Professor Henrique Sales Capítulo 12 – Águas Continentais
HABILIDADES: • EF06GE04 : Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal. • EF06GE10 : Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento , aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.
Curso do rio : Caminhos por onde fluxos naturais de agua se deslocam Nascente : onde o rio começa, afloramento de água. Afluente : rio que deságua em um rio principal. Foz : onde o rio deságua, é onde o rio termina. Leito : A superfície por onde correm as águas desses rios Margens : As terras que ficam de um lado e de outro lado do rio. Partes de um rio Página 122
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Seca (ou vazante) : Período de estiagem, quando a vazão de um rio atinge o seu menor volume. Cheia : Quando a vazão de um rio atinge o seu maior volume. Afluente : rio que deságua em um rio principal. Regime fluvial Vista da Orla no Rio Branco em 18 de março (à esquerda) e em 18 de junho: em dois meses, volume de água aumentou no principal rio de Roraima. Regime : marca a variação do volume de água de um rio. Página 122
- Pluvial : Alimentado pelas águas das chuvas e, às vezes, por afloramento das aguas provenientes de lençóis subterrâneos. Nival : Proveniente do derretimento das geleiras e da neve das montanhas. Pluvionival : Predomina a água da chuva, mas recebe água tanto da chuva quanto do degelo das neves e das geleiras. Tipos de Regime Fluvial Página 122
Perenes : São aqueles que correm o ano inteiro , ou seja, não apresentam interrupção no fluxo de suas águas sobre nenhum período, seja ele de seca, seja de cheia. Esses rios são alimentados por uma fonte contínua que faz com que o nível de suas águas nunca fique abaixo da superfície terrestre. Intermitentes (ou temporários) : São rios por onde escorre água por ocasião da estação chuvosa, porém, no período de estiagem, esses rios desaparecem . Esporádicos (ou efêmeros) : são aqueles que se manifestam apenas em ocasiões de grandes chuvas , sendo do tipo pouco comum e de previsão pouco efetiva. Em alguns casos, eles levam décadas para manifestar-se e podem acarretar enchentes, principalmente quando há ocupação humana das áreas de ocorrência desses rios em seu período de seca. Classificação dos rios pluviais Página 122
Redes e Bacia Hidrográficas Rede Hidrográfica : conjunto de rios de uma bacia. Bacia Hidrográfica : área drenada pelo rio principal e seus afluentes - rede hidrográfica. Divisores de águas : elevações no terreno de limitam as bacias hidrográficas, separando uma de outra. Página 123
Professor Henry BACIAS HIDROGRÁFICAS Página 123
Professor Henry AS PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS NO BRASIL As principais bacias hidrográficas brasileiras são muito extensas e estão divididas em bacias principais e secundárias, como é possível observar no mapa a seguir. Página 123
Redes e Bacia Hidrográficas “ a jusante ” faz referência ao lado onde vaza a maré. Este termo pode ser usado como referência para situar uma cidade, uma barragem, uma cachoeira, um afluente, uma ponte, ou qualquer outra coisa que esteja próximo à foz. “ a montante ” faz referência a um ponto mais próximo da nascente. Esse ponto pode ser usado de referência para situar uma cidade às margens do rio, uma cachoeira, uma barragem, uma ponte, etc. Página 123
Curso dos rios Curso superior : próximo às nascentes ou cabeceiras (à montante). Curso médio : trecho intermediário em relação à nascentes e à foz. Curso inferior : trecho próximo à foz ou à desembocadura dos rios (à jusante) Página 123
- Ação erosiva (desgaste ou destruição), que escava o leito (fundo do rio) e modela suas vertentes (lados). Ação de transporte de sedimentos Ação de acumulação (deposição de sedimentos de sedimentos) Ação dos rios Página 123
A influência do relevo Rios de planalto – são rios que costumam apresentar-se em áreas de relevo mais acentuado , possuindo um fluxo de água mais forte em razão dos muitos acidentes geográficos ao longo de seu percurso. Por apresentarem uma grande diferença de nível altimétrico entre sua nascente e a sua foz, esses rios são considerados ideais para a geração de eletricidade , porém pouco recomendados para a navegação na maior parte de suas áreas. Página 123
