Ebook sobre o mormonismo

Popivhak 7,992 views 184 slides Dec 01, 2012
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A

1

EBOOK – SOBRE O MORMONISMO
AUTOR: ANTONIO CARLOS POPINHAKI

2

A RELIGIÃO É O ÓPIO DO POVO!
Karl Marx

3

QUEM SOU EU!

Meu nome é Antonio Carlos Popinhaki. Fui membro da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias por 18 anos. Destes, 8 anos fui Bispo da Ala Curitibanos,
Estaca Lages. Sempre atuei de forma ativa na Igreja como professor do Instituto por
7 anos consecutivos, professor de várias classes da Escola Dominical, Presidente
dos Rapazes do antigo Distrito de Belém do Pará, Presidente de Quórum de Élde-
res, Líder da Missão da Ala, Líder do Grupo de Sumo Sacerdotes e membro do Su-
mo Conselho da Estaca Lages. Apesar de todos estes cargos na Igreja, um certo
dia, após muita meditação, me convenci de que desperdicei uma parte importante de
minha vida numa causa que não tem outro objetivo, a não ser o aumento e a valori-
zação de ativos das empresas que formam o conglomerado de entidades econômi-
cas ligadas à Igreja. Além do tempo, perdi muito dinheiro em dízimos e ofertas. Sem
contar das viagens intermináveis para São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Lages
e Curitiba. Como em qualquer organização, percebi que na Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias também existe pessoas que tiram proveito pessoal da
organização. São os Presidentes de Missão, os Setentas, os Apóstolos e o Presi-
dente da Igreja. Estas pessoas vivem numa mordomia que é de dar inveja a qual-
quer pessoa. Viajam por vários países, hospedam-se nos melhores hotéis e desfru-
tam do melhor. Tudo pago pela Igreja através de seus "Fundos". Conheço um casal
que emenda uma "missão" atrás da outra. Viajam pelo mundo. De três em três anos,
mudam de "missão" e de país. Tudo por conta da Igreja. Quando eu era bispo, fui
muito bem orientado sobre o uso de forma controlada dos fundos da Igreja, inclusive
para ajudar os necessitados. Tinha restrições para algum humilde membro, caso ele
viesse pedir na porta do Bispo. Para os pobres nada, para os lideres tudo. Esta não
é a obra de Deus. Quero deixar bem claro uma coisa aos membros da Igreja: EU
NUNCA FUI EXCOMUNGADO DO MORMONISMO ! Saí por conta própria, através
de uma Ação Administrativa a meu pedido. Por isso resolvi fazer este blog e posteri-
ormente, este E-BOOK para denunciar o que tenho aprendido SOBRE O MORMO-
NISMO.

4

SUMÁRIO

QUEM SOU EU! ........................................................................................................... 3
SUMÁRIO ..................................................................................................................... 4
MEU CONTATO COM O MORMONISMO .................................................................. 11
LEMBRANÇAS DE UM TEMPO RUIM! ...................................................................... 15
O SACERDÓCIO EM AÇÃO! ...................................................................................... 16
A INSPIRAÇÃO DIVINA NA FORMAÇÃO DE UMA ESTACA! ................................... 18
QUESTÕES IMPORTANTES NÃO RESPONDIDAS! ................................................. 21
ENGANANDO AS PESSOAS! .................................................................................... 26
A DIFICULDADE DE ACEITAR A REALIDADE! ......................................................... 28
NÃO HÁ PROVAS DO LIVRO DE MÓRMON! ............................................................ 29
O SEGREDO DE SUCESSO DA MORMON INC. ...................................................... 30
A EXPLORAÇÃO FINANCEIRA DO TEMPLO MÓRMON! ......................................... 33
AS LEIS ENSINADAS NOS TEMPLOS MORMONS! ................................................. 35
O CENTRO DE CONFERÊNCIAS! ............................................................................. 37
O SUPOSTO CRESCIMENTO DA IGREJA SUD ....................................................... 38
A CARIDADE NUNCA FALHA? .................................................................................. 41
A CONCORRÊNCIA PELOS NÚMEROS BATISMAIS NA SEITA MÓRMON. ............ 43
A EDUCAÇÃO FORMAL DE JOSEPH SMITH JR. ..................................................... 44
A FRATERNIDADE DOS GUARDIÕES DAS SANTAS VAGINAS! ............................. 45
A HISTÓRIA DE OUTRO EX-BISPO MORMON! ........................................................ 47
A LINGUAGEM E A GRAMÁTICA DO LIVRO DE MÓRMON! .................................... 48
A NOVA JERUSALEM DE JOSEPH SMITH JR.! ........................................................ 51
ABSURDOS DA OBRA MISSIONÁRIA! ...................................................................... 52
ACHO QUE OS MEMBROS NÃO ESTÃO ENTENDENDO. ....................................... 54
AJUDA AOS NECESSITADOS? ................................................................................. 56
ALGUNS EX-MÓRMONS CONTINUAM CRISTÃOS CONVICTOS! ........................... 57
ALTERAÇÕES DESESPERADAS NO TRABALHO DE RETENÇÃO! ........................ 59
ALUNOS MORMONS SÃO PRIVILEGIADOS? .......................................................... 61
AMOR À PARTE! ........................................................................................................ 61
APOLÍTICOS? ............................................................................................................ 62
APOLOGIA MÓRMON? A QUEM QUEREM CONVENCER? ..................................... 64
AS FOFOCAS NA IGREJA DE CRISTO! .................................................................... 65

5

AS MOEDAS DO LIVRO DE MORMON ..................................................................... 67
AS SINAGOGAS NEFITAS! ........................................................................................ 69
AS TRÊS TESTEMUNHAS E AS OITO TESTEMUNHAS! ......................................... 70
BATISMOS RÍDICULOS! ............................................................................................ 71
A BUSCA CIENTÍFICA DOS VESTÍGIOS NEFITAS ................................................... 73
A geografia ...................................................................................................................................... 74
O que tradicionalmente foi ensinado pela igreja? ..................................................................... 75
O que os membros da igreja estão discutindo? ........................................................................ 76
CAMPANHA: I'M A MORMON .................................................................................... 77
CARIDADE? EU FAÇO, MAS QUERO SAIR NA TV! ................................................. 78
CEGUEIRA ESPIRITUAL! .......................................................................................... 81
COMO O MORMONISMO SOBREVIVEU ATÉ OS NOSSOS DIAS! .......................... 83
COMO PODEMOS SABER SE O LIVRO DE MÓRMON É VERDADEIRO? ............... 84
CONFLITOS DECISÓRIOS! ....................................................................................... 86
CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE CAPELAS MORMONS NO BRASIL! ............. 88
PROBLEMAS COM A CONSTRUÇÃO E A MANUTENÇAO NO BRASIL? ................ 89
CONTESTANDO... ..................................................................................................... 92
CONVENIÊNCIAS SOCIAIS! ...................................................................................... 93
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA! ........................................................................... 94
DEMOCRACIA OU AUTOCRACIA? ........................................................................... 95
DEPOIMENTO E TESTEMUNHO! .............................................................................. 97
DEPOIMENTO! ........................................................................................................... 99
DIZIMOS X AJUDA AOS NECESSITADOS! ............................................................. 102
DOZE PASSOS PARA A RECUPERAÇÃO DO MORMONISMO! ............................ 103
DUAS CATEGORIAS DE MÓRMONS CONVICTOS! ............................................... 105
E-MAIL DE UM MEMBRO SUD! ............................................................................... 107
E-MAIL RECEBIDO! ................................................................................................. 109
ESCRITOS HISTÓRICOS ANTIGOS... ..................................................................... 111
ESPOSAS ADOLESCENTES DE JOSEPH SMITH JR.! ........................................... 113
ESSE VEIO DE SANTA CATARINA! ........................................................................ 114
A EVANGELIZAÇÃO DE CRIANÇAS! ...................................................................... 116
EXEMPLOS DE VIRTUDES! .................................................................................... 117
EX-MORMONS NÃO SÃO ANTIMORMONS! ........................................................... 119
EXPLICAÇÕES ADICIONAIS! .................................................................................. 121
HÁ OU NÃO O QUE FAZERMOS DEPOIS DESSA VIDA? ...................................... 122

