Climas e formações vegetais

1,711 views 82 slides Feb 05, 2018
Slide 1
Slide 1 of 82
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37
Slide 38
38
Slide 39
39
Slide 40
40
Slide 41
41
Slide 42
42
Slide 43
43
Slide 44
44
Slide 45
45
Slide 46
46
Slide 47
47
Slide 48
48
Slide 49
49
Slide 50
50
Slide 51
51
Slide 52
52
Slide 53
53
Slide 54
54
Slide 55
55
Slide 56
56
Slide 57
57
Slide 58
58
Slide 59
59
Slide 60
60
Slide 61
61
Slide 62
62
Slide 63
63
Slide 64
64
Slide 65
65
Slide 66
66
Slide 67
67
Slide 68
68
Slide 69
69
Slide 70
70
Slide 71
71
Slide 72
72
Slide 73
73
Slide 74
74
Slide 75
75
Slide 76
76
Slide 77
77
Slide 78
78
Slide 79
79
Slide 80
80
Slide 81
81
Slide 82
82

About This Presentation

o slide mostra os climas que o nosso planeta tem, a diversidade de paisagens levada por conta de sua geografia, do clima quente ao frio uma volta no globo.


Slide Content

Climas e formações vegetais Professor: wander Junior

TIPOS CLIMÁTICOS E FORMAÇÕES VEGETAIS Com base em estudos dos fenômenos atmosféricos, foram criadas diferentes classificações de clima. uma das mais adotadas, a do geógrafo e climatologista estadunidense arthur strahler (1918-2002), considera a dinâmica das massas de ar, os processos de formação de frentes e as características das precipitações. Com base nesses critérios, strahler estabeleceu uma classificação climática da Terra a partir de três grandes grupos: das latitudes altas (controladas pelas massas polares), das latitudes médias (controladas pelas massas tropicais e polares) e das latitudes baixas (controladas pelas massas equatoriais e tropicais).

A s formações vegetais se desenvolvem de acordo com o tipo de clima, relevo e solo da região em que se localizam. a influência do clima é, sem dúvida, a de maior relevância, havendo uma relação entre a formação vegetal e a região climática que a caracteriza.

Conforme o porte (tamanho) predominante na paisagem, as formações vegetais podem ser: arbóreas ou florestais, arbustivas, campestres ou herbáceas e complexas – nesse último caso, reúnem espécimes de porte variado, geralmente situadas em áreas alagadas, desertos e junto ao litoral.

A s vegetações chamadas primárias ainda não foram afetadas pela ação humana e a sua extensão é muito limitada. as secundárias ocorrem em regiões que passaram por um processo de recomposição natural, no qual diversas espécies crescem depois que a formação primária, por algum fator (desmatamento, fogo, causas naturais ou provocadas pela ação humana), foi parcialmente destruída. ambas desempenham papel importante na proteção do solo, minimizando os efeitos do escoamento superficial; no equilíbrio ecológico; no abrigo das faunas silvestres, propiciando a preservação de espécies, sobretudo as que estão ameaçadas de extinção; na manutenção dos ecossistemas e dos recursos hídricos, entre outros. Ecossistema Conjunto dos organismos vivos (fatores bióticos) de uma área e suas interações entre si e com o ambiente físico e químico (fatores abióticos) onde vivem, como o ar, o solo e a água. Por meio dessa interação, ocorrem intenso fluxo de energia e contínua reciclagem de nutrientes, que o mantêm em equilíbrio.

CLIMAS DAS ALTAS LATITUDES

• Clima Frio e Floresta Boreal o Clima Frio ou Continental Subártico ocorre em altas latitudes e está presente na maior parte do Canadá, no extremo norte da Europa e na Sibéria (Rússia). Os maiores volumes de precipitação ocorrem no verão. as temperaturas médias mensais no outono e inverno são sempre inferiores a 0 °C e a amplitude térmica anual é muito elevada.

precipitação

N esse clima , desenvolve-se a Floresta Boreal , também conhecida como Taiga , vegetação de grande porte, espaçada e bastante homo- gênea , em que predominam as árvores coníferas, como o pinheiro, por exemplo. em algumas regiões da europa é conhecida como Taiga siberiana – a maior do mundo –, situada na rússia ; Taiga canadense; e Taiga escandinava (norte da europa ).

