e
com personalidades viciosas. Geralmente, sinto menos atração por gente saudável e
atenciosa.
_____ 6 –Vivo minha vida comovítimaatraídapor outras vítimas em meus relacionamentos
de amor e amizade. Confundo amor com piedade, tendo a tendência de “amar”pessoas
necessitadas que posso resgatar ou proteger.
_____ 7 –Sou super-responsável ou super irresponsável. Procuro resolver os problemas
dos outros, ou espero que os outros se responsabilizem por mim.
_____ 8 –Sinto-me culpado quando luto por mim mesmo, ou ajo positivamente a meufavor.
Faço concessões aos outros, me vez de cuidar de mim mesmo.
_____ 9 –Nego, minimizo ou reprimo os sentimentos da minha infância traumática. Perco a
capacidade de expressar minhas emoções, sem ter consciência do impacto disso em minha
vida.
_____ 10 –Tenho uma personalidade dependente e sinto medo da rejeição e do abandono.
Minha tendência épermanecer em empregos ou manter relacionamentos que me são
prejudiciais.
______ 11 –Negação, isolamento, culpa mal direcionada, controle são sintomas de
disfunção familiar. Como resultado, me sinto sem forças e sem esperança.
______ 12 –Tenho dificuldade em manter relacionamentos íntimos. Sinto insegurança e
falta de confiança nos outros. Não tenho fronteiras/limites bem definidos e fico perdido com
as necessidades e com as emoções de meu parceiro.
______ 13 –Encontro grande dificuldade em dar prosseguimento, do começo ao fim, a um
projeto.
______ 14 –Tenho uma grande necessidade de estar no controle das situações. Reajo de
forma exagerada a mudanças que não estão sob meu controle.
Total de Vistos: ______________
Auto-Avaliação –Data: __ / ___ / _____

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5 – CUIDADOS no ACONSELHAMENTO
Pr. Mauro
ÉTICA

Lei do silêncio, manter segredo sempre. O aconselhamento deve ser
orientado a transmitir a informação de um problema seu e de caráter
gravíssimo, caso contrário, deve ser informado que você o fará. Exemplo:
um seminarista e candidato a pastor e revela que é homossexual.
O conselheiro tem a obrigação de manter em segredo as informações
confidenciais,a não ser quando haja risco para o bem estar do
aconselhado ou de outra pessoa.
Não temos permissão para aconselhar cristãos de outras igrejas, pois eles
estão debaixo de outra cobertura espiritual e necessitam da permissão de
suas autoridades eclesiásticas para o fazerem.
Sexo oposto

cuidado total.

1. O bom conselheiro depende muito de seu autotreinamento. Buscar sempre a
maturidade espiritual, emocional e social.
2. Complexo de conselheiro Cristão: medo de falhar, tensão exagerada do
dever.
3. Conselheiro também precisa de conselheiro.
4. Encarar o problema sexual com honestidade.
5. Cuidado com o sexo oposto.
6. Julgar os atos, nunca as pessoas.
7. Não dar conselhos médicos.
8. Não se envolver emocionalmente, permanecer objetivo.
9. Não se deixar manipular.
10. Evite contatos físicos.
Dicas práticas para o aconselhamento

a. Dar atenção integral à pessoa, com o olhar, gestos naturais e postura não tensa.
Não fique apenas com o corpo presente, mas mantenha também a sua mente
atenta.
b. Seja um bom ouvinte e não interrompa a pessoa, até que ela tenha terminado de
falar. Lembre-se que pequenas pausas na conversa, sejam por indecisão no falar
ou até mesmo para chorar, não querem dizer que a pessoa terminou de expor seu
pensamento. Portanto, aguarde a hora certa para responder.
LEMBRE-SE

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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c. Se for necessária a sua orientação e liderança na conversa, faça isto sutilmente,
perguntando com habilidade, para obter informações úteis.
d. Procure entender a opinião da pessoa, mesmo que não coincida com a sua. Dê
margem a diferenças. Esta atitude vai ajudar ao conselheiro a dar uma orientação
equilibrada.
e. Tente descobrir os pontos principais do problema, discernindo e afastando os fatos
que não são centrais.
f. Se já tiver dados suficientes para uma conclusão, confronte com muito amor ao
aconselhado. Não fuja do problema central.
g. Não enfoque apenas os problemas, mas também as soluções de Deus.
h. Mostre que a solução de qualquer problema, passa pela obediência integral à
Palavra de Deus.
i. Alguns problemas surgem, devido ao mau uso da "agenda" da pessoa. Verifique
se não existem atividades demais, sem critério de prioridades.
j. Verifique se a pessoa necessita de uma ajuda médica ou até psicológica.
k. Se não souber responder algo e dar a solução ao problema, seja honesto e
confesse isto. Diga que vai estudar melhor o assunto ou até mesmo, pedir auxílio a
um conselheiro mais experiente.
l. Se houver necessidade, dê tarefas práticas, para serem avaliadas em próximos
encontros.
RAZÕES DO FRACASSO NO ACONSELHAMENTO

Sempre que se trabalha com o elemento humano, podem surgir fracassos. É um erro
acharmos que teremos sempre um resultado positivo na arte do aconselhamento. O
fracasso não pode desanimar o conselheiro, pois na maioria das vezes o fracasso
acontece por culpa do aconselhado. O fracasso acontece quando:
1. O aconselhado quer somente uma solução para o problema imediato,
não buscando uma total reorientação da vida.
2. Há uma indisposição do aconselhado em assumir padrões bíblicos
para sua vida (escolhe a desobediência e o pecado).
3. Ocorre demasiada simpatia pelas queixas e escusas do individuo.
4. O aconselhado responsabiliza as pessoas por seu comportamento.
5. Se for tirada conclusão depressa demais.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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EXEMPLO de QUANDO FALAR, QUEBRANDO O SILÊNCIO :
HOJE RECEBI FLORES...

Hoje Recebi Flores! Não é o meu aniversário ou nenhum outro dia especial; tivemos a
nossa primeira discussão ontem à noite e ele me disse muitas coisas cruéis que me
ofenderam de verdade. Mas sei que está arrependido e não as disse a sério, porque ele
me enviou flores hoje. Não é o nosso aniversário ou nenhum outro dia especial.
Ontem ele atirou-me contra a parede e começou a asfixiar-me.
Parecia um pesadelo, mas dos pesadelos acordamos e sabemos que não é real.
Hoje acordei cheia de dores e com golpes em todos lados. Mas eu sei que está
arrependido porque ele me enviou flores hoje.
E não é São Valentim ou nenhum outro dia especial.
Ontem à noite bateu-me e ameaçou matar-me. Nem a maquiagem nem as mangas
compridas poderiam ocultar os cortes e golpes que me ocasionou desta vez.
Não pude ir ao emprego hoje porque não queria que se apercebessem. Mas eu sei que
está arrependido porque ele me enviou flores hoje.
E não era dia da mãe ou nenhum outro dia.
Ontem à noite ele voltou a bater-me, mas desta vez foi muito pior.
Se conseguir deixá-lo, o que é vou fazer? Como poderia eu sozinha manter os meus
filhos?
O que acontecerá se faltar o dinheiro? Tenho tanto medo dele! Mas dependo tanto dele
que tenho medo de o deixar. Mas eu sei que está arrependido, porque ele me enviou
flores hoje.
Hoje é um dia muito especial: É o dia do meu funeral.
Ontem finalmente conseguiu matar-me. Bateu-me até eu morrer. Se ao menos tivesse tido
a coragem e a força para o deixar...
Se tivesse pedido ajuda profissional...
Hoje não teria recebido flores!
Por uma vida sem violência. Partilhem esta mensagem... para criar consciência. Não
podemos deixar que continue. É uma realidade muito triste.
PARA QUE SE TENHA RESPEITO PARA COM A MULHER É BÁSICO QUE SINTAM O
AMOR QUE TEMOS PARA COM EL AS, JÁ QUE DELAS NASCEMOS....
Mulheres lembrem-se, é vital ultrapassar o sentimento de culpa e DENUNCIAR.
CORAGEM, MULHERES!

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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6 - MECANISMOS de DEFESA
Pr. Mauro
Muitas vezes ao enfrentarmos a realidade, nossa mente cria bloqueios ou mecanismos de
defesa, onde, ao nos depararmos em aconselhamentos com estes mecanismos,
verificamos suas características. São os mesmos:
1 – Repressão:

Nossa mente reprime esquecendo o que não gostamos ou é desagradável,
sempre associado a um fato passado.

Exemplos: 1) Esquecendo o nome de alguém que lhe trouxe humilhação / 2) Na
repressão sexual, trazendo frigidez ou impotência.

Algumas doenças são caracterizadas com o quadro de repressão, tais como:
Artrite (inibição perante uma atitude hostil – dormência crônica), asma, úlceras.

Textos Bíblicos: Rm. 7:7-25 e Rm. 8:13.
2 – Projeção:

Nossa mente, lembrada do defeito moral ou de alguma falta cometida projeta a
culpa ou os sentimentos para os outros.

Exemplo: ao invés de dizer claramente: “eu não gosto de fulano de tal”, digo
“fulano de tal não me quer bem”.

As pessoas com esse quadro trazem infelicidade e sofrem com isso, sendo
atormentadas.
3– Racionalização:

Nossa mente formula razões aceitáveis, mas não reais para nossa conduta ou
incapacidade de fazer algo. É como uma “camuflagem mental”.

Exemplo: 1) Ler Pv. 22:13 – “o leão está lá fora”; / 2) O aluno não se esforça para
passar de ano e é reprovado

sua mente cria o seguinte: “O professor não
formulou as perguntas corretas para a prova ou sua mente não funcionou durante
a prova”; 3) dar dinheiro para instituição de caridade

ser generoso ou quer
receber elogios dos outros, quando fica contando.
4 – Regressão:

Nossa mente, por causa de dificuldades ou frustrações do passado, regressa à
conduta infantil.

Como uma criança, a pessoa se isola, chora e grita quando não é agradado.
5 – Substituição:

A pessoa não tem coragem ou oportunidade de descarregar sua ira diretamente
contra quem a provoca, transferindo para outra pessoa.

Exemplo: descarga emocional do trabalho, com broncas do patrão são transferidas
para o lar, para a esposa ou filhos.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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6 – Sublimação:

E a transferência de energia, instintos ou impulsos muitos fortes para novos
objetos ou atividades, de forma a ser útil.

Ex.: moça solteira com forte instinto materno

ensinar crianças numa escola
primária
7 – Compensação:

Para compensar deficiências (físicas, sociais e intelectuais) nossa mente
desenvolve aspectos positivos fortes na nossa capacidade.

Exemplo: músicos (Beethoven e outros) / pessoas obesas
8 – Identificação:

Pessoa tenta incluir em sua personalidade as características de outras pessoas.

Exemplo: filhos refletidos nos pais / pessoas querendo viver como artistas, etc.
9 – Fantasia:

Como o próprio nome já fala, a mente começa a fantasiar, mostrando que a
pessoa vence sempre, ela sabe tudo, ela é a mais admirada, etc.

A mente busca a auto-satisfação com esse mecanismo, vivendo como que com
“máscaras”. Nos casos mais extremos leva a esquizofrenia.
10 – Formação de Pares:

A mente associa pares contrários, a fim de obter aprovação.

Exemplo: se tem medo de outra pessoa, começa a agir como se fosse amiga, a
fim de não ser importunada.
Cabe ao conselheiro, lembrando que os casos variam de pessoa para pessoa e caso a
caso:
1 – Diminuir as emoções destrutivas (ansiedade, hostilidade, ira, angústia), que acabam
motivando esses mecanismos de defesa, fazendo com que o aconselhado gaste suas
energias na solução dos problemas e não fugindo deles.
2 – Mostrando ao aconselhado que é necessário que ele veja com objetividade o seu
problema e use suas próprias forças, reforçadas por Deus, para enfrentá-lo.
3 – Mostrar ao aconselhado seus pontos fortes, a fim de que ele se autovalorize e creia
que, com Deus, haverá mudanças para melhora.
4 – Que o aconselhado deve ter disposição para aceitar sua responsabilidade na
situação, sem desculpas ou queixas.
5 – Procurar ajudar o aconselhado a melhorar seus relacionamentos interpessoais,
deixando de lado a culpa, a hostilidade, perdoando os outros, aceitando as falhas dos
outros e aprendendo a amar e ser amado, enfim, criando relacionamento.
6 – Ajudar ao aconselhado a mudar sua atitude e suas condutas, bem como seus valores.
Nossa mente tem um poder de captação e processamento das informações muito
poderoso, onde, na maior parte das vezes, desconhecemos esse potencial. Veja esse
exemplo:

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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“De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a
úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas
etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana
que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não
lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.”
Por isso, não a despreze, mas procure colocá-la ao senhorio de Jesus Cristo!
Os mecanismos de defesa tentam: a) aliviar os conflitos; b) negá-los; c) falsificar a
realidade. Com isso nossa mente trabalha buscando soluções para os problemas.
Devemos a cada dia renová-la e ocupá-la com as coisas do Espírito – Leia Romanos 8:5
e 6.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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7 - INTRODUÇÃO À CURA INTERIOR
Pra. Rosângela
Existe muita especulação sobre este assunto e ele tem sido aplicado de muitas maneiras
erradas. O que veremos aqui é um estudo sobre a cura do nosso interior mediante a
Palavra de Deus.
Quando falamos sobre cura interior, falamos sobre cura da ALMA.
Quando nos convertemos o nosso espírito é vivificado pelo Espírito Santo e é curado da
culpa do pecado (este é o maior milagre de Deus). Está livre para ter comunhão com
Deus, mas na nossa alma ficaram feridas, lembranças, traumas, do tempo que vivia na
vida de pecado..
Nós não somos o que gostaríamos de ser. Durante este estudo descobriremos várias
verdades em nossa vida que precisam ser encaradas e enfrentadas. O Espírito Santo é o
Espírito da verdade, ele nos revela quem nós realmente somos.
Tudo que Deus revelar durante este tempo, falhas de caráter, pessoas que você magoou,
pecados encobertos, etc. anote . Seja sincero com você mesmo, conheça a verdade e a
verdade te libertará. Jo 8:32
A cura está na Palavra de Deus. Devemos ter fé e não subestimar o poder de Deus. Ele
pode mudar tudo. Ele pode curar todas as pessoas.
QUEM PRECISA DE CURA INTERIOR

Você se aceita assim como você é (aparência, limitações, cor, sexo, casado, solteiro,
situação econômica). Ou usa de vários artifícios para mudar?

Se eu não gosto de mim dificilmente vou gostar dos outros.

É impossível agradar uma pessoa que não está contente consigo mesma.

Se você fosse desenhar a si mesmo, como se desenharia?

Você aceita as responsabilidades de ser homem ou mulher?

Aceita a si mesmo sem revolta?

Você se acha , ou acha que as pessoas lhe consideram uma pessoa amarga?

não tolera a si mesmo.

Está sempre de mau humor.

É difícil para você se aproximar de outras pessoas, estabelecer diálogos, romper
ambientes?

Medo de rejeição (não ser aceito)

Timidez (esconde o verdadeiro "eu")

Carência

Complexo de inferioridade

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Você está sempre na defensiva ou sempre no ataque? Desconfia de todos?

Por desconfiar fica na defensiva

Por desconfiar ataca.

Não se abre para relacionamentos

É ferino

Quando você vai numa reunião cumprimenta o outro? Ou fica esperando que ele
venha?

Fica observando quem não veio cumprimentar.

Fica chateado com isso.

Você acha que é demasiadamente tímido, áspero ou duro com os outros?

Passa-se por humilde.

Sempre dá respostas grosseiras.

Você usa com freqüência ironias, zombarias, sendo ferino em suas observações?
(Sarcástico)

Faz caretas trejeitos

É irreverente

Você usa ares de suficiência, prepotência com os outros? (Auto-suficiência)

Não existe complexo de superioridade. Isso é apenas uma capa para esconder
um sentimento de inferioridade e insegurança

Você tem dificuldade de olhar nos olhos das pessoas para conversar?

Medo de se expor

Pode estar escondendo algo

Você faz caretas, trejeitos ao conversar? É hipócrita, superficial? (fermento, máscara
para impressionar)

Hipócrita - ator

Você é o que é na sua intimidade (em casa)

Você acha que as tarefas que os outros fazem são sempre mais importantes que as
suas?

Nunca está contente com o que faz.

Acha-se sem valor.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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O HOMEM

Esta parte do estudo é importante para compreendermos como o ser humano é formado,
conhecermos sua estrutura e a partir daí identificarmos as áreas de nosso ser que
precisam de cura.
I Ts 5:23
O ser humano é tripartido. Todo homem é espírito alma e corpo. O corpo é diferente da
alma e a alma é diferente do espírito. (diferente do Espírito Santo)

O homem é um espírito que tem uma alma e habita num corpo.

Espírito humano: Ponto de contato com Deus. É através do meu espírito que tenho
consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber
Deus no espírito. (Ef 2:22 Jo 4:24)

Alma : É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos
pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo. Pertence
aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material
através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo.
Áreas da alma

Mente : Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.

Vontade : Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.

Emoções : Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos,
simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.

A alma do homem é singular

Corpo : Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior.
(ex.: Os cinco sentidos, fala, audição, visão, olfato, tato.)
Homem Tabernáculo
I Co 3:16

"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
ESPÍRITO
ALMA
CORPO
Mente
Vontade
Emoções

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Criação e queda do homem

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. O criou para ter comunhão com ele.
Adão antes da queda era um homem perfeito e usava todo seu potencial da alma, mas
era governado pelo espírito.
A pior enfermidade é a enfermidade do espírito.

É o pecado do homem. Ao nos
convertermos ficamos livres da culpa do pecado, mas não das conseqüências da vida de
pecado e das marcas que o pecado criou em nossa alma, por exemplo:

Na mente : lembranças desagradáveis, fortalezas, insegurança, medo, amargura,
sentimento de culpa.

Na Vontade : inconstância, falta de iniciativa, indecisão, procrastinação (sempre deixar
para depois), obstinação, medo de fracassar, derrotismo, vontade frouxa, falta de
“acabativa”, etc.
O corpo sofre as conseqüências

das enfermidades da alma. Ele é afetado por elas e
também fica enfermo. (conseqüência do desequilíbrio)
Santo dos Santos
Santo Lugar
Átrio
ESPÍRITO
ALMA
CORPO
DEUS
Queda
Gn 2:16-17
Gn 3:6
Gn 2:7
ESPÍRITO
ALMA
CORPO
DEUS
Homem criado a semelhança de
Deus. Tinha comunhão com Deus
em espírito que governava sua alma,
que por sua vez governava o corpo.
O homem era um ser governado
pelo espírito
Após a queda o espírito do
homem morreu para Deus e o
homem perdeu a comunhão
com Ele.
O homem passou a ser
governado pela sua alma.

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8 - CURA INTERIOR
Pra. Rosângela
A Salvação

Salvação => Cura Completa (3 fases):
1) Justificação do espírito
Livra-me da culpa do pecado. É o inicio da caminhada.
Quando o homem caiu (escolheu fazer a própria vontade ao invés da vontade de Deus),
ele morreu espiritualmente. O homem ficou então incapaz de ter comunhão com Deus por
causa da culpa do pecado. Gn 3:7-10
O problema da culpa só tem duas soluções : É paga ou perdoada.
O homem por si só não pode justificar-se diante de Deus e remir sua culpa.
Deus é perfeitamente santo, puro, justo e qualquer erro, por menor que seja, qualquer
pensamento impuro, qualquer deslize , para ele é uma ofensa terrível

Mas pela sua misericórdia e amor Ele enviou Jesus, que foi perfeito, puro, justo, santo,
não cometeu nenhum pecado e por isso foi oferecido como sacrifício pelos nossos
pecados, nos perdoando e livrando de toda culpa. Podemos agora Ter comunhão com
Deus livremente.
Aqui começa o drama do homem, ou ele aceita o perdão de Deus através de Jesus Cristo,
ou ele vai tentar achar alguma forma de remir esse sentimento.
(religiosidade, obras, autopunição)
Religião => forma do homem em tentar aplacar a ira de Deus.
Recebemos o perdão pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. Mas muitas
pessoas não aceitam ser salvas sem que tenham que fazer algo.
A graça de Deus é uma afronta ao seu orgulho do homem.
O novo nascimento, a obra de Jesus por nós , vivifica o nosso espírito e podemos
novamente ter comunhão com Deus. Ef 2:1 Jo 1:12-13
2) Santificação da alma
Cura das lembranças e emoções, vontade ajustada com a vontade de Deus. Imprime em
nós o caráter de Cristo (caminhar por fé e não por sentimentos).
Deus cura nosso espírito nos dá tudo que precisamos para ter uma vida santa e reta em
perfeita comunhão com Ele (um novo espírito, uma nova vida). II Pe 1:3

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Em que nós enroscamos então?

Nas enfermidades da alma causadas pelo pecado (independência de Deus) em nossa
mente, vontade e emoções .
Nossa alma (mente, vontade e emoções) foi afetada pelo pecado e também precisa de
cura
Quando nos convertemos Deus, através de sua Palavra, começa uma limpeza em nosso
interior, em nossa alma.
Lc 21:19 - Ganhareis vossa almas
I Pe 1:9 - Objetivo: Salvação da alma (cura)
I Pe 1:22 - Purificação da alma (mente, vontade e emoções)

O Espírito é vivificado para que a partir daí comece a santificação da alma.
Fp 1:6 - Aquele que começou a boa obra...
Qual é esta obra?
A Santificação da alma (cura da alma)
Consiste no operar diário da cruz de Cristo em nossas vidas.

Cruz : quando a vontade de Deus entra em choque com a minha vontade e eu escolho
fazer a vontade de Deus.
Mt 11:28-29
"Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre
vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para as vossas almas."
3) Glorificação do corpo
O objetivo final na ressurreição ou arrebatamento, quando receberemos um novo corpo,
semelhante ao de Cristo depois de ressureto. I Co 15:51-52
Resultados da queda

O homem tornou-se fugitivo de Deus. (Ex. Adão, Caim.)

O homem ao cair perdeu a proteção de Deus.

Sofreu profundas transformações interiores:

Foi tomado por uma natureza egoísta, rebelde, perversa e maligna.

Foi tomado por um coração enganoso.
Você acha que se conhece? Você se acha altruísta ou egoísta? Sincero ou mentiroso?
Humilde ou orgulhoso? Bom ou mau?

Seu coração é enganoso Jr 17:9 (Coração = interior , ego , eu)
Nós não nos conhecemos!

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Nosso coração é pior do que parece. Sempre agimos pensando em agradar a nós
mesmos. Até quando fazemos o bem.
Para comprovar, é só sair por ai alegre e cantando dirigindo seu carro e tomar uma
fechada quando chegar na esquina. Qual será a reação?
Ef 4:22
Pv 28:26
Você concorda que não se conhece?
Precisamos pedir a Deus que nos mostre como somos terríveis e enganosos, como o
salmista no Salmo 139:23-24.
"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim
algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno."
(Sabemos que há, Deus sabe que há caminho mal.)
Por isso Deus precisa nos dar um novo coração
Ez 36:26-27 - Não confiemos em nosso coração
Dt 11:16 - Que nosso coração não nos engane
Pv 4:23
Por que o homem ficou assim?

Deus não criou o homem assim. O homem ficou assim em conseqüência da queda. Ele se
tornou assim porque escolheu fazer a própria vontade e não a vontade de Deus.
A santidade de Deus se mostra condenadora diante do pecado. Antes da queda este
confronto não se manifestava.

Deus é SANTIDADE, no hebraico GADHOSH aparece 555 vezes na Bíblia.
A natureza caída do homem não tem coragem de enfrentar a realidade e aí surge a
religiosidade. Ele não quer mudar, se arrepender, mas usa todo tipo de recurso para
tentar apaziguar a Deus (amuleto, figa, patuá, objetos de sorte, etc.). O homem quer ser
aceito por seus próprios méritos.

RELIGIOSIDADE : É o esforço do homem de agradar ou apaziguar a Deus.
Vemos então que com um coração imundo assim o homem não pode agradar a Deus por
suas próprias forças. Por isso é necessário nascer de novo. Deus faz um transplante, tira
o coração velho (de pedra) e nos dá um coração novo (de carne). Só Ele pode fazer este
transplante. Ele é quem nos capacita a agradá-lo.
Mecanismos de defesa da Velha Natureza

Para não ter que enfrentar a verdade essa natureza caída constrói certos mecanismos de
defesa para se proteger contra a ansiedade e o medo. Isso não muda a realidade das

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coisas, apenas modifica o modo de olhar os fatos. Nos protegemos e enganamos a nós
mesmos a fim de que não tenhamos que mudar.

O homem ao trocar a Verdade de Deus pelas mentiras de Satanás foi tomado por um
espírito de mentira, que precisa ser destruído pela Verdade de Deus.
I Jo 1:5-10;2:4
Alguns mecanismos de defesa

Negação : Negamos algo, mentimos a respeito, não queremos olhar para o problema,
nem discutir a respeito, não admitimos que temos mágoas ou ressentimentos.
ESCONDEMOS, CAMUFLAMOS. (Ex. um reflexo disso pé a Irritação). Construímos
muralhas em volta de nossos sentimentos para que ninguém descubra nossos
fracassos. (fachada)
Deus sabe tudo . Deus sabe todas as coisas.

Racionalização : Versos 6-8. Não é tão direto como a negação, não é uma mentira
direta. É mais sofisticado, tentamos dar razões que justificam o nosso comportamento,
achando justificativas para tudo.
"Se você não tivesse começado..."
Ex.: Saul I Sm 13:8-13 I Sm 15

Há duas razões para tudo que fazemos: Uma boa razão e a verdadeira. Nós não enganamos aos outros ,
mas a nós mesmos.

Projeção : Verso 10. É o pior de todos, avançamos um pouco mais no engano,
culpamos os outros pelos nossos problemas. Projetamos nos outros os nossos
defeitos. Dizemos que o problema é deles. Finalmente culpamos a Deus. Transferimos
nossos problemas para alguém, achamos um bode expiatório. (Ex. Adão e
Eva)
Embora a mentira tivesse partido de nós, acabamos por afirmar que foi Deus quem disse.
“Não sou mentiroso, mas é Ele!” Fazemo-lo mentirosos e a sua palavra não está em nós.

Para andar com Deus precisamos aprender a andar na verdade. 3 Jo 3
Nos sentimos confusos por não conseguir determinar a causa dos nossos conflitos e
sentimentos, tais como : medo, mágoa, ira, culpa, vergonha, ansiedade, etc. Isto nos faz
sentir mais culpados ainda, e não conseguimos ter um relacionamento sadio e específico
com Deus. Ficamos como que em um nevoeiro.
Precisamos descobrir qual o ponto da necessidade específica, perceber qual é o
verdadeiro problema a fim de tratarmos com ele.
Não podemos confessar a Deus o que não reconhecemos para nós mesmos. Fazemos
confissões generalizadas, damos e recebemos perdão também de maneira generalizada
e acabamos tendo um relacionamento nebuloso, indistinto e generalizado com Deus.
(Raiz do problema)

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Verdades x Mentiras

Única maneira de destruir as mentiras é enfrentando a verdade.

NÃO HÁ CURA ENQUANTO NÃO ENFRENTARMOS A V ERDADE
Jo 8:32 - Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará
Jo 14:16-17;16:13 - Espírito Santo => Espírito da Verdade.
Jo 8:44 - Toda mentira procede de Satanás, pai da mentira. Pior pecado, pois encobre
outros pecados.
O Espírito Santo que habita em cada um de nós nos conduzirá a toda verdade.
Castelo de Mentiras : Quantas pessoas dariam tudo para romper com seu castelo de
mentiras que foram construindo em volta de si mesmo. Ficaram aprisionadas nas malhas
da mentira de espíritos enganadores e não sabem como sair. Seu estado é de angústia e
desespero.
(Passam a acreditar em suas próprias mentiras)
O pecado sempre começa com uma mentira - uma fortaleza de rejeição, um complexo.
Se você não for honesto e não enfrentar a verdade tratar com a raiz do problema, você vai
buscar mecanismos para esconder seu problema ou formas de ESCAPISMO como :
drogas, álcool, sexo, etc.

A obra de Deus começa no meu espírito

(novo nascimento) . O Senhor perdoa os
meus pecados, mas os pecados causaram marcas nas áreas da minha alma. O
Senhor arrancou as ervas daninhas do pecado, mas ficaram os buracos

que agora Ele
vai encher com sua graça.

Deus nos livra do pecado, mas não das conseqüências da vida de pecado.
Mas o alvo de Deus é nos dar salvação plena.
Is 53:5
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”

Ele foi ferido pelas nossas transgressões. Nos salvou do pecado - Cura espiritual.

O castigo que nos traz a paz. Paz interior - Cura da alma.

Pelas suas pisaduras fomos sarados - Cura física.

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9 – COMO OBTER A CURA INTERIOR?
Pra. Rosângela
1) Crer que Deus pode nos curar. Hb 11:6
Fé é crer nos fatos divinos. Crer na obra de Jesus. Ele é o autor e consumador da nossa
fé. Crer no amor e no poder de Deus
2) Reconhecer que precisamos de cura.
O pior doente é aquele que não se acha doente.
Precisamos enfrentar a verdade. Ser específicos com Deus e conosco. Admitir nossos
fracassos e tratar de frente.

Reconhecer que estamos feridos

Que ferimos outras pessoas

Se dispuser para Deus.

O tempo cura todas as feridas ? Ou não ?
A falsidade está na palavra todas. É certo que muitos ferimentos podem sarar com o
tempo. Se a mente puder suportar conscientemente a dor quando esta se manifesta, com
o passar do tempo a intensidade da lembrança pessoal ira diminuir. Haverá ainda a dor
da recordação, mas perfeitamente suportável.
O tempo pode curar todas as lembranças (memórias) penosas não reprimidas e não
infeccionadas. O que não pode ser enfrentado e suportado é negado. (não guardar no
arquivo morto)
3) Confiar nas pessoas que nos ministram, que podem nos ajudar. Ser
transparentes e sinceros.
No mundo não é prudente abrir nossos problemas com as pessoas. Mas no reino Deus,
Ele usa os irmãos para nos ajudar. (confessar os pecados, ser transparentes uns com os
outros, reconhecer os erros)
Rasgar o coração : Ai vem o conselho de Deus nas nossas vidas.
4) Localizar a raiz dos problemas
Muitos dos nossos problemas são apenas galhos ou conseqüências de algo mais
profundo. Se formos bem sinceros com Deus e conosco mesmo, saberemos de onde vêm
os nossos problemas.

Não tratar apenas com atos, mas com as atitudes
5) Quebrar toa maldição e jugo satânico.
Através da oração , rejeitar em nome de Jesus todo domínio satânico sobre sua vida.

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Áreas que precisam de cura

1) Mente

Sede da alma => Intelecto , pensamentos, memórias
A mente humana pode ser comparada com a maior hidrelétrica do mundo. É algo
fantástico que Deus deu ao homem. (O homem não usa 10% de sua mente)
Deus deu capacidade para o homem pensar, raciocinar, refletir, criar. (como seria Adão
antes da queda?)

Importância dos inventos do homem. (roda, telefone, antibióticos, avião, bomba
atômica)

Mente foi canalizada para o mal. Terrível

A mente foi corrompida por causa do pecado.

A mente é um campo de batalha , nela alcançamos vitória ou derrota
É tão importante que foi o primeiro alvo de Satanás:

Através da imagem e pensamentos (Eva olhando para o fruto)

A imagem gera pensamentos (Mãe do pensamento)

O pensamento gera sentimentos (emoções)

O sentimento gera uma ação ou reação
Os especialistas em propaganda dizem que se você despertar a emoção de um cliente com
relação a um produto, ele já está 90% vendido. (Ex.: Propaganda de cigarros)
Esta sempre será a estratégia do diabo. Com imagens e pensamentos ele traz angústia,
medo, insegurança, depressão, mágoa, ressentimento, rebeldia, pecado, etc.
É na mente que estão os elementos básicos para Satanás destruir um homem: imagens
e pensamentos (lembranças, traumas). Estas imagens serão sempre geradas no reino
físico e os pensamentos serão misturados com engano, um pouco de verdade e um
pouco de erro. (distorção de valores)
Satanás quer enganar ao homem quanto:

Ao caráter de Deus (Imagem distorcida de Deus)

Quanto a si mesmo (Baixa estima, viver se enganando)

Quanto a seus semelhantes (intrigas, ressentimentos)

Quanto a ele mesmo - Satanás (Fazer pensar que ele não é tão mau. Não existe)

Há duas pessoas disputando a nossa mente :

Uma do lado de dentro - o Espírito Santo

Uma do lado de fora - Satanás
O Espírito Santo habita no seu espírito e quer levar sua mente a ser cativa a Cristo, a
submeter-se a Deus. Ele não obriga, não invade sem permissão, mas nos constrange.
Satanás usará todo tipo de sutileza para dominá-la e utilizá-la para o mal. Seu objetivo principal é a
distorção da verdade de Deus.
II Co 11:3 II Co 4:4 - O Deus deste século cegou-lhes o entendimento.

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A mente é sua e você tem autoridade sobre ela. Você determina que tipos de
pensamentos e imagens serão abrigados nela.

“Não posso impedir que os pássaros voem sobre minha cabeça, mas posso impedir
que façam ninho sobre ela.”
A palavra de Deus sempre apela para renovarmos nossa mente. Rm 12:2 Fl 4:8 (Sl
119:11 Cl 3:2 Pv 4:23)

Antes que a palavra de Deus penetre no espírito terá que atingir o entendimento. A fé
vem pelo o ouvir . Rm 10:17

É a palavra de Deus que destrói “sofismas, altivez, fortalezas, raciocínios” II Co10:4-5
O alvo de Satanás é levar o homem à passividade mental!
"Mente vazia é oficina do diabo."
Os demônios gostariam de possuir todos os homens, para isso trabalham na pessoa até
que a mente fique passiva. O que resultará também em uma vontade passiva. É assim
que acontece a POSSESSÃO.
Este é um dos alvos da Nova Era (movimento do anti-Cristo) . As técnicas de relaxamento
e meditação visam levar o homem a um estado de passividade mental (estado alfa) .
Perde o estado de vigilância.
Alguns sintomas de passividade mental:

Pensamentos repentinos

Paradas repentinas

Imaginação descontrolada

Falta de concentração

Divagações

Esquecimentos

Fantasias

Insônia

Pensamentos prisioneiros de certos padrões (até no jeito de se vestir)
É na mente que estão arquivadas todas as nossas lembranças. Sejam boas e ruins
(arquivo morto). É na mente que estão alojadas as maiores fortalezas (complexos). É na
mente que atuam vários tipos de espíritos.
Alguns tipos de espíritos que operam na mente:

Orgulho - Suspeita - Rejeição

Incredulidade - Medo - Ressentimento

Rebelião - Fracasso - Insegurança

Amargura - Competição - Autopiedade

Crítica - Sentimento de Culpa - Timidez

Inferioridade - Dúvida - Fantasia

Ciúmes - Autocondenação - Depressão

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Intelectualismo - Confusão, engano - Mentira

Ódio
Quando chegamos para o reino de Deus trazemos muito lixo mental, e agora precisamos:

Ajustar nossos pensamentos com os pensamentos de Deus. Is 55:8-9

Precisamos ter a mente de Cristo. Santa, pura.

Ter a mente renovada pela palavra. Rm 12:2
Tudo que fazemos e dizemos é reflexo do que está em nossa mente. Nossas decisões e
atitudes estão refletindo o que ali se estabeleceu.
Nossa mente é como um computador, só sai o que entrou, como um programa.

A fonte que alimenta a mente deve mudar. Se alimentar com a palavra de Deus.
(reprogramar)
Sl 119:97
Características dos maus espíritos que atuam na mente

Os pensamentos de maus espíritos invadem, vem de fora para dentro. Entrando pela
porta da mente. Pensamentos alheios a nossa escolha ou controle. entram sem avisar
(sugestão). É preciso rejeitar pelo exercício da vontade.

Os espíritos demoníacos forçam empurram , coagem o homem a agir imediatamente.
Algo repentino, como : atire-se pela janela, porque não joga seu carro contra o outro.
Ex. suicídio dos índios ianomâmis. O Espírito Santo não obriga

Causam confusão mental. seus pensamentos se confundem, paralisando a mente e
fazem com que a pessoa não pense de modo claro. O branco na mente é sintoma de
uma influência estranha.

Tudo isso tem um objetivo : controle da mente
Passividade da mente

É a estratégia de Satanás para dominar o homem. Para que ele exerça esse domínio,
precisa de uma mente passiva que se habitue a não raciocinar. A passividade leva as
pessoas facilmente ao engano
Engano: convicção errada acerca de qualquer coisa, sem que se tenha consciência do
erro.
Sintomas de passividade mental:

Quando existe inatividade : Uma ação se faz necessária e não consegue.

Quando existe ação descontrolada : Não consigo pensar, não consigo lembrar, não
consigo me concentrar. Há uma incapacidade de domínio da situação.

Satanás usa vários meios para dominar a mente das pessoas: televisão, vídeo-games,
filmes de terror, música (rock, new age, relaxamento, heavy metal, populares).
Músicas Exemplos: (Bossa nova Depressão / Sertaneja sensualidade)

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Conjunto Slayer: “A morte toma-me e captura minha alma
Satanás nosso mestre, em ações viletas do mal
Guia-nos passo a passo.
Derrame o sangue , deixe-o correr para mim,
Tome a minha mão, solte a sua vida....
Você derramou o sangue. Eu tenho a sua vida.”
Conjunto AC/CD : “Eu sou o espreitador noturno, durmo durante o dia.
Tudo em silêncio enquanto penetro no seu quarto.
Não ha nada que se possa fazer.”
(Em 1985 na Califórnia 14 pessoas foram assassinadas e sodomizadas após a influência da
música.)
Mensagens subliminares: informações que entram em nossa mente sem que percebamos
ou possamos discernir, julgar. (Ex.: propaganda de metro , cinema)

Devemos voltar para Jesus e só permitir que Ele ocupe espaço em nossa mente. Fp 4:7-8
2) Vontade

Instrumento para tomar decisões. Poder de escolha.
É através da vontade que o homem decide o seu destino e faz a sua escolha.
Deus deu ao homem poder de escolha para que ele escolhesse obedece-lo e amá-lo.
A palavra de Deus sempre apela para a vontade do homem:

Se alguém quiser vir após mim...

Hoje, se ouvirdes a minha voz...

Quem quiser ganhar a sua vida ...
O homem é livre para escolher: vida ou morte; bem ou mal; etc.
A vida de uma pessoa é conseqüência de suas escolhas. O presente e o futuro são
conseqüências das escolhas do passado. Sempre podemos escolher entre obedecer a
Deus ou a Satanás.

Não escolhemos as conseqüências, mas colhemos as conseqüências. Precisamos
aprender a fazer boas escolhas.

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Para tomar decisões corretas precisamos conhecer a vontade de Deus.

Ao perder a comunhão com Deus o homem ficou sem a base correta na qual pudesse
tomar decisões.

A única base que tinha era ele mesmo. Seus próprios pensamentos e sentimentos.

homem passou a conhecer o bem e o mal mas não tinha base para decidir.
Decidir baseado em que ?
Em si mesmo (natureza caída, pecaminosa e independente de Deus.)
Nossa vontade é imperfeita e contaminada pelo pecado (egoísta).

O pecado trouxe sérios danos à vontade do homem.
Alguns defeitos da vontade:

Inconstância - Derrotismo - Medo de fracassar

Falta de Iniciativa - Obstinação - Indecisão

Falta de término - Vontade frouxa - Procrastinação

Precisamos ajustar nossa vontade com a vontade de Deus. Nossa vontade precisa ser
redimida, sujeita ao Espírito Santo.
“Seja feita a tua vontade e não a minha...“ Lc 22:42
Jesus sempre agradou o Pai porque nunca fez sua própria vontade, mas sim a vontade do
Pai. Jo 8:29
Precisamos ajustar nossa vontade à vontade de Deus

Nossa vontade deve ser fortalecida pela Palavra de Deus a fim de executarmos Sua
vontade.
3) Emoções

Jr 17:9

Instrumento para expressar o que sentimos
Por meio das emoções expressamos amor, ódio, tristeza, alegria, etc.

Elas podem ser agradáveis

Ou desagradáveis
O povo brasileiro é por índole um povo emotivo (se emociona facilmente). Nossas
emoções precisam ser restauradas.

Deus não quer que sufoquemos nossas emoções, mas também não quer que
caminhemos por elas.
Se sufocarmos nossas emoções seremos frios como uma pedra.

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Mas se caminharmos por emoções seremos inconstantes, inseguros e vulneráveis.
Não podemos basear nossa comunhão com Deus nas emoções, pois elas vão e vem,
podemos estar emocionados ou não. Mas isso não altera a nossa condição para com Ele.
Elas podem ser válidas e bonitas, mas não servem como base.
Ex.: Reuniões, músicas - tocam nas emoções
II Co 4:18

Independente do que sentimos ou não devemos caminhar pela Palavra de Deus.
As emoções nos enganam Pv 23:7
Ninguém pode ter comunhão com Deus através das áreas da alma

Podemos ter pensamentos a respeito de Deus.

Pensamentos positivos

Ter vontade de Deus e não tê-lo

Ter sentimentos , nos emocionar com Deus e não tocá-lo.
As áreas da alma são incapazes de ter comunhão com Deus. O homem só tem comunhão
com Deus em espírito, que foi vivificado por Ele no novo nascimento.
“Deus é Espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Jo
4:24
Como vencer os sentimentos negativos

Olhando às circunstâncias do ponto de vista de Deus.
Ex.: Josué e Calebe viram a possibilidade de vencer os inimigos e tomar a terra. Os
demais espias viram os gigantes.
Ex.: Davi e Golias. Os israelitas viram que Golias era grande demais para ser enfrentado.
Davi viu que: a testa do gigante era grande demais para errar uma pedrada.
II Coríntios 5:7, II Coríntios 4:18
Muitos cristãos se preocupam demais com seus sentimentos.
Exageram na importância deles.
Efésios 6:13 fala do dia mal. Qual dia mal?

