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g) Mesmo em se tratando dos médiuns produtivos, « (…) as primeiras comunicações obtidas devem
considerar-se meros exercícios, tarefa que é confiada a Espíritos secundários. Não se lhes deve dar muita
importância, visto que procedem de Espíritos empregados, por assim dizer, como mestres de escrita, para
desembaraçarem o médium principiante. » (LM-2ª.pte -item 262)
h) Em relação à vidência: A vidência não é manifestação incomum nas reuniões mediúnicas. Ocorre, em
geral, sob a forma intuitiva, mais fugaz e imprecisa. Raramente ocorre nitidamente, como na de clarividência.
A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito frequente. Contudo, a visão
habitual de Espíritos ou do plano espiritual é excepcional. Normalmente, os médiuns videntes e outros
(psicofônicos, psicógrafos) recebem imagens que são captadas pela mente, semelhantemente ao processo
telepático. «Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade
em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. » (LM-
2ª.pte -item 167)
i) Em relação à Psicofonia: “O processo tem início a partir do transe, quando ocorre a emancipação da alma,
permitindo ao perispírito do médium expandir-se. Tão logo sinta, o médium, a sensação de afastamento do
corpo físico, deve mudar a postura mental para um estado receptivo e atento, diminuindo o fluxo de
pensamentos para ensejar que as ideias do comunicante penetrem nos seus registros físio-psíquicos, numa
expectativa serena, sem ansiedade ou tensões para a concretização da passividade.” (Vivência Mediúnica –
Projeto Manoel P. Miranda – Cap. 6)
8.1 - Por que se tem um tipo de mediunidade e não outro? Isso se pode escolher? É possível mudar de
um tipo de mediunidade para outro?
a) “Em primeiro lugar, cumpre ao obreiro do Senhor obedecer aos seus dirigentes espirituais, executando as
tarefas que lhe foram confiadas, e não tergiversar. O mundo espiritual é complexo, as leis que o regem e as
circunstâncias de vida muito elásticas e também complexas, e longe estamos de conhecê-lo em sua verdadeira
estrutura para ousarmos criticar a forma de agir dos mentores invisíveis. Complexas serão, por isso mesmo,
as circunstâncias dos casos a tratar, e, ignorando a razão por que recebemos uma incumbência e não outra
qualquer, o que nos cumpre é obedecer às orientações recebidas e nos alegrarmos com a honra, que do
Invisível recebemos, de trabalhar servindo à causa da fraternidade.” (Yvonne A Pereira – Recordações da
Mediunidade – Cap. 8)
“Deixai-os ir pavonear onde quiserem e procurar ouvidos mais complacentes,
ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam livres.” (LM – Cap. 16-it 196-Erasto)
9. O quê, para o médium, significa ser passivo?
a) O Espirito do médium exerce influência nas comunicações mediúnicas podendo “(...) alterar-lhes as
respostas e assimilá-las às suas próprias ideias e a seus pendores; não influencia, porém, os próprios
espíritos, autores das respostas (...)." (LM it 223-1ª.perg)
O médium "(...) é passivo quando não mistura suas próprias ideias com as do Espírito que se comunica,
mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário, embora
se trate dos (...) médiuns mecânicos. (...)" (LM it 223-q.10 – Ver também “O papel do médium nas
comunicações- Cap. XIX)
b) Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris, entendendo que importa, acima
de tudo, o bem a fazer, procura ofertar a reta conduta, no reflexo condicionado específico da prece, à
Espiritualidade Superior, e passa, então, a ser objeto da confiança dos Benfeitores desencarnados que lhe
aproveitam as capacidades no amparo aos semelhantes, dentro do qual assimila o amparo a si mesmo.
(Mecanismo da Mediunidade – André Luiz – Cap. 18)
c) (...) - E se nossa irmã relaxasse a autoridade? – inquiriu Hilário, curioso. - Não estaria em condições de
prestar-lhe benefícios concretos, porque então teria descido ao desvairamento do mendigo de luz que nos
propomos auxiliar – esclareceu o nosso instrutor, com calma. E numa imagem feliz para ilustrar o assunto,
ajuntou:
- Um médium passivo, em tais circunstâncias, pode ser comparado à mesa de serviço cirúrgico, retendo o
enfermo necessitado de concurso médico.
Se o móvel especializado não possuísse firmeza e humildade, qualquer intervenção seria de todo impossível
(...) (Nos Domínios da Mediunidade – 22
a
edição - Francisco Cândido Xavier - André Luiz. -pág. 53)