Por conta da boa qualidade de sua madeira, a Floresta Boreal é intensamente explorada para obtenção da celulose – matéria-prima empregada na fabricação do papel. no entanto, em países como Canadá, noruega e suécia há programas com medidas rigo - rosas de reflorestamento. Por ser uma mata homogênea é mais fácil a recomposição da vegetação, mas parte da vida animal fica comprometida, pois o castor, o alce, o esquilo e outros animais não sobrevivem até a vegetação ser reconstituída.

• Clima Polar e Tundra

N o Ártico e na antártida , nos extremos norte e sul da Terra, cujas latitudes estão acima de 60 °C, o clima é Polar, no qual são registradas as mais baixas temperaturas médias do planeta. Durante o inverno, nessas regiões, não há luz do sol. o verão é curto, dura em torno de dois meses e o sol não se põe. nesse clima, a precipitação é baixa, ocorrem tempestades de neve, também conhecidas como nevascas, e ventos de alta velocidade que transportam partículas de gelo.

O solo da região é o permafrost , que fica coberto durante meses por uma camada de gelo permanente. Durante o verão a luz retorna e o degelo deixa parte do solo exposto. nele brota a Tundra, formada por vegetação florida de pequeno porte, além da abundância de musgos e liquens.

Veja a importancia de uma floresta para o clima do mundo

CLIMAS DAS LATITUDES MÉDIAS

O Clima Temperado abrange amplos trechos de regiões do hemisfério norte: américa do norte, europa e uma faixa alongada central da Ásia, que se estende até parte da China e do Japão. no hemisfério sul, sua ocorrência é bastante restrita. Caracteriza-se pelo inverno rigoroso e pela alta amplitude térmica. As quatro estações são muito bem definidas pelas mudanças na fisionomia da paisagem ao longo do ano, resultantes da grande diferença das condições atmosféricas entre uma estação e outra. Só pra descontrair

O CLIMA TEMPERADO DIVIDE-SE EM DOIS TIPOS :

Temperado Continental (em que há maior amplitude térmica e invernos rigorosos).

Temperado Oceânico (com menor amplitude térmica por conta da maritimidade ).

A paisagem natural do Clima Temperado é recoberta sobretudo pelas florestas e estepes. as Florestas Temperadas são encontradas na europa ocidental e oriental, na parte meridional da américa do sul, na américa do norte, na nova zelândia e no Japão. as árvores das Florestas Temperadas perdem todas as folhas ou parte delas no outono/inverno (decíduas ou caducifólias). entre as poucas espécies que constituem esse tipo de floresta, destacam-se a faia, o carvalho e a nogueira

E ssa formação vegetal encontra-se bastante devastada devido à intensa ocupação do solo e ao aproveitamento da madeira.

A s formações vegetais de porte rasteiro (herbáceas) também são típicas dessa região climática e recebem o nome de estepes. A s Estepes temperadas uma excelente pastagem natural e muito utilizadas para a criação de gado. Como exemplos dessa formação, mas que recebem denominações regionais, podem ser citados a cobertura vegetal predominante nos Pampas argentinos.

A s Pradarias ( Prairies ), no centro-sul do Canadá e centro dos estados unidos; a Puzta , na planície da hungria ; e o Scrub , na austrália . no Brasil, esse tipo de vegetação é denominado Campos e é observado, de forma contínua, sobretudo no sul do rio Grande do sul. os Pampas ou Campos gaúchos apresentam Clima subtropical, de transição entre o Tropical e o Temperado.

Decídua ou caducifólia: Planta que perde a folhagem durante um período do ano – pode ser uma estação com baixas temperaturas ou com um período bastante seco. Existe também a expressão semidecídua para a planta que perde apenas parte da folhagem.

Clima e Floresta Mediterrâneos O Clima Mediterrâneo está restrito a pequenos trechos, normal- mente próximos a desertos, como na Califórnia (estados unidos); no sudeste da Austrália; na região central do Chile; nos extremos norte e sul da África; e no sul da Europa, próximo ao Mar Mediterrâneo. É caracterizado por verões quentes e secos – em função da expansão das massas de ar seco dos desertos vizinhos – e por invernos brandos e úmidos – período em que essas massas de ar recuam e ficam estacionárias nos desertos.

