Resumo de PowerPoint de Filosofia do 11ano sobre o Empirismo de David Hume
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Slide Content
Powerpoint Filosofia 11ºano -
resumido
Filosofia
20 pag.
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O Empirismo
de David Hume
IV. Teorias explicativas do conhecimento
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Qual é a origem do conhecimento?
Qual é o fundamento do conhecimento?
O que podemos conhecer?
Quais são os limites do conhecimento?
As questões
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2 tipos de conhecimento: Relações de ideias e Questões de facto
D. Hume afirmavaqueera preciso distinguir, relativamenteao
quesepossa considerar conhecimento válido, dois tipos de
conhecimento:osraciocínios acerca dasrelaçõesdeideiaseos
raciocínios acerca dasquestõesdefacto. Relativamenteàs
relaçõesdeideiaseàsciênciasquenelasseapoiam(Matemática
eLógica),aúnicaregraaquedevemobedecerosraciocínioséo
princípio da (não) contradição. Mas, quandosepassa paraas
questões de facto, o problema é mais complicado pois implica
um confronto entreoque dizemosearealidade.(lerpágina164
domanual)
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Relações de ideias
São operações da mente derivadas exclusivamente do pensamento.
São independentes da experiência.
O seu contrário é impossível, resultando numa contradição lógica.
As ciências baseadas nas relações de ideias são a Geometria, Álgebra,
Aritmética, ou seja, o conhecimento matemático é a priori.
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Questões de facto
Dizem respeito aos objetos do mundo.
Dependem da experiência.
O seu contrário é possível, não implicando qualquer contradição.
-Objeto das ciências empíricas que utilizam raciocínios indutivos e o
método experimental.
-É destes conhecimentos que Hume irá tratar na sua obra Investigação
sobre o Entendimento Humano.
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Conhecimento a
priori.
Conhecimento a
posteriori.
RELAÇÕES DE
IDEIAS
Tipos ou modos de
conhecimento
QUESTÕES DE
FACTO
Os conhecimentos a priori nada nos dizem de substancial
acerca do mundo.
A distinção entre relações de ideias e questões de facto é, de
certa maneira, equivalente à distinção entre juízos a priori e
juízos a posteriori.
Não estão
dependentes
do confronto
com a
experiência.
São sempre
verdadeiras, em
quaisquer
circunstâncias.
Negá-las implica
contradição.
São os
conhecimentos
da lógica e da
matemática.
Verdades
necessárias.
Exemplo:
«2 + 4 = 6.»
Verdades
contingentes.
Exemplo: «As
estrelas cintilam.»
A sua
justificação
encontra-se na
experiência
sensível.
Poderiam ter
sido falsas.
Negá-las não
implica
contradição.
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O conteúdo da mente –págs 162 e 163
A mente é composta por perceções, que podem ser de dois tipos:
Impressões:
-Perceções originais, mais vivas e mais intensas do que as ideias.
Ideias:
-Cópias das impressões, menos vivas e menos intensas do que elas.
-As ideias de cavalo alado ou de elefante cor-de-rosa podem ser concebidas pela
mente porque temos impressões correspondentes às ideias simples de “cavalo” e de
“alado”, bem como de “elefante” e de “cor-de-rosa”, respetivamente.
Todas as ideias derivam das impressões.
Todo o conhecimento acerca da natureza deriva da experiência.
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Perceções
São as perceções mais
vívidas e fortes, como
as sensações, emoções
e paixões.
Exemplo: a cor de uma
flor.
São as representações
das impressões, ou as
suas imagens
enfraquecidas.
Exemplo: a memória
da cor de uma flor.
Impressões
Ideias
(pensamentos)
As ideias derivam das
impressões, são cópias
delas.
Elementos do conhecimento
Grau de
força e
vivacidade
menormaior
Não existem ideias
inatas.
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Exemplo:
sensação visual de um
tom de verde.
Exemplo:
memória de um tom
de verde.
Impressões
Ideias
(pensamentos)
Não admitem qualquer
separação ou divisão.
Simples
Podem ser divididas em
partes, resultando da
combinação das
impressões ou das ideias
simples.
Complexas
Exemplo:
ver uma certa maçã.
Exemplo:
pensar numa certa
maçã.
Ideias simples derivam de impressões simples, mas muitas ideias complexas não resultam de impressões complexas.
A ideia de Deus, por exemplo, referindo-se a um Ser infinitamente inteligente, sábio e bom, é uma ideia complexa
que tem por base ideias simples que a mente e a vontade compõem, elevando sem limite as qualidades de bondade
e sabedoria. Nenhum objeto da experiência sensível lhe corresponde.
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A origem das ideias
As ideias têm origem nas impressões. Só é verdadeira a ideia
que tenha uma impressão sensível correspondente.
A nossa mente associa ideias diferentes das quais temos ou já
tivemos uma impressão correspondente.
Todo o pensamento deriva da sensibilidade.
Os limites do conhecimento são as sensações.
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O problema da causalidade –págs. 165-167
A causalidade é o princípio que diz que, quando dois acontecimentos se
seguem um ao outro, um é a causa e o outro é o efeito.
É estabelecendo relações de causa-efeito entre os objetos que conhecemos as
questões de facto.
-Mas a questão principal de Hume é: como é que chegamos ao
conhecimento desta relação entre os factos?
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O problema da causalidade
Como é que chegamos ao conhecimento da relação de causa-efeito?
