CRIE CURITIBA 06 A 08-12-22 - aula 07-12 power point (1).pptx

danielydias10 6 views 108 slides Sep 23, 2025
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Informações importantes sobre imunização em grupos especiais


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Curitiba, 07 de dezembro de 2022 Maria Cristina Assef Médica CRIE SESA-Pr Imunização em grupos especiais

Curitiba, 07 de dezembro de 2022 Maria Cristina Assef Médica CRIE SESA-Pr Imunização em grupos especiais

Imunização = uma das medidas mais custo-efetivas em termos de saúde pública Objetivo = induzir proteção durável e eficaz frente a um patógeno, sem provocar sintomas clínicos ou efeitos adversos Proteção individual Baseada na capacidade do Sistema Imune de reconhecer, memorizar e otimizar a resposta imune frente a um antígeno Proteção coletiva

Vacinação X Imunização A vacinação é o termo usado para o processo de introduzir uma vacina no organismo (injetável, oral, nasal), ou seja é o ato de vacinar Imunização é o objetivo da vacinação ou seja conferir imunidade ao indivíduo vacinado

Primórdios - Variolização Os primeiros registros da variolização remontam do ano 1000 na China Era conhecida entre diversos povos da África e da Ásia, como hindus, egípcios, persas, circassianos, georgianos, árabes. As técnicas diferiam: algodão com pó de crostas ou pus inserido no nariz, vestir roupas íntimas de doentes, incrustar crostas em arranhões, picar a pele com agulhas contaminadas, fazer um corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus.

A Primeira Vacina Moderna Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de 8 anos, com o pus retirado de uma pústula de Sarah Nelmes, uma ordenhadora que sofria de cowpox. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso. O menino não adoeceu. Era a descoberta da vacina...!!!

Passiva Proteção transferida de um organismo para outro. A proteção é temporária. Natural : Transferência de anticorpos via transplacentária Colostro e leite materno (IgA) Artificial : conferida por soros e imunoglobulinas Ativa Proteção produzida pelo sistema imune do próprio organismo, geralmente é permanente. Natural : conferida por infecções (clínicas ou subclínicas) Artificial: conferida por vacinas Tipos de Imunização

Vacinas salvam vidas

Tipos de vacinas Vivas (Atenuadas) Organismos inteiros Toxóides Subunidades Vetores virais Não Vivas (Inativadas) VLP Conjugada Polissacarídeo/proteina Vetor viral Ácido nucleico (mRNA)

Vacinas Vivas Tratamento do microorganismo para atenuar a virulência Vantagens Vacinas vivas replicam no hospedeiro simulando a infecção natural Desencadeiam resposta semelhante à observada na infecção natural Induz alta imunidade P roteção duradoura Desvantagens Reversão da virulência Mais sensível à temperatura Maior risco de eventos adversos Habitualmente contraindicada em imunossuprimidos V írus: Rotavirus, VOP, Varicela, sarampo, cachumba, rubéola Bactéria: BCG

Vacinas não-vivas Vantagens Segurança Estabilidade Desvantagens Menos potente Doses múltiplas Necessidade de adjuvantes Maior custo

Organismos inteiros Destruição do microorganismo com preservação da imunogenicidade vírus : VIP, raiva, hepatite A, influenza bactérias: pertussis (célula inteira)

Toxóides Exotoxinas bacterianas química ou termicamente modificadas difteria, tétano

Subunidades Fração do microorganismo Pertusis acelular, Pneumo 23

Conjugada Proteína-polissacarídeo Pneumo 10, Pneumo 13, Meningo ACWY, C, HiB

Virus Like Particle VLP Hepatite B HPV

Vetor viral Ebola Covid (Janssen, AstraZeneca)

Ácido Nucléico Covid (Pfizer)

O que é anticorpo São produzidos pelas células B e ajudam a combater um antígeno Diferentes tipos IgA, IgM, IgG, IgE, IgD Funções: Neutralizam toxinas Bloqueiam a adesão/entrada do antígeno na célula Neutralizam e previnem a replicação viral São específicos - não conferem proteção cruzada