Sabemos que temos que andar pela fé e não pelos sentimentos, mas é muito comum
voltar ao hábito de tomar decisões e julgar nossos valores pessoais ou nossa
espiritualidade baseados no que estamos sentindo.

Até que ponto nossas emoções são importantes?

Para se ter uma resposta correta precisamos descobrir o ponto de vista de Deus.
Creio que Deus se preocupa com nossos sentimentos, mas muito mais com nossas: AÇÕES,

PENSAMENTOS E PALAVRAS

Não encontramos na palavra de Deus nada como devo me sentir:

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Os ensinamentos são claros sobre:
1 - Como devo me comportar.
2 - Como devo pensar.
3 - Como devo falar.
A razão disso é que Deus sabe que de nada adiantaria ordenar como o homem deve se sentir, já
que Ele nos criou incapazes de obedecer a esse tipo de ordem. Não há como decidirmos como
vamos nos sentir.
A certas coisas que podemos decidir com a ajuda de Deus:

O que fazer.

O que pensar.

O que dizer.
Deus nos dotou com capacidade de usar nossa vontade para fazer nossas escolhas. Mas não
existe escolha ou decisão que possa produzir as emoções que gostaríamos de sentir.
Podemos decidir:

O que fazer .

O que pensar.

O que dizer.
Os sentimentos são controlados ou são conseqüências dos:

Nossos pensamentos

Ou palavras que dirigimos a nós mesmos.
Por desígnio de Deus, nossos sentimentos (emoções) são reações involuntárias aos pensamentos
que ocupam a nossa mente e as palavras que nos afloram aos lábios, principalmente as que
dirigimos a nós mesmos. - O CONTROLE DAS EMOÇÕES DEPENDE DIRETAMENTE DO
CONTROLE DE NOSSOS PENSAMENTOS E PALAVRAS.
De certa forma os nossos sentimentos são semelhantes aos nossos sonhos:
São provocados por nossos pensamentos, porém não são racionais ou confiáveis. Como os
sonhos nossos sentimentos revelam muita coisa a nosso respeito, pois espelham o nosso
subconsciente. No entanto não devemos confiar neles para orientar nossas decisões, e nem
valorizá-las demasiadamente, pois podemos correr o risco de perder a objetividade, caindo num
mundo de introspecção e misticismo.
Outro perigo : deixar os sentimentos se multiplicarem - um sentimento negativo tende a gerar
outros sentimentos negativos.
Ex.: Uma depressão pode gerar um sentimento de culpa por estar deprimido.
Especialmente o crente pode se sentir culpado. Porque crente não pode ser assim.

ANTICONCEPCIONAL - negar aos sentimentos negativos o direito de se reproduzirem e dominar nossas
vidas.
Não admitir sentimento de culpa - por exemplo: se eu fosse um crente mais espiritual não teria
esse tipo de sentimento.

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Como podemos controlar nossos sentimentos?

Só podemos fazê-lo indiretamente, na medida que PENSAMOS E FALAMOS DE MODO
CORRETO.
Começamos a nos sentir melhor quando corrigimos nossa forma (maneira) de pensar: SOBRE
DEUS, SOBRE NÓS MESMOS, A RESPEITO DOS OUTROS E DAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE
NOS CERCAM.
A mais de 100 anos CHARLES FINNEY (evangelista e teólogo) afirmou:
“Estou consciente de que não consigo, por meio de um esforço direto, sentir-me como quero e como quero.
Sei que meus sentimentos e todos os estados e fenômenos da sensibilidade são apenas indiretamente
controlados por minha vontade. Por um ato de vontade eu posso ordenar ao meu intelecto que considere
certos fatos, e desta maneira posso afetar minha sensibilidade e produzir um determinado estado emocional”.
Provérbios 23:7 “Como imagina em sua alma assim ele é”.
Esta passagem deixa claro que os sentimentos, as paixões e o comportamento do homem são
determinados por sua maneira de pensar.
As autoridades no assunto afirmam que os nossos PENSAMENTOS determinam como iremos
sentir e nos comportar. Se isso é verdade precisamos aprender a PENSAR corretamente.
Muitos vivem pensando de forma destrutiva há tanto tempo, que nem percebem mais quando seus
pensamentos são: NEGATIVOS - CRÍTICOS - PREJUDICIAIS.
Além desses fatores existe a influência SATÂNICA. Ele sabe que os nossos pensamentos são
importantes, sabe que se conquistar a mente do homem conquistou todo homem MENTE (SEDE
DA ALMA).
Por isso procura alimentar-mos de pensamentos distorcidos, enganosos, confusos, para nos deixar
desanimados, derrotados e com um senso de condenação.
Ele sabe que não possui argumentos que possam competir com a palavra de Deus; por essa
razão nos incentiva a pensar MEIAS-VERDADES, que não refletem o que sentimos quando
estamos deprimidos, a seguir constrói com argumentos fortes com base em fundamentos errados
(falsos):
Algumas mentiras que ele mais usa

Você fracassou e por isso será sempre um fracasso. É melhor desistir de seus planos.

Deus não responderá sua oração; nunca responderá, você está perdendo tempo orando assim, deixe disso!

Você teve um pensamento impuro, logo você é impuro e sempre será impuro já que não consegue mesmo
mudar; por que se entrega aos seus desejos e curte sua impureza um pouco?

Você disse que perdoou aquela pessoa, mas está sempre com esse sentimento de ódio novamente, é
melhor reconhecer que não adianta; afinal ela não merece mesmo o seu perdão.
É fácil perceber os erros contidos nestas frases, quando as vemos por ESCRITO, mas quando nos
sentimos DEPRIMIDOS, INÚTEIS E CONTAMINADOS essas afirmações parecem confirmar as
opiniões que já temos a nosso respeito. Não conseguimos enxergar que Satanás está tentando
nos desistir da luta, para que ele possa nos vencer.
SOLUÇÃO: Troque os pensamentos errados por pensamentos corretos. Troque palavras destrutivas por
fortes afirmações da verdade.

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Todos nós conversamos SOZINHOS. Às vezes em voz audível, às vezes só em pensamentos.
Talvez você pense que as coisas que fala sozinho não são importantes, engano seu; são mais
importantes que aquilo que falamos aos outros, pois nós somos nosso companheiro constante.

Devemos selecionar muito bem as palavras que dirigimos a nós mesmos.
Salmo 19:14 diz: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração

sejam agradáveis na tua
presença”.
As melhores palavras são aquelas que encontramos na Bíblia e nas afirmações que fazemos
baseados nas verdades bíblicas.

Vós já estais limpos pela palavra. (é água de Deus)
Hebreus 13:5 “Pois ele disse: Não te deixarei nem te desampararei”.

Promessa de Deus

A consciência da presença de Deus é o auxílio para atravessarmos a maioria das provações.
Mas ele, o escritor, movido pelo Espírito Santo, vai além, nos ensina como aplicar a promessa de
Deus:
Verso 6: Assim afirmemos, afirmemos confiadamente. Outra tradução: Assim com confiança ousemos dizer: o
Senhor é meu auxílio; não temerei; que me poderá fazer o homem ?

Percebeu qual o segredo ? ASSIM AFIRMEMOS CONFIADAMENTE !
Baseados na palavra de Deus, podemos RENUNCIAR as palavras NEGATIVAS que costumamos dizer, e em
lugar delas, aplicar as palavras bíblicas às circunstâncias que estejamos atravessando, fazendo
AFIRMAÇÕES DE VITÓRIAS, POSITIVAS E VERDADEIRAS.

A palavra do Senhor é a arma para a nossa vitória.
Filipenses 4:8 diz o que deve ocupar nosso pensamento.
II Coríntios 10:4,5 A palavra de Deus é a única capaz de destruir: Fortalezas - Sofismas - Raciocínios -
Altivez, etc.
Efésios 6:17 fala do capacete da salvação. Usa-se na cabeça para proteção. Espada do Espírito

= palavra de
Deus. Com a palavra me defendo das setas e contra-ataco desfazendo as mentiras de Satanás e ando na
verdade de Deus.

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Raízes de Rejeição

O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. Para ter uma personalidade sadia,
ele deve ajustar-se aos princípios estabelecidos por seu Criador.

A principal necessidade do ser humano é : AMOR => Deus é amor e estabeleceu o
amor como base para o relacionamento com Ele e entre seus filhos.
A Bíblia é um livro de amor. Ela fala do amor de Deus e nos ensina a amarmos uns a os
outros. (se fizermos um suco da Bíblia o resultado é amor)
O Amor gera aceitação que gera segurança, confiança. A aceitação gera compreensão e
compreensão gera bem estar.
A rejeição é a negação de tudo isso. O mundo interior é desestruturado e a
personalidade é destruída. A conseqüência é a incapacidade de amar e receber amor.
Nem sempre as causas da rejeição são verdadeiras.

Podem ser mentiras que foram lançadas no decorrer do tempo

Podem ser legítimas.

Podem ser conscientes ou inconscientes

Rejeição é uma ferida profunda que pode destruir uma vida
Fontes de Rejeição

No lar

Gravidez indesejada (falta de visão de Deus para a Família)

Nascimento (crianças adotadas, motivação)

Falta de demonstração de amor

Alcoolismo

Substituição de amor por coisas (quando os pais não cumprem sua função)

Perfeccionismo. Cobrança exagerada dos pais

Críticas

Comparações
Na escola

Relacionamento com professores

Relacionamento com colegas

Apelidos

Situações que geram vergonha (vexames)
Na sociedade

Preconceitos raciais

Preconceitos sociais (classes)
Todos queremos ser aceitos. Deus nos aceitou em Cristo.

Quando temos um encontro verdadeiro com Deus , nosso pai, e conhecemos seu Amor, não há rejeição
que prevaleça.

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Sintomas de rejeição

Imaturidade emocional - Solidão

Amor aspirador - Medo

Busca exagerada de coisas para preencher o vazio. - Auto-imagem negativa
Reflexões sobre a auto-imagem

Quando nos comparamos uns com os outros e damos mais valor à opinião deles, criamos
um sentimento de inferioridade que se manifesta como (sofisticação, superioridade,
inferioridade).

Sofisticação : Seleciona suas amizades de maneira que pode desenvolver sua
própria imagem ; no entanto nunca permite que alguém se aproxime dela. Uma pessoa
intocável.

Superioridade : É aquela que restringe sua comparação pessoas as quais ela se
sobressai. Assume uma posição de superioridade para esconder sua insegurança. O
que aparece é só uma capa de superioridade, mas é somente uma mascara para
esconder o seu sentimento de inferioridade e sua insegurança.

Não existe complexo de superioridade. Ele é sempre uma máscara
Quadro clínico de nossa sociedade

Vivemos em uma sociedade cada vez mais repleta de conflitos psíquicos, emocionais e
espirituais. Ansiedades, depressões, temores, angústia, complexos, traumas, amarras,
opressões, insônias, tentativas de suicídios, etc. São termos cada vez mais comuns que
descrevem a situação de muitos homens e mulheres.
Milhares estão se voltando atualmente para a psiquiatria e para a análise em busca de
alivio para males mentais e espirituais dos quais padecem. Quando ainda em sua
ignorância , recorrem a curandeiros, espiritualistas, yoga, meditação transcendental e
outras práticas de ocultismo, procurando em vão a solução de seus problemas.
Verdadeiramente, a nossa sociedade é está cada vez mais enferma e doente. O ramo da
medicina mais lucrativo é a psiquiatra. A Nova Era encontra um grande mercado, assim
como o ocultismo e outras possíveis “soluções”.

São caminhos do diabo, onde as pessoas se envolvem com demônios
Se alguém se envolveu com esse tipo de coisa precisa pedir perdão a Deus (pois não o
buscou) , se arrepender e rejeitar toda dominação em nome de Jesus.

A nossa sociedade está enferma.
Causas externas

(não são as verdadeiras causas, mas contribuem)
A situação atual do mundo leva mais e mais a prática da cura interior. De acordo com a
previsão dos profissionais de medicina, psicologia, sociologia, esta necessidade irá
aumentando com o correr do século, pois a nossa civilização aumenta a neurose coletiva

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de ano em ano. Este desassossego cresce favorecido por causa de certas tendências que
hoje se fizeram universais e que são resultado típico da civilização em que vivemos:

Agitação dos centros urbanos: ruídos, poluição, publicidade, profusão dos meios de
comunicação, musicas irritantes, etc.

Esgotamento físico produzido por uma vida em centros urbanos sujeitos a tantas
atividades e tantas exigências, meios de transportes superlotados, déficit habitacional.

Esgotamento afetivo por causa de propostas freqüentemente inalcançáveis (status,
riquezas, erotismo exagerado, etc.) e por falta de comunicação crônica

Esgotamento intelectual , que vem da quantidade de preocupações, conhecimentos,
conflitos e problemas que excedem a capacidade humana de armazenamento
simultâneo.

Mundo materialista incapacitado para oferecer alternativas espirituais que satisfaçam
o que há de mais profundo no homem.

Regime competitivo , em todos os níveis, internacional, industrial, comercial, social,
trabalhista, familiar, que impossibilita o regime do amor.

Incompetência para defender-se de situações caóticas e gigantescas, como a
possibilidade de uma guerra, uma depressão econômica, um sistema político
despótico.

Aumento da agressividade e da violência em todos os níveis e justificação da
mesma de acordo com os objetivos que ela permita alcançar. (O homem ainda é o
mesmo desde que caiu)

Anonimato em meio à massa.
Cada um vive a sua vida. As pessoas vivem mo meio de tanta gente e cada um
é solitário. (diferente dos cristãos que tem a Família de Deus)

Vida familiar desprestigiada e subversiva.
Dizem que o casamento é uma instituição falida. O que se espera então da vida ?
A família é a base da sociedade. Ela existe para Deus.

Autoritarismo anônimo e ao mesmo tempo perda da autoridade pessoal.

Os desígnios monetário-comerciais que invadem as relações entre os homens.
Todas as relações são feitas com interesse. (“quanto ganho com isso ?”)
A causa fundamental: (Jr 2:13;19)

Afastamento de Deus, desobediência a suas leis.

O homem na sua tolice colocou Deus de lado e teve a pretensão de edificar uma
sociedade sem Deus. (aí estão as conseqüências...)

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É necessário afirmar que a condição única para a cura é voltar para Deus por meio de
Jesus. Mediante arrependimento e fé em seu nome, sujeitando-se a sua autoridade.
Renunciar ao pecado e as mentiras de Satanás e aos demônios.
Ou Deus governa ou o diabo governa.
Sl 109:17-18
Se você não estiver debaixo da cobertura de Deus e da proteção de Deus, está a mercê
de toda atividade do diabo na sua vida.
Enfermidades Psicossomáticas

Especialistas afirmam que 80% das enfermidades físicas são causadas por problemas
psíquicos.
É elogiável o esforço que a psiquiatria moderna vem fazendo, porém com humildade
deveria reconhecer que são mais os casos não resolvidos do que os solucionados.
Porque não adianta descobrir as motivações de nossa conduta mediante diálogo e tentar
justificar condutas erradas e eximir o paciente de sua responsabilidade pessoal. Isto é o
oposto da terapia de Deus.

Vasculhar o subconsciente não significa necessariamente conseguir mudanças.
Em todo tipo de situação na nossa vida, se não encaramos a verdade nós não recebemos
a cura. (Ex.: Pedro)
Psicossomatologia: Estuda a relação e influência da psique sobre o corpo, através da
observação de como os transtornos psíquicos (mentais e emocionais) transtornam e
enfermam o corpo (soma).
Psico (mente) Soma (corpo) Logia (estudo)
Pneumapsicossomatologia : O homem é esta unidade: Espírito (pneuma) , alma (onde
está a mente), corpo. A raiz dos problemas começa no espírito. Ali está a origem dos
problemas do homem e a terapia deve começar ali.

Deus é o melhor psiquiatra. Ele nos conhece, pois Ele nos criou e como um médico
cirurgião sabe onde seu bisturi deve cortar para arrancar nossa doença e nos curar.
Evangelho = Boas novas (para os que sofrem)
Is 61:1-3 Lc 4:17-21

Abatidos => Deprimidos => Entristecidos

Quebrantados de coração => Ressentidos , ofendidos => Melancólicos

Cativos => Amarrados => Afligidos

Presos => Oprimidos => Angustiados
Jesus afirma que Ele é o Ungido de Deus para trazer cura a todos os transtornados
interiores, consolá-los, dar óleo de alegria e vestes de louvor. (Salvação = Cura)

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At 10:38 Ungiu Jesus para curar...
Jo 10:10 O diabo é o ladrão. Nada é dele, mas se dermos brecha, ele leva até o
que não é dele.
I Jo 3:8 Para isso o filho de Deus se manifestou. Para destruir as obras do diabo.
Diagnóstico e Terapia

Transtornos de conduta
As pessoas que possuem conflitos interiores e sofrem transtornos emocionais, geralmente
apresentam transtornos de conduta. Essas manifestações podem ser bastante variadas,
de acordo com cada caso e cada pessoa.
A primeira pessoa a tomar conhecimento de que algo anda mal é ela mesma ( mas nem
sempre admite ) em seguida vem as pessoas que estão mais próximas e passam mais
tempo junto dela.
Como se mostra a pessoa com conflitos interiores:

Agressivo , nervoso, iracundo, explosivo, dá respostas grosseiras sem causa, agride.

Deprimido, melancólico, triste, negativo. (ostracismo)

Sarcástico, gozador, crítico, leviano. (sarrista, marrento)

Ressentido, susceptível, ofendido, amargurado, desconfiado.

Apático, indiferente, passivo, desinteressado. (sem entusiasmo por nada)

Hipócrita, falso, superficial, simulador, fingidor, etc.
Para chegar a causa do problema é necessário:

A confissão da pessoa.

Conversar com ela fazendo algumas perguntas chave.

Orar pedindo direção ao Espírito Santo.

Discernimento espiritual.

Palavra de sabedoria.

Palavra de conhecimento

Muitas são as causas , mas vamos examinar as mais profundas:

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Pecados Ocultos

Sentimento de Culpa

Todo pecado fere o homem no seu interior.

É uma autodestruição

O pecado atenta contra a imagem de Deus em nós.

Destrói o mais íntimo de nós.

Ofende a sua consciência moral.

Esse sentimento é aumentado quando atenta diretamente contra outra pessoa.

E se vê aumentado através do conhecimento das leis de Deus.

Pecado oculto não de Deus, mas das pessoas envolvidas.
A psicologia moderna explica e justifica o seu comportamento. Isso não satisfaz o seu
interior. Você sabe que é culpado, isso não satisfaz o engano do coração.
O Senhor nos capacita a confessar nossos erros, pedir perdão e perdoar. Quando
perdoamos permitimos que a pessoa nasça de novo na sua história.
Confessar é admitir o seu erro sem acusar os outros envolvidos.
Caminhos errados

Ocultar o pecado : É o que temos feito desde a infância. Pv 28:13 - O que encobre
seus pecados nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia. Encobre de Deus? Não! De seus semelhantes. Isso produz transtornos
físicos e espirituais Sl 32:3 (Ex. Adão, Eva, Caim, Acã, Davi, Ananias e Safira)
(Adão não contou que tinha comido o fruto, ele escondeu. Por isso teve medo quando
viu que estava nu, mas Deus já sabia.)

Transferir a culpa : Achamos sempre um bode expiatório para colocar a culpa do
nosso mau procedimento. Alguém para por a culpa. (Ex. Adão e Eva). Culpamos os
outros pelos nossos erros e por fim culpamos a Deus : "a mulher que tu me deste..., a
serpente (que o senhor criou) ..."

Justificar o pecado : Por meio de grandes explicações sobre as circunstâncias, os
fatores que influíram, querendo por fim mostrar que o pecado foi inevitável, por causas
alheias a nossa vontade. Um claro exemplo é Saul . Ele disse: senti-me constrangido,
fui obrigado, forçado pelas circunstâncias. I Sm 13:8-13 I Sm 15.

Racionalizar o pecado : Freud , o pai da psicanálise disse que o sentimento de culpa
é causado pela religião. Muitos eliminaram a religião e seus conflitos aumentaram. (
Não considera o pecado como algo existente, mas sim causado pela religião que
restringe certas condutas ). Estas respostas não satisfazem o homem, pois no íntimo
ele sabe que é culpado. O sentimento de culpa está no coração do homem.

Toda culpa ou é perdoada ou é paga

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A psicologia moderna tenta tirar o sentimento de culpa do paciente, dizendo que o
culpado não é ele, mas as circunstâncias, o meio ambiente em que viveu e que o levaram
a ser ou fazer determinada ação. (mas isso não satisfaz)

Escapismo (tentar fugir do problema)

Encher-se de atividades para distrair. (boas obras)

Bebidas, drogas, sexo, etc.

Tranqüilizantes, calmantes

Autocondenação : Punir a si mesmo como uma forma de se sentir redimido das suas
culpas.

As pessoas com esse sentimento castigam as pessoas que mais amam, pois é
uma forma delas atingirem a si mesmas. Fazem isso inconscientemente.
A terapia de Deus é : Arrependimento Confissão Perdão

Quem oculta não tem disposição de deixar Sl 32:2;5 I Co 15:3 I Jo 1:9
Arrependimento

Mudança de atitude

Disposição verdadeira de não fazer mais aquilo.
Confissão

Confessar é o oposto de ocultar transferir, justificar.

Confessar é colocar na luz, dizer a verdade, assumir responsabilidade por nossos atos.
É dizer com contrição e arrependimento : “PEQUEI”.

É dizer com a boca o que fizemos
(Achamos que se as pessoas souberem nossos pecados vão nos rejeitar. Mas na maioria
das vezes elas já sabem)

A confissão deve ser feita a Deus , aos ofendidos e uns aos outros. Tg 5:14-16
Devemos ser específicos com Deus. Dar nomes aos pecados quando os confessamos.
Após a confissão

: Apropriar-se do perdão de Deus (Is 43:25 Mq 7:18-19). Não ficar
lembrando aquilo que Deus não lembra mais. Perdoar a si mesmo. (Deus lança nossos
pecados no fundo do mar e escreve : proibido pescar - lançou na conta de Jesus)
Perdão
O mundo espiritual é tão real quanto o natural, só que não podemos ver. Quando
perdoamos uma pessoa algo acontece no mundo espiritual, um verdadeiro milagre de
Deus.

Perdoar é liberar a pessoa da culpa mesmo havendo culpa. É atitude de humildade

Pedir perdão é reconhecer a sua culpa.
Ex.:

A mulher que perdoou o sobrinho que tinha usurpado sua herança.

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A mulher que perdoou seu estuprador.

Lc 17:1-10
Quem perdoa não faz nada mais que seu dever.
Quem pede perdão não faz nada mias que seu dever.

O remédio de Deus é amargo, mas é o único que cura.
Conclusão

Quatro passos práticos para se manter em Cura Interior

Não permitir a ilusão das emoções que nos enganam, pois o inimigo sabe disso.

Não desanimar se as tentações forem freqüentes

Abreviar o máximo o contato com aquilo que nos tenta. Não seja presunçoso. Não subestime a
carne.

Não se exige força sobre-humana para a vitória, essa força vem do Espírito Santo que habita
em nós e produz a força para fazer aquilo que não podemos fazer a sós. I Co 10:13 - O
diabo entra por uma porta com a tentação, imediatamente Deus entra por outra com o
livramento.
Três meios para Deus nos Curar:

Sua Palavra - A lei do Senhor é perfeita, restaura a alma. Sl 19:7 Sl 119:11 Sl 107:20

A Igreja

O Espírito Santo
Duas atitudes curadoras:

Contentamento => Louvor. I Tm 6:6-8

Uma vida de serviço.

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10 – PERDÃO e RESSENTIMENTOS
Pra. Rosângela
Perdão é, possivelmente, a mais difícil das virtudes a ser cultivada e a que mais pode
produzir felicidade, paz interior e liberdade. A palavra "PERDÃO" vem do grego,
APOLUÔ, que quer dizer libertar. Ver Lc. 6:37 - Col. 3:13
O perdão é a atitude que mais pode produzir felicidade, paz interior, liberdade e cura.
Muitas enfermidades do corpo vêm da alma. Alma curada, corpo sarado. Existem muitas
pessoas sendo torturadas no seu corpo e alma, por nãpo perdoar.
O perdão é a chave para a cura interior.
O perdão não é uma volta ao passado. Sempre que remoemos os acontecimentos
desfavoráveis em nossas vidas, acabamos alimentando ressentimentos e mágoas. Essas
emoções negativas só prejudicam nossa saúde física e mental.
Perdão é um ato de fé baseado na ordem de Deus. O perdão não é voluntário, é uma
obrigação do cristão. Ver II Cor. 2:10 e 11.
Uma jovem de 12 anos por diversas vezes foi violentada pelo seu pai. Cresceu e ficou
marcada por sentimentos de mágoa, ódio e ressentimento. Cresceu, casou e teve filhos,
porém, ficou 32 anos sem falar com seu pai. Convertida ao Senhor Jesus, começou a ter
problemas nos seus relacionamentos: familiar, conjugal, com amigos. O Espírito Santo
começou a lhe mostrar que a falta de perdão a seu pai havia contaminado o seu interior e
agora contaminava o seu relacionamento com as pessoas mais próximas.Quando seu pai,
à beira da morte num hospital, recebe e dá o perdão a sua filha, um fardo era tirado de
seus ombros. Duas semanas depois seu pai morre e ela vê que o perdão, capaz de
suavizar um peso de dor e amargura, carregado por 32 anos, é capaz de promover a cura
emocional e espiritual.
Mateus 18:21 a 35 nos mostra um diálogo de Pedro com o Senhor Jesus, que nos mostra
mais claramente o conceito do perdão. Aparentemente o apóstolo teve dificuldades em
perdoar alguém. Conversando com Jesus, Pedro pergunta: "Senhor, até quantas vezes
meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?".
Na visão de Pedro, ele estava sendo bastante benevolente, pois segundo os rabinos, era
costume dos judeus perdoarem apenas três vezes. Pedro dobrou o número e acrescentou
mais um. Jesus responde a esta pergunta imediatamente: "... não te digo que até sete
vezes, mas que setenta vezes sete". O que Jesus aborda não era um limite numérico, no
caso 490 vezes, mas que SEMPRE devemos ter disposição para perdoar.
Isto talvez tenha impactado os apóstolos, provocando alguns questionamentos e o Senhor
passa a lhes contar uma história sobre o credor incompassivo e nos versos 23 a 37, Jesus
está ensinando que a nossa capacidade em perdoar está baseada no perdão total que
nos foi oferecido por Deus em Cristo Jesus. Este conceito é reafirmado em outras duas
passagens bíblicas: Col. 3:13 e Efésios 4:32. / Ver João 20:23 / Oração do Pai Nosso.
Muitas vezes agimos como Pedro, conforme Mateus 18. Deus nos perdoou de todos os
nossos pecados, através do sacrifício de Jesus por nós na cruz e nós não perdoamos ao
nosso próximo.

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É absolutamente necessário termos um espírito de perdão, como Deus teve para
conosco, a fim de que nossos relacionamentos não sejam abalados e até rompidos. Ler
Lucas 17:3 a 5
O QUE NÃO É PERDÃO :

ESQUECER - há pessoas que realmente perdoam, mas não conseguem esquecer
mentalmente e, por isso, acham que realmente nunca perdoaram. A mente humana é
um verdadeiro computador, ela processa cerca de 800 recordações por segundo
durante 75 anos, sem falhar. Na verdade, nunca esquecemos nada. Achamos que
sim, mas na realidade aquilo que aconteceu conosco estará arquivado sempre em
nossas mentes.
Por isso é necessário fazer distinção entre o esquecimento emocional e mental. Lembrar
a ofensa de tal modo que ela continue a afetar o relacionamento emocional, não é
perdoar. Porém, lembrar a ofensa como um fato consumado, sem significância ou efeito
negativo em meu relacionamento, é perdoar.

SENTIMENTO - Não é sentimento, mas atitude. Deus nos dá uma ordem; "... perdoai-
vos mutuamente..." (Col. 3:13). Isto não é uma questão de sentimentos. Às vezes
somos manipulados por nossas emoções e sentimentos. Não sentimos vontade de
perdoar, o orgulho tenta impedir, mas a ordem de Deus deve ser obedecida. Às vezes
o período de restauração de sentimentos é longo. Deus é capaz de trabalhar no
coração de todos os envolvidos e, se temos disposição e humildade, Ele efetuará o
perdão e trará de volta aqueles sentimentos que anteriormente havia entre as
pessoas.
Deus quer ouvir orações mais ou menos assim: "Deus, o Senhor sabe que não posso
perdoar ______ por minha própria força, mas estou me colocando à sua disposição.
Perdoe ______ através de mim e traga em mim um sentimento de amor para com ele".
Mesmo que leve tempo para restauração da alma espere no Senhor. Ele, e unicamente
Ele, é capaz de realizar uma cura interior, por causa da obediência.

VOLTAR AO PASSADO - Sempre que voltamos a pensar no que aconteceu,
continuamos alimentando um ressentimento, uma amargura. Cada vez que jogamos
"na cara” da pessoa que nos tenha ofendido o ocorrido, estaremos reabrindo a ferida,
impossibilitando a cura.
Não elabore uma lista negra de ofensas que foram cometidas contra você e, na hora
certa, em situações estratégicas, lançar mão da referida lista, principalmente no seu
casamento. Isto só piora o relacionamento.
Trazer de volta o passado é uma forma destrutiva porque não há nada que se possa fazer
para mudar algo que já aconteceu, porque utiliza uma maneira negativa a energia
emocional necessária para o dia a dia. Veja os sentimentos de Davi, enquanto ele não
confessa a Deus seu pecado de adultério, recebendo do Senhor o perdão (Salmo 32:1 a
5). Porque torna extremamente difícil a pessoa realizar mudanças em sua vida (Se
alguém lhe ofendeu e pediu perdão e você não perdoou. Agora é você responsável por

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prejudicar o relacionamento). Porque não desligar do passado e prosseguir tentando fingir
que nada aconteceu é falta de maturidade e também falta de entendimento sobre o
perdão de Deus na sua vida. O Senhor não nos volta ao erro, não fala novamente sobre o
erro, mas se esquece.

EXIGIR MUDANÇAS POR PARTE DA OUTRA PESSOA ANTES DO NOSSO
PERDÃO - Você talvez tenha sido profundamente machucado, ferido e pensa: "Quero
ver mudanças na vida daquela pessoa que me ofendeu, antes de perdoá-la".
Existe o medo, o receio de sermos ofendidos novamente. No casamento isso é muito
comum. Você não quer passar por uma nova situação que o exponha e provoque novas
feridas. Mas, Jesus nos perdoou, mesmo sabendo que seria humilhado e ferido. Deus
quer que você perdoe, mesmo que não haja mudanças da parte da pessoa que lhe feriu.
Quando exigimos mudanças na vida de outra pessoa, nos colocamos no papel de juiz.
Você está julgando quem lhe ofendeu. Isto desenvolve uma raiz de amargura. Essa amargura é
destrutiva e contamina a sua alma e a de todo aquela com quem você se relacionar. Ler Hebreus
12: 14 e 15.
O QUE É PERDÃO:

ALGO MUITO DIFÍCIL - Uma das coisas mais difíceis na vida cristã, especialmente quando
fomos profundamente feridos. Mas é isso que Deus quer. Será que você já meditou, o quanto
foi difícil, para Deus perdoar a você e a mim? - O Seu Filho! O Seu Único Filho! Que alto preço!
Perdoar vai custar o seu orgulho. É não exigir os seus direitos. É não vingar. Na verdade, é deixar
a pessoa livre, nada devendo. É não querer que a pessoa pague pelo seu pecado.
A restauração que ocorre em função do reconhecimento do perdão de Jesus Cristo por parte da
pessoa ofendida e a disposição em se submeter à obra do Espírito Santo, a fim de perdoar o
ofensor. O ofendido passa a dar liberdade ao ofensor, favorecendo a reconstituição de um
relacionamento aberto entre ambos.

MANDAMENTO de DEUS : Ele quer que você perdoe - Cl. 3:13, Ef. 4:32, Mt. 18:21-35 Deus
não permitirá que isso lhe destrua, se você responder de forma positiva e obediente.
Restaurando seu potencial, seus dons, suas habilidades, sua vida.
O Senhor é capaz de usar algo tão triste do nosso passado para a glória d’Ele. Não sei como ou
quando, sei que Ele é capaz!
Se não perdoarmos as conseqüências poderão ser vistas nos seguintes textos bíblicos: Salmo 32:1
a 5 e Mateus 18:15-35.
O perdão é um processo, precisa de tempo. Ë um processo de mudança nos pensamentos, na
mente.
Muitas vezes achamos que se alguém perdoa, em nome de Jesus, fica imediatamente
liberto de temores, mágoas, ressentimentos e medos. Isso pode acontecer, mas não é a
regra.
O perdão é uma viagem feita com muitos passos. O perdão é uma escolha, uma opção.

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Ressentimentos

É uma indisposição em perdoar. Você normalmente não admite que está ressentido, mas
ao tocar no nome daquela pessoa ou situação, brota um sentimento ruim dentro de você.
Diz que não tem nada contra , mas não quer relacionamento com a pessoa envolvida.
Ex.: Se você der uma batida numa maçã ela fica escura e isso vai crescendo. Mas se
cortarmos o pedaço machucado, ele não se espalha.

Ressentimento produz amargura : Hb 12:15 amargura provoca :

Problemas nervosos

Insônia

Dor de cabeça

Esgotamento

Artrite

Pressão alta

Palpitações

Úlceras , etc.
Dois aspectos:

Involuntário (emocional) : não quero sentir mais sinto. Normalmente ocorre quando
nos magoamos com pessoas que amamos.

Voluntário : não quero perdoar.

É como um câncer : vai crescendo enquanto não é retirado.

Só faz mal para si mesmo. Pois às vezes o outro nem sabe.

Causa enfermidade física.
É o primeiro estágio, logo vem o ódio e em seguida a vingança.
Como se detecta: é um sentimento negativo, uma amargura que aflora cada vez que
vemos ou recordamos alguém que nos feriu. O ressentimento pode ser manifesto ou
oculto, as vezes não admitimos.
Como se produz: Alguém nos trata injustamente, nos agride, nos ofende, nos despreza,
nos insulta, nos envergonha, nos ignora, nos humilha, nos trata mal, não nos paga, nos
calunia, etc... Fomos feridos interiormente e essa ferida produz dor.
Filhos ressentidos com os pais ou esposas com maridos, por maus tratos, abandono,
egoísmo, desconsideração, etc.

O ressentimento nos coloca em igualdade com o ofensor.
Ex.: cabo de guerra - "...solar e soltar-se-vos-hão"
O ressentimento é uma brecha para os demônios, impede Deus de agir. Nos leva a fazer
aquilo que mais odiamos. Em uma pessoa molestada sexualmente por exemplo, o ódio

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abre uma brecha para um espírito de cobiça se alojar na pessoa, levando-a a fazer aquilo
que é a causa da sua mágoa.

O perdão é a única maneira de quebrar este domínio.
Como perdoar?

Quantas vezes deve-se perdoar Mt 18:21 (quantas vezes for preciso)

Parábola do credor incompassivo Mt 18:23-35

E quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai Mc11:25

Perdoar nossas ofensas assim como nós perdoamos nossos devedores Mt 6:12;14-
15

Se perdoardes aos homens suas ofensas , também o vosso pai celestial perdoará a
vós Mt 6:14.

Se porém não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso pai celestial
não perdoará as vossas. Cl 3:13
Devemos ter disposição para perdoar antes que pequem contra nós.
Nós não temos perdão em nós mesmos, mas o perdão de Deus que habita em nós nos
capacita a perdoar. (perdoar em nome de Jesus)

Quando Deus nos perdoa Ele lança nossos pecados nas profundezas do mar (e coloca uma placa: proibido
pescar)
Maneira de perdoar

Perdoar pela fé orando em nome e poder de Jesus, como um ato definido e concreto

Temos que perdoar e pedir perdão pelo ressentimento (que também é pecado)

Não esperar sentir alguma coisa, perdoar por fé.

Ser humilde, não lançar o erro na cara da pessoa, não tentar corrigi-la nesta hora.
Importante : Ao haver resolvido o aspecto voluntário perdoando em nome de Jesus, o
emocional (amargura) involuntário vai desaparecendo num curto espaço de tempo.
Todas as nossas palavras, ou dão subsídios para os demônios agirem ou para o Espírito
Santo agir.
Fortalezas (Complexos)

A expressão Fortalezas é a palavra bíblica equivalente a complexos e traumas II Co 10:4-
5
A linguagem bíblica é muito descritiva: Fortaleza é um castelo, um forte, que foi construído
pedra por pedra. Suas paredes largas altas e sólidas foram edificadas através dos anos.
Satanás edifica em nossas mentes fortalezas espirituais, que são construídas por suas
mesmas mentiras (mentiras reiteradas), ditas através dos anos em diferentes situações e
circunstâncias. Geralmente tem sua origem na infância.

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Ex.: “Ninguém me ama”. “Sou um inútil”. “Não tenho sorte na vida”. “Não sei fazer nada
certo”. Nos comparamos com os outros.
Existem vários tipos de complexos:

Inferioridade

Autopiedade

Rejeição

Timidez

Derrotismo, etc.
A mentira ou a verdade:
Satanás é o pai da mentira: “Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na
verdade, porque nele não há verdade. Quando profere a mentira, falado que lhe é
próprio, porque ele é mentiroso e pai da mentira”. Jo 8:44
A verdade de Deus nos liberta: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jo
8:32 “O ladrão vem para roubar matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância”. Jo 10:10
O objetivo de Satanás é a conquista de nossa mente. Sua estratégia consiste em colocar
em nossos pensamentos suas mentiras, sem que demos conta de que são mentiras, e
muito menos que provém dele.
O que pensamos acerca de nós mesmos, a vida, de Deus, dos outros, de nossas
circunstâncias pode ser mentira ou verdade.

Se o que pensamos é mentira, nos amarra e destrói. Mas se é verdade, nos liberta e
edifica.
William Backus e Marie Chapiam escreveram um excelente livro: “Diga-se a verdade”, do
qual quero transcrever alguns parágrafos :
“Uma vez que extirpamos a irracionalidade e mentiras de nosso pensamento e as
substituímos pela verdade, podemos ter vidas satisfatórias e ricas e emocionalmente
plenas”. (pág 16)
“As crenças errôneas são a causa direta da desordem emocional, das condutas
inadaptadas e da maioria das chamadas enfermidades mentais. São as causas daquelas
condutas destrutivas nas quais permanece uma pessoa, mesmo tendo plena consciência
de que são prejudicais (tais como comer demasiadamente, fumar, mentir, roubar,
embriagar-se, cometer adultério)”. (pág 17)
“Mas por favor creiam-me, as crenças errôneas que dizemos a nós mesmos vem do mais
profundo do inferno. São formuladas e despachadas pelo próprio diabo. Ele é muito sagaz
para difundir crenças errôneas. Não quer correr o risco de ser descoberto, de modo que
sempre faz parecer como verdade as mentiras que diz.” (pág 18)

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“O que é que faz com que nos sintamos como nos sentimos? O estado de sua bioquímica
pode afetar a maneira que se sente. Há formas de mudar este estado bioquímico como,
por exemplo, com medicamentos. Outra forma é começar uma boa alimentação e um bom
funcionamento do corpo. Também seus pensamentos podem afetar seu estado
bioquímico. Quer dizer : o que você está pensando neste momento pode realmente mudar
a composição química das células de seu cérebro e do resto do sistema nervoso central.
Você pode crer que as afirmações do seu monólogo interno podem realmente alterar a
sua conduta glandular, muscular e nervos?” (pág 26)
“Mude as crenças de um homem e mudará seus sentimentos e sua conduta. Para conseguir suas
metas, tanto neste livro quanto na vida, devemos descobrir, analisar, questionar e substituir
sistematicamente as crenças errôneas de nossa vida pela verdade” (pág 27)
Equação espiritual:

Circunstâncias difíceis + mentiras de Satanás = Depressão

Circunstâncias difíceis + verdade de Deus = Edificação
Opressões e amarras diabólicas

Deus proibiu alguns caminhos e quando o homem transita por eles, inevitavelmente dá lugar a
Satanás e por isso ele trabalha comodamente com o fim de roubar matar e destruir.
Algumas práticas proibidas por Deus em sua palavra são:

Bruxaria

Feitiçaria

Curandeirismo

Espiritismo

Magia

Hipnotismo

Encantamento

Adivinhação

Lançar agouros

Imoralidade desenfreada

Tudo isso abre portas para a atuação de demônios nos homens: perturbação, opressão, amarras.
Pedro assinala em Atos 10:38 que Jesus foi ungido com o Espírito Santo com poder para fazer o
bem e curar os oprimidos pelo diabo.
Em I Jo 3:8 diz: que Jesus veio para desfazer as obras do diabo. Portanto Jesus tem toda a unção
e autoridade para nos libertar totalmente da dominação satânica.

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11 – BÊNÇÃO, MALDIÇÃO e AMARRAS
DIABÓLICAS
Pra. Rosângela
Nós fazemos parte de uma árvore histórica de gerações. É bobagem pensar que apenas
somos produtos de nossas próprias decisões e vontades. (Ainda que isto nos isente de
nossas responsabilidades, em meio a todas as influências não temos o direito de nos
isentar de nossas culpas). Estamos inscritos num contexto de histórias de gerações.
Na Bíblia vemos que várias gerações existiram e contribuíram para a formação de um
grande homem.
Ex.: Davi, a paternidade de Jessé sobre Davi é registrada em toda Bíblia. Em Crônicas
2:3-15 vemos que:
“Jessé era filho de Obede, que era filho de Boás com Rute, portanto no sangue de Davi
estava a herança de um moabita de fibra e caráter tanto de Boás como de Rute”.
Herdamos e possuímos a herança genética de até 10 gerações. Creio que por isto, a
genealogia de Jesus foi tão completa. Os escribas registraram todos os nomes
positivamente para formar a herança genética de Jesus.
Nos cromossomos estão impressos as características às vezes dominantes, às vezes
recessivas de todos os nossos antepassados. Quando estes se encontram com os
cromossomos da mulher, se define as características encontradas. Porém na carga
genética ficam todos potenciais, todos estão impressos, e estas são as heranças
assimiladas. E é ai que reside as enfermidades genéticas. Uma pequena deformação dos
cromossomos é suficiente para transmitir toda herança de doenças geneticamente
transmitidas.
E por que existe aquela alteração de cromossomos ?

