TECNOLOGIA DOS MATERIAIS NÃO-METÁLICOS Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Professor: Adriano Trajano Materiais Poliméricos
Definição 2
Conceito: Polímeros são macromoléculas composta pela repetição de uma unidade básica, denominada mero . OBS: Todo polímero é uma macromolécula , mas nem toda macromolécula é um polímero . Definição 3
Definição 4 P rocesso que forma os polímeros: polimerização P olímeros são as matérias construídas por meio da junção de vários meros. Polieteno Polietileno
Definição 5 P rocesso que forma os polímeros: polimerização CARBONO C- C E C-H – LIGAÇÕES SIMPLES
Polimerização é o nome dado ao processo no qual as várias unidades de repetição – monômeros - reagem para gerar uma cadeia de polímero . Definição 6
Definição 7 TODO POLÍMERO É UM PLÁSTICO? Um polímero é uma grande molécula formada pela repetição de unidades menores (monômeros). Os plásticos são tipos de polímeros que foram processados de forma a terem propriedades específicas, como flexibilidade, resistência e durabilidade. Todo plástico é um polímero, mas nem todo polímero é um plástico. Alguns polímeros, incluindo elastômeros e resinas , podem não se encaixar na definição tradicional de plástico.
1ª Fase – Polímeros naturais O primeiro contato do homem com materiais resinosos e/ou refinadas: Antiguidade , com os egípcios e romanos que os usaram para carimbar , colar documentos e vedar vasilhames. Século XVI , espanhóis e portugueses tiveram o primeiro contato com o produto extraído de uma árvore natural das Américas ( Havea Brasiliensis ). Este extrato , produto da coagulação e secagem do Iátex , apresentava características de alta elasticidade e flexibilidade desconhecidos até então. Levado para a Europa, adquiriu o nome de borracha pela sua capacidade de apagar marcas de lápis. Cronologia da Tecnologia de Polímeros 8
1ª Fase – Polímeros naturais Até o século passado , os principais materiais estudados eram: Borracha (Brasil) , goma-laca (Índia) e gutta-percha (Malásia) , extraídos de vegetais. Por volta de 1860 , já havia a moldagem industrial de plásticos naturaisis reforçados com fibras , como a goma-laca e a gutta-percha . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 9
2ª Fase – Polímeros naturais modificados Em 1828 , Wohler (Alemanha) sintetiza uréia em laboratório . A ureia são utilizadas na síntese de resinas e plásticos, que são utilizadas em diversas aplicações, como adesivos, revestimentos e materiais de construção. Cronologia da Tecnologia de Polímeros 10 Com isto, as pesquisas sobre química orgânica se multiplicam , criando a base para o desenvolvimento dos materiais poliméricos , através da alteração de polímeros naturais de modo a torná-los mais adequados a certas aplicações.
Em 1839 , Charles Goodyear (E.U.A.) descobre a vulcanização da borracha natural . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 11 A vulcanização é um processo de adição de enxofre à borracha crua, formando pontes de enxofre entre as cadeias do polímero que melhoram suas propriedades.
2ª Fase – Polímeros naturais modificados 1835-1900 : Grande progresso no desenvolvimento de derivados de celulose , tais como o nitrato de celulose (nitrocelulose), celulóide (nitrocelulose plastificada com cânfora) e fibras de viscose . 1924 : Surgem as fibras de acetato de celulose , conhecida como rayon (usada na indústria têxtil e para fabricação de filmes fotográficos , mas foi posteriormente substituída pelo nylon ). Cronologia da Tecnologia de Polímeros 12
3ª Fase – Polímeros sintéticos 1838 : Henri Regnault (França) polimeriza o cloreto de vinila (PVC). 1907 : Baekeland (E.U.A.) sintetiza resinas de fenol-formaldeído ( baquelite ). É o primeiro plástico totalmente sintético que surge em escala comercial . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 13
3ª Fase – Polímeros sintéticos 1924: Staudinger desvenda as estruturas do polietileno e da borracha natural. 1928: Carothers & Flory ( Dupont ) sintetizam o neoprene , os poliésteres e as poliamidas (nylon). Anos 50: Ziegler & Natta desenvolvem catalisadores eficientes para polimerização por adição, permitindo um grande incremento da produção de PE, PP, PET e copolímeros. Cronologia da Tecnologia de Polímeros 14
