Doenças Ocupacionais slides fisioterapia.pptx

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Slide educativo sobre doenças ocupacionais para fisioterapeutas


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Doenças ocupacionais Fisioterapia do Trabalho Prof. Me. Sílvio Vitali Júnior

Introdução A grande maioria dos trabalhadores dedica boa parte da vida ao desempenho de atividades que gerem os mais diversos processos produtivos ao longo de uma cadeia global de mercado, garantindo assim com que o produto final ou serviço chegue com qualidade ao consumidor final. Com o decorrer do tempo, tais esforços contínuos desencadeiam uma série de problemas que resultam da exposição do trabalhador aos riscos associados à atividade que exerce. Sabe-se que toda empresa se constitui na base de um processo produtivo e que este se subdivide em diversas fases que expõe seus trabalhadores a diversos problemas de saúde, denominados doenças ocupacional. (SILVA e COSTA, 2019)

Definições As doenças ocupacionais são todas aquelas adquiridas por uma atividade específica ou não dentro do local de trabalho, capazes de trazer danos à saúde e bem estar do trabalhador. (ARAÚJO,2010) As doenças ocupacionais são as doenças relacionadas com o trabalho. A lei as subdivide em doenças profissionais e doenças do traba­lho, estando previstas no art. 20, I e II da lei n.8213/91 da Previdência Social. (MONTEIRO e BERTAGNI , 2020)

Definições As doenças profissionais também conhecidas como “ ergopatias ”, “ tecno­patias ” ou “doenças profissionais típicas”, são as produzidas ou de­sencadeadas pelo exercício profissional peculiar a determinada ativi­dade. Dada a sua tipicidade, prescindem de comprovação do nexo de causalidade com o trabalho. Há uma presunção legal nesse sentido. Decorrem de microtraumas que cotidianamente agridem e vulneram as defesas orgânicas, e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê­-las, deflagrando o processo mórbido. (MONTEIRO e BERTAGNI , 2020)

Definições Por exemplo, os traba­lhadores da mineração, sabe­-se de há muito que estão sujeitos à posição do pó de sílica, e, portanto, com chances de contrair a silico­se, sendo, pois, esta considerada uma doença profissional. Outros exemplos são o saturnismo, doença causada pelo chumbo, o hidragismo , causada pela exposição ao mercúrio etc. (MONTEIRO e BERTAGNI , 2020)

Definições Por sua vez, as doenças do trabalho, também chamadas de “ me­sopatias ”, ou “moléstias profissionais atípicas”, são aquelas desen­cadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é re­alizado e com ele se relacionem diretamente. Decorrem igualmente de microtraumatismos acumulados. Contudo, por serem atípicas, exigem a comprovação do nexo de causalidade com o trabalho, via de regra por meio de vistoria no ambiente laboral. Enquanto as doenças profissionais resultam de risco específico direto (característica do ramo de atividade), as do trabalho têm como causa o risco específico indireto. Assim, por exemplo, uma bronquite asmática normalmente provém de um risco genérico e pode acometer qualquer pessoa. Mas, se o trabalhador exercer sua atividade sob condições especiais, o risco genérico transforma­-se em risco específico indireto. (MONTEIRO e BERTAGNI , 2020)

Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) A Lei 11.430, de 27 de dezembro de 2006, criou o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP). O Nexo Técnico Previdenciário pode ser de natureza causal ou não , havendo três espécies : 1. Nexo técnico profissional ou do trabalho: fundamentado nas associações entre patologias e exposições laborais. 2. Nexo técnico por doença : equipara-se a acidente de trabalho ou nexo técnico individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. 3. Nexo técnico epidemiológico previdenciário (NTEP): define a relação entre Classificação Internacional de Doenças (CID) e Classificação Nacional de Atividade Econômica , anexo da Norma Regulamentadora 4 (CNAE - NR4). (MORAES, 2014)

Notificação compulsória Notificação é a comunicação de ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde , feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão , para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. O anexo III da Portaria no 104, de 25 de janeiro de 2011, descreve a Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas (LNCS). As doenças e os eventos constantes nesse anexo devem ser registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). (MORAES, 2014)

A lista abrange: Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; Acidente de trabalho com mutilações ; Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; Acidente de trabalho fatal; Câncer relacionado ao trabalho; Dermatoses ocupacionais; Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT); Influenza humana; Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) relacionada ao trabalho; Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; Pneumonias; Rotavírus ; Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita ; e Transtornos mentais relacionados ao trabalho. (MORAES, 2014) Notificação compulsória

Dados estatísticos Segundo o Departamento de Saúde e Segurança do Ministério do Trabalho os gastos com acidentes e doenças do trabalho representam 4% do PIB do Brasil, e esse impacto na economia gera um prejuízo de mais de 200 bilhões de reais por ano. (GEDAF, 2018) De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio de seu anuário estatístico (2013) as doenças ocupacionais tem gerado cerca de R$ 20 bilhões em despesas para as empresas brasileiras, mais existem controvérsias pois estima-se que 80% destes casos, em especial aqueles de menor gravidade não são notificados. (BRASIL, 2013)