Pôr causa das maldições, dos pactos que nossos antepassados fizeram.
Ai entra todo princípio da árvore genealógica. Por isso é importante fazer a árvore
genealógica. Como foram os nossos antepassados, suas vidas, suas práticas, seus
vícios, etc. À partir daí discernir se existem maldições que entraram na família e através
da oração quebrar.
Temos que interceder, pedir perdão pelos pecados que aqueles antepassados fizeram e
quebrar pactos que fizeram.

O milagre da genética em nossas vidas está em nossa formação
Existe um espermatozóide entre cento e cinqüenta milhões que vai alcançar o óvulo e o
óvulo é um dentre quinhentos mil; nesta proporção somos um dentre milhões. Portanto
não nos culpemos ou nos sintamos descriminados, se Deus tinha milhões de opções
dentre os espermatozóides e os óvulos que Ele poderia ter usado. Ele utilizou aquele que

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possuía aqueles genes e o resultado saiu você, com toda essa carga genética que lhe foi
transmitida.
Temos que ver as positivas que precisam ser aproveitadas e as heranças negativas que
precisam ser quebradas.
Espíritos familiares

Êxodo 20:5 diz: “Visitarei a maldade dos pais nos filhos até terceira e quarta geração,
daqueles que me aborrecem”.
Existe uma transmissão de heranças espirituais das gerações passadas para nós; estas
heranças tanto podem ser uma bênção como uma maldição.
Deus disse que visitaria a maldade dos pais nos filhos: Como isso acontece ?
Deus tão somente entrega aquela família ou indivíduo a sofrer ações de espíritos que
induzam sua família (seus antepassados) a práticas pecaminosas, dessa forma as
heranças espirituais são transmitidas. (O provérbio se cumpre - Tal pai, tal filho).
Mesmo que os filhos tenham sido marcados pelos distúrbios dos comportamentos; era de
se esperar que não repetissem os mesmos erros, mas isto não acontece. São marcados e
moldados pelos espíritos que agiram em seus pais e mais cedo ou mais tarde irão
demonstrar as mesmas tendências, vícios e comportamentos.
Ver exemplos: suicídio, adultério, alcoolismo, temperamento violento, jogos de azar, etc.
A Bíblia na versão King James (versão inglesa): Levítico 19:31 e Levítico 20:6 dizem:
“Não voltareis para os que têm espíritos familiares para serdes contaminados por eles”.
“A alma que se voltar para espíritos familiares, eu me voltarei contra ela e a eliminarei do
meio do meu povo”.
Nas traduções em português usamos as palavras: necromantes, adivinhadores, feiticeiro.

Em inglês se usa o termo espíritos familiares

para demonstrar que estes espíritos de
adivinhação, necromancia, feitiçaria, passam de geração em geração.
Há um acompanhamento por parte desses demônios sobre as famílias, eles transmitem
os mesmos vícios, comportamento e atitudes.
Nas culturas orientais o elo familiar é mais forte, os filhos têm uma total assimilação do
comportamento dos pais, e mesmo na nossa civilização ocidental os elos de transmissão
são fortíssimos.
Esse texto da Bíblia, estabelece que a justiça e a iniquidade são pessoais e as
conseqüências delas, na vida das pessoas, também são.
As conseqüências do pecado e da justiça, ao nível do juízo de Deus é pessoal sim, mas a
nível te transmissão de vícios e comportamentos não. O distúrbio de comportamento de
uma pessoa, afeta toda relação que ela possui com os demais; Deus não imputa o

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pecado e o juízo no filho, por causa da iniquidade do pai, mas o filho sofre, em sua vida,
as conseqüências.

O futuro daquele filho será determinado por seus atos de justiça ou iniquidade; mas as
conseqüências das atitudes de seus pais, ele as sofrerá em sua vida. Sem dúvida, estes
fatores irão interferir em seu futuro. Contudo, o filho poderá quebrar aquela cadeia de
transmissão hereditária ou reforçá-la por sua própria conduta.
Bênção ou Maldição

Salmo 109:17-19 : “Visto que amou a maldição, ela lhe sobre venha; pois não desejou a
bênção, ela se afasta dele...”

Tanto a bênção como a maldição é uma força concreta.

Jacó abençoa seus filhos - Bênção Profética - Genêsis 49

A força de uma bênção - Jacó e Esaú - Genêsis 27.

Uma bênção proferida e o cumprimento dela. Josué amaldiçoa quem reerguesse
Jericó; Josué 6:26 profere, se cumpre em I Reis 16:34.
Vemos o poder que existe na verbalização das palavras. Aquilo que proferimos ou
abençoamos ou amaldiçoamos.

Nossas palavras são materiais que damos ou para o Espírito Santo agir ou para
espíritos malignos. Por isso a Bíblia condena os maldizentes. Com nossas
palavras ou edificamos ou destruímos.
As palavras constróem ou destroem

Tiago 3:6 “Vede que uma fagulha põe em brasas tão grande selva”.

As palavras têm poder de encorajar ou abater.

Despertam alegria ou tristezas e angústias.
Por causa de palavras não medidas, duras e desprovidas de misericórdia, lares são
destruídos, filhos abandonam os pais, amizades são rompidas. Provérbios 15:1 diz: A
palavra dura suscita a ira”.
Mateus 12:36-37 “Pelas tuas palavras serás justificado ou condenado”.

Nossas palavras podem alimentar ou anular a ação de Satanás.
Salmo 141:3: Davi temia falar irrefletidamente e diz : “Põe guarda, Senhor, à minha boca;
vigia a porta dos meus lábios”.
Provérbios 18:21 : “A morte e vida estão no poder da língua”.
Há pessoas que vivem amaldiçoando tudo:

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Amaldiçoam o salário;

Amaldiçoam o emprego;

A família:

Os pais;

Os filhos.
As palavras são sementes que caindo em solo propício, e achando condições favoráveis,
germinam, crescem, frutificam. São dois os seus frutos: Bênção ou maldição.
Tiago 3:10 diz : ”De uma só boca procede a bênção e a maldição”.

Maldição

é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem,
para causar dano à vida do amaldiçoado.
Na maioria das vezes não temos consciência de estar passando-lhe esta autorização; em geral
fazemos mediante prognósticos negativos, que é popularmente conhecido como “rogar pragas”. É
um dizer profético negativo sobre alguém.
De modo geral é no momento de ira ou descontrole emocional, ou em decorrência de um desejo
frustado, de alvo não alcançado, que proferimos maldições como:

Um dia você vai implorar a minha ajuda.

O que você fez comigo outros farão com você.
As pragas se cumprem:
Por desconhecer o poder das palavras muitos vivem amaldiçoando. Quando usamos os
lábios para amaldiçoar estamos chamando a nós o que existe no inferno.
As maldições trazem opressão e possessão demoníacas.

Opressão opera de fora para dentro.

A possessão de dentro para fora.
(Ex.: a expressão: O diabo que te carregue.)
Nossas palavras semeiam bênção e maldição:

Sobre nós mesmos.

Sobre os outros.
Quando criticamos, difamamos, murmuramos, abrimos brecha para o inimigo. Então ele
apresenta planos, projetos e idéias, que provocam situações favoráveis à sua atuação.
Conhecemos bem a história da figueira que Jesus amaldiçoou. Jesus estava com fome e
foi procurar fruto nela. E, não encontrando senão folhas, Jesus disse: “Nunca mais coma
alguém fruto de ti”. - Marcos 11:14. E no dia seguinte a figueira estava seca, dos brotos à
raiz.
Por que Jesus fez isso ?

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Para mostrar aos seus discípulos quão profundo pode ser o alcance da maldição.
Também para que soubessem o poder que pode ter as palavras, porque logo em seguida
ele acrescenta: verso 23 - “Se alguém disser”... Palavras podem secar uma figueira ou
transportar um monte. Portanto é muito temerário amaldiçoar.
Não amaldiçoemos a nós mesmos, com frases tais como:

Eu sou um idiota.

Eu não presto para nada.

Meu destino é sofrer.

Eu sou mesmo azarado.

Nasci para ser um fracasso.

Nunca vou vencer na vida, etc
Tudo isso é dito com uma dose de ira e desprezo por si mesmo. Afirmações desse tipo
têm o poder de tornar inútil a vida de qualquer pessoa.
“Amou a maldição: ela o apanhe; não quis a bênção, aparte-se dele”. Salmo 109:17.
Outros vivem se depreciando fisicamente. Consideram-se feias, não gostam do seu
cabelo, ou nariz, ou da boca; acham-se muito gordas ou muito magras, altas baixas. Não
estão satisfeitas consigo mesmas; não aceitam como são, e por isso vivem um verdadeiro
drama pessoal.
A parábola das dez minas o servo mau se condenou com suas próprias palavras; sua
boca determinou seu julgamento: “Pois tive medo de ti, que és homem rigoroso; tiras o
que não puseste e ceifas o que não semeaste. Respondeu-lhe: Servo mau, por tua boca
te condenarei”. Lucas 19:21-22
Pilatos durante o julgamento de Jesus, ao perceber que em nada conseguiria favorecê-lo,
lavou as mãos e disse: “Estou inocente deste Justo, fique o caso convosco. Todo povo
respondeu: Caia sobre nós o seu sangue, e sobre os nossos filhos”. Mateus 27: 24-25.
E foi o que aconteceu com os juDeus; guerras, derramamento de sangue, morte e exílio.

Não chamemos a maldição sobre nós.
Não amaldiçoemos os outros

Ex.: História da mulher que o marido estava ensinando a dirigir automóvel. O homem
estava paralítico por uma palavra que disse a sua esposa. “Você é burra. Muito burra. Não
aprenderá nunca; você não aprende nada”.
A esposa ficou silenciosa por alguns momentos, cabeça baixa, pensativa. Depois olhou
firmemente o marido e, descarregando toda sua mágoa e ira, sentenciou: “Posso ser o
que você disse, mas esta “burra” que não aprende nada, um dia haverá de ouvir você
implorando que o leve para o hospital dirigindo este carro; mas esta “burra” que não
aprende nada, não o fará. Mesmo que você grite, não aquele grito de estupidez, mas de
dor, e até chore, não o atenderei. E levantando o lençol mostrou as pernas paralisadas.

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Tudo o que ela falou se cumpriu. Ele estava com câncer, e tinha 30 dias de vida”. - Livro
Bênção e maldição - Jorge Linhares.
Há pessoas que tem um prazer mórbido de depreciar os outros por causa da aparência física.
Criticam a magreza, a obesidade, o modo de andar, o modo de falar, os cabelos, a calvície, tudo,
enfim.
Ex.: A história de Eliseu. Quando certos jovens começaram a zombar da sua calvície. Estavam
zombando de um profeta de Deus. E Eliseu os amaldiçoou. No mesmo instante duas Ursas saíram
do mato e mataram 42 daqueles rapazes.
Cidades amaldiçoadas.
Não amaldiçoemos as autoridades.
Êxodo 22:28; Eclesiastes 10:20 Não amaldiçoemos as autoridades espirituais.
Atos 23:5 Paulo se retratou quando soube que estava diante do sumo sacerdote.
I Timóteo 2: 1-4 A Bíblia nos ensina a abençoarmos as autoridades e orarmos por elas.

Não devemos amaldiçoar nossos filhos, mas abençoar.
Pais que chamam os filho de burros, maricas, malandrinho, safadinho, moleque, vá para o inferno,
vou te matar, diabinhos, anjinhos com rabinhos, etc.
Costume de pedir a bênção dos pais.

Abençoar no ventre, com imposição de mãos.

Abençoar quando saem. Quando vão brincar, trabalhar.

Casamentos que não tiveram as bênçãos dos pais
Nomes próprios e seus significados. Qual a sua influência?

Daniel = Deus é meu juiz.

Misael = quem é como Deus ?

Azarias = Deus é meu socorro.

Ananias = Deus é misericordioso.

Maria das Dores.

Mara = amargura.

Dolores = Dor.

Adriana = Deus das trevas.

Cláudio = coxo, aleijado.

Aparecida = sem origem.
Homens que Deus mudou seus nomes:

Jacó = enganador, trapaceiro. Israel = campeão ou vencedor. A nação de Israel não é filhos do
trapaceiro, mas filhos do vencedor.

Saulo = altivo, grande, soberbo. Paulo = pequeno.

Simão para Pedro = Petros = fragmento de rocha.

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12 – OS TEMPERAMENTOS
Pftsa. Vivian
Este tema tem sido bastante estudado nestes últimos dias. Nós, conselheiros, temos
buscado ferramentas que possam nos ajudar nesta tão difícil tarefa e o estudo sobre os
temperamentos tem trazido muitos benefícios para entendermos as pessoas, logicamente
sem esquecermos do nosso principal ajudante que é o Espírito Santo.
Vamos conhecer um pouco sobre a História dos Temperamentos, suas características e
como podemos subjugá-los ao controle total do Senhor.
A História dos Temperamentos

A teoria dos temperamentos que atualmente conhecemos, nasceu há muitos anos com
Hipócrates, muito antes do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa teoria
afirmava que cada um de nós está composto por 4 substâncias: fogo, ar, terra e água.
Com base nisso, no ano 180 d.C., o filósofo Galeno, que também era um cientista,
implantou a teoria dos quatro temperamentos.
Galeno, classificou em 4 os temperamentos, baseado nos 4 “humores” ou líquidos
internos, que fluem dentro de nós; cada temperamento era resultado do maior fluir de um
desses líquidos do corpo.

Muita bílis amarela: faz com que a pessoa seja colérica ou irritável.

Muita bílis negra ou melancole (como também se chamava): faz a pessoa
melancólica ou deprimida.

Excesso de sangue: faz a pessoa sanguínea ou eufórica.

Predomínio de fleumas: faz a pessoa fleumática ou calma.
Depois de algum tempo, os endocrinologistas (os especialistas que estudam as glândulas
endócrinas, os hormônios, que estão em nosso corpo), não aceitaram a teoria, porque
diziam que as glândulas endócrinas como, por exemplo: a tireóides, a sexual, etc., sempre
segregam hormônios que afetam de uma ou outra maneira nosso comportamento e que
não poderia dizer-se que era herdada.
Mas a teoria dos temperamentos seguiu sendo estudada por outros cientistas e não
morreu e ainda que não ouçamos muito sobre isso, não significa que não exista ou não
seja importante. Há psicólogos cristãos como Tim Lahaye, que fizeram investigações
muito profundas junto a outros psicólogos e graças às suas investigações, temos nas
mãos uma das ferramentas que o Espírito Santo nos permitiu ter, para conhecer ainda
melhor e compreender aos outros.

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Vamos primeiramente entender algumas coisas:

O CARÁTER

Não herdamos, é construído desde que nascemos, por meio dos relacionamentos
interpessoais. Caracteriza o verdadeiro “eu”, poderíamos dizer que é o temperamento
influenciado pela instrução, educação, crenças, princípios recebidos desde a infância,
principalmente na família.
Ambos, caráter e temperamento formam nossa Personalidade.
A PERSONALIDADE

Górdon Allport, define como: “a organização dinâmica dentro de nós, dos sistemas
psicofísicos que determinam nossa adaptação ao ambiente”.
Nosso corpo está organizado por diferentes sistemas que nos permitem realizar todas as
atividades que fazemos. Alguns desses sistemas são: sistema nervoso, sistema
circulatório, sistema digestivo, sistema muscular, sistema ósseo, sistema reprodutivo, etc.
é uma organização que está em constante movimento por isso se chama dinâmica. Mas
também temos nossa alma e nela se encontram nossos sentimentos, vontade e emoções.
Ambos, alma e corpo permite-nos adaptar-nos a mudanças do nosso ambiente, por
exemplo, adaptação a um novo trabalho, uma cidade mais fria ou mais quente, a outra
casa, outro colégio à perda de um familiar, etc.
A personalidade está ligada ao que nos diferencia uns dos outros, como as pessoas nos
vêem. O que determina a individualidade de uma pessoa moral, o que a distingue da
outra.
O TEMPERAMENTO

O temperamento é uma combinação de características que herdamos de nossos pais,
avós, etc.
O Temperamento influencia tudo o que fazemos. Desde os hábitos de dormir, até a
maneira de comer e a forma que tratamos as outras pessoas (família, trabalho, escola).
É por isso, que é importante que conheçamos nosso temperamento e que possamos
analisar o temperamento de outras pessoas, não para condená-las, mas para conhecê-las
e entendê-las. Conhecendo, podemos dirigir conscientemente para uma melhor maneira
de viver conosco mesmos e com os outros. De outra forma, nosso temperamento nos
controlará de maneira subconsciente (sem percebermos).
É o temperamento de uma pessoa que a faz aberta extrovertida ou tímida e introvertida. É
o temperamento que faz com que uma pessoa seja interessada por arte e música, e outra
que goste de esportes ou engenharia.
A principal vantagem de aprender sobre os 4 temperamentos básicos, é para descobrir
nossas fortalezas e debilidades. Assim, com a ajuda de Deus, podemos vencer em áreas
débeis e nos aprimorarmos nas áreas fortes.

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TEMPERAMENTOS MODIFICADOS PELO ESPÍRI TO SANTO

Quando o Espírito Santo de Deus vem morar em nós, começa a tarefa da mudança de
nosso temperamento. Na verdade deve ser esperada esta mudança. O “nascer de novo”,
é uma experiência sobrenatural e, como tal, deve ter, necessariamente um efeito também
sobrenatural sobre as pessoas.
O grau de mudança do temperamento de uma pessoa está ligado diretamente com o grau
de relacionamento com o Espírito Santo, e isso fará com que a natureza de um indivíduo
tenha novos rasgos e características.
Vamos examinar cada um dos temperamentos para poder saber de que maneira o
Espírito Santo dará força necessária para lutar contra cada uma das debilidades que nos
são próprias. Essa mudança acontecerá de forma gradual.
Colérico

O colérico cheio do Espírito Santo se tornará, invariavelmente, um dinâmico e eficaz líder
cristão. Sua vigorosa força de vontade, dirigida pelo Espírito Santo, o tornará
notoriamente produtivo. Fará tudo o que estiver ao seu alcance para executar da melhor
maneira a obra do Senhor.
Entre as primeiras mudanças que se observam no Colérico cheio do Espírito Santo, é o
amor para com os outros. Começa a olhar as pessoas como indivíduos por quem o
Senhor Jesus morreu e vê as coisas com genuína compaixão.
O Colérico cheio do Espírito Santo experimentará uma tremenda e completa paz. Será
mais fácil confiar na sabedoria de Deus que atuar precipitadamente baseado em sua
própria intuição. À mediada que a paz de Deus, sujeita a ira que é natural a ele,
descobrirá maior felicidade. No lugar de irritar-se e esbravejar por alguma injustiça,
aprende a “lançar toda ansiedade” nos braços do Senhor. Em poucas palavras, começa a
valorizar a busca constante do enchimento com o Espírito Santo.
O mundo está cheiro de necessitados, de modo que al “senhor colérico”, nunca faltarão
coisas para fazer nem pessoas para ajudar. No lugar de perder seu tempo em tarefas que
satisfaçam seu impetuoso desejo por atividade, será dirigido pelo Espírito Santo para
conhecer mais ao Senhor e fazer com que outros entendam que a maior necessidade do
homem é um encontro pessoal com Cristo. Sua generosidade, paciência e habilidade o
farão ganhar muitas almas.
O Colérico cheio do Espírito Santo desfrutará de muitas bênçãos que nunca acontecerão
ao Colérico natural. Entre elas amor e companheirismo. O Colérico natural tem poucos
amigos. As pessoas o respeitam, também o admiram, mas poucos o amam, pois, na
verdade, o temem. Com o enchimento do Espírito Santo poderá fazer amigos sobre bases
genuínas e duráveis, pois não irá desejar ter companhia apenas para ser o chefe e
comandar.
Vamos entender:
Poderoso Colérico – lema: façamos à minha maneira
Desejo: Ter o controle

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Necessidades emocionais: sentido de obediência; apreciar o que conseguiu; receber
créditos pela habilidade.
Pontos fortes: Habilidade de estar responsável por qualquer coisa rapidamente; ter
decisões rápidas e corretas; autodeterminação; otimismo; corajoso e valente; não se
detém com a oposição; propõe metas e as alcança.
Pontos fracos: Muito mandão; dominante; insensível; não está disposto a delegar nem
dar créditos a outros; violento; frio e pouco simpático; muito seguro de si mesmo;
impaciente com detalhes; força os outros a se acomodar aos seus planos.
Deprime-se quando: A vida está fora de controle e as pessoas não fazem as coisas de
sua maneira.
Tem medo de: Perder o controle de alguma coisa como emprego; não ser promovido;
ficar gravemente doente; ter um filho rebelde ou um cônjuge que não lhe apóie.
Gosta das pessoas que: Apóiam e são submissas; vêem as coisas desde seu ponto de
vista; cooperam rapidamente e deixam que ele mesmo leve os créditos.
Não gostam de: Dos preguiçosos e que não estão dispostos a trabalhar constantemente;
quem se opõe à sua autoridade; daqueles que são independentes e não são leais.
É valioso ao trabalhar: Porque pode conseguir mais coisas em pouco tempo, pois tem
facilidade para tomar decisões mais rápidas e geralmente faz as coisas bem feitas, mas,
nos relacionamentos pode sair atropelando as pessoas e pode causar problemas.
Poderia melhorar se: Permitisse que os outros tomassem decisões; delegasse
autoridade; fosse paciente; não esperasse que todos tivéssemos a mesma produtividade;
aprendesse a depender mais de Deus.
Como líder: Tem um sentido natural de estar no comando; um sentido rápido do que
pode dar resultados; uma sincera crença em sua habilidade de conseguir o que quer, mas
tem a tendência de cansar as pessoas que são menos atrevidas.
Geralmente se casa com: Passivos que obedecem calmamente e que não desafiam sua
autoridade.
Reação ao stress: Reafirma seu controle; trabalha mais; exercita mais; isola-se;
principalmente se afasta de compromissos sociais.
É reconhecido por: Aproximar-se rápido; por tomar rapidamente o controle; confiança em
si mesmo; sua atitude inquieta se sobrepõe.
Melancólico

Ninguém como o melancólico para escutar, com ouvido realista ao clamor de uma
humanidade perdida. E quando está cheio do Espírito Santo, não somente escutará mas
também se colocará à disposição de Deus para fazer algo a respeito.

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Seu perfeccionismo analítico o torna adequado para ocupar-se dos detalhes tão
necessários de toda obra que geralmente os seus “queridos irmãos extrovertidos” se
descuidam. Quando está cheio do Espírito, não permite que q irritação que provoca a
odiosa negligência dos outros o neutralize, e opta por servir ao Senhor silenciosamente,
sentindo “sumo gozo” ser parte da expansão do Reino de Deus.
Muitos cristãos lembrarão do fiel melancólico cheio do Espírito que, de forma tenaz, os
perseguiu quando os outros o abandonaram. Em base à sua inesgotável capacidade de
amar, contagia os outros a amar também e os leva aos pés do Salvador, ainda que dentro
desse processo, tenha que sofrer também.
Não é descuidado no que faz e sempre está disposto a servir a Deus e observar as
necessidades dos demais.
Quando o Espírito Santo consegue finalmente convencer o melancólico de que o que
Deus quer é sua disponibilidade e não sua perfeição, está pronto para ser usado.
Quando esta mansidão enche sua vida, aprende a desfrutar os relacionamentos com
outros apesar de suas debilidades e não sente a tentação de criticá-los sabendo que se
fizer isso, se entristecerá em sua consciência, pois é muito sensível.
O melancólico cheio do Espírito se conforma em deixar os resultados nas mãos de Deus,
mesmo tentando fazer o melhor principalmente na área da música, artes ou qualquer
outra disciplina. O Melancólico dominado pela carne, nunca estará satisfeito.
Vamos entender:
O Perfeccionista Melancólico – lema: Façamos da maneira correta
Desejo: Fazer tudo bem e perfeito.
Necessidades emocionais: Sentido de estabilidade; espaço; silêncio; criatividade e
apoio.
Pontos fortes: Habilidade para organizar; fixar metas em longo prazo; ter normas e idéias
elevadas; analisa profundamente; muita criatividade e sensibilidade.
Pontos fracos: Deprime-se facilmente; muito tempo para preparar as coisas; concentra-
se muito em detalhes; lembra de coisas negativas; suspeita dos demais; é pessimista e
autocompassivo; tem uma imagem pobre de si mesmo; coloca metas muito altas e
quando não consegue realizar, se deprime; mantém um ressentimento por muito tempo;
preocupa-se com que os outros pensam dele; gosta de sofrer e comportar-se como mártir.
Deprime-se quando: A vida está em desordem; não são cumpridas as regras; parece
que ninguém se importa com ele. Parece que ninguém pode chegar às alturas de seus
ideais.
Tem medo de: Que ninguém o entenda com se sente; de errar; de ter que comprometer
suas próprias normas.

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Gosta das pessoas que: São sérias, intelectuais, profundas e podem sustentar uma
conversa sensível, mas faz amigos com cautela e exige perfeição julgando tudo por suas
próprias normas.
Não gosta das pessoas que: São superficiais; esquecidas; que chegam tarde;
desorganizadas; que enganam e são imprevisíveis.
É valioso ao trabalhar: Porque percebe os detalhes; gosta muito de analisar; não deixa o
trabalho; faz apresentações bem organizadas e é compassivo com os que sofrem.
Poderia melhorar se: Não levasse a vida tão seriamente e insistisse que os outros
também sejam perfeitos como ele.
Como líder: Organiza tudo muito bem; é sensível às necessidades dos outros; tem
profunda criatividade e exige uma ação rápida.
Geralmente se casa com: Os populares por suas personalidades e suas habilidades
sociais, mas também rapidamente tentam fazê-los calar-se e que se sujeitem a horários e
se deprimem quando estes não o correspondem.
Reação ao stress: Retrai-se; perde-se em um livro; deprime-se; dá-se por vencido;
começa a recordar e falar de seus problemas; volta a estudar.
É reconhecido por: Sua natureza séria e sensível; por sua atitude correta; desaprova
comentários; são meticulosos e bem vestidos (com exceção dos intelectuais, hippies,
músicos e poetas, quem geralmente sente que dar atenção à vestimenta é mundano e os
distrai de suas forças); é fiel companheiro e um amigo leal.
SANGÜÍNEO

O sangüíneo será sempre extrovertido, mesmo depois de ser cheio do poder do Espírito
Santo. Também será uma pessoa cheia de energia, festiva e compassiva.
O caráter débil do sangüíneo é provavelmente o seu maior problema. Quando está cheio
do Espírito, seu caráter se fortalecerá e evitará sua atitude de “seguir a corrente” ou optar
pela menor resistência.
Será mais organizado em sua vida pessoal, gradualmente e fará coisas de tal maneira
que possa ser confiável. Diante de determinadas oportunidades, aprenderá a dizer “não”
preferindo fazer bem o que tem nas mãos.
Sendo dinâmico, será desafiado num novo propósito em sua vida, para ser utilizado por
Deus. Depois de provar o gozo de saber que o Espírito o está usando para levar outros ao
Senhor, sua antiga maneira de viver parecerá desprovida de todo significado. Buscará a
direção de Deus para fazer as coisas ou falar algo, pois sendo muito impulsivo, tem a
tendência de se antecipar e não mede as conseqüências do seu ato.
Também será controlado em seus momentos de explosão parecendo um “vulcão em
erupção”, pois tudo para ele acontece muito rápido e depois precisa pedir desculpas pelo
que fez ou falou.

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Vamos entender:
Popular sangüíneo – lema: Vamos fazer de maneira divertida
Desejo: Divertir-se.
Necessidades emocionais: Atenção; afeto; aprovação; aceitação, pois depende da
aprovação dos outros e busca méritos; quer ser notado.
Pontos fortes: Pode falar de qualquer coisa em qualquer momento e em qualquer lugar
com ou sem informação – tem uma atitude alegre, otimista, sentido de humor; habilidade
para contar histórias; gosta de estar com as pessoas e é acolhedor; não tem dificuldade
de pedir desculpas; compartilha as tristezas e dores dos outros.
Pontos fracos: Desorganizado; não lembra de detalhes e nomes; exagera; não é sério
com respeito às coisas; deixa que as pessoas façam o trabalho; é muito ingênuo e tem
muita autoconfiança; fala muito de si mesmo; quer dominar as conversas; apega-se às
pessoas, mas logo as esquece; procura desculpas para suas negligências; esquece-se de
promessas e compromissos; não tem força de vontade e suas convicções são débeis;
pode ser infantil e imprevisível.
Deprime-se quando: A vida não é divertida e quando crê que ninguém o ama.
Tem medo de: Não ser popular ou chato; viver preso a horários; prestar contas.
Gosta das pessoas que: Escutam e riem ; que os louve e aprove.
Não gosta dos: que criticam; os que não correspondem seu bom humor.
É valioso ao trabalhar: Com criatividade e cores; é otimista; contato rápido para animar
os outros e divertir.
Poderia melhorar se: Se organizasse; não falasse tanto e aprendesse a ser pontual.
Como líder: Emociona, persuade e inspira a outros; irradia encanto e entretenimento,
mas é esquecido e nada bom para seguir uma conversação.
Geralmente se casa com: Um perfeccionista que é sensível e sério; mas os populares
rapidamente se cansam de ter que animá-los todo o tempo e isso os faz sentir-se
inadequados ou estúpidos.
Reação ao stress: Se afastar; fazer compras; comer mais; procurar um grupo divertido;
dar desculpas; negam a realidade; culpa os outros.
É reconhecido por: Falar constantemente; estridente; olhos brilhantes; movimenta muito
às mãos; roupa colorida; personalidade magnética; habilidade por contar histórias.

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Fleumático

A mudança do fleumático é pequena quando está cheio do Espírito Santo. Isso se deve a
que por natureza é calmo, tranqüilo, pacifico, alegre, o que é basicamente o que seria
agradável esperar de um cristão.
O ajudaria também a superar as debilidades tais como a excessiva reserva, teimosia,
medo indiferença e sua falta de motivação. Tem a capacidade em potencial de ser um
excelente líder e o Espírito Santo pode capacitá-lo para que este potencial se transforme
em ação.
Á medida que seu coração se encha até transbordar de um genuíno amor pelos outros,
sairá de sua capa de autoproteção e se dará vigorosamente ao serviço do Senhor.
Também à medida que cresça seu amor pelo Senhor, se esquecerá de si mesmo e
aceitará, por amor a Jesus, tarefas que antes desprezava.
O dom da fé, na vida de um fleumático cheio do Espírito Santo, anulará a um dos seus
piores problemas: o medo. A maioria dos fleumáticos é excessivamente tímida e medrosa.
O medo é um cruel capataz. Através da confiança e fé, dadas pelo Espírito em sua vida,
perderá gradualmente muitas de suas naturais e adquiridas inibições. É muito comum
ouvi-lo dizer: “nunca consegui falar em público”. Mas cheio do Espírito, fará cada vez mais
com facilidade. E quando finalmente fala em público, fará excelentemente, pois se prepara
profundamente e revela seus pensamentos que são geralmente bem organizados.
Mesmo que jamais se torne extrovertido, ensinará de tal maneira que seus argumentos
chegarão ao ouvinte de maneira muito forte.
Quando está cheio do Espírito, o fleumático gradualmente adquire o pleno convencimento
que “tudo pode em Cristo que o fortalece”. Este conceito abre o caminho para servir ao
Senhor e como é tão diferente e responsável, é aberto a ele não somente um caminho,
mas um mundo de oportunidades.
O que acontece é que o Espírito Santo o capacita com uma força para cada uma das
debilidades. Deus não nos quer ver dominados por nossas debilidades e defeitos. Essa é
uma das razões pelas quais Ele enviou o Espírito Santo.
Vamos entender:
Passivos fleumáticos – lema: Vamos fazer da maneira mais fácil
Desejo: Não ter conflitos; manter a paz.
Necessidades emocionais: Sentido de respeito; sentimento de valor; compreensão;
apoio emocional.
Pontos fortes: É equilibrado; disposto; personalidade agradável; fácil de se conviver.
Pontos fracos: Falta de decisão; entusiasmo e energia; a oposição o detém; não tem
confiança em si mesmo; preocupa-se e se aflige com facilidade; é pessimista e temeroso;
passivo; indiferente e se acomoda às circunstâncias; resiste a mudanças.

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Deprime-se quando: A vida está cheia de conflitos; tem que encarar uma confrontação
pessoal; ninguém quer ajudar.
Tem medo de: Ter que resolver um problema pessoal grande; “ficar com a batata
quente”; resolver grandes problemas.
Não gosta dos que: o pressionam muito; dos que são muito escandalosos e esperam
muito dele.
É valioso ao trabalhar: porque coopera e exerce uma influência tranqüila; mantém a paz;
é mediador entre os “mais alterados”; resolve problemas com objetividade; planeja seu
trabalho antes de começar.
Poderia melhorar se: Traçar metas e se automotivasse; estivesse disposto ser mais
rápido e enfrentasse seus próprios problemas da mesma maneira como trabalha com os
problemas dos outros; muitas vezes não fosse um mero expectador; não aceitasse tão
facilmente ser liderado.
Como líder é: Tranqüilo; calmo; não toma decisões impulsivas; é agradável e inofensivo;
não causa problemas; mas não tem idéias brilhantes freqüentemente.
Geralmente se casa com: Os mais fortes e respeitam sua fortaleza e o fato de serem
decididos, mas, com o tempo, se cansa de estar sempre sendo empurrado e
menosprezado.
Reação ao stress: Esconde-se de si mesmo; assiste televisão; come; desliga-se da vida;
dorme.
É reconhecido por: sua aproximação calma e agradável; sua postura relaxada e também
porque participa e aprende quando há possibilidade.
No geral:

Precisamos entender que nenhum de nós é 100% de um só temperamento. Isso
nos torna singularmente diferentes.

Podemos chamar de primário aquele que se destaca mais e secundário o vem
depois.

A não ser que seu temperamento primário seja extremamente forte, o
secundário exercerá uma influência significativa sobre seu comportamento.

Poderá compensar algumas debilidades de seu temperamento primário ou,
intensificá-los.
A maioria das pessoas quando reconhecem suas debilidades gostariam de ter outro
temperamento. Mas não importa qual seja nosso temperamento, porque Deus pode
mudar e fazer com que nossas vidas sejam úteis para o serviço do Senhor.

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13 – COMPLEXO DE INFERIORIDADE E AUTO-
ESTIMA
Pftsa. Vivian
Como conselheiros, teremos, cedo ou tarde que tratar com pessoas que vivem o
problema do complexo de inferioridade e auto-estima.
Sentimentos que podem ter nascido por diversas situações, levam a pessoa a crer, de
forma equivocada, sobre quem realmente é e o que pode fazer.
Primeiro vamos entender alguns conceitos:
Auto-imagem ou auto-conceito – A idéia que faço de mim mesmo, sentimento que
tenho a meu respeito. Pode ser positiva ou negativa.
Auto-aceitação - Atitude de estar contente/satisfeito com minha vida e minha identidade,
não precisando provar ou demonstrar nada para merecer o amor de Deus e dos outros.
Identidade – É o que realmente somos em todo e qualquer lugar e sem importar com
quem estamos.
Todo ser humano precisa entender seu valor, competência e significado.
Algumas perguntas poderiam ser feitas:
Como eu me vejo?
Como as pessoas me vêem?
Como eu gostaria de ser?
Como Deus me vê?
O que a Bíblia diz a meu respeito?
Conceitos errados:
“Tenho que ser o que as pessoas querem que eu seja para poder ser aceito”
“Não me importo nem um pouco com o que pensam de mim. A vida é minha e faço dela o
que eu quero”
Me sinto infeliz mas, deixa pra lá, afinal ninguém consegue realizar-se totalmente”.
Por fatores internos e externos, podemos ter dificuldades para enxergar quem realmente
somos, mas a Palavra de Deus, a Bíblia nos dá claramente a visão de Deus a nosso
respeito.
Ela considera que somos pecadores, mas através de Jesus, obtivemos uma nova
identidade: a de filhos:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, os que crêem no seu nome, os quais não nasceram,

nem da vontade da carne,
nem da vontade do homem, mas da vontade de

Deus” João 1:12, 13.

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Feitos à imagem e semelhança de Deus

Entramos em um relacionamento com Deus por sermos portadores de sua imagem:
“Então disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...
Assim, Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os
criou” Gênesis 1:28.
Mas, através do pecado, fomos afastados de sua presença e isso prejudicou nossa
imagem - “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Romanos 2:23.
Poderíamos definir:
A imagem de Deus consiste nas qualidades permanentes da personalidade que tanto
Deus quanto as pessoas têm em comum, qualidades que definem o que significa ser uma
pessoa, em vez de uma não-pessoa.
Deus e o homem são pessoas, cada qual possuindo características e qualidades, que se
combinam para construir uma pessoa. Animais, árvores e pedras não são pessoas, mas
os seres humanos são pessoas, como Deus. Larry Crabb
Quais seriam as características similares entre Deus e os homens:
Anseios profundos: A Palavra nos ensina que Deus anseia profundamente ter
comunhão com o homem – Oséias 11:8. Por sua vez, o homem também anseia estar com
o Senhor – Salmo 42:1.
Pensamento avaliador: Tanto Deus como o homem pensam.
Escolha ativa: Deus faz tudo conforme seus propósitos – Efésios 1:9-11. O homem
também é responsável e capaz de estabelecer um rumo e segui-lo –
Filipenses 2:12, 13
Experiência emocional: Jesus sentiu tristeza, ficou bravo e fica feliz quando fazemos
sua vontade – João 11:33-36; João 2:14-17; Hebreus 13:21.
O homem também experimenta emoções de alegria, tristeza, ira... etc.
Podemos entender que nossa imagem foi distorcida por causa do pecado. Este, por sua
vez traz: conflito interpessoal, auto-justificação, nos leva a culpar outros por nossos erros,
produz problemas psicossomáticos, agressão verbal e física, tensão e falta de respeito
por Deus, degenera o homem e o torna suscetível aos ataques e mentiras do inimigo.
Mesmo assim, Deus odeia o pecado mas ama o pecador e o valoriza, através da morte
de Jesus podemos voltar a relacionar-nos com Ele.
Precisamos entender que não é pecado amar-nos a nós mesmos. Muitas pessoas crêem
que se elas se amam e se valorizam estão agindo com orgulho e superioridade mas, nós
precisamos ver-nos como criaturas dignas, valorizadas e amadas por Deus, membros do
corpo de Cristo e portadores da imagem de Deus.
Através de Jesus, nos tornamos filhos pela fé e não há diferença entre raça, cor tamanho,
idade, sexo, profissão...etc, pois para Ele somos iguais. Gálatas 3:26-28

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Causas da Inferioridade e baixo auto-estima

Já falamos sobre o pecado e sobre pensamentos errados quanto ao amor próprio mas
podemos destacar também:
Fortalezas na mente

- crer e aceitar pensamentos como: “ninguém me ama”, “não sou
importante para ninguém”, “não sirvo para nada”. Talvez sejam conseqüências de
palavras lançadas e que foram crescendo e se fortalecendo, também de fracassos e
críticas. Portanto, só a Palavra de Deus, que é água que limpa, pode livrar alguém desses
pensamentos.
Relacionamento familiar

- A criança desde pequena recebe influências que podem
formar seu caráter, sua forma de ser e agir. Aí então, vemos que muitos desde pequenos
foram humilhados, criticados, rejeitados, exigidos além de sua possibilidade, tratados com
palavras de derrota, não receberam carinho físico, não foram encorajados e elogiados ou
foram super protegidos e dominados.
Mesmos os adultos, quando ferem uns aos outros com agressões físicas, palavras de
maldição e desvalorizam o que se faz, também geram sentimentos negativos.
Expectativas pouco realistas

– Quando fracassamos em alguma coisa que
sonhávamos ser ou fazer, pode gerar um sentimento de inferioridade. Muitas vezes
estamos muito preocupados com as expectativas dos outros com relação a nós e
aceitamos as pressões da sociedade em ser da maneira como é passado na media.
Quais são as atitudes mais comuns em pessoas que apresentam problemas de
inferioridade e baixo auto-estima:

Geralmente são: negativas, retraídas, dependentes, sentem-se impotentes, baixa auto-
confiança, críticas, ciumentas, sofrem de auto-rejeição, depressão, lutam por superar e
controlar os outros, não aceitam expressões de amor, inseguras, etc...
Como podemos detectar esse problema dentro do aconselhamento:
1. Fazendo testes como – Temperamentos, questionário de auto-investigação, etc...
2. Avaliando a ficha que chamamos “questionário” onde a pessoa preenche e fala
abertamente sobre seus problemas.
Outras atitudes que devemos considerar e tratar:

Ciúmes – possessão: o medo de perder a(s) pessoa(s) amada(s) por sentir-se
inferior

Atitude contrária – aquela pessoa que tenta mostrar que é superior e melhor do
que os outros para esconder seu sentimento de inferioridade.

Falta de valor próprio – alguém que não se valoriza e se menospreza.

Coloca muitos limites e obstáculos.

É medrosa e não enfrenta desafios.

Tem dificuldade de dar e receber amor, verbalmente ou fisicamente.

Auto-rejeição

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Retração – se esconde

Depressiva

Muita sensibilidade – não se pode falar nada sem ofendê-la.