3ª Fase – Polímeros sintéticos Entre as décadas de 60 e 80 , os polímeros também conhecidos como plásticos , tornam-se cada vez mais utilizados , em diversas aplicações, em função da sua facilidade de produção e baixo custo . Dessa forma, os polímeros passam a ser utilizados desde artigos de decoração , lazer ( brinquedos ), música e até mesmo em componentes espaciais . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 15
3ª Fase – Polímeros sintéticos Na década de 70 até os anos 2000, os polímeros ganham um lugar de destaque nas indústrias automotivas e de alimentos devido sua baixa densidade (leveza) e custo . Os meios de transportes conseguem uma redução de consumo de combustível devido a redução do seu peso. Estima-se que hoje 50% ou mais do volume do automóvel é constituído de material polimérico , sendo este volume correspondente somente a 18% da massa total do veículo. Cronologia da Tecnologia de Polímeros 16
3ª Fase – Polímeros sintéticos De 2001 até a atualidade , as aplicações envolvendo polímeros tem crescido de maneira surpreendente em função da grande quantidade de pesquisa na área. Devido a isso, para muitos os polímeros são considerados os materiais deste milênio . A quantidade de avanços científicos na área de materiais poliméricos tem sido extremamente importantes para o desenvolvimento de novas tecnologias . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 17
Recentes avanços tecnológicos Polímero à prova de balas : Cientistas da Rice University , Texas – EUA, criam um novo superpolímero que pode parar uma bala de 9 mm . Sangue plástico : Desenvolvido pela Universidade de Sheffield no Reino Unido imitando a hemoglobina , para uso em situações de trauma onde o sangue é necessário rapidamente. Cronologia da Tecnologia de Polímeros 18
Recentes avanços tecnológicos Células solares poliméricas : Uma célula solar polimérica pode produzir eletricidade a partir da luz solar pelo efeito fotovoltaico que oferece uma alternativa leve , descartável e acessível aos painéis solares tradicionais. Avião Solar Impulse : Em 2012 o avião Solar Impulse , feito de 90% de materiais poliméricos realiza o primeiro voo intercontinental exclusivamente com energia solar . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 19
Recentes avanços tecnológicos Polímeros implantáveis: Biomateriais de grau médico e implantáveis tais como o PEEK ( poliéterétercetona ), serão usados em a plicações neurológicas para auxiliar no controle da epilepsia , mal de Parkinson e traumas cerebrais . Voos espaciais comerciais: Materiais compósitos de carbono leve serão cruciais na realização de voos espaciais turísticos suborbitais. Órgãos do corpo impressos em 3D : Usando materiais plásticos , partes de órgãos podem ser impressas em casa e os médicos podem produzir réplicas de fígado e rins para pacientes transplantados . Cronologia da Tecnologia de Polímeros 20
Recentes avanços tecnológicos Plástico condutor de calor : Gun-Ho Kim e sua equipe , da Universidade de Michigan, descobriram uma forma de ligar longas cadeias de polímeros de um plástico PAA (ácido poliacrílico ) com cadeias curtas de outro plástico chamado PAP ( piperidina poliacrílica ). A condutividade térmica alcançada foi de 10x maior do que a convencional dos demais polímeros. Cronologia da Tecnologia de Polímeros 21
1 Estrutura 22 Polímero amorfo : as moléculas estão orientadas aleatoriamente e estão entrelaçadas. Polímero semicristalino : as moléculas exibem um empacotamento regular, ordenado, em determinadas regiões. Representação das cadeias poliméricas de um polímero semicristalino, onde há regiões cristalinas e regiões amorfas.
23 2 Classificação Os polímeros classificam-se sob vários aspectos: Origem (natural ou sintético) Reação de preparação ( poliadição , policondensação ) Estrutura química (linear, ramificado, reticulado); Características de fusibilidade (termoplástico, termofixo ); Reação de monômeros que contêm dois ou mais grupos funcionais, resultando na formação de polímeros e na eliminação de pequenas moléculas. Envolve a adição de monômeros com ligações duplas ou grupos funcionais que podem reagir diretamente, formando ligações covalentes.
24 2 Classificação Os polímeros classificam-se sob vários aspectos : Heterogeneidade da cadeia ou composição (homopolímero e copolímero); Estrutura química: conforme os grupos funcionais (poliamidas, poliésteres, poliéteres ); Comportamento mecânico (plásticos, elastômeros e fibras).
