Origem dos problemas ambientais Paradigma dominante Sistema capitalista Modelo de desenvolvimento econômico Problemas ambientais Emissões Efluentes Resíduos Distúrbios Perturbação Degradação Impactos negativos
Modelo linear de produção Saídas do processo – emissões, efluentes e resíduos = externalidades Extração Produção Distribuição Consumo Deposição de resíduos baseado na geração de valor impulsionada pelo desperdício, em que os produtos de consumo são submetidos a um processo de fabricação, a uma rede de distribuição e varejo, ao uso dos consumidores, à coleta dos resíduos e, por fim, ao despejo em aterros sanitários ou esgotos, ou à incineração (Andrews, 2015; Ellen MacArthur Foundation, 2015; Oliveira; Lago, 2018). Obsolescência Cultura do descartável
Modelo linear de produção Surgimento de Consequências ambientais Atividades Industriais Perda de hábitat, Perda da cobertura vegetal, contaminação, erosão, assoreamento
poluição Afeta dos serviços ecossistêmicos
Cenário de transição Décadas de 1970-1990: Início da Industrialização no Brasil • O Brasil experimenta um crescimento industrial significativo, com foco na produção em massa e na extração de recursos naturais. • O modelo predominante é linear, com produção, consumo e descarte sem considerar os impactos ambientais. Década de 2000: Conscientização Ambiental • Surgem preocupações crescentes sobre os impactos ambientais da produção linear, incluindo o esgotamento de recursos e a geração de resíduos. • Início de discussões sobre sustentabilidade e a necessidade de uma abordagem mais circular para a produção. Década de 2010: Primeiros Passos Rumo à Economia Circular • O Brasil começa a adotar práticas de reciclagem e reutilização em setores como embalagens, papel e plásticos. • Empresas e organizações não governamentais promovem iniciativas de economia circular, incentivando o design de produtos mais duráveis e a recuperação de materiais.
Cenário de transição 2015: Acordo de Paris e Compromissos Ambientais • O Brasil assina o Acordo de Paris, comprometendo-se a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e adotar medidas para mitigar as mudanças climáticas. • Pressão internacional e conscientização interna aumentam, impulsionando a necessidade de transformações industriais mais sustentáveis. Década de 2020: Crescimento da Economia Circular • O Brasil intensifica os esforços para promover a economia circular em vários setores, incluindo manufatura, agricultura e tecnologia. • Incentivos fiscais e regulamentações são introduzidos para encorajar práticas de produção mais circulares e a redução do desperdício. 2023: Marco na Transição para a Economia Circular • Grandes empresas brasileiras adotam modelos de negócios circulares, como serviços de leasing e recuperação de produtos. • Parcerias público-privadas surgem para desenvolver infraestrutura de reciclagem avançada e sistemas de logística reversa.
O que fomenta atualmente? Meta 12.5 Nações Unidas Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso. Brasil Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da Economia Circular e suas ações de prevenção, redução, reciclagem e reúso de resíduos.
O que fomenta atualmente? Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): Implementada em 2010, a PNRS estabeleceu metas para a gestão de resíduos sólidos no Brasil e incentivou práticas de reciclagem e logística reversa, o que é fundamental para a economia circular. Acordo Setorial de Embalagens: A PNRS prevê a assinatura de acordos setoriais entre o governo e a indústria para implementar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida das embalagens. Isso impulsiona a reciclagem e a reutilização de materiais. Plano Nacional de Produção e Consumo Sustentáveis (PNPCS): Lançado em 2011, esse plano visa promover práticas de produção e consumo mais sustentáveis, incluindo ações relacionadas à economia circular. Incentivos Fiscais para Resíduos Sólidos: Algumas cidades e estados brasileiros oferecem incentivos fiscais para empresas que adotam práticas de gestão de resíduos mais sustentáveis, como reciclagem e reutilização.