Precisa sempre ouvir elogios para sentir-se aprovada, ou trata de elogiar-se para
que os outros ponham atenção a ela – Provérbios 27:2
Na verdade, a baixa auto-estima acaba refletindo de uma certa maneira o egocentrismo.
Como ministrar alguém com problemas de baixa auto-estima e complexo de
inferioridade

1. Exercendo amor – como em tudo o que fazemos, principalmente tratando-se de
pessoas, precisamos amar e demonstrar a essa pessoa o quanto pode ser amada e
querida, tudo em equilíbrio para que ela mesma possa reconhecer seu valor.
2. Sendo pacientes – Nestes casos, a paciência é um ingrediente fundamental para o
tratamento, pois, é necessário ensiná-la a enxergar quem realmente ela é e pode ser
em Deus.
3. Fazendo-a reconhecer que tem esse problema – muitas pessoas, primeiro precisam
reconhecer sua realidade e enfrentá-la para serem curadas.
4. Ensinando através da Palavra – Fazendo-a enxergar as verdades bíblicas a respeito
do amor de Deus pelo homem, sua graça e perdão e o valor que Ele o atribui através
da morte de Jesus na Cruz do Calvário. Ajudá-la a avaliar o que pode causar seus
problemas, o que é real e o que não é e também dando-lhe ferramentas para
reconhecer seus valores e caminhar em direção a uma nova vida.
5. Avaliar quais “as portas” foram e estão abertas na vida dessa pessoa, onde houve a
possibilidade da ação demoníaca que prende, amarra e paralisa, na área emocional.
Exemplos: ressentimento, falta de perdão, amargura, ira, medo, etc...
O papel da igreja para a cura

Creio firmemente que a igreja tem um papel fundamental para a restauração, cura e
libertação de pessoas que apresentam esse problema.
A Palavra de Deus diz em Isaías 14: 32 – “Que resposta se dará aos emissários daquela
nação? Esta: O Senhor estabeleceu Sião, e nela encontrarão refúgio os aflitos do seu povo”.
Devemos incentivar ministrações especiais sobre esse tema, desenvolver um amor
sincero, sem julgamentos, e também prover palestras para a família, pois é aí justamente
onde, na maioria das vezes, se desenvolvem às vezes até de uma forma inconsciente, os
problemas do complexo de inferioridade e baixa auto-estima.

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14 – EFICÁCIA DO CONSELHEIRO/CRISES
Pr. Mauro
Como conselheiros devemos entender a amplitude do trabalho, visando sempre a
restauração das vidas, com a ajuda do Espírito Santo, na condução e desenvolvimento
dos trabalhos. Esteja atento aos seguintes fatores:

Visitar (algo mais amplo) X Aconselhar (foco)

Precipitação (acelerando o processo) X Cautela

Desrespeito (rotulando as pessoas) X Compreensão do Aconselhado

Preconceito (confrontando sem amor) X Imparcialidade (entendendo)

Dar ordens em vez de explicar

Envolvimento Emocional (perdendo o objetivo) X Objetividade

Impaciente (ansiedade) X Realista

Artificial (mostrando perfeição, sem erros) X Autêntico

Só Defensivo (quando se sente ameaçado) X Demonstrando Empatia
Lembre-se sempre do nosso Conselheiro dos Conselheiros JESUS – Isaías 9:6
Crises

Vários personagens bíblicos enfrentaram crises: Adão, Abraão, José, Moisés, David, etc.
As crises podem moldar o caráter pessoal, se refletindo em crescimento.
Elas podem ser:
1. Acidentais ou Circunstanciais: ameaça repentina, abalo violento, perda
inesperada. Por exemplo: a morte de um ente querido, uma doença grave
descoberta, o estupro, a gravidez fora do casamento, uma guerra, a perda do
emprego. Exemplo: Jó.
2. Crescimento: no curso do desenvolvimento normal de um ser humano. Por
exemplo: o primeiro dia na escola, o ajuste inicial ao casamento, a chegada dos
filhos. Exemplo: Abraão e Sara, com seu filho Isaque.
3. Existenciais: no enfrentamento de verdades perturbadoras, com autopercepção.
Por exemplo: “Sou um fracasso”, “Estou com uma doença incurável, vou morrer”,
“Fui rejeitado pela cor de minha pele”, “Já estou velho demais”. Exemplo: Elias
sendo perseguido por Jezabel.
O que mais se pergunta sobre crises são sobre suas causas, que como vimos acima,
podem ser as mais variadas possíveis.
Como conselheiros, devemos ajudar a superar o momento até a volta ao normal,
procurando diminuir a ansiedade, a preocupação, sempre com ensinamentos bíblicos.
Sugestões:

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Não tratar as pessoas de forma igual, ou seja, mesmo que esteja tratando do mesmo
problema (“aparentemente”), entender que as pessoas são muito diferentes em sua
forma de reação. Temos os otimistas, os pessimistas, os dependentes e os
independentes.

Sempre fazer contato visual e tomar cuidado no físico (podendo apertar as mãos, dar
tapinhas de felicitações, mas cuidadoo em segurar as mãos, passar os braços)

Procurar reduzir a ansiedade, passando confiança (dizendo que a solução sempre
está em Jesus Cristo), aprovando quando fizer a coisa certa (com palavras de
afirmação) – Ler I Co. 10:13

Focalizando a atenção no problema atual, que é o foco. Mesmo que passe em coisas
do passado, não ficar remoendo ou temendo o que pode vir no futuro.

Avaliar quais seus recursos disponíveis:
o Espirituais – Espírito Santo, a Bíblia;
o Pessoais – Habilidades intelectuais, experiências;
o Interpessoais – Reativar a rede de amizade (família, amigos, etc).

Dar esperança em Cristo e acompanhar.

Ter cuidado com extremos:
o Fisiologia – desequilíbrios químicos, disfunções glandulares, influências
genéticas, enfermidades
o Teologia – religiosidade, “tudo é pecado”
o Demonologia – nem tudo é demônio.

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15 – ANSIEDADE
Pr. Mauro
A palavra ansiedade indica inquietude, aflição, angústia, impaciência, trazidos por
sensação interna, com elevada excitação física. Com isso, uma descarga da pressão
sangüínea, podendo ocorrer: transpiração, nervosismo, fraqueza ou mal súbito.
A percepção da intenção dos outros, do que imaginamos o outro estar pensando, e não
os eventos ou comportamentos reais, gera a ansiedade.
Tipos

Normal: perigo real ou circunstancial; ou

Neurótica: sensação exagerada de impotência e terror, quando o perigo é mínimo ou
inexistente. Geralmente indica conflitos internos.

Moderada: em intensidade e influência, trazendo motivação; ou

Intensa: estressante.

Aguda: temporária (em resposta a alguma ameaça); ou

Crônica: permanente (enraizada, trazendo doenças físicas, pesadelos, medos,
depressão)

Transtornos de estresse pós-traumático (após uma guerra, um estupro, terrorismo,
sequestro, furacão, terremoto. Ex.: Guerra do Vietnã, Golfo)

Síndrome do Pânico: ataques de pânico repentinos, aterrorizantes. Cerca de 5% da
população atual, principalmente as mulheres sofrem desse mal.
Ansiedade na Bíblia

Ela trata a ansiedade de 2 maneiras: 1
a
) como uma preocupação saudável. Ex.: II Co.
11:28 – Paulo ansioso, preocupado com as Igrejas; 2
a
) como um estado mental de aflição
ou angústia. Ex.: Pv. 12:25, I Pe. 5:7, Mt. 6:25-34, Fp. 4:6.
Geralmente como seres humanos, procuramos seguir sozinhos, ignorando os perigos e,
muitas vezes, imobilizados pelo excesso de preocupação.
Às vezes, temos dificuldades em lançar o fardo sobre o Senhor e queremos fazer o papel
de Deus. Contrário a isso, o conselheiro deve ser uma pessoa calma, que confia em
Deus, para ter sua provisão.

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ID
EGO
SUPER
EGO
Satisfação
imediata
Consciência do
mundo exterior
no contato com a
realidade
Senso moral do
certo e do errado
PERSONALIDADE
ID
EGO
SUPER
EGO
Satisfação
imediata
Consciência do
mundo exterior
no contato com a
realidade
Senso moral do
certo e do errado
PERSONALIDADE
Causas

Freud:
1 – EGO vê ameaça à pessoa;
2 – ID ameaça dominar o EGO, tornando a pessoa agressiva e inaceitável (neurótica);
3 – SUPER EGO muito poderoso vê culpa e vergonha (moralismo).
Outros psicanalistas, agregaram as causas de Freud:
- Pressões culturais;
- Ameaças do mundo que vivemos.
Podemos trabalhar como causas:
1. AMEAÇAS
a) Perigos – crimes, guerras, doenças, passar numa prova;
b) Auto-Estima – danificada, ter uma reação negativa dos outros;
c) Separação – rompimento, mudança;
d) Valores – liberdade, religião, política;
e) Influências Inconscientes – ex.: assalto freqüente numa determinada região
2. CONFLITOS
Um ou 2 fatores, que geram pressão e incertezas.
Aproximação (para prazer ou satisfação) ---------------- Fuga (resistência)
1) Aprox. – Aprox. = exemplo de 2 convites agradáveis para jantar. Qual
escolher?

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2) Aprox. – Fuga = exemplo de um empregado receber convite para um novo
emprego e ficar pensando sobre ganhar mais (aproximação) ou ter que ser
retreinado ou adaptado ao novo local (fuga)
3) Fuga – Fuga = exemplo de ter uma doença dolorosa ou fazer uma
operação dolorosa.
3. MEDO
Chamado de mal do século XXI. Medos: fracassar no futuro, guerra nuclear, rejeição,
intimidade, sucesso, assumir responsabilidades, guerras, doenças, morte, solidão,
mudança, etc.
4. NECESSIDADES NÃO SATISFEITAS
a. Sobrevivência (existir)
b. Segurança (estabilidade econômica e emocional)
c. Sexo (intimidade)
d. Significado (ter valor e fazer diferença)
e. Auto-realização
f. Individualidade (identidade)
5. FISIOLOGIA
Problemas físicos – dores no peito, tonturas, falta de ar, respiração acelerada, geralmente
anomalias cardíacas.
6. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Claustrofobia, hidrofobia e outras fobias (altura, etc).
Aprendizagem (ex.: relâmpagos), personalidade (mais medrosas), ambiente social de
convívio, fisiologia, teologia.
Moisés para o povo: Dt. 28:65-66
Efeitos

Em dose moderada, traz motivação, permitindo controle. Já em demasia pode acarretar
os seguintes efeitos:

FÍSICOS = úlceras, dor de cabeça, irritação na pele, dores nas costas, desconforto
estomacal, falta de sono, perda do apetite, desejo constante de urinar, falta de ar.
Ocorre um desgaste com a produção excessiva da adrenalina (hormônio segregado
pelas glândulas supra-renais).

PSICOLÓGICOS = reduz a produtividade, dificulta os relacionamentos, bloqueia a
criatividade. Exemplo: “branco” na hora da prova, esquecimento das falas no teatro.

DEFENSIVOS = quando tentam ignorar o efeito da ansiedade, fingindo que a situação
que gera a ansiedade não existe, buscando sempre uma explicação racional para os
sintomas, jogando a culpa nos outros, tendo comportamentos infantis. Pode levar a
escapes, tais como: drogas, álcool ou gerando doenças mentais.

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ESPIRITUAIS = na busca do auxílio divino pela “dor”, com esquecimentos,
dificuldades para orar, para lera a Palavra, no desinteresse pelos cultos.
Aconselhamento

Não é fácil aconselhar a pessoa ansiosa, pois geralmente ela é contagiosa.
Como conselheiros devemos:
1) Reconhecer nossas próprias ansiedades. O conselheiro deve fazer um auto-exame.
Confiar em Deus, aprender a enfrentar, colocar as coisas nas perspectivas corretas e
procurando ajudar aos outros. Gl. 6:2.
2) Diminuir a tensão no ambiente: sentar quieto, respirar fundo, relaxar os músculos,
música calma.
3) Demonstrar amor pelo aconselhado – I João 4:18 – Amor é auto-doação, medo é
auto-proteção. Hebreus 13:6
4) Identificar as causas, verificando e estando atento às emoções. Ver o que provoca a
ansiedade: a) observações, tópicos; b) reflexo, citando situações com ele; c)
contemplação, onde o conselheiro pergunta e verifica. Ter compreensão e paciência.
5) Fazendo intervenções. Cada um é cada um, não tratar igual.
6) Encorajando a ação, mostrando que deve lidar com a situação.
7) Dando apoio.
8) Mostrando a reação cristã

Filipenses 4 – Alegrando-se no Senhor (v.4), sendo
gentil, moderado (v. 5), orando (v. 6), pensando com a influência das coisas boas (v.
8), agindo (v. 7 e 9)

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16 – IRA
Pra. Rosângela
Estado emocional que todo mundo experimenta. Ela ocorre em vários graus de
intensidade, desde o aborrecimento leve ou irritação, até a ira violenta. Ela pode ser
escondida no íntimo da pessoa, ou pode expressar-se aberta e livremente.
Sua duração pode ser curta, surgindo e desaparecendo rapidamente, ou pode durar
décadas, sob a forma de amargura, ressentimento e ódio.
A ira é estimulada quando nos sentimos ameaçados, contrariados, humilhados ou
impedidos de conseguir algo que desejamos muito.
É uma emoção proporcionada por Deus, servindo como mecanismo de defesa contra a
injustiça, a ameaça do perigo, o insulto e a difamação, mas deve ser dominada. Tg. 1:19-
20 - Pv. 25:28.
“Os valores de Deus são diferentes dos valores dos homens.”
A Bíblia nos alerta contra a ira, porque ela pode permitir que Satanás tenha uma
vantagem sobre nós. – Ef. 4:26.
A ira é normal e não necessariamente pecaminosa, ela pode ser construtiva. Ex: ira com a
atitude errada de alguém – levar a pessoa a se arrepender e mudar para melhor.
A ira humana freqüentemente leva ao pecado, que pode se manifestar de várias
maneiras:
a) Vingança = amargura, ódio, represália (dar o troco) são resultados da ira e todas
estas atitudes são condenadas por Deus.
Ef. 4:31 – I Ts. 5:15 – Hb. 12:15 – Pv. 19:11

b) Abuso Verbal = linguagem áspera e ofensiva. A violência verbal pode destruir uma
pessoa. Palavras são como flechas, atingiu o alvo, não tem mais jeito.
Ef. 4:29, Pv. 15:1-2, Pv. 12:18, I Pe. 3:10-12
c) Violência = é a manifestação mais óbvia da ira, principalmente a ira reprimida. É
como a pressão dentro de um vulcão, chega um momento que estoura. Pode ser
violência física, verbal, interiorizada, em que a pessoa rejeita a si mesma,
menosprezando-se ou até tendo problemas físicos, cujo a raiz é emocional –
CARACTERIZA A FALTA DE PERDÃO.
Há três objetos da ira : Eu, o próximo e Deus. Muitas vezes misturamos todos os três,
procurando punir todos por atos agressivos. O suicídio pode ser um caso extremo disso.
A ira humana pode ser controlada. Deus não nos daria instruções para controlar a ira se
ela fosse incontrolável. Precisamos ter o hábito de pedir ao Espírito Santo que controle
nossas emoções, nossa mente, nosso agir, nosso falar. Sl. 139:23-24

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COMO AGIR QUANDO ESTAMOS IRADOS

a) A ira deve ser reconhecida e entendida: Há pessoas que se sentem culpadas ao sentir
ira contra alguém, e recorrem a um mecanismo de defesa que é a negação desse
sentimento. (Provavelmente isso ocorre porque foi ensinado que não deveria se irar de
forma nenhuma.)
b) As explosões devem ser refreadas: não responder antes de pensar. Pv. 15:18 –
Sl. 4:4. Às vezes desabafar com um amigo ajuda // Abrir o coração com Deus.
c) Confessar e pedir perdão: Não podemos resolver esta situação apenas na forma
vertical, eu com Deus e ignorarmos que nada foi resolvido na forma horizontal = eu com
as pessoas. I Jo. 1:7 - I Jo. 4:20-21
CAUSAS DA IRA

a) Biológica = Num livro bastante popular sobre ira, o autor descreve um rapaz que se
dava bem com todo mudo, exceto quando tinha acessos de raiva. De vez em quando,
sem qualquer provocação aparente, ele era tomado por uma raiva furiosa, que parecia um
ataque. Quando o ataque cessava, o garoto chorava e pedia desculpas, dizendo que não
conseguia evitar aquilo.
Descobriu-se que os acessos eram provocados por bananas. Quando o garoto comia
banana, a química do cérebro reagia de um modo que gerava raiva e agressividade.
Bastou eliminar as bananas de sua dieta que os ataques cessaram.
Esse é um caso incomum; a raiva raramente podeser identificada e tratada de modo tão
simples. Entretanto há evidências de que alergias, doenças do cérebro, distúrbios
bioquímicos e, talvez anomalias genéticas podem provocar raiva ou, pelo menos, tornar
algumas pessoas predispostas à raiva do que outras.
b) Injustiça = Esta é uma das razões mais válidas para a ira, mas é a menos comum.
c) Frustração = Ser reprovado num exame, doença, não atingir um objetivo.
d) Ameaças e Danos = Quando a pessoa se sente rejeitada, afrontada, ignorada,
humilhada, criticada injustamente.
e) Aprendizagem = Olhando e ouvindo os outros, inclusive a TV. Em quase todos os
casos de crianças ou adolescentes agressivos, pelo menos um dos pais também era uma
pessoa agressiva.
f) Espiritual = Ex. tratar na raiz

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AJUDANDO O ACONSELHANDO

A. Admitir sua raiva = A raiva negada nunca será eliminada. Explique que é uma emoção
dada por Deus e que algumas pessoas perdem o controle sobre ela – Não critique.
B. Expressar sua raiva = não xingar, gritar, esmurrar a parede. A Bíblia não sugere isto.
Essas atitudes tendem a fazer a raiva crescer ao invés de diminuir. Tratar as mágoas
assim que elas surgirem. Quando alguém o magoar, diga isso a pessoa. Fale sobre a
raiva com ela, isto dá uma oportunidade de restauração e perdão.
C. Reconhecer as fontes da ira. Perguntas básicas:
1- O que está me deixando com raiva?
2- Por que estou sentindo raiva e não outra emoção qualquer?
3- Será que estou tirando conclusões precipitadas sobre a situação ou sobre a
pessoa que está me deixando com raiva?
4- Existe alguma coisa ameaçadora nesta situação e que faz eu me sentir
amedrontado e inferior?
5- Será que eu fiquei com raiva porque tinha expectativa irreais?
6- Será que eu posso fazer alguma coisa para mudar a situação e diminuir minha
raiva?
D. Ensinar o auto-controle – mostre que podemos ficar com raiva sem ferir a outros ou
alimentar pensamentos hostis. É importante frases como “Eu me senti magoado com
o que você fez” , “eu me senti frustrado” ou “eu fiquei com raiva pelas suas palavras”,
que são afirmações sem ser acusações, expressam sentimentos sem agredir, nem
perder o auto-controle.
E. Evitar pensamentos que dão origem a ira.
COMO EVITAR A IRA

1- Ensino da Bíblia
2- Evitar pessoas e situações que provocam ira.
3- Aprender a reavaliar as situações
4- Aumentar a auto-estima
5- Não ficar remoendo
6- Aprenda a confrontar
7- Controle Espiritual

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TESTE – QUAL o SEU Q.I. (Quociente de Irritabilidade)?

Leia a relação de vinte e cinco situações potencialmente perturbadoras descritas abaixo. No espaço ao lado
de cada incidente, calcule o grau em que ele ordinariamente o enraiveceria ou provocaria, usando a escala
simples abaixo.
0 – Sentiria pouca ou nenhuma perturbação.
1 – Sentiria um pouco de irritação.
2 – Ficaria moderadamente irritado.
3 – Ficaria bastante irado.
4 – Ficaria com muita raiva.
____ 1. Você desempacota um aparelho elétrico que acaba de comprar, liga-o na tomada e descobre que ele não funciona.
____ 2. Um mecânico cobra demais por um conserto feito e você nada pode fazer.
____ 3. Você é repreendido, enquanto as ações dos outros passam despercebidas.
____ 4. Seu carro atola na lama ou na areia.
____ 5. Você está conversando com alguém que não responde.
____ 6. Alguém finge ser algo que não é.
____ 7. Você luta para levar quatro xícaras de café para sua mesa, e alguém lhe dá um encontrão, derramando o café.
____ 8. Você pendurou suas roupas, mas alguém as derruba no chão e não as apanha.
____ 9. Você é perseguido por um vendedor desde o momento em que entra na loja.
____ 10. Você faz planos de ir a algum lugar, mas a pessoa com quem você ia desiste no último momento e o deixa
sozinho.
____ 11. Fazem piadas a seu respeito ou debocham de você.
____ 12. Seu carro enguiçou no meio da rua e a pessoa que se encontra atrás de você não para de tocar a buzina.
____ 13. Você acidentalmente dá uma volta errada num estacionamento. Quando sai do carro, alguém grita dizendo: “Onde
foi que você aprendeu a dirigir?”
____ 14. Alguém comete um erro e culpa você.
____ 15. Você está tentando se concentrar, e a pessoa ao seu lado fica batendo o pé.
____ 16. Você empresta um livro ou uma ferramenta importante e ele não o devolve.
____ 17. Você tem um dia ocupado e seu companheiro de quarto reclama que você se esqueceu de fazer alguma coisa que
havia prometido.
____ 18. Você está tentando discutir algo importante com o cônjuge ou parceiro, que não lhe dá a oportunidade de
expressar seus sentimento.
____ 19. Você está conversando com alguém que insiste em falar de um tópico do qual você pouco sabe.
____ 20. Alguém interrompe uma conversa que você está tendo com outra pessoa.
____ 21. Você precisa chegar a algum lugar com urgência, mas o carro à sua frente está indo a 40 km/h numa área de 65
km/h, e você não consegue ultrapassá-lo.
____ 22. Você pisa numa pasta de chiclete.
____ 23. Ao passar por um pequeno grupo de pessoas, elas zombam de você.
____ 24. Com a pressa de chegar a algum lugar, você rasga sua melhor calça em um objeto pontiagudo.
____ 25. Você usa sua última ficha para dar um telefonema, mas o telefone desliga antes que você termine de discar e você
perde a ficha.
RESULTADOS:
00 a 45 – A quantia de ira e perturbação que você geralmente sente é bem baixa. Somente pequena porcentagem da população
terá
um resultado tão baixo assim no teste. Você é um dos poucos escolhidos!
46 a 55 – Você é substancialmente mais pacífico do que a média das pessoas.
56 a 75 – Você reage às perturbações da vida com uma quantia média de ira.
76 a 85 – Você freqüentemente reage de um modo irado para com as muitas perturbações da vida. Você é substancialmente mais
irritado do que a média das pessoas.
86 a 100 – Você é um verdadeiro campeão da ira e é afligido por reações freqüentes, intensas e furiosas que não desaparecem
rapidamente. É provável que você abrigue sentimentos negativos bem depois do insulto inicial ter passado. Você pode
ter a reputação de cabeça quente entre as pessoas que o conhece. Você pode ter freqüentes dores de cabeça causadas
pela tensão e pressãoalta. Sua raiva, muitas vezes, pode ficar sem controle e levar a explosões impulsivas e hostis, que o
colocam em dificuldades. Apenas pequena porcentagem da população adulta reage tão intensamente quanto você.

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17 – MEDO
Auto-Estudo
Medo é o desejo sufocante de se esconder, defender-se ou fugir de algo (ou alguém) que
nos incomoda ou nos ameaça.
O medo sufoca: diminui nosso interesse, atração ou energia.
Esse desejo sufocante não é maligno ou pecaminoso em si – faz parte normal da vida
humana, porém existe tipos que não são saudáveis, trazendo conseqüencias negativas.
Tipos de Medo

Racional – medo que é proporcional ao nível de perigo que o ameaça. É saudável e
indispensável para nos proteger. Um dos seus aspectos é o temor de Deus, um
respeito solene da santidade e do poder dEle. (Dt. 6:13-15, Js. 4:24, Pv. 1:7, Mt.
10:28, II Co. 7:1, Ef. 5:21, Fl. 2:12, Hb. 12:18-29, Tg. 4:4-5).

Exagerado – medo baseado na realidade, mas desproporcional ao nível do perigo que
o ameaça. Esse medo paralisa, O medo exagerado de Deus nos leva a não confiar
nEle, não acreditando que Ele nos ama. O vemos como um Juiz autoritário e
possivelmente imprevisível que a qualquer momento pode nos punir.

Irracional – é ter medo de algo que não existe. Exemplo: não entrar em quarto escuro
por medo de fantasmas. Ligadas a esse medo estão as fobias e paranóias. Podem ser
impessoais, como o medo de altura, escuridão, de estar com lugares fechados com
muitas pessoas, ou pessoais, quando baseiam-se na experiência pessoal de viver um
pesadelo. Pode ser o pesadelo de ter sido criado num lar violento ou o pesadelo de
estar traumatizado desde o nascimento por um espírito de rejeição.
O medo se torna pecaminoso quando:

Começamos a duvidar do caráter de Deus, duvidando que o amor e poder dEle sejam
maiores do que nossos problemas;

Fugimos para dentro de nós mesmos e não para Deus. Criamos nossos próprios
esconderijos, defesas ou estratégias de autopreservação;

Alimentamos nosso medo. Ficamos refletindo sobre nossos problemas e ansiedades,
ao invés de levá-los para Ele.
POR QUE FICAMOS COM MEDO?

1. Quando existe perigo: algo ou alguém nos ameaça física ou emocionalmente ou
ameaça nossos entes queridos.
2. Quando nossa auto-estima é ameaçada: surgindo qualquer coisa que ameace nossa
imagem ou implique que não somos competentes, sentimos medo.
3. Quando experimentamos separação: se pessoas de grande significado nos deixam ou
nos rejeitam, é normal sentirmo-nos preocupados em estarmos sozinhos e
enfrentarmos um futuro incerto.

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4. Quando existe influência inconsciente: acontecimentos relativamente leves ou normais
provocam reações exageradas quando atingem alguma raiz de medo que vem do
nosso passado.
5. Quando experimentamos conflito: que pode estar dentro de nós, estar com outra
pessoa ou até entre pessoas que são importantes para nós.
Normalmente, nosso medo é saudável enquanto ninguém mexe com feridas do passado.
Quando essas feridas são atingidas, nosso medo facilmente torna-se exagerado ou até
irracional.
RESULTADOS DO MEDO NÃO RESOLVIDO?

Desgaste emocional – pois requer energia para manter as defesas contra o que nos
ameaça;

Esgotamento – tirando nossa energia e às vezes temendo que os outros não gostarão
deles se disserem “não”;

Desanimar ou esgotar outros – a pessoa com o espírito de medo pode contagiar
outros, como também podem se cansar procurando carregá-la;

Sentimento de isolamento – ficando isolados somos alvos fáceis para Satanás,
podendo ser destruídos;

Bloqueio emocional – alguém que fica traumatizado quando criança cresce com
desconfiança básica;

Pessoas que são controladoras, dominadoras e até manipuladoras – indicam a
existência de uma raiz de medo profundamente forte;

Perder contato com a realidade: com mecanismos de defesa ou estratégias de
autopreservação, que são barreiras que protegem a pessoa da realidade, mas ao
mesmo tempo a impedem de mater contato com a realidade.
COMO AGIR QUANDO ESTAMOS COM MEDO?

1. Entender seu medo
a. Podemos sentir medo normal e saudável, que nos protege de algo perigoso
b. Podemos sentir medo exagerado ou irracional que nos paralisa ou debilita
(geralmente com raiz no passado)
c. Podemos sentir medo ou ansiedade quando desobecemos a Deus (a paz é
tirada, verificar envolvimento com idolatria e envolvimento com demônios) – Lv.
26:36-37, Dt. 32:17, Js. 7:5, Jó 15:20-24 e 18:11
d. O medo arraigado pode ser uma expressão de falta de confiança em Deus –
Fp. 4:6-7
2. Expressar seu medo
a. Importante expor o que estamos sentindo sem acusar o outro de ser
responsável por nossas emoções. Temos que nos responsabilizar por elas,
expressando-as a Deus e ao conselheiro
3. Resolver seu medo
a. Desvendando as mentiras de Satanás, verificando se suas palavras ou
pensamentos tem formas acusativas que vão contra ao nosso Deus.

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b. Entregando seu medo e sua raiz a Deus, através de oração, confissão e
crendo que somente Ele pode nos curar. Sl. 55:22 e I Pe 5:7
c. Pode ocorrer a necessidade de um processo de cura interior, que é a
restauração da alma ferida por meio de:
i. Reconhecer nossas feridas, defesas e responsabilidades;
ii. Experimentar Jesus levando sobre si essas feridas;
iii. Receber o perdão e libertação de Deus;
iv. Poder transmitir o mesmo para os que nos machucaram e abusaram de
nós.
d. Quando nosso medo é pecaminoso, demonstrando falta de confiança em
Deus, é necessário que nos arrependamos.
Ler I Pedro 5:6 a 8 e I João 4:16b a 18

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18 – SOLIDÃO
Pr. Mauro
Chamada pelos psicólogos e pela sociedade de “mal universal”, é diferente de isolamento
ou interiorização.
Isolamento é um retiro voluntário, com início e encerramento designados pela nossa
vontade, podendo ser estimulante, revigorante e saudável.
Solidão é a falta de contatos íntimos e significativos, mapeada pela sensação de vazio
interior e anseio profundo. Pode vir com a sub-valorização, gerando baixa auto-estima,
depressão.
Tipos

Pode ser:

Transitória ou Circunstancial

– durando dias, semanas ou mesmo meses.
Exemplos: mudança de local, separação de alguém da família, saída de casa para
estudar.

Crônica ou Duradoura

– com tempo maior. Exemplos: timidez total do indivíduo,
baixa auto-estima, auto-censura exagerada, comprotamento insensível, frases tipo
“não sou ninguém”
A solidão é uma sensação interna.
Solidão na Bíblia

Deus tinha um relacionamento com o homem e entende a necessidade dele. Ler
Gênesis 2:18

Com o pecado, rompeu-se a linha de comunicação, trazendo o egoísmo, a tensão
interpessoal e conseqüentemente, a solidão.

Exemplos de personagens que passaram por solidão: Moisés, Jacó, Jó, Neemias,
Elias, Jeremias, Davi, Jesus (Getsemâni), João (Ilha de Patmos), Paulo (II Tm. 4:9-12)

Textos bíblicos:
- Salmo 88 – Lamento de um sofrimento
- Jeremias 16 – Profeta solitário
- Salmo 22 – Solidão do Messias
- Salmo 13 – Oração do Solitário
- Gênesis 3 – Origem da Solidão
- Salmo 25 – Cura da Solidão
- Mateus 14;13-14, 23 – Isolamento necessário
- Marcos 1:45 e Lucas 5:16 – lugares solitários
Causas

SOCIAIS:
o Tecnologia – valores expressos nas empresas: eficiência, produtividade,
competição. Relações superficiais (especialistas x outros)

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o Mobilidade – meios de transporte; êxodo para outros lugares; desagregação
das famílias
o Urbanização – vida nos grandes centros; criminalidade
o Televisão – superficialidade; falta de interação, inércia

DESENVOLVIMENTO:
o Falta do estabelecimento de laços – pais separados; divórcios; abusos
sexuais
o Falta de aceitação – toque, tempo, ouvir, disciplina, afeto não são
produzidos, com isso, sentem-se sem valor, rejeitados
o Inadequados para adquirir habilidades – lançadas pelos pais com
manipulação ou persuação, gerando rejeição, frustração e baixa auto-estima

PSICOLÓGICAS:
o Baixa auto-estima – falta de confiança em si mesmo
o Dificuldades de comunicação
o Pensamentos de derrota – atitudes competitivas; atitudes independentes,
grosseiras; atitudes possessivas; atitudes de reivindicação
o Falta de controle – Ex: abandono
o Hostilidade – Ex: mágoa, frustração
o Medo – Muros ao invés de pontes, pessoas fechadas, sozinhas, com medo de
rejeição

CIRCUNSTANCIAIS:
o Jovens longe de casa pela primeira vez
o Estrangeiros
o Doenças
o Tímidos no relacionamento amoroso

ESPIRITUAIS:
o Pecado
o Acusações
o Egoísmo
o Luta pelo poder
Efeitos

Isolamento dos outros

Baixa auto-estima

Depressão “Sensação de Vazio”

Comportamento exibicionista

Suicídio

Álcool

Drogas

Violência

zangadas

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Problemas físicos: doenças cardiovasculares; hipertensão; estresse (reduz a
resistência às doenças)
Aconselhamento

Intimidade com Deus – João 1:12 / Mateus 28:20 / Romanos 8:35-39

Admitir a existência do problema

Identificar as causas

Mudando a maneira de pensar e falar

Desenvolver a auto-estima – DEUS: João 3:16 e I João 1:9

Incentivar novos contatos pessoais:
o Quem você pode procurar?
o O que você fez?
o O que pode ser feito?

“Traquejo” social: menos TV, mais família, mais igreja, mais amigos
Previnindo

- Fortalecendo a Igreja Local
- Enfrentando as transformações
- Desenvolvendo a auto-estima
- Estimulando crescimento espiritual
INICIATIVA ATITUDE DEUS

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18 – DEPRESSÃO
Pra. Rosângela
A depressão, melancolia ou doença da alma é um problema muito comum e antigo na
vida humana. Todos nós já experimentamos até certo ponto, algum tipo de depressão em
alguma fase de nossa vida.
Não dá para definir o que é depressão e sim dizer quais são os seus sintomas. Ela é
chamada da doença do século e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos
próximos vinte anos deverá tornar-se o segundo principal problema na área médica.
Devemos como servos de Deus estarmos preparados para lidarmos com ela.
SINTOMAS ou SINAIS DA DEPRESSÃO

Desde a depressão moderada até a mais forte.
Gary Collins, em "Aconselhamento Cristão", cita alguns destes sinais:
a. Tristeza, Apatia e Inércia - torna-se difícil equacionar os problemas, tomar
decisões e manter concentração.
b. Perda de energia e fadiga - normalmente acompanhada de insônia.
c. Pessimismo e falta de esperança - nada está bom e nada vai dar certo.
d. Medo, autoconceito negativo - quase sempre acompanhado de autocrítica e
sentimentos de culpa, vergonha, senso de indignidade e desamparo.
e. Perda de interesse e de espontaneidade - no trabalho, em atividades usuais e na
vida sentimental.
f. Incapacidade de apreciar - mesmo que sejam acontecimentos ou atividades
agradáveis.
Sue Atkinson, autora do livro "Depressão" (Abba Press), também dá uma lista de
sintomas:

Irritabilidade - Sentimentos de inadequação

Lágrimas sem motivo aparente - Choro

Perda ou ganho de peso - Retraimento

Falta de concentração - Raiva

Violentas mudanças de humor - Desesperança

Sensibilidade exagerada às críticas - Temor e ansiedade

Sentimentos de culpa

Mudanças de hábito no dormir (acordar cedo demais ou falta de sono)

Desinteresse pela comida - ou comer em demasia, como uma espécie de
compensação

Sentimentos descontrolados de desespero total
Paul Hoff, em "O pastor como Conselheiro" (Ed. Vida), acrescenta outros dois sintomas:

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Concentração em si mesmo - tende a perder o afeto para com os demais
familiares e a isolar-se, evitando o companheirismo com eles e com as outras
pessoas.

Doenças físicas variadas - tonturas, palpitações, dificuldades respiratórias,
pressão no peito e sinais de acidez estomacal.
De vez em quando a depressão se manifesta em transtornos psicóticos (alteração da
personalidade), caracterizados por períodos alternados de exaltação e depressão. Nos
períodos de exaltação, o indivíduo torna-se tagarela, entusiamado e hiperativo; em
seguida, cai em uma depressão tão profunda, que normalmente sente desejo de se
suicidar.
Em regra geral o conselheiro não é capaz de ajudar tais pessoas. Os tratamentos incluem
medicamentos, terapia, choque elétrico e psicoterapia (conjunto de técnicas psicológicas
empregadas para tratar os distúrbios cuja origem é psíquica, mesmo que a manifestação
seja somática – relativa ao corpo).
A culpa é um dos piores sentimentos de quem está em depressão. Normalmente não é
uma culpa objetiva, a pessoa acha que falhou com Deus, não havendo mais esperança
para ela.
É importante distinguir a culpa verdadeira da culpa falsa. A falsa confunde o certo com o
errado.
É claro que na depressão existe a culpa verdadeira, porém na maioria das vezes ela é
falsa. Esta culpa é mais intensa quando o deprimido é cristão, pois muitos negam a
possibilidade de um verdadeiro cristão ficar deprimido. E a primeira coisa que questionam
é onde está a sua fé. Aconselham: leia a Bíblia e ore. Que pecado cometeu?
Essas atitudes destroem o cristão que está deprimido.
Algumas vezes a depressão é realmente causada pelo pecado. Exemplo: Salmo 32 – a
Bíblia é clara em relatar o período de depressão que Davi enfrentou, enquanto não
confessava o pecado que cometera com Bateseba.
Infelizmente os cristãos interpretam suas depressões somente em termos espirituais. O
estar deprimido como um sintoma de pecado ou desobediência a Deus. Nem sempre é
assim. Exemplo: Jó 3:11 // Marcos 14:34 – Jesus.
POSSÍVEIS CAUSAS DA DEPRESSÃO

Ainda não se sabe todas as causas da depressão, podendo ter diversas causas.
Geralmente várias atuam juntas, algumas são bem conhecidas:
a. Causas Físico-genéticas:
o Físicas: falta de sono, alimentação imprópria, efeitos de entorpecentes,
contagem baixa de açúcar no sangue e outros elementos químicos
desequilibrados, tumores cerebrais, desordens glandulares, perda da

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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energia neuro-hormonal do hipotálamo etc. Esgotamento físico ou
emocional, dormindo pouco.
o Às vezes a depressão pós-parto é causada pela tireóide. Segundo um
estudo realizado pelo Depto. de Endocrinologia da Faculdade de Medicina
da USP, 13% das mulheres que tiveram bebê, contraem tireóidite pós-
parto. A disfunção ocorre porque durante a gravidez o sistema imunitário
materno tem sua atividade reduzida. Com o nascimento o sistema
imunológico volta a produzir anticorpos com grande intensidadee agride a
tireóide e essa disfunção provoca sintomas depressivos.
o Genéticas: embora não seja conclusivo, existe alguma evidência de que a
depressão severa é hereditária. Isto levou à conclusão de que algumas
pessoas são por natureza, mais inclinadas à depressão que outras, embora
deva ser enfatizado, que a depressão em si não é herdada, como a cor de
olhos ou de cabelo. (Fonte: Gerald Klerman, "Affective Disorders", Guia
Harvard para a moderna psiquiatria, Cambridge, MA, Harvard University
Press, 1978, pág. 253).
b. Causas ambientais:
As experiências traumáticas na infância, aumentam a probabilidade de depressão severa
na vida adulta.
Alguns exemplos de experiências traumáticas:
o crianças separadas de seus pais e criadas em instituições;
o rejeição dos filhos por parte dos pais;
o famílias que estabelecem padrões excessivamente altos para os filhos,
tornam inevitável por parte destes, o sentimento de fracasso e a
depressão.
o Solidão – ao mesmo tempo é a causa e a conseqüência da depressão.
Pessoas com mais idade, cujos filhos se foram e sentem-se sós.
c. Pensamento negativo
Geralmente ocorre em três áreas:
o Visão negativa do mundo - "tudo está indo por água abaixo"
o Visão negativa de si mesmo - sentem-se incapazes e cheios de
autopiedade
o Visão negativa do futuro - têm contínuos sentimentos de desesperanças
d. Tensão:
Principalmente quando estas tensões acarretam perdas, como por exemplo: de um
emprego, de uma oportunidade, de saúde, de liberdade, de um ente querido que morre, de
um divórcio, etc. Reação a uma enfermidade prolongada. Perda de uma competição.
Perda de bens, suicídio.

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e. Ira:
o Negação da expressão da Ira - lares ou igrejas que proíbem a expressão
da ira desde crianças, estão cultivando adultos potencialmente
depressivos.
o Voltada contra si mesmo - problemas de auto-rejeição
o Decepção com outros - ao invés de admitir que se está magoado, fica
remoendo o problema. A ira cresce transforma-se em mágoa e o próximo
passo é o desejo de vingança.
f. Culpa:
Quando a pessoa sente que falhou ou que fez algo errado, surge a culpa, a
autocondenação, frustração, desesperança e outros sintomas de depressão.
Quando alguém vem se aconselhar dizendo que sente-se culpado, procurar sabe e
entender o que eles querem expressar e distinguir se é culpa falsa ou verdadeira.
g. Perfeccionismo:
Nunca aprova a si mesmo. Quando não alcança um objetivo é como a morte. Não
consegue viver de acordo com as normas que fixaram para si mesmos. Acabam se
rejeitando, desvalorizando-se.
EFEITOS da DEPRESSÃO

a. Infelicidade e Ineficiência – pessoas deprimidadas costumam se sentir para baixo,
sem esperança, críticas de si mesmas e infelizes. Não tem energia nem para fazer
coisas simples, como levantar-se da cama.
b. Doenças Físicas – a depressão, inclusive a tristeza profunda que acompanha o luto e
a solidão, tende a inibir o sistema imunológico do corpo. Quando isso acontece o
indivíduo se torna mais susceptível a doenças e o corpo tem mais dificuldade de
combater viroses e outros males.
c. Baixa Auto-Estima e Retraimento – apresenta falta de confiança em si mesmo e um
forte desejo de afastar-se das pessoas. Os contatos sociais podem se tornar muito
desgastantes.
d. Suicídio – é o meio de fuga mais completo. Suicídio e tentativa ocorrem
freqüentemente entre adolescentes, pessoas que vivem sozinhas, descasados e
pessoas deprimidas. Nem todos depressivos pensam em suicídio. Em alguns casos
as tentativas de suicídio são um grito de socorro inconsciente, uma oportunidade de
se vingarem ou uma estratégia de manipulação, principalmente aos que estão mais
próximos emocionalmente.
Algumas pessoas colocam a depressão como um “chamado de auxílio”, estando
indefesas, uma súplica por afeto e segurança ou um pedido de ajuda para conseguir o
que perdeu. Às vezes a pessoa deprimida usa seu quadro para manipular as pessoas.
Entra o sentimento de autocomiseração.