25 2 Classificação Homopolímeros: São formados pela repetição de somente um monômero https://www.youtube.com/watch?v=FfsnNlLztgg&t=1s
26 2 Classificação Copolímeros: são produzidos com dois ou mais monômeros, cujas unidades podem ser distribuídas randomicamente, em uma maneira alternada ou em blocos.
Nomenclatura Monômero Nomenclatura monômero Polímero Nomenclatura comum Sigla Nomenclatura IUPAC Metacrilato de Metila Etileno Propileno Cloreto de Vinila Estireno Poli(metacrilato de metila) Polietileno Polipropileno Poli(cloreto de vinila) Poliestireno PMMA PE PP PVC PS Poli (metil 2-metilpropenoato) Polimetileno Poli(1-metiletileno) Policloroeteno Poli ( 1-feniletileno)
A partir da destilação fracionada da hulha (carvão mineral): Fração gasosa Fração líquida Fração sólida Classificação dos Polímeros – Origem: Polímeros Sintéticos
A partir da destilação fracionada do petróleo: Fonte mais importante para produção de monômeros! Classificação dos Polímeros – Origem: Polímeros Sintéticos
Fonte de matérias-primas: os monômeros que dão origem a grande maioria dos polímeros sintéticos são derivados de fontes não renováveis , como a hulha (carvão mineral) e o petróleo; Existem polímeros sintéticos que são sintetizados a partir de monômeros derivados de fontes renováveis conhecidos como polímeros verdes . Ex : Polietileno Verde (Braskem); O custo de um polímero sintético é baseado em seu processo de polimerização e a disponibilidade e preço do seu(s) monômero(s). Hulha (carvão mineral) Petróleo Classificação dos Polímeros – Origem: Polímeros Sintéticos
~30 toneladas de petróleo são necessárias para produzir 1 tonelada de PE! Classificação dos Polímeros – Origem: Polímeros Sintéticos
32 Classificação TRÊS GRANDES GRUPOS TERMOPLÁSTICOS ELASTÔMEROS TERMOFIXOS
33 1 Classificação quanto a fusibilidade Termoplásticos: Definição: Polímeros que podem ser moldados e remoldados ao aquecer, pois não formam ligações cruzadas permanentes. Propriedades: Flexibilidade, fácil processamento, reciclabilidade. Exemplos: Polietileno, polipropileno, policloreto de vinila (PVC). Uso: Embalagens, peças automotivas, utensílios domésticos.
34 1 Classificação quanto a fusibilidade Termofixos Definição: Polímeros que, uma vez curados ou endurecidos, não podem ser moldados ou reprocessados com calor. Propriedades: Alta resistência térmica e química, estabilidade dimensional. Exemplos: Epóxi, baquelite, poliéster. Uso: Componentes eletrônicos, adesivos, revestimentos.
35 1 Classificação quanto a fusibilidade Elastômeros Definição: Polímeros com alta elasticidade, que podem ser esticados e retornar à sua forma original. Propriedades: Flexibilidade, resistência a deformações, boa capacidade de absorção de impactos. Exemplos: Borracha natural, silicone, poliuretano ( PU) . Uso: Pneus, selantes, componentes de vedação.
1 Estrutura 36 https:// www.3dchem.com
1 Estrutura 37
TERMOPLÁSTICOS x TERMOFIXOS 38 https://www.youtube.com/watch?v=_EF4LXLxquM TERMOPLÁSTICOS Amolecem com o calor Mantém propriedades após resfriamento Dissolvem em solventes adequados Podem ser reciclados Geralmente lineares ou ramificados Polietileno TERMOFIXOS Não amolecem com o calor São formados por Reticulação Degradação a temperaturas mais baixas Mais resistentes Poliuretano
Processamento de Materiais Poliméricos Para que se possa conformar (dar forma) de maneira eficiente a um polímero este deve estar no estado fluido , ou seja, no estado fundido ou amolecido (polímeros amorfos), sob a forma de monômero ou pré -polímero (termofixos), em solução ou suspensão ; A escolha do método de processamento depende de diversos fatores , tais como: ( i) tipo de polímero (termoplástico, termofixo ou elastômero); ( ii ) geometria e tamanho da peça desejada; ( iii ) temperatura e tempo de resfriamento necessários; e ( iv ) grau de mistura desejado ; O processamento de polímeros termoplásticos ocorre normalmente em temperaturas elevadas (200 até 500°C) e, com frequência, com a aplicação de pressão . Os termoplásticos amorfos são conformados acima das suas temperaturas de amolecimento , enquanto que os semicristalinos são processados acima de suas temperaturas de fusão ; O processamento de polímeros termofixos é realizado normalmente em dois estágios: ( i ) o polímero com cadeias pequenas e lineares, algumas vezes chamado de pré -polímero, é sintetizado; e ( ii ) o pré -polímero convertido no produto final, que é realizado normalmente dentro de um molde que possui a forma desejada, através de um processo chamado de cura, reação química, na qual são formadas ligações cruzadas.
