Atenção e desempenho

caio_maximino 4,578 views 32 slides Jun 04, 2019
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About This Presentation

Aula ministrada ao Curso de Psicologia da Unifesspa, Turma 2019, na disciplina Processos Psicológicos Básicos


Slide Content

Atenção e
desempenho
Prof. Dr. Caio Maximino
IESB/Unifesspa
Processos Psicológicos Básicos – Aula VII

Slides

Conteúdos

O que é atenção?

Discutir o tempo de reação como variável
dependente na Psicologia Experimental

Identificar alguns dos problemas de pesquisa no
campo da atenção

Avaliar alguns tópicos experimentais e exemplos de
pesquisa da atenção

O que é atenção?

William James: “Todos sabem o que é a atenção. É a tomada de posse pela mente, de forma
clara e vívida, de um entre diversos objetos ou esquemas de pensamento simultaneamente
possíveis. O foco e a concentração da consciência são sua essência. Implica na retirada de
algumas coisas com a finalidade de lidar efetivamente com outras”.

O meio pelo qual se processa ativamente uma quantidade limitada de informação a partir da
enorme quantidade de informaçãodisponível por meio dos sentidos, da memória armazenada e
de outros processos cognitivos
–Inclui processos conscientes e inconscientes

O que é atenção?
Sensações
+
Lembranças
+
Processos de pensamento
Atenção
Processos controlados
(incl. Cs)
+
Processos automáticos
Ações
“Aquilo que prende
a atenção determina a
ação”
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Um exercício

Escreva seu nome várias vezes em um pedaço de papel enquanto visualiza tudo o
que puder lembrar sobre o quarto em que você dormia quando tinha 10 anos.

Enquanto continua escrevendo seu nome e visualizando seu antigo quarto, faça
uma viagem mental de consciência para observar suas sensações corporais,
começando pelo dedão do pé, seguindo pela perna, cruzando o torso até o
ombro oposto e descendo pelo braço.

Que sensações você está sentindo —pressão do chão, dos sapatos ou das
roupas, ou talvez uma pressão em algum outro lugar?

Você ainda está conseguindo escrever seu nome enquanto acessa imagens na
memória e continua prestando atenção às sensações desse momento?
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Processamento pré-consciente

Algumas informações que atualmente ficam fora
da consciência ainda podem estar disponíveis
na consciência ou, pelo menos, nos processos
cognitivos → nível pré-consciente

Pré-ativação (Priming): o reconhecimento de
determinados estímulos é afetado pela
apresentação anterior dos mesmos estímulos

Processos controlados vs.
processos automáticos

Parece que o ser humano pode sentir, perceber e até mesmo reagir a muitos estímulos
que nunca adentram a consciência. Então, quais processos requerem ou não a
consciência?

Os processos automáticos não requerem controle consciente
–São realizados sem consciência, mas pode-se estar consciente de estarem sendo feitos
–Demandam pouco ou nenhum esforço, ou mesmo intenção
–Processos automáticos múltiplos podem ocorrer simultaneamente (i.e., em paralelo)
–Pouco sensíveis ao estresse

Os processos controlados são acessíveis ao controle consciente e até mesmo o
requerem
–Levam mais tempo para serem executados, em comparação com os processos automáticos
–São realizados em sequência
–Muito sensíveis ao estresse

Processos controlados vs.
processos automáticos
Características Processos controladosProcessos automáticos
Quantidade de esforço
intencional
Requerem esforço
intencional
Requerem pouco ou
nenhum esforço (e o esforço
intencional pode até ser
necessário para evitar
comportamentos automáticos)
Grau de consciência Requerem consciência
total
Geralmente ocorrem fora
da consciência
Uso de recursos da
atenção
Consomem muitos
recursos da atenção
Consomem poucos
recursos de atenção
Tipo de processamentoEm série Em paralelo
Velocidade de
processamento
Execução relativamente
demorada
Execução relativamente
rápida
Nível de processamentoNíveis relativamente altosNíveis relativamente
baixos
Dificuldade das tarefasGeralmente difíceis Geralmente fáceis
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Habituação e adaptação