Atividade Imune Mediada por anticorpos Células B Mediada por células Células T Citotóxicas CD8 destrói os vírus e as células infectadas Auxiliadoras CD4 estimula e dirige a atividade das cel B

Tipos de imunidade Inata (inespecífica) é exercida por polimorfonucleares, macrófagos, células “natural killer”, células dendríticas e interferons. Adquirida é específica, e resulta do contato do microrganismo patogênico com o sistema imune, que produz anticorpos e células específicas para combater o patógeno.

Há uma estreita colaboração entre a imunidade inata e a adquirida. A imunidade inata direciona precocemente a resposta adquirida para o braço celular (TH1) ou humoral (TH2), pela ação de citocinas. Os braços celular e humoral agem em conjunto. Os anticorpos podem eliminar patógenos na corrente sanguínea, evitando, assim, a disseminação da infecção aos tecidos. A resposta celular, citotóxica, atua em células já infectadas. O complemento, em conjunto com os anticorpos, contribui para a opsonização e destruição de patógenos, especialmente as bactérias encapsuladas, como meningococos, pneumococos e Haemophilus influenzae do tipo b. O baço é muito importante ao filtrar bactérias encapsuladas do sangue e promover sua destruição.

A vacinação é o procedimento que mimetiza a imunidade resultante das infecções, porém utilizando vacinas, produtos que contêm microrganismos atenuados, inativados, ou apenas pequenas partes deles. A ideia é simular a infecção, mas com produtos sem a patogenicidade da infecção natural. É importante salientar que não há evidência científica de que o sistema imune se sobrecarregue com a administração simultânea de múltiplas vacinas, sendo segura e eficaz, portanto, a utilização tanto de vacinas combinadas quanto a administração simultânea de vacinas.

O grau de proteção conferido pela vacinação é influenciado por: Variabilidade genética Diferentes capacidades de resposta a antígenos, podendo o indivíduo revelar-se incompetente para responder a um determinado estímulo antigênico ao qual a maior parte das pessoas responde satisfatoriamente Idade Imaturidade x Imunossenescência Associação com comorbidades: alterações metabólicas, neoplasias... Imunossupressão Asplenia, câncer, transplantes, doenças inflamatórias crônicas, medicamentos, infecção por HIV e outras Anticorpos maternos Exposição prévia a um antígeno Dose da vacina Introdução

CRIE: Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais A adoção de uma política pública de imunizações deve levar em conta uma série de elementos, tais como relevância epidemiológica das doenças, custo/efetividade das vacinas e disponibilidade dos imunobiológicos no mercado. Nem sempre um imunobiológico pode ser adotado para toda a população. Há subgrupos populacionais, entretanto, para quem alguns desses imunobiológicos representam benefícios indiscutíveis. Os CRIEs foram criados em 1993 com a finalidade de atender essa população

Os CRIE atendem de forma personalizada o público que necessita de produtos especiais, de alta tecnologia e de alto custo, que são adquiridos pelo PNI. Para fazer uso desses imunobiológicos, é necessário apresentar a prescrição com indicação médica, CID e/ou um relatório clínico sobre o caso As indicações serão avaliadas pelo médico ou enfermeiro responsáveis pelo CRIE e os imunobiológicos dispensados, se as indicações estiverem contempladas pelas normas em vigor As ações desses centros são apoiadas pelo Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI) e pelo Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (Cifavi)

Pessoas com diabetes Pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatias crônicas Pessoas com hepatopatias crônicas Pessoas com doença renal crônica Pessoas com asplenia anatômica/funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas à disfunção esplênica Profissionais de saúde Prematuros extremos Pessoas com doenças reumatológicas e autoimunes Pessoas vivendo com HIV Pessoas com imunodeficiência primária Pessoas com neoplasias ou em uso de drogas imunossupressoras Candidatos a transplante ou transplantados de órgãos sólidos e seus conviventes Pessoas transplantadas de células-tronco hematopoiéticas e seus conviventes Outros: trissomias, DVP, fístula liquórica, implante coclear, uso crônico AAS, doença neurológica crônica incapacitante GRUPOS ESPECIAIS PARA VACINAÇÃO