6

HÁ UMA MANEIRA DE IDENTIFICAR O ESPÍRITO SANTO? ................................. 123
HISTÓRIAS DE MULHERES MÓRMONS! ............................................................... 125
ISSO ACONTECEU NA MISSÃO RIO DE JANEIRO! ............................................... 126
JOSEPH SMITH AGIA ASSIM! ................................................................................. 128
JOSEPH SMITH E A MAÇONARIA! ......................................................................... 132
JOSEPH SMITH ERA QUALIFICADO PARA LIDERAR O POVO DE DEUS? .......... 134
LIDERANÇA AUTORITÁRIA! ................................................................................... 135
LIDERANÇA AUTORITÁRIA – PARTE 2! ................................................................. 137
LÍNGUA ERRADA NO LIVRO DE MÓRMON! .......................................................... 138
LIVRO DE MÓRMON! NUNCA MAIS LEREI. ........................................................... 140
MAIS DE 10% DE DÍZIMO!....................................................................................... 143
MAIS UM ERRO NO LIVRO DE MÓRMON ! ............................................................. 145
MAIS UM QUE ABANDONOU O MORMONISMO! ................................................... 146
MAIS UMA HISTÓRIA DE EX-BISPO! ...................................................................... 148
MAIS UMA PESSOA SENSATA! .............................................................................. 149
MENINOS MISSIONÁRIOS! ..................................................................................... 151
MENTIRAS SOBRE O CRESCIMENTO! .................................................................. 153
MINHA EXPERIENCIA COM UM APÓSTOLO MÓRMON! ....................................... 154
MISSIONÁRIO ABANDONA O MORMONISMO NA MISSÃO! ................................. 156
MISSIONÁRIOS RETORNADOS E O CASAMENTO! .............................................. 159
MORMON THOUGHT, AMAI.JC? ............................................................................. 161
MORMONISMO - RAZÕES PARA O DESCRÉDITO ................................................ 163
MÓRMONS! ONDE ESTÁ O LIVRE -ARBÍTRIO? ..................................................... 164
MORTE E VIDA! ....................................................................................................... 166
NÃO VOLTAREI PARA O MORMONISMO! ............................................................. 169
O ALMOÇO AOS MISSIONÁRIOS! .......................................................................... 170
O ATUAL PROFETA MORMON! .............................................................................. 172
O CONSELHO DE AMOR! ....................................................................................... 174
O CRESCIMENTO DA IGREJA MORMON! ............................................................. 176
O DECLÍNIO SISTÊMICO!........................................................................................ 179
O DESAFIO CONTINUA... ........................................................................................ 181
O DEUS DO VELHO TESTAMENTO! ...................................................................... 182
O DIA DA DEFESA! .................................................................................................. 184
O DINHEIRO E A RELIGIÃO .................................................................................... 185
O EGIPCIO REFORMADO! ...................................................................................... 187

7

O FIM DE JOSEPH SMITH JR.! ............................................................................... 189
O LEGADO DE BRIGHAM YOUNG .......................................................................... 191
O LIVRO DE MÓRMON E A CAÇA AOS ELEFANTES – ANACRONISMOS ........... 194
O LIVRO DE MÓRMON E A PLENITUDE DO EVANGELHO! .................................. 196
LIVRO DE MÓRMON! ONDE ESTÁ O RIO QUE DESÁGUA NO MAR VERMELHO? 198
O PRECONCEITO CONTINUA! ............................................................................... 200
O QUE APRENDE UM PROFESSOR SUD? ............................................................ 201
O QUE FAZER DEPOIS DO MORMONISMO? ........................................................ 202
O RELATO DE JANE ELIZABETH MANNING JAMES ............................................. 204
O TROPEÇO DOS LIDERES MORMONS! ............................................................... 207
O USO DA PALAVRA “MÓRMON”! .......................................................................... 208
ONDE ESTÃO AS RESPOSTAS? ............................................................................ 210
OS GARMENTS MÓRMONS! .................................................................................. 211
OS LÍDERES LOCAIS DA IGREJA MORMON NO BRASIL! .................................... 213
OS LÍDERES MÓRMONS NÃO PEDEM DESCULPAS! ........................................... 216
OS MÓRMONS NÃ O OBEDECEM A SEUS PRÓPRIOS LÍDERES! ........................ 217
OS MORMONS SERÃO CORRIGIDOS POR DEUS? .............................................. 218
OS NUMEROS! ........................................................................................................ 220
OUTRO EX BISPO RELATA: O COMEÇO DO FIM NO MORMONISMO ................. 222
PAGUE PRIMEIRO PARA ENTRAR NO TEMPLO! .................................................. 224
PEQUENA AMOSTRA DO REINO DE DEUS! .......................................................... 226
PEQUENO ESCLARECIMENTO AOS MORMONS DE PLANTÃO! ......................... 228
POLÊMICAS DO LIVRO DE MÓRMON! ................................................................... 229
PARA PENSAR... PORQUE OS LIDERES QUE RECEBEM ALTOS SALARIOS NUNCA
LIMPAM AS CAPELAS? ........................................................................................... 230
POR QUE SAÍ DO MORMONISMO? ........................................................................ 232
POR QUE VOCÊ NOS ATACA? ............................................................................... 233
POUCAS MUDANÇAS NO LIVRO DE MÓRMON? .................................................. 235
PRECISAMOS DE RELIGIÃO? ................................................................................ 236
PROFETAS MÓRMONS AFIRMAM QUE A LUA É HABITADA!............................... 238
PROGRAMA “MÃOS QUE AJUDAM” DA IGREJA MÓRMON: SUPÉRFLUO E FÚTIL? 242
PROVAS DO LIVRO DE MORMON NO MÉXICO? .................................................. 244
QUE CONSELHO DISCIPLINAR CURIOSO! ........................................................... 246
QUEM CONVENCE? A RAZÃO OU A FÉ? .............................................................. 248
QUEM É ESSE SUJEITO? ....................................................................................... 249

8

QUER SABER A VERDADE SOBRE O MORMONIS MO? NÃO PERGUNTE A UM
MÓRMON! ................................................................................................................ 251
QUESTIONAMENTOS DE UM PORTUGUÊS! ......................................................... 252
QUESTIONAMENTOS.... ......................................................................................... 254
QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A REVE LAÇÃO MÓRMON! .......................... 255
Questões com respostas diferentes .......................................................................................... 256
RAZÃO X CEGUEIRA! ............................................................................................. 257
RELIGIÃO ATROFIA O CÉREBRO, REVELA ESTUDO DA UNIVERSIDADE DUKE! 259
RELIGIÃO E RACISMO! ........................................................................................... 260
REVELAÇÃO! QUE SENSAÇÃO É ESSA? .............................................................. 262
REVISÃO DA DOUTRINA! ....................................................................................... 263
SARAH MARINDA BATES PRATT ........................................................................... 265
Início de sua vida e de seu casamento ..................................................................................... 265
Crianças e migrações .................................................................................................................. 265
A proposta de casamento plural de Joseph Smith .................................................................. 266
SER MÓRMON NÃO É SER FELIZ! ......................................................................... 267
SERIA MAHONRI MORIANCUMER O DESCOBRIDOR DA AMÉRICA? ................. 268
SOBRE O “THE JOURNAL OF DISCOURSES” ....................................................... 271
SOBRE OS DÍZIMOS! .............................................................................................. 273
TEMPLOS DÃO PREJUÍZOS? ................................................................................. 274
TENTATIVA DE CRESCIMENTO BASEADO EM EXPORTAÇÕES! ........................ 276
TESTEMUNHO DE UM AMIGO QUE MOROU NO PARAGUAI! .............................. 277
TESTEMUNHO POR TESTEMUNHO! ..................................................................... 278
TRABALHO ÁRDUO NA DIVULGAÇÃO DAS POSTAGENS ................................... 280
TRANSPONDO A LINHA DA RAZÃO! ...................................................................... 281
TROCA DE ELDERES POR SIST ERES! .................................................................. 283
TUDO POR CAUSA DO MORMONISMO... .............................................................. 285
UM CASO DE ABUSO SEXUAL ABAFADO! ............................................................ 286
UM DOMINGO DE FRIO! ......................................................................................... 287
UMA CANOA FURADA NO MEIO DO OCEAN O! ..................................................... 289
UMA COMUM HISTÓRIA DE AMOR MÓRMON! ..................................................... 290
USEMOS A RACIONALIDADE! ................................................................................ 292
VESTINDO MORTOS! .............................................................................................. 294
COMENTÁRIOS DE EX -MÓRMONS! ...................................................................... 295
HISTORIADOR ABANDONA O MORMONISMO! ..................................................... 296

9

O MORMONISMO E AS LOTERIAS, JOGOS, APOSTAS E SIMILARES! ................ 298
ENSINAMENTOS DIFERENTES DENTRO DA MESMA IGREJA ............................ 300
Poligamia ....................................................................................................................................... 300
Racismo ......................................................................................................................................... 301
CHÁ GELADO! ......................................................................................................... 302
COMBATER O CULTO DO CONTROLE MENTAL .................................................. 303
UMA HISTÓRIA INCRÍVEL! ...................................................................................... 304
ENSINAMENTOS DO MORMONISMO! ................................................................... 306
PELA FÉ SOMOS ROUBADOS! ............................................................................... 308
DEFENSORES DO MORMONISMO! ....................................................................... 310
HOMENS PARA O SACERDÓCIO! .......................................................................... 311
FRUTOS DO BLOG! ................................................................................................. 313
MAIS DE 10% DE DÍZIMO!....................................................................................... 317
MENINOS MISSIONÁRIOS! ..................................................................................... 318
O MORMONISMO DE ALGUNS ANOS ATRÁS! ...................................................... 320
ENSINO FAMILIAR NA EUROPA! ............................................................................ 321
O MORMONISMO DE MITT ..................................................................................... 323
ENQUANTO O MUNDO CRESCE EM CONHECIMENTO, OS MÓRMONS PADECEM EM
IGNORÂNCIA! .......................................................................................................... 324
JOSEPH SMITH COMO UM DEUS MÓRMON! ........................................................ 326
UMA IGREJA 100% DE ORIGEM HUMANA ............................................................ 327
O PROFETA QUE NÃO FOI PARA A MISSÃO! ....................................................... 334
MINHAS ATUAIS CONVICÇÕES ............................................................................. 335
CONVICÇÕES! ......................................................................................................... 338
REPORTAGEM DO JORNAL “O GLOBO” - BRASIL SÓ PERDE PARA EUA E MÉXICO EM
NÚMERO DE MÓRMONS ........................................................................................ 339
SOBRE A MATÉRIA DE O GLOBO CITANDO O MORMONISMO ........................... 343
EX-MÓRMON DE VARGINHA/MINAS GERAIS ....................................................... 345
SER MÓRMON É SER FELIZ? ................................................................................ 347
NÃO CANTO MAIS HINOS SOBRE JOSEPH SMITH! ............................................. 348
DENNIS E RAUNI HIGLEY ....................................................................................... 350
A OBRA MISSIONÁRIA EM CURITIBAN OS............................................................. 355
VISITA INESPERADA! ............................................................................................. 356
O SUPOSTO CRESCIMENTO DA IGREJA SUD ..................................................... 358
EXPERIENCIAS MISSIONÁRIAS ............................................................................. 361
MINHA FRUSTANTE EXPERIÊNCIA COMO MISSIONÁRIO MÓRMON! ................ 365