A Floresta Mediterrânea é o bioma original dessa região climática. apesar do nome, raras são as espécies de porte elevado. é formada principalmente por bosques que abrigam árvores e arbustos, cobertos por folhas pequenas, grossas e revestidas de cera; e por plantas rasteiras que se adaptam a longos períodos quentes e secos. Poucas regiões do mundo conservaram espécies originais dessa mata. na costa do Mar Mediterrâneo, no sul da europa e no norte da África ( Magreb ), regiões densamente povoadas desde a antiguidade, essas espécies estão extintas. hoje há vegetações secundárias, cujos principais representantes são os maquis.

Magreb Em árabe, significa “extremo do ocidente” ou “ilha do poente”; designa os últimos países de influência árabe muçulmana situados na parte mais ocidental do planeta. Corresponde à região de Clima Mediterrâneo do norte da África.

Interessante! Os maquis e a guerra Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a França foi ocupada pela Alemanha ao norte e pela Itália a sudeste. A maior parte do centro-sul do país foi chamada de zona livre e controlada pelo governo colaboracionista francês do Marechal Philippe Pétain , sediado na cidade de Vichy . Os que não aceitaram a submissão do Estado francês ao nazismo foram perseguidos e muitos se esconderam nas florestas mediterrâneas. Lá, homens e mulheres juntaram suas forças e se defenderam. Aos poucos, formaram um grupo militar de resistência popularmente conhecido como maquis, referência a uma vegetação da floresta que lhe servia de abrigo e esconderijo. O número de maquis bem treinados cresceu e o grupo começou a organizar ataques contra as forças alemãs de ocupação e do governo de Vichy , até a retomada da França, em 1944.

Climas desérticos e de estepe Os climas desérticos das regiões de latitudes médias apresentam baixos índices de chuva, com meses de extrema aridez, como os desertos de Gobi , na Mongólia e na China, e o da Patagônia, na argentina e em algumas partes do Chile.

O Deserto de Gobi ( gobi significa “lugar sem água” na língua mongol) recobre extensa superfície do norte da China e do sul da Mongólia. situa-se numa região cercada de montanhas, especialmente o himalaia , que impede a passagem das massas de ar que transportam umidade procedente do sul do continente asiático.

O Gobi é marcado por zonas rochosas e áreas arenosas com a presença de dunas. Por causa do clima seco, a vegetação é escassa e predominam arbustos baixos e ervas rasteiras. há uma pequena população espalhada por sua área, principalmente nômades, que criam ovelhas, cabras e camelos. Acampamento ger na frente das dunas de khongoryn els , no Deserto de Gobi ( Mon - gólia ), 2015. o ger é uma tenda circular simples feita de pano por fora, com camadas de pele de cordeiro forrando as paredes. é tradicionalmente usado pelos povos nômades mongóis.

O Deserto da Patagônia, ou estepe Patagônica, é um dos grandes desertos do mundo. situado entre o oceano atlântico e os andes , apresenta topografia dominada por extensos planaltos cortados por vales e desfiladeiros e temperaturas muito baixas no inverno. Pouco povoada, a Patagônia abriga atividades pecuárias, como ovelhas e cabras, e é rica em recursos como petróleo, carvão e gás.

O clima seco da Patagônia é resultante da influência das montanhas dos andes , que bloqueiam os ventos procedentes das águas do Pacífico, e da influência da corrente fria das Falklands (ou Malvinas), responsável pelo bloqueio da umidade procedente do atlântico.

Apesar da escassez de umidade, em diversas áreas dos desertos desenvolvem-se vários tipos de formações vegetais: plantas rasteiras (Estepes Secas) e arbustos espinhosos ou com poucas folhas, que reduzem a transpiração, evitando a perda de água, e outras espécies que se adaptam à baixa umidade, conhecidas por xerófilas. Trecho do deserto da Patagônia, com a presença de estepes secas e outras formações xerófilas. argentina,

Veja o porque temos desertos

Atividades Chora não BB

DINÂMICA CLIMÁTICA E FORMAÇÕES VEGETAIS NO BRASIL

DINÂMICA CLIMÁTICA NO BRASIL O Brasil, com cerca de 92% do território na Zona Tropical, caracteriza-se pela presença de climas que, em geral, apresentam temperaturas médias anuais elevadas. Contudo, o comportamento das temperaturas e a variação da umidade das diferentes regiões climáticas durante o ano estão fortemente relacionados à atuação das massas de ar.