GRUPOS ESPECIAIS PARA VACINAÇÃO Pessoas com diabetes Pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatias crônicas Pessoas com hepatopatias crônicas Pessoas com doença renal crônica Pessoas com asplenia anatômica/funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas à disfunção esplênica Profissionais da saúde Prematuros extremos Pessoas com doenças reumatológicas e autoimunes Pessoas vivendo com HIV Pessoas com imunodeficiência primária Pessoas com neoplasias ou em uso de drogas imunossupressoras Candidatos a transplante ou transplantados de órgãos sólidos Pessoas transplantadas de células-tronco hematopoiéticas

Vacina Pneumocócica O polissacarídeo capsular é o maior responsável pela virulência do Pneumococo Existem 97 sorotipos diferentes de Pneumococo

Doenças causadas pelo Pneumococo: otite, sinusite, pneumonia, meningite, septicemia, artrite, osteomielite, endocardite, peritonite, etc Reservatório na orofaringe: 20 a 40% das crianças saudáveis são portadoras e 10 a 15% dos adultos

O grau de elevação do risco é marcadamente maior para as condições imunocomprometidas do que para as outras doenças crônicas. As taxas de DPI são nove por 100.000 pessoas-ano entre adultos saudáveis ​​em comparação com: 22 entre fumantes passivos 36 entre adultos tabagistas 51 entre adultos com diabetes 63 entre adultos com doença pulmonar crônica 94 entre adultos com doença cardíaca crônica 100 entre adultos que abusaram álcool 300 entre adultos com câncer sólido 423 entre adultos com HIV/AIDS 503 entre adultos com câncer hematológico (adultos com mieloma múltiplo parecem estar em risco particularmente alto).

Vacina Pneumo 23 A vacina pneumo 23 é uma suspensão de polissacarídios purificados de 23 sorotipos de pneumococo Resposta imune aos antígenos polissacarídicos é T-independente, de curta duração e não induz memória imunológica Crianças menores de 2 anos não respondem às vacinas polissacarídicas Não diminui o estado de portador Os níveis de anticorpos diminuem após 5 a 10 anos Após a revacinação a elevação dos níveis de anticorpos é inferior à primovacinação. Tolerância imunológica

Vacina Pneumocócica Conjugada (Pneumo 10 e Pneumo 13) Resposta T-dependente, induz memória imune e proteção de longa duração Diminui o estado de portador Indicada a partir de 2 meses de idade Imunidade de rebanho

Esquema sequencial P23/P13

Hepatite B: 3 ou 4 doses? Em pessoas imunodeprimidas recomenda-se aplicar doses mais elevadas em maior número de vezes que os esquemas habituais em pacientes imunodeprimidos, inclusive os HIV-positivos, porque nesses indivíduos a resposta imunológica é menor.

Sorologia Hepatite B O teste sorológico pós-vacinal não é rotineiramente indicado para pessoas que não pertencem a grupos de risco, devido à alta eficácia da vacina. Os indivíduos pertencentes a grupos de risco, vacinados, que não responderem com nível adequado de anticorpos, devem ser revacinados. Aqueles que permanecerem anti-HBs negativos após dois esquemas completos devem ser considerados não respondedores e suscetíveis, em caso de exposição .

Disfunção Esplênica A anemia falciforme é a hemoglobinopatia mais prevalente no Brasil, sendo as complicações infecciosas bastante frequentes. Infecções graves por germes capsulados, principalmente Haemophilus influenzae tipo b, pneumococo e meningococo, são frequentes nesses pacientes. Embora não haja problema de controle de infecções virais para esses indivíduos, a varicela pode representar importante fator para a invasão secundária de bactérias, com significativo aumento da morbimortalidade.