10

O DÍZIMO É CRISTÃO? ........................................................................................... 370
CUSPINDO E PISANDO NO SAGRADO? ................................................................ 371
AMOR E RELIGIÃO! ................................................................................................. 372
NATIONAL GEOGRAFIC SOCIETY NEGA UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE MÓRMON! 374
MÓRMONS SAEM DA IGREJA E SE MANIFESTAM EM MASSA ........................... 375
Temos que ser cuidadosos ......................................................................................................... 376
RACISMO ANOS 80! ................................................................................................ 377
AS 116 PÁGINAS PERDIDAS DO LIVRO DE MÓRMON ......................................... 378
Argumentos críticos ..................................................................................................................... 380
PEDIDO DE AJUDA SOBRE CARTA DE RESIGNAÇÃO ......................................... 381
CHRIS BEERS – UMA TRÁGICA HISTÓRIA DE VIDA ............................................ 384
CARACTERÍSTICAS AGRESSIVAS! ....................................................................... 388
O NEGÓCIO DA IGREJA NÃO É A IGREJA! ........................................................... 389
FALTA DE MORMONS NO BRASIL ......................................................................... 391
DÍZIMOS... ................................................................................................................ 392
UMA VERDADEIRA (BAGUNÇA) DE IGREJA ......................................................... 394
ALGUMAS FALSAS PROFECIAS MORMONS ........................................................ 396
DADOS DO CRESCIMENTO SUD NO BRASIL ....................................................... 398
PRÁTICAS PROFANAS E IMPURAS! ...................................................................... 400
POR QUE AS PESSOAS ABANDONAM O MORMONISMO! ................................... 401
FIM DO BLOG!!!!! ..................................................................................................... 402

11

MEU CONTATO COM O MORMONISMO

meu primeiro contato com o mormonismo aconteceu quando eu tinha entre uns
10 ou 12 anos de idade. Na cidade de Curitibanos, interior de Santa Catarina.
Eu estava em casa, assistindo a um programa de televisão, numa tarde qualquer da
minha infância de outrora. Exibido pelo antigo canal de televisão, a TV Coligadas, da
cidade de Blumenau. Foi nesse momento que eu soube pela primeira vez, que exis-
tiu um homem chamado Joseph Smith. Também fiquei sabendo naquele momento
que ele foi conhecido como “o Profeta”, responsável pela aparição do Livro de Mór-
mon.
Este canal de televisão gerava as imagens que era então, distribuída para vá-
rias regiões do Estado de Santa Catarina, atingindo, inclusive a nossa pequena ci-
dade de Curitibanos, no planalto serrano. No programa citado, pelo que lembro, era
uma entrevista com alguns membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias da cidade de Blumenau ou região. Lembro que essas pessoas exibiam
para as câmeras algumas gravuras, incluindo aquela famosa gravura da primeira
visão e outra não menos famosa, da suposta visita do Anjo Morôni ao quarto de Jo-
seph Smith. Depois disso não ouvi mais nada sobre isso. Mas fiquei intrigado com
aquilo. Deus e Jesus Cristo apareceram flutuando no ar para um menino? Um anjo
aparecera para esse mesmo menino no seu quarto?
Passaram-se desde este acontecimento, uns quatro anos. Eu estava agora
com 16 anos de idade. Certo dia encontrei dois missionários americanos na minha
cidade. Abordaram-me e incrivelmente, não falaram de religião comigo. Devia ser os
típicos representantes dos jovens americanos, membros da Igreja Mórmon que fo-
ram para a missão “empurrados” por seus pais. Apenas disseram que eram dos Es-
tados Unidos e que estavam fazendo uma missão. Lembro que estava um dia muito
quente. Eles reclamaram muito, dizendo que no seu país o clima era melhor que o
nosso. Não me deram nada, nem um folheto. Eu também não perguntei nada sobre
a religião deles.
Depois disso, o próximo contato foi mais ou menos um ano depois. Eu traba-
lhava no escritório de uma indústria madeireira. Era a época de ouro do extrativismo
desenfreado da araucária. Eu saía logo cedo, pelas sete e meia da manhã. Voltava
ao meio dia para almoçar em casa, indo novamente trabalhar às treze e trinta. Re-
tornava já passando das dezoito horas. Depois tinha que ir para a escola, onde es-
tudava no curso de Técnico em Contabilidade, no antigo Colégio Comercial Cardeal
Câmara. Devia ser o ano de 1981. Eu voltava para o lar quando a aula acabava per-
to das vinte e três horas. Isso porque eu voltava a pé.
Certa noite, enquanto me preparava para dormir, minha mãe me disse que ti-
nha recebido a visita de dois missionários Mórmons e que deixaram um livro e al-
guns folhetos em nossa casa. Já era quase meia noite. Apenas me lembro de que
peguei o livro e dei uma olhada nele, tinha algumas gravuras nas páginas iniciais e
os folhetos eram sobre o Testemunho de Joseph Smith e alguma coisa sobre Cristo
ou o cristianismo. Falei para minha mãe que naquele momento eu não poderia lê-los
O

12

ou olhar melhor para aquele material, mas que depois, no dia seguinte eu queria
analisar melhor todo o seu conteúdo. Alguns dias se passaram. No final de semana
próximo, lembrei-me do livro e me deu curiosidade sobre ele, pedi para minha mãe
pelos folhetos e o livro para ler. Ela me disse que os missionários passaram por
nossa casa no meio da semana, pediram o livro de volta, mas deixaram os folhetos
conosco. Li pela primeira vez o “Testemunho do Profeta Joseph Smith” e nunca me
esqueci das suas palavras e da visão, onde, segundo ele, Deus e Jesus Cristo apa-
receram a ele numa coluna de luz, num bosque. Lembro que não só a aparição de
Deus e seu filho, Jesus Cristo, despertaram a minha curiosidade, mas também a
história da aparição do anjo Morôni e das placas de ouro que estavam enterradas
próximo de sua casa me impressionaram muito.
A vida foi passando, nunca mais tive contato com o mormonismo. Eu tive que
trabalhar para me sustentar, servi como soldado no Exército por um ano inteiro. De-
pois fui trabalhar novamente, até que num destes trabalhos, fui convidado a ir ao
norte do Brasil, na cidade de Belém do Pará para ajudar na montagem de uma filial
da empresa. Eu exercia o cargo de gerente de compras. Era responsável pelos su-
primentos. A empresa alugou uma casa para morarmos. Éramos num número de
quatro colegas, sendo todos homens e todos do sul do Brasil. Revezávamos na hora
de preparar as refeições e lavar a louça. Lembro perfeitamente que estávamos meio
ociosos em casa, numa bela manhã de sol de um sábado qualquer. Um ou outro de
nós estava assistindo a programas de TV, ou lendo um livro ou revistas. Escutamos
batidas de palmas em frente da casa. Fui atender e ver quem era, quando percebi
estar diante de dois missionários Mórmons americanos.
Após se apresentarem, pediram permissão para mostrarem para nós seus
serviços e sua mensagem. Imediatamente, lembrei-me dos folhetos que lera anos
atrás e deixei-os entrar. Eles nos deram a primeira palestra sobre Deus e a primeira
visão do “Profeta Joseph Smith”. Falaram do livro de Mórmon e da maneira correta
de orar, segundo a concepção da doutrina a qual pregavam. Lembro bem dessa pa-
lestra, pois usaram material audiovisual, como um mapa-múndi que estenderam no
chão da sala, mostrando-nos o que seria o velho mundo e o novo mundo, oriente
médio e Américas.
Ao se despedirem, prometeram voltar para a segunda palestra de um total de
seis. Concordei e despedimo-nos. Naquele momento, fui presenteado com uma edi-
ção do Livro de Mórmon que comecei a ler imediatamente. A linguagem era mais
fácil de compreender do que a Bíblia, mas era preciso certo conhecimento histórico
e geográfico para se situar no contexto do livro. Mesmo assim, não havia como dis-
cernir exatamente e geograficamente, os locais mencionados nele. De repente che-
ga uma parte que é exatamente igual à Bíblia na parte de Isaías. Aí as dúvidas au-
mentam se você não tem conhecimento algum, fica tudo confuso.
Recebi todas as palestras, mas não fui à Igreja visitar e nem me batizei na
ocasião, como era a vontade dos missionários. Nem os outros colegas que moravam
comigo na casa alugada quiseram aceitar a tal religião Mórmon. Passou-se um ano
inteiro e eu li aquele livro de capa a capa comparando algumas partes com a Bíblia.

