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reuniões, fui a algumas poucas. Participei de algumas atividades e gostei bastante
da integração e do espírito de comunidade, mas nunca me senti bem por lá, embora
tenha feito uma boa amizade.
Já havia visitado outras igrejas, mas não passaram de visitas. No caso da
igreja mórmon, por existir uma espécie de "comunidade" interna, fui mais algumas
vezes para tentar entender como funcionava e como seus membros pensavam. Ma-
soquismo? Talvez, mas foi uma experiência interessante do ponto de vista que ago-
ra tenho uma visão bastante ampla de como funciona esta igreja. E como é ruim.
Até aí, tudo certo. Porém, após algumas semanas, acabei cedendo à pressão
e fui batizado, acreditando que seria somente aquilo e depois nunca mais me procu-
rariam. Na época, não sabia que havia um controle grande sobre os membros e, por
diversas vezes, senti minha privacidade invadida por perguntas de outros membros
ou visitas dos missionários para saber o porquê da minha ausência.
Também não sabia que a igreja era tão confusa e complicada. Sabia que era
obra de oportunismo, mas se soubesse que era uma fábrica de lavagem mental, ab-
surdos e pensamentos anti-éticos (pelo menos contra a minha ética pessoal), jamais
teria sido batizado, dando a oportunidade para que estes fraudulentos me usem co-
mo estatística - ou pior, continuem a me encher a paciência com visitas a minha ca-
sa (que são sempre negadas), dada ao comportamento dos membros de "correr
atrás" dos membros inativos.
Bom, embora tenha compartilhado a minha história, o objetivo deste e-mail é
um pouco diferente.
Há algum tempo enviei uma carta de resignação, mas até hoje não obtive
resposta. Não tenho como saber se a carta foi recebida pelo presidente do distrito e
do ramo, pois o ramo não possui zelador (aparentemente a igreja mórmon tem con-
dições de bancar grandiosos templos no país, em obras superfaturadas, mas não
pode bancar um zelador para os ramos, empregando mais brasileiros que realmente
precisam de renda), mas acredito que tenha sido, pois alguns dias após enviá-la,
recebi uma "visita surpresa" de dois missionários, comentando que eu havia sido
ordenado no domingo passado, mas faltado, e que eu deveria ir no seguinte. Eu en-
viei esta carta tanto pelos Correios (que não conseguiram entregá-la), como eu
mesmo coloquei a carta na caixa de correios da igreja.
Sei que a carta de resignação para o presidente da área Brasil foi recebida,
pois recebi o aviso de recebimento dos Correios.
Enfim, mesmo assim, não obtive qualquer resposta por parte dos integrantes
dessa igreja. Nada mesmo. Até enviei um e-mail para um endereço eletrônico que
dizem que alguns membros americanos estão conseguindo resignação ( msr-
[email protected] e
[email protected]), inclusive comentei que havia
tentado resignar através de cartas no Brasil, mas não estava conseguindo. Alertei
que era uma violação da Constituição Federal Brasileira e que poderia gerar um pro-
cesso aqui, entretanto até agora não obtive resposta e tenho certo receio de ignora-
rem meu e-mail nos EUA. Nesse sentido, gostaria de te pedir, caso possuir, algum