Depressão - Conhecendo o fundo do poço

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About This Presentation

Um resumo de como a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung trabalha com a psicoterapia com pacientes depressivos, e as diferenças entre os aspectos médicos e psicológicos em lidar com a depressão.


Slide Content

DEPRESSÃO
Conhecendo o fundo do poço
Francisco Purcotes Júnior

MÉDICO X PSICOLÓGICO

Aspectos médicos
- Diagnóstico - DSM
- Critérios

1- diminuição do interesse
ou prazer (indicado por
relato subjetivo ou
observação feita por
terceiros)”

2-“Humor deprimido na maior parte do dia,
indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se
triste ou vazio) ou observação feita por
terceiros (p. ex., chora muito)”
3- “Perda ou ganho significativo de peso.”
4-“Insônia ou hipersonia quase todos os dias.”

•5- “Agitação ou retardo psicomotor quase
todos os dias.”
•6-“Fadiga ou perda de energia quase todos os
dias.”
•7- “Sentimento de inutilidade ou culpa
excessiva ou inadequada, quase todos os
dias.”

8- “Capacidade diminuída de pensar ou
concentrar-se, ou indecisão, quase todos os
dias.”
9-“ “Pensamentos de morte recorrentes,
tentativa de suicídio ou plano específico para
cometer suicídio.” #

Episódios Depressivos maiores, ou seja, o paciente no mínimo
deve apresentar duas semanas de humor deprimido ou perda
de interesse, juntamente com mais quatro sintomas de
depressão.

•O diagnóstico de Transtorno Depressivo
Recorrente é dado quando no decorrer da
vida, o indivíduo apresentou mais de um
Episódio Depressivo
•Segundo as pesquisas, uma pessoa entre
cinco, ficou, fica ou ficará deprimida. Cuche &
Gérard (1994, p.17)

•A maioria das pessoas sente-se pior pela
manhã e vão melhorando com o decorrer do
dia.
•Segundo Cuche & Gérard (1994, p.12) as pessoas tem entre 5
a 10% de risco de ter depressão durante a vida, entretanto,
estes números não são absolutos, visto que grande parte das
pessoas que sofrem nunca vai ao médico, logo não são
registradas.

e a maioria das pessoas sente-se pior pela manhã e vão melhorando com o decorrer do dia.

Tratamento médico
•Psicoterapia é aconselhada apenas num segundo momento,
•Capacidade de pensar
•Raciocínio
•Inteligência e de associação de idéias
• Cuche & Gérard (1994)
•CURA= “retorno ao estado anterior”.

•Ajudar de maneira ativa o paciente a gerir sua
vida, seu tratamento e o conjunto de sua
situação”.
•“Não hesitar em dar conselhos e orientações e
a ajuda de medicamentos”. Cuche & Gérard
(1994, p.162)

Aspectos Psicológicos
Psicologia Analítica

•Busca pelo ser - Individuação
•Diagnóstico não é o essencial para o trabalho
com a depressão para a Psicologia analítica
•Segundo Jung (2006, p.158) “Naturalmente, é
necessário que um médico tenha o
conhecimento dos assim chamados métodos.
Mas deve evitar o engajamento fixo de um
caminho determinado, rotineiro.”

•“Uma simples formação médica não é
suficiente, porquanto o horizonte da alma
humana vai muito além do gabinete de
consulta.”
•MITOLOGIA
•ALQUIMIA
•SONHOS
•ASSOCIAÇÕES LIVRES
•IMAGENS

MITOS
“Somente a descida ao Hades é capaz de nos
libertar do Hades.”
Ulisses, Orfeu e
Hércules

TEMPO

ALQUIMIA
Nigredo
Albedo
Rubedo

•Sonhos e Imagens

•..uma descida, uma puxada para baixo, para
onde não queremos ir, entretanto, é uma dor
necessária, só então, algo novo pode surgir
em nós.
•De acordo com Chopra, (2009, p. 82) é na
escuridão que inicia a jornada da alma, é lá
que a verdade está disfarçada ou
incompreendida.

MORTE

•“(...) as depressões são um estímulo para se
percorrer novos caminhos, seguir o caminho
interior. Entretanto, muitas pessoas recusam-
se a dar esse passo a frente.

•Planos de sucesso exterior, drogas e bebidas,
troca de mulheres

•...um convite para encontrar sua alma e ser
uma pessoa plena. Sanford (1987, p.79)
•“a depressão é sempre uma chance de vida,
ela nos presta um serviço, pois nos induz de
forma natural à recuperação do tempo e
reflexão sobre o nosso objetivo da vida”. Da
Silva (2011)
•Segundo Jung, (2008, p. 173) para que a
pessoa possa perceber esses fatos é quase
sempre necessária que haja uma crise em sua
vida.

