Aula 01-Denagem Urbana e controlo da poluição.pptx

Aula para Engenharia do Ambiente

1. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA DEPARTAMENTO DE ARQUITECTURA E ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA DO AMBIENTE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E CONSIDERAÇÕES GERAIS ENGº MAXIMINO PINTAL DRENAGEM URBANA E CONTROLO DA POLUIÇÃO

2. AULA 01: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E CONSIDERAÇÕES GERAIS 1 . Apresentação Programa da disciplina Bibliografia Considerações Gerais Ambiente Saúde ambiental e Saneamento Perspectiva histórica do saneamento DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

3. AULA 01: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E CONSIDERAÇÕES GERAIS DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO Programa da Disciplina Apresentação Considerações gerais Ambiente Saúde ambiental e Saneamento Perspectiva histórica do Saneamento Poluição ambiental Tipos de poluição ambiental Efeitos da poluição a saúde humana Consequências ecológicas Medidas de prevenção e controle Estado do saneamento em Angola Perspectiva histórica e evolução Efeitos da poluição a saúde humana Sistemas de águas residuais e pluviais Princípios gerais de concepção Constituição dos sistemas Componentes dos sistemas Tipos de sistemas Vantagens e desvantagens Qualidade das águas residuais e pluviais em meios urbanos Soluções de controlo na origem Calculo de caudais domésticos e pluviais Escoamento de superfície e capacidade de dispositivos interceptores Bacias de armazenamento Principais problemas e condicionantes de projecto Traçado em planta e perfil das infra-estruturas

4. AULA 01: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E CONSIDERAÇÕES GERAIS Bibliografia 1 Qualidade da Água e Controlo da Poluição , António Jorge Monteiro Ana Maria Ambrósio Ribeiro de Sousa, 2005, Folhas da Reprografia de DECivil 2 Saneamento Ambiental II , MATOS,José , 2000, s.r . 3 Wastewater Engineering , Treatment Disposal and Reuse , METCALF AND EDDY, INC, 1992, McGraw -Hill Book Company , New York 4 Industrial and Hazardous Waste Treatment , NEMEROV, N.; DASGUPTA, A., 1991, Van Nostrand Reinhold , New York 5 Principles of Surface Water Quality Modeling and Control , THOMAN, R.; MULLER, J., 1987, Harper & Dow Publishers Inc , New York 6 Gravity Sanitary Sewer Design and Construction . MOP FD nº 5, WATER POLLUTION CONTROL FEDERATION, 1982, s.r . 7 Design of Wastewater and Stormwater Pumping Stations. MOP FD nº 4, WATER POLLUTION CONTROL FEDERATION, 1982, s.r . DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

5. AULA 01: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E CONSIDERAÇÕES GERAIS INTRODUÇÃO O ambiente é um conjunto de todos elementos naturais e artificiais que cercam os seres vivos, influenciando directa ou indirectamente suas condições de vida. Ele abrange o ar, a água, o solo, os seres vivos, o clima e as interacções que ocorrem entre eles formando sistema equilibrado que sustenta a vida na Terra. A importância do ambiente está no facto de que ele fornece os recursos necessários para a sobrevivência humana e dos demais seres vivos. Porém as acções humanas tem causa impactos negativos que resultam em poluição, desmatamento, perdas da biodiversidade e mudanças climáticas. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

6. Tipos de Ambiente Ambiente natural: Espaço formado por elementos naturais, sem a intervenção humana ou com mínima modificação. O Ambiente natural está classificado em A mbiente terrestre e A mbiente aquático. Os ambientes podem ser classificados em dois importantes grupos: DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

7. Tipos de Ambiente Ambiente terrestre : é um conjunto de ecossistemas que se desenvolvem sobre a superfície solida da terra, incluindo o solo, as montanhas , as planícies , os desertos e florestas. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

8. Tipos de Ambiente Ambiente aquático : compreende todos os ecossistemas cujo meio predominante é a água. Nesse ambiente a água actua como suporte, meio de locomoção e veiculo de substancias vitais para os organismos. Este ambiente está subdivido em Ambientes de água doce (rios e lagos) e Ambientes marinhos (praias e mares) Ambientes de transição (Zonas costeiras onde ocorre a mistura de água doce e salgada). DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

9. Tipos de Ambiente Ambiente Artificial (Urbano): E spaço que sofre intervenção humana, caracterizado por uma grande densidade populacional e dominado por construções humanas, infra-estruturas de transporte, comércio e residências. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

10. Saúde ambiental As preocupações com a problemática ambiental estão inseridas na Saúde Pública desde seus primórdios, apesar de só na segunda metade do século XX ter se estruturado uma área específica para tratar dessas questões. Essa área que trata da inter-relação entre saúde e meio ambiente foi denominada de Saúde Ambiental. “ Saúde Ambiental é o campo de atuação da saúde pública que se ocupa das formas de vida, das substâncias e das condições em torno do ser humano, que podem exercer alguma influência sobre a sua saúde e o seu bem-estar” (Brasil-MS, 1999). DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

