Febre Febre = elevação anormal da temperatura corporal, acima da variação fisiológica. Temperatura oral: varia entre 37,2 °C pela manhã e 37,7 °C à tarde. Temperatura axilar: em média 0,5 °C mais baixa. Assim, considera-se febre quando axilar > 37,7 °C. É um sintoma, não uma doença.
Fontes de Calor Fonte externa Metabolismo ( Síntese de ATP) Esforço: Contração muscular Repouso: Função Hepática
Regulação da Temperatura Tálamo é o termostato do nosso organismo
Regulação da Temperatura Set Point -> 37º Ajuste conforme a necessidade do organismo: Adaptação ao frio ou calor Necessidade metabólica(atividade física, pós refeições, ovulação) Variação circadiana: Dia -> entardecer
Regulação da temperatura Centro talâmico Aquecimento: Vasoconstrição periférica Piloereção Calafrios Maior produção de T4 Resfriamento Vasodilatação periférica Inibição de termogênese -> redução do metabolismo Sudorese
Técnica de Aferição Somente valores máximos; Contato direto com mucosa/pele: Oco axilar Cavidade oral Reto
Febre - Definição Temperatura corporal acima da normalidade, geralmente que é consequência alguma patologia em evolução
Mecanismo da febre Pirógenos Exógenos Antígenos microbianos Imunocomplexos Anticorpos Drogas Restos tissulares retidos Pirógenos endógenos Citocinas interleucinas TNF Interferons
Características da febre Intensidade Febrícula (leve): 37º - 37,5º febre moderada: 37,6 a 38,5º Febre alta 38,6 ou mais Hiperpirexia >41,5º Formas de início súbita vs insidiosa Duração Prolongada: >1 semana
Características da febre Evolução Persistente Intermitente Cíclica Sintomas acompanhantes Síndrome febril Astenias, calafrios, sudorese, hiporexia Relacionados ao Fato causal
Características da febre Evolução Persistente Intermitente Cíclica Sintomas acompanhantes Síndrome febril Astenias, calafrios, sudorese, hiporexia Relacionados ao Fato causal
Características da febre Relacionados ao fator causal Manifestações de infecções- localização Anemia Visceromegalias L esões de pele e anexos Aumento de linfonodos Manifestações articulares Emagrecimento
Características da febre Relacionados ao fator causal Uso de drogas Transfusão de sangue D istúrbios de consciência Situações de imunossupressão Contato com animais
Situações especiais Febre de origem indeterminada Infecção (35%); Neoplasias(25%); Doenças inflamatórias(15%); outros (15%); sem diagnóstico (15%). Febre no idoso Febre na internação/ febre na UTI Hipotermia
Hematúria Significa a presença de sangue na urina.
Classificação Pode ser classificado quanto a “quantidade” Microscopia: Visível apenas no exame de urina. Macroscópica : Visível a olho nú pelo próprio paciente. Por vezes pode ser maciça e até surgir coágulos .
Classificação A mudança de cor não reflete necessariamente o grau de perda de sangue. Uma vez que apenas 1ml de sangue por urina pode induzir uma mudança de cor visível.
Urina vermelha/castanha Nem toda urina vermelha ou castanha é Hematúria : Mioglobinúria/hemoglobinúria Uso de medicamentos (rifampicina ou fenitoína) Uso de corantes alimentares Beterraba
Cuidado Mulheres menstruadas e puérpera podem apresentar contaminação da urina com sangue.
Hematúria é perigosa? Não! O importante é descobrir a etiologia! Exceto em casos de hematúria não-glomerular com sangramento rápido que forme coágulos e que possam obstruir /uretra/ sonda. Hematúria não glomerular é quando aparece sangue na urina , mas a origem não é dos glomérulos (que são os filtros dos rins). Ou seja, o problema está depois da filtração renal — nas vias urinárias (rins, ureteres, bexiga, uretra) e não no filtro glomerular.
Hematúria As hematúrias podem ser divididas em: Hematúria alta ou glomerular é lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, que leva à hiperfiltração de hemácias que se deformam ao passar pela parede dos vasos, dando origem a um sedimento urinário com dimorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos. Hematúria baixa ou não glomerular é observada quando as hemácias do sedimento urinário provêm de via urinária, não havendo distorção da sua forma. Não há dimorfismo nem cilindros hemáticos.