No verão, quatro massas de ar quentes exercem influência sobre o país: a Equatorial continental ( mEc ), a Equatorial atlântica ( mEa ), a Tropical atlântica ( mTa ) e a Tropical continental ( mTc ). Apenas essa última é seca. Justamente por isso, o verão é o período das chuvas na maior parte do território brasileiro. Nessa estação do ano, a massa Polar atlântica ( mPa ), fria e úmida, pode avançar esporadicamente sobre a Região sul do país e provocar ligeira queda de temperatura e chuvas

No inverno, a atuação da massa Equatorial continental ( mEc ) é mais restrita à Região Norte, a massa tropical atlântica ( mta ) continua a atuar no Brasil e a trazer umidade para o sudeste e a costa litorânea do Nordeste. A massa polar atlântica ( mpa ) passa a atingir com frequência o território brasileiro, provocando baixas temperaturas no sul, em grande parte do sudeste e na porção sul do Centro-Oeste.

Quando atinge a Região Norte, ocasiona o fenômeno da friagem, uma queda brusca de temperatura em relação ao padrão médio elevado da região. sobretudo na Região sul e ocasionalmente em alguns trechos do sudeste (são paulo , especialmente), é frequente , nessa estação, a ocorrência de geada. Quando atinge o Nordeste, a polar atlântica ( mpa ) perde intensidade e se dissipa.

Outro fenômeno causado pela atuação da polar atlântica no sul e sudeste são as chuvas frontais. Elas ocorrem quando a frente fria desloca para o alto o ar quente e úmido da tropical atlântica e provoca precipitações.

ZONAS DE CONVERGÊNCIAS NO BRASIL A zona de convergência é uma região onde correntes de ar se encontram e formam uma faixa alongada de nebulosidade. Duas zonas de convergências são responsáveis por abundantes precipitações, interferindo nas condições atmosféricas nas regiões onde atuam. Uma delas é a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), onde ocorrem as maiores precipitações da Terra. Ela é responsável pelas chuvas que atingem o Norte e o Nordeste. A intensa umidade no território brasileiro formada pela ZCIT se concentra na Amazônia e é redistribuída para outras regiões climáticas do território brasileiro.

A outra é a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), formada por uma extensa faixa de nebulosidade que se estende diagonalmente desde a posição sudeste (a partir do Oceano Atlântico) a noroeste (sul da Região Norte). Está associada aos movimentos de convecção da zona tropical da América do sul em condições de temperaturas mais elevadas e de intensa umidade. Ela se forma pela convergência de ventos quentes e úmidos vindos da Amazônia, com ventos mais frescos e também úmidos vindos do Atlântico sul, cortando a Região sudeste do Brasil.

A ZCAS se estabelece com maior frequência durante o verão, permanece estacionada durante dias seguidos (3 a 10 dias) e descarrega a sua umidade sobre amplas áreas do Centro-Oeste e sudeste do Brasil. Quando ocorrem chuvas muito intensas num curto período, verificam-se grandes desastres, como enchentes, inundações e desabamentos (deslizamentos). Na Região sul, ocorre um efeito diferente: a sucessão de dias quentes e secos, conhecidos como veranicos. Um dos verões mais quentes dos ultimos anos!

