CRIPTOCOCOSE Micose Sistêmica COMPONENTES: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO MICOLOGIA Prof. Dr. Gustavo Portela Ferreira Abrahão Lincoln Alice Mendes Ana C amila Dakson D ouglas Janyere Alexandrino Jessica Rodrigues Laiane Veras Maria da Conceição Michelly K elliny
CRIPTOCOCOSE Taxonomia INTRODUÇÃO Reino Fungi Filo Basidiomycota Classe Agaricomycetes Ordem Filobasidiales Família Filobasidiaceae Género Cryptococcus
CRIPTOCOCOSE HISTÓRICO INTRODUÇÃO 1894 – Otto Bussen e Abrahan Buschke primeira descrisão da criptococse (observou corpúsculos arredondados encapsulados em lesão sarcoma-símile) 1894 – Francesco Sanfelice demontrou a patogenicidade do fungo - Saccharomyces neoformans 1901 - Vuillemin - Transfere-os para o gênero Cryptococcus 1941 e 1944 – Carlos da Silva Lacaz e Floriano de Almeida primeira descrição da Criptococose no Brasil Otto Bussen Fonte : wwalchetron.com.br Carlos da Sila Lacaz Fonte:www.museudapessoa.net
CRIPTOCOCOSE INTRODUÇÃO Conhecida também Torulose , Blastomicose europeia ou Doença de Busse-Buschke ; É uma micose de natureza sistêmica; Porta de Entrada Cryptococcus neoformans (Sorotipo A, D, AD) Cryptococcus gattii (Sorotipo B, C) Var. neoformans Var. grubii CARACTERISTICAS GERAIS
CRIPTOCOCOSE CARACTERISTICAS GERAIS INTRODUÇÃO Oportunista , cosmopolita, associada a condições de imunodepressão celular; Fungo isolado: solo contaminado por fezes de aves, pombos em particular, além de madeira em decomposição, frutos, vegetais e ocos de árvores (saprófitos); I nfecção ocorre por inalação de esporos. C. gattii C. neoformans Imunossuprimidos Imunocompetentes
CRIPTOCOCOSE CARACTERISTICAS GERAIS INTRODUÇÃO Tropismo Pelo S istema N ervoso C entral (SNC) Provoca Doenças Pulmonar e Meníngea Mais frequente em adultos
CRIPTOCOCOSE EPIDEMIOLOGIA INTRODUÇÃO Acomete cães e gatos A transmissão entre animais e o homem não foi comprovada doença oportunista com maior morbidade e mortalidade entre os pacientes soropositivos (Moreira et al., 2006). C. gattii Tropicais Subtropicais Meio campestre Isolado de diferente espécies de árvores: Oiti, Cássia gigante, Cássia-rosa, mangueira, fiqueira e gameleira Mangueira Fonte: Google imagens C. neoformans Cosmopolita
CRIPTOCOCOSE CARACTERISTICA MACRÓSCOPICA INTRODUÇÃO Cryptococcus spp. Ágar Sabouroud Dextrosa Colônias mucoides brilhantes Limitada Margem lisa e inteira Cor branca ou creme Crescimento: 3 - 7 dias Incubação: 25° a 37°
CRIPTOCOCOSE INTRODUÇÃO Leveduras esféricas e ovais Tamanho 4 a 10um; Pseudohifas ocasionais; Intracelular facultativo; Não fermentam carboidrato. Único brotamento CARACTERISTICA MICRÓSCOPICA
CRIPTOCOCOSE INTRODUÇÃO CARACTERISTICA MICRÓSCOPICA Estado Anamórfico: comuns Estado Telemórfico: diferentes Basidiósporos de C. neoformans Esféricos Alongados ou cilíndricos Parede ligeiramente rugosa Basidiósporos de C. gattii Baciliformes Parede lisa
CRIPTOCOCOSE REPRODUÇÃO INTRODUÇÃO Fase Sexuada: Não é observada na natureza Demonstrada em condições de laboratório ( in vitro) Hifas dicarióticas Uma compatibilidade bipolar Fase Assexuada: Células haplóides Cápsula polissacarídea Formato arredondados ou ovalados Sem presença hifas ou pseudo-hifas Brotamentos singulares ou múltiplos Diâmetros de aproximadamente 2-8 µm
Cápsula P olissacaridica Parede Celular - Síntese de Melanina Termotolerantes; Imagem 2 - Uma descrição idealizada de uma célula de C. neoformans. Observe que a melanina é encontrada na parede celular. Glucuronoxilomanana – GXM Galactoxilomanana – GalXM Manoproteínas - MP Impede a Produção de TNF α de Macrófagos CRIPTOCOCOSE FATOR DE VIRULÊNCIA INTRODUÇÃO