A influência do relevo Rios de planície – são rios que apresentam um curso mais regular , haja vista o relevo menos acentuado. Por isso , o fluxo de suas águas não é rápido e a instalação de hidroelétricas, embora seja possível, é pouco recomendada, pois demanda a construção de barragens muito grandes para um baixo aproveitamento energético, o que gera duros impactos ambientais. Os rios de planície mais antigos costumam apresentar canais cheios de meandros , ou seja, com “curvas” muito frequentes e acentuadas, a exemplo do Rio Amazonas. Página 123
A influência do relevo Página 123
Estuário: A foz do tipo estuário é aquela em que o curso d'água deságua por meio de um único canal , não havendo nenhuma outra ramificação, ou seja, uma ligação direta com o corpo d'água no qual desembocará. É característico de locais onde não há depósito/acumulação de sedimentos . Exemplo: Rio Congo, na África. Tipos de foz Página 124
Delta : A foz do tipo delta é aquela em que se formam vários canais ou ramificações aos quais o curso d'água liga-se ao corpo d'água em que desaguará. Esses canais são entremeados de ilhas e característicos de rios de planície , ou seja, áreas de pouca declividade. Exemplos: Rio Paranaíba, no Brasil, e o Rio Nilo, no Egito. Tipos de foz Página 124
Mista: A foz do tipo mista é aquela que apresenta tanto a foz do tipo delta quanto a foz do tipo estuário , ou seja, apresenta ramificações bem como um canal único de desembocadura. O grande exemplo é a foz do Rio Amazonas, no Brasil. O rio apresenta algumas ramificações laterais e uma foz principal com canal único sem ramificações. Tipos de foz Página 124
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O escoamento em áreas rurais pode causar: Transbordamento dos rios pode alagar plantações. Retirada de solo em áreas de plantio. Uma das técnicas para preservar as áreas de plantio é o uso das curvas de nível . Essa técnica reduz a velocidade da água e o impacto erosivo. Problemas do escoamento n as áreas rurais
Áreas urbanas existe menos áreas de grama e terra, capazes de fazer absorção e mais áreas de concreto e asfalto, que fazem apenas escoamento superficial. Chamamos isso de impermeabilização do solo . Problemas do escoamento n as áreas urbanas
Problemas do escoamento nas áreas urbanas Marginal Tietê e Pinheiros em São Paulo - SP
A água doce é essencial para a vida. Ela é usada para beber, cozinhar os alimentos, fazer higiene pessoal e irrigar as plantas. A vida humana seria impossível sem ela. Além disso, muitas atividades industriais de grande importância não seriam realizadas sem a utilização da água doce dos rios e lagos. Quase 3/4 da superfície da Terra é coberta de água, mas a maior parte é salgada (97%). Portanto, a água doce representa apenas 3% da água disponível na Terra, tendo dois usos principais: Irrigação na agricultura Consumo humano Professor Henry HIDROGRAFIA
IRRIGAÇÃO NA AGRICULTURA Professor Henry
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 70% de toda a água doce consumida pela humanidade é usada na agricultura, 19% na indústria e apenas 11% tem outros usos. Criar um sistema de irrigação exige elevados investimentos para construir barragens, estações de bombeamento, tubulações e canais para levar a água até as fazendas. Por meio dessa tecnologia, é possível cultivar produtos em locais áridos e semiáridos, mas é muito pequena a parcela da população mundial que pode usar essa tecnologia, pois ela é cara. Professor Henry Irrigação na agricultura
Observe o gráfico a seguir Professor Henry Irrigação na agricultura
Embora o Brasil esteja entre os países com maior área irrigada do mundo, a irrigação agrícola ainda é pouco utilizada, limitando-se a alguns locais, como o vale do rio São Francisco. Professor Henry Irrigação na agricultura
CONSUMO HUMANO Professor Henry
Consumo humano : Também chamado uso doméstico, corresponde a apenas 11% da água potável utilizada pelos humanos. Embora seja pouco, se comparado ao uso de água doce para a agricultura, já existem milhões de pessoas sem acesso à água potável. Esse é um problema grave que tem preocupado o mundo todo. Professor Henry Consumo humano
Professor Henry Consumo humano
A NAVEGAÇÃO FLUVIAL Professor Henry