Característica Hematúria Glomerular Hematúria Não Glomerular Origem Glomérulos (filtro renal) Vias urinárias (rins, ureter, bexiga, uretra, próstata) Cor da urina “Coca-cola”, marrom ou enferrujada Vermelho vivo, sangue fresco Coágulos Ausentes Podem estar presentes Hemácias no EAS Dismórficas (deformadas) Isomórficas (normais) Proteinúria Presente (frequente e significativa) Ausente ou discreta Principais causas Glomerulonefrites, doenças autoimunes, nefropatias hereditárias Cálculo urinário, infecção urinária, trauma, tumor de bexiga/rim, doenças prostáticas Sintomas associados Hipertensão, edema, perda de função renal Dor lombar, disúria, urgência urinária, obstrução, hematúria visível com coágulos
Dor Lombar A dor lombar (dor na parte inferior da coluna, conhecida como “lombar”) é um dos problemas de saúde mais comuns no mundo. Ela pode causar incapacidade, limitações nas atividades diárias e está entre os distúrbios dolorosos mais frequentes, ficando atrás apenas da cefaleia. O diagnóstico da dor lombar depende principalmente de uma boa anamnese (história clínica do paciente) e de um exame físico cuidadoso.
Anamnese (História Clínica) Na consulta, é essencial investigar as características da dor, pois cada doença apresenta um padrão específico: Hérnia de disco / lombalgias inflamatórias: Dor costuma aparecer ou ser mais intensa pela manhã. Estenose degenerativa do canal vertebral: Dor piora ao longo do dia, especialmente após esforço físico ou caminhar. Osteoma osteóide (tumor benigno do osso): Dor é mais intensa no final da tarde, geralmente após atividades.
Anamnese (História Clínica) Na consulta, é essencial investigar as características da dor, pois cada doença apresenta um padrão específico: Lombalgia mecânico-degenerativa : Semelhante ao osteoma, a dor piora no fim do dia e após o trabalho. Espondiloartropatias (doenças inflamatórias da coluna, como espondilite anquilosante) : Dor é matinal, mas melhora ao longo do dia com movimento.
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Movimentos da coluna lombar : observar dor ou limitação em flexão e extensão.
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Manobra de Valsalva : aumento da pressão abdominal para verificar se a dor é irradiada (pode indicar hérnia de disco).
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Manobra de Lasègue : elevação da perna esticada para avaliar compressão do nervo ciático.
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Manobra de Romberg : avalia equilíbrio e sensibilidade profunda.
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Sinal das Pontas : verificar força ao andar na ponta dos pés (avaliando nervos e músculos).
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Reflexos : pesquisa dos reflexos tendinosos dos membros inferiores.
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Força muscular : verificar se há fraqueza nos membros inferiores. Aspectos psicossomáticos : dor sem explicação clínica clara pode ter componente emocional.
Diagnóstico DiferenciaL É preciso estar atento quando a dor lombar pode estar relacionada a doenças graves . Alguns sinais de alerta: Tumores malignos ou infecções na coluna . Fraturas vertebrais (após trauma ou em osteoporose). Síndrome da cauda equina (compressão grave dos nervos da lombar, causan d o incontinência urinária/fecal e perda de sensibilidade nas pernas). Doenças abdominais ou pélvicas que causam dor refletida para lombar, como: Úlcera péptica perfurada; Pancreatite; Colite / Proctite; Doenças do trato gênito-urinário (cálculos, infecções, tumores); Problemas na aorta (como aneurisma).
Exames Complementares Usados quando há dúvida diagnóstica ou suspeita de doença mais grave: Radiografia simples – avalia alterações ósseas iniciais. Tomografia computadorizada – detalha ossos e alterações estruturais. Ressonância magnética – melhor exame para avaliar discos, nervos e inflamações. Mielografia dinâmica – estuda compressão medular. Mielotomografia computadorizada – avaliação detalhada da medula e raízes nervosas. Discografia – exame invasivo para identificar dor originada do disco. Cintilografia óssea – pesquisa inflamações, fraturas ocultas ou metástases. Eletroneuromiografia – avalia função dos nervos e músculos.
Tratamento da Dor Lombar O manejo da dor lombar combina orientações posturais, medicamentos e, em alguns casos, cirurgia. A maioria dos pacientes melhora com medidas conservadoras.
Tratamento da Dor Lombar 1. Repouso e Orientação Postural O repouso absoluto não é recomendado. Indica-se repouso relativo de 2 a 4 dias , apenas para alívio da dor. Após esse período, o paciente deve retomar suas atividades gradualmente, evitando esforços excessivos. Posições que aliviam a dor: Decúbito dorsal (deitado de barriga para cima): Joelhos e quadris fletidos em 90º (pode ser feito apoiando as pernas sobre uma almofada ou cadeira). Decúbito lateral (de lado): Um travesseiro entre as coxas ajuda a alinhar a coluna e reduzir a dor. Posições que pioram a dor: Extensão forçada dos quadris e pernas (como na manobra de Lasègue ) → agravam sintomas.