•alivio da dor - recuperação final.
• A dor é implacável e essa condição torna-se
intolerável por sabermos de antemão que não
vai aparecer nenhum remédio – no período de
um dia, numa hora, num mês ou num minuto.
Sabemos que qualquer pequeno alívio é
temporário, que será seguido por mais dor. A
desesperança, mais do que a dor, destrói a
alma. (1991, p. 67)

TRATAMENTO
•“Voltar-se para as trevas que se aproximam, sem
nenhum preconceito e com toda a simplicidade, e
tentar descobrir qual o seu objetivo secreto e o que
vem solicitar do indivíduo.” (2008, p. 221) #

•retirar o paciente da experiência de solidão, equivale
a retirá-lo de sua busca pessoal, de uma experiência
única.
•De acordo com Cuche & Gérard, (1994, p.29) quando
dizemos a um deprimido para se animar, é como se
estivéssemos dizendo a um homem sem pernas
correr mais, o que agravará seu sentimento de culpa.

ENTREVISTA
•Chalub (2010) sobre a conduta médica
adotada quando em contato com pacientes
depressivos afirma: “É a medicalização de uma
condição humana, a tristeza. É transformar
um sentimento normal, que todos nós
devemos ter, numa entidade patológica.”

•“Não se pode mais ficar triste, entediado,
porque isso é imediatamente transformado
em depressão”.
•Segundo Chalub, (2010) o homem não aceita mais sentir
coisas humanas, como a tristeza. Ficar triste, em geral, não
justifica o uso de medicamentos. Para o entrevistado, os
médicos atualmente precisam suprir a demanda, desta forma,
em geral, um paciente que diga em uma consulta que está
triste, se for aconselhado uma psicoterapia, este paciente não
sairá satisfeito e procurará outro médico, este, receitará um
antidepressivo, o que fará o paciente se sentir melhor, e
voltar outras vezes.

•As raízes da depressão estão na infância. Os
acontecimentos atuais não levam à depressão
verdadeira, só muito raramente. Justamente o
contrário do que se imagina. Mas mexer na
infância é muito doloroso. Não tem remédio
para isso. Precisa de terapia, de análise, mas
as pessoas não querem fazer, não querem
mexer nas feridas. Então é melhor colocar um
esparadrapo, para não ficar doendo, e pronto.
É a solução mais fácil.

•Desta forma, a felicidade não se baseia apenas
em coisas positivas, mas também compreende
aceitar as limitações, o sofrimento, as
incompetências e fracassos. “É também ficar
triste de vez em quando.” Chalub (2010)
•Segundo Styron, (1991, p.83) mesmo nos
casos mais graves de depressão, as vítimas
sobrevivem e vivem tão felizes quanto as que
nunca tiveram depressão. #

Obrigado !

Referências Bibliográficas
•CAMPBELL, Joseph. Mito e transformação. São Paulo: Ágora, 2008
•CHALUB, Miguel. O homem não aceita mais ficar triste. Disponível em: E+ Revista Istoé. Ed. 2115, 2010. Acessado em
17/09/2011
•CHOPRA, Deepak. O terceiro Jesus: O Cristo que não podemos ignorar. Rio de Janeiro: Rocco, 2009
•CUCHE, Henry; GÉRARD, Alain. Não agüento mais. 2ª. Ed. Campinas: Papirus, 1994
•DA SILVA, Ari Antonio. A crise existencial da meia idade e o valor da depressão como um sinal de transformação.
Disponível em: Novo Hamburgo, Rio de Janeiro, Brasil. 2011 Acessado em 17/09/2011
•DAHLKE, Rudiger. Depressão: Caminhos de superação da noite escura da alma. São Paulo: Cultrix, 2009
•DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008
•DORNELLLES, Claudia. DSM-IV-TR – Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4ª. Ed. Porto Alegre: Artmed,
2002
•DOSTOIEVSKI, Fiodor. Noites Brancas e Outras histórias. São Paulo: Martin Claret, 2004
•GRINBERG, Luiz Paulo. Jung: O homem criativo. 2ª. ED. São Paulo: FTD, 2003
•HOLLIS, J. Os pantanais da alma. São Paulo: Paulus, 1999
•JUNG, Carl Gustav. Mémórias, sonhos, reflexões. 13ª. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006
•JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. 2ª. Ed. Especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008
•JUNG, Carl Gustav. Psicologia e alquimia. 4ª Ed. Petrópolis: Vozes, 1991
•JUNG, Carl Gustav. Símbolos da transformação. Petrópolis: Vozes, 1986
•LYRA, Sonia. Nunca mais quero me sentir vulnerável. Curitiba: Lyra, 2001
•MAZZOCCHI, L; FORZANI, J; TALLARICO, A. Il vangelo secondo Mateo e lo zen. Bologna: Edizioni Dehoniane, 1995.
•SANFORD, John A. Parceiros invisíveis: O masculino e o feminino dentro de cada um de nós. São Paulo: Paulus, 1987
•STYRON, William. Perto das trevas. Rio de Janeiro: Rocco, 1991
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