Dados estatísticos Dados coletados no sítio eletrônico do Observatório Digital de Saúde e Segurança no Trabalho (2019) apresentam números alarmantes referentes ao período de 2012 a 2018: A cada 49 segundos, em média, ocorre pelo menos 1 acidente de trabalho; Em média, uma pessoa morre por acidente de trabalho a cada 3 horas e 40 minutos; Somam-se, neste período, cerca de 16.455 mortes por acidente de trabalho; Ocorrência de aproximadamente 4.503.631 acidentes de trabalho (com e sem CAT); O número de dias de trabalhos perdidos por conta dos acidentes chega a 351.796.758; O gasto da Previdência Social com benefícios acidentários foi próximo de 79 bilhões de reais.

Dados estatísticos Os afastamentos previdenciários por grupos de doença: Osteomuscular e Tecido Conjuntivo (72,84%) / Mentais e Comportamentais (13,68%) / Nervosas (6,60%) / Aparelho Digestivo (4,18%) / Circulatórias (2,69%). As doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo são, principalmente, aquelas ocasionadas pelos Dirtúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho(DORT), tais como: as dores, afecções ou degenerações em articulações dos membros superiores e inferiores, coluna vertebral etc. Por isso, faz-se importante as pausas durante o expediente; o uso de equipamentos apropriados; atenção aos movimentos de agachamento, levantamento de peso e posições do corpo. (OBSERVATÓRIO DIGITAL DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO, 2019)

Dados estatísticos Os afastamentos previdenciários por doenças: Dorsalgia (36,38%) / Lesões do ombro (28,34%) / Sinovite e tenossinovite (14,52%) / outros (11,17%) / Mononeuropatias (9,59%). Tais doenças estão associadas, em grande parte, ao grupo das doenças osteomusculares, as quais prevalecem quando se analisa os afastamentos previdenciários por grupos de doença. (OBSERVATÓRIO DIGITAL DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO, 2019) No âmbito da Previdência Social brasileira, em 2016, as doenças osteomusculares foram a principal causa de afastamentos do trabalho, que justificaram 407 mil auxílios-doença, seguidas das doenças do aparelho digestivo (279 mil), doenças mentais (185 mil), neoplasias (165) e doenças do aparelho circulatório (159 mil). (ASSUNÇÃO E FRANÇA, 2020)

LER/DORT Os tipos mais comuns de doenças ocupacionais são as lesões por esforço repetitivo (LER), também conhecidos como distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) onde o trabalhador que exerce funções que exijam esforço físico associado à repetitividade de movimentos, após certo tempo, apresenta um rendimento prejudicado pela fadiga muscular e mental. Movimentos e a posturas inadequadas também contribuem para este acontecimento. Assim, não apenas a produtividade é afetada, pois, simultaneamente, estão ocorrendo micro lesões em tendões, nervos, e, com a continuidade das tarefas, vão se agravando até apresentar um quadro de LER/DORT. Esta nomenclatura LER/engloba cerca de 30 patologias, entre elas a tendinite (inflamação do tendão) e a tenossivite (inflamação da membrana que envolve os tendões), podendo alterar a estrutura osteomuscular, como tendões, articulações, músculos e nervos. (SILVA e COSTA, 2019)

LER/DORT A LER/DORT é uma síndrome relacionada ao trabalho, caracterizada pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não , tais como dor crônica , parestesia, sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer membros inferiores. É resultado da combinação da sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular com a falta de tempo para sua recuperação . Frequentemente é causa de incapacidade laboral temporária ou permanente. (MORAES, 2014)

LER/DORT A tendência mundial no meio científico atual é substituir as antigas denominações por Work Related Musculoskeletal Disorders (WRMD), cuja tradução no Brasil foi Distúrbios Osteo- musculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Segundo dados da OMS, entre 30% e 70% dos trabalhadores dos países desenvolvidos ou em desenvolvimento realizam atividades em situações ergonomicamente inadequadas, sobrecarregados fisicamente, sendo sujeitos à ocorrência de aci dentes e doença profissional, principalmente LER/DORT . (MORAES, 2014)

a força , a repetitividade de movimentos, a duração da carga, o tipo de preensão , a postura do punho e o método de trabalho, manutenção de posturas inadequadas por tempo prolongado, esforço físico , invariabilidade de tarefas, pressão mecânica sobre determinados segmentos, trabalho muscular estático , choques e impactos, vibração , frio, exigência de ritmo intenso, autoritarismo das chefias. O desenvolvimento de LER/DORT é multicausal, sendo importante analisar os fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente. Entre os fatores que influenciam a carga osteomuscular encontramos: (MORAES, 2014)

A seguir, serão apresentados 2 quadros que apresentam a principais LER/ DORT’s : causas, exemplos e diagnóstico diferenciais.