A habituação está relacionada ao ato de se acostumar com um
estímulo de tal modo que, aos poucos, se passe a prestar cada
vez menos atenção a ele
–Sua contrapartida é a desbituação, na qual uma mudança em um
estímulo conhecido leva o indivíduo a começar a notá-lo outra vez

A adaptação sensorial é uma diminuição da atenção a um
estímulo que não seja objeto de controle consciente. Ela ocorre
diretamente nos órgãos sensoriais e não no cérebro
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Aplicações práticas

Entediar-se durante uma aula ou durante a
leitura de um livro didático é sinal de
habituação

Alguns passos para evitá-la:
1) Faça pausas ou alterne tarefas diferentes, se
possível.
2) Faça anotações enquanto lê ou escuta.
3) Ajuste seu foco de atenção para aumentar a
variedade dos estímulos.
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Quiz

Um caso...

Um paciente que teve um A.V.E. severo semanas atrás
está na sua sala quando conversa contigo, um/a
importante neuropsicóloge de Marabá

Ainda que, no começo, parecia que o paciente estava
completamente cego, sua esposa insistia que ele às
vezes conseguia enxergar as coisas.

Você percebe que ela está correta! O paciente
realmente tem problemas sérios de visão, mas não
está completamente cego.

Um caso...
●Segurando um objeto,
você o pergunta o que
ele enxerga, e ele diz:
●“Não tenho certeza,
doutora. Mas
parece… sei lá… ah,
sim! É um pente!”

Um caso...
●“Muito bem!”, você diz, feliz
com o rumo que a coisa está
tomando. Apresenta um outro
objeto, e faz a mesma
pergunta.
●Depois de um tempo, o
paciente responde “Eu vejo
uma colher”

Um caso...
●Segurando o pente e a colher em
cada mão, você pergunta ao
paciente o que ele vê agora.
●Ele responde de maneira hesitante:
“Eu acho… Hmmm… Eu vejo
uma colher”
●Segurando os dois objetos na
mesma mão, de maneira que
estejam no mesmo local, você
pergunta: “E agora?”
●Curiosamente, ele afirma
enxergar somente o pente

Um caso...

“Mas e a colher?”, você pergunta.

“Não, não, não tem colher, não, doutora” Mas de repente afirma: “Ah,
sim, lá está, agora vejo a colher!”

Parece que ele não está mais enxergando o pente! Aflita, você
aproxima os objetos à face do paciente, e lhe pergunta “Você não
vê nada mais?”

Ele olha para frente, com esforço, e finalmente diz: “Ah, sim, sim…
agora os vejo… eu vejo números!”

Surpresa, você olha pra trás e vê que há um relógio de parede!

Quais são as funções da
atenção?

A habituação sustenta o sistema humano de
atenção, que realiza muitas funções além de
apenas sair da sintonia dos estímulos
conhecidos e entrar em sintonia com
estímulos novos

A atenção consciente possui quatro funções
básicas: vigilância e detecção de sinais,
atenção seletiva, atenção dividida, e busca
atencional
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Vigilância e detecção de sinais

Geralmente, as pessoas tentam vigilantemente detectar algum
sinal ou determinado estímulo de interesse

Por meio da atenção vigilante à detecção de sinais, os indivíduos
são submetidos à pré-ativação para agir com rapidez sempre
que detectam estímulo de sinais

Exemplos: Em uma rua escura, pode-se tentar identificar sinais ou
sons indesejados; após a troca do bujão, pode-se ficar atento a
cheiros de vazamento de gás
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Atenção seletiva

Constantemente, as pessoas fazem escolhas com relação aos
estímulos a que prestam atenção ou ignoram

Ao ignorar (ou não dar ênfase) a alguns estímulos, destacam-se
estímulos salientes

O foco concentrado de atenção em determinados estímulos de
informação melhora a capacidade de manipular esses estímulos
para outros processos cognitivos, como a compreensão verbal ou
a solução de problemas

Exemplos: Somos capazes de ler um livro enquanto ignoramos a
música no fone de ouvido
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Teorias de atenção seletiva
baseadas em filtros/gargalos

No modelo de Donald Broadbent, filtra-se a informação imediatamente após
registrá-la em nível sensorial.
–Múltiplos canais de entrada de dados sensoriais chegam até o filtro da atenção, que só
permite que um deles passe para chegar aos processos da percepção.