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Um estudo demonstrou que uma pessoa deprimida impõe um fardo tão grande sobre os
parentes que convivem com ela, que 40% deles também precisam de aconselhamento.
ACONSELHANDO PESSOAS DEPRESSIVAS

Lembre-se destes detalhes:
a. Este tipo de pessoa é sempre um desafio à qualidade do conselheiro. É comum o
aconselhado estar desanimado e não transparecer progressos.
b. O depressivo muitas vezes se isola e rejeita os amigos, quando mais necessita
deles.
c. Nem sempre os familiares de pessoas depressivas estão bem informados sobre
este problema. Muitas vezes, passam a criticar seus parentes, justamente quando
estes precisam de apoio e amor. O depressivo se sente ferido e traído.
I. É um erro pensar que pode animar o depressivo, mostrando apenas alegria e
jovialidade (Pv 25:20): Isso irrita, ao invés de alegrar. A reação pode ser a inversa da
que desejamos.
II. Resista à tentação de criticá-lo por estar depressivo - às vezes achamos que com uma
repreensão, poderemos "em um passe de mágica", mudar o quadro. A situação não é
tão simples assim.
III. Ajude o aconselhado a entender os fatores pelos quais entrou em depressão - Tendo
esta compreensão, será mais fácil identificar possíveis saídas. É preciso que o
aconselhado compreenda os fatores pelos quais ele está sofrendo, ira, culpa,
fisiológico, estresse, histórico familiar.
IV. Os deprimidos necessitam de apoio e ajuda. Muitos deles se isolam e rejeitam os
amigos, quando mais precisam deles. Normalmente os familiares dos deprimidos não
conhecendo a natureza do estado deles, perdem a paciência.
V. O conselheiro deve escutar com paciência o que o aconselhado diz, mas não convém
demonstrar pena, pois assim aumentará a autocompaixão da pessoa e tenderá a levá-
la a afundar mais na depressão.
VI. A maioria das pessoas não se livra da depressão de uma hora para outra. Elas
querem se sentir melhor, mas é difícil mudar a essência dos seus sentimentos. Não
basta dizer que a pessoa deve mudar sua atitude. Para mudar sentimentos é
necessário mudar a maneira de pensar. Quando surgem problemas e desilusões é
bom perguntar o que eles pensam a respeito. É quase certo que se expressarão de
forma negativa, se autocriticando. Mas devemos ajudá-los a lutar contra tal atitude e
pensar positivamente. Se forem perfeccionistas é necessário ajudá-los a compreender
que o ser humano é falho e que fracassamos de vez em quando e que a perfeição
está em Deus. O conselheiro deve ajudar o aconselhado a reavaliar as suas
expectativas, atitudes, valores, levando-os a reconhecer quais delas são irreais, não
bíblicas e nocivas.
VII. O deprimido, geralmente, não consegue ter atitudes para combater a depressão. Não
tem energia, nem motivação. Fica inerte. A tendência é ficar sozinho pensando nos
problemas da vida. Incentive-os a sair da inatividade, participando da rotina diária, das
atividades domésticas e de lazer. Comece incentivando-o a realizar tarefas nas quais
ele tenha maior probabilidade de ser bem sucedido.

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VIII. O conselheiro deve estar atento a tomada de decisões do deprimido. Deve ajudá-lo a
decidir se realmente querem fazer o que está se propondo fazer e a ver as
conseqüências das suas decisões.
IX. Incentive-o a orar diariamente e saturar sua mente com a Palavra de Deus. Leve-o a
crer que agindo assim, terá ânimo e refrigério para usa alma. Dependendo do nível de
depressão o aconselhado não vai conseguir fazê-lo. Ajude-o durante as sessões de
aconselhamento e mais tarde poderá ser dado como uma de suas tarefas. Ajude-o a
aproximar-se de Cristo e sentir sua aceitação e amor.
Exemplo: vejamos o caso citado em 1 Re. 19 - Como Deus tratou Elias, um profeta em
depressão:

SUPRIU SUAS NECESSIDADES FÍSICAS
Após uma tremenda vitória espiritual sobre os profetas de Baal, Elias fugiu desesperado,
com medo das ameaças feitas por Jezabel. Caminhou 460 Km (de Jezreel ao monte
Orebe) e estava abatido em termos físicos e espirituais. Como agiu Deus?
o Deixou-o dormir e providenciou comida, através de um anjo.
o Não o censurou, nem o obrigou a tomar uma decisão. Muitos depressivos
precisam de descanso, alimentação; não convém pressioná-los a tomarem
decisões - relâmpago.

DEU CLAREZA À VISÃO DO PROFETA, DESFAZENDO SEUS PENSAMENTOS
NEGATIVOS
Inicialmente, Deus ouviu as reclamações de Elias. Ele demonstrava pena de si mesmo,
julgando-se sozinho, esquecido, marginalizado e o último defensor do Reino de Deus, na
face da Terra.
Deus mostra que ele não era o único a sofrer perseguição, nem o último fiel (havia mais
sete mil).
O deprimido costuma achar que seu caso é único e o mais grave de todos.

DEUS FAZ ELIAS DESVIAR OS OLHOS DE SI MESMO E DEU-LHE
TRABALHO PARA FAZER
Um ótimo remédio para a excessiva preocupação consigo mesmo é auxiliar na
necessidade de outras pessoas. Tiram-se os olhos, mesmo que momentaneamente, dos
próprios problemas, e percebe-se que em muitos casos, é possível ajudar pessoas com
problemas até mais graves que os nossos.

DEUS MOSTRA QUE É SOBERANO SOBRE A SITUAÇÃO
Jezabel, a causadora de tanto pavor em Elias, não era NADA perto do Senhor a quem o
profeta servia.
o Deus encarrega Elias de ungir novos monarcas;
o Incumbiu-o de ungir um novo profeta;
o Informa qual seria a punição dos idólatras;
o O Senhor castigaria a Acabe e a Jezabel (1 Re 21:17-29).

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Alguns conselhos à pessoa deprimida:

a. Fale de si mesmo sem se depreciar, reconhecendo aspectos positivos
b. Não deixe que somente suas emoções dominem sua conduta
c. Trace um plano para sair da depressão
d. Faça novas amizades
e. Seja mais tolerante consigo mesmo
f. Não use a depressão como desculpa, para não mudar o que é necessário
mudar
g. Melhore seu autoconceito: aproximando-se de Cristo; melhorando
relacionamentos e estabelecendo metas de melhoria
h. Ore e sature a mente com a Palavra de Deus
Aconselhamento de pessoas com idéias suicídas:

É freqüente os amigos mais chegados ou membros de suas famílias não darem
muita importância aos sinais que o suicida apresenta. Costumam comentar com
medo: “ Você está louco! Que estupidez! Por favor, não fale mais nisto.”, tais
palavras somente os distanciam ainda mais. Quando ele não recebe
encorajamento de desistir da idéia e as pessoas com quem fala somente
expressam medo, o seu desespero aumenta.

O primeiro passo é escutá-lo com atenção. Ele precisa descarregar seus
sentimentos. Se a pessoa chorar, gritar raivosamente ou tornar-se hostil não
discuta em hipótese nenhuma. É importante permanecer sereno, tranquilo,
confiante e firme, na medida do possível.

Às vezes é necessário perguntar ao aconselhado se ele já pensou em suicídio.
Este questionamento traz o assunto à tona e reduz a probabilidade isto ocorrer.

O suicida necessita obter o apoio e a ajuda do seu pastor, conselheiro, como das
pessoas que estão mais próximas a ele por um longo tempo. Não convêm deixá-lo
sozinho, pois a tentação de se autodestruir é mais forte quando a pessoa está
desacompanhada.

Convêm que o conselheiro assessore os membros da família. Muitas pessoas que
pensam na autodestruição necessitam de afeto e de carinho em seu lar.

Quando percebem que não estão sozinhas, as pessoas em crise conseguem
enfrentar melhor as dificuldades e evitar uma depressão grave.

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20 – RELACIONAMENTOS
Pr. Mauro
“Não é bom que o homem esteja só”
As relações deveriam ser tranquilas, com comunicação clara, concisa, eficiente, porém
vemos relacionamentos tensos, com conflitos, individualismo e insensibilidades.
Temos como exemplo a relação no Éden, com Adão e Eva, gerando desentendimento,
seguiu-se com seus filhos, onde após conflito, tivemos o primeiro homicídio. Continua com
a multiplicação da população, envolvendo-se a terra em violência (Gn. 6:11-13). Outro
exemplo foram os pastores de Abrãao e Ló.
No Novo Testamento, os discípulos de Jesus disputavam quem seria o maior, Ananias e
Safira mentiram aos crentes, os judeus e gregos não se entendiam e Paulo aborda em
suas cartas sobre a desunião na Igreja e pode paz, porém ele próprio se envolve em
discussões (At. 15:36-40, II Co. 12:20-21).
Provérbios nos orienta sobre as relações: refrear a língua, não caluniar, dizer a verdade,
falar com educação, pensar antes de falar, ouvir atentamente, resistir aos mexericos,
evitar a lisonja e confiar em Deus. Pv. 10:18-19; 12:22; 13:3; 15:1, 28, 31; 16:24; 17:9;
19:22; 24:26; 26:20; 28:23-25.
I – As relações devem começar com Jesus Is. 9:6 / Lc. 2:14 – Ele é o Princípe da Paz
A paz interior sobrenatural (Jo. 14:24, Fp. 4:7) deve estar em nossa vida, através de
Jesus, que está no controle.
II – As relações dependem das características individuais. Paulo classifica as pessoas em
3 categorias:
a) Homens Naturais (I Co. 2:14) – caracterizados pela imoralidade sexual, corrupção,
envolvimento com o ocultismo, ódio, discórdias, ciúmes, raiva descontrolada,
ambição egoísta, dissenssões, facções, inveja, falha no autocontrole (Gl. 5:19-21).
Estão longes de Deus e podem até querer a paz, mas não a atingem.
b) Homens Carnais – descritos como aqueles que entregaram suas vidas a Cristo,
mas não cresceram espiritualmente. Comportam-se como incrédulos, envolvem-
se em ciúmes e contendas. Alguns até intelectuais.
c) Homens Espirituais – estão sob o controle de Deus, procurando viver e pensar
como Cristo, trazem as evidências do fruto do Espírito – Gl. 5:22-23.
III – Relações exigem determinação, esforço e habilidade.
CAUSAS dos PROBLEMAS

1. Atuação satânica – “enganador”, que visa arruinar e poluir os relacionamentos.
2. Características pessoais, com pensamentos e ações.

Personalidade – Lc. 12:13-15 (cobiça) / Mateus 7:3-5
- Egocentrismo (preciso ser notado, estar no controle, ter $$$, fama)
- Falta de perdão

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- Excesso de críticas ou irritação
- Preconceito (não admitido)
- Insegurança, falta de confiança nos outros
- Falta de vontade ou incapaz de abrir sentimentos ou pensamentos
- Não admite diferenças individuais

Nem tudo precisará de conselheiro. Ex: falta de perdão, rancor, tenta impor a
própria vontade.

Vêem defeito em tudo, mas não fazem nada para acabar com os motivos da
queixa.

Silenciosos, apáticos (escondem tudo).

Agradáveis, mas assumem compromissos demais e não cumprem.

Pessimistas.
3. Padrões de conflito, quando 2 ou mais pessoas estão em conflito, fazendo beicinho,
tendo chiliques, batendo o pé, gritando, intimidando, ignorando, manipulando,
subornando. Geralmente escondem qual o verdadeiro problema envolvido.
4. Falta de compromisso: falam da boca para fora. Pessoas com solidão, falta de
intimidade, fracasso na área pessoal, com várias tensões ou frustrações.
5. Falha na comunicação: Emissor Mensagem Receptor
Obstruções:
- Mensagem não clara na mente do emissor (clareza);
- Emissor com medo, vergonha, não é sincero ou não quer enviar uma mensagem
clara;
- Emissor não expressa a mensagem com palavras ou gestos claramente
compreensíveis;
- Emissor diz algo, mas comporta-se de maneira diferente;
- Emissor fala muito baixo, grita ou distorce a mensagem;
- Insegurança, medo, vergonha ou reluta em enviar uma mensagem clara;
- Receptor não entende a mensagem;
- Receptor está distraído, não quer ouvir, por interesse, por desconfiança ou por medo
de ser persuadido;
- Receptor acrescenta sua própria interpretação à mensagem ou deixa de lado idéias
que parecem ameaçadoras.
6. Agravantes sociais: exemplos: Filhos presos em casa devido a chuvas, problemas
econômicos, greves, demissões, ondas de crimes, rachas na Igreja.
Relações Ruins

Efeitos Gerais: esconde verdadeiros sentimentos e inseguranças.
Efeitos Físicos: fadiga, estresse, músculos tensos, dores de cabeça, dores estomacais,
úlceras.
Efeitos Psicológicos: desde corpo mole até assassinatos. Depressões, culpas,
inseguranças, ansiedades, raiva, rancor, cinismo, tentativas de domínio, manipulação e
revide. Geralmente não raciocinam com claraza, falando o que não deve.

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Efeitos Sociais: agressões verbais, violência, afastamento dos outros, ruptura dos
relacionamentos anteriores. Ex.: sócios, abandono de emprego, casal em separação.
Efeitos Espirituais: tensão, pecado (com resultados e reflexos).
Sugestões para o Aconselhamento

Conflitos são inevitáveis, porém o convívio deve trazer autoconhecimento, bondade,
preocupação com os outros, sensibilidade, paciência e habilidade de ouvir, comunicar e
entender.
Devemos começar com o básico, trazendo AMOR (I João 4:8, I Coríntios 13:13, João
13:35). O conselheiro deve demonstrar amor e ter a sensibilidade que existe uma atuação
demoníaca nos conflitos.
Outro passo é procurar transformar o aconselhado, através da ajuda do Espírito Santo,
porém demonstrando seus erros, fraquezas e seus comportamentos negativos. Procurar
falar ao aconselhado os pontos positivos e negativos, levando o aconselhado a conhecer-
se melhor. Entenda que as mudanças radicais só podem ser produzidas por Deus.
Procurar alertá-lo que os bons relacionamentos devem ser modelados com atenção,
respeito e interação positiva. Perguntar se ele faz isso.
Também procure explanar sobre a forma de resolução dos conflitos. Qual o problema
principal? Quem estava envolvido? Como foi tratado? Quais os alvos para resolução do
problema? Diga-lhe que é necessário identificar, esclarecer, compreender e modificar as
situações.
Em tudo isso lidamos com as diferenças, que devem ser resolvidas. Em Mateus 18:15-20,
vemos o procedimento de orientação em ir (pessoalmente ou particular), com humildade,
disposto a ouvir, não ficando na defensiva, com o desejo de perdoar.
Temos 4 situações nos conflitos: a) tentar eliminar completamente o conflito; b) manter o
conflito na situação atual; c) aumentar o conflito; e d) reduzir o conflito. Em algumas
situações as pessoas tentam ignorar o conflito. Essa é uma postura de covardia, que não
ajudará na solução.
Em todas as situações o conselheiro deverá ser um mediador, um negociador, a fim de
buscar a melhor situação àquela realidade.

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SEGURANÇA
DISCIPLINA
AMOR
SEGURANÇASEGURANÇA
DISCIPLINADISCIPLINA
AMORAMOR
21 – ACONSELHANDO CRIANÇAS
Pr. Mauro
“Filhos Pequenos”
Existem pilares de necessidades básicas no desenvolvimento das crianças:
Com isso trabalhamos a auto-estima, a aceitação deles. Podemos ajudar os pais
indicando além da Palavra de Deus, livros que abordem a educação de filhos. Existem
muitos escritores, cristãos tais como: James Dobson, Grace Ketterman, Ross Campbell,
Kevin Leman, Gary Smalley, Jaime Kemp e não cristãos, como: Içami Tiba e Roseli
Sayão, que tratam sobre o assunto.
Antes, porém, vejamos esses pontos isoladamente:
Os pais devem transmitir AMOR aos filhos através:

Sendo modelos de cônjuges que se amam

Dando Amor incondicional aos filhos

Mantendo contato visual

Oferecendo Toque

Oferecendo uma Disciplina amorosa, coerente e firme como amor

Dedicando tempo e atenção
Já a DISCIPLINA deve ser sábia (Disciplinar indica instruir, educar, treinar, trazer
responsabilidade à tona. Disciplina é diferente de espancar). Vejamos:

Com amor - Hb. 12:6

Tendo uma boa comunicação - Explicar

Não ser no momento de raiva - Hb. 12:5-11

Constante e coerente – Sempre

Com vara - Pv 22:15; 13:24; 23:13-14; 29:15-17; Hb 12:5-11

Confidencial – Individual - Diferente de filho para filho

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Os primeiros 8 anos de vida:
Características
herdadas do
Físico e do
Temperamento
Aceitação
ou
Rejeição
pelos Pais
Treinamento
durante
os primeiros
8 anos de vida
Vida no Lar:
Irmãos, Irmãs,
Exemplo dos Pais
Anos Restantes:
Educação e
Habilidades
Aprendidas
Experiências
da Vida
Auto-Aceitação
ou
Rejeição
Instrução Moral,
Religiosa e de
Caráter
Alvos
Motivantes
Os primeiros 8 anos de vida:
Características
herdadas do
Físico e do
Temperamento
Aceitação
ou
Rejeição
pelos Pais
Treinamento
durante
os primeiros
8 anos de vida
Vida no Lar:
Irmãos, Irmãs,
Exemplo dos Pais
Anos Restantes:
Educação e
Habilidades
Aprendidas
Experiências
da Vida
Auto-Aceitação
ou
Rejeição
Instrução Moral,
Religiosa e de
Caráter
Alvos
Motivantes

Mais que um castigo – Amadurecimento – Ef. 6:4

Deus disciplina seus próprios filhos, porque os ama – Hb. 12:5-6

Criar senso de justiça no coração do filho, como ato de fé – Hb. 12:11
No que diz respeito à SEGURANÇA:

Demonstrando amor

Estando presente em suas vidas e não dando presentes

Sendo estável:

Com raízes e permanecendo por alguns anos no mesmo local

Disciplinando amorosamente

Não sendo super-protetores

Estabelecendo e comunicando limites

Sendo uma família unida

Desenvolvendo a auto-estima:
Auto-Estima = sentimento que a pessoa nutre por si mesma. Não é orgulho,
convencimento ou vaidade, é um senso de autovalor, auto-respeito.
Deus confiou vidas indefesas ao cuidado de adultos (inclusive alguns bem imaturos), com
pouca ou nenhuma experiência em educar.
O conselheiro em algumas situações se envolverá diretamente no aconselhamento de
crianças, porém o mais comum é orientar os pais, trazendo encorajamento, fornecendo
informações, prestando esclarecimentos e aconselhando.
Os livros abordam o amadurecimento psicológico das crianças em desenvolvimento e
habilidades, tratando de disfunções, que podem trazer retardo no desenvolvimento e até
de patologias.
Algo muito importante é o quadro a seguir:

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Crianças são dádivas de Deus, porém podem trazer alegrias ou tristezas. Ter filhos é uma
bênção. Não devemos ter vergonha (Sl. 127:3-5, Jr. 22:30, Gn. 30:22-23 – Ex.: Sara,
Raquel, Ana, Mical, Isabel). As crianças devem ser amadas, honradas e respeitadas como
pessoas.
Por sua vez, também elas tem suas obrigações: a) honrar e respeitar seus pais; b) cuidar
deles; c) ouvi-los; d) ser obedientes – Ef. 6:1-3.
Os pais devem servir de modelo para um comportamento cristão maduro, amando-as,
suprindo suas necessidades, ensinando e disciplinando com justiça – Ef. 6:4.
Gene Getz, no livro “A medição da Família”, aborda que provocamos nossos filhos à ira,
quando: maltratamos fisicamente, psicologicamente (com humilhação e desrespeito),
quando não tentamos entendê-los, quando esperamos demais deles, quando sonegamos
amor para conseguir algo, quando os forçamos a aceitar nossas idéias e quando nos
recusamos a admitir nossos erros.
A Palavra de Deus deve ser trabalhada na vida dos filhos sempre: Dt. 6:1-7: ouvir,
obedecer, amar, ensinar (pessoalmente, naturalmente, repetidamente, diligentemente, de
forma responsável).
PROBLEMAS

1. Definir o que é problema, o que constitui, pois pela visão de um pai, pode estar
ocorrendo uma desobediência, porém para a criança, não tem problemas. Deve
ocorrer uma concordância entre os pais sobre o problema.
Exemplos de problemas: retardo mental, depressão infantil, transtornos de aprendizagem,
patologias da fala, rebeldia excessiva, violência, esquizofrenia infantil (distúrbios mentais),
enurese noturna, que podem estar sendo causados por: necessidades da criança à
ajustes em função de mudanças freqüentes, divórcio ou separação dos pais, períodos de
hospitalização, adoção, estresse precoce.
2. Tentativa de minimizar ou exagerar a importância dos aspectos espirituais na
educação de filhos. Ler o Salmo 78:1. Tanto a ausência do ensino, como a doutrina
rígida é nociva.
3. A instabilidade no lar, que traz ansiedade, culpa ou irritação nos filhos (medo de
abandono, manipulação por um dos cônjuges, etc). Verifica-se alterações nos
comportamentos: notas baixa, brigas com os colegas, delitos menores.
4. Maus tratos psicológicos, trazidos pela rejeição (sutil ou aberta), críticas em excesso,
castigo exagerado, humilhando, ameaçando com abandono. Muitas vezes trazendo
comportamentos perturbadores nas crianças.
5. Necessidades não satisfeitas (amor, aceitação, segurança), que influenciam no
amadurecimento e formação do caráter.
6. Influências físicas: doenças prolongadas, hospitalização, cirurgias, que trazem
estresse, negativismo, retraimento, ressentimento em relação aos pais, medo. Temos

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como exemplos: retardo mental (com funcionamento abaixo da média), a Síndrome de
Down (com anomalias genéticas); o DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), que traz a
baixa concentração ou incapacidade de prestar atenção, facilitando a distração.
7. Outras influências: experiências traumáticas (quase um afogamento, incêndio, etc.),
rejeição dos colegas, morte de pessoas importantes, doença grave.
Lembrando que nem sempre os pais são os pontos principais dos problemas. Is. 1:2.
EFEITOS

A. Sobre os pais: frustrações, brigas entre os cônjuges, raiva em relação à criança,
culpa, medo do futuro. Exemplo bíblico: Sacerdote Eli.
B. Sobre as crianças: raiva, hostilidade, culpa, medo (expressam com acesso de raiva,
rebeldias, baixo desempenho, delinqüência, brigas, tolices, choro excessivo,
indolência, comportamentos inadequados).
C. Patológicos (problemas):
1. Transtornos psicofisiológicos

asma, úlceras, enurese noturna, dores de cabeça.
Necessidade de acompanhamento médico e aconselhamento.
2. Transtornos do desenvolvimento retardo no desenvolvimento oral, motor, social,
cognitivo (conhecimento) e habilidades.
3. Transtornos psiconeuróticos

conflitos internos, ansiedade, medos irracionais,
reações de culpas exageradas, distúrbios do sono, distúrbios alimentares,
comportamento compulsivo.
4. Transtornos de personalidade altamente retraída, isolada, desconfiada.
5. Sociopatias e delinqüência

acessos de raiva, delinqüência, comportamento
agressivo ou sexualmente impulsivo.
6. Depressão infantil

se tornando comum em nossa sociedade. Sentimentos de
tristeza e profundo desapontamento, retração, perda de apetite, apatia, problemas
físicos, mal-humor, fuga de casa. Tudo em tempo prolongado.
7. Transtornos psicóticos

Exige a necessidade de um profissional especializado
(psicólogo, psicoterapeuta ou psiquiatra). Comportamentos estranhos, medos
exagerados, falta de autocontrole, “autismo infantil”, fascinação por coisas
inanimadas (ex. Cadeira).
8. Danos cerebrais e retardo mental

mau funcionamento do cérebro,
desenvolvimento físico lento, problemas de aprendizagem, dificuldade de
memorização.
9. Hiperatividade

excitabilidade, curtos períodos de atenção, tendência de destruir
coisas, perturbações do sono, impulsividade, excesso de energia.
10. Deficiências auditivas, visuais ou problemas de fala.
ACONSELHANDO CRIANÇAS

Geralmente elas não tem habilidades verbais e autoconhecimento necessário para discutir
sentimentos e observações, com isso o conselheiro deve adotar a técnica de observação
(em casa, escola, igreja, outros locais), fazendo perguntas aos pais, à própria criança,
ensinando-lhe, aplicando a ludoterapia (com jogos, brinquedos), verificando suas
habilidades, respeitando-as e sendo bondoso.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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ACONSELHANDO PAIS

Questões Gerais:
- Avalie a posição dos pais, qual seus pontos de vista
- Verifique mitos (ex.: criar meninos é mais difícil, todo adolescente é rebelde)
- Ser sensível às necessidades deles
- Verificar qual a dinâmica da família
- O conselheiro deve promover relacionamentos maduros e cristocêntricos entre os
membros da família
- Dizer algo que a criança não vai gostar, com ela junto, mostrando que é o o
conselheiro que está recomendando e não os pais; já para aquilo que ela gosta, deixar
que os pais falem, dando-lhes o crédito.
Questões Teológicas:
- Explicar aos pais que o lar deve ser uma igreja em miniatura, com total dependência
do Espírito Santo.
- Promover a educação religiosa, com a dedicação dos bebês ou crianças ao Senhor,
tendo cultos no lar.
- Participar de Escola Dominical, Discipulados, palestras, seminários, retiros, pequenos
grupos de estudo
Questões Psicológicas:
- Compreensão: ver o caso sob a perspectiva da criança
- Comunicação: começa com o marido e a mulher, tendo respeito, oportunidade para
cada um expressar sua fala, tendo sinceridade.
- Gerenciar o comportamento: elogiando, lendo histórias, abraçando
- Lidar com a ansiedade
- Promover o encorajamento – I Ts. 5:11, Hb. 3:13, Hb. 10:25
Sugestões de livros sobre Educação Infantil:

As 5 linguagens do amor das crianças – Gary Chapman – Ed. Mundo Cristão

A chave para o coração do seu filho – Gary Smalley – United Press

Filhos Felizes – Dr. Ross Campbell – Ed. Mundo Cristão

As 7 necessidades básicas da criança – John Drescher – Ed. Mundo Cristão

Limites para Ensinar Filhos – Dr. Henry Cloud e Dr. John Townsend –Ed.Vida

Como e quando falar de sexo com seus filhos – Uma abordagem completa da
infância à adolescência – Stan e Brenna Jones – United Press

Quando seu filho tem entre 6 e 12 anos – John Drescher – Ed. Mundo Cristão

Como desenvolver o temperamento de seus filhos – Beverly LaHaye – Ed. Mundo
Cristão

Nós temos filhos – Jaime Kemp – Ed. Sepal

Ouse Disciplinar – Dr. James Dobson – Ed. Vida

Agora é hora de amar seu filho – John Drescher – Ed. Mundo Cristão

Quem ama, educa – Içami Tiba

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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22 – ABUSO INFANTIL
Pr. Mauro
Abuso infantil envolve violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual,
tratamento negligente ou maus tratos a menores de dezoito anos, por pessoa responsável
por seu bem-estar e sob circunstâncias que indiquem que a saúde ou bem-estar da
criança está sofrendo dano ou ameaça.
Abuso sexual pode ocorrer com isso e inclui o exibicionismo, o coito forçado ou outro
comportamento sexual que a vítima não deseja, e as carícias nos órgãos genitais do
indivíduo menor, inocente ou incapaz de oferecer resistência.
As crianças não tem condições de denunciar na maioria das vezes, porque nem sabem
que o que estão passando é uma forma de abuso, ou por medo de represálias.
A Bíblia fala sobre violência (Gn. 6:11), Jesus a censura (Mt. 5:21-23), Paulo aborda (Ef.
4:31-32, Ef. 5:3-4).
CAUSAS

Natureza pecaminosa do homem, porém não tem uma causa simples e única.
o Vítimas de abuso não devem ser concebidas como pessoas que tem parcela
de responsabilidade.
o Estupro é um ataque violento.

Estresse ambiental: comportamento de frustração-agressão, descontando em uma
pessoa ou objeto.

Violência aprendida: cresceu com abuso e se tornou um abusador.

Insegurança pessoal: pessoas inseguras, impulsivas e que se sentem ameaçadas,
com baixa auta-estima. Estudos demonstram que os estupradores tem muita raiva
reprimida e pais que cometem incesto buscam ternura e compreensão.

Tentativa de estabelecer poder entre agressor e vítima.
EFEITOS

Os mais devastadores possíveis. Pesquisa, entre 2627 adultos molestados na infância,
indicou que 98% dos abordados sentiam que o dano causado era permanente e para 83%
o maior dano foi emocional.
Traz: baixa-auto estima, conflitos quanto à identidade sexual, isolamento, distúrbios do
sono, raiva, disfunção sexual, depressão, dificuldades para estabelecer relacionamentos
saudáveis, inclinação ao homossexualismo.
ACONSELHAMENTO

Algo muito difícil, pois chegam chocados, com dor física e psicológica. Geralmente após o
trauma os abusados desenvolvem alguns estágios:

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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1. Impacto: variando de horas até alguns dias, trazendo características de choque,
descrença, ansiedade e medo. Necessidade de orientação nas decisões, ajudando e
conseguindo cuidados médicos e levando a um local seguro.
2. Negação: a vítima tenta esquecer o trauma e retomar as atividades de antes. A ferida
ainda está aberta e necessita ser tratada. Isso pode variar de dias a anos.
3. Processo: a experiência traumática não pode mais ser reprimida. A vítima tem
ansiedade, depressão, pesadelos, lembranças e pensamentos. Necessário procurar
um centro especializado em abusos.
4. Integração: a vítima começa a não ser dominada pelos efeitos do abuso.
Com relação às crianças que foram abusadas, preocupação total pois poderá ser
necessário enfrentar a incredulidade, hostilidade, insinuações e perseguição declarada a
elas.
Devemos observar:

medo extremo, principalmente dos pais;

se está mal arrumada ou vestida de maneira inadequada sempre;

desnutrida;

machucados que não são bem-tratados, com curativos ou medicamentos;

distante, deprimida ou extremament agressiva e ativa;

desinteresse, incapacidade de estar concentrada;

pais passando por divórcio, dívidas, perda de emprego.
Necessário pedir-lhes para explicarem com mais detalhes.
Não somente o abusado, mas aquele que comete abusos tem necessidade de terapia,
pois geralmente tem baixa auto-estima, falta de auto-controle e ira.
Oração e jejum nesses casos, além do tratamento especializado.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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23 – ACONSELHANDO ADOLESCENTES
Pra. Rosângela / Pr. Mauro
A adolescência é descrita como os anos tumultuosos marcados pelo desenvolvimento,
conflito e tensão.
Os adolescentes querem ser compreendidos e aceitos pelos pais e por outros adultos,
mas em vez disso, geralmente são alvos de críticas.
É a idade da novidade, da mudança, da instabilidade, dos ares de grandeza, dos
momentos de desânimo. Enfim, quem se confude são os pais, que nunca sabem que
papel seu filho representará.
O QUE É A ADOLESCÊNCIA?

Em regra geral, ela se define como o período da vida entre a infância e a idade adulta.
A cada dia que passa, as crianças estão amadurecendo precocemente. Deve-se
considerar o contexto cultural onde cada uma vive. Eles estão tendo mais informações, na
cidade temos pressa no que vamos fazer, a mídia é muito forte, as informações chegam
via computador, etc.
Os adolescentes são encarados por grande parte dos adultos como a "geração dos
descontentes". Em nossas igrejas, é comum serem colocados de lado. É muito difícil
achar um "herói" para enfrentar as "feras indomáveis".
Ao notar que uma dessas "feras" está despontando para a sua puberdade, é muito
comum este "rebento" ouvir de uma pessoa mais velha , frases como estas:
- Você não sabe o que lhe espera menino!
- A adolescência é um período difícil !
- É uma fase negativa da vida! Cheia de crises absurdas!
- Eu me lembro o quanto sofri na adolescência!
- Prepare-se para o pior !!!
A maneira como os adultos encaram esta fase, certamente refletirá no comportamento
dos adolescentes que com eles convivem.
"Se tanta gente diz que esta idade é tão turbulenta e cheia de conflitos, é porque é
verdade!". Afirma o adolescente, assimilando assim, de uma forma negativa esta fase da
vida.
A adolescência deve ser encarada normalmente, como as outras fases da vida: infância,
juventude, adulta e velhice. Em todas estas etapas, enfrentamos mudanças com as quais
devemos nos adaptar. Devemos entendê-la como um processo normal do indivíduo, em
direção à maturidade.
A peculiaridade desta faixa etária é que todas as transformações (físicas, emocionais,
psico-sociais, intelectuais e espirituais), acontecem ao mesmo tempo e rapidamente.
A cada dia que passa, as crianças estão amadurecendo precocemente. Deve-se
considerar o contexto cultural em que cada uma vive. Por isso, não se pode fixar uma
determinada idade específica, para o início ou fim da adolescência.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Podemos dizer, que na maioria dos casos, segundo pesquisas de comportamento, por
volta dos 9 anos de idade, começam a despontar as características da adolescência.
As transformações desta fase, prolongam-se até aos 20 anos. Podemos dividi-la em três
etapas:
- Pré - Adolescência: 9 aos 12 anos
- Adolescência : 13 aos 16 anos
- Adolescência Final ou Juventude : 17 aos 20 anos
CAUSAS DE PROBLEMAS NA ADOLESCÊNCIA

1) ALTERAÇÕES FÍSICAS:
As alterações físicas, causam-lhes embaraços e problemas de auto-aceitação. É um
desafio conviver com seu próprio corpo.
Descobrem a sexualidade. As dificuldades em controlar seus impulsos sexuais, em muitos
casos acabam levando-os à prática da masturbação e às primeiras experiências de
relações sexuais. Por isso, é importante serem instruídos, sobre os padrões bíblicos da
sexualidade.
As principais transformações físicas que ocorrem são:
alteração das proporções do corpo – cria uma aparência desajeitada, normalmente ficam
altos de pernas longas. Os rapazes ficam com ombros mais largos e desenvolvem
músculos e as meninas ficam com os quadris maiores, aumentando os seios. Algumas
ficam felizes, outras arrasadas.
- aumento de massa muscular
- mudança de estatura
- crescimento acelerado dos órgãos sexuais
- crescimento dos pêlos
- mudança na voz
- aparecimento de espinhas e cravos
- cansaço
- crescente atividade das glândulas sudoríparas
- aparecimento da menstruação nas garotas e polução noturna nos rapazes.
É muito importante que os pais sejam compreensivos e lhes expliquem os significados
das mudanças físicas e das emoções resultantes, especialmente quanto ao
desenvolvimento sexual.
2) A TURMA - Os adolescentes procuram seu "grupo" e querem ser aceitos.
Buscam sua IDENTIFICAÇÃO COM A TURMA através dos costumes, maneira de se
vestir, linguagem e formas de diversão.
Longas horas são gastas ao telefone com os amigos. É o meio que encontram, para
estarem em contato com o mundo lá fora e sentirem-se queridos.
O primeiro lugar com que se identificam e sentem-se aceitos, traz seu estabelecimento.
Isto pode acontecer tanto na igreja, como num clube ou mesmo numa turma de vândalos
e delinqüentes.
3) OS "ÍDOLOS" - São pessoas com quem eles se identificam. Neles, vêem seus sonhos
e aspirações concretizadas. São modelos para se espelharem e motivarem-se a lutar por
seus ideais.

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4) AS PAIXÕES - É um período de despertamento das paixões. Sonhar acordado é muito
comum, principalmente quando ocorrem as "PAIXONITES" pelo sexo oposto. Os
rompimentos amorosos são muito penosos, deixando-os depressivos. Não substime, dê
apoio.
Os pais muitas vezes, podem tentar impedir um adolescente de namorar; mas evitar que
se apaixone, é impossível.
Os sentimentos, são inconstantes e volúveis. Um dia ele acorda amando. No seguinte,
pode esquecer completamente seu amor não correspondido. E se algo mais interessante
aparecer à sua frente, é capaz de apaixonar-se rapidinho por outra pessoa.
Se preocupam com a aparência, usam o perfume do pai ou da mãe.
Esta instabilidade, faz parte do seu processo de ajuste social. O equilíbrio desejado
chegará aos poucos.
O amor, propriamente dito, ocorre na terceira fase da independência, a partir dos 17 ou 18
anos, onde à medida que o jovem cresce e aumentam seus impulsos sexuais, as
expressões de afeto são tanto físicas, quanto espirituais. Nessa fase, os casais de
namorados falam de projetos, ajudam-se, fazem planos para o futuro e imaginam que
poderão casar-se dentro de alguns anos.
5) LIBERDADE - Ocorre o espírito de INDEPENDÊNCIA dos pais e dos seus valores. A
família passa para um segundo plano. Não querem mais acompanhar os pais em viagens
de férias, festas e passeios.
Questionam, inclusive ensinos bíblicos, onde não cabe a nós simplesmente obrigá-los a
crer, mas ensiná-los.
A comunicação em casa, pode se reduzir ao mínimo, provocando um certo
distanciamento. Querem ser e agir como se fossem adultos. Buscam explicações
racionais para tudo. Paradoxalmente, eles revelam uma falta de segurança afetiva como
crianças, que precisam sentir-se queridas e protegidas.
6) CRISE DE IDENTIDADE - Em meio aos conflitos, ficam agressivos e atrevidos na
maneira de se expressar. Por trás dessa "rebeldia", muitas vezes, escondem suas crises
e inseguranças. Eles estão fazendo quatro perguntas básicas sobre a vida:
- Quem sou eu?
- Quais as atitudes que devo escolher?
- Quais as autoridades que devo respeitar?
- Qual será meu estilo de vida?
Infelizmente, muitos adolescentes não encontram oportunidade e ambiente favoráveis
para responder seus questionamentos. Assim, tornam-se mais tarde adultos imaturos, que
chamamos de ADOLESCENTES MAL-RESOLVIDOS, pois na adolescência, não
amadureceram suas atitudes infantis.
7) CORAGEM E OUSADIA - Eles acham que são capazes de mudar o mundo, com suas
brilhantes idéias. Querem espaço para colocá-las em prática (pelo menos algumas delas).
O primeiro lugar com que se identificam e sentem-se aceitos, eles se estabelecem. Isto
pode acontecer tanto na igreja , num clube, ou mesmo numa turma de vândalos e
delinqüentes.
A importância de canalizar essa CORAGEM E OUSADIA para o caminho correto é função
em primeiro lugar dos pais (Dt.6.7), e também da igreja.

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Mudanças na área física, sexual, relacionamento interpessoal, nos valores, na moral e
nas crenças religiosas

rumo à independência, a fim de adquirir habilidades e construir
auto-estima (valorizando beleza física, inteligência e dinheiro).
Os adolescentes ainda não tem suficiente traquejo social, que os ajude a enfrentar o
estresse, a estudar com eficiência, a gerenciar o tempo, a interagir adequadamente com
os outros, a se relacionar com o sexo oposto, a lidar com o dinheiro. Geralmente estão
muito preocupados com o futuro.
SUAS REAÇÕES

Trazendo inseguranças, sentimentos de culpa, inferioridade, solidão e rejeição podem
assumir uma das seguintes posturas:
1. Guardando para si os problemas

se tornando depressivos, ansiosos e tendo
mudanças inexplicáveis de humor e comportamento, algo comum, não patológico.
2. Exteriorizando os problemas

bebendo até cair, mentindo, envolvidos em drogas,
roubando, cometendo outros crimes, andando em turmas, expressando rebeldia, que
busca poder e independência. Essa postura é exercida a fim de desafiar as
autoridades em suas vidas, chamando a atenção, procurando conquistar a aceitação
dos amigos. Podem cometer suicídios, assassinatos, acidentes de automóveis
(direção + álcool) e terem gravidez indesejada.
3. Fugindo dos problemas

fogem de casa, brigam constantemente com os pais,
sofrem de baixa auto-estima, lidam com familiares violentos, impulsivos, ficam
frustrados na escola, tem dificuldades de comunicação. Buscam a autodestruição.
4. Enfrentando os problemas

encaram de frente, conversando com amigos ou
adultos de confiança, que possam lhes transmitir algo útil, lêem muito, não tem
necessidade de terapia.
ACONSELHANDO

O conselheiro deve ser atencioso, autoconfiante, sensato, vendo os dois lados,
procurando aconselhar os adolescentes e ajudar aos pais.
PAIS:
A. Apoio e encorajamento é o que precisam. O conselheiro não dever dar explicações
simplistas, tais como: adolescentes são todos iguais. Conversar e mostrar-lhes que os
pais não são os únicos culpados. Todos os envolvidos geralmente passam por raiva,
rebeldia, retraimento, depressão e críticas e o fortalecimento deve ser somente em
Deus.
B. Aconselhamento familiar, buscando as falhas nas disfunções familiares (ex.:
problemas conjugais beirando separação ou divórcio).
C. Estabelecer limites é importante. Todos tem direitos e para assegurá-los os limites
devem ser estabelecidos e mantidos. Tudo com flexibilidade, bom nível de
comunicação e ponderação.
D. Orientar espiritualmente com exemplos. A fé dos pais não deve estar estabelecida em
regras, mas nas virtudes cristãs de aceitação e perdão. Geralmente lidamos com pais
rígidos e legalistas, ou famílias preocupadas com status ou com o que os outros vão
dizer, vivendo com máscaras, trazendo insegurança e ansiedade para a vida dos
filhos.