Tratamento da Dor Lombar 2. Tratamento Medicamentoso Os medicamentos devem ser prescritos por médico , usados por curto período e com monitoramento dos efeitos colaterais . Opções de fármacos: Analgésicos comuns (não narcóticos): Alívio inicial da dor. Anti-inflamatórios não hormonais (AINH): Reduzem inflamação e dor. Relaxantes musculares: Indicados quando há espasmo muscular associado. Antidepressivos tricíclicos: Úteis em dores crônicas (efeito analgésico e modulador do sistema nervoso).
Tratamento da Dor Lombar Analgésicos narcóticos (opioides): Apenas em casos mais graves, por curto período. Corticosteróides : Em situações específicas, para reduzir inflamação intensa. Infiltrações (injeções locais): Peridural de corticosteróide → indicada em dor persistente por hérnia de disco. Perirradicular (foraminal) → diretamente na região de compressão do nervo.
Tratamento da dor lombar 3. Tratamento Cirúrgico A cirurgia é cada vez menos indicada , reservada para casos específicos. Decisão baseada em exames clínicos e de imagem . Indicação emergencial absoluta: Síndrome da cauda equina Compressão grave dos nervos da região lombar. Sintomas: incontinência urinária/fecal, anestesia em “sela” (perda de sensibilidade na região genital) e fraqueza acentuada nas pernas. Exige cirurgia imediata .
Dor Abdominal A dor abdominal aguda é definida como aquela com duração menor que 7 dias. Já o termo “abdome agudo” se refere a uma condição súbita e grave, cuja manifestação principal é a dor abdominal e que, frequentemente, necessita de cirurgia de urgência. ➡️ Mais importante do que descobrir a causa rapidamente é a conduta correta: estabilizar o paciente (corrigir desequilíbrio hemodinâmico e hidroeletrolítico) e encaminhar para cirurgia quando indicado.
Epidemiologia A dor abdominal é uma das principais causas de atendimento em emergências. Representa cerca de 18 a 42% das admissões. Em idosos (>65 anos), pode chegar a 63% das admissões. Em até 40% dos casos, não se chega ao diagnóstico etiológico exato.
Fisiopatologia da Dor Abdominal A dor abdominal pode ser classificada em 3 categorias principais: Dor visceral (autonômica) Dor parietal (somática) Dor referida
Fisiopatologia da Dor Abdominal 1. Dor Visceral Causada por distensão, inflamação ou isquemia das vísceras. Envolvem fibras C (lentas, de difícil localização). Dor geralmente é difusa, mal localizada e pode ser descrita como cólica . 📌 Exemplo: Na apendicite inicial , o apêndice inflamado estimula fibras viscerais ligadas ao nível medular T10 → dor percebida inicialmente na região periumbilical (mesmo dermátomo).
Fisiopatologia da Dor Abdominal 2. Dor Parietal Ocorre pela irritação do peritônio parietal (por pus, bile, sangue, urina, fezes, etc.). Transmitida por fibras A-delta (rápidas) e C , mas a A-delta gera dor aguda, intensa e bem localizada . Dor costuma ser descrita em um quadrante específico , epigástrio ou região central. É mais fácil de localizar que a visceral. 📌 Exemplo: Na evolução da apendicite , quando há inflamação do peritônio, a dor se torna localizada no quadrante inferior direito .
Fisiopatologia da Dor Abdominal 2. Dor Parietal Ocorre pela irritação do peritônio parietal (por pus, bile, sangue, urina, fezes, etc.). Transmitida por fibras A-delta (rápidas) e C , mas a A-delta gera dor aguda, intensa e bem localizada . Dor costuma ser descrita em um quadrante específico , epigástrio ou região central. É mais fácil de localizar que a visceral. 📌 Exemplo: Na evolução da apendicite , quando há inflamação do peritônio, a dor se torna localizada no quadrante inferior direito .
Fisiopatologia da Dor Abdominal 3. Dor Referida A dor é sentida em um local diferente do órgão afetado . Ocorre por má interpretação cortical dos estímulos. Geralmente é ipsilateral ao órgão. O padrão segue a origem embriológica dos órgãos . 📌 Exemplo: Cólica ureteral → pode causar dor nos testículos (porque ureter e testículo compartilham mesma inervação segmentar).
