DA BELEZA DO GESTO TÉCNICO - SOPHIE DE BEAUNE.pdf

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About This Presentation

DA BELEZA DO GESTO TÉCNICO - SOPHIE DE BEAUNE


Slide Content

SOPHIE A.
DE BEAUNE

Da beleza do gesto técnico
na pre-histöria

cs aia
na pré-histria
u W

Bibliografia

O home sempn
mo nos tempos prive. 4
dou Piet

Lar pendant l'à

na pré-história

remos dos humanos

abelados, lívidos em meio As temp

quanto <

de adaptar perfeitamente

Se a primeira

de vida desse

gadores-coleto 2 superior vi
am perfeitamente integrados ao seu ambien-
e eram suficientemente organizados para

näo precisar dedicar a maior parte do temp

à sua subsisténcia.! Pode-se dizer que, como

os caçadores-coletores contemporáneos, cuja

imagem foi reabilitada especialmente por Mar

shall Sahlins”, os grupos humanos p

ricos — 20 menos os do Paleolític

que conhecemos melhor — viviam com

comodidade e se viam muito menos absorvidos

em sua subsisténcia do que se acreditou por um

© Paleolítico ca de 40 mil a12 mil an
antes que se enquadra o home anatomi

amente modern pion

Jongo periodo
preparo de se

cedia cinc

yres o bastante para se dedicará arte,

O temps
o. O tempo g

so na obtengo e no

as diárias, o que Ihes

tal ou religiosa.

>s humanos pré-histéricos a seu meio

utensilios da pré-história pod

em que medida

ser atribuída à

Em outras palavras,

cia técnica deixava es

os utensilios de formas regulares e simétrica:

que abordare

aqui sio b

m mais antigos

definidos no

do que o Paleolitico superior. Eles aparecem ostras da mesma preo-

pela primeira vez na Africa há cerca de 2 mi idade e a simetria na

Ihöes de anos. Seu primeiro autor é um longin seus utensilios, ou pelo menos

que precur lens. Dai a qui aqui
de saber se é legítimo atribuir preocupagós
icas aos primeiros representantes do

BELEZA DOS OBJETOS TECNICOS

esposta a essa questáo, a meu ver, €

positiva. Todos fabricavam urensilios a partir tao tratar do nosso utensil, o bi

de técni olher, las muito simples, muito antigo, constitu

pedra que já eram compl faces que Ihe renderam o nome

Além disso, elas sio simétricas e cada qual

(cia de univers Biológicos e cognitivos
vado o género Home f au aos auuralopieos
iio), 38 3p
jena presentes desde ui
onagem bifacal fi encomeda nas Au
eres ponts de arms de ete
nas de milh

possui um plano de simetria, o que confe
20 utensilio, no todo, dois planos de sime
cria perpendiculares. Os arqueólogos, que,
como veremos, fizeram julgamentos um pou
co apressados, há muito decidiram ver ne
es objetos formas perfeitamente a
à fungáo. Ao mesmo tempo, comprazem
em pensar — e quanto a isso no posso dis-
que a simetria dessas formas de
monstra uma busca estética. Deverlamos,
portanto, considerar os fabricantes de bifaces

como designers no sentido pleno, visto qui

o design consiste na busca de harmonia entre

a forma e a fungio de um objeto. Ademai
guns designers referem-se explicitamente à
esses antecessores remotos. Assim, as “facas

de cerámica” imaginadas pelo nova-iorg

no Marchias Kacding alegam reportarse ao

Neolítico, provavelmente pela sua forma, que

ele argumenta e ume do machado

de pedra polida? Da mesma forma, cis como
Marie Garnier comenta um objeto de

culinácio” que ela bat

ses artistas näo fazem mais do que re
petir, cada um a seu modo, o que And
Leroi-Gourhan Já dizia em O gesto e a palavra

O faro de que um ou outro utensilio (biface

€ a forma’, se deve ao que el

“estética funcional’

estaria presente em todos os pro-

manos desde que sua forma despojo

«e de todo o supérfluo e passou a materializar
apenas a funcio. O Furador, seja cle de pedra
lascada ou de ago, € mecanicamente perfeit

deríamos entáo julgar que é belo, da mes

ma forma como falamos dos favos das al

ou das asas do albatroz. Há igi
grande variedade de qual capaz de
atingit uma forma ideal anto, bela

ondente à adequaçäo perfeita à sua fun-

€ precisamente mostrar que, pelo menos ao fa
era dos objets técnicos, essa oposigo muitas vezes é
aporest 0 bem mais vast, das lager

ue eut ico astnala à publica

ño: uma faca lisa ou uma faca serrilhada náo
tém a mesma utilidade, e a beleza da primeira
náo pode ser igual & da segunda.