A ZCAS e a seca no Centro-Oeste e no Sudeste Nos anos de 2014 e 2015, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) estacionou mais ao norte da posição que costuma ocupar sobre o território brasileiro e levou as chuvas para o norte de Minas Gerais e os estados da Bahia e do Tocantins. Fora da posição normal não despejou sua umidade, como de costume, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país. Tal circunstância provocou crises de abastecimento de água e de geração de hidroeletricidade e impactos sociais e econômicos, decorrentes de longos períodos de estiagem nessas duas importantes regiões econômicas do país. O problema também foi agravado pela deficiência de infraestrutura para lidar com situações de estiagem prolongada e de políticas públicas adequadas sobre o uso da água. Brasil: a ZCAS e a seca no Centro-oeste e no sudeste EQUADOR OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO

DIVERSIDADE CLIMÁTICA E BOTÂNICA DO BRASIL

Apesar de mais de 90% do território estar situado dentro da zona tropical, o Brasil apresenta grande diversidade climática. isso se deve à grande extensão territorial do país, que lhe permite ocupar ampla superfície no interior da América do sul ( continentalidade ) e abrigar uma extensa costa litorânea ( maritimidade ); à configuração territorial na forma de um triângulo com base larga nas baixas latitudes e afunilado nas latitudes mais elevadas do sul do país; às altitudes modestas que caracterizam o relevo brasileiro; e fundamentalmente à variedade de massas de ar, responsáveis pela dinâmica atmosférica que condiciona as características sazonais das regiões climáticas brasileiras.

A variedade de paisagens vegetais naturais do Brasil acompanha a diversidade de climas, que proporcionam a temperatura, a luminosidade e a umidade adequadas ao desenvolvimento de diferentes associações vegetais presentes nos seis biomas brasileiros.

O Brasil apresenta extensas formações florestais e arbustivas, apesar do intenso desmatamento que ameaça vários ecossistemas. também são encontradas formações herbáceas (Campos) e outras complexas, como o Complexo do Pantanal e as litorâneas (como os Mangues)

BIODIVERSIDADE BRASILEIRA As regiões tropicais possuem o maior estoque de biodiversidade da terra e calcula-se que o Brasil abrigue a quinta parte das espécies, de cerca de 1,5 milhão conhecidas no planeta, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. por isso, o intenso desmatamento é alvo de preocupação e discussão entre governos, organismos internacionais, sociedade civil e ONGs (Organizações Não Governamentais) de todas as partes do planeta.

A grande biodiversidade dos trópicos deve-se à maior intensidade da radiação solar, que permite alta produtividade do processo que transforma a energia luminosa em compostos orgânicos, através da fotossíntese.

Em 1988, o pesquisador inglês Norman Myers (1934-) identificou os biomas de maior grau de diversidade do planeta, aqueles que possuem ao menos 1.500 espécies endêmicas de plantas. Depois verificou os mais ameaçados, aqueles que perderam 3/4 ou mais de sua vegetação original, e os classificou como hotspots : biomas biodiversos , ameaçados em alto grau e que merecem proteção prioritária para a sua conservação . Espécie endêmica É aquela encontrada apenas em determinada região geográfica.

O Brasil apresenta dois hotspots : os biomas do Cerrado e os da Mata Atlântica. Além deles, abriga também os biomas da Amazônia (o mais extenso), da Caatinga, dos Pampas (Campos) e do Pantanal, todos compostos de rico patrimônio genético (figura 8). Essa variedade de biomas explica-se pela extensão territorial e pela diversidade climática e da cobertura vegetal, que abriga enorme variedade de fauna e flora.

Proteção legal dos biomas brasileiros A lei atual que regulamenta o acesso ao patrimônio genético dos biomas bra - sileiros foi aprovada em 2015 pelo Congresso Nacional. pela legislação anterior (2001), a autorização para a pesquisa e desenvolvimento era dada pelo Conselho de Gestão do patrimônio Genético (CGEN), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. O processo lento e burocrático desestimulava cientistas, empresas e instituições a desenvolver produtos da biodiversidade e os induzia a investir as pesquisas em outros países, ou a desenvolver seus projetos na ilegalidade, o que constitui crime de biopirataria. A lei aprovada em 2015, conhecida como Marco Legal da Biodiversidade, simpli - ficou os processos burocráticos. A autorização para a pesquisa agora é feita através de um cadastro simplificado pela internet. Essa lei determina que todo produto comercializado (remédios, alimentos, cos - méticos etc.), criado a partir de material genético da biodiversidade brasileira, estará sujeito ao pagamento de royalties para conquistar o direito legal de uso econômico. Garante também a repartição dos benefícios aos detentores do conhecimento cultural, como as comunidades tradicionais, formadas por povos indígenas, quilombolas, caiçaras e ribeirinhos. Os pesquisadores consideram o novo Marco Legal da Biodiversidade um avanço para o desenvolvimento científico e a inovação tecnológica. No entanto, muitos questionam a sua operacionalidade em relação à eficiência de controle do acesso ao imenso patrimônio genético existente no país e do combate à biopirataria, à eficácia da distribuição dos seus benefícios para as comunidades tradicionais e aos baixos valores estipulados para pagamento de royalties, cerca de 0,1% a 1% do lucro obtido com a comercialização dos produtos.

