Radiação e a indústria de alimentos Química 1 o bimestre – Aula 2 Ensino Médio 2 a
Radioisótopos. Avaliar as potencialidades e os riscos do uso da radiação na conservação de alimentos.
Você conhece o processo de conservação de alimentos por irradiação? Comeria um alimento irradiado? Por quê? Consumir alimentos irradiados faz mal para a saúde? O tratamento por irradiação altera o valor nutricional dos alimentos? Quais alimentos podem ser irradiados? Leia as perguntas a seguir, pense por alguns instantes, registre suas respostas, vire e converse. Vire e converse Registre seu processo de aprendizagem
Hoje existe uma preocupação global com as perdas na produção de alimentos, que representa cerca de um terço do total produzido, e a necessidade de reduzir essas perdas para equilibrar a oferta e a demanda, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). A cada dia, torna-se mais vital encontrar métodos eficazes para estender a vida útil e garantir a segurança dos produtos alimentícios. Por que investir em métodos de conservação de alimentos?
A irradiação de alimentos é uma ferramenta eficaz, já aprovada por autoridades sanitárias de 37 países para mais 40 tipos de alimentos , incluindo especiarias, grãos, carnes, frutas e legumes. O tratamento por irradiação elimina ou inativa larvas de insetos, parasitas, fungos e bactérias, aumentando significativamente a vida útil dos alimentos e garantindo maior segurança alimentar. Alimentos irradiados devem apresentar a seguinte indicação em seus rótulos
Importante! Alimentos irradiados não se tornam radioativos . Na irradiação de alimentos, podem ocorrer transformações químicas, mas nunca transformações nucleares, que poderiam tornar o alimento radioativo. A radiação não continua no alimento. Dependendo do alimento ou da quantidade de radiação utilizada, o alimento pode sofrer com alterações de sabor e aroma. Estudos que indicaram, por exemplo, o amolecimento do tecido celular em morangos que foram irradiados com 4 kGy *, após a colheita. Além disso, pode ocorrer a perda de alguns nutrientes. Mas vale lembrar que essa perda também pode ocorrer em outros procedimentos, como na pasteurização e na esterilização. * kGy : kilogray (unidade de medida para quantidade de radiação absorvida).
Na desinfestação, são eliminados os organismos vivos em todas as suas fases de evolução; Pode ocorrer a descontaminação de alimentos in natura , refrigerados e congelados; Não deixa resíduos químicos nos alimentos; Pode ser utilizada em produtos embalados; Aumenta a vida útil dos alimentos, favorecendo a exportação, a distribuição e a venda de produtos agroindustriais; Atenua as perdas na cadeia de distribuição. Principais vantagens da utilização da radiação:
Não é para qualquer alimento: em produtos com alto teor de gordura, pode ocorrer a rancificação , que gera um sabor desagradável. Custo: equipamentos usados na irradiação são caros e demandam infraestrutura específica. Impactos ambientais: a destinação inadequada dos equipamentos e dos rejeitos radioativos decorrentes do processo causam danos ao meio ambiente. Consumidor: devido à falha da divulgação de informações do processo e sua segurança, consumidores podem deixar de consumir um produto, impactando o consumo, a produção e o investimento em novas tecnologias. Principais desvantagens da utilização da radiação:
A exposição à ação de ondas eletromagnéticas pode ocorrer já com o produto embalado. Existem diferentes radioisótopos utilizados para esse processo. A escolha é feita de acordo com o objetivo pretendido e o alimento. Vale reforçar que essa radiação diminui com o tempo e que o alimento não fica radioativo.
Considerando as afirmações a seguir sobre o processo de irradiação de alimentos: I. Estender a vida útil de alimentos. II. Aumentar os nutrientes dos alimentos, tornando-os radioativos. III. Não deixar resíduos químicos nos alimentos. IV. Atenuar as perdas na cadeia de distribuição. V. Eliminar os organismos vivos que aceleram a decomposição dos alimentos em todas as suas fases de evolução. As afirmações que correspondem aos benefícios desse procedimento são: a. I, II, III. d. I, II, e V. b. I, III, IV e V. e. I, II, III, IV e V. c. I, IV e V.
