ocorrem em águas rasas, quentes e claras (Thurman, 1997). Portanto, são encontrados
em mais de 100 países e territórios através dos trópicos. Sua beleza é lendária e sua
importância, indiscutúvel, por se tratar do ecossistema mais diverso dos mares e por
concentrar, globalmente, a maior densidade de biodiversidade de todos ambientes
marinhos (Hogdson, 1996; Adey, 2000). Estimativas indicam que, em nível mundial, os
recifes de coral contribuem com quase 375 bilhões em bens e serviços, por meio de
atividades como pesca, turismo e proteção costeira (Wilkinson, 2002). No total, acredita-se
que 500 milhões de pessoas que vivem em países em desenvolvimento têm algum tipo de
dependência associada aos recifes de coral (Wilkinson, 2002). A saíúe desse ecossistema afeta
diretamente essas pessoas.
Figura 6 – recife de Corais
Nota-se um gradual desaparecimento, ao norte, da fauna característica da
plataforma Nordeste, devido ao elevado aporte terrígeno do rio Amazonas, com a
progressiva substituição de recifes e corais hermatípicos por espécies ahermatípicas,
como Madraeis asperula e M. acatiae, que aparentemente não sofrem interrupções na
distribuição. Portanto, os recifes de coral estão seriamente ameaçados. Estima-se que 27%
dos recifes do mundo inteiro já foram degradados de forma irreversível. No ritmo atual,
previsões indicam que uma perda semelhante ocorrerá nos próximos 30 anos (WWF, 2002).
Comunidades coralíneas foram registradas no Brasil, desde o Parcel de Manuel Luís, no
Maranhão, (cerca de 00"53" S, 044"16" W) até os recifes de Viçosa, na área do Arquipélago de
Abrolhos (cerca de 18"01" S, 039"17" W), além de estarem presentes em ilhas oceânicas,
como Atol das Rocas e Fernando de Noronha.
A importância dos recifes brasileiros, que ocupam uma área extensa ao longo de 3 mil
Km da costa, constituindo-se nas únicas formações recifais do Atlântico Sul, á tão grande