Moray (1959): mesmo quando os participantes ignoravam a maioria dos outros
aspectos de alto nível (por exemplo, semânticos) de uma mensagem à qual não
prestavam atenção, eles ainda reconheciam seus próprios nomes
–Moray sugeriu que o motivo para esse efeito é que mensagens poderosas e altamente
destacadas podem romper o filtro de atenção seletiva, mas outras podem não passar
por ele

O modelo de atenuação de Anne Treisman propõe um tipo diferente de filtragem:
o mecanismo simplesmente atenua (diminui a força) esses estímulos

Teorias de atenção seletiva
baseadas em filtros/gargalos
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Teorias da atenção seletiva
baseadas em filtros/gargalos

Em alguns casos, parte da informação passa; por exemplo,
é possível reconhecer os próprios nomes ou uma tradução
de dados recebidos à qual estejam prestando atenção. Se
a informação não gerasse percepção, as pessoas irão
descartá-la no mecanismo de filtragem

Deutsch & Deutsch: o gargalo atenuador de sinais ocorre
em momento posterior ao processo, produzindo seus
efeitos após a análise sensorial.

Desse modo, ele ocorre após alguma análise perceptiva e
conceitual dos dados recebidos.

Teorias da atenção seletiva
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Combinando modelos

Teoria multimodal: A seleção de uma mensagem em detrimento de outra pode ser
feita em qualquer um dos vários pontos diferentes no decorrer do processamento
das informações
–Na primeira etapa, o indivíduo constrói representações sensoriais dos estímulos. Na
segunda, constrói representações semânticas.
–Na terceira etapa, as representações das etapas 2 e 3 se tornam conscientes.
–A seleção anterior estaria associada à primeira etapa, ao passo que a seleção posterior
estaria ligada à terceira etapa

Teoria de Neisser: Existem dois tipos de processos que comandam a atenção: os
processos pré-atencionais e os processos atencionais.
–Os processos automáticos pré-atencionais são rápidos e ocorrem em paralelo, podem ser
usados para observar apenas características sensoriais físicas da mensagem à qual não
se presta atenção, porém não discernem sentido ou relacionamentos.
–Os processos atencionais controlados ocorrem mais tarde. Eles são executados em série e
consomem recursos de tempo e atenção, como a memória de trabalho

Teorias de atenção seletiva
baseadas em recursos de atenção
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Quiz

Atenção dividida

Frequentemente, conseguimos realizar mais de uma
tarefa ao mesmo tempo, e redirecionamos os
recursos da atenção segundo as necessidades

Exemplos: motoristas experientes podem facilmente
falar enquanto dirigem; mas, se outro veículo
parecer desviar em direção ao carro, imediatamente
redirecionam toda a atenção da conversa para a
condução do veículo
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Busca atencional

Muitas vezes, buscamos ativamente
determinados estímulos no ambiente

A quantidade de alvos e de fatores de
distração afeta a dificuldade da terefa

Exemplos: Estamos sempre procurando
óculos, chaves, e outros objetos perdidos
STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 5ª edição, 2010

Teorias sobre a busca visual

Teoria da integração de características (Treisman): certas
características visuais são registradas precocemente,
automaticamente, e são codificadas rapidamente em paralelo através
do campo visual usando processos pré-atentos

Para integrar duas ou mais características visuais pertencentes ao
mesmo objeto, um processamento posterior envolvendo a integração
de informações de diferentes áreas do cérebro é necessário e é
codificado em série usando a atenção focal.

Teorias sobre a busca visual

Modelo de busca guiada (Jeremy Wolfe): Uma
função importante dos processos pré-
atencionais é direcionar a atenção focada à
informação mais “promissora” no ambiente,
por ativação “bottom-up” ou “top-down”

Informações do processamento top-down e
bottom-up do estímulo são usadas para criar
uma classificação de itens em ordem de
prioridade de atenção

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