13

Aí resolvi investigar melhor tudo aquilo, pois se fosse verdade, estaria diante de um
acontecimento magnífico. Talvez a maior de todas as manifestações, ou visões, ou
restaurações, ou qualquer tipo de característica divina para a obra de Deus atual-
mente. Pois sempre acreditara que deveria haver uma Igreja verdadeira na face da
terra, e que a Igreja Católica não tinha todas as características da verdadeira Igreja
de Deus. Ela tinha a mancha podre da “inquisição” e as mortes resultantes das “cru-
zadas”.
Numa noite que não lembro de que mês, mas sei que era inicio de 1988, fui
até o local onde os Mórmons se reuniam. Ficava no centro do Distrito Municipal de
Icoaraci, área metropolitana da cidade de Belém do Pará. Chegando lá, encontrei
apenas o Presidente do Ramo que me recebeu com alegria. Já foi logo me falando
da Igreja e das “verdades” que tinha encontrado na sua vida. E foi me envolvendo
com aquela hospitalidade toda, culminando em me convidar para assistir uma Reu-
nião Dominical que começaria às dezesseis horas no próximo domingo, evidente-
mente.
No dia da reunião, domingo, às dezesseis horas, pontualmente, eu estava lá e
tive uma grande surpresa. Começaram a cantar um hino e alguém já veio sentar ao
meu lado, me dando um hinário e ensinando-me como era que se cantava naquele
hinário. Fui muito bem tratado e o resultado é que me cativaram extremamente até
que fiquei muito convencido de que aquele povo era o “povo de Deus”. Queria me
batizar logo e me unir a eles. Este era com certeza, meu desejo naquela ocasião,
pois eram aparentemente alegres e demonstravam isso. Estavam sempre sorrindo.
Não tinha missionários para me passar as palestras novamente e me batizar naque-
la unidade da Igreja. O nome da unidade era Ramo Pinheiro. Tive que frequentar
assiduamente as reuniões por um mês mais ou menos antes que aparecessem uma
dupla de missionários. Eles também são chamados de Élderes, andam pelas cida-
des em dupla, fazendo o trabalho de proselitismo da Igreja, geralmente, de camisa
branca e gravata.
Um dia, chegaram quatro missionários, duas duplas. Ensinaram-me todas as
seis palestras novamente de segunda a sexta-feira. A reunião batismal fora marcada
para sábado. No domingo, fui ordenado um Sacerdote dentro do Sacerdócio Aarôni-
co. Um mês depois, um Elder dentro do Sacerdócio de Melquisedeque, com direito a
entrevista com o Presidente da Missão Fortaleza, Helvécio Martins. Este homem
chegou a ser chamado para o segundo quórum de setenta d’a Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos últimos Dias. Foi um personagem muito polêmico. Vou colocar futu-
ramente, uma postagem só sobre os meus encontros com este sujeito.
Desde o momento do meu batismo, até o dia do meu desligamento da Igreja,
cerca de dezoito anos, nunca deixei de estar atuando firme e ativamente dentro de
todos os chamados e responsabilidades que tive, fosse ele, Líder da Obra Missioná-
ria, Presidente do Quórum de Élderes, Presidente da Escola Dominical, Presidente
de Ramo, Bispo, Líder do Grupo dos Sumo sacerdotes, membro do Sumo Conselho
da Estaca, etc.

14

Na verdade, era mais fácil faltar os outros integrantes de qualquer organiza-
ção das que citei anteriormente nas suas diversas reuniões, do que eu faltar. Sem-
pre estava presente, convicto, tentando dar o exemplo.
Mas algo aconteceu! Apesar de toda a estrutura física externa como modelo
ideal de Santo dos Últimos Dias, eu trazia comigo algumas dúvidas. E também al-
gumas perguntas que nunca me foram concretamente elucidadas. E isto aconteceu
desde que me batizei, até o presente momento. Com o passar dos anos, descobri
que tinha muito da doutrina Mórmon que eu não engolia sem um questionamento.
Mesmo que silenciosamente. Apesar de toda a aparente firmeza que eu demonstra-
va, como um líder fiel, guardador dos mandamentos, eu sempre tinha algumas dúvi-
das dentro de mim. Dúvidas como, por exemplo:

● A validade e a veracidade do batismo vicário (pelos mortos) nos templos;
● A veracidade do Presidente da Igreja ser um “Profeta Vivo”, pois nunca profetizava
nada, a doutrina é baseada em repetições constantes de vários assuntos;
● A veracidade do Livro de Mórmon, por mais que tente, não dá para engolir. Não
indícios racionais para a história nele descrita;
● A veracidade do “chamado profético” de Joseph Smith e a sua visão de Deus. E a
poligamia? Nunca esclarecida de forma coerente na igreja.

Só os tópicos acima, já eram suficientes para que eu travasse uma fervorosa
luta espiritual comigo mesmo. Mas, também surgiram algumas outras dúvidas ao
longo dos anos. Isso enquanto servi como Bispo da Igreja por oito anos completos.
Eu via dentro da Igreja, em todas as alas, sem exceção, fofocas, intrigas, invejas,
gana pelo poder, pessoas que tinham uma má reputação fora da Igreja e que eram
chamados para serem líderes, passando-se por verdadeiros santos.
Certa vez descobri que um Bispo da Igreja (da outra Ala que funcionava na
mesma capela que a minha), não estava agindo financeiramente de forma honesta
no local onde trabalhava, sendo inclusive, afastado de suas funções. Comuniquei o
Presidente da Estaca sobre o ocorrido para que pudessem, no mínimo, desobrigar o
Bispo de suas tarefas. Infelizmente, nada aconteceu. “Taparam o sol com a peneira”.
Disseram-me que eu não tinha provas e que seria a palavra dele contra a minha e
vice-versa.
Nem sequer foi investigado nada, apesar da firmeza da minha denuncia,
apontando todos os caminhos para a investigação. Analisando este fato agora, che-
go a ficar preocupado. Isto é na verdade, um termômetro para mostrar o quanto eu
estava comprometido com a causa d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias. Quando falavam que eu era um “crentão”, não exageravam. Eu hoje te-
nho ciência de que era muito fanático. Envergonho-me veementemente por essas
atitudes. Estava completamente hipnotizado pela doutrina. Quem me conheceu sabe
que não estou escrevendo nada a não ser a realidade que eu vivenciei.
Não precisa dizer mais nada, apenas que resolvi o problema. Da mesma ma-
neira que eu fui visitar a Igreja naquela noite em Icoaraci. Resolvi sair de livre e es-

15

pontânea vontade através de uma carta através de uma ação administrativa. A maio-
ria dos lideres quiseram fazer de tudo para que eu ficasse, mas eu não mudei mi-
nhas atuais convicções. Não poderia viver em paz comigo mesmo, sabendo que es-
tava numa organização que tem mentira, racismo, preconceito, xenofobia, pedofilia
do primeiro líder da organização.
Resolvi fazer este texto há algum tempo atrás. Agora, transformei ou adaptei
para uma postagem para este novo blog. Espero comentários. As críticas também
serão bem vindas. Sei que receberei também ofensas e passaportes com destino ao
mais quente lugar no inferno Mórmon, as trevas exteriores.
As minhas postagens neste blog serão assim. Espero contar muito mais sobre
a minha vida. Como ela era quando eu era um membro d’a Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias.
Quase todos os artigos serão meus. Os textos e artigos que eu usar, serão
devidamente referenciados e os autores receberão os devidos créditos literários.