O que fomenta atualmente? Programas de Logística Reversa: Alguns setores, como o de embalagens de óleos lubrificantes e de lâmpadas fluorescentes, estabeleceram programas de logística reversa obrigatórios para garantir o retorno adequado desses produtos pós-consumo. Programa Nacional de Reciclagem de Eletrônicos: Lançado em 2020, esse programa visa promover a reciclagem de equipamentos eletrônicos e o reaproveitamento de componentes. Parcerias Público-Privadas: O governo tem buscado parcerias com o setor privado para desenvolver projetos de infraestrutura de reciclagem e implementar práticas circulares.
Restaurador & Regenerativo recuperação dos recursos gastos em novos produtos e serviços; por regenerativo, a recuperação dos sistemas biológicos.
preservação e aumento do capital natural por meio do controle dos estoques finitos e do equilíbrio dos fluxos de recursos renováveis otimização da produção de recursos devido à circulação de produtos, componentes e materiais fomento à eficácia do sistema, revelando as externalidades negativas e excluindo-as dos projetos Economia circular Princípios Ellen MacArthur Foundation, 2015
Princípios de Ghisellini, Cialani e Ulgiati (2016) herdado da Ecologia Industrial - os resíduos no final de sua vida útil sejam alimentados na cadeia industrial, tanto como fluxo de material quanto de energia; e outro herdado da Biomimética, uma vez que busca o meio ambiente como um exemplo a ser copiado para redesenhar as atividades de produção, em particular os padrões industriais ou de desenvolvimento. busca integrar o desenvolvimento econômico, social e ambiental de modo sustentável
PNRS como fomento à economia circular
Conceituando 19 ACV série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final logística reversa ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos
I - a prevenção e a precaução; II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; IV - o desenvolvimento sustentável; V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta; VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos ; VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania ; IX - o respeito às diversidades locais e regionais; X - o direito da sociedade à informação e ao controle social; XI - a razoabilidade e a proporcionalidade. Dos princípios 20
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para : a) produtos reciclados e recicláveis; b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis; XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto ; XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético; XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável . Dos objetivos 21
Instrumentos da política também previstos na política Nacional de meio ambiente 22 a) os padrões de qualidade ambiental; b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; d) a avaliação de impactos ambientais; f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
Criação de valor através de modelos de negócios circulares um modelo de negócio integra-se à cadeia de valor, que tem o propósito de criar, entregar e capturar valor
Para circularização do modelo linear Repensar: as atividades primárias de uma cadeia de valor, como a criação e distribuição de um produto, além da assistência pós-venda atividades dentro de uma organização, sendo essa uma decisão estratégica
Modelos de negócio 25 Recuperação de recursos recuperar o valor e a função dos produtos, componentes ou materiais por meio de remanufatura ou reciclagem Reduz uso de MP Evita desperdício Produto como serviço fornecer serviços que possam suprir as necessidades do consumidor sem que ele precise adquirir o produto Modelo de negócio que procura intensificar e prolongar o uso de bens reduzindo a ociosidade Compartilhamento
Cadeia de valor 28 Desenho para a circularidade: O melhor aproveitamento dos recursos utilizados para a produção de bens começa no projeto dos produtos. Ciclos reversos: Retorno do produto consumido para o fabricante ou reparador para manutenção, desmontagem, reprocessamento, montagem, reciclagem e redistribuição ou seja, envolve uma logística reversa Proposta de valor: Outras formas de valorizar os recursos utilizados nas atividades de produção são a simbiose industrial e a recuperação energética. A simbiose industrial caracteriza-se como sendo um ramo da economia circular onde é explorado o potencial de abordagens baseadas em “integração de sistemas” Com foco na partilha de serviços de transporte e infraestrutura e trocas de resíduos/ subprodutos, o desenvolvimento e a criação de redes simbióticas de cooperação entre empresas permite uma diminuição do consumo de materiais e energia.
Cadeia de valor 29 A recuperação energética é uma opção para resíduos de difícil reutilização ou reciclagem mas que têm alto poder calorífico ou geram gases combustíveis ao serem decompostos. • incineração com geração de energia; • coprocessamento em fornos de clínquer; • pirólise e gaseificação; • digestão anaeróbia.