André Leroi-Gourhan assinala, no entan

to, que se hoje somos levados a atribuir beleza

antes aos ucensílios cujas formas sio as mais

'puras”, na verdade sáo numerosas as culturas
pobres. El por exemplo, “a lámina do
sabre japonés, [que] € um milagre de equilí-
brio funcional”, ás armas da China, da Índia e
mentadas nas quais a fungáo aparece sufocada
por baixo de apénd

torné-las mais

ponderáncia das < matemät

M André Lero-Gourhar
ide

préprio exemplo do sabre japonés mostra que

as coisas näo sáo táo simples. Afinal, lembra-

se Madame de Pompadour, a qual, que

iba, náo era especialmente dada ás ma

temáticas, já deplorava os excesos do rococó

izendo “que e atormentar aquilo
que pode ser reto”

O fato € que os exageros funcionalmente
gratuitos do Barroco tardio ou das armas chi:
nesas náo passam de um exemplo radical de
situa bem difundidas. Além da beleza de
corrente de um ajuste perfeito à sua fungäo, €
comum que os utensilios exibam variagóes de
técnicas. Leroi-Gourhan expressa bem isso ao
distinguir entre “tendéncia” e “fato”. Os uten:

peracionais, know-how — estáo

vel à das leis da natureza. Leroi-Gourhan dis

tingue diferentes “graus de fato”, os primei
dos quais estáo a essa tendéncia ab
» previsivel e inevitävel, enquanto os últimos
sao imprevisiveis e muitas vezes estáo ligados

ural, incluindo variagées esteti

€ de estilo operacional,® Podemos constatar

essa rendéncia em vigor quando povos sem I
i criam solugóes idénticas para o

ma técnico — e os arqueólogos

ncia técnica”. Antoine de

aix muito abun
Bruno Marine

plo, n sidade dos artefitos produrid

Saint-Exupéry provavelmente estava pensan:

do em uma forte tendéncia desse tipo quando

potes de
periéncia de muitas geragós fase neces
jure leper ponca homes ds cara us
de uma quilha de navio ou

wido, até poder dev

mais fines probabilidade de comergincia
os gesnsnáencos e dos producos obridos
medida que srangamos numa “linhagen
A. de Bexane, L'Homme invention

Antoine de Sane Exupéry. Tere des homme, p 1

Na prática, porém, essa tendéncia, embo:
ra presente em toda parte, s a até certo
ponto, pois as relagóes entre forma e fungäo
deixam margem para certa liberdade, cerco

”. Embora cendam a uma

forma idealmente adaptada à sua fungäo, de

modo que aqueles destinados a determinada

fungio tenham todos um ar de parentesco
mundo afora, eles também exibem diferen-
quentes de caprichos da história e da
À cendéncia de adequar-se a forma à
fungáo, assim.

que as contin:

técnica, a outra almejada por si mesma,

Em tudo isso, Leroi-Gourhan retoma ba-
élica)da re
lagáo entre beleza e utilidade,® formulando

sicamente a velha q

‚posta que pelo menos tem o mérito
de um u

da robuste

flio sio
quanto mais üreis forem para
os utensilios f

dos pelos ho

oluir ineviravelmente no

> secular, surgem os imprevistos da

história, os imponderáveis da cultura, que näo

olhar uma beleza de outra ordern que se soma

à primeira ou se dificultam o caminho para

‘uma beleza “funcional” à qual Leroi-Gourhan
atribuiria no fundo uma qualidade superior

Antes de ir adiante, eu gostaria de cor

rigir essa abordagem em um ponto, e 0 farei

xecornando ao nosso biface. Ele foi inventado

valos de
nas de milhares de anos e em luga
res muito afıstados uns dos outros, o que €
ia” geral

receu pela primeira vez na África, entre 1,7 «

1,6 milk
China

de anos acris, uma segunda vez na
cerca de 800 mil anos, e mais uma,
a terceira vez, na Europa, há mais ou menos
00 mil anos.” Os bifaces exibem uma gran
variedade de formatos, catalogados nos anos

lanceolados, amigdaloides, cordiformes,

Yunsian, 10 norte da provincia de Hi
do zinda mais anios, com cerca de

ley eval. “LIndusrie da Pallichique
de l'homme de Yunxian). S6 hi pouco rem;
que, na verdade, les tém uma fara pr
O serme im ea bis

peas da pu

ant rc os bi
Quando o bifice

> fron’. O termo foi tomado de emp

tanto, sua variabilidade m

impede que

apar

sentem a mesma ev

refinar

na linha dos

ganizados a partir do

am — Africa

toscos para os

s e regulares.” Essa termino-

ja descritiva ainda está em uso hoje. En-

fológica má
nas très partes do mundo onde
Asia e Europa — apre
lusao no sentido de um

ularidade cada vez
cridäo cada vez mais acentuada

ordos cortantes,

vez maior em sua dupla simecta.