LEMBRANÇAS DE UM TEMPO RUIM!

uando eu era um Bispo, muitas vezes, em conversas ou, como é comum dizer
no meio Mórmon, em entrevistas com membros, sabia que estavam mentindo
para mim, mas como afirmavam que eram “verdadeiros Santos”, eu nada podia fazer
além do que o “Manual de Instrução” indicava.
Lembro-me de mulheres que apanhavam dos maridos, chegavam até mesmo
com o olho roxo para a entrevista com o Bispo, mas como sempre, tinham medo e
negavam tudo. Os maridos também negavam qualquer ato de violência contra suas
“amadas esposas”.
Sem perceber que estava sendo manipulado mentalmente, fui levando a vida
como membro d’A Igreja de Jesus Cristos dos Santos dos Últimos Dias por longos
anos, como já disse em outras postagens anteriores, por cerca de uns dezoito anos.
Como Bispo, recebia treinamentos de como lidar com o dinheiro da Igreja. Era
aconselhado a não gastar o fundo de ofertas de Jejum com ajuda aos membros que
estavam passando necessidades, salvo em situações extremas. Como um caso de
perigo de morte, por exemplo. As instruções que eu deveria dar às pessoas, confor-
me o montante de suas dívidas era que deveriam vender os bens de dentro de suas
casas. Uma televisão, ou o carro, caso possuíssem, depois deveriam procurar seus
parentes e amigos, e por último, a Igreja.
Enquanto economizávamos, líderes da Igreja (setentas, Presidentes de Mis-
sões, Coordenadores do SEI) viajavam de avião de todos os cantos do Brasil, e do
mundo, hospedando-se em Hotéis de luxo, por conta da mesma. Muitos desses,
com altos salários, por não fazerem absolutamente nada na Igreja. Para os pobres
nada, para os ricos, tudo.
As reuniões dominicais eram verdadeiras lavagens cerebrais na cabeça dos
membros. Tinha uma que era realizada uma vez por mês, chamavam-na de “Reuni-
ão de Testemunhos”, dentro da Reunião Sacramental. Lá todos subiam no púlpito e
Q

16

diziam, “Eu sei que esta Igreja é verdadeira”. Era uma verdadeira loucura! Pareciam
todos hipnotizados, em verdadeiro transe. Robotizados! Era muito comum, ao findar
quase todos os discursos ou mensagens, o membro dizer, “Eu sei que Deus é nosso
Pai, Jesus é nosso Salvador, esta é a Sua Igreja, Joseph Smith é o Profeta de Deus,
Gordon B. Hinckley ou Thomas S. Monson é o atual Profeta de Deus”. De tanto você
escutar tais palavras, começa a acreditar e mesmo sem fazer sentido algum, come-
ça a não querer questionar. Sem contar que apesar de haver em Curitibanos uma
capela muito bonita. Como edifício que serve para abrigar uma igreja é a mais bonita
e luxuosa da cidade. Entretanto, a organização Mórmon não faz nada pelo povo curi-
tibanense. Não se envolve em assuntos da comunidade. Em assuntos sociais? Na-
da. Nenhum vínculo ou parceria com a Prefeitura Municipal, assistência social ou
órgãos do Estado.
Aliás, esta era uma das minhas grandes preocupações com a Igreja. Ela está
estabelecida no Brasil, tirando dinheiro dos brasileiros, mas por que não constroem
escolas, universidades, creches, hospitais como outras organizações religiosas fa-
zem? A resposta que eu ouvia era a seguinte: “A Igreja no Brasil não é autossufici-
ente”.
Não creio nessa afirmação, nem nunca acreditei nisso. Nunca foi mostrado
para os membros, uma prestação de contas do montante que a Igreja arrecada, no
que gasta, onde e quando gasta.
Os Templos são umas maiores ferramentas para arrecadar dinheiro para a
Igreja Mórmon. Para entrar nos Templos, os membros precisam pagar fielmente
seus dízimos. Estão construindo mais alguns Templos no Brasil, consequentemente,
por essa linha de pensamento, deverão em breve entrar mais e mais dinheiro para
os cofres da instituição.
Isso seria verdade, se houvesse um crescimento real do mormonismo no Bra-
sil. O que não está ocorrendo atualmente. Portanto, esses Templos brasileiros po-
dem também se transformarem em ferramentas de prejuízo futuro para o mormo-
nismo, caso não revertam sua taxa de crescimento rapidamente real.
Certo dia, após me convencer por completo do grande engodo em que estava
metido e de ter gastado uma geração da minha vida nessa organização que não me
trouxe bem algum, mas sim, raiva por ter sido enganado, e por deixar-me enganar,
pedi meu desligamento total, bem como, da minha esposa e filhas. No meu caso fui
prontamente atendido, através de uma ação administrativa. Caso não fosse ou pas-
sasse por situações humilhantes como muitos dos casos expostos na internet atu-
almente faria um escândalo e queria ver onde isso tudo iria parar.
A Igreja livrou-se mim em seus registros. Mas eu nunca pude me livrar da
igreja. Por isso escrevo nesse blog, para alertar as pessoas a não cair nesse engo-
do, tal como eu caí um dia.
O SACERDÓCIO EM AÇÃO!

17

m mês após o meu batismo houve transferências de missionários na Missão
Brasil-Fortaleza! O missionário que me batizou foi transferido para a cidade de
João Pessoa, na Paraíba. Naquela época a Missão Brasil-Fortaleza abrangia uma
extensa área, compreendendo grande parte do nordeste e do norte do Brasil. A via-
gem de Belém do Pará, até a cidade de João Pessoa envolve mais de 2 mil quilôme-
tros por via terrestre.
Como a maioria dos membros conversos da Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias, fiquei muito amigo dos missionários que me ensinaram as pa-
lestras e me conduziram ao batismo. Afinal de contas, eles estiveram comigo duran-
te a maior parte do tempo, antes e depois do batismo, até a data dessa transferên-
cia.
Naquela época, eu estava muito envolvido com a doutrina Mórmon. Tinha en-
comendado vários livros da igreja, fitas Cassete, gravuras e folhetos impressos pela
Igreja, através do Presidente do Ramo Icoaraci. Só para vocês terem uma ideia: Ba-
tizei-me no sábado à noite, domingo recebi o sacerdócio Aarônico, e cerca de um
mês depois, fui entrevistado por Helvécio Martins (Presidente da Missão Brasil-
Fortaleza, na época. Mais tarde foi chamado para o segundo quorum dos Setentas e
para a Presidência de Área Brasileira) e recebi o sacerdócio de Melquisedeque.
Tudo acontecia muito rápido na minha vida de membro novo. Deram-me o
poder de Deus com um mês de membro? Eu sabia o que significava isso? A verda-
de é que eu não compreendia isso! Que poderes adicionais eu ganhara? Nunca cu-
rei ninguém. Cada vez que eu colocava as minhas mãos na cabeça de um doente
eu dizia que “era para ser feita a vontade de Deus e não a minha”. E quando eu di-
zia“seja curado ou sare, em nome de Jesus Cristo”, muitas vezes a pessoa que es-
tava doente morreu. Esse poder de Deus nunca se manifestou comigo. Certamente
nunca curei ninguém após ter recebido o tal Sacerdócio de Melquisedeque. E Olha
que o senhor Helvécio Martins estava com as mãos sobre a minha cabeça, na oca-
sião do recebimento desse tal poder.
Às vezes, tínhamos divisões com outros portadores do sacerdócio nos do-
mingos, no Ramo Icoaraci. A loucura era tanta, que nem almoçávamos. Saíamos da
capela, em duplas, ao meio dia, com destino às casas das famílias que não tinham
comparecido na Igreja naquele domingo. Muitas vezes eu só chegava em casa às
16 horas. Aquilo tudo era uma loucura. Essas divisões aconteciam principalmente
nos domingos de jejum. Várias vezes eu ficava tonto, com aquele calor de Belém,
camisa branca, gravata e sem comer ou beber nada.
Voltando agora à transferência dos missionários! Combinei de levar esse mis-
sionário que me batizou até a rodoviária, para que ele partisse para a sua nova área
de ônibus, à meia noite. Chegamos por volta de 22 horas na rodoviária, numa quar-
ta-feira. Enquanto não era chegada a hora do embarque eu tinha que ficar junto com
esse Élder para que ele não ficasse sozinho. Até hoje não entendo essa paranoia. A
partir da meia noite ele viajaria sozinho, por cerca de 2 mil quilômetros. Mas enquan-
to ele não entrasse no ônibus, não poderia ficar sozinho. Loucuras do mormonismo!
U

18

Resolvemos ir numa lanchonete, na rodoviária de Belém de Pará. Pedimos
um lanche. Lembro que enquanto estávamos comendo, veio um menino moribundo,
desses que estão sempre nas rodoviárias, e chegou para o Élder: “Moço, me dá um
dinheiro, ou me paga algo para comer?” Disse esse menino ao Élder.
Até aquele momento, em meus sentimentos, tinha existido sempre uma boa
impressão desse missionário. Mas depois da resposta que ele deu ao menino pedin-
te, fiquei com um pé atrás. Foi a primeira vez que tive um sentimento negativo de
antipatia a um missionário da Igreja Mórmon. O Élder disse: “Sai prá lá, se afasta!” E
espantou o menino, fazendo gestos com o braço para que saísse de perto dele.
Antes mesmo do menino se afastar, chamei-o para perto de mim e paguei-lhe
um lanche, igual ao que estávamos comendo. Pedi-lhe para que ficasse sentado
próximo de mim, enquanto comia.
Não comentamos nada sobre esse ocorrido. Ficou um clima esquisito entre
eu e o missionário. Ele deve ter se tocado que não agira conforme os mandamentos
pregados na Igreja. Nem de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, a quem
ele dizia representar. Nunca esqueci esse incidente. Ele poderia ter fechado com
“chave de ouro” sua participação na minha vida de membro novo. Mas deixou uma
marca ruim, que até hoje lembro.
Após isso, esse missionário progrediu dentro da Igreja. Foi conselheiro de Es-
taca por longos anos na região metropolitana de Belo Horizonte. Foi Presidente de
Estaca e agora é um membro de um dos Quoruns dos Setenta Autoridade de Área.
Tempos atrás, há um ano mais ou menos, recebi um telefonema dele, tentan-
do me convencer a voltar ao mormonismo. Disse-lhe algumas das palavras que es-
crevo aqui no blog. Falei-lhe sobre a falta de evidencias do Livro de Mórmon, da tra-
dução completamente errada do Livro de Abraão, da fraude da primeira visão, da
poligamia, poliandria e pedofilia de Joseph Smith Jr.
Falei-lhe também da fraude do sacerdócio e para encerrar, prometi a ele vol-
tar para a Igreja no dia em que um portador o sacerdócio fizer nascer dentes em
banguelas ou curar algum amputado.
Falei muitas coisas a ele. Desabafei no telefone. Acho que nunca mais me
procurará ou tentará me convencer a voltar ao mormonismo.
Quando me batizei na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ti-
nha os missionários por praticamente “Santos”. Pessoas que realmente representa-
vam Jesus Cristo aqui na terra. Mas me enganei redondamente. São jovens co-
muns! Jovens privados de algumas fases naturais da juventude, como namoro, es-
tudos, faculdade, desenvolvimento profissional. Estão cegados por uma doutrina que
os impede de progredirem. Pensam, muitas vezes, que são deuses, com poderes
sobrenaturais, mas na verdade, são jovens tolos, infantis e ingênuos. Cometem os
mesmos erros que a maioria das pessoas. Não ajudar uma pessoa, um menino que
está com fome, é uma falha tremenda para um representante de Jesus Cristo.