Observação Importante A localização da dor é um guia valioso para o diagnóstico. Porém, o quadro clássico ocorre em apenas metade dos casos . Muitas vezes a dor abdominal pode ser atípica , especialmente em idosos, imunossuprimidos ou em evolução inicial da doença.
1. Considera-se febre quando a temperatura axilar está acima de: A) 36,5 ºC B) 37,0 ºC C) 37,3 ºC D) 37,7 ºC E) 38,0 ºC
Febre Febre = elevação anormal da temperatura corporal, acima da variação fisiológica. Temperatura oral: varia entre 37,2 °C pela manhã e 37,7 °C à tarde. Temperatura axilar: em média 0,5 °C mais baixa. Assim, considera-se febre quando axilar > 37,7 °C. É um sintoma, não uma doença.
2. O principal “termostato” do corpo humano, responsável pela regulação da temperatura, é: A) Hipotálamo B) Tálamo C) Hipófise D) Tronco encefálico E) Medula oblonga
Regulação da Temperatura Tálamo é o termostato do nosso organismo
3. Entre os mecanismos de aquecimento do organismo NÃO se encontra: A) Vasoconstrição periférica B) Piloereção C) Calafrios D) Vasodilatação periférica E) Maior produção de T4
Regulação da temperatura Centro talâmico Aquecimento: Vasoconstrição periférica Piloereção Calafrios Maior produção de T4 Resfriamento Vasodilatação periférica Inibição de termogênese -> redução do metabolismo Sudorese
4. O pirógeno exógeno pode ser exemplificado por: A) Interleucinas B) TNF C) Interferons D) Antígenos microbianos E) Citocinas inflamatórias
Mecanismo da febre Pirógenos Exógenos Antígenos microbianos Imunocomplexos Anticorpos Drogas Restos tissulares retidos Pirógenos endógenos Citocinas interleucinas TNF Interferons
5. A febre de intensidade leve, denominada febrícula, corresponde à faixa de: A) 36,8 – 37,0 ºC B) 37,0 – 37,5 ºC C) 37,6 – 38,5 ºC D) 38,6 – 39,0 ºC E) > 41,5 ºC
Características da febre Intensidade Febrícula (leve): 37º - 37,5º febre moderada: 37,6 a 38,5º Febre alta 38,6 ou mais Hiperpirexia >41,5º Formas de início súbita vs insidiosa Duração Prolongada: >1 semana
6. Hematúria macroscópica é aquela: A) Visível apenas no exame de urina B) Visível a olho nu pelo paciente C) Detectada somente em exames de imagem D) Que sempre apresenta coágulos E) Que ocorre apenas em mulheres
Classificação Pode ser classificado quanto a “quantidade” Microscopia: Visível apenas no exame de urina. Macroscópica: Visível a olho nú pelo próprio paciente. Por vezes pode ser maciça e até surgir coágulos.
7. Qual das condições abaixo pode simular hematúria, deixando a urina vermelha sem ser sangue? A) Nefrite aguda B) Uso de rifampicina C) Glomerulonefrite D) Cálculo urinário E) Infecção urinária
Urina vermelha/castanha Nem toda urina vermelha ou castanha é Hematúria: Mioglobinúria/hemoglobinúria Uso de medicamentos (rifampicina ou fenitoína) Uso de corantes alimentares Beterraba
8. Na hematúria glomerular , o aspecto da urina costuma ser: A) Vermelho vivo B) Transparente C) “Coca-cola” ou marrom D) Amarelada intensa E) Esverdeada
Hematúria As hematúrias podem ser divididas em: Hematúria alta ou glomerular é lesão da arquitetura dos capilares glomerulares, que leva à hiperfiltração de hemácias que se deformam ao passar pela parede dos vasos, dando origem a um sedimento urinário com dimorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos. Hematúria baixa ou não glomerular é observada quando as hemácias do sedimento urinário provêm de via urinária, não havendo distorção da sua forma. Não há dimorfismo nem cilindros hemáticos.