Nos pacientes que serão submetidos à esplenectomia eletiva, a vacinação deverá preceder o procedimento cirúrgico pelo período mínimo de 14 dias. Os pacientes já esplenectomizados apresentam resposta melhor à vacinação a partir de 14 dias do ato cirúrgico, mas se deve considerar a oportunidade de vacinar como prioritária na decisão de quando vacinar.

Pessoas com Disfunção Esplênica Vacinar contra germes capsulados: Pneumococo, Meningococo e Haemophilus influenzae tipo b Varicela, hepatite A, influenza

Prematuros Crianças nascidas com menos de 1.000 g ou menos de 31 semanas de gestação (prematuro extremo) Podem apresentar mais episódios de apneia quando vacinadas com vacina adsorvida difteria, tétano e pertússis (DTP), mas isso acontece com menor frequência com a administração de vacina acelular O uso simultâneo de múltiplas doses injetáveis também pode associar-se à apneia, devendo-se dar preferência à administração de menor número de injeções em cada visita. Indicada Hexa acelular, a primeira dose pode ser feita a partir de dois meses de idade, podendo ser realizadas na UTI neonatal caso a criança ainda estava internada quando atingir a idade recomendada para vacinação

Hexa acelular Penta Difteria Tétano Pertussis célula inteira Hepatite B Hib Hexa acelular Difteria Tétano Pertussis acelular Hepatite B Hib VIP

Toxina Pertussis contribuinte maior para a patogênese FHA (Hemaglutinina filamentosa) responsável pela adesão no epitélio respiratório A vacina acelular é discretamente menos imunogênica e a resposta é menos duradoura que a de células inteiras Os componentes acelulares pertussis (TP e FHA) são extraídos de culturas de Bordetella pertussis, e então são purificados. Foi demonstrado que TPxd e FHA são dois componentes de maior importância para a proteção contra pertussis.

Indicações Hexa 1. Após eventos adversos graves relatados abaixo e ocorridos com a aplicação da vacina DTP ou Penta de células inteiras: a. Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação. b. Síndrome hipotônico-hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após a vacinação. 2. Para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves com DTP ou Penta de células inteiras: a. Doença convulsiva crônica. b. Cardiopatias ou pneumopatias crônicas com risco de descompensação em vigência de febre. c. Doenças neurológicas crônicas incapacitantes. d. RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação. e. RN prematuro extremo (menor de 1.000 g ou 31 semanas de gestação). 3. Preferencialmente, nas seguintes situações de imunodepressão: a. Pacientes com neoplasias e/ou que necessitem de quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia. b. Pacientes com doenças imunomediadas que necessitem de quimioterapia, corticoterapia ou imunoterapia. c. Transplantados de órgãos sólidos e células-tronco hematopoiéticas (TMO)

A vacinação básica nos CRIEs, consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade. O primeiro reforço aos 15 meses de idade poderá ser realizado com a vacina Hexa acelular. O segundo reforço aos 4 anos de idade (intervalo mínimo de 6 meses entre R1 e R2) deverá ser realizado com a DTP acelular, se ainda persistir a indicação. A idade máxima para aplicação da vacina Hexa acelular é de 6 anos 11 meses e 29 dias.