A INSPIRAÇÃO DIVINA NA FORMAÇÃO DE UMA ESTACA!

19

a formação da Estaca Lages, aconteceu algo que nunca esquecerei, merecen-
do aqui um registro para mostrar como é que funciona a “inspiração” que vem
direta de Deus para os líderes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. Aconteceu no ano de 1996. Fomos chamados para irmos até a cidade de La-
ges, onde ficava a sede do então Distrito de Lages, distante uns 85 quilômetros de
Curitibanos.
A finalidade era sermos entrevistados para a escolha do novo Presidente da
futura Estaca e a composição da sua liderança, que seria organizada no dia seguin-
te, um domingo. O Presidente do então Distrito era um jovem que servira o exército
comigo em 1982. Eu o conhecia desde antes de abraçarmos a causa do mormonis-
mo. Tinha um temperamento grosseiro e era de personalidade forte. Gostava de se
enaltecer, se proclamando um “grosso”. Dizia que aquele “era o jeito de ele ser.”
Lembro que chegamos à capela que abrigava a sede do Distrito de Lages. Enquanto
os homens iam sendo entrevistados, esperávamos nos corredores da capela ou
passávamos o tempo conversando.
Na sala de entrevistas, ficaram três pessoas sentadas atrás de uma grande
mesa. O Presidente da Área Brasileira, o falecido Élder Dallas Archibald, o Presiden-
te da Missão-Brasil-Florianópolis e um recém-chamado, Setenta-Autoridade-de-Área
que era ex-presidente de uma Estaca de Florianópolis. Um jovem que devia ter a
minha idade. Tomo a liberdade de não citar os nomes destes líderes vivos para evi-
tar possíveis futuros problemas. Uso suas presenças apenas para exemplificar, de
forma singela, o quanto não é real a “inspiração” dos Santos dos Últimos Dias, até
que me provem o contrário.
Este último líder estava presente e ficaria incumbido de acompanhar o cres-
cimento da nova Estaca. Lembro que enquanto as entrevistas iam acontecendo, o
então Presidente do Distrito, que estava se despedindo de seu cargo de liderança, ia
distribuindo relógios de mesa para alguns homens que ali se encontravam. Nestes
relógios havia uma marca com o seu nome e um ano, indicando que seria candidato
a vereador nas eleições que em breve ocorreriam. Ele foi chamado para a entrevista
e brindou os entrevistadores com um relógio para cada um, mostrando aos mesmos,
que tinha influência e que era uma pessoa de natureza pública, fazendo o seu mar-
keting pessoal.
Enquanto aguardávamos, tivemos uma surpresa. A porta se abriu da sala de
entrevistas. Anunciaram-nos que as entrevistas pararam e tinham findado. Poucos
homens foram entrevistados, apenas alguns indicados previamente. A nós, os curiti-
banenses, não nos oportunizaram entrar naquela sala, salvo os dois Presidentes de
Ramo, que foram entrevistados e se tornaram Bispos. De repente, surgiram no cor-
redor, o Presidente da Área Brasileira, o Presidente da Missão e o “Setenta” comu-
nicando-nos que já tinham escolhido o Presidente da Estaca.
Disseram que receberam a “inspiração” necessária e que estavam certos dis-
so, pelo “poder do Espírito Santo. Tão certos como a luz do dia,”lembro bem destas
palavras. Eu não fui entrevistado, outros homens também não foram. Ficou certo ar
de “panelinha”, de conchavo e, consequentemente, de “frustração”.
N

20

No dia seguinte, foi chamado o Presidente do Distrito que estava encerrando
a sua gestão para o novo cargo de Presidente da Estaca Lages. O principal vem
agora, ele ao ser chamado, perante todos, quase mil pessoas, num velho teatro alu-
gado para a ocasião, chorava copiosamente. Achei estranho o tamanho do choro.
Parecia que não era de emoção pelo novo cargo. Ele balbuciou algumas palavras no
microfone, elogiando a esposa do Presidente da Missão, que nem falava o portu-
guês. Falou coisas sem nenhum sentido para aquele momento.
O presidente da Área Brasileira, Elder Dallas Archibald falou “que semanas
atrás” estivera organizando a Estaca Vale do Itajaí, também em Santa Catarina. Ele
e os demais companheiros, o Presidente da Missão e o Setenta que ali se faziam
presentes.
Após supostamente, terem entrevistados todos os homens do então Distrito
de Itajaí, não acharam nenhum capaz ou apto a ocupar o novo cargo. Segundo ele,
“não sentimos o espírito nos confirmando” de que alguém daqueles homens poderia
ser o novo Presidente da Estaca.
De acordo com seu relato, parece que encontraram um sujeito que estava
saindo para viajar com a família e que não tinha ido até a capela, onde as entrevis-
tas estavam ocorrendo. Este homem, ao ser chamado às pressas para a entrevista,
ao adentrar a porta da capela fora escolhido prontamente. Segundo o Elder Archi-
bald: “sentimos imediatamente que ali estava diante de nós, o futuro Presidente da
Estaca Vale do Itajaí”.
No mormonismo, para ser chamado ao cargo de Presidente da Estaca, o su-
jeito precisa ter certo “status”, de preferência, ter alguma estabilidade financeira ou
profissional. Deve ser uma pessoa culta e que tenha pelo menos uma graduação
acadêmica. Não chamam nenhum “Zé Mané” pobre ou iletrado para este cargo. Po-
de ser que chamem para Conselheiro ou Secretário, mas não para ser Presidente de
Estaca.
Mais tarde, fiquei sabendo que, se chamassem qualquer pessoa que não
atendesse os requisitos citados, os membros poderiam achar que seu líder não seria
um homem abençoado. Que seu líder poderia ser tachado de falido, vivendo em es-
tado financeiramente deplorável e de maneira descontrolada, ou ainda um ignorante.
Percebi exatamente isso quando chamaram um homem que estava distribu-
indo relógios e fazendo uma pretensa propaganda eleitoral a todos. Mostrando as-
sim, que era um homem mais posicionado na sociedade local.
O famoso “espírito” mostrou aos três líderes que estavam incumbidos da es-
colha, “o homem certo”. O que o “espírito” não disse a nenhum dos três, que aquele
homem, que estavam chamando para ser o primeiro Presidente da Estaca Lages
estava tendo um caso extraconjugal.
De acordo com a doutrina d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, se os entrevistadores soubessem de tal fato não o chamariam, mas o exco-
mungariam imediatamente da Igreja. Este homem, sendo o líder principal do antigo
Distrito, mantinha um caso extraconjugal. Como o “espírito” não falou nada a respei-
to, a nenhum dos três que estavam escolhendo?

21

Prontamente ele aceitou o cargo de Presidente da Estaca, passando seu ato
oculto e despercebido perante quase mil pessoas que estavam presentes. Talvez,
faltou-lhe coragem para enfrentar a situação naquele momento.
Não demorou muito e tudo foi descoberto, provou-se que o “espírito” estava
enganado e que nunca mostrou nada para o presidente da Área Brasileira, nem para
o Presidente da Missão, nem, tampouco ao Setenta-Autoridade-de-Área que ficaria
incumbido de cuidar da nova Estaca. Mais tarde houve a excomunhão do primeiro
Presidente da Estaca Lages.
Não é de chamar a atenção até mesmo do mais leigo? O líder maior do mor-
monismo no Brasil não pôde perceber nada de anormal? Se ele não percebeu nada
é porque a inspiração Mórmon é uma fraude.
Nunca acreditei nessa de “Espírito Santo” orientando os líderes da Igreja
Mórmon. Sempre aprendi que todos os seres humanos são inspirados a realizar al-
go, independentemente se são Mórmons ou não. Se não fosse assim, como explica-
ríamos as grandes descobertas e as invenções? A maioria foi realizada por pessoas
que nem sequer souberam da existência do mormonismo.
Escrevi isso apenas para refletirmos um pouco. Certamente existem muitas
outras histórias semelhantes a essa.