Associado as vias bioquímicas Produção de enzimas Síntese de Poliol D-manitol Protease Urease Fosfolipase CRIPTOCOCOSE INTRODUÇÃO FATOR DE VIRULÊNCIA
Fonte: Google imagens - Microscopia eletrônica vs colorações. CRIPTOCOCOSE INTRODUÇÃO
Excretas Secas Árvores como: Eucalipto Disseminação CRIPTOCOCOSE TRANSMISSÃO Inalação de basidiósporos Infecção primária do sistema respiratório Via hematógena ou linfática Infecção secundária do SNC A disseminação da infecção e a apresentação do quadro clínico estão intimamente relacionadas ao grau de imunidade do hospedeiro
CRIPTOCOCOSE PATOGENICIDADE Células de Titã Travessia p aracelular Transcitose Através de monócitos ou macrófagos
CRIPTOCOCOSE MANIFESTAÇÕES CLINICAS Criptococose Pulmonar Criptococose Disseminada Pulmonar regressiva Pulmonar Progressiva Forma meningo -encefálica Forma Cutânea Forma Óssea
CRIPTOCOCOSE DISSEMINADA MANIFESTAÇÕES CLINICAS Forma meningoencefálica Sintomas Cefaléia occipital intermitente Febre alta (rara), tremores e calafrios Similar a uma bacteremia Assintomática Aumento da pressão do líquor 90% dos casos diagnosticados Disseminação hematogênica
CRIPTOCOCOSE DISSEMINADA MANIFESTAÇÕES CLINICAS Forma Cutânea Primeira f orma observada Adenopatias regionais Aspectos dermatológicos das lesões Nódulos Pápulas Pústulas Ú lceras isoladas ou múltiplas.
CRIPTOCOCOSE DISSEMINADA MANIFESTAÇÕES CLINICAS Forma Ó ssea Manifestação Parasita Exame direto Dor Inflamação Pus viscoso Caso de Busse - Buschke
CRIPTOCOCOSE ESPÉCIMES CLÍNICAS Escarro Lavado Bronco alveolar LCR - Líquor Raspados de lesões cutâneas TRI Fragmentos de tecidos
Exame direto Cultura Histopatológico Testes sorológicos Técnicas moleculares LCR Amostra mais utilizada Três tubos Médico – termo de consentimento CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO TIPOS DE TECNICAS
Leveduras Cap. polissacarídica Tinta da china Nigrosina Amostras purulentas KOH a 10% eliminar células. O líquor e urina deve ser centrifugado sedimento https://pt.wikipedia.org CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO EXAME DIRETO
Ágar semente de Niger Ágar Sabouraud Ágar Semente de girassol Ágar dopamina Àgar L-dopa Ágar batata cenoura Melanina Não devem conter mais que 0,1% de glicose http://path.upmc.edu CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO Cultura A enzima fenol-oxidase produzida pelo fungo age sobre os substratos ácido caféico ou compostos de ou polifenólicos
As amostras comuns (escarro, raspados , pus etc ) Inoculadas em meios contendo antimicrobianos X Pois a maioria dos isolados de C. neoformans é sensível CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO Cultura CICLOHEXIMIDA
Ágar Semente de Ninger Ágar Sabouraud Dextrose Colônias cremosas, viscosas, úmidas, cor creme Verso – aspecto mucoide branco, úmido e viscoso Reverso – claro http://crescendoemcultura.blogspot.com.br http://crescendoemcultura.blogspot.com.br CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO Cultura
Ágar Canavanina Glicina-Azul de Bromotimol (CGB) Fonte:www.slideshare.net CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO Cultura C. gattii C. neoformans Resistente a L- canavanina Inibido pela L- canavanina
Histopatológico Gelatinoso Granulomatoso Caracteriza-se por pouco ou nenhuma reação inflamatória e grande quantidade de fungos Caracteriza-se pela presença de granulomas epitelióides, células gigantes, linfócitos e proliferação linfoblástica. O infiltrado inflamatório é fundamentalmente constituído por macrófagos CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO
Hematoxilina e eosina (HE) Mucicarmim cora as células de vermelho. PAS ( periodic acid-Schiff ) Alcian blue Gomori-Grocott Fontana Masson cora a melanina fungica de marrom avermelhado. Fonte:www.scielo.br CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO TIPOS DE COLORAÇÃO
http://www.scielo.br CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO TIPOS DE COLORAÇÃO
Aglutinação de látex ELISA Detecta antígenos ou anticorpos Detecta o antígeno mesmo em pequenas quantidades Desvantagem apenas no tempo de liberação do resultado. A detecção do antígeno do polissacarídeo capsular de Cryptococcus spp Um dos principais testes sorológicos realizados na rotina micológico Testes utilizam partículas de látex revestidas com anticorpos policlonais para a cápsula criptocócica Sensibilidade 93-100% Especificidade 93-98% CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO TESTES SOROLÓGICOS
CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO TESTES BIOQUÍMICOS Teste de U rease Fácil, Rápido e de Baixo custo Teste diferencial A urease é uma enzima que degrada a uréia em duas moléculas de amônia e uma de anidrido carbônico Diferencia Criptococose de uma infecção por cândida Diferenciação do gênero Cryptococcus neoformans é urease +
Recente Estudos epidemiológicos Variação (sorotipo) Sensibilidade e Especificidade superiores à cultura e ao exame direto M ais p reciso e mais rápido PCR multiplex que permite a diferenciação entre C. neoformans var. neoformans e var. gatti CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO Técnica de PCR TESTES MOLECULARES
CRIPTOCOCOSE DIAGNÓSTICO IMAGEM Suspeição Clínica Raio - X Aspectos Clínicos epidemiológicos
A escolha da droga vai depender da forma clínica Criptococose Pulmonar Fluconazol D ose de 200 mg/dia, por 6 meses a 12 meses Itraconazol Dose de 200 mg/dia, durante 6 a 12 meses CRIPTOCOCOSE TRATAMENTO
Anfotericina B Na dose de 1 mg/kg/dose, não ultrapassar 50 mg/dia, durante 6 semanas. CRIPTOCOCOSE TRATAMENTO A escolha da droga vai depender da forma clínica Criptococose Disseminada
Fluconazol Na dose de 200 a 400 mg/dia por aproximadamente 6 semanas. CRIPTOCOCOSE TRATAMENTO A escolha da droga vai depender da forma clínica Criptococose Disseminada
Consenso em C riptococose : 2008. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 41, n. 5, p. 524-544, Oct. 2008. Available from Disponível em>www.scielo.com.br< Visitado em 09 de Novembro de 2017. CRIPTOCOCOSE . In: SIDRIM, José Júlio Costa; ROCHA, Marcos Fábio Gadelha. Micologia Médica à Luz de Autores Contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Cap. 24. p. 252-264 . Diagnostico Laboratorial da Criptococose . Disponível em >www.researchgate.net.com.br< Acessado em 24 de Novembro de 2017. Criptococose Pulmonar . Disponível em >http :// www.scielo.com.br< Acessado me 24 de Novembro de 2017. ALMEIDA, Sandro Rogério. Ciências Farmacêuticas – Micologia . Guanabara Koogan, 2008. LACAZ, C. da S. et al. Tratado de micologia médica . 2002. MURRAY, Patrick; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiología médica . Elsevier Brasil, 2009. The dissemination model of Cryptococcus -neoformans from- the - environment to the . Disponivel em >www.researchgate.net.com.br< Acessado em 20 de Novembro de 2017. The intrinsic virulence of clinical isolates of Cryptococcus neoformans was . Disponivel em >www.researchgate.net.com.br< Acessado em 20 de Novembro de 2017. CRIPTOCOCOSE REFERÊNCIAS