Influenza inativada (INF) Hepatite B recombinante (HB) Varicela (VZ), para aqueles sem história prévia de doença ou vacinação Sarampo, Caxumba e Rubéola (tríplice viral), duas doses independentemente da idade Meningocócica C conjugada (Meningo C) Tríplice acelular do adulto (dTPa) a todos os profissionais de saúde, principalmente médicos anestesistas, ginecologistas, neonatologistas, obstetras, pediatras, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas e estagiários de medicina e enfermagem que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos Profissionais de saúde

The Immunization Agenda 2030 “IA2030  envisions a world where everyone, everywhere, at every age, fully benefits from vaccines to improve health and well-being.” “Vizualiza um mundo aonde todos, em qualquer lugar, de todas as idades possam se beneficiar das vacinas para melhora da sua saúde e bem estar”

Imunização = uma das medidas mais custo-efetivas em termos de saúde pública Objetivo = induzir proteção durável e eficaz frente a um patógeno, sem provocar sintomas clínicos ou efeitos adversos Proteção individual Baseada na capacidade do Sistema Imune de reconhecer, memorizar e otimizar a resposta imune frente a um antígeno Proteção coletiva

Vacinação X Imunização A vacinação é o termo usado para o processo de introduzir uma vacina no organismo (injetável, oral, nasal), ou seja é o ato de vacinar Imunização é o objetivo da vacinação ou seja conferir imunidade ao indivíduo vacinado

Primórdios - Variolização Os primeiros registros da variolização remontam do ano 1000 na China Era conhecida entre diversos povos da África e da Ásia, como hindus, egípcios, persas, circassianos, georgianos, árabes. As técnicas diferiam: algodão com pó de crostas ou pus inserido no nariz, vestir roupas íntimas de doentes, incrustar crostas em arranhões, picar a pele com agulhas contaminadas, fazer um corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus.

A Primeira Vacina Moderna Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de 8 anos, com o pus retirado de uma pústula de Sarah Nelmes, uma ordenhadora que sofria de cowpox. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso. O menino não adoeceu. Era a descoberta da vacina...!!!

Passiva Proteção transferida de um organismo para outro. A proteção é temporária. Natural : Transferência de anticorpos via transplacentária Colostro e leite materno (IgA) Artificial : conferida por soros e imunoglobulinas Ativa Proteção produzida pelo sistema imune do próprio organismo, geralmente é permanente. Natural : conferida por infecções (clínicas ou subclínicas) Artificial: conferida por vacinas Tipos de Imunização

Vacinas salvam vidas

Tipos de vacinas Vivas (Atenuadas) Organismos inteiros Toxóides Subunidades Vetores virais Não Vivas (Inativadas) VLP Conjugada Polissacarídeo/proteina Vetor viral Ácido nucleico (mRNA)

Vacinas Vivas Tratamento do microorganismo para atenuar a virulência Vantagens Vacinas vivas replicam no hospedeiro simulando a infecção natural Desencadeiam resposta semelhante à observada na infecção natural Induz alta imunidade P roteção duradoura Desvantagens Reversão da virulência Mais sensível à temperatura Maior risco de eventos adversos Habitualmente contraindicada em imunossuprimidos V írus: Rotavirus, VOP, Varicela, sarampo, cachumba, rubéola Bactéria: BCG

Vacinas não-vivas Vantagens Segurança Estabilidade Desvantagens Menos potente Doses múltiplas Necessidade de adjuvantes Maior custo

Organismos inteiros Destruição do microorganismo com preservação da imunogenicidade vírus : VIP, raiva, hepatite A, influenza bactérias: pertussis (célula inteira)

Toxóides Exotoxinas bacterianas química ou termicamente modificadas difteria, tétano

Subunidades Fração do microorganismo Pertusis acelular, Pneumo 23

Conjugada Proteína-polissacarídeo Pneumo 10, Pneumo 13, Meningo ACWY, C, HiB

Virus Like Particle VLP Hepatite B HPV

Vetor viral Ebola Covid (Janssen, AstraZeneca)

Ácido Nucléico Covid (Pfizer)

O que é anticorpo São produzidos pelas células B e ajudam a combater um antígeno Diferentes tipos IgA, IgM, IgG, IgE, IgD Funções: Neutralizam toxinas Bloqueiam a adesão/entrada do antígeno na célula Neutralizam e previnem a replicação viral São específicos - não conferem proteção cruzada

Atividade Imune Mediada por anticorpos Células B Mediada por células Células T Citotóxicas CD8 destrói os vírus e as células infectadas Auxiliadoras CD4 estimula e dirige a atividade das cel B

Tipos de imunidade Inata (inespecífica) é exercida por polimorfonucleares, macrófagos, células “natural killer”, células dendríticas e interferons. Adquirida é específica, e resulta do contato do microrganismo patogênico com o sistema imune, que produz anticorpos e células específicas para combater o patógeno.