to do Somme e designa oginalent

ver também: Gabriel Camp

de “protobiface

laidus, Pode-se
cospectva
or seu grad

seus fabrican

procesan

Os bifaces male 1oscos sto qualifié
ais tcabalhados, de "ihres ©
x bem, no caso, o ein de uma ¡luto
sio que todos ss bifaes, sea qual

protoutensii

Deve-se excluir a hipótese de que a indus
tria de bifaces teria se espalhado partindo da
mais antiga para as outra
ntatos ou migragóes de po-
, sob a forma de bifaces datados
ediärios, Entreranto,
los separa os très perlo-
dos, e os trés focos estáo apartados por áreas

áficas onde náo foi encontrada nenhuma

pega bifacial. Além disso, caso houvesse um

de filiagáo, também seria dificil de expli
car o fato de que se sepitam, nos cs casos, as
primeiras etapas técnicas antes que os bifaces
ficassem perfeitamente simétricos. Se houvesse
contato, deveríamos encontrar ¢
volufdas entre os bifaces asiáticos mais
5, que sio varias centenas de milhares de
anos mais recentes que os bifaces afticano
© registro arqueológico parece, assim, atestar

que os fabricantes de bifaces teriam sido leva

os a adorar a forma mais simples e, pelo me raspar picar... Em todo caso, é certo
os para n bela, que vernos realizad exam meras pontas de arma de artemesso

A evolugio resultou simples olumosas demais para css

Kathy Da Sch
pos suit
razáo muito simple quart

te sob 0 micros

vltiplas (can!
3 que se usavam tanto os gumes aflados

Podese las an de arcos o 4

sido simondon du objeto far par
Familia com amp

Jia nag ‘como picota pars b

vel at Bin da inhagem s los, ainda limar

rtanto, náo estamos mais totalmente c

de que

papel funcional decisi

Pape nn eve

quagio da forma ao funcionamento quando o

utensilio foi empregado para toda e qualquer

€ Mark W. Moore. “Biface Disribucions and the M
Line A Southeast Asian Perspective, p 3
Quanto à eterna questi da definicio core da À
da difculdade de dedusi fungto a partir da formo,
aver Brown. Matter,
th Peston. “The fun
podem
aioe frequéncia, O caso dos im
6 Icha do Benim, que hoje si £
stinavam à duas fungóes, & especialmente eloquent
adelene Lechie. “Musique &
cha du Bénin", conferencia no seminário
ado por Thierry Bonnot
Quai Branly, 10 mar. 2005
SSA

No entanto, algo mais pode ter desempe
nhado um papel importante na evolugáo no
sentido de uma forma cada mais simétri-
ca, Vamos olhar novamente o no biface.
Ele pode ser descrito resumidamente como
um objeto formado pelo encontro de doi:
gumes que se unem para formar uma ponta.
Cada um umes resulta, por sua vez
da intersegäo de dois planos secantes. Para
o artesño que fabrica o biface, o problema,
portanto, é reduzido, no que diz respeito à

parte ativa do artefato, A obtengäo de qua-

Jos como instrumentos de música em poso emborcada
bests ro, apenas por uma note, mas que ret
nd amo utensiio de culiniri j mo día
¡metia de objeto Editada unes de rudo polos imperativos
do uso como almafz cles tom exatamente

ro plan ado um tetraedro com duas
arestas muito afiadas e outras duas rombu-
que resulta numa segáo em forma de
chatado.
O artesäo che

esforco bastante prolongado (que pode chegar
até a uma hora para um experimentador m
derno}, de modo que, muito nacuralment

a fabricaçäo do artefato favorece a criagáo de

alha ra, Imaginemos
o trabalhador © ma das faces de
seu tetracdro e julgando que um certo reto-
que deixará mais reta a aresta de corte; ele fa
entáo esse retoque, em seguida, vira o biface
e examina da mesma forma a outra face, re
tocando-2 por sua vez etc. A cada retoque em
cada face, sua preocupagäo € sempre a mesma:
tornar o game o mais retilíneo e afiado pos.