40 3 Termoplásticos
41 3 Termoplásticos São comumente chamados de plásticos e são os mais encontrados no mercado. Pode ser fundido diversas vezes, alguns podem até dissolver-se em vários solventes. Logo, sua reciclagem é possível. Sob temperatura ambiente, podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis. Estrutura molecular: cordões soltos, mas agregados, como num novelo de lã.
Ligações Primárias ou Intramoleculares Ligação química entre átomos de elementos metálicos; Muito rara em polímeros; Em polímeros, apenas observada quando ions metálicos são incorporados ao polímero!
Ligações Primárias ou Intramoleculares Ligação Iônica Ligação química entre um átomo de um elemento metálico e um átomo de um elemento não metálico; Baseada na transferência de elétrons do elemento metálico para o não metálico a fim de se satisfazer a regra do octeto.
Ligações Primárias ou Intramoleculares Ligação Iônica Não são comuns em polímeros; Presentes em ionômeros (termoplásticos contendo grupos carboxílicos ionizáveis) e em termofixos contendo grupos ionizáveis; Ionômero Reticulação da quitosana com H 2 SO 4
Ligações Primárias ou Intramoleculares Ligação Covalente Ligação química entre átomos de elementos não metálico; Baseada no compatilhamento de elétrons entre os átomos; Envolvem normalmente curtas distâncias. A energia da ligação depende da eletronegatividade dos elementos envolvidos. A eletronegatividade também possibilita a determinação do caráter da ligação (covalente ou iônico);
Ligações Primárias ou Intramoleculares Ligação Covalente – Energias de Ligação **Depende da vizinhança
47 3 Termoplásticos PET – Polietileno Tereftalato– Embalagens, carpetes, etc. PVC – Policloreto de Viníla – Tubos, isolamento de cabos elétricos, filmes de revestimento PE – Polietileno – Filmes para Embalagens, artigos domésticos. PP – Polipropileno – Filmes para Embalagens, artigos domésticos, indústria automobilística. ABS – Acrilo Butadieno Estireno - eletrodomésticos, indústria automobilística PMMA – Polimetil metacrilato ou Acrílico – Polímero cristalino usado em várias aplicações
48 3 Termoplásticos PA – Poliamidas – “Nylon” – Plástico de engenharia – Alta resistência mecânica e a temperatura. PTFE – Politetrafluoretileno – “Teflon” – Baixas características mecânicas, elevada resistência térmica e características lubrificantes.
49 3.1 Polietileno (PE) O polietileno é um termoplástico de aspecto translúcido, sob a forma de filmes. Possui densidade menor que a da água e funde a uma temperatura de 80 a 130ºC. Apresenta boa resistência química, tenacidade e moderada resistência à tração.
50 3.1 Polietileno (PE) As maiores aplicações são na forma de filmes e embalagens para as indústrias alimentícia e de limpeza. Os polietilenos são resistentes à maioria dos produtos químicos, com exceção dos ácidos fortemente oxidantes e certas cetonas.
51 3.1 Polietileno (PE) É um dos termoplásticos mais consumidos, devido às várias vantagens: Baixo custo Boa processabilidade Inércia química Entretanto, esse polímero apresenta algumas desvantagens: Baixo ponto de amolecimento Baixa resistência à tração
53 Ácido fluorídrico e ferro (Fe ): O ferro reage quimicamente, formando fluoretos metálicos. Essa reação libera gás hidrogênio e forma cloreto de ferro, corroendo o metal. Isso gera fluoreto de ferro ( FeF ₂) e gás hidrogênio. Essa reação química é corrosiva para o ferro, deteriorando sua estrutura. 3.1 Polietileno (PE ): porque ácido fluorídrico (HF) corrói ferro e cerâmica mas não corrói plástico?
54 3.1 Polietileno (PE ): porque ácido fluorídrico (HF) corrói ferro e cerâmica mas não corrói plástico? Cerâmica : Cerâmicas contêm sílica ( SiO ₂), e o HF é um dos poucos ácidos capazes de atacar sílica, formando hexafluoreto de silício ( SiF ₄), que é um gás, ou H₂SiF ₆ (ácido fluossilícico ): Isso causa dissolução da cerâmica — por isso o HF é usado, por exemplo, para atacar vidros (que são ricos em SiO ₂).