Há uma estreita colaboração entre a imunidade inata e a adquirida. A imunidade inata direciona precocemente a resposta adquirida para o braço celular (TH1) ou humoral (TH2), pela ação de citocinas. Os braços celular e humoral agem em conjunto. Os anticorpos podem eliminar patógenos na corrente sanguínea, evitando, assim, a disseminação da infecção aos tecidos. A resposta celular, citotóxica, atua em células já infectadas. O complemento, em conjunto com os anticorpos, contribui para a opsonização e destruição de patógenos, especialmente as bactérias encapsuladas, como meningococos, pneumococos e Haemophilus influenzae do tipo b. O baço é muito importante ao filtrar bactérias encapsuladas do sangue e promover sua destruição.

A vacinação é o procedimento que mimetiza a imunidade resultante das infecções, porém utilizando vacinas, produtos que contêm microrganismos atenuados, inativados, ou apenas pequenas partes deles. A ideia é simular a infecção, mas com produtos sem a patogenicidade da infecção natural. É importante salientar que não há evidência científica de que o sistema imune se sobrecarregue com a administração simultânea de múltiplas vacinas, sendo segura e eficaz, portanto, a utilização tanto de vacinas combinadas quanto a administração simultânea de vacinas.

O grau de proteção conferido pela vacinação é influenciado por: Variabilidade genética Diferentes capacidades de resposta a antígenos, podendo o indivíduo revelar-se incompetente para responder a um determinado estímulo antigênico ao qual a maior parte das pessoas responde satisfatoriamente Idade Imaturidade x Imunossenescência Associação com comorbidades: alterações metabólicas, neoplasias... Imunossupressão Asplenia, câncer, transplantes, doenças inflamatórias crônicas, medicamentos, infecção por HIV e outras Anticorpos maternos Exposição prévia a um antígeno Dose da vacina Introdução

CRIE: Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais A adoção de uma política pública de imunizações deve levar em conta uma série de elementos, tais como relevância epidemiológica das doenças, custo/efetividade das vacinas e disponibilidade dos imunobiológicos no mercado. Nem sempre um imunobiológico pode ser adotado para toda a população. Há subgrupos populacionais, entretanto, para quem alguns desses imunobiológicos representam benefícios indiscutíveis. Os CRIEs foram criados em 1993 com a finalidade de atender essa população

Os CRIE atendem de forma personalizada o público que necessita de produtos especiais, de alta tecnologia e de alto custo, que são adquiridos pelo PNI. Para fazer uso desses imunobiológicos, é necessário apresentar a prescrição com indicação médica, CID e/ou um relatório clínico sobre o caso As indicações serão avaliadas pelo médico ou enfermeiro responsáveis pelo CRIE e os imunobiológicos dispensados, se as indicações estiverem contempladas pelas normas em vigor As ações desses centros são apoiadas pelo Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI) e pelo Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (Cifavi)

Pessoas com diabetes Pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatias crônicas Pessoas com hepatopatias crônicas Pessoas com doença renal crônica Pessoas com asplenia anatômica/funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas à disfunção esplênica Profissionais de saúde Prematuros extremos Pessoas com doenças reumatológicas e autoimunes Pessoas vivendo com HIV Pessoas com imunodeficiência primária Pessoas com neoplasias ou em uso de drogas imunossupressoras Candidatos a transplante ou transplantados de órgãos sólidos e seus conviventes Pessoas transplantadas de células-tronco hematopoiéticas e seus conviventes Outros: trissomias, DVP, fístula liquórica, implante coclear, uso crônico AAS, doença neurológica crônica incapacitante GRUPOS ESPECIAIS PARA VACINAÇÃO