1, Os gestos que fará com cada um de seus

ic Abbis, de Maison de l'Orient Méditeranéoo
agóes regulares do tlhe de lex para meus
€ poso, portant, testar que, posar de sua destreza

à che um bic

cujo ángulo e fe e dosar gragas
a um longo aprendizado, serio sempre pare-
cidos. E as quatro faces que produziré assim

ficaráo pouco a pouco semelhantes, de mod

que, sem essa intengäo inicial, mas apenas

tefato acabará com dois planos de simetria. A
forma despojada que o biface acaba ale

do, essa economia geométrica que levou Le
roi-Gourhan a atribuir-lhe uma beleza “fun-

cional”, talvez se deva, também, ao fato

que seus fabricantes tenham usado um ges

da vez mais económico. Näo que s
am poupad nos gestos,

20 conträrio, que o número de
¡mentos realizados aumentou à medida

que o artefato evoluía. Mas deixaram que

perdessem os gestos supérfluos, e se ativeram

com rigor cada vez maior aos estritamente

dos pelo objerivo a ser alcangado, que

também aprenderam a adaptar à maréria-pri

ma. Essa economia do gesto > que
direto, preciso e sem esforco — é ainda hoje
Los artesios, como constata Baptiste Buob a
partir de suas observacóes sobre a prática dos

bricantes de instrumentos mu-
sicais de cordas.

Um artesäo experience que já tenha fabricado
muitos bifaces e, portanto, saiba o que o processo
de fabricagäo rende naturalmen oduzit
em mente a simetria, Nesse ponto, concordo ple
'namente com Jacques Pelegrin. As centenas de

1ces desenterradas no sitio de Isenya, no Qué-
ia, que tém cerca de 700 mil anos e repetem a
mesma forma regular amendoada, comprovam,
em sua opiniäo, que os fabricantes tinham em
mente um modelo, uma imagem mental dessa
forma, e que a retirada de lascas envolvida na

Baptiste Buop. “De l'Adre

des gestes du lchier", pp. 70-93

foi sendo ajustada, se à seu coragio € à sua mence, porque era o sinal

io e uma ordem variávels, de que estava fazendo um abalho, que o

de modo rie a forma preconcebida.> O
ais provável é que nosso fabricante de biface

proceda desse modo porque tod

aricfaro que emergia gradualmente de suas m

ceria um bom utensilio, Ele sentia alegria em tra

s bifaces que ¿lo à vida porque náo há motivo para negarihe

& fabricou, alvez os primeitos, de mane = aco compartilhado por tod
a ainda imprecisa, ditaram-Ihe pouco a pouce rtesáos, e que para François Sigaut € uma
da de Pode ser que ele nio a motriz da criatividade huma
procure, mas salba, pela experiéncia, que ela aca a agáo de criar utensil
bará aparecendo, e assim a deixe emergir pouco a ¿ uma excecio entre os animals e a regra entre
pouco dos sucesivos retoques e retiradas de las 3s humanos:* O artesio experimentava alegria
É provável que a simetea, à qual somos ho) ze
sensiveis, parccesse bela a ele também. Em aa

Iquer caso, afirmando-se à medida que seu

es se sucediam, isso só podia levar

Jacques Poegrin. °C

Ibem ao contemplá-los. Que a

mplar, há no fat estético um

co de comemplagio, de satisfacio independente

da necessidade imediata, uma alegria sensual
desinrere

à me acompanhar até aqui

abelecer uma li

ero Homo a quem devemos
passtveis desse

ram pr

res mais humildes, poré

uma snrecederam na Terra náo Ih

ram inferiores desse ponto de vista. A preocu-

jo com a beleza seria, portanto, ma
pécie, Mas talvez na
o: os primatas náo h

ultivo da simetria. Simples

ya meditagio se
quem os fabricava, fonte de um.
bail >

Por

Peni

rar qual o tips pari

Talvez os primatas náo humanos) sejam
sabe como o comprovar. Cumpre notar, por
outro lado, que sio igualmente incapazes de

produzir batidas ritmadas: a capacidade de
marcar o tempo musical sería e a
humana.” Leroi-Gourhan assinalou também
que “uma das características das operagöc:

humana primeiros estägios, fol

itmadas que

temp
diabo
procurim o jeu desarmónico que apresen
de Fbricaío, o que az dle um ca
senal Massa o Fundo, uma espéc

petiam por longos períodos de tempo" Dis

anciamo-nos do biface? Nao é garantido.

dupla incapacidade do primata com que nos

deparamos aqui bem pode ser uma só, p
que o ritmo já foi descrito como a simetria do

tempo." E Mauss, sempre ele, também diss
¿coando Franz Boas, que se a nogáo do belo
pode ser associada à noçäo de prazer e alegria,
devese também ligé-la ao ritmo, “poi
hä ritmo geralmence há estética” 2
Mas voltemos aos utensilios. A ideia de
uma tendéncia que tenha impelido os uten
dios até uma cerca forma sem düvida deve
ser preservada; e no há como negar que tam

bém corresponde à procura de uma eficácia

Tero Gourha
oss, Alexandea Bidet co
do sitmicidao que aces

hme e Vashi

técnica ma reciso apenas acrescentar
a isso uma segunda id tendéncia cor-
responde também á busca de uma economia
gestual mais eficiente na f do uten:
flio. Vamos reter, assim, a ideia de tendäncia