55 3.1 Polietileno (PE ): porque ácido fluorídrico (HF) corrói ferro e cerâmica mas não corrói plástico? Plásticos: Muitos plásticos, como polietileno (PE), polipropileno (PP) e teflon (PTFE), são quimicamente inertes ao HF por duas razões principais : Não contêm grupos funcionais reativos com HF . Têm ligações carbono-carbono ou carbono-flúor (no caso do teflon) que são muito estáveis e não são atacadas pelo HF.
56 3.1 Polietileno (PE) O polietileno é classificado em diferentes categorias baseados na densidade e ramificação. As propriedades mecânicas do PE dependem principalmente das variáveis: estrutura cristalina, peso molecular e ramificação: ( UHMWPE) Polietileno de peso molecular ultra alto; (ULMWPE ) Polietileno de peso molecular ultra baixo; ( HMWPE) Polietileno de alto peso molecular ; ( HDPE) Polietileno de alta densidade; ( MDPE) Polietileno de média densidade; ( LDPE) Polietileno de baixa densidade; ( LLDPE) Polietileno linear de baixa densidade ;
57 3.1 Polietileno de baixa densidade (PEBD) O processo de produção de PEBD utiliza pressões entre 1000 e 3000 atm e temperaturas entre 100 e 300 °C. Densidade: entre 0,910 a 0,930 g/cm 3 ; A reação é altamente exotérmica a altas pressões conduz a uma grande quantidade ramificações de cadeia, as quais têm uma importante relação com as propriedades do polímero.
58 Polietileno de baixa densidade (PEBD) A menor densidade se deve a sua menor cristalinidade, em relação ao PEAD. Pode ter aspecto translúcido ou opaco. Alta espessura, maleável e quase inquebrável. Muito utilizado no processo de extrusão para fabricação de películas.
59 3.1 Polietileno de alta densidade ( PEAD ) Densidade : entre 0,940 a 0,970 g/cm³ A produção de um PEAD depende da seleção do catalisador Ziegler e Natta e Processo Phillips; Processo Phillips: Catalisador a base de oxido de cromo . Catalisador Ziegler - Natta: Catalisador para polimerização de alta densidade ( trietil -alumínio e tetraloreto de titânio). Tem um baixo nível de ramificações, com alta densidade e altas forças inter-moleculares ;
60 PEAD (0,960 g/cm³) vs PEBD (0,920 g/cm³) PEAD (0,960 g/cm³) vs PEBD (0,920 g/cm³) → Diferença de ~4,3 % Essa variação já é suficiente para alterar empacotamento molecular, cristalinidade e propriedades mecânicas. Causa da diferença: estrutura molecular
61 3.1 Polietileno de alta densidade ( PEAD ) PEAD: utensílios domésticos, brinquedos, capacetes, garrafas , tubos rígidos, isolamento de fios e cabos elétricos, etc. PEBD : folhas flexíveis (agricultura, construção, sacos industriais), folhas de alta transparência, folhas termocontráteis , revestimento de papelão, frascos , ampolas de soro, tubos e mangueiras flexíveis, etc . https://www.youtube.com/watch?v=FfsnNlLztgg&t=1s
62 3.2 Polipropileno (PP) O polipropileno apresenta baixa resistência ao impacto, principalmente à baixa temperatura. A melhoria desta característica é obtida com uma introdução de uma fase elastomérica, através de copolimerização. O PP apresenta baixa permeabilidade a gases em geral, sendo pouquíssimo permeável a vapores d’água, o que o torna especialmente indicado na forma de filmes para embalagens alimentícias. CH₂=CH–CH₃
63 3.2 Polipropileno (PP) Aplicações As fibras de PP são de grande importância na fabricação de cordas, pois apresentam baixa densidade, alta tenacidade, boa resistência à abrasão e alta resistência à tração. Na moldagem por injeção, são produzidos mobiliários, brinquedos e artigos para a indústria automobilística, tais como carcaça de faróis, caixas de bateria, dobradiças, pedais de acelerador etc.