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ADOLESCENTES:
É muito importante estabelecer uma relação de confiança, para ajuda, pois geralmente
são enviados pelos pais, professores, juízes, líderes.
A. Construir bom relacionamento

com honestidade, apoio, respeito, compreensão e
firmeza. Procurar perguntar: “Por que você veio até aqui?”. Não fazer perguntas com
alvo de crítica e julgamento. Procurar expressar os sentimentos que se passam.
Exemplo: “Você está com muita raiva agora!”, “Acho que você está confuso”. Procurar
manter a conversa de forma informal e relaxada.
B. Lidaremos com a transferência

o adolescente transfere para o conselheiro seu ódio
pelo pai. Precisamos estar preparados para lidar com a hostilidade, a desconfiança, o
medo e até elogios. Lembre-se sempre que você é o conselheiro, não o pai ou o ídolo.
Precisamos ter cuidado com a contratransferência, onde o conselheiro lembra que o
aconselhado parece sua filha ou o menino encrenqueiro da rua, com isso ocorre a
interferência na objetividade profissional.
C. Identificar o problema

Sugestão: peça para falarem sobre a escola, as atividades
de lazer, os interesses e gostos, os amigos, os planos para o futuro, os pais, a
religião, o namoro, o sexo, as preocupações. Procure começar com aquilo que não
representa ameaça. Seja amigo, não inquisidor (acusador).
D. Devem ser estabelecidos alvos

Entendendo a si próprio, procurando comunicar-se
melhor com os outros, ajudando a adquirir habilidades, mudando de comportamento,
dando apoio.
Outro aspecto importante é a terapia em grupo, com a troca de idéias com outros
adolescentes.
EVITANDO OS PROBLEMAS da ADOLESCÊNCIA

Os adolescentes são como pintinhos ao nascer, que precisam quebrar a casca do ovo,
para desfrutar de um novo mundo. Para isso necessitam esforço pessoal e força
necessária. Os pais devem procurar ajudá-los a amadurecer, sem que sofram as graves
conseqüências dolorosas e desnecessárias da lei, imoralidade sexual, transtornos
emocionais, fracasso escolar, conflitos interpessoais e perda da fé.
1. Construíndo um alicerce espiritual

não com legalismo teológico, mas com uma fé
praticada em Cristo.
2. Fornecendo educação

mostrando os perigos do consumo das drogas, álcool, sexo
livre, masturbação, vícios. Não é só orar, mas ensinar também.
3. Procurando trazer exemplo familiar, com estabilidade. Nada falso, mas exemplo.
4. Dando apoio interpessoal, conversando, discutindo os assuntos, ouvindo as opiniões.
5. Orientando Nas mais variadas áreas: profissão, namoro, identidade, etc.
Com isso faremos discípulos, com lógica, justiça, interesse em ajudá-los, formá-los,
amando-os, sendo exemplo paterno e cobrindo-os em oração.

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SUGESTÕES DE ACONSELHAMENTO

(situações mais comuns)
1) AGRESSIVIDADE E REBELDIA

Situação: O adolescente grita, bate a porta, xinga, reclama e não faz o que você manda.
Reação dos pais: Os pais berram e dizem que ele é sem educação, grosseiro e mal
criado!
Sugestão: Nem sempre a falta de educação, atrevimento e grosseria é sinal de Rebeldia,
mas sim, um alerta de que o adolescente pode estar enfrentando uma crise de afirmação
da sua personalidade. Fique atento e se detectar isto, espere a hora certa para uma boa
conversa. A Rebeldia muitas vezes, também é fruto de não ter conhecido, desde criança,
um mínimo de disciplina, enchendo-se de vontades e caprichos. Ou então, sofreu
exagerada disciplina e aproveita o fato de estar grande para descontar o tempo perdido,
com atitudes de Rebeldia. Se você perceber isto, peça perdão a ele por ter errado em sua
educação e comece daqui para frente, uma disciplina equilibrada.
2) COMUNICAÇÃO TRAVADA

Situação: O adolescente se tranca no quarto e quase não fala com ninguém!
Reação dos pais: Você o maltrata, pois ele não liga para os pais e nem para o que se
passa em casa. Você reclama que ele só se interessa pelos amigos, namorada, colegas
de classe, mas com os de casa, nem conversa!
Sugestão: Avalie como você o tem tratado ultimamente :

Você tem considerado a opinião dele ? Ou tem sido o tradicional "fique quieto que
você não sabe nada"?

Você tem tido paciência em ouvi-lo, quando ele quer contar alguma coisa? Ou tem
dito: "fale logo que eu estou com pressa"?

Você tem procurado separar um tempo em sua agenda, para conversar ou sair
com ele?

Você aponta diretamente os erros dele, sem se importar quem está assistindo a
"cena", na hora da "bronca"?

Você tem provocado discussões com gritarias?

Você tem feito que ele se modifique, através da imposição?

CUIDADO! VOCÊ PODE NÃO ESTAR DOMINANDO O "CÓDIGO" PARA
CONVERSAR COM O ADOLESCENTE!
Trate do assunto mostrando respeito, considerando o ponto de vista do adolescente e
expressando calmamente o que você acha.
Essas conversas devem parecer com as de bons amigos, sem o ar de "professor que
sabe tudo". Não se mostre infalível !
Ao admitir que não sabe algo, mostrando-se aberto a pesquisar melhor a questão, você
não estará se humilhando, mas sendo uma pessoa que, como o adolescente, procura
aprender sempre mais. Você estará GANHANDO PONTOS com seu filho !
O adolescente NEM SEMPRE está a fim de conversar. NÃO FORCE A BARRA. Espere
uma "dica". Quando querem alguma coisa, eles demonstram através de atitudes.
Principalmente quando se sentem carentes (agem com a fragilidade de crianças), ficam
sensíveis e carinhosos.

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Mostre que ele sempre tem um canal aberto com você. Aproveite quando ele lhe contar
algo de corriqueiro e demonstre interesse. Você estará ganhando sua confiança para
quando surgirem os problemas maiores.
3) DESLEIXO

Situação: O adolescente não liga para aparências, só quer usar camisetas largas, o seu
cabelo é super esquisito.
Reação dos pais: Eles não cansam de perguntar se ele tem mesmo "coragem" de sair
com aquela roupa, ou usar cabelo que parece de mulher. Critica diariamente tudo que ele
veste, suas vaidades e modismos.
Sugestão: Será que esse, não é o jeito de andar do grupo ao qual ele pertence? Ele quer
andar como os amigos andam, pois é um modo de sentir-se aceito por eles. Não
interfiram em demasia nos seus gostos, penteados, roupas, arrumação dos seus objetos e
outras coisas, sobre o que eles necessitam exercitar sua autonomia no decidir. A
interferência exagerada dos pais, ao invés de ajudar no desenvolvimento de sua
personalidade, acaba atrapalhando.
4) BAGUNÇA

Situação: O quarto dele é uma bagunça! Parece a favela da Rocinha!
Reação dos pais: Os pais gritam dizendo que se ele não arrumar o quarto, não vai
receber alguma coisa que quer!
Sugestão: Espere o momento em que ele não encontrar um livro, caderno ou alguma
roupa que goste. Aí você aproveita para dizer que todo este transtorno seria evitado, se
ele guardasse suas coisas! Isto diminuirá um pouco

o desgaste, (principalmente das
mães), com as necessárias advertências, para que eles coloquem tudo no lugar certo
(esta "briga" existirá por toda a Adolescência).
5) AMIZADES

Situação: Você acha os amigos dele insuportáveis, apesar de não serem más
companhias.
Reação dos pais: Você critica, trava uma batalha, não o deixa sair de casa. Enche-o de
deveres. Quando aparece um amigo em casa, você o trata friamente.
Sugestão: Você pode estar com medo de perder o amor de seu filho. Talvez inveje seus
novos amigos, as afeições que dedica fora de casa. É difícil aceitar a realidade de que ele
tem novos amigos confidentes. Procure ser amável e simpático com os amigos de seu
filho. Ele vai achá-lo o máximo, quando ouvir dos amigos: "Puxa, seu pai (ou mãe) é muito
legal". Se os amigos, realmente forem más companhias, alerte-o quanto a isto. Se ele não
entender, endureça a posição: "é melhor chorar lágrimas de água agora, do que de
sangue, mais tarde".
6) CHORO MALANDRO

Situação: Ele se diz um coitado, a vítima da família. Todos os amigos têm tênis de grife
famosa, e só ele tem que andar com um "mixuruca".
Reação dos pais: Você tenta explicar que o tênis que ele tem, é o único que o
"orçamento doméstico" conseguiu comprar. Mas ele continua reclamando! Os pais se
sentem culpados, entram em dívidas e compram o que não poderiam comprar.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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Sugestão: Essas exigências do adolescente, são efeitos da propaganda comercial. Você
precisa ensinar que existe um tempo certo para tudo (este discernimento ele não tem). A
família é um "time" formado por várias pessoas, com diferentes necessidades; assim,
precisamos analisar o orçamento e eleger prioridades. No entanto, se ele quer tanto o
tênis de grife, incentive-o a ganhar o dinheiro realizando trabalhos temporários.
7) TEMPO COM A FAMÍLIA

Situação: Ele não para um sábado em casa!
Reação dos pais: Você diz que ele parece que não tem casa, só vive na rua! Sua casa
virou um Hotel, para servir refeições e mudar a roupa de cama!
Sugestão: Entenda que o adolescente precisa ter uma vida em grupo. Colabore para que
isso seja possível, mesmo quando exige de você algum sacrifício, como trazer para uma
programação na igreja ou levar numa lanchonete onde eles marcaram encontro. Afinal,
sábado é o dia internacional da turma, para os adolescentes. Lembre-se: se você não
fizer sua parte para "enturmá-lo" com a moçada cristã, a possibilidade dele se unir a
grupos com idéias estranhas será grande. Crie oportunidades para ter sua companhia
durante a semana, ou nos tradicionais almoços de família, aos domingos. A vida em
família também precisa ser cultivada. Ele deve entender isso, apesar da turma de amigos
lhe parecer mais importante.
8) DESEJO DE INDEPENDÊNCIA

Situação: Ele não tem hora para chegar e não dá satisfação de nada. É um "espaçoso"
que quer tudo do jeito dele.
Reação dos pais: Você tem ataques, chama-o de irresponsável. Um dia você impõe
horário, outro dia, não. Não consegue fixar regras ou limites.
Sugestão: À medida que ele cresce (em altura e em idade cronológica) e se mostra
confiável, deve Ter gradativamente mais liberdade. Mas é preciso determinar os limites. O
fato de ver o adolescente crescido, não quer dizer que ele seja totalmente responsável.
Ele ainda está aprendendo. Não está suficientemente maduro. Apesar de não admitir, o
adolescente anseia por limites, para saber determinar o que é certo

e errado. À medida
que ele se mostra responsável e cumpridor dos seus deveres, deve ter aumentada a sua
medida de liberdade.
Conhecemos muitos pais, que passaram a Ter problemas com seus adolescentes,
justamente por não admitirem o aumento de liberdade, mesmo tendo filhos extremamente
confiáveis e obedientes.

APOSTILA Sobre ACONSELHAMENTO
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24 – ACONSELHANDO JOVENS
Pr. Ronaldo
CONHECENDO MELHOR A FAIXA ETÁRIA

(“Raio X” do Jovem)
a. Período de grandes escolhas

CONVERSÃO: mais difícil que na Adolescência, pois já está mais envolvido com o
mundo. Pesquisa EUA: 0 a 5 anos = 1% aceitam a Jesus; 5 a 15 anos = 84%
aceitam a Jesus; 15 a 30 anos = 10% aceitam a Jesus; acima de 30 anos = 5%
aceitam a Jesus.

CASAMENTO: procura e escolha do parceiro certo

CARREIRA: definições sobre vocações e profissões
b. Parte física completa seu desenvolvimento

Este fato gera muito mais estabilidade emocional e confiança própria, do que na
Adolescência.

Culto ao corpo ou desleixo pelo mesmo.

Musculação (academia); piercing; Tatuagem (Lv. 19:28).

Curtem a beleza do corpo. Alguns se tornam ávidos por sexo.
c. Sede de Conhecimento

Há o amadurecimento intelectual, busca um futuro através da faculdade.

Idade filosófica: Por quês?, Comos?, Origem da vida?

Procuram resolver os graves problemas da vida: injustiça, miséria, falta de
educação no país, etc.

Engajam-se muitas vezes em ideais políticos.
d. Área emocional

Menos turbulentos e instáveis que os adolescentes, pois passam a pensar mais
nas conseqüências.

Não querem ser identificados com a irresponsabilidade. É muito importante dar-
lhes responsabilidades.

Iniciam a busca da maturidade.

Querem tomar atitudes bem pensadas e racionais.
e. Espírito de sacrifício

Quando se interessam por algo, estão prontos a sacrificar-se. Principalmente
quando se trata de alvos pessoais.

Às vezes tornam-se ambiciosos consumistas, esforçando-se por possuir sempre
mais coisas, nem que tenham que fazer coisas erradas.

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f. Desenvolvimento da Autoconfiança

Buscam mostrar que são bons, confiáveis e competentes naquilo que fazem.
Infelizmente, vivemos um momento nacional onde a sociedade e as instituições,
muitas vezes não têm dado este bom exemplo de confiança, que nossos jovens
tanto precisam.
SUGESTÕES DE ACONSELHAMENTO

áreas mais comuns:
A)ACONSELHANDO SOBRE O RELACIONAMENTO SEXUAL ANTES DO
CASAMENTO

- "Qual é a base bíblica que nos impede de transar antes do casamento?" - Esta é a pergunta
que muitos pais detestariam que seus filhos fizessem, pois a grande maioria não estaria preparada
para respondê-la.
Há uma "enxurrada" de informações, sobre o que Deus não quer

que façamos (via meios de
comunicação, amigos da escola etc). Ao mesmo tempo, existe uma tremenda falta de informação,
sobre o que a Bíblia diz a respeito do relacionamento sexual, antes do casamento. Infelizmente
este assunto é muito pouco estudado em nossas igrejas.
Vejamos algumas passagens bíblicas que podem nos orientar a este respeito:

Gn 2: 24

- Desde Adão e Eva, o próprio Deus ordenou que houvesse uma
formalização do compromisso matrimonial, através do "deixar pai e mãe",
obviamente com a benção destes, que são autoridades sobre nós enquanto
solteiros; do "unir-se à sua mulher" e não

a qualquer

mulher que sentimos atração
e desejo. Só numa terceira fase é que viria a união física

- "serão os dois uma só
carne". Esta é a idéia do Velho Testamento e do Novo Testamento. Este versículo
é citado também por Jesus (Mt 19:5) e Paulo (1 Co 6:16).

Dt 22: 13-30

- esta passagem mostra regras muito rígidas, tanto para o rapaz que
difamava com mentiras a uma "virgem de Israel", quanto à moça que casava sem
ser virgem. Naquela época, ela seria apedrejada até a morte; hoje, graças a Jesus,
que levou sobre si as nossas culpas, "o castigo que nos traz a paz estava sobre
ele, e por suas pisaduras fomos sarados" (Is 53:5). Não precisamos de
apedrejamentos, MAS DEUS REQUER ARREPENDIMENTO, CONFISSÃO E
ABANDONO DA PRÁTICA DO PECADO - (Pv 28:13; 1 Jo 1:9).

1 Co 7: 9

- A solução aconselhada por Paulo, a quem não consegue se dominar e
está abrasado sexualmente, é casar-se

e NÃO

dar vazão aos desejos, indo para o
Motel. Muitos namoros já poderiam estar caminhando para o casamento; mas a
falta de alvos concretos para a convivência, agrava o abrasamento e à tentação
sexual.

Mt 1: 18 - 25

- José ficou extremamente embaraçado diante da gravidez de Maria,
justamente porque não era aprovado o relacionamento sexual entre noivos.

A palavra "FORNICAR"

- No dicionário "Aurélio", tem o sentido de "praticar coito
copular", ou seja, ter relações sexuais. Na Bíblia, a "fornicação" é sempre
condenada por ser identificada a um relacionamento sexual fora

do casamento.
Não encontramos nem um único versículo onde Deus estimule os jovens à
"fornicação". Em algumas versões bíblicas, a palavra "fornicação" vem traduzida
como: impureza, impureza sexual, incontinência, devassidão, prostituição etc (At
15:29; Ef 5:5; 1 Tm 1:10; Hb 12:16; Ap 21:8).

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Várias passagens condenam o relacionamento sexual ilícito, entre solteiros ou
envolvendo pessoas casadas, denominando estes atos de "imoralidade" e
"adultério" (At 21:25; 1 Co 5:1; 1 Co 6:13-18; 2 Co 12:21; Ef 5:3; 1 Ts 4:3-8).

Hb 13: 4

- Esta passagem diz: "Digno de honra entre todos, seja o matrimônio,
bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros".
A palavra "leito", no original grego é KOITE, cuja tradução literal é COITO! Deus considera
digno de HONRA, o COITO SEM MÁCULA ou pecado.
Era exatamente a relação sexual realizada no contexto do casamento, com os noivos
(como vimos em Dt 22:13-30), preservando sua virgindade.
A passagem diz que Deus julgará os impuros e adúlteros.
O QUE FAZER COM QUEM JÁ PECOU?

Enfatizar a necessidade de ARREPENDIMENTO: muitas vezes eles alegam não
estarem arrependidos porque foi uma boa experiência. Argumente que a maioria
dos pecados é atraente e aparentemente boa, MAS NÃO DEIXAM DE SER
PECADOS, produzindo afastamento da presença de Deus.

Enfatizar a necessidade de CONFISSÃO: 1 Jo 1:9 diz "Se CONFESSARMOS os
nossos pecados, ele (Deus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda a injustiça". Peça perdão a Deus (Ele já sabe do seu pecado, pois
NADA escapa aos Seus olhos), e também à pessoa

envolvida, dizendo que agora
você percebeu que fez algo que desagradou ao Senhor.

Enfatizar a necessidade de ABANDONAR a prática do erro: Pv 28:13 diz "O que
encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa E
DEIXA, alcançará misericórdia". A seqüência de ter se arrependido e confessado o
erro, é PARAR

com aquilo que Deus já mostrou que é pecado. Caso contrário,
possivelmente não existiu verdadeiro arrependimento. Lembre-se do que Jesus
disse à mulher adúltera em Jo 8:11: "...Vai, e não peques mais".

Enfatizar a GRAÇA DE DEUS: Àquele que está verdadeiramente arrependido, o
Senhor não apenas lhe dá a certeza do perdão, mas a convicção da Sua
presença, orientação e o derramar da Sua Maravilhosa Graça. Deus quer
recuperar e não destruir, os pecadores arrependidos.
O relacionamento sexual fora do casamento traz conseqüências em diversas áreas:

EMOCIONAL: Culpa, ciúme, medo, ansiedade, insegurança, autocondenação, ira
e depressão. Muitas vezes existe um desastre psicológico.

RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS : Namorados que praticam sexo antes do
casamento, por anos às vezes, na vida de casados, podem levantar acusações
mútuas. Surgem desconfianças por coisas mínimas e ficam mais susceptíveis à
infidelidade conjugal.

ESPIRITUAL: a fornicação, o adultério e toda a imoralidade são condenados por
Deus. Se não confessar e abandonar o pecado, a vida espiritual do jovem ficará

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cada vez mais sem sentido, e a tendência é de um afastamento cada vez maior de
Deus.

FÍSICA: a gravidez indesejada, que muitas vezes leva a um aborto (crime).
Doenças sexualmente transmissíveis e o perigo da AIDS.
COM TANTAS CONSEQUÊNCIAS, ESTEJA CERTO: DESOBEDECER A DEUS, ALÉM
DE SER UM MAU NEGÓCIO, TEM UM ALTO CUSTO!
B) ACONSELHANDO SOBRE COMO VENCER AS TENTAÇÕES

Muitos jovens já desistiram de resistir às tentações, alegando que "a carne é fraca".
Só que Deus deixou ordens claras para que resistamos, pois somos "mais que vencedores",
quando vivemos por meio de Cristo, o Senhor (Rm 8: 37).
Vejamos o que a Bíblia diz a respeito:
Mt 26: 41: "Vigiai e orai para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade está pronto, mas
a carne é fraca".
a) VIGIAR

Dicionário: "vigiar", quer dizer - "observar atentamente, ficar atento, estar de
sentinela, precaver-se".
É a situação do sentinela em uma guerra: ao avistar o inimigo com maior força e potência, ele não
o enfrenta, mas foge para avisar seus amigos.
EXEMPLO POSITIVO: JOSÉ (Gn.39:7-12)
EXEMPLO NEGATIVO: DAVI com Bate-Seba (2 Sm 11: 1 - 5)

Paulo nos exorta a fugirmos das tentações: 1 Co 6:18; 2 Tm 2:22

Martinho Lutero disse: "Não posso impedir que os pássaros voem sobre minha
cabeça, mas posso impedir que eles façam ninho nela".
- Ser tentado não é pecado. O pecado está em aceitar que a tentação faça "ninho em nossa
cabeça" (Tg 1:15).
b) ORAR
Este é o segundo conselho que Jesus nos dá na passagem. É bom lembrar que Jesus, sendo o
próprio Filho de Deus, nunca dispensou os momentos de oração.
Cristo ansiava pelo tempo a sós com o Pai, e recomendava a prática da oração a seus discípulos.
A oração leva nosso clamor a Deus, e nos torna mais dependentes do Senhor, para resistirmos às
tentações.
c) NÃO CONFIAR NA CARNE
Em 1 Co 10:12, Paulo diz: "Aquele que PENSA

estar em pé, veja que não caia". Quem se acha
maduro o suficiente, para não entrar em tentação, já é um sério candidato à queda. Não podemos
facilitar.
Em Tg 4:7 - "Sujeitai-vos portanto a Deus; mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós", Tiago diz que
precisamos resistir, pois com a ajuda do Senhor, o diabo foge de nós.
O Espírito Santo, que em nós habita, fortalece-nos para que não venhamos a dar lugar à carne
(Rm 8: 5 - 7 e 11; Rm 13: 14).
d) OCUPAR A MENTE

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Em Fp 4:8-9, Paulo nos dá uma lista de boas coisas, para que tenhamos com o que ocupar a
mente.
Precisamos policiar o que vai entrar em nossa vida, para gastarmos nosso tempo com o que
realmente vale a pena.
Leia principalmente a Bíblia, mas também bons livros, de preferência cristãos. Ocupe seu tempo
com atividades criativas e interessantes como: esportes, bons filmes, fazer algum curso, ajude a
alguém, etc.
Tenha coragem de ir contra a maioria. Nem tudo que a maioria diz e pensa é correto, do ponto de
vista de Deus.
Ainda existem pessoas fiéis aos padrões bíblicos, como nos diz 1 Pe 5:6-9

- "Resisti ao diabo,
firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cumprindo na vossa irmandade
espalhada no mundo".
Decida lutar, mesmo sabendo que não vai ser fácil. Lembre-se no entanto que teremos a ajuda e a
força do próprio Deus.

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25 – ALCOOLISMO
Pr. Mauro – Auto-Estudo
Um dos grandes males destruidores das famílias é o alcoolismo. O álcool é veneno para o
sistema nervoso. Por ser solúvel na água e na gordura, ele invade as células nervosas. A
pessoa pode tornar-se alcoólatra, sem jamais mostrar sintomas de bebedeira.
O alcoolismo começa com pequenos aperitivos sociais e não com problemas de
personalidade. TODAS as bebidas alcoólicas (vinho, cerveja, uísque, pinga, etc.) contêm
álcool etílico, uma droga que vicia.
Quando apontamos drogas, muitas vezes deixamos de lado o álcool. A sociedade não o
considera como droga e isto é um erro, pois vemos, adolescentes e jovens se
enveredando pelo caminho do vício.
Entre os alcoólatras primários, provavelmente o mais digno de dó seja o indivíduo que
atraído ao álcool pela primeira vez, continua a beber até tornar-se seu escravo. Ex.: a
esposa de um político foi induzida a beber pela primeira vez, com a idade de 57 anos
numa festa social e disse: "eu não sabia o que estava perdendo. Jamais ficarei sem o
álcool enquanto viver". Ela começou a beber e continuou a beber compulsivamente e
agora vive para a garrafa.
Outro caso, de um homem, que havia sido criado num lar cristão, ensinava na Escola
Dominical e havia estudado para o ministério que não havia bebido nem fumado nada.
Então bebe e a partir daí tem vivido mais bêbado que sóbrio. Foi ao fundo em questão de
semanas e perambulava de bar em bar durante dez anos, até que o Senhor o resgatou
novamente.
Beber socialmente, a grande armadilha de Satanás. Estudos médicos demonstram que
após um período de 7 anos de aperitivos regulares, o vício se estabelece, se tornam
alcoólatras.
A Bíblia diz em Provérbios 20:1 – “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora;
todo aquele que por eles é vencido, não é sábio“. Já foi o tempo que o padrão que
determinava que uma pessoa estava bêbada ou sóbria era sua capacidade de andar em
linha reta ou falar de maneira distinta.
O álcool etílico, quando ingerido, vai quase imediatamente para a corrente sanguínea e
daí para o cérebro. Começa afetando o córtex cerebral (localizam-se os centros mais
elevados, memória, consciência e juízo). O álcool retarda as ações, diminui a capacidade
de calcular distâncias e perceber a diferença entre estímulos visuais e auditivos.
Eu creio na Bíblia e ela fala claramente que o problema é o produto e não o indivíduo.
Leiamos Provérbios 23:29, 30 e 32.
É necessário que compreendamos o alcoólatra, a fim de ajudá-lo. Lembra-se de Adão e
Eva, eles estavam livres da morte antes de comerem do fruto da árvore da ciência do bem
e do mal; muitas pessoas também necessitam somente de um drinque para entrarem
num vício consumidor.

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Há 7 passos que levam uma pessoa da sobriedade ao alcoolismo e à deterioração
completa da mente e do corpo. São eles:
1. Beber socialmente - quase sem exceção, as pessoas começam a beber porque
alguém lhes oferece uma bebida. A "hora da hospitalidade", o coquetel, o “happy
hour”, tornam-se parte aceita da vida social. Ninguém quando começa a beber
deseja tornar-se escravo do álcool, nem beber até cambalear ou expor-se ao
ridículo. "Eu não, isso não vai acontecer comigo, sou esperto demais para
submeter-me ao controle do álcool. Tenho bastante autocontrole".
2. Depender da bebida - os motivos mudam sutilmente, mas de modo perceptível.
Ele já não bebe somente quando recebe visitas ou vai visitar outros. Tornou-se um
bebedor habitual ou um dependente da bebida. O primeiro está apenas
começando a sentir o puxão poderoso e insistente do vício. Ele prepara uma
bebida quando chega em casa, ou depois do jantar. Torna-se um hábito. Já o
segundo, o que dependa da bebida, bebe quando as dificuldades começam a
acumular-se, quando os problemas ficam grandes demais. Chegam as dívidas, vai
mal no trabalho, em casa é só problemas e aí ele bebe para esquecer.
3. Fase pré-alcoólatra - definido como bebedor regular, o indivíduo começa a beber
com mais pressa. Os tragos são engolidos depressa, bebe escondido e surrupia
bebida. Nas festas sempre insiste em ajudar a servir. Seu copo está sempre cheio.
Começa a revelar evidências de intoxicação. Chega à mentira. Seja rico ou pobre,
ele se torna um mentiroso consumado.
4. Problema com a bebida - o bebedor pré-alcoólatra começa a perder o controle
dos seus hábitos de beber. Agora ele chegou num estágio que começa a beber e
não consegue parar. Começa a passar os finais de semana bêbado. É nessa
altura que o bebedor problemático passa por grandes tormentos. Vai a algum lugar
a fim de realizar um trabalho, mas começa a beber e não consegue parar.
Vagamente se lembra de algo que aconteceu.
5. Própria queda ao alcoolismo - Até aqui o bebedor problemático consegue
manter uma vida aparentemente normal. Agora, seu vício crescente começa a
influenciar os membros da família, os amigos e os companheiros de trabalho. Sua
vida gira num único ponto: conseguir outro trago. Já não controla a hora em que
começa e nem a hora em que pára. O seu ser, já viciado, grita pedindo álcool.
6. Descida sutil ao alcoolismo crônico - De maneira gradual, o trabalho se vai,
entra num longo período de intoxicação que acaba no “delirius tremens”. O interior
das cadeias já não lhe é estranho, não há vergonha de ir para lá. É nessa fase que
ele, com toda a probabilidade, será hospitalizado pela primeira vez por causa da
bebida. É quase o fundo do poço.
7. Deterioração orgânica - Já não se importa com a própria aparência. Anda sujo e
com barba por fazer. Olhos vermelhos e seu rosto, perpetuamente inchado e
rosado. Já não acoberta os encontros com o vício. Trabalhar, somente para
conseguir pagar a bebida. O organismo que Deus lhe deu começa a deteriorar-se.
Andar é uma tortura e as mãos tremem sempre. Má nutrição, cirrose de fígado,
desordens nervosas e gástricas. Problemas circulatórias e feridas pelo corpo. Já
está familiarizado com hospitais e, pior que tudo, a deterioração mental. É o fundo
do poço.
Não é impossível a pessoa se libertar no estágio final do alcoolismo, pois para Deus nada
é impossível, mas seus problemas serão mais graves se tivesse procurado ajuda mais
cedo.

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Infelizmente nada podemos fazer pelo alcoólatra até que ele deseje receber ajuda.
Estudos demonstram que somente até 12% dos viciados em álcool vão viver na rua. A
grande maioria se oculta em suas comunidades. A maioria nem admite ter problemas.
Os alcoólatras apresentam 4 características: 1) o desejo de jamais tomar outro trago; 2)
orgulho de estar sóbrio; 3) medo de beber de novo e, 4) o sentimento de que, afinal,
dominou a situação.
Muitos dizem: "A Bíblia diz que não faz mal eu beber, se morrer agora eu sei que iria para
o céu". Realmente a Bíblia não nos diz que não devamos beber, mas ele tem muito a nos
dizer sobre embebedar-se: Jeremias 13:9-14 - Deus usa a bebida alcoólica como juízo.
Jeremias 48:26 - acompanham a bebedeira: imoralidade, rebelião contra Deus, destruição
do homem.. Jeremias 13:13 - Deus novamente usa a bebedeira para destruir a nação.
Um exame sobre a bebida na Palavra de Deus nos leva a 2 classes de pessoas que
receberam advertência de Deus para não beber, os sacerdotes e reis. Vejamos Levítico
10:8-11 e Provérbios 31:4-5. Os sacerdotes não podiam beber enquanto estivessem no
templo, a fim de diferenciar o santo e o imundo e ensinar ao povo a distinção entre o bem
e o mal.
Os reis e sacerdotes deviam abster-se da bebida para conhecerem a diferença entre o
certo e o errado e serem justos nos julgamentos.
Leiamos Apocalipse 1:5-6 e I Pedro 2:9 - os que aceitaram a Cristo como Salvador são
reis e sacerdotes. Mas, e quando os sacerdotes estão fora do templo? A Bíblia nada nos
diz a respeito. Mas leiamos 2 Coríntios 6:16 - como crentes estamos sempre vivendo no
santuário de Deus.
Modos para ajudar um alcoólatra:

Orar por ele - Podemos fazer mais do que orar, depois de termo orado. Mas não
podemos fazer mais do que orar até havermos orado. Coloque o alcoólatra na sua
lista de oração, orando diariamente, mencionando o nome e crendo que Deus vai
libertá-lo.

Esteja certo de que você é um membro da família de Deus - oração é um privilégio
e dever dos filhos de Deus. - Lucas 11:2

Firme-se na promessa de Deus de responder à oração - Marcos 11:24, Lucas 11:9

Usar o método correto - oração particular (Isaías 59:1-2) e pública (Mateus 18:19)

Pedirmos - Mateus 21:22

Esperarmos a resposta em Deus - Jeremias 14:22 - I Coríntios 1:27-28

Apresentar o Evangelho - somente Cristo o libertará

Trabalhar com alcoólatras não é a parte mais agradável do ministério, pois o
alcoólatra em geral é difícil, mal-humorado e não gosta de cooperar. Não gosta de
revelar o que tem no seu íntimo, é mentirosa, suspeita de todos. O trabalho toma
muito tempo – Romanos 5:8 - Se não mostramos vida com Cristo, mostraremos
teologia.

Comunhão - uma das chaves dos Alcoólicos Anônimos é que oferecem comunhão
e jamais forçam-na sobre o indivíduo. É uma rua de mão dupla. Depende dele.

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Mas devemos ter a compaixão e o amor do Bom Samaritano se é que desejamos
ter êxito em oferecer comunhão.

Entender que é um projeto de equipe - da família, da igreja, dos amigos.
Geralmente o lar é o último local a oferecer comunhão.

Entender as palavras, ações, conversa e procedimentos - apelos emocionais,
preleção moral, não ajudam o alcoólatra, em nada a buscar ajuda.

Precisamos ter certeza de que nossa fé em Jesus é firme e forte, que temos um
espírito perdoador, de nos segurarmos em Jesus nestes momentos.

A Bíblia diz que o perfeito amor lança fora o medo. Não devemos temer que nossa
contribuição não funcione. O medo traz consigo as sementes da destruição.

A Igreja não deve isolá-lo . Devem não somente recebê-lo bem, mas mostrar-lhe
que estão contentes com a sua presença. Ele deve ser aceito como indivíduo.

Paciência - devemos pedir a Deus que nos faça pacientes e longânimes quando
lidamos com alcoólatras. Leiamos I Timóteo 1:15 e 15 e Salmo 86:15

Ter firmeza - Lucas 17:3-4 - Se pecarmos, devemos ser repreendidos. Se nos
arrependemos, devemos ser perdoados. Quando tratamos com o viciado no álcool
precisaremos repreendê-lo, pois ele desenvolveu 3 características na sua descida
ao alcoolismo: 1) tornou-se perito em mentira; 2) procura alguém sobre quem
possa apoiar-se, tornando-se muito dependente; 3) pensa somente em si e prefere
ficar sozinho (egocêntrico e anti-social). Ele não pode firmar-se sobre seus
próprios pés.

Não é prudente ameaçar o alcoólatra. Porém quando ele, sóbrio, fizer uma
promessa, deverá cumpri-la.

Não deixe que o alcoólatra lhe passe a perna, pois aprende a evitar a
responsabilidade e perde o respeito por você.

Não volte atrás, devemos ter firmeza.

Ações falam mais alto que palavras. Veja o que ele faz e não o que promete fazer.

Procurar ajuda especializada, tais como médicos, grupos de terapia, Alcoólatras
Anônimos, centros de recuperação
Sugestão de Leitura: “Dando a vida por um drinque – O que você precisa saber sobre o
alcoolismo” – Dr. Anderson Spickard – Ed. Vida
Sugestão de Ajuda: Site dos Alcoólicos Anônimos - http://www.alcoolicosanonimos.org.br/

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26 – MEIA-IDADE
Pr. Mauro
É um tempo de transição e mudanças, envolvendo as idades de 30 a 50 anos, sendo
necessário fazer ajustes e reavaliações.
Nesse período começa a ocorrer a conscientização da decadência física, com queda de
cabelos ou esbranquecimento dos mesmo, barriga saliente, aumento de varizes, etc.
Também ocorre a percepção clara que nem todos os alvos e objetivos estabelecidos
foram alcançados e que o tempo para algumas coisas vai se esgotando, portanto, é hora
de decidir se vai na mesma direção ou se deve mudar de rumo. A meia-idade é um tempo
de auto-avaliação sobre o estilo de vida, sobre o rumo profissional e sobre as prioridades.
Para alguns é tempo de crise, levados por: tumultos, estresse, tempestade de paixão,
bons ou maus casamentos, auto-estima, trabalho, tristeza, relacionamento com filhos e
pais idosos, maturidade espiritual, impaciência, doença e desapontamentos.
Nessa fase da vida ativamos nossas ansiedades mais profundas sobre decadência e
morte.
A psicologia moderna estabelece que 4 P’s são determinantes para que ocorra uma crise
ou não, sendo eles:
1. Perspectiva: modo como a pessoa vê a vida (casamento, família, emprego,
religião, otimismo, esperança).
2. Percepção: de si mesma para influenciar na respostas das perguntas sobre como
a pessoa é, se tem aptidão e experiência, se tem auto-confiança, a forma como
reagiu a mudanças no passado.
3. Proteção: através do conjunto de recursos financeiros que dispõe e o incentivo da
família, dos amigos e mentores.
4. Planejamento Estratégico: através de técnicas usadas para enfrentar as
dificuldades.
Os homens nessa fase da vida são mais prudentes, compassivos, menos incomodados
por conflitos externos, mais amorosos e gentis; já as mulheres estão mais preocupadas
com a carreira profissional e no sucesso das atividades fora do lar.
Uma série de alterações físicas se processam: cabelos grisalhos, calvície, bolsas embaixo
dos olhos, menor elasticidade nos movimentos, perda da aparência jovem, tudo
“escorrega para baixo”, barriga e quadril aumentam e ocorre um declínio no vigor físico.
Como alterações psicológicas temos a contagem dos anos para a aposentadoria, uma
maior lentidão para o aprendizado, o tédio, medo, o ligeiro enfraquecimento da memória.
Alterações profissionais também se processam: a insatisfação no emprego, ser
subestimado, pressão ou medo do fracasso e frustrações nos relacionamentos
profissionais.

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Já na relações conjugal-familiares também algumas alterações se fazem presentes: a)
época que os filhos começam a sair de casa, podendo deixar pais vazios, melancólicos; b)
os pais da pessoa na meia-idade estão envelhecendo cada vez mais, gerando cuidados
extras; c) o casamento pode estar passando por um estresse, com o conhecimento dos
pontos fracos do cônjuge, achar que não precisam ficar mais juntos por causa dos filhos,
o sexo já está sem novidades, ocorre um declínio na intimidade; d) o temor da perda da
potência sexual.
Aconselhamento

Fazer exames periódicos

Exercícios físicos regulares

Descanso

Controle da dieta

Dizer não à agenda abarrotada

Leitura e meditação da Palavra de Deus

Sair da rotina

Oração e aumentar o relacionamento com Deus

Estabelecer uma terapia de balanço e redirecionamento:
o Estabelecer uma relação baseada na aceitação e na compreensão
o Atacar os problemas específicos da meia-idade
o Trabalhar com a família
o Estimular a conscientização espiritual
Como Evitar Problemas?
- Prevenindo, através de orientação
- Educação, através de palestras para família, retiros de casais, grupos de
discussão.
- Dedicação aos outros
A Igreja tem fator fundamental nesse processo, pois tem o poder da cura através
do amor, que é a base através de Jesus Cristo, onde podemos levar as cargas
uns dos outros.

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27 – ACONSELHANDO OS SOLTEIROS
Pr. Mauro
“Se a felicidade é ser solteiro, por que essas pessoas parecem tão tristes”
Muitos solteiros podem ter perspectivas estreitas, pois estão muito preocupados. Ao invés
de serem mais dinâmicos nos relacionamentos e aproveitarem melhor a vida, aprendendo
a controlar a qualidade de sua vida, estão passando por conflitos internos
constantemente.
O número de adultos solteiros sobe astronomicamente através do aumento das taxas de
divórcio, a opressão da vida profissional, a tendência na postergação do casamento e a
desproporção no número de homens e mulheres.
Definimos como grupo de solteiros todos àqueles que nunca se casaram, os que já foram
casados mas perderam o cônjuge por morte (viúvos) ou divórcio, os padres, freiras
celibatários e os que decidem ser solteiros voluntariamente.
Na sociedade as pessoas andam aos pares. Muitos vêem os solteiros como desajustados,
estorvo para os casados, não confiam neles, não sabe se os incluem ou não nas
atividades sociais.
Isso traz solidão, insegurança, baixa auto-estima e rejeição, além de trazer na área
econômica o pagamento de impostos mais altos, maiores dificuldades na obtenção de
crédito e para fazer seguros e até mesmo achar um lugar decente em um restaurante.
A Bíblia e os Solteiros

O primeiro solteiro descrito na Bíblia foi Adão e não teve muita duração sua solteirice (Gn.
2:18), pois Deus trazia para o homem o companheirismo, a realização sexual, a
perpetuação da espécie e a parceria. Porém com o pecado veio a tendência do homem
morrer antes da mulher, a influência das guerras, o medo da intimidade com o sexo
oposto e a dificuldade de assumir relacionamentos.
A Bíblia mostra que o estado de solteiro é um dom especial de Deus para certas pessoas:
Ler Mateus 19:11 e 12 e I Coríntios 7:7, 28, 32-35.
Paulo exalta que a vida de solteiro pode levar a uma dedicação exclusiva a Cristo. Porém
muitos solteiros ficam se “consagrando” exclusivamente à procura de alguém, com
sentimentos inadequados.
Tipos de Problemas

Estão diretamente relacionados às suas categorias:
1. Daqueles que não encontraram um companheiro ou decidiram adiar o casório:
composto por mulheres mais independentes, os viajantes, aqueles que estão se
firmando profissionalmente, os estudantes em longos períodos de teinamento, os
jovens nas forças armadas, os que vivem viajando à trabalho, aqueles que estão

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começando no mundo dos negócios. Geralmente são pessoas que vivem em
compasso de espera, com isso estão sempre pensando no futuro e tem uma
tendência de agarrar a primeira oportunidade de namoro e casamento. Com o tempo
se torna o caos.
2. O segundo grupo são daqueles que optaram por não casar: ou por vocação de Deus,
ou porque querem gozar de sua liberdade, ou por não se interessar pelo casamento,
preferindo ficar sozinho, ou por aqueles que tiveram experiências ruins com
casamento anterior ou viram seus amigos ou familiares vivendo processos de divórcio
doloroso (litigioso). Com o tempo podem se envolver em relacionamento indesejado
ou inadequado ou começar a se questionar sobre seu medo de envolvimento em
relacionamentos, se são homossexuais ou se são exigentes demais.
3. O terceiro grupo diz respeito àqueles que tiveram casamentos fracassados e estào
solteiros: geralmente se sentem sozinhos, lutam durante a fase de ajuste, tem
sensação de fracasso e culpa e dificuldades com sua auto-imagem. Podem estar
sofrendo críticas da própria família ou da igreja.
4. Pessoas que perderam os cônjuges: sofrem dor, solidão, perda, vazio, tristeza,
dificuldades em reaprender a viverem sozinhos. Os mais velhos sofrem mais.
5. Outras razões para solteiros: por aqueles que sofrem doença crônicas e deficiências
físicas e mentais, pelos imaturos completos, por aqueles que acham melhor morar
junto do que casar (assumem que são solteiros, mesmo morando juntos) e pelos
casos de homossexualismo masculino ou feminino.
Efeitos para Alguns

Problemas com solidão – “vazio”

Problemas com auto-estima – medo de não serem aceitos

Problemas de identidade e orientação na vida, trazendo inseguranças,
desapontamentos, frustração

Problemas sexuais – com promiscuidade, homossexualismo ou masturbação

Problemas emocionais – irritação, hostilidade, amargura, medo de rejeição, medo de
ficar sozinho, medo de ganhar peso

Problemas gerais – os homens tem maior tendência de ter doenças mentais; mães e
pais solteiros enfrentando maiores dificuldades por não ter com quem dividir a
responsabilidade na educação dos filhos; ter que lidar com os “santos casamenteiros”;
ter que lidar com os críticos.
Aconselhando

1. Reflexão do conselheiro sobre suas próprias atitudes com relação aos solteiros: não
são pessoas indesejadas ou toleradas, cuidado com preconceito sutil.
2. Aceitação e apoio aos solteiros, fornecendo ouvidos dispostos a escutá-los.
3. Incentivá-los a elaborar um projeto de vida realista, onde o casamento pode vir ou
não, procurando mostrar-lhes para desenvolver seus talentos e dons, a meditarem na
vontade de Deus, estabelecendo metas a curto, médio e longo prazo, com um plano
de ação eficiente (ex: conseguir emprego, conseguir aumento, equilibrar orçamento,
estudar, cuidar da casa, etc).
4. Orientá-los nos relacionamentos interpessoais, mostrando-lhes que todas as pessoas
tem defeitos e que deverão ser aceitas como são, sem fantasias; também devem
entender que nos seus compromissos com os outros devem aprender e compartilhar.