fendida por Leroi-C in, mas levando

ra que é uma tendéncia dupla. E pode

dar a nogio de que os cami-
hos da cultura ou da história estäo sujeit
sibir um desvio dessa dupla
endéncia. Mesmo no caso de um objeto sin
es como os bifaces. Isso foi o que
-om o biface acheulense proveniente de Y
Tofts, na Inglaterra. Ele foi talhado levando
em consideragäo a presenga, no bloco da ma
téria-prima usada, de uma concha fóssil. O
bricante deu um jeito de produ
fazendo a concha figurar no centro de

das faces, como que para enfatizar a simetria

senta qui

quer utilidado prática, e eal E se « Tofis. Fla poderia
que, embora a simetria se de s ontinuar a servir como colher se a curvatura
io do artefato e à sua fabricagäo, cla fosse fi do cabo formasse um ängulo com a con

nalmente perseguida por seu próprio mérito. le da parte de trás, mas a adaptagio da

qui, o fito nio ver perturbar a tendéncia forma à funcio s erfcita, mend
mas magnific econdmica, Será que ¢

As ideas que proponho, admito, tim um da pelos artesäos tuar
lemento hipotético, mesmo porque só fom mativo, pc
testemunhas da fabri bifaces em card feitos, Mas tah

ter experimental. Vou falar entäo de outro ob- fabricaram a colher, fosse com a cc

jeto, igualmente simples, mas cuja fabricagio gestos, a exemplo dos luthiers observados pr

pude acompanhar: uma colher tuaregue ta Baptiste Buob. Na verdade, pode-se especular
Ihada num bloco de madeira, A curvatura da mas 5ó observacóes objetivas nos permite
rarte de trás prolonga, sem ruptura notável riam ser afirmativos — que aos poucos foi se
o cabo, conferin cus olhos, uma impondo uma forma Ficil de fabricar, que se
beleza à qual os tuaregues só podem ter sido esculpir com mais fluéncia e com uma
igualmente Ihe variedade menor de gestos. Se a curvatura do
abo formasse um ángulo com a concavidade

da porcáo de trás da colher, que
ntam funcio, visto que continua ha o objeto precisaria modificar a orientacáo

a ser uma colher quivalen da enx6 no momento em que o andament

do seu trabalho o levasse a passar de uma cur
vacura à outra. Enquanto se obrém a mest
arvatura com uma série de pequenos golpe
€ aplicam à colher à medida qu
o artesio a move com a mao esquerda numa
rotagäo contínua do punho, enquanto mancja
a ferramenta, sempre 0 da
Vamos recapitular o que aprendemos. A
forma da minha colher ruaregue se adapta à sua
fungáo com economia, Sua beleza sc deve 20
minimalismo das formas: nenhuma superf
dade de forma se acrescenta 40 necessário para
que seja uma boa colher (mas se a curvatura do
cabo náo fosse um prolo o perfeito da
curvatura da parte cóncava, haveria um ángulo
entre o primeiro ea segunda, uma descontinui-
dade “supérfluz”). Talvez o mesmo se apliqu
ao bifacc, embara nossa ignoráncia a respeito
de sua fungáo no nos permita afirmá-lo com a

mesma certeza. É a essa economia que se deve a

beleza qualificada por Leroi-Gourhan de “fan
cional”. Aqui, o belo é o útil, mas uma urilida-
de asceticamente reduzida à sua expressio mais
simples. Por outro lado, essas formas que favo
recem a economia de gestos sáo fruto de um
trabalho também cle económico, de um gestual

e ascético. Podemos admirar o Fat
de que, para nossos dois objetos, € certamente

também para muitos outros produzidos à mio,

a fabricagäo que mais favorece a economia de

gestos será precisamente a que permite a pro-
duçäo da forma com maior economia, a mai

puramente adaptada à fungäo. Essa harmonia
maneira igualmente natural

quando quem concebe o produto é distinto

do fabricante, como no

acuais. Estou dizendo que,

beleza funcional tal como definida por Leroi-
-Gourhan aproxima os artesios pré-histó
(ou os artesios ruaregues) de nossos designers
géo se justifica me-
nos quando precisamos admitir que a beleza
desses objetos se deve também à economia dos
gestos que os produziram. De fato, é pouco
provävel que um designer se preocupe com ©
gestual do artesäo que fabricará os utensilios
cle concebe, pois serio dos
6, e por máquinas.