64 3.1 Polimerização do Etileno e propileno Etileno propileno Polietileno Polipropileno https://www.youtube.com/watch?v=HiEzlDLlcu4
65 3.3 Poliestireno (PS) O poliestireno é um termoplástico rígido, duro e transparente. Possui boa moldabilidade , baixa absorção de umidade, boa estabilidade dimensional, fácil pigmentação e boa resistência química. É muito usado como material para moldagem, por injeção e Vacum formagem , principalmente em descartáveis.
66 3.3 Poliestireno (PS) Os poliestirenos são muito consumidos, devido às seguintes características: • Estabilidade dimensional; • Baixo peso específico; • Baixo custo. Outros polímeros com base no Estireno: PSHI– Poliestireno Alto Impacto ABS – Acrilonitrila Butadieno Estireno SBR – Estireno-butadieno, borracha sintética (copolímero)
67 3.4 Policloreto de vinila (PVC) Suas boas propriedades mecânicas são geradas pelas altas forças intermoleculares devido à polaridade do átomo de cloro. PVC Rígido PVC Copolímero Sem plastificantes adicionados. Material duro, resistente e pouco maleável. Alta resistência mecânica e química. Muito durável sob intempéries, corrosão e UV. Produzido com acetato de vinila ou acrilonitrila , resultando em um copolímero. Pode ser mais flexível, resistente ao impacto. Usados para melhorar certas propriedades específicas: Resistência a impacto ou Processabilidade
68 3.4 Policloreto de vinila (PVC) Suas boas propriedades mecânicas são geradas pelas altas forças intermoleculares devido à polaridade do átomo de cloro. PVC FLEXÍVEL Contém plastificantes ( ftalatos ) → que reduzem a rigidez e aumentam a flexibilidade. Maleável, elástico, resistente a dobra e torção. Pode ser formulado em diferentes graus de flexibilidade. Mais adequado para aplicações móveis ou dobráveis.
69 3.4 Policloreto de vinila (PVC) As propriedades mecânicas são amplamente modificadas pelo teor de plastificante adicionado, como mostra a tabela .
70 3.4 Policloreto de vinila (PVC) APLICAÇÕES O PVC flexível é muito utilizado em aplicações de isolamento elétrico , como revestimento de cabos, em mangueiras e em filmes para embalagens de alimentos, como substituto aos elastômeros vulcanizados. O PVC rígido é muito utilizado na indústria química, devido à sua elevada resistência a produtos corrosivos. É usado em tubulações, esquadrias e revestimentos.
71 3.5 Poli metil metacrilato (PMMA)-ACRÍLICO O PMMA (acrílico) é um polímero amorfo e transparente, formado por grupos metila e éster, distribuídos aleatoriamente ao longo da cadeia molecular. O PMMA é um material duro, rígido e transparente. Apresenta excelente resistência a intempéries, porém menos resistente que o ABS. O PMMA apresenta uma série de vantagens: É mais estável ao envelhecimento e ao amarelamento ; Absorve menos umidade;
72 3.5 Poli metil metacrilato (PMMA) Todavia, o PMMA não apresenta boa resistência a abrasão, porém sua resistência é suficiente para uso em letreiros luminosos, lanternas de automóveis e outras aplicações semelhantes.
73 3.6 Acrilonitrila butadieno estireno (ABS) O ABS é um copolímero obtido através da polimerização da acrilonitrila e do estireno. As proporções dessa composição pode variar e isso na maioria dos casos é que diferencia sua aplicação. 15 a 35% de acrilonitrila 40 a 60% de estireno 5 a 30% de butadieno
74 3.7 Poliamida (PA ) Existem diversas variações de poliamidas, sendo estas genericamente denominadas como nylon. O nome nylon foi patenteado pela Dupont. É considerado um termoplástico de engenharia, por apresentar características superiores em certos aspectos, em comparação ao polímeros apresentados até o momento.
75 3.8 Politereftalato de etileno (PET) Sua primeira aplicação foi como fibra têxtil (Tergal), revolucionaria na época, pois não amassava. No começo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer fibras usadas como enchimento de estofados.
76 3.9 Politetrafluoretileno (PTFE) - TEFLON Politetrafluoretileno (PTFE) conhecido comercialmente como TEFLON®, é marca registrada da empresa DuPont. Descoberto acidentalmente pela DuPont, em 1938, só foi explorado comercialmente a partir de 1946.
77 3.9 Politetrafluoretileno (PTFE)
78 Propriedades mecânicas Polímeros
79 Comparativo de Propriedades Mecânicas dos Termoplásticos
80 Comparativo de Propriedades Mecânicas dos Termoplásticos