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O conselheiro deve procurar ajudá-los a reconhecer o que é amizade ou envolvimento
amoroso.
5. Deverá ser provido uma assistência aos solteiros com filhos, pois geralmente estão
exaustos. É muito bom também colocar o pai/a mãe solteiro(a) com outros pais para
apoio e estímulo, procurando mostrar-lhes a necessidade de criar os filhos com amor,
disciplina e compreensão.
6. Ajudá-los a suportar a espera, onde o fator base é a paciência (às vezes, um
tratamento de Deus para pecados inconfessos ou problemas íntimos), com mudança
de atitudes, onde devem ser estimulados a confiar na bondade de Deus, esperando
nEle diariamente, descansando e sendo tratados.
A Igreja deve ter suas atitudes mudadas, de púlpito, pois solteiros adultos não são
desajustados. Os casados devem ser incentivados a darem as boas-vindas aos solteiros e
recebê-los em suas casas. Lembrem-se, Jesus e Paulo eram solteiros.
É necessário mostrar a esses solteiros que o casamento não deve ser visto de forma
distorcida. Ele, bem estruturado, constrói famílias estáveis.
Ser solteiro não é uma doença e nem praga, podendo levá-los a uma vida gratificante e
produtiva. Os solteiros têm potencial para levar um vida plena, significativa e
cristocêntrica.

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28 – ACONSELHANDO NAMORADOS e NOIVOS
Pr. Mauro
Muitos cristãos concordam que a decisão mais importante na vida é aceitar ou rejeitar
Jesus como Senhor e Salvador, já a segunda é a escolha de um companheiro para toda a
vida.
A Bíblia fala pouca coisa sobre a escolha do cônjuge. Jesus e Paulo falam sobre sua
aprovação ao casamento, porém nenhum deles discorreu sobre como deve ser a seleção
do parceiro.
É muito importante escolher alguém que professa a mesma fé: II Co. 6:14 e 15, I Co. 5:9
Também é importante ter a orientação de Deus: I Co. 7:17, Sl. 32:8, Pv. 3:5-6, Pv. 16:3-9
A escolha do cônjuge é gratificante, porém difícil.
Por que as pessoas escolhem um namorado/noivo?

A maior parte diz que é por “amor”, porém geralmente é por paixão (sentir em relação
ao outro uma proximidade ou intimidade excitante e embriagadora), pois o verdadeiro
amor (I Coríntios 13), vem com o tempo, no casamento, devendo ser firme e profundo.
Porém muitos confundem o estar amando (estado de excitação emocional) com o
amor, que segue em seu crescimento.

Outros porque os opostos se atraem, onde solteiros se sentem atraídos por parceiros
com potencial em suprir suas necessidades, através da compensação de suas
fraquezas.

Gravidez, pressão social, fugir de um ambiente desagradável em casa, medo de ficar
sozinho, para se recuperarem de um relacionamento anterior, obrigação de socorrer
um solteiro desafortunado.

Em última análise, pois são um homem e uma mulher, que buscam companheirismo,
apoio mútuo e envolvimento sexual. Hb. 13:4 diz que o matrimônio é digno de honra.
Por que as pessoas não escolhem um namorado/noivo?

Solteiro para se consagrar desimpedidamente ao Senhor (I Co. 7:35)

Fracasso em encontrar parceiros adequados

Número maior de mulheres que homens

Buscam companheiros com interesses e níveis de instrução semelhantes e não
acham

Para não atrapalhar as oportunidades de carreira, estudo, viagens

Porque tem um nível de exigência muito algo

Porque tem problemas mentais ou defeitos físicos

Excessivamente tímidos

Medo do sexo oposto

Pessoas agressivas ou espalhafatosas demais

Se vestem ou se comportam de maneira social imprópria

Egocêntricas

Preocupadas demais em se casar

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Não obtêm independência emocional, dos pais ou têm sentimento de culpa por deixar
o pai e a mãe

Porque mantêm um casamento experimental, vivendo juntas ou em casas separadas,
porém ainda se consideram solteiras

Relacionamentos homossexuais
Por que as escolhas erradas?

Influências sutis

Pressões dos pais e da sociedade

Expectativas erradas: Alguém que me ame, Em quem eu confie, A quem me
demonstre afeição ou respeite meu ideais.

Grandes diferenças de idades

Fugir dos pais

Parceiro sexual

Gravidez no namoro ou noivado

Grandes diferenças culturais ou raciais

Envolvimento com drogas
Por que as escolhas certas?

Convicções cristãs

Formações semelhantes e necessidades complementares

Ressonância emocional (sentem os relacionamentos corretos e harmoniosos)

Características de nubilidade (casadouras)

tempo para a convivência do casal,
interesses espirituais comuns, capacidade de negociação, maturidade, brincadeiras e
humor, intimidade, disposição de assumir compromissos

Adaptabilidade e flexibilidade

Empatia

Capacidade de enfrentar os problemas

Capacidade de dar e receber amor

Capacidade de comunicação

Compromisso
Boas escolhas nem sempre se traduzem em bons casamentos, porém a seleção criteriosa
de um companheiro proporciona uma base sólida para a construção do relacionamento
entre homem e mulher.
Aconselhando

Raramente a escolha é feita de forma cuidadosa, objetiva e racional, pois estão
envolvidos na paixão, fazendo vistas grossas. É muito importante conversas informais ou
palestras para grupos de solteiros.
1. Fazer uma avaliação espiritual, verificando se existe jugo desigual, se sua vida
demonstra evidências do fruto do Espírito (Gl. 5:22-23), se já conversaram sobre
suas metas na vida espiritual, se já oraram juntos, se tem as mesmas opiniões
sobre a igreja, sobre os modos de conduta, o que é certo e errado, lar cristão.

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2. Restabelecer a confiança, lidando com o medo de nunca se casarem e com os
sentimentos de raiva e frustração.
3. Orientar a se relacionar adequadamente (igreja, cursos, viagens, eventos
esportivos, grupos de jovens, conferências, palestras). Orientar sobre aparência e
a ser bom ouvinte.
4. Avaliar as motivações, as idéias, a maturidade. Perguntando: Por que quer se
casar?, Qual seu cônjuge ideal?. Verificando se quer fugir das pressões sociais e
familiares, para fugir de uma situação doméstica desagradável, para provar que já
é adulto, se tem medo do sexo oposto e principalmente se é maduro para assumir
responsabilidades e se tem controle das emoções.
5. Incentivando a paciência (Sl. 40:1), orando regularmente, confiando na direção e
tempo de Deus, não deixando passar as oportunidades de conhecer outras
pessoas.
6. Verificando se os relacionamentos são frágeis (motivados pela atração sexual,
pela vontade de fugir de uma situação doméstica desagradável, vago sentimento
de amor ou outro motivo fútil)
7. O aconselhamento pré-nupcial é preventivo, com foco na educação e informação
8. Tirar a idéia que as coisas só acontecem com os outros
Orientação necessária para?

Falsas expectativas que podem causar desilusão

Imaturidade (não sabem lidar com as diferenças, egocentrismo) que pode gerar
insensibilidade

Inversão de papéis, que pode gerar confusão

Tipos alternativos de casamento que geram dúvidas e confusão

Afrouxamento dos padrões sexuais, que pode levar à imaturidade

Experiências anteriores, que podem causar excesso de confiança

Circunstâncias que podem ser problemas futuros: gravidez da noiva; grave
envolvimento com drogas; problemas emocionais ou instabilidade mental; insegurança
financeira; grandes diferenças em termos de cultura, crenças religiosas, idade ou grau
de instrução

Pouco tempo de convivência
O aconselhamento vem para avaliar se estão maduros para o casamento, ensinando
diretrizes bíblicas, orientando a uma auto-avaliação, estimulando a comunicação eficiente,
prevendo e discutindo possíveis fontes de estresse, fornecendo informações.

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29 – ACONSELHAMENTO CONJUGAL
Pr. Mauro
Matrimônios não são instituições estáveis para muitos, porém existem casamentos felizes,
com satisfação e duradouros, com uma imagem positiva do cônjuge, acreditando na
importância do casamento.
Vivemos numa época em que a infidelidade conjugal é comum, o divórcio é uma saída de
emergência conveniente e disponível, a “incompatibilidade de gênios” se torna motivo
suficiente para romper o casamento.
A Bíblia trata sobre o casamento: Gn. 2:18-25, Ef. 5:21-33, Cl. 3:18-25, I Pe. 3:1-7, Hb.
13:4, porém não diz quase nada sobre como enfrentar as dificuldades de relacionamento,
mas incentiva a desfrutar das alegrias do relacionamento pessoal e sexual com seu
cônjuge (Pv. 5:18, Ec. 9:9) e diz que encontrar um companheiro é uma bênção (Pv.
18:22), dizendo também que viver com um cônjuge briguento e encrenqueiro é como o
gotejar contínuo (Pv. 27:15-16, Pv. 19:13, Pv. 21:9).
Existem evidências que Ló, Abraão, Jacó, Jó, Sansão, Davi e outros tiveram problemas
conjugais, proém os problemas não foram analisados.
Um conflito matrimonial é geralmente um sinal de causa mais profunda: egoísmo, falta de
amor, dificuldades em perdoar, raiva, amargura, problemas de comunicação, ansiedade,
abuso sexual, embriaguez, sentimentos de inferioridade, pecado e rejeição à vontade de
Deus.
Causas Principais dos Problemas

Gênesis 2:24, traz algumas delas:
o Deixar – afastamento emocional dos pais, com novas responsabilidades
o Unir – fixar, grudar, lutar pelos mesmos ideais
o Tornar-se uma só carne – compartilhando

Falhas na Comunicação – Tiago 4:1 a 3
o Envio e recebimento de mensagens (verbais ou não verbais), passando
mensagens duplas, trazendo confusão e interrupção
o Comunicação é uma interação aprendida, tem que melhorar

Relacionamentos Subintegrados ou Superintegrados
o Sub

desenvolvimento do marido e da mulher seguindo caminhos
independentes (não trocando confidências, não demonstrando seus pontos
fracos, não desenvolvendo projetos em comum) trazendo uma postura
defensiva, criticando e humilhando o outro, com manipulações sutis.
o Super

quando perdem a identidade própria, jogando a culpa no outro, onde
nenhum dos dois recuam, não reconhecendo suas necessidades individuais e
vendo suas próprias falhas, com o tempo podem trazer reações violentas
(físicas e/ou verbais).

Tensão interpessoal: recusando a reconhecer as diferenças. Tem como fatores:
o Sexo – falta de conhecimento, expectativas irreais, medo de não terem um
bom desempenho, diferenças, inibições, privacidade
o Papéis – sendo desempenhados de maneira inadequada

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o Inflexibilidade – personalidade egoísta
o Religião – crente e incrédulo (I Co. 7:12-16; II Co. 6:14-16)
o Valores – metas ou oposições
o Necessidades humanas – básicas (amor, segurança, relacionamento,
alimento, descanso, ar, viver sem dor) ou mais pessoais (domínio, controle,
possuir, atingir os objetivos, ajudar ou socorrer os outros)
o Diferenças de personalidade – um é franco e o outro guarda para si,
impulsividade do cônjuge
o Dinheiro – como se sustentarão, quem controlará, como será gasto

Pressões externas
o Parentes
o Filhos – necessidades e presença interferem na qualidade dos contatos do
casal
o Amigos – principalmente os do sexo oposto
o Exigências profissionais (pressão, fadiga, “roubo” do tempo)
o Reveses financeiros

Tédio
o Rotina, monotonia, que os deixa pensativos, voltados para auto-satisfação e
para a autopiedade
Efeitos

1. Confusão, desespero e desânimo, seguidos por tristeza, mágoa e raiva, perdendo a
esperança. O aconselhamento deve buscar restaurar a esperança.
2. Afastamento – com pouco afeto, preocupação, comunicação, intimidade, amor e
interesse pelo outro.
3. Abandono – deixam mágoas, perplexidade, incertezas, dificuldades financeiras,
famílias com um só dos pais.
4. Separação ou divórcio – nunca é uma solução feliz, trazendo traumas e feridas.
Aconselhando
Aconselhar uma pessoa é uma tarefa difícil, já um casal é muito mais difícil e um dos
conjugês pode demonstrar uma atitude de hostilidade e resistência ao aconselhamento.
1. Revendo suas próprias atitudes (do conselheiro): se toma partido, se fica irritado,
se fica ansioso com seu casamento. É necessário entregar nas mãos de Deus ,
descansando nEle e procurando desenvolver uma atmosfera construtiva.
Obs.: o conselheiro deve ficar atento, pois uma mulher aconselhada pode vê-lo como
alguém gentil e compreensivo, diferentemente do seu esposo e o marido pode vê-lo
como um ameaça ao seu casamento.
2. Alerta para problemas especiais diferentemente de outros aconselhamentos:

Melhor atender os 2 separados

Deve ter limite de tempo?

o aconselhamento deve ter avaliação,
intervenção e conclusão

Aconselhamento em grupo é indicado? Nem sempre

Atender sozinho ou em conjunto com outro conselheiro? O ideal é um casal
de conselheiros, sendo mais eficaz.

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3. Faça uma avaliação da situação do casal Por que vieram procurar ajuda?

Não trate ou ache como simples

Necessário pedir exemplos específicos, detalhes

Pedir como se sentem em relação a cada problema. O que já fizeram para
resolvê-los? O que funcionou? O que não deu resultado?

São cristãos em crescimento ou “hábitos entorpecidos”

Conselheiro deve procurar gerar expectativas positivas, falando sobre suas
disposições em mudar, dando início ao processo de mudança, dando
esperanças.
4. Determinando metas no aconselhamento:

Identificando e compreendendo as questões específicas que estão gerando os
problemas

Ensinando como se comunicar de forma efetiva

O que podem fazer para manter a união do casal

Dar-lhes esperança

Verificar quais as metas dos aconselhados (O que querem), verificando:
o Qual a opinião de cada um sobre o relacionamento?
o O que cada um anseia?
o O que pode ser feito?
o O que cada um está disposto a fazer agora?

Verificar as discordâncias das metas, sendo franco e sem julgar, mostrar o que
a Palavra de Deus determina.
5. Foco nas pessoas

onde a maior parte dos problemas pessoais são emocionais,
não racionais, com isso, devemos verificar os sentimentos, as frustrações e os
problemas.
6. Foco nos problemas

direcione começando com soluções provisórias, a fim de
prover mudanças de atitudes, comportamentos, confissão, perdão e reavaliação
de pontos de vista.
7. Foco nos processos
Processo, no aconselhamento é a forma constante de deixar as pessoas se
relacionarem entre si ou interagindo com o conselheiro.
Evitando

1. Ensinar princípios bíblicos relativos aos casamentos.
2. Enfatizar a importância da estabilidade do casamento, seu aperfeiçoamento na
relação e no compromisso conjugal.
3. Ensinar princípios de comunicação e resolução de conflitos.
4. Incentivar a busca de aconselhamento, quando necessário.
Casamento é o mais íntimo dos relacionamentos humanos. Feliz ele traz satisfação,
porém uma relação triste e estagnada traz frustração.

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30 – PROBLEMAS de FAMÍLIA
Auto-Estudo
Não se ensina a pensar na família como um instrumento através do qual as pessoas
cooperam, aprendem umas com as outras, se fortalecem mutuamente e, às vezes, erram
coletivamente, mas tentam de novo. Geralmente encontramos indivíduos cheios de
“defesa”, tentando encontrar seus impulsos e lutando com o superego.
O aconselhamento familiar existe para melhorar o funcionamento de famílias
problemáticas, ensinando-as a lidar com as fontes de estresse e a construir relações
familiares saudáveis.
A Bíblia menciona famílias e seus exemplos de problemas. A primeira família, a de Adão e
Eva foi despedaçada por um homicídio quando Caim matou o irmão. Já Abraão enfrentou
problemas quando sua esposa Sara entrou em litígio com sua serva Hagar. Jacó e Esaú
eram irmãos gêmeos que viviam em permanente conflito, agravado quando sua mãe
Rebeca tomou partido de Jacó. José foi rejeitado pelos seus irmãos. Os filhos de Davi se
desentenderam e o próprio rei teve que fugir de seu filho Absalão. Os livros de 1
a
. e 2
a
.
Reis trazem inúmeras histórias de famílias reais cheias de intrigas e assassinatos.
Uma das histórias mais dolorosas do Antigo Testamento é a de Eli, o sumo sacerdote,
que educou Samuel. Ele falhou como pai, talvez porque estivesse mais envolvido com seu
ministério do que com os deveres da paternidade. Os filhos de Eli foram homens
desprezíveis, que não tinham respeito pelas coisas espirituais e estavam envolvidos
abertamente em imoralidade sexual. Eli foi repreendido e acabou morrendo porque não
fez nada para acabar com o comportamento irresponsável dos filhos.
O ensino bíblico sobre a família dá apoio a várias conclusões, com o pai como cabeça do
lar, tendo dentre suas responsabilidades amar asua mulher de um modo que demonstre o
amor que Cristo tem por seus filhos. Dentro do lar deve haver submissão mútua e
compromisso entre o marido e a esposa. Os pais são responsáveis por disciplinar os
filhos, de modo que estes aprendam a obedecer, mas não se tornem amargurados e
desanimados.
A família é uma miniatura de igreja, com isso, entendemos que o relacionamento
interpessoal, amor, perdão, solução de conflitos, autonegação, integridade pessoal,
interesse pelo próximo, ensino de princípios bíblicos, maturidade e crescimento espiritual
precisam ser aplicados à familia.
Os problemas familiares podem afetar as pessoas de diversas maneiras: desespero,
frustração, tristeza, raiva, ansiedade, sensação de desamparo, violência física e
agressões verbais, imoralidade sexual, desajustes, negativismos, delinqüência, baixo
rendimento escolar, depressão, alcoolismo, drogas, quebras da comunicação, declínio no
desempenho profissional, indecisão profissional e incesto.
Geralmente os problemas são muito bem escondidos dos estranhos, onde somente na
privacidade do lar as pressões se evidenciam. Não é fácil amadurecer nosso caráter
cristão quando nossa vida doméstica é cheia de conflitos e comportamentos interpessoais
destrutivos.

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Em termos ideais a família deveria reunir e disseminar informações sobre o mundo;
fornecer valores e orientar sobre o desenvolvimento de crenças religiosas e padrões
éticos; proporcionar um lugar onde os indivíduos pudessem obter comentários sobre seu
comportamento, permitindo avaliações e correções de suas ações; ensinar habilidades
básicas, inclusive de relacionamento humano e técnicas de resolução de conflitos; dar
orientação sobre as soluções dos problemas; fornecer informações sobre fontes de ajuda
externa; servir de mediadora nas disputas; dar assistência prática nos momentos de
necessidade; servir de refúgio, possibilitando o descanso, a recuperação e a recreação;
conferir uma identidade às pessoas e um local onde elas se sintam aceitas; controlar o
comportamento quando ele sair fora dos trilhos; ajudar os indivíduos a dominar emoções
como ansiedade, depressão, culpa, dúvida ou desespero e fornecer apoio nos momentos
de crise ou nos períodos de adaptação às perdas por mortes ou separações.
Causas Principais dos Problemas

1. Falta de habilidade para tratar com as pessoas e vencer dificuldades
Muitas famílias encontram dificuldades para lidar com transições e crises porque lhes
faltam conhecimentos, habilidades e flexibilidade para mudar. Os obstáculos da
comunicação surgem, alguns assuntos são tabu, não expressam seus sentimentos,
mensagens duplas são enviadas. Falta intimidade, onde não passam os tempos juntos,
não se tem confiança ou respeito uns pelos outros, não conseguem cooperar
intimamente.
Podem existir obstáculos ligados à história da família, que incluem segredos ou
obstáculos ligados a metas com objetivos de ordem econômica, acadêmica, social,
política, etc., ou obstáculos ligados a valores (ex.: mulheres da nossa família não
trabalham fora, na nossa família ninguém bebe bebida alcoólica, etc), até que um membro
começa a pensar diferente.
Constantemente vemos coalizões de dois membros contra um (ex: mãe e filha unidas
contra o pai). A isso chamamos de triangulação e famílias trianguladas raramente (ou
nunca) funcionam bem.
Também verificamos o que chamamos de desvio, quando alguém é pego como bode
expiatório. Ao criticar um filho rebelde, uma filha que não quer comer, uma professora
considerada incompetente os pais se mantêm ocupados demais para brigarem entre si.
Os problemas mais básicos são ignorados ou postos de lado para que o casal possa lutar
contra um inimigo comum. Este tipo de comportamento aparece com freqüência em
famílias da igreja, pois mantendo-se ocupados na luta contra o pecado ou se envolvendo
na política da igreja, os membros da família são temporariamente poupados do sofrimento
de lidar com graves problemas domésticos.
2. Falta de compromisso com a família
Quando um ou mais membros não querem se envolver ou nunca têm tempo é difícil
manter a unidade. Se houver ocupação demais ou desmotivação o trabalho do
conselheiro será mais árduo.

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3. Funções maldefinidas
Todos os membros da família tem suas funções dentro do contexto. Algumas incluem
atividades, como jogar o lixo fora, emitir cheques, pagar contas, fazer a comida, etc.
Outras são emocionais, quando encorajamos, divertimos, damos conselhos. Esses papéis
se desenvolvem lentamente, desde o início do casamento, porém às vezes há conflitos
sobre quem faz o quê, podendo ocorrer confusão dos papéis.
Atualmente vemos famílias que só têm um dos pais; instabilidade conjugal que gera
divórcio, um novo casamento e a conseqüente formação de uma família composta por
filhos que os cônjuges trouxeram das antigas uniões; inversão dos papéis pai-filho, onde o
jovem assume um comportamento paternal (proteger, apoiar e cuidar), enquanto o pai ou
mãe procura agradar o filho ou receber sua aprovação; coalizões pai-filho, em que um dos
genitores joga um ou mais filhos contra o outro genitor; ou envolvimento exagerado na
vida dos filhos, quando os pais se intrometem demais nas atividades, trabalhos de casa e
estilos de vida dos filhos.
Com isso não nos surpreendemos quando algumas pessoas da família, inclusive os filhos
pequenos fiquem confusos com relação aos seus papéis dentro da família.
4. Falta de estabilidade ambiental
Problemas vindos de fora e criando uma instabilidade no lar. Por exemplo, a televisão
praticamente acabou com a comunicação em muitos lares, tomando o lugar da
convivência familiar e apresentando programas, quase sempre, que mostram uma visão
negativa da família.
Outros com constantes mudanças de residências, as fusões das empresas, o
desemprego, o panorama econômico, os casos onde existe alguém com AIDS, a decisão
de um dos membros de abandonar a família e ir embora, o aumento da violência
doméstica, o uso de álcool ou drogas, e a interferência de parentes e outras pessoas que
possam abalar a instabilidade da família.
Aconselhando

Os conselheiros se concentram em tudo o que é negativo. Com tantas histórias de
tormentos e brigas é muito fácil perder de vista o lado bom da vida familiar de hoje.
Os problemas ocorrem até nas melhores famílias e o conselheiro pode escolher uma das
várias abordagens teóricas desenvolvidas para a terapia familiar. As abordagens estão
conhecidas pelos nomes dos seus criadores, por exemplo: Terapia dos Sistemas
Familiares de Bowen, Terapia Familiar Conjunta de Satir, Terapia de Solução de
problemas de Haley, Terapia Estrutural de Minuchin, Terapia de Aprendizagem Social de
Patterson e Terapia Biopsicossocial de Ackerman, onde você pode pesquisar na internat
sobre cada uma delas.
Fora dessas teorias existem duas maneiras de considerar a família no aconselhamento.
Elas podem ser vistas como um sistema de apoio em que os membros dão ajuda e

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orientação uns aos outros ou como um sistema de terapia que pode receber
aconselhamento, ajuda e tratamento.
1. A Família Como Sistema de Apoio
Embora geograficamente espalhadas ou separadas por desavenças ou tensões, a família
estendida (avós, tias, tios e primos) oferece ajuda de várias formas.
As famílias mudam e passam por ciclos, por exemplo: quando os filhos entram na escola,
quando vão para a faculdade, quando ocorrer um divórcio, quando há uma enfermidade
grave, quando alguém morre, etc.
Quando essas mudanças ocorrem os membros da família geralmente se apoiam, ajudam,
orientam e encorajam mutuamente.
Quase sempre os membros de uma família recebem a ajuda de vizinhos, amigos, colegas
de trabalho e irmãos da igreja. Os profissionais se referem a este rede de parentes e
amigos como um sistema de apoio. Quase todo mundo recebe ajuda de um sistema de
apoio e a maioria de nós fazemos parte de vários sistemas de apoio que proporcionam
aceitação, treinamento para relacionamento social e superação de dificuldades,
encorajamento durante os períodos de mudança na vida, ajuda para exercer a força de
vontade e o autocontrole e uma razão para ter esperança. Existem provas que as pessoas
que têm sistemas de apoio bem desenvolvidos são menos sujeitas às doenças mentais e
físicas e são capazes de vencer o estresse.
Trabalhando juntas, famílias da igreja podem ajudar outras famílias e indivíduos a superar
crises e enfrentar problemas da vida.
2. A Família Como Sistema Terapêutico
Há ocasiões em que a família é parte dos problemas do aconselhado. Mesmo que
membros da família queiram ajudar, às vezes eles interferem no processo de
aconselhamento e criam mais estresse do que alívio. Com isso muitos conselheiros
preferem trabalhar com famílias inteiras, do que tratar somente o indivíduo, pois partem
do princípio que os problemas da pessoa nunca ocorrem isoladamente e ao examinar os
problemas dessa pessoa descobrirá tanto ou mais sobre atitudes e padrões de
comunicação da sua família.
Embora o aconselhando possa ser recebido em particular de vez em quando, o mais
comum nessa técnica é que todos os membros compareçam juntos à sessão. Onde o
conselheiro observará como a família interage, aponta suas forma de relacionamento
características, atua como mediador nas disputas e ensina a toda a família maneiras mais
eficazes de se comunicarem e se relacionarem uns com os outros. À medida que vão
trabalhando em conjunto, os membros descobrem soluções próprias para os problemas.
As experiências demonstram que essa técnica deve seguir sete etapas:
1. Atendimento de emergência: as famílias, geralmente, procuram ajuda para
sair de uma crise ou emergência. A primeira tarefa do conselheiro é
restabelecer a confiança e mostrar que está disposto a ajudar. Esta sessão
inicial deve ser marcada logo, onde ao atender procurar não assumir toda a

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responsabilidade e não permitindo que a família fique dependente de você.
Sua tarefa é dar orientação sem assumir o controle.
2. Descobrir quem é o foco das preocupações da família: muitas vezes a
família coloca a culpa de todos os problemas em um determinado membro.
Com o aconselhamento do grupo, eles podem ficar surpresos. Às vezes será
necessário envolver esta pessoa e ir, aos poucos, envolvendo toda a família.
3. Definindo a crise: ao ouvir os membros descreverem o problema, procurar
responder as seguintes questões: O que provocou a crise? Por que ela
aconteceu agora? Qual foi a última vez em que a família esteve em paz, antes
que a crise explodisse? Já aconteceu alguma situação semelhante
anteriormente?
É necessário formar um quadro claro dos problemas e as formas de interação
da família. Talvez você tenha que repetir continuamente: “não estou
entendendo” ou “explique isso melhor”, até que as coisas comecem a fazer
sentido para você.
4. Acalmando os ânimos: antes que a família comece a atacar os problemas, é
necessário restabelecer a confiança, ensinando os membros a manterem a
calma e transmitir a esperança de que é possível encontrar uma solução.
5. Sugerir mudanças: fazendo sugestões e dando orientações para que as
pessoas que mudanças devem ser testadas. Você pode aproveitar para
discutir a questão da comunicação ou mostrar as falhas que você observa na
comunicação dos membros quando eles estão reunidos. Nesta etapa será
necessário gastar tempo para discutir as mudanças e praticar novos
comportamentos, tanto no consultório do conselheiro quanto entre as sessões.
6. Lidando com a resistência à mudança: fazendo as sugestões saberá
rapidamente quem coopera e quem resiste às mudanças. Muitas vezes, a
pessoa que mais resiste não é aquela apontada como o membro problemático.
A esta altura você já terá ultrapasso o estresse que causou a crise e estará
atacando “ganchos” familiares arraigados. O conselheiro precisa de muito tato
e grande habilidade para lidar com as pessoas, para conseguir que elas
estejam motivadas para a mudança, mesmo se sentindo ameaçadas,
culpadas, irritadas ou impacientes.
7. Conclusão: a tarefa do conselheiro é ajudar a família a enfrentar a situação
crítica imediata e aprender como se soltar dos “ganchos” representados pelos
obstáculos familiares invisíveis que as pessoas não querem eliminar. Isso
permitirá que elas se relacionem melhor umas com as outras e aprendam a
enfrentar crises futuras. Quando você ou eles sentirem que não estão
progredindo mais, é hora de encerrar o aconselhamento.
Evitando

Promovendo seminários e conferências sobre a vida familiar, patrocinados pela igreja;
ensinando sobre a família nos sermões e em classes específicas; promovendo o
treinamento de casais; incentivando a prática do culto doméstico; promovendo retiros para
as famílias; formando grupos de famílias que se reúnem periodicamente para incentivar
umas às outras.

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31 – ACONSELHAMENTO FINANCEIRO
Pr. Mauro
A necessidade de dinheiro e a administração dos recursos financeiros geram tensão,
conflitos familiares, brigas, raiva, frustração, ambição, preocupações e ansiedades.
Os problemas estão na nossa atitude em relação ao dinheiro e na nossa inépcia em geriar
as finanças com sabedoria.
Bíblia

1. O dinheiro e os bens devem ser vistos de forma realista:
o Lucas 12:16-21
o O dinheiro não dura para sempre – Sl. 49:10-12, Pv. 23:4-5, I Tm. 6:7
o Não traz felicidade, nem estabilidade – Ec. 5:10, Sl. 52:5-7
o Não devemos amar o dinheiro – Hb. 13:5
o Amor ao dinheiro e confiança nas riquezas são atitudes erradas
2. O dinheiro e os bens são dados por Deus:
o Fp. 4:19 / Mc. 6:7-11 / Mt. 6:25-34
o Às vezes recebemos somente o essencial
o Não existe apoio das Escrituras que sempre se recompensa a fidelidade e a
generosidade do crente com riqueza e abundância – Hb. 11:32-40
o Vivemos dias de pregações exageradas sobre o tema prosperidade, onde
muitos se esquecem que Deus permite fomes, apertos financeiros, porém Ele
garante que suprirá o necessário – Devemos lembrar do “pão nosso de cada
dia.”
3. O dinheiro e os bens podem ser prejudiciais:
o Quando nos apegamos e damos o nosso amor ao dinheiro – Mt. 19:16-24, Mt.
6:24
o O apego ao dinheiro pode impedir uma pessoa de voltar-se para Cristo e
sufocar o crescimento espiritual
o Pessoas com ânsia de ter coisas podem chegar ao roubo – Dt. 8:11-14, Sl.
52:7, Pv. 30:7
o I Tm. 6:6-11
o Causam tensões interpessoais
o Lc. 12:13-15
4. O dinheiro e os bens devem ser administrados com sabdoria:
o Nos voltemos para a parábola dos talentos (Mt. 25:14-30), onde aprendemos
que:

Deus nos confia os recursos

Ele dá a seus servos quantidades diferentes

Ele espera que planejemos e administremos com o objetivo de lucro

Ele condena a preguiça e a ansiedade nos planejamentos

Todos são igualmente responsáveis

Avançamos ou emperramos a obra, conforme nossa mordomia
o Ganhos honestos – Pv. 28:20, Pv. 15:27, Pv. 10:9, Pv. 11:1, Pv. 17:23
o Investir com sabedoria

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o Ganhos de forma realista (tentando evitar dívidas) – Rm. 13:6-8
o Compartilhar com alegria – II Co. 9:7, II Co. 8:14-15, Pv. 3:9, Pv. 19:17, I Co.
16:2
Causas Principais dos Problemas Financeiros

Pessoas vivem em função do dia do pagamento, onde o dinheiro dura alguns dias e o
resto do mês sem nada. Os problemas surgem em todas as classes socioeconômicas.
1. Valores distorcidos – o modo como lidamos com o dinheiro:
a. Materialismo

“correr” atrás das boas coisas da vida; mimados, impacientes; $ com
poder de sedução, trazendo uma falsa sensação de segurança, liberdade e
onipotência. Pessoas dão dinheiro tranquilas ou escondem o materialismo – Lc. 12:15
b. Cobiça e ganância desejo de ter sempre mais – Êx. 20:17, Rm. 13:9
c. Desejo de enriquecer depressa de preferência sem esforço – Pv. 28:20-22
d. Orgulho e ressentimento – Ap. 3:17
2. Decisões financeiras equivocadas:
a. Comprar por impulso

Não vê qualidade, se o preço está razoável, se é necessário
ou se tem condições. Ex: fila de caixa de supermercado
b. Ser descuidado sem orçamento, gasta sem cuidado
c. Especular Pv. 21:5, Ec. 5:15-17
d. Servir de fiador Pv. 11:15, Pv. 17:18, Pv. 22:26-27
e. Ser preguiçoso Pv. 19:15, II Ts. 3:10
f. Perder tempo procrastinação
g. Ser desleixado bens deterioram, requerem conserto
h. Comprar à credito pagamento postergado
i. Cheque especial juros
3. Falta de orçamento – não planeja os gastos
4. Falta de generosidade – Lc. 12:16-21, Pv. 3:9, Gl. 6:10
Efeitos

Preocupações com o dinheiro ou com o pagamento de contas;

Problemas financeiros e conjugais;

Culpa, inveja, ciúme, ressentimento ou orgulho;

Vazio emocional e infelicidade;

Insensibilidade espiritual;

Problemas sexuais.
As amizades se desfazesm, as famílias brigam.
Aconselhando

1. Ajudar o aconselhado a admitir a existência do problema e tomar a decisão de
resolvê-lo. O conselheiro deve dar-lhe esperança, que pode se tornar em coragem do
aconselhado, gerando motivação.

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10% dos
Ganhos
Dízimo
Taxas e
Despesas
Fixas
Ganho Líquido
10%
Poupança
70%
Despesas
De
Manutenção
20%
Dívidas
10% dos
Ganhos
Dízimo
Taxas e
Despesas
Fixas
Ganho Líquido
10%
Poupança
70%
Despesas
De
Manutenção
20%
Dívidas
2. Peça orientação divina, juntamente com o aconselhado. Ore, pois será seu ponto de
partida – Sl. 50:10-12, Mt. 6:25-34, Sl. 55:22, I Pe. 5:7
3. Ensine princípios bíblicos relativos ao dinheiro. O aconselhado precisa aprender que:
a. Tudo pertence a Deus – Sl. 50:12,15
b. Roubar é errado – Lv. 19:13, Sl. 62:10, I Co. 6:10
c. Cobiçar é errado – Êx. 20:15-17
d. Dar é correto
e. Administrar o nosso dinheiro é correto – Gn. 1:28
4. Ajude os aconselhados a elaborarem um planejamento financeiro:
a. Fazer uma lista dos ativos (aquilo que possuímos) e dos passivos (nossas
dívidas).
b. Estabeça metas gerais e depois as divida em curto e longo prazo
c. Estabeleça prioridades, distinguindo entre: necessidades (compras para prover
comida, moradia, vestuário, segurança, assistência médica e transporte),
desejos (itens onde podemos gastar do que sobra após as necessidades) e
vontades (escolhas ligadas à qualidade. Ex: comprar um carro novo ou usado)
d. Fazer um planejamento orçamentário (planejamento de despesas que permite
gerenciar e controlar efetivamente os gastos de dinheiro)
e. Controlar seus próprios negócios.
Evitando

1. Ensinando valores bíblicos sobre finanças;
2. Dando orientação prática sobre administração do dinheiro;
3. Enfatizando a questão financeira no aconselhamento pré-conjugal;
4. Abordando o assunto sempre que houver uma crise ou uma mudança na vida.
Modelo de Orçamento:

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32 – SEXO FORA DO CASAMENTO
Auto-Estudo
Em pouco tempo o casal de namorados ou de noivos entram num círculo vicioso de sexo,
culpa, determinação de parar e mais sexo.
A sexualidade está com problemas. Vivemos numa sociedade que nos assedia com
insinuações de sexo em todos os espaços disponíveis, desde os outdoors até às
conversas de escritório.
O sexo fora do casamento é amplamente aceito na sociedade e muitas vezes tolerado
dentro da igreja. A prática da coabitação é tão difundida hoje em dia, que quase ninguém
a critica. A filosofia hedonista, que aceita tranquilamente o sexo antes e fora do
casamento tornou-se um dos valores da nossa cultura, reforçado pela televisão. O
homossexualismo tem ganho um destaque cada vez maior na medida que os grupos de
ativistas gays vêm se tornando mais visíveis e ativos. A masturbação é tão corriqueira
que raramente preocupa as pessoas, embora essa prática gera culpa e ansiedade em
muitos rapazes e moças. Temos as formas mais raras e mais patológicas de expressão
sexual: exibicionismo, estupro, transformismo, bestialidade (sexo com animais), pedofilia e
voyerismo, que periodicamente, atraem a atenção de jornalistas e psiquiatras.
O que Deus criou para proporcionar prazer e intimidade no casamento se tornou
pervertido, o maior exemplo de pecado e enfermidade moral que caracteriza o homem de
hoje.
Biblicamente sobre o Sexo Fora do Casamento

A maioria das pessoas percebe que o sexo é mais que um instinto físico ou atração
biológica. A sexualidade permeia todos os aspectos da vida, envolvendo intimidade
profunda e intensa comunicação, mesmo sem contato físico.
O apóstolo Paulo não era casado e era favorável ao celibato (I Co. 7). Ele compreendia o
desejo carnal e as paixões da sensualidade (Rm. 13:14, I Co. 7:9).
Toda a Bíblia restringe o ato sexual ao casamento, onde o sexo fora do compromisso
matrimonial era condenado (Êx. 20:14-17, Mt. 5:32)
O sexo se torna destrutivo quando se desvia do plano perfeito que Deus traçou para os
seres humanos. Ele destrói a intimidade e a comunicação, é egocêntrico e muitas vezes
se expressa como um desejo de manipular, controlar ou ferir outra pessoa.
Os escritores da Bíblia condenam tão veementemente a fornicação (sexo antes do
casamento), o adultério (sexo com uma pessoa que não é nosso cônjuge) e outras formas
de sexo fora do casamento – Êx. 22:16-19, Lv. 18, Mt. 5:27, I Co. 6:9, Hb. 13:4. A ira de
Deus vem sobre os que praticam esses pecados – I Co. 6:9-10, Gl. 5:19-20, Cl. 3:5.
1. O sexo foi criado por Deus e é bom – na criação da espécie humana com corpos de
macho e fêmea, com capacidade de intimidade sexual.
2. O sexo fora do casamento é um comportamento pecaminoso – I Co. 6 diz que o
pecado sexual afeta o corpo, a morada do Espírito Santo. Não existe nenhuma

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sugestão de que pessoas sexualmente excitadas estejam livres para praticar atos
sexuais, mesmo que tenham a intenção de se casarem (I Co. 7:9). Existem evidências
de que jovens evangélicos são quase tão ativos sexualmente quanto seus colegas do
mundo. Muitas pessoas violam as leis de Deus sobre o comportamento sexual e não
parecem sofrer muito com a imprudência, com isso vemos famílias em colapso,
aumento do número de casos de AIDS, doenças sexualmente transmissíveis (DST’s),
aumento do número de famílias de pais solteiros, explosão dos casos de adolescentes
e jovens grávidas, além de um grande número de abortos. O salmo 73 descreve o que
acontece na vida pessoal quando não obedecemos às leis de Deus.
3. O sexo fora do casamento envolve pensamentos pecaminosos – Jesus deixa claro
que o adultério, a luxúria, a fornicação podem ocorrer na mente sem qualquer contato
genital – Mt. 5:28
4. O sexo fora do casamento envolve conversas pecaminosas – a Bíblia condena
conversas livres sobre tema sexual – Ef. 5:3-4 – linguagem obscena, piadas com
conotação sexual, conversas e comportamentos impróprios nos afastam de Deus –
Lc. 2:52, At. 16:2, I Tm. 3:7, I Ts. 5:22.
5. O sexo fora do casamento pode envolver masturbação (manipulação dos próprios
órgãos genitais até o ponto de orgasmo), que vêm acompanhada com pensamentos
de luxúria ou lascívia – Mt. 5:28
6. O sexo fora do casamento restringe a liberdade – I Co. 6:12 nos mostra que tudo,
neste mundo tem um destino e uma função. Devemos seguir a diretriz divina. Somos
livres para praticar a imoralidade, porém isso não é sensato e o seu resultado final
será desastroso. Deus quer o melhor para nossas vidas.
Causas do Envolvimento Sexual Fora do Casamento

1. Estímulos ambientais – cultura saturada de sexo estimula as pessoas a pensarem em
sexo e buscarem a satisfação sexual. Vemos revistas populares, a maioria dos filmes,
inúmeros programas de televisão, muitas propagandas comerciais e milhares de
romances são dedicados a excitar e tirar vantagem de nossos impulsos e desejos
sexuais. Temos também a praticidade sexual, municiada em motéis, almoços
secretos, compra de preservativos e contraceptivos e os valores liberais na sociedade,
onde a coabitação, a troca de parceiros, a infidelidade, os comportamentos
semelhantes são tolerados e aceitos.
2. Pressão interna – onde o ambiente torna mais fácil ceder à tentação sexual, porém a
verdadeira fonte dos problemas está na mente do indivíduo – Mt. 15:18-19 – trazendo
a curiosidade, a fantasia descontrolada, a busca por identidade e auto-estima, a busca
por intimidade e proximidade, a fuga ou rebeldia, o pensamento distorcido e a
influência demoníaca.
Efeitos

Às vezes as pessoas ficam cauterizadas em relação ao ensino bíblico e não conseguem
mais perceber os alertas do Espírito Santo (Jo. 12:35-40, I Co. 2:14) e passam a
desprezar o conhecimento de Deus, que os deixa entregues à luxúria, à impireza sexual,
à disposição mental reprovável, ao comportamento degradante – Rm. 1:24-28, 32.
1. Efeitos emocionais – distúrbios emocionais, culpa, ciúme, medo, ansiedade,
insegurança, autocondenação, raiva e depressão.