Nada nos impede de encontrar beleza nos
gestos simples e económicos do fabricante de
utensflios (ec a que a sim
plicidade torna sublimes). Dessa beleza, Leroi-
-Gourhan nao diz nada, embora ela se encon-
tre no fundo da beleza “funcional”, visto que

a beleza dos gestos do artifice também vem da

adaptacio perfeita à sua finalidade. É que ele s
interessava menos pela fabricaçäo de utensilios

seu uso. E mesmo no que se refe-

sos dos usuários, ficamos limitados a

ipologia bastante geral (cortar, golpear

etc)” O mesmo já náo afirma André

pecialo motor humano. De um lado, assim, te-

‘mos uma abordagem que privilegia o utensilio
bre a matéria, do outro, uma visio

que engloba o utensilio e a forga que o acio

que ests
Jem
mente signfcatv. Ele asinalava, nko sem algum humo
que embora sja posivel usgar um mapa da diseribuiio
das po y com pauzinhos, € virtualmente
imposivel estabelcer o mapa daqueles que acionam seus
pouzinhos “à moda japones, chinesa ou mon al
aridad ou schnameneo” (André Letoi-Gouthan, "LExpe-

ence ethnologique’s p. 1823)

na. Haudricourt interessou-se também pelo
artífice e enfacizou o quanto “ficamos sempre
impressionados com o objeto concreto, seja ele
um instrumento ou um objeto fabricado, e
aciamos a presenga do brago humano
à forca que aciona a ferram o trabalho
despendido na fabricagáo de cada objeto" E_
desse trabalho que falo aqui, e creio ter mostra-

do pode ser fonte de beleza.

FUNGÁO IDENTICA; FORMAS

E DECORAGOES VARIÁVEIS

nda náo acabamos de falar do nosso biface.
A imporcincia que atribuo aos gestos necessá-
ua fabricagáo permite explic

que em cada uma s regióes

André-Geroge Haudricout technique

dans les sociétés pré machin

onde surgiram, os bifaces evoluíram no sentido

de uma du ria cada vez mais perfeia,

weles secolhidos pelos arqueólogos apre

da cada vez mais simétricas com o passar do
tempo, embora ainda variáveis. E náo devem

nos limitar justificativa de que isso se deve
variedade de suas fungöes, dado que, como vi
me emplares examinados mais de perto
parecem ter-se prestado a todo tipo de empreg
Cabe, portanto, refinar as ideias que aprese

tamos antes. Gestos sempre repetidos tender

a dotar o biface de um plano duplo di

‘05 mesmos para um dado artifice, eles podem
variar um pouco de um a outro, e mais ainda
entre regides. Cada aprende

o mesure e reproduz seus gestos imprimindo-

lhes seu temperamento pessoal, que nao será
exatamente o mesmo dos condiscipulos. Isso

produzirá variagóes individuais, pouco perce

veis, cal
diferentes
estilos, que
vel para a forma’
jonais podem evoluir com
do só se revela quando
o, que os movimentos corporais sio uma

cultural estävel e resistente à mu:

asta pensar no exemplo da escrita, que da
Idade Média ao século 19 se praticava com a

crétins ala Jame
à Ethnicity in Archaeology: The Case for sch

debates nas dé 1980 « 1990, Retomé-los aqu ii

além da ambig Para uma reviso da
questo, ver Bruno Maine, “Sl, tchnique ct sch

que en ambropologí

mio clevada.** E os g artíficos resist «conjuntos de artefatos, além de suas téc

nda mais 5 a para demarcar uma diferenga em relacáo aos
inda mais ás mudangas de curto prazo na n para demarcar uma diferenga em relacáo a0s

dida em que os artesios de determinada reg vizimbos, para tanto, sem hesitar em “dar as
costumam produ, sobrerudo quando sabem Marie-Claude Mahias, a co
que diferem pouco das produridas por seu rupos sociais é tal que “qualquer mudança,
visinhos. Etnégrafos colheram esemplos qu santo nos artefaros quanto no regime aliment
apontam nessa di seso tempo que corre © risco de pör em questáo a ordem
tam, a meu juízo, com certo excesso € a adogáo de algum trago no ndr
rigidez. É assim que lan Hodder julga poder
afirmar que os dados que colheu no Queni
bábue demonstrem que a distribuigáo

os diferentes tipos de um mesmo artefato, sc

bretudo nas regióes fronceirigas, onde a tensäo

€ a competigäo siv mais intensas, resulcaria de
tuna vontade de reforgar a identidade
Da mesma forma, Pierte Lemonnicr or epi

da grupo tende a fiver variar seus

tidade social”. Leroi-Gourhan evoca, aliás, a

de “estilo étnico” para objetos

emelhança apenas funcional,

stética € icónica na

jual os homens se reconhecem.