11. Saúde ambiental Em 1993, uma definição de Saúde Ambiental, que insere também os aspectos de atuação prática, foi apresentada na Carta de Sofia, produzida no encontro da Organização Mundial de Saúde, realizado na cidade de Sofia (BULGÁRIA): “ Saúde ambiental são todos aqueles aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que estão determinados por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. Também se refere à teoria e prática de valorar, corrigir, controlar e evitar aqueles fatores do meio ambiente que, potencialmente, possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras” (OMS, 1993). DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

12. O novo paradigma das sociedades modernas. No início do século XXI, a sociedade depara-se com alguns problemas inexistentes para as gerações anteriores. Um deles é a poluição ambiental. Conceito de Poluição : É toda alteração das propriedades naturais do meio ambiente que seja prejudicial à saúde, à segurança ou ao bem-estar das populações sujeitas aos seus efeitos, causada por agentes de qualquer espécie. Saúde ambiental DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

13. Saúde ambiental Causas principais da poluição ambiental : O contínuo aumento da população O vertiginoso desenvolvimento industrial Crescimento da população mundial: No ano de 1750 a população mundial era de 750 milhões de habitantes; Em 1900 atinge 1,5 bilhão Em 1950 alcançamos 2,5 bilhões Em 2000 passamos de 6 bilhões Atualmente o número de seres humanos habitando a Terra já ultrapassa 8 bilhões DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

14. Consequências do crescimento acelerado da população: Crescente produção de alimentos, o que exige fertilizantes e agrotóxicos, uns dos principais componentes responsáveis pela poluição ambiental. Saúde ambiental DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

15. Saúde ambiental Contaminação I ntrodução de microrganismos, substâncias químicas e/ou resíduos no meio ambiente (água, ar ou solo) em quantidade suficiente para desequilibrar as propriedades do meio e torná-lo prejudicial à saúde e à preservação ambiental. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

16. A Organização M undial da Saúde (OMS) define o saneamento como: “ O controle de todos os factores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o seu bem estar físico e social”. Pode-se dizer que saneamento de modo geral, caracteriza um o conjunto de acções socioeconómicas que tem por objectivo alcançar a Salubridade Ambiental. Saneamento DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

17. Saneamento Sanear quer dizer tornar são, sadio, saudável. Pode-se concluir portanto que o Saneamento equivale a saúde; No entanto, esta saúde que o saneamento proporciona, não é aquela que é buscada nos hospitais os postos de saúde, em que a pessoa já esta doente. A saúde que o saneamento busca é a preventiva, que promove a redução da procura por hospitais ou postos de saúde. Busca reduzir o contagio de ser humano por diversas doenças. Isto significa que onde há saneamento, são maiores as possibilidades uma vida mais saudável e os índices de mortalidade principalmente infantil permanecem nos mais baixos patamares. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

18. Saneamento Ambiental Conceito prático de Saneamento Ambiental: É o conjunto de medidas que visam a preservação ou a alteração das condições do meio ambiente, com a finalidade de prevenir a doença e promover a saúde. Finalidade : Promoção da saúde do homem, no seu mais amplo sentido, ou seja, contribuir para o ideal de pleno bem estar físico, mental e social.

19. Saneamento Ambiental O Saneamento Ambiental classifica-se em: Saneamento básico : é o conjunto de serviços e infra-estruturas e instalações operacionais, tais como: - Abastecimento de água potável : são actividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição. Esse abastecimento deve ser com qualidade e quantidade suficiente para a garantia de condições básicas de conforto.

20. Saneamento Ambiental - Manutenção do sistema de esgotos : colecta, transporte, tratamento e disposição final adequada dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; - Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos : colecta transporte, e destinação final do lixo domestico, comercial e de serviços industriais; - Drenagem de águas pluviais: colecta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações. Instalações operacionais de drenagem urbana de aguas pluviais, de transporte tratamento e disposição final das aguas pluviais drenadas nas áreas urbanas. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃOC

21. Saneamento Ambiental Saneamento específico : dirigido para o controle de situações de desequilíbrio originados pelo “ material sociedade”. Ex: controle de insectos, clima, poluição (gases), etc. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

22. O saneamento Ambiental compreende: Sistema de abastecimento de á gua; Sistema de tratamento de esgoto; Gerenciamento de resíduos sólidos; Drenagem Urbana; Controle de doenças e vectores de doenças transmissíveis. Saneamento Ambiental DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

23. Evolução do Saneamento COMO O SANEAMENTO BÁSICO COMEÇOU? DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

24. Evolução do Saneamento Os grupos humanos na Pré-História utilizavam métodos simples para recolher as águas das chuvas, dos rios e dos lagos

25. Consumiam apenas o essencial para a sobrevivência e a população era pequena. A quantidade de detritos produzida era insuficiente para produzir alterações ambientais significativas DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

26. No período Neolítico, com o desenvolvimento da agricultura surgiram as primeiras aldeias a produção de lixo e águas servidas favoreceu a proliferação de ratos e insectos e o início da poluição dos rios. Os primeiros gatos domesticados eram muito úteis para caçar os ratos que atacavam os celeiros de grãos.

27. ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA IDADE ANTIGA Com o surgimento das cidades, na Idade Antiga e o crescimento da população foi necessário desenvolver projetos de engenharia para condução e armazenamento de água Procurando fontes de água no subsolo, foram cavados poços, que inicialmente rasos, chegaram até 450 m de profundidade, como os construídos pelos chineses DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

28. O desenvolvimentodo saneamento está sempre relacionado ao surgimento e o crescimento das cidades, como Babilônia, na antiga Mesopotâmia. Assim foram construidos os primeiro sistema público de abastecimento de água, o aqueduto de Jerwan, foi construído na Assíria em 691 A.C.

29. CANALIZAÇÃO DE ESGOTO - ESHUNNA/BABILÔNIA (IRAQUE) E JOELHO E JUNTA DE CANALIZAÇÃO EM CERÂMICA DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

30. Área de banho em Mohenjo-Daro ( situada no atual Paquistão) Quase todas as casas nesta cidade eram equipadas com uma área de banho privada, com canalização para levar a água suja para o esgoto.

31. SANEAMENTO BÁSICO NAS CIDADES DO VALE DO INDO (PAQUISTÃO) Os esgotos, mantidos por uma autoridade municipal, eram forrados de tijolos e tinham aberturas a intervalos regulares para inspeção e manutenção. Os cidadãos de Harappa desenvolveram um privilégio bastante raro no mundo antigo: água encanada. Cada casa dispunha de um banheiro com chão pavimentado em declive e de um sistema de escoamento de água. A água para o banho era puxada, com baldes, de poços revestidos de tijolos de barro cozido, e despejadas em pequenos reservatórios e daí encaminhadas por curtos encanamentos cerâmicos para cair sobre o banhista não existiam banheiras. empregavam-se canos de drenagem feitos de cerâmica, embutidos e rejuntados com gesso, para que não ocorressem vazamentos. Sistema de esgotos: Uma fossa coberta do lado de fora de cada habitação, comunicava-se com uma rede de canais de esgoto, revestidos e cobertos com tijolos, que corria ao longo das ruas principais. Em cada interseção, havia uma fossa com tampa removível, para permitir a limpeza. DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO

32. Ruínas de uma latrina pública do período romano em Éfeso na Turquia Em 315 depois de Cristo havia 144 latrinas públicas em Roma

33. Na Idade Média, as pessoas costumavam atirar os excrementos nas ruas, às vezes atingindo os passantes. Detalhe de um quadro de Peter Brueghel mostra um homem rico perto de um anexo que despeja os dejetos direto no rio

34. IDADE MODERNA Nesse período as preocupações com saúde pública como conhecemos hoje tiveram maior desenvolvimento. Entre o século XVI e meados do século XVIII generalizou-se a pavimentação das ruas e construção de obras de canais de drenagem onde escoavam os refugos indesejáveis das ruas em direção aos rios e lagos.  O uso desse método produzia maus odores, além do que as provisões de água tornavam-se perigosamente poluídas. Dizia-se que os canais de Antuérpia matavam até mesmo os cavalos que bebiam sua água. Os poços e fontes se contaminavam com infiltrações oriundas das fossas e dos  cemitérios.

35. EVOLUÇÃO DA SANITA (VASO SANITÁRIO) 2500AC: Mohenjo Daro –havia um sistema altamente desenvolvido de drenagem em que a água servida de cada casa fluía para o canal principal. 1000 a.C: ilha de Bahrein no Golfo Pérsico : privada com fluxo de água. 69 d.C.: Imperador romano Vespasiano, pela primeira vez cobra taxa para uso de banheiro público 1596 JD Harrington inventa o W.C. .1668 : se torna obrigatória a construção de vasos sanitários em todas casas de Paris. 1824 : primeiro banheiro público em Paris. 1883 : primeiro vaso sanitário de cerâmica, feito para a Rainha Vitória. 1889 : primeiro tratamento de esgoto no mundo. 1980 : instalação de banheiro público com controle automático.

36. CURIOSIDADE... Os reis Luís XIII e XIV costumavam dar audiência enquanto estavam usando o vaso sanitário. Daí a conhecida expressão: “sentado no trono”.

37. É TUDO POR HOJE OBRIGADO!!! DRENAGEM URBANA E CONTROLE DA POLUIÇÃO