Considerando as afirmações a seguir sobre o processo de irradiação de alimentos: I. Estender a vida útil de alimentos. II. Aumentar os nutrientes dos alimentos, tornando-os radioativos. III. Não deixar resíduos químicos nos alimentos. IV. Atenuar as perdas na cadeia de distribuição. V. Eliminar os organismos vivos que aceleram a decomposição dos alimentos em todas as suas fases de evolução. As afirmações que correspondem aos benefícios desse procedimento são: a. I, II, III. d. I, II, e V. b. I, III, IV e V. e. I, II, III, IV e V. c. I, IV e V. Correção
A taxa à qual um elemento radioativo se desintegra varia, porém há uma constância que é diretamente proporcional ao número de núcleos radioativos presentes em determinado instante. Chamamos essa constância de desintegração de meia-vida. Meia-vida ou período de semidesintegração (representada por P ou t1/2) é o tempo necessário para que a metade dos núcleos radioativos presente em uma amostra sofra decaimento radioativo, ou seja, para que uma amostra radioativa se reduza à metade. Meia-vida
Tanto na explosão de uma bomba atômica como em um acidente com vazamento, numa usina nuclear, são liberados isótopos radioativos. Porém, o tempo de meia-vida muito pequeno de alguns radioisótopos impede que eles sejam fixados no solo, na vegetação ou nas águas por muito tempo. Alguns apresentam, no entanto, uma meia-vida muito longa, o que permite sua fixação no meio ambiente, contaminando-o e tornando-o radioativo. Vejamos alguns exemplos: Carbono-15 2,4 segundos Xenônio-135 9 horas Fósforo-32 32 dias Césio-137 30,17 anos Urânio-238 4,5 bilhões de anos
Imaginem um radioisótopo com meia-vida de 250 anos. Qual é a porcentagem que permanecerá radioativa após 1.000 anos de exposição desse material? Temos a redução da massa/porcentagem pela metade a cada 250 anos, assim: Exemplos: Tempo 0 250 anos 250 anos 250 anos 250 anos Porcentagem 100% 50% 25% 12,50% 6,25% de massa
O iodo-125, isótopo radioativo do iodo com diversas aplicações, como em tratamentos na saúde, tem meia-vida de 60 dias. Qual a massa, em gramas de iodo-125, que restará após seis meses de uma amostra contendo 2,00 g do radioisótopo? a) 0,25 b) 0,75 c) 0,66 d) 1,50 e) 0,10
O iodo-125, isótopo radioativo do iodo com diversas aplicações, como em tratamentos na saúde, tem meia-vida de 60 dias. Qual a massa, em gramas de iodo-125, que restará após seis meses de uma amostra contendo 2,00 g do radioisótopo? a) 0,25 b) 0,75 c) 0,66 d) 1,50 e) 0,10 Correção
Em Goiânia, 100 g de 137 CsCℓ foram liberados de uma cápsula, antes utilizada em radioterapia, e causaram um grave acidente nuclear. O gráfico representa a cinética de desintegração desse isótopo.
O césio-137 possui meia-vida de 30 anos. Se tivermos 12 g desse elemento, após quanto tempo essa massa será reduzida para 0,75 g ? a) 30 anos . b) 60 anos . c) 90 anos . d) 120 anos . e) 150 anos.
Bomba de cobalto é um aparelho muito usado na radioterapia para tratamento de pacientes, especialmente portadores de câncer. O material radioativo usado nesse aparelho é o 27 60 Co, com um período de meia-vida de aproximadamente 5 anos. Admita que a bomba de cobalto foi danificada e o material radioativo exposto à população. Após 25 anos, a atividade deste elemento ainda se faz sentir num percentual, em relação à massa inicial, de:
Assista ao vídeo a seguir e, com base nos conhecimentos desta aula, elabore um infográfico de divulgação das potencialidades do uso da irradiação em alimentos. Além disso, inclua ações individuais que possam mitigar o desperdício de alimentos. https://youtu.be/C__CsA5EGvk?si=pZevouGZulJ8Ps5z Atividade de intervenção
Avaliamos as potencialidades e os riscos do uso da radiação na conservação de alimentos.
LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0 : 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023. PACHECO, Natália. Irradiação de alimentos: um estudo de caso . UTFPR, 2013. Disponível em: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/23330/1/PG_CEEST_04_2012_19.pdf . Acesso em: 17 nov. 2023. PERUZZO, F. M.; (Tito), CANTO, E. L. Moderna Plus: Química, v. 2 – Química na Abordagem do Cotidiano. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2009. p. 464. SÃO PAULO (Estado). Currículo em Ação : Caderno do Professor – Química – Ensino Médio – 2ª série – 1º semestre. São Paulo: Seduc-SP. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2023/01/2s%C3%A9rie-Professor-CNT-1sem-parte1.pdf . Acesso em: 17 nov. 2023. USBERCO, J.; SALVADOR. Volume único. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
Lista de imagens e vídeos Slide 3 – https://pixabay.com/pt/photos/morangos-fruta-temporada-comendo-3359755/ ; https://pixabay.com/pt/photos/barriga-de-porco-eu-no-churrasco-1122171/ . Slide 5 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Irradia%C3%A7%C3%A3o_de_alimentos#/media/Ficheiro:Radura-Symbol.svg Slide 17 – https://youtu.be/C__CsA5EGvk?si=pZevouGZulJ8Ps5z