Sabemos que o custo de transferência de uma carga para uma distância determinada varia muito de preço, segundo o meio de transporte escolhido. Se considerarmos que o custo desse transporte por navegação é 1, o custo ferroviário seria três vezes maior; o rodoviário, quase nove vezes; e o aeroviário, quase quinze vezes mais caro. Atualmente, a navegação fluvial ocorre principalmente nas proximidades de zonas industriais relativamente planas, onde os rios são naturalmente navegáveis, ou seja, não necessitam de construção de eclusas. Quando os rios apresentam desníveis, com corredeiras e cachoeiras, torna-se necessária a construção de eclusas. Elas formam uma espécie de escadaria que pode ser vencida pelas embarcações. Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Observe o esquema a seguir. Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
No Brasil, o mais importante conjunto de eclusas está na região Sudeste. No eixo Tietê-Paraná foram construídas várias eclusas ao lado de hidrelétricas que impediam a circulação de barcos. Assim, a navegação nessa região beneficia quem desenvolve atividades econômicas nas proximidades dos rios. Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
O Brasil tem uma das mais extensas redes hidrográficas do mundo, com mais de 63 mil quilômetros de rios, dos quais 22 mil quilômetros são navegáveis. No entanto, apenas 7 mil quilômetros de rios são efetivamente utilizados. A navegação fluvial só tem um papel essencial na Amazônia, pois o povoamento está concentrado nas margens dos rios e a densa floresta dificulta a penetração para o interior. Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Veja no mapa a seguir as principais fluviovias do Brasil. Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
A navegação fluvial no Brasil, embora seja o sistema de transporte mais barato e limpo, está numa posição inferior em relação aos outros meios de transporte. Isso ocorre principalmente pelo fato de que na região Sudeste, a mais rica do país, predominam rios de planalto (encachoeirados, de difícil navegação). Hoje, a maior importância da navegação está na economia que ela proporciona, pois o transporte por hidrovias consome menos combustível e, como vimos, é muito mais barato e limpo (produz reduzida carga de poluição) que o realizado por ferrovias ou rodovias. Isso explica os altos investimentos que têm sido feitos em eclusas para tornar vários rios brasileiros navegáveis. Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Professor Henry A NAVEGAÇÃO FLUVIAL
A HIDRELETRICIDADE Professor Henry
Parte da água proveniente das chuvas ou do degelo corre pela superfície da Terra, formando os rios. Quando os rios atravessam áreas de relevo com desníveis acentuados, formam-se as cachoeiras, que podem atrapalhar a navegação, como vimos. No entanto, esses desníveis podem ser aproveitados para a produção de energia elétrica, por meio de usinas hidrelétricas. Para utilizar o potencial hidrelétrico de um rio, são necessárias grandes obras de engenharia. É preciso acentuar ainda mais o desnível do rio, construindo uma barragem, que retém parte das águas e forma um grande reservatório. A água é levada, por tubulações (dutos), para a parte mais baixa da usina, onde estão as turbinas, que são movimentadas pela passagem da água. Professor Henry A HIDRELETRICIDADE
Veja a seguir o esquema simplificado de uma usina hidrelétrica. Professor Henry A HIDRELETRICIDADE
Nos últimos anos, a participação das hidrelétricas na geração de energia elétrica no mundo tem se mantido abaixo de 20%. Estados Unidos, China, Rússia, Canadá e Brasil apresentam as maiores produções hidrelétricas do mundo, favorecidos pela extensão de seus territórios, pelo relevo com muitos desníveis e pelo grande volume de água dos seus rios. Professor Henry A HIDRELETRICIDADE
Observe no gráfico a seguir a situação mundial. Professor Henry A HIDRELETRICIDADE
As hidrelétricas são consideradas produtoras ideais de energia, pois geram baixa poluição, quando comparadas aos combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural. Mas existem problemas. Um dos mais citados é a formação dos grandes reservatórios, que provocam desequilíbrios ambientais, e alguns problemas sociais, causados pelo deslocamento das populações ribeirinhas. Professor Henry A HIDRELETRICIDADE
Professor Henry A HIDRELETRICIDADE
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