2. HISTÓRICO ESTALEIROS Os estaleiros tiveram períodos de expansão e retração em sua produção. De 1958 a 1979, os estaleiros tiveram uma fase próspera, de notável crescimento. Isso só foi possível a partir da criação do Fundo de Marinha Mercante, do GEICON (Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval) e da Comissão de Marinha Mercante no Governo J.K., como Plano de Metas. Assim, são investidos US$ 40 milhões na indústria naval, destacando-se aí o Estaleiro Mauá- Jurong , que em 1960, chegou a ter aproximadamente, 18 mil operários, revelando, então, o papel de grande empregador, influenciando fortemente o fluxo populacional no bairro. Por volta de 1980, inicia-se uma crise na construção naval e os estaleiros deixam de fabricar navios, passando apenas a reformá-los. Essa crise que até quase toda a década de 1990, além de ser resposta a um período turbulento da economia mundial, devido às crises do petróleo, foi também consequência da grande concorrência travada pela Coréia do Sul e Japão na área naval, pois o custo da produção nesses dois países era mais barato. Esses dois fatores juntos levaram a uma queda das encomendas de armadores nacionais. Provocando então, o fechamento de vários estaleiros e a fusão de outros. Com isso, ocorreu um desemprego em massa, deixando, os estaleiros, de serem polos atrativos. Embora o ano de 1997 já tenha sido marcado por um retorno à indústria de construção naval, é em 1999 que o Estaleiro Mauá- Jurong foi reativado. Nos anos de 2000 e 2001 o Estaleiro Mauá- Jurong começou a ganhar dinamismo em função das encomendas da Petrobrás, pois esta exigia que a construção dos navios de apoio de off- shore fosse feita em estaleiros nacionais, sendo esse o primeiro a iniciar a montagem de tais navios. Importante ressaltar que tanto a pesca quanto os “altos e baixos” dos estaleiros foram determinantes para a dinâmica do comércio da região, que é voltado aos trabalhadores dos estaleiros e aos pescadores. A queda do comércio, a partir de meados da década de 1970 e, praticamente, toda a década de 1980, é concomitante ao término das balsas – que mobilizavam um grande número de pessoas que passavam pela Ponta d`Areia para chegar ao Rio de Janeiro-; à conclusão da Ponte Presidente Costa e Silva e ao período de crise dos estaleiros. Com a atual a expansão da atividade naval (hoje já se tem em torno de seis mil empregados, contabilizando os terceirizados e os contratados diretamente), o comércio vem demonstrando um tímido crescimento .