CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo Pires Amorim, 1516 – Jardim Marajó – Rondonópolis – MT
à reunião se colocam em posição especial, porém, de doação, de desejo de atender à
expectativa do irmão necessitado. E qualquer que seja a maneira sob a qual ele se
apresente, todos os pensamentos e todas as vibrações devem estar unidos, homogêneos,
dirigidos no intuito de beneficiá-lo. Nesta hora, o doutrinador será o polo centralizador desse
conjunto de emoções positivas, estabelecendo-se uma corrente magnética que envolve o
comunicante e que ajuda, concomitantemente, ao que esclarece. Este, recebendo ainda o
influxo amoroso do mentor da reunião, terá condições de dirigir a conversação para o rumo
mais acertado e que atinja o cerne da problemática que o Espírito apresenta.
O esclarecimento não se faz mostrando erudição, conhecimentos filosóficos ou
doutrinários. Também não há necessidade de dar uma aula sobre o que é o Espiritismo,
nem de mostrar o quanto os espíritas trabalham. Como não é o instante para criticar,
censurar, acusar ou julgar. Esclarecer não é fazer sermão. Não surtirão bons resultados
palavras revestidas de grande beleza, mas vazias, ocas, frias. Não atenderão às angústias
e aflições daquele que sofre e muito menos abrandarão os revoltados e vingativos.
Em quaisquer dos casos, é preciso compreendamos que é quase impossível a uma
pessoa mudar de procedimento, sem que seja levada a conhecer as causas que deram
origem aos seus problemas. Razão por que, em grande número de comunicações, o
doutrinador, sentindo que há esta necessidade, deve aplicar as técnicas de regressão de
memória no comunicante. Esta técnica consiste em levá-lo a recordar-se de fatos do seu
passado, de sua última ou anterior reencarnação, despertando lembranças que jazem
adormecidas. Nessas ocasiões, os Trabalhadores da Espiritualidade agem, seja acordando
as reminiscências nos painéis da mente, seja formando quadros fluídicos com as cenas
que evidenciem a sua própria responsabilidade perante os fatos em que se proclamava
inocente e vítima.
De outras vezes, a lógica e clareza dos argumentos, aliadas à compreensão e ao
amor, são o suficiente para convencer as entidades.
Para sentir aquilo que diz, é essencial ao doutrinador uma vivência que se enquadre
nos princípios que procura transmitir. Assim, a sua vida diária deve ser pautada, o mais
possível, dentro dos ensinamentos evangélicos e doutrinários. Inclusive, porque, os
desencarnados que estão sendo atendidos, não raro, acompanham-lhe os passos para
verificar o seu comportamento e se há veracidade em tudo o que fala e aconselha. Eis o
motivo pelo qual Joanna de Ângelis recomenda: ‘(…) quem se faz instrutor deve valorizar
o ensino, aplicando-o em si próprio’.
Outro cuidado que o doutrinador deve ter durante o diálogo é o de dosar a verdade,
para não prejudicar o Espírito que veio em busca de socorro e lenitivo, esclarecimentos,
enfim, que lhe deem paz. A franqueza, em certos casos, pode ser destrutiva. A verdade
pode ferir àquele que não está em condições de recebê-la. É o caso, por exemplo, de uma
entidade que desconhece que deixou a Terra e apresenta total despreparo para a morte.
Este esclarecimento só deve ser transmitido depois de uma conversação que a prepare
psicologicamente para a realidade. A medida justa para isto é colocar-se o doutrinador na
posição do comunicante, vivendo o seu drama e imaginando o que seria o seu sofrimento.
Há um outro ponto a se considerar a respeito dos que estão na tarefa de
esclarecimento, nas sessões de desobsessão: é que estes não devem ser médiuns de
incorporação, pois não teriam condições de acumular as duas funções, além de sofrerem
de modo direto as influências dos obsessores, o que obviamente prejudicaria a tarefa de
esclarecimento.”
“O esclarecimento dos desencarnados sofredores, perseguidores, renitentes ou não
de viciações, ódios, desvios emocionais, entre outros, por meio das manifestações
mediúnicas ostensivas, constitui atividade de elevada importância no âmbito da caridade
fraternal desenvolvida na Casa Espírita. Indica, igualmente, o ponto máximo da reunião
mediúnica.