Por via racional? (A causalidade seria um princípio a priori, apreendido sem
recurso à experiência). Não!
Por via da experiência sensível? (A causalidade seria apreendida pelos
sentidos, ou seja, haveria uma impressão correspondente à causalidade).
Não!
Por outra via? Qual? O hábito ou costume.
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O hábito ou costume como fundamento da causalidade
Qual é o fundamento da relação de causa e efeito?
«Este princípio é o costumeou hábito, pois onde quer que a repetição de
qualquer ato ou operação particular manifeste uma propensão para
renovar o mesmo ato ou operação, sem ser impulsionado por processo
algum do entendimento, dizemos sempre que essa propensão é efeito do
costume.[…] Por conseguinte, todas as inferências a partir da experiência
são efeitos do costume,não do raciocínio.» in pág.166
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O hábito ou costume como fundamento da causalidade
O princípio que nos permite esperar certos acontecimentos futuros (efeitos)
baseados em acontecimentos passados (causas) chama-se costume ou hábito.
Não é um princípio racional.
Não é um princípio apreendido pela experiência sensível.
É um sentimento ou uma crença projetada nos acontecimentos.
É um guia da vida humana.
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O hábito ou costume como fundamento da causalidade
Não temos conhecimento da conexão entre os objetos ou acontecimentos.
Apenas sabemos que certos acontecimentos se sucedem uns aos outros.
“Aprendemos pela experiência apenas a frequente conjunçãodos objetos,
sem alguma vez conseguirmos compreender algo como a conexãoentre
eles.”
Ora “conjunção constante” ou sucessão temporal é ≠ de “conexão causal
necessária”
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O hábito ou costume como fundamento da causalidade
A mente é capaz de relacionar a acha de lenha (causa) com o aumento da
chama (efeito), pois habituou-se a que de tal causa se seguisse tal efeito, sendo
que crê que no futuro a natureza se comportará da mesma forma.
“Podemos observar que, nestes fenómenos, se pressupõe sempre a crençado
objeto correlativo; sem ela a relação não poderia ter efeito nenhum. […] Quando
lanço uma acha de lenha seca para o lume, a minha mente é imediatamente levada
a pensar que ela aumenta e não extingue a chama. Esta transição do pensamento
da causa para o efeito não deriva da razão. Tira a sua origem do costumee da
experiência.”
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Princípio da Regularidade da natureza
Trata-se da crença na ideia de que o futuro se assemelhará ao passado, ou
seja, de que a natureza segue um curso regular e uniforme.
Das mesmas causas seguir-se-ão os mesmos efeitos.
-Não é um princípio objetivo (que resida na própria natureza).
-É um sentimento humano (temos a perceção de que os eventos da
natureza têm uma regularidade) que projetamos na natureza.
-É, por isso, um princípio subjetivo.
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CAUSALIDADE E INDUÇÃO
Inferências de carácter indutivo
(indução como previsão).
Factos que esperamos que se
verifiquem no futuro…
…têm por base uma inferência causal.
Exemplo:
Até hoje, sempre o calor dilatou os corpos. Logo, isso irá
igualmente verificar-se amanhã.
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CONEXÃO NECESSÁRIA?
Mas não dispomos de qualquer
impressão relativa à ideia de conexão
necessária entre fenómenos.
RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO
É geralmente (mas erradamente) entendida como uma
conexão necessária.
A única coisa que percecionamos é que
entre dois fenómenos se verifica uma
conjunção constante.
O conhecimento acerca dos factos futuros
é apenas suposição ou probabilidade,
assentando na expectativa.
As certezas
relativas aos
factos futuros
têm só um
fundamento
psicológico: o
hábito ou
costume.
Conhecimento
a posteriori e
não a priori.
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ANÁLISE COMPARATIVA DAS TEORIAS DE DESCARTES E HUME
A razão é a fonte principal do conhecimento –
racionalismo.
DESCARTES HUME
Origem do
conhecimento
Operações da
mente e ideias
Possibilidade do
conhecimento
Perspetivas
metafísicas
Fundamentação
do conhecimento
Há ideias factícias, adventícias e inatas. A partir das
ideias inatas, obtém-se o conhecimento (por
intuição e dedução).
Descartes adotou um ceticismo metódico. Mas,
porque depositava inteira confiança na razão,
poderá ser enquadrado no âmbito do dogmatismo.
Podemos ter ideias claras e distintas dos atributos
essenciais de três tipos de substâncias: pensante,
extensa e divina.
O fundamento do conhecimento encontra-se na
razão: é o cogitoe outras ideias claras e distintas.
Mas tal fundamento depende do fundamento do
real: Deus.
A experiência é a fonte principal do conhecimento e
todas as ideias têm uma origem empírica –
empirismo.
Não há ideias inatas. As ideias associam-se por
semelhança, contiguidade no tempo e no espaço e
causalidade. Valoriza-se o raciocínio indutivo.
A capacidade cognitiva do entendimento humano
limita-se ao âmbito do provável (ceticismo mitigado).
Nada podemos conhecer para lá do âmbito da
experiência (ceticismo metafísico).
Não encontramos qualquer princípio que confira
unidade e conexão às perceções. Não temos
impressões do eu pensante, de uma realidade
exterior, de Deus.
O fundamento do conhecimento encontra-se nas
impressões dos sentidos. É a crença básica de que se
está a ter determinada experiência que justifica as
crenças obtidas através dela.
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