Patrimônio genético Reúne toda a informação de origem genética de plantas, animais e microrganismos, na forma de moléculas ou substâncias metabolizadas por esses seres vivos ou deles extraídas, vivos ou mortos, dentro do território de um país. (Comunidade) quilombola Comunidades formadas, em sua maioria, por descendentes de escravizados que, no passado, se rebelaram e criaram quilombos – locais onde se refugiavam e se organizavam social e politicamente. Essa população ainda hoje mantém vínculo com a terra e os costumes de seus ancestrais. ( Comunidade) caiçara Comunidades formadas pela mistura de contribuições dos indígenas, dos colonizadores portugueses e dos africanos, a partir do século XVI. Essa população vive principalmente em áreas costeiras dos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná e tem um modo de vida vinculado ao ambiente litorâneo, baseado na pesca, na agricultura de subsistência, na atividade extrativista e na pequena produção de mercadorias.

CLIMA E VEGETAÇÃO NO BRASIL

No Brasil, o Clima Equatorial – quente e úmido – é típico da região amazônica. A amplitude térmica anual é muito baixa: as temperaturas médias mensais oscilam em torno de 25 °C a 28 °C. Na extensa faixa de Clima Equatorial se desenvolve a Floresta Amazonica -– a maior da zona intertropical do globo e a de maior biodiversidade. Ela apresenta árvores de grande e médio porte e plantas rasteiras (estratificada), com a presença de cipós, bromélias e orquídeas.

A Floresta Amazônica se divide em três grupos: • Floresta ou Mata de Igapó – situada nas áreas permanentemente inundadas pelos rios; • Floresta ou Mata de Várzea – situada nas áreas inundadas apenas durante as cheias; • Floresta de Terra Firme – situada nas áreas mais elevadas, onde se encontram árvores de grande porte, como a andiroba , o cedro, o castanheiro e o mogno. Esse tipo de floresta compõe entre 70% e 80% da Floresta Amazônica.

Em uma extensa área da Bacia do Rio Negro, ocorre a Campinarana , tipo de vegetação que se desenvolve em solos caracterizados pela falta de nutrientes minerais. Ela ocorre sob a fisionomia arbórea – na qual predominam árvores de médio porte –, arbustiva, gramíneo-lenhosa e bambus.

A Floresta Amazônica ocupava originalmente uma área de cerca de 7,5 milhões de km2 na América do sul, mais de 60% em terras brasileiras. Atualmente, por conta do desmatamento intensivo, já perdeu no Brasil cerca de 17% de sua área original. A construção de rodovias e a expansão das fronteiras agropecuárias na região contribuíram enormemente para acelerar o processo de desmatamento. As rodovias são consideradas vetores da derrubada da vegetação original.

A intensa exploração madeireira, a implantação de grandes fazendas de gado e soja – cultivada principalmente no estado de Mato Grosso – e os grandes projetos de mineração não só provocam sérios problemas ambientais aos ecossistemas, mas também destroem espécies vegetais ainda desconhecidas pela comunidade científica. isso causa grandes danos, uma vez que são amplas as possibilidades de pesquisa e de aplicação dos recursos genéticos encontrados na Floresta Amazônica. um exemplo são as várias espécies vegetais que poderiam ser usadas como matéria-prima na produção de medicamentos.

Apesar de existirem técnicas e equipamentos sofisticados para monitoramento de áreas florestais, detecção de queimadas e derrubada de matas, os quais incluem com- putadores , radares, sistema de posicionamento global ( Gps ) e análise de imagens de satélite, os índices de desmatamento em toda a Amazônia cresceram após 1970, ano em que foi implantada pelo governo militar de Emílio Garrastazu Médici (1905-1985) a estratégia de colonizar a Amazônia através do Programa de Integração Nacional (PIN).