9. Entre os achados típicos da hematúria não glomerular está: A) Proteinúria significativa B) Coágulos ausentes C) Hemácias dismórficas D) Dor lombar e disúria E) Sedimento urinário com cilindros hemáticos
Característica Hematúria Glomerular Hematúria Não Glomerular Origem Glomérulos (filtro renal) Vias urinárias (rins, ureter, bexiga, uretra, próstata) Cor da urina “Coca-cola”, marrom ou enferrujada Vermelho vivo, sangue fresco Coágulos Ausentes Podem estar presentes Hemácias no EAS Dismórficas (deformadas) Isomórficas (normais) Proteinúria Presente (frequente e significativa) Ausente ou discreta Principais causas Glomerulonefrites, doenças autoimunes, nefropatias hereditárias Cálculo urinário, infecção urinária, trauma, tumor de bexiga/rim, doenças prostáticas Sintomas associados Hipertensão, edema, perda de função renal Dor lombar, disúria, urgência urinária, obstrução, hematúria visível com coágulos
10. A dor lombar causada por hérnia de disco geralmente se manifesta: A) De manhã e melhora com movimento B) PELA MANHÃ C) De forma súbita durante o sono D) Após alimentação pesada E) Somente ao realizar exercícios respiratórios Anulad
Anamnese (História Clínica) Na consulta, é essencial investigar as características da dor, pois cada doença apresenta um padrão específico: Hérnia de disco / lombalgias inflamatórias: Dor costuma aparecer ou ser mais intensa pela manhã. Estenose degenerativa do canal vertebral: Dor piora ao longo do dia, especialmente após esforço físico ou caminhar. Osteoma osteóide (tumor benigno do osso): Dor é mais intensa no final da tarde, geralmente após atividades.
11. A manobra de Lasègue é utilizada para avaliar: A) Equilíbrio e sensibilidade profunda B) Compressão do nervo ciático C) Força dos músculos abdominais D) Reflexos tendinosos dos membros superiores E) Presença de coágulos na urina
Exame Físico O exame físico ajuda a identificar a origem da dor e a gravidade do quadro. Inclui: Manobra de Lasègue : elevação da perna esticada para avaliar compressão do nervo ciático.
12. A síndrome da cauda equina, emergência cirúrgica, pode cursar com: A) Astenia e febre baixa B) Dor abdominal difusa C) Incontinência urinária e fecal D) Febre com sudorese noturna E) Perda de apetite e anemia
Diagnóstico DiferenciaL É preciso estar atento quando a dor lombar pode estar relacionada a doenças graves . Alguns sinais de alerta: Tumores malignos ou infecções na coluna . Fraturas vertebrais (após trauma ou em osteoporose). Síndrome da cauda equina (compressão grave dos nervos da lombar, causando incontinência urinária/fecal e perda de sensibilidade nas pernas). Doenças abdominais ou pélvicas que causam dor refletida para lombar, como: Úlcera péptica perfurada; Pancreatite; Colite / Proctite; Doenças do trato gênito-urinário (cálculos, infecções, tumores); Problemas na aorta (como aneurisma).
13. A dor abdominal visceral apresenta como característica: A) Bem localizada, em quadrante definido B) Difusa, de difícil localização, tipo cólica C) Sempre associada a febre D) Restrita à região lombar E) Presente apenas em idosos
Fisiopatologia da Dor Abdominal 1. Dor Visceral Causada por distensão, inflamação ou isquemia das vísceras. Envolvem fibras C (lentas, de difícil localização). Dor geralmente é difusa, mal localizada e pode ser descrita como cólica . 📌 Exemplo: Na apendicite inicial , o apêndice inflamado estimula fibras viscerais ligadas ao nível medular T10 → dor percebida inicialmente na região periumbilical (mesmo dermátomo).
14. A dor abdominal parietal é transmitida principalmente por fibras: A) C B) A-delta C) B-sensoriais D) Alfa-motoras E) Gama
Fisiopatologia da Dor Abdominal 2. Dor Parietal Ocorre pela irritação do peritônio parietal (por pus, bile, sangue, urina, fezes, etc.). Transmitida por fibras A-delta (rápidas) e C , mas a A-delta gera dor aguda, intensa e bem localizada . Dor costuma ser descrita em um quadrante específico , epigástrio ou região central. É mais fácil de localizar que a visceral. 📌 Exemplo: Na evolução da apendicite , quando há inflamação do peritônio, a dor se torna localizada no quadrante inferior direito .
15. Um exemplo de dor referida é: A) Dor lombar por hérnia de disco B) Dor no quadrante inferior direito na apendicite tardia C) Dor periumbilical na apendicite inicial D) Dor nos testículos em cólica ureteral E) Dor localizada no epigástrio em gastrite
Fisiopatologia da Dor Abdominal 3. Dor Referida A dor é sentida em um local diferente do órgão afetado . Ocorre por má interpretação cortical dos estímulos. Geralmente é ipsilateral ao órgão. O padrão segue a origem embriológica dos órgãos . 📌 Exemplo: Cólica ureteral → pode causar dor nos testículos (porque ureter e testículo compartilham mesma inervação segmentar).