planejamento ambiental e paradigmas de planejamento ambiental
Size: 634.24 KB
Language: pt
Added: Sep 24, 2025
Slides: 19 pages
Slide Content
PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL Prof. Esp. Damião Lustosa
PLANEJAMENTO, PLANEJAMENTO AMBIENTAL E PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO
Sobre o desenvolvimento sustentável... Vale a possibilidade de que tal discurso tenho assumido, simplesmente, para criar um consenso sobre uma forma de se desenvolver, mas que na prática é viabilizada dentro do discurso anterior, ou seja, muda-se o discurso ou o regime para não se perder o poder (Arraes, 2000).
As primeiras informações históricas sobre planejamento do espaço descrevem aldeias ligadas à prática da pesca ou agricultura. Nelas, a ordenação do território levava em consideração aspectos ambientais como topografia e microclima. Exemplos tradicionais de um embrião de planejamento advêm das aldeias da Mesopotâmia, cerca de 4000 a.C , cujos os registros apontam os primeiros planejadores profissionais. Homens que planejaram seu espaço buscando atender preceitos religiosos, de estética e de conforto.
A preocupação sobre os impactos produzidos pelo homem em centros urbanos tornou-se evidente entre os gregos. Esta perspectiva de planejamento voltada à cidade – perdura no tempo da Grécia Antiga à Revolução Industrial. Formulando uma base teórica sobre construções de núcleos populacionais, seja do ponte de vista religioso ou estético, seja dos pontos de vista estrutural, politico, econômico e social.
No final do século passado, foram trabalhados vários tipos de planejamento setorial, cuja a discussão central ainda estava voltado para terrenos urbanos e as múltiplas funções de uma cidade, porém, com maior desenvolvimento teórico de planejamento setoriais de área econômica e de recursos hídricos.
Nos anos de 1950 – 1960 surgiram os planejamentos econômicos de maior importância. Progressivamente eles foram ganhando força, pois eram vistos como uma forma de alcançar mais rapidamente o crescimento econômico, e se tornaram comuns em vários níveis de governo.
Contudo apresentavam vários tipos de problemas, como: o plano era mais um documento do que a ação que representava – era um fim em si mesmo; eram de difícil operacionalização por serem muito rígidos, levados a não implementação; havia falta de comunicação entre os planejadores, administradores e políticos que possuíam diferentes pontos de vista.
Uma visão um pouco mais diferenciada de planejamento surgiu na década de 1950 quando, nos estados Unidos, a principal preocupação girava em torno de se avaliar os impactos ambientais resultantes de grandes obras estatais.
Uma vez que em grande parte desses empreendimentos predominavam os aspectos sociais, como geração de empregos e crescimento inadequado das cidades, o procedimento metodológico mais comum continuava sendo a análise de custo/beneficio e de alternativas técnicas de engenharia. Perdas ambientais e outras alternativas sociais eram relevadas até então.
Aquelas antigas premissas de planejamento, com base em definições econômicas e de caráter setorial, não mais serviam como referencia indiscutível . Exigiam-se planejamento mais abrangentes, dinâmicos, preocupados com as avaliações de impacto ambiental. Não mais se admitia usar como sinônimos desenvolvimento econômico e crescimento econômico, qualidade de vida e padrão de vida.
Nos anos de 1970 e inicio dos anos 1980, a conservação e a preservação dos recurso naturais e o papel do homem integrado no meio passaram a ter função muito importante na discussão da qualidade de vida da população. Nesse período, os conceitos sobre planejamento, influenciados pelos estudos de impacto, sofreram uma reformulação na qual a questão ambiental foi amplamente contemplada.
Surgiu então, nessa época, a tendência de elaborar planejamentos regionais integrados, que se resumiam na formalização do sistema de planejamento já existente, com elementos provenientes do meio natural ou antropizado analisados de forma interativa.
As premissas de planejamento caminharam paralelas, com o objetivo de responder aos novos rumos. Assim, muitos conceitos relativos a novos princípios de desenvolvimento passaram a ser gradativamente incorporado aos planejamentos, como a perspectiva de esgotamento dos recursos naturais, a evolução com que modos de vida vêm alterando o meio ambiente, o conceito de qualidade de vida distinto de padrão de vida, a degradação do meio medida pela capacidade de suporte e sistemas de autocontrole, ou a noção de recursos versus serviços ambientais e ecológico. Em planejamento, diferenças de conceitos podem levar a abordagens metodológicas totalmente distintas.
Os objetivos, a estrutura e os procedimentos em um planejamento definidos a partir de um ideário , norteador de todo o seu processo , que levará os conceitos e premissas de desenvolvimento, para um certo espaço, num determinado tempo. Se o ideário se concretizar, então passará a ser considerado um modelo, uma referência ou um paradigma a ser examinado pelo planejador .
1950 – IUNC (World Conservation Union/ International Union Conservation of nature ) – Desenvolvimento Sustentável ; 1971 – Reunião de Founeux – Ecodesenvolvimento ; 1972 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente com o objetivo de gerenciar as atividades de proteção ambiental; 1972 – Muitos governos estimularam a criação de politicas ambientais; 1983 – Comissão Mundial sobre o meio Ambiente e Desenvolvimento; 1887 – Relatório Nosso Futuro Comum que oficializou o termo desenvolvimento sustentável;
1992 – Conferência Rio. A Rio-92 uniu, em território brasileiro, 178 nações que debateram temas como conservação ambiental, qualidade de vida na Terra e à consolidação politica e técnica de desenvolvimento sustentável.
Principais documentos: 1 Convenção sobre mudança climática; 2 Convenção sobre diversidade biológica; 3 Princípios para manejo e conservação de florestas; 4 Declaração do Rio; 5 Agenda 21.
Dentre os 40 capítulos da Agenda 21, que versa sobre os mais diferentes temas, o Cap.7 faz uma referência particular para o planejamento rural e urbano, recomendando a avaliação das atividades humanas, do uso da terra e a ordenação desejada dos espaços dentro dos preceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade desdobrados em suas dimensões econômica, social, ambiental, politica e cultural.