QUESTÕES IMPORTANTES NÃO RESPONDIDAS!

asci em Curitibanos, Estado de Santa Catarina. Converti-me ao mormonismo
com 25 anos de idade. Ao contrário da maioria dos batismos que acontecem na
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fui eu mesmo que me apresen-
tei num Ramo da Igreja em Belém do Pará. Eu queria conhecer mais sobre a doutri-
na da Igreja e acabei fisgado pelas correntes perigosas dos seus ensinamentos. Re-
cebi um livro para ler, com orientações para perguntar à Deus se esse livro era ver-
dadeiro ou não. Apenas por ler o livro de Mórmon, acreditei naquele momento, que
era correto e procurei o que deveria ser o Reino de Deus.
Desde o meu batismo, até o meu desligamento da Igreja SUD, que também
aconteceu por minha livre e espontânea vontade, fui o que muitos membros da Igre-
ja chamavam na época de “Crentão”.
Enquanto estive no meio Mórmon, sempre trabalhei arduamente em minhas
responsabilidades, servindo como Presidente de Quórum, Líder da Obra Missioná-
ria, Presidente da Escola Dominical, Professor em quase todas as classes domini-
cais, Presidente de Ramo e Bispo por oito anos completos. Além de ser também,
membro do Sumo Conselho da Estaca Lages, e Professor do Instituto por sete anos
consecutivos, onde pude ler e estudar todas as chamadas “obras-padrão” da Igreja.
Acreditei piamente em tudo o que me disseram, desde o início. E olha que eu
já era bem adulto quando me batizei. Todavia, estava tão perplexo com todas aque-
las novidades, que ignorava outras “verdades”, se bem que no fundo do meu cora-
ção, sempre haviam questionamentos.
N

22

Com o passar dos anos. Dezoito anos, como membro assíduo da Igreja, a lis-
ta de dúvidas foi aumentando. Sou Economista e, felizmente, não fui ingênuo a vida
toda. Algumas destas perguntas sem respostas, acumuladas durante anos, eu pos-
so compartilhar com vocês sem nenhum receio.
Como fui professor e líder dentro da Igreja Mórmon quase o tempo todo en-
quanto membro, enquanto ensinava, pesquisava, e as dúvidas surgiam.
Como poderia Néfi e apenas um pequeno grupo de homens construírem um
templo como o de Salomão, quando Salomão levou 70 anos, com mais de 180.000
trabalhadores, para concluir o templo em Jerusalém? De acordo com 2 Néfi capítulo
5, os nefitas completaram seu templo em menos de 20 anos! Além disso, os miné-
rios preciosos usados por Salomão estavam à disposição de Néfi ou não? No versí-
culo 15 diz que eles os usavam em grande abundância, mas no versículo seguinte
(5:16) ele diz que eles não podiam ser encontrados na terra!
Se o Livro de Mórmon é verdadeiro e Deus é ao menos consistente, por que
então os desobedientes não ficam com a pele escura conforme 2 Néfi 5:21-23? Mais
importante ainda, porque os lamanitas não ficaram brancos e belos depois de aceita-
rem o Evangelho como fizeram em 3 Néfi 2:11-16?
Jacó 4:1 nos diz que apenas poucas palavras podem ser escritas por causa
da dificuldade de gravar as placas. Por que, então Deus inspirou os profetas nefitas
a serem tão enfadonhos? Há inúmeros exemplos. Muitas frases contêm 200 a 300
palavras. Há 2000 vezes a frase "e aconteceu que". Mas o melhor exemplo está em
4 Néfi 1:6, onde 57 palavras são usadas apenas para dizer que 59 anos se passa-
ram.
Apóstolo Mórmon James Talmage disse que o livro de Mórmon não continha
nada de absurdo e irracional (Articles of Faith, p. 504). Se isso é verdade, o que di-
zer dos barcos/submarinos dos Jareditas? Éter, capítulo 6 nos diz que um "vento
furioso" impulsionou os barcos para a Terra Prometida, e esta jornada demorou 344
dias. Mesmo se o vento furioso só pudesse empurrar os barcos a 16 km/h, a distân-
cia percorrida seria quase 133 mil quilômetros ou o suficiente para darem mais de
três voltas ao redor do globo! Será que essa afirmação de 344 dias é razoável?
A "Lei da Progressão Eterna" ensina que os deuses são homens que passa-
ram por uma vida mortal (semelhante à da Terra), obedeceram as "leis do evange-
lho" e já receberam a sua exaltação. Como pode o Espírito Santo ser um Deus sem
um corpo? Como Cristo poderia ter sido um Deus, uma vez que Ele também estava
sem um corpo até 2000 anos atrás? Se Deus, o Pai, uma vez foi um homem, por
que esse fato não é claramente enunciado em D&C? Uma vez que só Deus o Pai
possuía um corpo na criação, por que ele não disse "Façamos o homem à MINHA
imagem" e não "à NOSSA imagem"?
Como o Livro de Mórmon não ensina que Deus tem um corpo, os Mórmons
normalmente vão ao Velho Testamento para provar que Deus tem um corpo falando
a Moisés "face a face", etc. Mas também ensinam que o Deus do Velho Testamento
é Jesus Cristo antes de sua encarnação. Portanto, todos os versículos usados no
Antigo Testamento, depois de Gênesis 31, para provar que Deus tem um corpo de

23

carne e ossos, não podem ser usados, pois Jesus não havia recebido seu corpo até
o final do Antigo Testamento. Qual é a resposta para esse paradoxo teológico?
Se Jesus Cristo não foi concebido pelo Espírito Santo, mas é o "unigênito lite-
ral" do Pai, como Ele poderia ter nascido de uma virgem como é declarado pelo An-
tigo e Novo Testamento, assim como no Livro de Mórmon (Alma 7:7:10)? Ainda
mais, seria Jesus Cristo filho do Espírito Santo Deus ou do Deus Pai, outro membro
da trindade?
Se o Presidente da Igreja recebe revelações, por que não houve qualquer
adição ao cânon das Escrituras desde 1847?
Todo mundo fala sobre o "Anjo Morôni". Porém, se ele foi um grande profeta e
líder dos nefitas, e foi um homem justo e piedoso de Deus, por que ele não alcançou
a divindade, juntamente com Abraão, Isaac e Jacó? Por que ele permaneceu como
anjo? (D&C 132:17-37) Ele não era casado?
Por que não há uma revelação publicada sobre como preencher uma vaga do
Primeiro Quórum dos Setenta? Isto é especialmente importante, pois tem sido colo-
cado de lado durante todos esses anos (por quê?). E a vaga não é preenchida de
acordo com o padrão estabelecido pela revelação original: D&C 107:95 explica cla-
ramente que os sete presidentes do Primeiro Quórum são os únicos que podem es-
colher os outros 63 membros, e não o Presidente da Igreja.
Qual é a explicação para o fato de que Oliver Cowdery ter escrito oito cartas
no “Messenger and Advocate”, começando em 1834, que continha mais de 15.000
palavras sobre o seu batismo e o de Joseph, realizados por um anjo, mas este anjo
não se identificara? No entanto, anos mais tarde, tanto Cowdery quanto Smith disse-
ram saber na época (1829) que o anjo era João Batista!
Por que não há quaisquer referências no Livro de Mandamentos sobre a Pri-
meira Visão, a identidade de Morôni, a restauração do sacerdócio, a identidade de
Pedro, Tiago e João, ou de João Batista?
Se a Primeira Visão era de conhecimento geral no momento em que aconte-
ceu, e se foi a causa da "grande perseguição" de Joseph (JS 2: 22), porque não há
NENHUMA referência sobre ela antes de 1831? Nada é mencionado em nenhuma
fonte SUD conhecida (diários, cartas, sermões, revelações, ou publicações em ou-
tras igrejas) ou mesmo em fontes "hostis", como jornais gentios, revistas, etc.
Joseph teve uma “revelação de Jesus Cristo” em D&C 84, em que Jesus dis-
se nos versículos 21 e 22 que nenhum homem pode ver o rosto do Pai e viver a me-
nos que tenha o sacerdócio. Joseph não recebeu qualquer sacerdócio até 1829,
mas ele disse que viu o Pai e o Filho em 1820. Onde está o erro - na seção 84 ou na
história de Joseph sobre a visão?
D&C 104:1 mostra Jesus dizendo que a Ordem Unida seria uma ordem eter-
na, até que "Eu venha", mas a Ordem falhou e foi dissolvida, e o Senhor ainda não
veio. Por quê?
O Livro de Mórmon declara que ninguém pode ler "Egípcio Reforma-
do" porque foi "alterado". (Mórmon 9:32-34) No entanto, Joseph relatou a história de
Martin Harris (JS 2:62-64) visitando o Prof. Anthon, que teria dito que a tradução dos