GRUPOS ESPECIAIS PARA VACINAÇÃO Pessoas com diabetes Pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatias crônicas Pessoas com hepatopatias crônicas Pessoas com doença renal crônica Pessoas com asplenia anatômica/funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas à disfunção esplênica Profissionais da saúde Prematuros extremos Pessoas com doenças reumatológicas e autoimunes Pessoas vivendo com HIV Pessoas com imunodeficiência primária Pessoas com neoplasias ou em uso de drogas imunossupressoras Candidatos a transplante ou transplantados de órgãos sólidos Pessoas transplantadas de células-tronco hematopoiéticas

Vacina Pneumocócica O polissacarídeo capsular é o maior responsável pela virulência do Pneumococo Existem 97 sorotipos diferentes de Pneumococo

Doenças causadas pelo Pneumococo: otite, sinusite, pneumonia, meningite, septicemia, artrite, osteomielite, endocardite, peritonite, etc Reservatório na orofaringe: 20 a 40% das crianças saudáveis são portadoras e 10 a 15% dos adultos

O grau de elevação do risco é marcadamente maior para as condições imunocomprometidas do que para as outras doenças crônicas. As taxas de DPI são nove por 100.000 pessoas-ano entre adultos saudáveis ​​em comparação com: 22 entre fumantes passivos 36 entre adultos tabagistas 51 entre adultos com diabetes 63 entre adultos com doença pulmonar crônica 94 entre adultos com doença cardíaca crônica 100 entre adultos que abusaram álcool 300 entre adultos com câncer sólido 423 entre adultos com HIV/AIDS 503 entre adultos com câncer hematológico (adultos com mieloma múltiplo parecem estar em risco particularmente alto).

Vacina Pneumo 23 A vacina pneumo 23 é uma suspensão de polissacarídios purificados de 23 sorotipos de pneumococo Resposta imune aos antígenos polissacarídicos é T-independente, de curta duração e não induz memória imunológica Crianças menores de 2 anos não respondem às vacinas polissacarídicas Não diminui o estado de portador Os níveis de anticorpos diminuem após 5 a 10 anos Após a revacinação a elevação dos níveis de anticorpos é inferior à primovacinação. Tolerância imunológica

Vacina Pneumocócica Conjugada (Pneumo 10 e Pneumo 13) Resposta T-dependente, induz memória imune e proteção de longa duração Diminui o estado de portador Indicada a partir de 2 meses de idade Imunidade de rebanho

Esquema sequencial P23/P13

Hepatite B: 3 ou 4 doses? Em pessoas imunodeprimidas recomenda-se aplicar doses mais elevadas em maior número de vezes que os esquemas habituais em pacientes imunodeprimidos, inclusive os HIV-positivos, porque nesses indivíduos a resposta imunológica é menor.

Sorologia Hepatite B O teste sorológico pós-vacinal não é rotineiramente indicado para pessoas que não pertencem a grupos de risco, devido à alta eficácia da vacina. Os indivíduos pertencentes a grupos de risco, vacinados, que não responderem com nível adequado de anticorpos, devem ser revacinados. Aqueles que permanecerem anti-HBs negativos após dois esquemas completos devem ser considerados não respondedores e suscetíveis, em caso de exposição .

Disfunção Esplênica A anemia falciforme é a hemoglobinopatia mais prevalente no Brasil, sendo as complicações infecciosas bastante frequentes. Infecções graves por germes capsulados, principalmente Haemophilus influenzae tipo b, pneumococo e meningococo, são frequentes nesses pacientes. Embora não haja problema de controle de infecções virais para esses indivíduos, a varicela pode representar importante fator para a invasão secundária de bactérias, com significativo aumento da morbimortalidade.