a ponto de falar aqui de uma pre

as chegar

} imaginar que a modificagio
la, éaribuir a0

Inde une a
i-Gourhs

identidade:* Como assinal justeza Bru sultou de um longo e duro aprendizado q

(no Martinelli, cercos trac isis “podem remonta à sua infáncia. Esse apego 0!
r acionados por atribuicóes de status, qua-
n d forma boa, ¢ que seus virinhos

considerádla a única forma possivel, a à

Iificacöe
s mesmos motivos a uma forma ligeiramente

mesma sociedade, bem como enue diferente

ciedades ou etnias’, enquanto outros, nio. E diferente, estáo errados e “néo sabem o que €

re bonito”. Gilbert Simondon náo diz coisa dife

esses tracos — exemplos de vestimentas, estilo:
de cabelo, de culinária ou arquicerura — podem,

im disso, passar de um registro a outro, de conhecimen

» assinala que a aquisigäo precc

É mais simples pensar que os fabricantes

gam à form artefatos que saber estionamento

orhecimen

ker de adult. olhar à nos

ha a cultura materia, ver, em parscula a, € mesmo para nds mesmos, para perceber

silent ins que nada temos de muito exótico. Mas aqui
se também € preciso admitir nuances, a exemplo
op mr de Olivier Gosselain, que distingue

camistas do Cameroun, por um
competéncias técnicas mais dificeis de assimi
lar, € que sáo mais fortemente arraigadas po
terem sido adquiridas na mais tenra juventude
a respeito delas, fala de um "arraigamento
tar”, a partir do que disse Dean Arnold
e sáo cfetivamente muito estáveis e resistentes
à mudanga; por outro lado, as competéncias
adquiridas em momento posterior € susceti-
veis de modificagao.** De resto, se as técnicas

fossem rígidas a esse ponto, näo seria possf-

el imaginar que sequer pudessem evoluir ¢

car em inovagées. E é evidente que
s contaros entre populagóes vizinhas engen
m empréstimos, trocas e a circulagäo de

deias, tanto de know-how como de objetos,

© Dean Arncld.“A Model fur the Identification of Non-Lo
al Ceramic Distribution; View from the Present: Ol
P Godin. “Dane Hisoie À l'autre: recon sue une chor

don. Op ce

qual for o contexto histórico, etnc

nei, no essencial, a partir de um 0
jeto de forma
à sua parte ativa
traedros. O projeto genérico que esbogo aqui
ficaria provavelmente menos nítido
semos considerar os
eis de circunscrever. Assim, 0 que pensar
da extrema variedade de formas das pontas de
flechas provenientes do Nec iano, da
América pré do Mesolit

D: o das proporgóes entr
primento e largura, da medida dos ängulc
compo, das diferengas sutis de convexidade

oncavidade das bordas cortantes, da lutuagäo

da forma e da dimensäo do pedúnculo desti- lneidar essa questi

nado ao encaixe na haste erc? Ce Pierre e Anne-Marie Pétrequin fi
sto provavelmente ligadas a uma diversida à pad à cer desenvolvid

de fungäo: nada exclui que a cas cas pr abordagem. Para melhor compreende

as demandasise uma certa forma de fecha; já arde bres Lacio dos miacllados de

ou mas deveriam ser atribuidas a adap- pedra polida na Europa depois

tagóes A matéria-prima disponivel. que pode s do Calcolítico, cles entregaram-se a um escudo
ara indante, às caraczerisicas fsicas c npleta dos machados fabricados e ainda hoje
cécnicas desse m que pode ser me em uso na Nova Guiné. Além das numerosas
ou de boa qualidade; outras ainda à destr informagées técnicas que a observacio Ihe
do artesäo: outras, enfim, a preferén proporcionow, ela enriqueceu a reflexáo quan
listieas. Nada disso difere do que disse tok variabilidad das artefstos! pagpleindo qué
respeito dos bifaces ou da colher t à algumas intuigóes fossem submetidas a certo
tudo se apresenta täo imbr questionamento. /

outra.” Um dos caminhos possiveis para tenta diferente do que sugere uma intuiçäo irrefle-
and (Facteur de +
ques zu Mesh
ce") para irren

ipologis de

ura conjunto de potes saído da fornada
mesmo ceramista, contrariand
arqueológicos. E vimos antes (ver nota 2:
que um objeto pode ser desviado de sua Fungi
para asumir outra utilidade, como, entre cer
tos tuaregues, os potes de cerámica so trans
formados em tambores nas ocasiós