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2. Efeitos interpessoais – influencia no namoro, na família, no casamento, em
carreiras, em ministérios.
3. Efeitos espirituais – formas de sexo fora do casamento são condenadas na Bíblia e
qualificadas como pecado. Se a imoralidade sexual continua, a vitalidade e a
influência espiritual do crente vão definhando. O pecado precisa ser confessado e
abandonado para que a pessoa tenha crescimento espiritual e evite a estagnação.
4. Efeitos físicos – aumento da probabilidade de nascimentos ilegítimos, doenças
venéreas, AIDS, etc.
Aconselhando Problemas Ligados ao Sexo Fora do Casamento

1. O Conselheiro deve examinar suas próprias atitudes e ações – procurar manter uma
comunhão íntima com Deus, pois como todo mundo, o conselheiro cristão também
está sujeito à tentação e à excitação sexual, buscando a pureza sexual em nossa
própria vida. Devemos demonstrar compreensão e ter uma atitude compassiva, que
reconhece a realidade do pecado, a sedução da tentação e o poder da cura do
perdão. O conselheiro precisa da ajuda divina para poder demonstrar amor, sem
comprometer seus padrões bíblicos, ter compaixão sem negar a realidade e exercer
autoridade sem querer machucar o outro.
2. Ouvir com sensibilidade – ponto de partida básico em qualquer aconselhamento, ouvir
com atenção, demonstrando um desejo sincero de entender as dificuldades e ajudar.
Não devemos nos surpreender com nada.
3. Examinar as atitudes do aconselhando – procurando compreender seus valores e
idéias em relação ao sexo. Valores e atitudes precisam ser confrontados para que
haja mudança de comportamento. Esteja atento para o conhecimento que o
aconselhando tem sobre sexo.
4. Tenha em mente os objetivos do aconselhamento – quando se lida com a sexualidade
humana, procure descobrir o que o aconselhando deseja. Quando os objetivos são
diferentes, onde os alvos são metas antibíblicas não podemos ajudar os outros.
5. Ajuda com questões práticas – não dando conselhos precipitados, mas procurando
demonstrar biblicamente os ensinamentos. Mostre os riscos e problemas que o
aconselhando não está vendo e encoraje-o a buscar uma alternativa bíblica.
6. Ajude o aconselhando a encontrar o caminho do perdão – o perdão de Deus nos livra
da culpa, nos garante vida abundante na terra e vida eterna no céu – Jo. 10:10,
procurando seguir o arrependimento e mudando de comportamento – Jo. 8:11
7. Estimule atitudes sadias, comportamento cristão e a segurança de receber
informações confiáveis.
8. Esteja atento para a necessidade de um encaminhamento – verificando a necessidade
de encaminhar a um especialista, sendo isso algo comum, para o seu próprio bem.
Evitando

1. Dando educação sexual
2. Ajudando as pessoas a decidir sobre questões práticas:
a. Namorar proporciona companheirismo, melhor compreensão do sexo oposto,
maior autoconhecimento, estimulação sexual. Deve envolver pouco contato
físico.
b. “Ficar” envolve a mútua estimulação física intencional, com o objetivo de
provocar excitação erótica através de carícias nas áreas sexuais do corpo.

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Deus deseja que seu povo viva em santidade – I Co. 10:31b, Pv. 5:1-20, Ef.
4:19-20, Cl. 3:5, I Co. 6:9-11.
c. Masturbação geralmente é acompanhada por um grande sentimento de culpa,
frustração ou autocondenação. Provoca compulsão. Ela pode aumentar o
egocentrismo, diminuíndo a auto-estima, estimular a luxúria e lascívia. É uma
atitude subtitutiva. Ela pode ser reduzida pela oração, pelo desejo sincero que
o Espírito Santo assuma o controle e através de uma relação de
responsabilidade com um outro cristão – que ora por nós e, que
periodicamente pede notícias sobre os nossos progressos para superar o
problema. Outras coisas que podem ajudar: manter-nos ocupados, não entrar
em contato com material excitante e resistir à tentação de alimentar fantasias
eróticas.
3. Indicar alternativas viáveis – como vimos, sexo não é só estimulação genital. Ele
envolve intimidade, comunicação e relacionamentos interpessoais. A comunidade
cristã pode proporcionar atividades saudáveis estimulantes especialmente
desenvolvidas para jovens e adultos que, de outra forma, se sentiriam entediados,
solitários ou seduzidos por situações de risco moral.
A Palavra de Deus é a autoridade final, à qual todas as descobertas devem estar sujeitas,
sendo o nosso guia em todo tipo de aconselhamento.

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33 – ACONSELHAMENTO SEXUAL - CASAMENTO
Pr. Mauro
Sexo tem sido considerado como apenas um dos fios que une marido e esposa, porém é
um dos fios centrais e está intimamente ligado com os outros aspectos do relacionamento.
Pesquisas demonstram que pelo menos 50% dos casamentos apresentam algum tipo de
desajuste ou disfunção sexual. Com isso, aliados a problemas mais comuns como o
conflito matrimonial ou o afastamento dos cônjuges, desencadeam raiva, frustração,
ressentimento, medos ou tensão.
A sociedade atual leva a pensamentos de que a promiscuidade é comum e o sexo deve
ser desenvolvido para a obtenção de experiências eróticas, sendo casados ou não.
Nesse sentido, vamos no aconselhamento com o que Deus coloca sobre o assunto,
contrários ao que a sociedade prega ou estabelece.
Biblicamente

1. Sexo foi criado por Deus e é bom – Gn. 1:27-28, 2:24-25. No princípio havia a nudez e
a determinação para o relacionamento.
2. Sexo é para procriação e prazer – Gn. 4:1 / Ct. 7:1-10 / Pv. 5:18-19 / I Co. 7:2-5
3. Sexo é para o casamento – Gn. 2:24 / Mt. 19:4-6 / I Co. 7:1-9 / I Ts. 4:1-8
4. A imoralidade sexual é condenada, pois Deus quer nos proteger – I Ts. 4:1-8 / II Tm.
2:22 / Pv. 5:1-11, 20, 23 / Pv. 6:23-33 / Pv. 7:5-27
Causas dos Problemas

1. Falta de informação, conceitos errados e tabús – geralmente aprendidos com
piadas, programas de TV, filmes de sexo, artigos de revistas, educação sexual na
escola. As pessoas se tornam confusas, desinformadas, com expectativas erradas,
com vergonha de perguntar ou criando fantasias distorcidas.
É necessário entender que homem e mulher são muito diferentes.
2. Atitudes culturais – por exemplo, antigamente não se falava sobre sexo
abertamente, muitos viam o sexo como algo sujo; atualmente, é comum se falar sobre
relações extra-conjugais, a TV e a mídia estimulam ao prazer sexual.
Com isso vemos jovens com impulsos intensos, difíceis de controlar, atiçados pela
mídia e pela sociedade, levados à tentação, criando culpa, chegando ao orgasmo
mais depressa que o comum e se tornando egocêntricos, sem amor.
Tudo isso leva a vergonha, autocrítica, solidão e ocasionam, na maior parte das
vezes, para o rapaz, ejaculação precoce ou até mesmo a impotência.
3. Estresse – falta de desejo, ansioso pelo trabalho, medo de perder o emprego, queda
nos negócios ou na área financeira, trazem para o homem a redução de testosterona
(principal hormônio masculino).
4. Cansaço, pressa e falta de oportunidade – sexo requer gasto de energia física e
mental. Cuidado com a privacidade, com crianças nas proximidades.

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5. Tédio – costume, rotina, falta de criatividade, preliminares (quando existem) muito
curtas. Do prazer vai para a monotonia. Outros ficam relaxados quanto à aparência.
6. Causas Físicas – disfunções endócrinas, obesidade, diabetes, baixos níveis de
energia, enfraquecimento da musculatura vaginal, doença física (ex: infarto).
O problema físico gera a tensão psicológica, que dificulta o funcionamento fisiológico
7. Bloqueios Psicológicos (dúvidas sobre a própria masculinidade ou feminilidade,
medo de gravidez, medo de sentir dor, medo de não ter um bom desempenho,
comparação com parceiros anteriores, medo de rejeição, medo de ter pênis pequeno
ou grande demais, medo de perder o autocontrole, medo da intimidade, preferências
sexuais diferentes – em termos de freqüência, períodos e práticas que considerem
mais adequadas, culpa por comportamentos sexuais do passado, culpa por atividades
extraconjugais, culpa por tendências homossexuais, culpa por masturbaçao, culpa por
fantasias recorrentes) – divididos em 4 categorias:
1. Conflito no Relacionamento entre marido e mulher, com desentendimentos,
discórdias, raiva, ciúme ou desconfiança. Não conseguem coexistir com o sexo.
2. Homens (maridos) com problemas pessoais – são dominadores, culpados por
masturbação excessiva ou compulsiva, homens com necessidade compulsiva de
ter um bom desempenho, que não têm ternura, paciência ou gentileza.
3. Mulher com problemas pessoais – medo de sentir dor no ato, idéia que sexo é
sujo, medo de engravidar, culpa sobre comportamento sexual do pessado,
sentimentos (inferioridade, insegurança, perturbação).
4. Causas mistas – falta de conhecimento ou privacidade, pressão pelo tempo,
idéia que a realização sexual interfere na espiritualidade, tensão pelo sexo fácil,
automático e gratificante.
8. Conflito Matrimonial – negar ou exigir sexo

sexo como uma forma de reação
passiva. Ex.: “estou cansada para fazer amor” pode expressar realmente “vou me
vingar, negando sexo a você!”.
9. Causas mistas – bloqueios através de depressão persistente, fadiga, crenças
religiosas inibidoras, distrações com carreira ou finanças, baixa auto-estima.
Efeitos

Desistência, medo de discutir a relação, sintomas físicos (dores de cabeça, dores
abdominais, fadiga, esgotamento emocional), inibição.
1. Incapacidade de realizar o ato: - disfunção orgástica (frigidez); - vaginismo; - disfunção
erétil (impotência); - ejaculação precoce; - ejaculação retardada; dispareunia (ato
doloroso); - bloqueios psicológicos (pensamento).
2. Diminuição da auto-estima – em função de chacotas.
3. Substituição – através da masturbação, do aumento de fantasias, do sexo extra-
conjugal.
4. Deterioração do relacionamento – através da raiva, do ressentimento, da tensão, da
impaciência e da comunicação rompida, gerando insatisfações e incompatibilidades
sexuais, podendo chegar até mesmo ao divórcio.

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5. Aumento da motivação – para aqueles casais que enfrentam os problemas com
determinação de corrigir e tornar o sexo melhor.
Aconselhando

O conselheiro deve ter cuidado, estar alerta, mantendo “distância interpessoal” e sempre
verificando se o aconselhamento é sedutor.
1. Ouça de maneira compreensiva e receptiva – (sabendo que virá constrangimento,
vergonha, culpa ou ansiedade) – use a terminologia correta (pênis, vagina, relação ou
ato sexual, etc.)
2. Procure se informar sobre a situação, pedindo aos aconselhados que sejam honestos
e específicos. Sugestões de perguntas:
a. Quais os problemas que estão enfrentando nessa área?
b. O que esperavam de sexo quando se casaram e no que estão
desapontados?
c. Qual a opinião deles sobre a freqüência da relações ou posições/locais?
d. Quem toma a iniciativa? Como é feito?
e. Como se comunicam a respeito do sexo?
f. Onde eles obtiveram informações sobre o sexo?
g. Quais suas atitudes em relação ao sexo, atualmente?
h. O que eles acham que podem estar causando os problemas sexuais?
i. Fora o sexo, como vai o relacionamento?
j. Quais as tensões que tem enfrentado?
Deve ser verificado se responderam da mesma maneira e se um condena, humilha
ou domina o outro.
3. Recomendar um exame médico, pois podem ter disfunções.
4. Fornecer informações precisas, tentando explicar detalhes sobre a fisiologia,
indicando livros, palestras, falando sobre exercícios (Ler “O Ato Conjugal”), dar
informações bíblicas.
5. Tratar dos assuntos correlatos: bloqueios – medos, constrangimentos, culpa ou raiva;
conflitos conjugais – poder, desentendimentos, falta de comunicação; atitudes
inibidoras.
6. Estar atento para um encaminhamento para especialistas.
Evitando

1. Educação sexual
2. Orientação moral
3. Aconselhamento Pré-Nupcial
4. Comunicação
5. Esforço e higiente
6. Encontro de Casais
“Experimentar a proximidade que Deus planejou para o casal, se libertando de bloqueios
sexuais, a fim de que possam se amar melhor e também a Deus, servindo um ao outro de
forma mais eficaz”.

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Entendendo a Anatomia Masculina

- Escroto ou saco escrotal - contém os testículos
- Testículos - formato e tamanho de uma noz graúda - podem produzir 500 milhões de
espermatozóides diariamente - São dois, sendo que geralmente um pende mais (normal).
Se houver apenas um, o homem continua a ser viril e saudável.
- Espermatozóide - célula reprodutora masculina. Mede 1/600 de polegada.
- Epidídimo - pequeno vaso no “saco”, utilizado para maturação do espermatozóide
- Vasos ou canais deferentes - conduzem o esperma do epidídimo para a vesícula. No
processo de esterilização (vasectomia) removem-se cerca de 1 a 2 polegadas.
- Vesícula seminal - produz o líquido seminal, onde os espermatozóides são transportados
para a próstata.
- Próstata - glândula que segrega quantidades adicionais do líquido seminal e contêm os
nervos que controlam a ereção do pênis. Contraí-se no momento da ejaculação. Com o
passar do tempo (idade) pode aumentar de volume e bloquear a passagem da urina. É
necessária uma cirurgia (prostatectomia), onde a partir daí o esperma é lançado na bexiga.
- Glândula de Cowper - produz algumas gotas de um líquido oleoso, que penetra na uretra e
a prepara para a passagem do esperma. O líquido neutraliza a acidez da urina.
- Uretra - conduto (vaso) que transporta a urina da bexiga para fora, através do pênis e
também conduz os espermatozóides para o exterior do corpo.
- Pênis - órgão genital masculino - através de estímulos mentais e/ou físicos enrijece,
enchendo-se de sangue, ficando ereto. Composto por três camadas de tecido esponjoso,
erétil, sendo que a uretra fica na camada do meio. Comprimento variável.
- Glande (parte superior do pênis)- área que contêm milhares de terminações nervosas e é
sensível.
- Prepúcio - pele que recobre a cabeça. Às vezes produz uma substância malcheirosa
chamada esmegma. As operações de fimose ou circuncisão são recomendadas por razões
higiênicas e não retiram a estimulação da glande do pênis.
- Ejaculação quando o líquido seminal é impulsionado para fora, ocorre o clímax sexual para
o homem. Há certa pressão, podendo atingir uma distância de 30 a 80 centímetros.

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- Sêmen é composto basicamente de proteínas, sendo semelhante, à clara de ovo. Acredita-
se que a quantidade de sêmen ejaculado durante um ato sexual normal, após 2 ou 3 dias
de abstinência, deva conter de 250 a 500 milhões de espermatozóides.
Entendendo a Anatomia Feminina

- Ovários - órgãos com a função de produzir óvulos. Toda mulher tem dois ovários. Toda
mulher tem de 300 a 400 mil óvulos, mas somente 300 ou 400 deles se desprenderão do
ovário. Os ovários também produzem os hormônios femininos que serão responsáveis pelo
desenvolvimento dela (seios, pelos nos braços e região púbica, bacia). Em intervalos de
um mês, o óvulo amadurece e desprende-se do ovário para as Trompas de Falópio.
- Trompas de Falópio - tubos chamados de ovidutos, conduzem o óvulo para o útero (72
horas). Se houver relação nesse período o esperma pode atravessar o útero e unir-se ao
óvulo na Trompa.
- Útero - órgão fibroso e firme, do tamanho e formato de uma pêra (+- 10 cm. de
comprimento). É o local onde a criança gerada se desenvolve, durante a gravidez.
- Uretra - duto que expele a urina da bexiga. Sua abertura fica cerca de 3,5 cm. acima da
vagina e bem separada dela. Lembra uma pequena bolinha com um corte vertical.
- Vagina - órgão feminino básico na relação sexual. É elástica, medindo de 7 a 12 cm de
comprimento e suas paredes são formadas por tecido muscular delicado que tende a ceder
ao toque. Contém minúsculas glândulas que segregam um muco próprio que a limpa e
umedece. Próximo a sua abertura há um acúmulo de nervos sensoriais. A primeira reação
feminina ao estímulo sexual é o umedecimento da vagina, que ocorre depois de 10 a 30
segundos.
- Vulva - é o exterior da vagina e compõe-se de vários órgãos (hímen, clitóris, pequenos e
grandes lábios). Esses lábios são formados do mesmo tecido da bolsa escrotal dos
homens.
- Hímen - membrana situada na entrada da vagina. Seu diâmetro é de aproximadamente 2,5
cm.
- Clitóris - constituí-se a parte de maior sensibilidade do organismo feminino. Sua única
função conhecida é o estímulo sexual. Do tamanho de uma ervilha, cuja ponta é redonda.
Quando massageado pode aumentar de tamanho. Para que a esposa atinja o orgasmo, o
clitóris deve ser estimulado, direto ou indiretamente.

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- Pequenos lábios - duas dobras paralelas de tecidos lisos, macios e sem pêlos, encobrindo
o clitóris. Ao estímulo sexual se avolumam até atingir 2 a 3 vezes o seu tamanho normal.
- Grandes lábios - são externos aos pequenos e não tão sensíveis quanto eles.
- Orgasmo - clímax do estímulo emocional da mulher na relação sexual, seguido de declínio
gradual do estímulo.
Vasectomia

A vasectomia é um procedimento cirúrgico de esterilização simples e seguro no qual são seccionados os
ductos deferentes de modo a impedir que os espermatozóides produzidos nos testículos passem para a uretra
e sejam expelidos na ejaculação. A ausência de espermatozóides no sêmen torna impossível a fertilização do
óvulo.
A decisão de adotar a vasectomia como método contraceptivo é voluntária e consciente por parte do homem
e/ou casal, mas são imprescindíveis o aconselhamento e a orientação de um médico quanto a suas
implicações. O homem deve ser informado de que a vasectomia, muito segura como contraceptiva, é ainda
um método de difícil reversibilidade, isto é, se houver desejo de paternidade após vários anos da cirurgia
(geralmente quando o paciente assume outro relacionamento estável ou há morte dos filhos) é grande a
probabilidade de que o procedimento para retorno da fertilidade não seja bem-sucedido.
Uma medida preventiva ao efeito definitivo da esterilização consiste em congelar o esperma antes da
vasectomia para posterior reprodução assistida, mas esta alternativa tem alto custo e está disponível em
poucas cidades.
Em princípio, a vasectomia está indicada para homens bastante seguros de que não desejam ter filhos (não
querem garantir a descendência), para homens e/ou casais que tiveram o número de filhos desejado, para
casais que preferem um método mais simples de esterilização definitiva do que a laqueadura tubária na
mulher, e para homens e/ou casais que procuram um meio de evitar o risco de morte da mulher em gravidez
de alta complexidade ou a transmissão de patologias hereditárias aos descendentes.
No Brasil o artigo 10 da lei 9.263, que dispõe sobre os métodos de esterilização voluntária, estabelece que a
vasectomia é possível desde que o homem tenha plena capacidade civil, seja maior de 25 anos ou, pelo
menos, com dois filhos vivos. Deve também ser observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, e que a opção de outros métodos contraceptivos não definitivos
seja disponibilizada ao paciente para desestimular a esterilização precoce. A vasectomia será procedida
desde que o homem assine um termo de consentimento; no caso de uniões estáveis ambos os cônjuges
devem estar em acordo. Recém-casados e divorciados que pretendem se casar novamente não estão
proibidos de passar pela cirurgia, mas são desaconselhados a aderir a este método.
O procedimento cirúrgico é feito em consultório, com anestesia local e dura cerca de vinte minutos. Utilizam-
se uma de duas abordagens: 1. por duas pequenas incisões com bisturi na pele do escroto por onde são
alcançados os ductos deferentes; 2. por punção que abre 2mm na pele do escroto por onde um instrumento é

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inserido até os ductos deferentes (atualmente esta técnica é a mais utilizada). Encontrados os dois ductos,
cada um é exposto e cortado, e suas extremidades são seladas por meio de ligadura, eletrocoagulação ou
colocação de grampos. Deste modo, os espermatozóides não têm como continuar o caminho até o pênis e
são reabsorvidos pelo organismo do homem. Em seguida, os ductos deferentes são reinseridos na bolsa
escrotal e a incisão é fechada com pontos ou bandagem.
Em cerca de uma hora o homem deixa o consultório e é instruído a fazer compressas de água fria durante
duas horas no local da incisão, repousar por dois a três dias, não levantar peso por uma semana, usar cuecas
justas durante seis semanas para comprimir a bolsa escrotal e tomar um analgésico para aliviar a dor. Na
eventualidade de febre (>38ºC), dor e inchaço persistente, ou pus no local da incisão, retornar de imediato ao
médico.
Geralmente a partir de uma semana desde a cirurgia, o homem pode voltar às relações sexuais. É
fundamental que utilize preservativo por pelo menos vinte ejaculações ou durante três meses, pois os
espermatozóides que estiverem na parte dos ductos voltada para o pênis são eliminados aos poucos.
Portanto, o efeito contraceptivo não é imediato.
Após três meses ou vinte ejaculações, desde a cirurgia, é feito um espermograma para certificação de que
não mais existam espermatozóides no líquido seminal (azoospermia). Uma vez ausentes, a vasectomia foi
bem-sucedida.
O índice de eficácia da vasectomia é de 99,9%. A eventual gravidez geralmente é devida à relação sexual
sem proteção antes de se esgotar o reservatório de espermatozóides. Este método não tem qualquer eficácia
contra o HIV e as DST, portanto o preservativo continua indispensável.
A vasectomia não exerce qualquer interferência na produção hormonal, na libido, na virilidade ou no
desempenho sexual do homem. Não afeta a ereção nem diminui a ejaculação. Há homens que relatam maior
prazer sexual (próprio e da parceira) por se sentirem despreocupados com uma gravidez não planejada.
A minoria de homens vasectomizados refere perda da libido ou insatisfação com o desempenho sexual, mas
as causas são emocionais, decorrentes de tradições socioculturais que vinculam a masculinidade à fertilidade,
e não uma reação adversa resultante do procedimento cirúrgico que não leva à impotência nem é um ato de
castração.
Não há contra-indicações clínicas que impeçam a vasectomia. Caso o homem seja portador de patologias
como DST, inflamações nos órgãos genitais, hérnia inguinal, varicocele, coagulopatia, doenças associadas ao
HIV ou diabetes, primeiro é feito o tratamento para cura ou controle e depois se procede à vasectomia sem
restrições.
Laqueadura

A laqueadura tubária, também conhecida como ligadura de trompas, consiste em um procedimento cirúrgico
de esterilização definitiva que secciona as tubas que unem o útero aos ovários, de modo a impossibilitar que
os óvulos liberados por estes sejam fecundados pelos espermatozóides e se aninhem na cavidade uterina.
A decisão de adotar a laqueadura tubária como método contraceptivo é voluntária e consciente por parte da
mulher e/ou casal, mas são imprescindíveis o aconselhamento e a orientação de um médico quanto a suas
implicações. A mulher deve ser informada que a esterilização, muito segura como contraceptiva, é ainda um

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método de difícil reversibilidade, isto é, se houver desejo de maternidade após vários anos da cirurgia
(geralmente quando a paciente assume outro relacionamento estável, ou há morte dos filhos ou a laqueadura
foi feita logo após o parto, ou houve pressão do parceiro e familiares para operar) é grande a probabilidade de
que nova cirurgia para retorno da fertilidade não seja bem-sucedida.
Em princípio, a laqueadura tubária está indicada para mulheres bastante seguras de que não desejam ter
filhos (não querem garantir a descendência), para mulheres e/ou casais que tiveram o número de filhos
desejado, para mulheres que por condições patológicas correm risco de morte ou agravamento de doenças
caso engravidem, e para mulheres e/ou casais que procuram um meio de evitar o risco de morte ou a
transmissão de patologias hereditárias aos descendentes.
No Brasil o artigo 10 da lei 9.263, que dispõe sobre os métodos de esterilização voluntária, estabelece que a
laqueadura tubária é possível desde que a mulher tenha plena capacidade civil, seja maior de 25 anos ou,
pelo menos, com dois filhos vivos. Deve também ser observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, e que a opção de outros métodos contraceptivos não definitivos
seja disponibilizada à paciente para desestimular a esterilização precoce. A esterilização será procedida
desde que a mulher assine um termo de consentimento; no caso de uniões estáveis ambos os cônjuges
devem estar em acordo. A lei veta também a esterilização imediatamente após o parto ou aborto, exceto em
circunstâncias especiais avaliadas pelo corpo clínico, com anuência livre e informada da paciente. Recém-
casadas ou divorciadas que pretendem se casar novamente não estão proibidas de passar pela cirurgia, mas
são desaconselhadas a aderir a este método.
O procedimento cirúrgico consiste em obstruir as tubas uterinas para impedir que o óvulo encontre os
espermatozóides. Esta obstrução é feita por meio de diferentes métodos, sendo os mais comuns: técnica de
Pomeroy, técnica de Uchida, anel de Yoon, eletrocoagulação bipolar e clipes de Filshie e de Hulka-Clemens.
A eventual reversão da esterilidade depende de qual técnica foi empregada e se houve infecção no local da
cirurgia. A inserção de anéis ou clipes lesiona em menor medida as tubas e favorece em alguns casos a
cirurgia de reversão.
Para poder aplicar uma das técnicas, o cirurgião elege uma das vias de acesso a seguir:
• minilaparotomia – uma incisão de 3 a 5 cm acima do púbis permite o acesso às tubas uterinas. É feita sob
anestesia geral ou parcial e geralmente a paciente tem alta hospitalar no mesmo dia;
• laparoscopia – por meio de incisões que variam de 0,5 a 1 cm na região umbilical e acima do púbis, o
cirurgião insere o laparoscópio (instrumento fino e longo com lentes) que permite a visualização dos órgãos
abdominais e localização das tubas. É feita sob anestesia geral e geralmente a paciente tem alta hospitalar no
mesmo dia;
• colpotomia posterior – a incisão é feita por via vaginal, com anestesia geral e só é usada em casos
excepcionais.
Após a cirurgia, a mulher deve permanecer em repouso por dois a três dias, não levantar peso durante uma
semana, tomar um analgésico para aliviar a dor, manter os curativos secos e limpos, e não manter relações
sexuais por pelo menos uma semana. Na eventualidade de febre (>38ºC), dor e inchaço persistente ou pus no
local da incisão, diarréia e tontura, retornar de imediato ao médico.
O índice de eficácia da laqueadura tubária é de 99,5%. A eventual gravidez geralmente é devida ao modo de
aplicação da técnica de corte ou bloqueio das tubas uterinas. A recanalização espontânea das tubas é um
evento raro. Este método não tem qualquer eficácia contra o HIV e as DST, portanto o preservativo continua
indispensável.
Na maioria das mulheres, a laqueadura tubária não tem efeito físico na libido, não interfere nas relações
sexuais, não altera a produção hormonal, não influi no aleitamento, diminui a incidência de câncer de ovário e
não traz riscos à saúde da mulher. Variações no ciclo menstrual são mais devidas à suspensão de métodos
contraceptivos hormonais usados antes da cirurgia do que à oclusão das tubas, e com o tempo tende a
normalizar. Há mulheres, no entanto, que referem ganho de peso, ciclo menstrual irregular e dores pélvicas,
mas não há estudos que vinculem estes efeitos à laqueadura tubária. Um pequeno número de mulheres
refere perda da libido após a cirurgia, mas este efeito é causado pela influência de fatores psicossociais sobre
a esterilização (noção de feminilidade associada à reprodução).
Como em toda cirurgia, na laqueadura tubária também podem ocorrer complicações. As mais comuns são
infecção, sangramento intra-abdominal, lesão de órgãos abdominais ou pélvicos e efeitos colaterais da
anestesia. Raramente há risco de morte por reação ao anestésico ou infecção generalizada.
Além da normatização prevista na lei 9.263, a laqueadura é evitada quando a mulher for portadora de
patologias ou condições que devem ser tratadas ou controladas antes da esterilização. A confirmação de
gravidez e a investigação de possível gravidez ectópica adiam o procedimento até o pós-puerpério. Quando
houver doença sexualmente transmissível, doença inflamatória pélvica há menos de três meses, doença
trofoblástica, câncer no ovário, útero e região pélvica, infecção pós-parto ou pós-aborto, sangramento vaginal
não diagnosticado, trombose, doença coronariana, cardiopatia grave, hepatopatia e coagulopatia, primeiro a
paciente é submetida às terapêuticas específicas e depois à cirurgia de laqueadura tubária.

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Sugestões de Livros

• O Ato Conjugal - Tim e Beverly LaHaye - Ed. Betânia.
• Sexo & Intimidade - Prazer Sexual no Casamento Cristão - Dr. Ed Wheat e Gaye Wheat - Ed. Mundo
Cristão.
• Sexo é um Presente de Deus - Clifford e Joyce Penner - Ed. Atos.
• Sexo: Aqui e Agora?! – Jaime Kemp – Ed. Sepal

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34 – ACONSELHAMENTO para ADOÇÃO
Pr. Ronaldo
A adoção tem dois lados importantes:
- Lado de uma família;
- Lado de uma criança ou bebê.
O lado da família:
Geralmente um casal que busca uma adoção tem algum problema ligado à infertilidade;
podendo ser por parte do homem ou da mulher;
Ou simplesmente o casal busca a adoção por terem filhos já casados ou adultos e não
querem ficar ou se sentirem sozinhos e acabam desejando uma criança no lar;
Ou o casal já tendo filhos, mesmo que pequenos, sentem um amor para adotar uma
criança ou bebê.
Infertilidade

Quando um casal começa a perceber que a gravidez não acontece, mesmo depois de
várias tentativas e descobrem que não podem ter filhos, a primeira reação é de surpresa
e, em seguida de tristeza, revolta e depressão (Por que justamente nós?). E isso gera
isolamento, tentando evitar os questionamentos da família e amigos.
O próximo período é o de aceitação do problema e disposição para o tratamento, que é
longo e dolorido, para tentar resolver o problema.
Uma outra situação que acontece muito nesse estágio é a substituição do tratamento
médico por alternativas como, por exemplo: trabalho, animais, viagens, etc.
Algumas mulheres sofrem muito nessa fase e não conseguem substituir por nada esse
período, onde todo mês existe uma grande expectativa, que sendo negativa gera um
desapontamento e um sentimento igual à dor de um luto.
O conselheiro precisa reconhecer que houve perda real e não se deve tentar minimizar a
importância deste fato, nem tentar substituir o sentimento da perda por um foco otimista
no futuro ou nas possibilidades de outras gestações, gerando no casal ansiedade para o
próximo mês!
Existe muita vergonha e relutância em admitir a infertilidade ou repetidos abortos
espontâneos. Alguns casais acham que são incompetentes por não terem filhos e por
esse motivo evitam se relacionar com quem tem filhos pequenos ou bebês, podendo gerar
um sentimento de inveja e de frustração e também de inferioridade diante dos amigos ou
familiares.

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Um outro ponto a ser observado pelo conselheiro é a relutância do casal em falar sobre a
esterilidade. Se um casal continua sem filhos, depois de vários anos de casamento, e
você têm observado essa situação no casal deve-se tomar muito cuidado para tocar no
assunto.
Mas procure não pressionar o casal, como fazem os parentes e os amigos “bem
intencionados”. Não force a situação, diga apenas que se algum dia eles desejarem
conversar, você estará à disposição.
Cuidado, pois nem todo casal sem filhos significa infertilidade; talvez estão apenas
adiando ou simplesmente não querem ter filhos.
Pode ser também que estão esperando no Senhor e confiando na promessa como fez
Ana (I Sm 1: 11), que fez um voto ao Senhor para poder engravidar e isso, às vezes leva
um tempo que pertence ao nosso Senhor que é onisciente e sabe de todas as coisas.
Como conselheiro você pode orientar o casal a procurar, juntamente com um médico
especialista na área, um melhor método para poder engravidar.
É claro que um dos métodos mais importantes e, para mim, o mais gratificante é o da
adoção, que é muito bom para o casal e, principalmente, para a criança que será adotada
e terá direito a uma família.
O Que é Adoção?
Adoção é a aceitação voluntária e legal de uma criança como filho. (dic Aurélio).
Na palavra de Deus, no Novo Testamento, significa “tornar filho”.
Êx 2:10 - A filha de Faraó adotou a Moisés “passou ele a ser filho”
I Rs 11:20- Genubate viveu com os próprios filhos de faraó!
Na lei, uma adoção significa assumir o pátrio poder de uma criança, desligando-a de todo
e qualquer vínculo com os pais biológicos e parentes naturais.
A criança adotada passa ter os mesmos direitos dos filhos biológicos, inclusive quanto ao
nome e à herança. É como se a criança acabasse de nascer, só que em uma nova
família. Isso é um ato irrevogável, por isso deve ser muito bem pensado, sendo que esse
vinculo não pode ser desfeito.
Quando um juiz profere a sentença de adoção, expede-se dois mandados; um para
cancelar o registro original e outro para fazer a inscrição do novo registro com todos os
novos dados, que os adotantes indicarem; sendo que é proibido no registro qualquer
menção sobre adoção. Assim a criança estará dando inicio à sua vida nova.
Tipos de Adoção
Existem dois tipos de adoção:

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A “Brasileira” que é ilegal e criminosa e constitui-se como prática de crime, com pena de 2
a 6 anos de prisão, onde os pais biológicos podem a qualquer momento recorrer à justiça
e reaver a criança.
Já a adoção legal é um pouco mais demorada, porém é a mais segura diante da lei dos
homens, como diante de Deus, pois os pais que adotam dentro desse princípio já tem a
bênção ao seu lado.
Algumas estatísticas:
Existem 250 mil crianças sem famílias no Brasil, segundo o IBGE.
Só em São Paulo existem 6.100 famílias na fila à espera de um filho.
As Barreiras da idade; Cada vez fica mais difícil encontrar um pai adotivo!
De 0 a 2 anos – existem 36 pretendentes para cada criança
De 2 a 5 anos - existem 5 pretendentes para cada criança
De 5 a 7 anos - existem 2 pretendentes para cada criança
De 7 a 10 anos – existem 13 crianças para cada pretendente
Mais de 10 anos – existem 66 crianças para cada pretendente
Motivos para adotar
Qual a é motivação de quem busca o juizado de menores:
45% - Constituir família
25% - Aumentar a família
15% - Ajudar alguém
15% - Outros
Discriminação:
98% - Dos pais que adotam são brancos e querem filhos da mesma cor.
12% - Dos casados não vão revelar ao filho que ele é adotivo.
Os dois lados da adoção (cont.)
O lado da Criança:

Existe uma necessidade muito grande de fazer um processo de libertação na criança que
chega na nova família e isso e tão importante, pois romperá com todo o vínculo que possa
haver com a mãe biológica.
Um dos espíritos que sempre acompanha uma criança adotiva é o de rejeição, pois uma
mãe biológica planeja dar essa criança tão logo fica sabendo que está grávida, ou então
entende que é melhor entregá-la para uma instituição, ou simplesmente quer se livrar da
criança. Isso causa um trauma na criança que nós chamamos de rejeição intra-uterino.
Em outras palavras, um demônio de rejeição adota essa criança e, se não for liberta
desse demônio que entrou desde o ventre, esse espírito maligno será e terá toda
autoridade sobre essa criança.

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Em alguns casos quando a mãe biológica tenta abortar essa criança e não consegue,
também permitirá que um espírito mau de morte ou suicídio entre nesse feto, ainda no seu
ventre.
Tão logo essa criança já tenha uma nova família é necessário que ela passe por
libertação e com certeza manifestará esses espíritos, que não respeitam idade e tamanho
e precisam de um corpo para fazer o que diz a palavra de Deus em João 10:10.
O conselheiro deve orientar aos novos pais a passarem juntos por esse processo de
libertação, pois eles são agora a autoridade sobre o seu filho do coração. Para que isso
aconteça é necessário que o processo de adoção seja o legalizado ou ainda o processo
esteja tramitando no foro.
Isso pode acontecer em qualquer idade da criança e o quanto antes será melhor, tanto
para os pais que sentirão a criança mais tranqüila e também mais obediente, como para a
criança.
Também deve ser orado para que essa criança tenha os genes e as características de
sua nova família; que em alguns casos são surpreendentes, pois o nosso Senhor permite
que isso aconteça, para mostrar-nos o seu amor; pois também somos adotivos
espiritualmente falando e herdamos as características de Jesus Cristo, através da sua
paternidade em nossas vidas.
O lado da nova família:

A nova família que recebe ou receberá essa criança também precisa de cuidados
especiais e o conselheiro tem um importante papel nesse momento.
Uma vez escolhido que adotarão, deve ser trabalhada a ansiedade do casal, que sempre
imagina que adoção é ir a um orfanato e sair com a criança no colo. O processo de
adoção pode ser, geralmente, longo e, muitas vezes, demorado.
Uma função importante do conselheiro aqui é a de não permitir que o casal desista do
processo, tão pouco se arrependa no pós-adoção. Isso é muito comum quando a mulher
engravida logo após a adoção, passando a desprezar o filho do coração e dando toda
atenção ao filho que está para nascer.
Adoção é um ato de amor (Rm. 8:15 a 17) e por esse motivo todo tipo de discriminação é
considerado pela lei como crime passível de prisão. Para evitar a discriminação, meu
conselho é que seja conversado o quanto antes com o filho adotivo, dizendo-lhe que ele
foi gerado no coração de seus pais. É importante sempre lembrar que o amor não é um
sentimento e sim uma atitude, e seus novos pais decidiram amar esse filho, que foi
gerado no coração e não no ventre.
O conselheiro deve lembrar aos pais de coração que esse filho tem uma história antes
deles e isso não pode ser escondido. Caso essa criança, no futuro, queira conhecer sua
família biológica, ou sua cidade, ou o local onde nasceu é importante que seus pais
promovam esse encontro e estejam apoiando.

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Não se deve ter medo dessa fase, que geralmente acontece na adolescência. Os pais de
coração só terão medo caso entendam que não estão dando amor suficiente para o filho.
E isso gera um sentimento de insegurança e dúvida.
O Conselheiro nesse caso deve ministrar paz e segurança na vida desses pais.
Procurando mostrar-lhes que a adoção foi feita legalmente e não terá a menor chance da
perda da guarda do filho.
Numa situação em que a família tenha outros membros ou irmãos, o filho adotivo deve ser
tratado normalmente como filho, irmão ou outro parente qualquer, sem distinção.
Termino dizendo que ser pai do coração é a melhor coisa que Deus pode promover na
minha vida e, espero que esse material possa ajudar a muitos casais que sofrem por não
poder terem filhos biológicos.
Sugestões de Livros e Sites

Meu Filho, Meu Discípulo – Judith Kemp – Ed. Hagnos

www.eca.org.br (estatuto da criança e do adolescente)

www.filhosadotivos.com.br

www.filhosdocoracao.com.br

www.acalanto.org.br

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BIBLIOGRAFIA

Aconselhamento Cristão – Edição Século 21 – Gary Collins - Ed. Vida Nova

Ajudando uns aos Outros pelo Aconselhamento – Gary Collins – Ed. Vida Nova

Introdução à Cura Interior – David Kornfield – Ed. Sepal

O Pastor como Conselheiro- Paul Hoff – Ed. Vida

Como Compreender as Pessoas – Larry Crabb – Ed. Vida

Manual do Conselheiro Cristão – Jay E. Adams – Ed. Fiel

Prática do Aconselhamento Terapêutico- Reinhold Ruthe – Ed. Luz e Vida

Aconselhamento, Como se Faz? – Reinhold Ruthe – Ed. Luz e Vida

A arte de compreender-se a si mesmo – C. Osborn – Ed. Juerp

Aconselhamento Cristão – H. Clinebel – Ed. Sinodal

A prática do Aconselhamento Pastoral – H. Clinebel – Ed. Sinodal

A arte da conversação pastoral – H. Faber & Van Der Schoot – Ed. Sinodal

Estudos e Apostilas – Prs. Sergio Leoto e Magali Leoto – Sepal

Apostila sobre Aconselhamento Pastoral – Pr. Mauro Zaffani Martins – Centro de
Capacitação Ministerial Cristo Centro

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