A Floresta Amazônica apresenta, no conjunto, a maior concentração de espécies animais, vegetais e de microrganismos da terra. segundo dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( iBGE ) e do instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( ibama ), são cerca de 3 mil espécies medicinais cata- logadas , muitas delas sujeitas a atividades ligadas à biopirataria e à etnobiopirataria . Etnobiopirataria : Muitos pesquisadores, a serviço de empresas ou centros de pesquisa, coletam espécies ilegalmente e utilizam os conhecimentos tradicionais dos povos nativos para a produção de remédios, cosméticos ou produtos altamente lucrativos. Esses conhecimentos, após serem patenteados, possibilitam às empresas o uso exclusivo dos princípios ativos (substâncias com efeito farmacológico ou terapêutico). Sudam Órgão de planejamento regional criado em 1966 com o objetivo de promover o desenvolvimento da Amazônia. A sua abrangência territorial engloba toda a Região Norte, além do estado de Mato Grosso e parte do Maranhão.

CLIMA SUBTROPICAL, MATA DE ARAUCÁRIA E PAMPAS O Clima Subtropical é típico da Região sul do país. A maior latitude e a atuação mais intensa da Massa polar Atlântica ( mpa ) na região são fatores que determinam um clima que apresenta temperaturas muito baixas durante o inverno, principalmente nas áreas de maior altitude, como alguns trechos do Rio Grande do sul e de santa Catarina. No entanto, as temperaturas são elevadas no verão.

O clima subtropical é o que apresenta as maiores amplitudes térmicas anuais do Brasil. Outro aspecto marcante dessa região climática é a regularidade na distribuição das chuvas durante o ano. É comum o fenômeno de geada durante o outono e inverno e, ocasionalmente, ocorre precipitação de neve nas localidades situadas em altitudes mais elevadas.

Nas encostas das serras próximas ao litoral da Região sul, a Floresta tropical Atlântica domina a paisagem natural, mas a vegetação predominante é a Mata de Araucária (Mata dos pinhais ou Floresta de Araucária), que também faz parte do bioma da Mata Atlântica. Esse tipo de cobertura é semi-homogêneo, com predomínio da araucária ( pinheiro-do-paraná ), de onde se extrai o pinhão. É um pouco mais espaçada e entremeada por outras espécies, como o ipê e a erva-mate, e tem como característica a folhagem pontiaguda (aciculifoliada).

A devastação da Mata de Araucária, bastante intensa, foi ocasionada principal- mente pelo setor de construção civil, pelas indústrias de papel e pelo agronegócio. sua área remanescente original é de cerca de 2%.

No extremo sul do Rio Grande do sul, ocorrem os Campos, formados principalmente pelos Pampas Gaúchos. A paisagem marcada pela vegetação rasteira de gramíneas é ocupada tradicionalmente pela pecuária extensiva, pelas plantações de trigo e, há cerca de meio século, pela soja. É uma região plana, entremeada por colinas com declives suaves conhecidas como coxilhas. É rica em biodiversidade, mas resta apenas cerca de 30% da vegetação original. Ao longo dos rios e ao redor de lagoas, as Matas Ciliares ou Mata de Galerias crescem e inter- rompem a paisagem campestre.

Arenização dos Pampas No sudoeste do Rio Grande do sul, nos pampas ou Campanha Gaúcha, há extensas superfícies sem vegetação, recobertas por areia. Esse processo é denominado arenização . Apesar de ser um processo natural, ele é acelerado pelo uso intensivo do solo nas atividades agropecuárias combinadas às condições naturais da região. O pisoteio e o deslocamento do gado e o uso de máquinas pesadas na atividade agrícola, especial- mente na lavoura de soja, associados à ação da chuva, promoveram a degradação da camada superficial do solo, permitindo o afloramento da camada de arenito que estava acomodada abaixo da superfície. O vento se encarrega de espalhar a areia por vasta extensão dessa parte do estado.

Fim da aula Deixa de choro!