Quanto ao outro objeto que examine’, a
colher, ela possuía uma funcio simples. Mas
prépria ideia de fungáo é, na realidade, mai
complexa do que suspeitava Leroi-Gourhan
Assim, ele dá o cxemplo da adaga, que preci

ava de uma lámina de 30 a 40 centimerr

alors 6 quadrada ou em forma de losango, para
ológicos abe conseguir perfurar uma cota de malha ou as
straram que a variabilidad
x muito forte, por € a a
as ex ream à person
she

lidade global de cada grupo, Usando seus ter-

mos: “A mesma fungáo pode, de uma cultura

a fortemente marcada.
dade global do grupo
adagas de très grandes re
Europa, o Oriente Pr apáo) sáo as
mesmas (qualidade do ago, pontas penetran-
cs), mas elas apresentam diferengas de f
consistindo, na Europa, em espadas curtas de
dois gumes; no Oriente Próximo, em ad
forma de faca reta; ¢, no Japáo, em ada-
de lámina curva semelhantes a um sabre
curto. Leroi-Gourhan assinala ser pre
que neahuma dessas ad:
integralmente a um ide
o, e que seja necessário recorrer à noçäo

ximacío funcional para caracterizar

ou das marcas do meio
interior ao grupo”. Mas me parece que ele
subestima o fato de que, embora nos trés casos
à finalidade seja perfurar uma superficc r

sistente — armadura, couraga ou cota de ma-

ha —, há pouca probabilidade de que o gr

em cada caso fosse o mesmo. Nao se maneja
uma lámina curta como uma lámina reta, e

gesto há de diferir também se a lámina tiver
dois gumes, como uma espada, ou apenas um,
como a faca. Pode-se retomar aquí a distingäo
feita por certos autores, como Patrice Flichy
para as máquinas e Sigaut para os artefatos,
entre fungáo (ou utilidado) e funcionamen

to. A fun

funcionamento € descrito como a resposta

er usado?

tiés armas, assim, cém sem düvida a mesma

finalidade, mas seu funcionamento

ra escolhida para certa funcio.

Perfurar uma armadura é um gesto técnico,

que pode ser considerado como tal. Travar

combate é outra questáo, bem mais complexa,

supondo também uma arte própria. Quando
pratica a arte da guerra, é certo que

:oncebidas para fazé-lo da maneira mais ad

ada possivel, mas também com ge
quad

arte. Mais um ponto que Leroi-Gourhan pa

subestimado. Acho que os ernólogo:
que, surpresos por descobrir que dois povo:

zinhos podem ter artefaros diferentes, a
huem o fato ao simples descjo de singular
de parecem té-lo igualmente subestimado,
certos artefatos so diferentes, talvez i

pique, embora tenham a mesma fungio,

náo funcionam do mesmo modo. Os

e pode-se
© que se afirmou a respei
-essirios para a fabricagao dos
próprios art

Encerro aquí 0 meu percurso. Foram
muitas as vezes em que ele me conduziu para
bifaces, mas apenas na medida em

que a discussáo da

acima de tudo, é a intetioridade dos homens e
mulheres da pré-histéria, Ela está fora do nos

so alcance, e jamais saberemos como cra seu

timento do belo. Minha intengáo, aqui

foi simplesmente compartilhar minha convic

ida no convivio com os objetos
que eles nos deixaram, bifaces de simetria tao
perfeita, mas também moinhos de vaivém e
mâos de piléo usadas com gestos mil v

de que, já no seu tempo, a beleza

“de
À partic de John Locke, apud Hannah Arcade. Op. cir
pl

AGRADECIMENTOS

Agradego a Pierre Lemonnier ¢ a Thierry Bonnor
pela leicura atenta e pelas sugestôes, que me pe

‚mitiram aperfigoar a primi versio dese enso.

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Homo Sapiens, objeto de design culinári. Sophie A. de Beaune, p. 68
srenostudi Ferrero tuaregue entalhando um galho de acicia

Niger, 1988

SOPHIE ARCHAMBAULT DE BEAUNE é pro-
fessora da Universidade de Lyon e pesquisado-
ra no laborarório de pesquisa Arqueologias e
uidade, em Nanwerre (Fran
a). Publicou várias obras sobre a produçäo de
artefatos, os gestos réenicos, as atividades hu-
manas e as aptidöes cognitivas do ser humano
pré-histórico. Para além da técnica, desenvolveu
trabalhos sobre as percepçôes € a sensibilidade
estética no Paleolítico. Entre suas obras mais
recentes estáo: Quiet-ce que la Préhisoire? (Gal-
limard, 2016) « Notre préhistoire la grande aven
ture dela famille humaine (com A. Balzeau, Be
lin, 2016). Coorganizou também recentemente
La Prebistoire au présent: mots, images, savo
fictions (CNRS, 2021) e New Advances in the
History of Archieology (British Achaeological

Re 021). Este ¿o primeiro título da auto:

ra publicado no Brasil

AUTORES DA
PEQUENA BIBLIOTECA DE ENSAIOS

da josé Mondrain

Rodeigo Tai
Rodrigues Cáceres

Exe im o liado no 4e kino

A ques ers pou, a ons utd fo
maracas o impreso, sn anda que o land

papel Pl Bold 90 0 ris Tin
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