Nos pacientes que serão submetidos à esplenectomia eletiva, a vacinação deverá preceder o procedimento cirúrgico pelo período mínimo de 14 dias. Os pacientes já esplenectomizados apresentam resposta melhor à vacinação a partir de 14 dias do ato cirúrgico, mas se deve considerar a oportunidade de vacinar como prioritária na decisão de quando vacinar.

Pessoas com Disfunção Esplênica Vacinar contra germes capsulados: Pneumococo, Meningococo e Haemophilus influenzae tipo b Varicela, hepatite A, influenza

Prematuros Crianças nascidas com menos de 1.000 g ou menos de 31 semanas de gestação (prematuro extremo) Podem apresentar mais episódios de apneia quando vacinadas com vacina adsorvida difteria, tétano e pertússis (DTP), mas isso acontece com menor frequência com a administração de vacina acelular O uso simultâneo de múltiplas doses injetáveis também pode associar-se à apneia, devendo-se dar preferência à administração de menor número de injeções em cada visita. Indicada Hexa acelular, a primeira dose pode ser feita a partir de dois meses de idade, podendo ser realizadas na UTI neonatal caso a criança ainda estava internada quando atingir a idade recomendada para vacinação

Hexa acelular Penta Difteria Tétano Pertussis célula inteira Hepatite B Hib Hexa acelular Difteria Tétano Pertussis acelular Hepatite B Hib VIP

Toxina Pertussis contribuinte maior para a patogênese FHA (Hemaglutinina filamentosa) responsável pela adesão no epitélio respiratório A vacina acelular é discretamente menos imunogênica e a resposta é menos duradoura que a de células inteiras Os componentes acelulares pertussis (TP e FHA) são extraídos de culturas de Bordetella pertussis, e então são purificados. Foi demonstrado que TPxd e FHA são dois componentes de maior importância para a proteção contra pertussis.

Indicações Hexa 1. Após eventos adversos graves relatados abaixo e ocorridos com a aplicação da vacina DTP ou Penta de células inteiras: a. Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação. b. Síndrome hipotônico-hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após a vacinação. 2. Para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves com DTP ou Penta de células inteiras: a. Doença convulsiva crônica. b. Cardiopatias ou pneumopatias crônicas com risco de descompensação em vigência de febre. c. Doenças neurológicas crônicas incapacitantes. d. RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação. e. RN prematuro extremo (menor de 1.000 g ou 31 semanas de gestação). 3. Preferencialmente, nas seguintes situações de imunodepressão: a. Pacientes com neoplasias e/ou que necessitem de quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia. b. Pacientes com doenças imunomediadas que necessitem de quimioterapia, corticoterapia ou imunoterapia. c. Transplantados de órgãos sólidos e células-tronco hematopoiéticas (TMO)

A vacinação básica nos CRIEs, consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade. O primeiro reforço aos 15 meses de idade poderá ser realizado com a vacina Hexa acelular. O segundo reforço aos 4 anos de idade (intervalo mínimo de 6 meses entre R1 e R2) deverá ser realizado com a DTP acelular, se ainda persistir a indicação. A idade máxima para aplicação da vacina Hexa acelular é de 6 anos 11 meses e 29 dias.

Influenza inativada (INF) Hepatite B recombinante (HB) Varicela (VZ), para aqueles sem história prévia de doença ou vacinação Sarampo, Caxumba e Rubéola (tríplice viral), duas doses independentemente da idade Meningocócica C conjugada (Meningo C) Tríplice acelular do adulto (dTPa) a todos os profissionais de saúde, principalmente médicos anestesistas, ginecologistas, neonatologistas, obstetras, pediatras, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas e estagiários de medicina e enfermagem que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos Profissionais de saúde

The Immunization Agenda 2030 “IA2030  envisions a world where everyone, everywhere, at every age, fully benefits from vaccines to improve health and well-being.” “Vizualiza um mundo aonde todos, em qualquer lugar, de todas as idades possam se beneficiar das vacinas para melhora da sua saúde e bem estar”