(Fonte: BRASIL, 2003)

(Fonte: BRASIL, 2003)

1 . Investigação de indicadores de problemas de LER/DORT nos locais de trabalho, tais como queixas frequentes de dores por parte dos trabalhadores, trabalhos que exigem movimentos repetitivos ou aplicação de forças. 2. Comprometimento da gerência e direção com a prevenção e com a participação dos trabalhadores para a solução dos problemas. 3. Capacitação dos trabalhadores, incluindo a gerência, sobre a LER/DORT, para que possam avaliar os riscos potenciais dos seus locais de trabalho. 4 . Coleta de dados, através da análise das atividades dos postos de trabalho, para identificar as condições de trabalho problemáticas. 5 . Investigação de controles efetivos para neutralização dos riscos de lesões e avaliação e acompanhamento da implantação dos mesmos. 6 . Desenvolvimento de um sistema efetivo de comunicação, enfatizando a importância da detecção e tratamento precoce das afecções para evitar o agravamento das afecções e a incapacidade para o trabalho. 7 . Planejamento de novos postos de trabalho ou novas funções, operações e processos de tal maneira a evitar condições de trabalho que coloquem os trabalhadores em risco. Os sete elementos para um programa de prevenção: Prevenção de LER/DORT (MACIEL, 2000)

Pessoas bem treinadas em um ambiente de trabalho organizado respeitando os fatores ergonômicos e limites biomecânicos tendem a diminuir o risco de desencadeamento das doenças ocupacionais, inclusive o estresse, doença muito comum também associada ao trabalho excessivo, é uma resposta do corpo humano perante algo que é submetido, sejam dificuldades do dia a dia, seja financeiro, com amigos ou com o próprio ambiente de trabalho. (SILVA e COSTA, 2019)

Referências bibliográficas Assunção AA, França EB. Anos de vida perdidos por DCNT atribuídos aos riscos ocupacionais no Brasil: estudo GBD 2016. Rev Saude Publica. 2020;54:28. ARAÚJO, Wellington Tavares. Manual de Segurança do Trabalho. Rio de Janeiro, Editora DCL, 2010. BRASIL, Ministério da economia. Secretaria da Previdência. Disponível em: Http:///www.gov.br/ previdencia / pt-br /acesso-a- informacao /dados-abertos/ previdencia -social-regime-geral- inss /aeps-2013 . Acesso em 27 de abril de 2021. BRASlL . Ministério da Saúde . Instrução normativa no 98 INSS/DC. Norma técnica sobre lesões por esforços repetitivos - LER ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho - DORT. 05 de dezembro de 2003 - DOU DE 10/12/2003. Brasília : Ministério da Saúde , 2003. GEDAF. Prevenção de Acidentes do Trabalho no Brasil em 2018: Campanha de Prevenção de Acidentes do Trabalho no Brasil - CANPAT 2018. Grupo de Estudos Dirigidos em Administração Financeira. 2018. Disponível em: http/ /www.gedaf.com.br/prevencao-de-acidentes-do-trabalho-no-brasil-em-2018/ Acesso em 29/04/2021.

MACIEL, R.H. Prevenção da LER/DORT: o que a Ergonomia pode oferecer. Cadernos de Saúde do Trabalhador.CEREST . Piracicaba, 2000. Disponível em: http://www.cerest.piracicaba.sp.gov.br/site/ images /caderno9_ler-dort.pdf . Acesso em 26 de abril de 2021. MONTEIRO, A. L. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Saraiva, 2020. ISBN 9788553617500. Disponível em: https://search.ebscohost.com/ login.aspx?direct = true&db = edsmib&AN =edsmib.000019931&lang= pt-br&site = eds-live&scope =site. Acesso em: 29 abr. 2021. MORAES, M. V. G. de. Doenças ocupacionais : agentes: físico, químico, biológico, ergonômico. São Paulo: Iátria , 2014. ISBN 9788576140627. Disponível em: https://search.ebscohost.com/ login.aspx?direct = true&db = edsmib&AN =edsmib.000009516&lang= pt-br&site = eds-live&scope =site. Acesso em: 29 abr. 2021. OBSERVATÓRIO DIGITAL DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. 2019, on-line. Disponível em: https://smartlabbr.org/ sst . Acesso em: 29 de abril de 2021. Silva, Álisson Sousa da; Costa, Rik Alexandre Correia. Doenças Ocupacionais: Produtividade e Qualidade de Vida no Trabalh. Anais do IX Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção, Dezembro de 2019. Disponível em: http://aprepro.org.br/ conbrepro /2019/anais/arquivos/10202019_161052_5dacb31c49946.pdf . Acesso em 27 de abril de 2021.