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caracteres estava "correta". Como o professor saberia se ela estava correta sem
contradizer o que está no próprio Livro de Mórmon? A importância do Urim e Tumim
na tradução do Livro de Mórmon é muito destacada e citada atualmente. Qual é a
explicação para este fato? Os principais envolvidos com o processo de tradução
(Emma Smith, Martin Harris, Oliver Cowdery e David Whitmer) concordam que a
maior parte da tradução foi realizada por Joseph com seu rosto enterrado em seu
chapéu com uma pedra nela e que as placas de ouro geralmente não estavam pre-
sentes? Ainda, o Urim e Tumim que veio com as placas foram retirados de Joseph
após o extravio das 116 páginas. Portanto, ele não teria traduzido o Livro de Mór-
mon com o Urim e Tumim!
A igreja SUD alega que Pedro, Tiago e João foram a Primeira Presidência
original da Igreja, mas eles foram contados entre os Doze Apóstolos. Hoje temos os
Doze Apóstolos e mais três que formam a Primeira Presidência. Por que há agora
12 apóstolos e mais 3 na Primeira Presidência? Além disso, alguns anos atrás, o
Presidente McKay expandiu a Primeira Presidência, até que teve um total de seis
membros, com a afirmação de que a necessidade era por causa do aumento de tra-
balho e o crescimento da igreja. No entanto, Joseph Fielding Smith retornou o núme-
ro para os Três originais, que permanece até hoje, embora os números de membros
na igreja superam os de antes. Qual é a explicação?
Os SUDs acreditam que após a vinda de Cristo, pelo menos 4 apóstolos da-
quela época permanecem vivos até hoje. Estes seriam João e os 3 discípulos nefi-
tas, que possuíam o ofício de Apóstolos, como alguns na igreja SUD. Como poderia
haver uma apostasia total, se o ensino atual é que, enquanto um único Élder perma-
necer vivo, ele tem o poder de reorganizar a igreja e todos os seus sistemas estrutu-
rados?
Não há um único trabalho SUD produzido que não tenha sido alvo de cente-
nas e até milhares de mudanças como adições, exclusões e correções. Muitas des-
tas alterações são de natureza muito maior do que simples correções tipográficas, e
todas foram feitas sem indicações. Mesmo garantindo à Joseph o "direito" de revisar
o suposto mandamento de Deus (mesmo que seja difícil fazer isso quando estamos
falando de casos que envolvem fatos históricos), por que há mentiras associadas à
essas mudanças? Nenhuma das datas foi mudada até o momento em que as reve-
lações foram revisadas, não há uma única posição em D&C, Pérola de Grande Va-
lor, ou no Livro de Mórmon que indique uma revisão, nem é reconhecido abertamen-
te pelos líderes da igreja que tais alterações foram feitas. Alguns líderes religiosos
têm mesmo mentido em público sobre estas alterações. Por quê?
Se o batismo pelos mortos é uma doutrina cristã “suprimida”, e que data da
época apostólica, por que Paulo usa o pronome "eles" em vez do pronome pessoal
"nós" ou "vós" quando se refere à tal prática? Usando a mesma perspectiva! Se a
apostasia da Igreja Cristã foi responsável por interromper tal prática. E também é
culpada pela remoção de "muitas coisas claras e preciosas" da Bíblia. E Paulo refe-
re-se a um grupo cristão batizando seus mortos, por que então esta referência per-

25

maneceu na Bíblia, especificamente em um capítulo dedicado exclusivamente às
doutrinas para a ressurreição?
Se ninguém pode receber o Espírito Santo sem a imposição das mãos, por
quem possua "autoridade", como os casos de Cornélio (Atos 10:11 -7), Joseph e
Oliver (JS 2:73), os 12 discípulos nefitas (3 Néfi 9:13), e Adão (Moisés 5:9-10) po-
dem ser explicados? (Especialmente no caso da casa de Cornélio, pois ele ainda
não era batizado).
Todos os presidentes da igreja SUD não são apoiados como "Profeta, Vidente
e Revelador"? Por que Joseph não sabia que Esaisasis era o nome grego de Isaías
(D&C 76:100)? Por que ele não sabia que Elias é o nome grego de Eliloh (D&C
110:12-13) e não poderia ser o nome de um profeta hebreu, no tempo de Abraão?
D&C 84:4 diz que a Nova Jerusalém e o templo seriam construídos "nesta
dispensação" para reunir os santos. Eles ainda não foram construídos. Passaram-se
179 anos desde que a profecia foi dada. Mesmo admitindo o conceito longo (e inédi-
to) de 100 anos ser uma geração (4 Néfi 18 e 22), o prazo para conclusão está muito
atrasado. A reunião dos santos em Sião parou e Brigham Young, Orson Pratt, e ou-
tras Autoridades Gerais ensinaram que "esta geração" claramente significava a ge-
ração que estava viva em 1832. Mas todos eles já faleceram. A questão é: como
podemos escapar à conclusão de que Joseph era um falso profeta, como é exigido
pelo teste de um verdadeiro profeta encontrado em Deuteronômio 18:20-22? Ou se-
ria Brigham o falso profeta?
Como Joseph poderia carregar a placas de ouro tão facilmente, e como as
testemunhas poderiam ter "erguido" as placas sem nenhuma dificuldade (registrado)
quando as placas deveriam pesar muito mais de 100 kg? (As placas teriam aproxi-
madamente, em centímetros, 18 x 20 x 15 e o ouro pesa 546,4 quilos por metro
quadrado – faça as contas!)
Brigham Young disse: "os únicos homens que se tornaram deuses, até mes-
mo os filhos de Deus, são aqueles que entraram na poligamia" (The Journal of Dis-
courses 11: 269).Como posteriormente a igreja cedeu à pressão do governo e sus-
pendeu a prática da poligamia, como os mórmons podem ter esperança de se torna-
rem deuses?
Deus rejeitou o avental de folha de figueira que Adão e Eva tinham feito (Gê-
nesis 3:21).Por que o avental de “folha de figo” é utilizado na cerimônia do templo
para lembrar a queda?
Quando o Metropolitan Museum of Art deu à Igreja os papiros originais em
1967, por que o Presidente da Igreja não assumiu a tarefa de completar a tradução
do Livro de Abraão?
John Taylor disse que Joseph prometeu fornecer à igreja “mais extratos do Li-
vro de Abraão" (TJS v4:95S), mas sabemos que ele não cumpriu o que prometeu.
Mas o que impede que o Vidente conclua os trabalhos de Joseph?
Muito se fala sobre o nome da igreja pelos missionários. Eles alegam que não
havia nenhuma igreja na face da terra, chamado "A Igreja de Jesus Cristo", quando
a igreja mórmon foi restaurada em 1830. Qual é a explicação para o fato de que a

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igreja mudou de nome duas vezes nos primeiros oito anos de sua existência? Se-
gundo o Livro de Mórmon (3 Néfi 27: 7-8), era para ela ser chamada pelo nome de
Cristo, e nos seus primeiros quatro anos foi chamada de "Igreja de Cristo". Porém,
em 1834, o seu nome foi mudado para "Igreja dos Santos dos Últimos Dias." Então,
finalmente, em 1838, tornou-se "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias”. Não haveria aqui um grave problema de contradição, pois Jesus fez questão
de instruir os nefitas sobre como a igreja deveria ser nomeada, e deve-se supor que
Cristo teria informado exatamente o mesmo à Joseph, mas apenas em 1838 a Sua
vontade seria cumprida?
Se a igreja é a restauração da igreja do Novo Testamento, como um menino
de 12 anos pode ser um diácono? (I Timóteo 3:8-12) O argumento de que "os tem-
pos mudaram" não pode ser usado, pois Brigham Young concordou com Paulo que
o chamado de um diácono não era para os meninos. (Journal of Discourses 2:89)
Enoque tinha 430 anos de idade quando foi transladado (D&C 107:49, Moisés
8:1) ou tinha 365 anos de idade? (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 170,
Gênesis 5:21-23)
São tantas perguntas sem respostas que fiquei literalmente confuso. De acor-
do com os ensinamentos da igreja, foi negado o sacerdócio à raça negra e todos
aqueles que tivessem "uma única gota de sangue negro" não possuiriam o sacerdó-
cio nesta vida. Infelizmente, as escrituras SUDs ainda dizem que a pele negra é a
marca de uma maldição. Qual é então a justificativa para este mandamento e reve-
lação ter mudado? Deus, por acaso, teria mudado Sua vontade?
Pararei por aqui, as questões acima estão muito bem referenciadas com es-
crituras da Igreja.
A maior decepção da minha vida foi ter me batizado numa Igreja fundamenta-
da em mentiras. Não há nada ali que possa ser aproveitado. É uma pena que eu
tenha pagado tanto dinheiro como dízimos e ofertas, caravanas aos templos. Eu era
Oficiante do templo de São Paulo e Porto Alegre. Tem muito, mas muito mais mes-
mo que você não sabe. Nem eu sabia enquanto membro.
Se alguém puder me convencer de que estou errado, de modo racional, pedi-
rei humildemente desculpas a todos e retornarei para a Igreja.

ENGANANDO AS PESSOAS!

ecebi via comentário, um texto que julguei muito interessante, para transformá-
lo em postagem no blog. A pessoa que escreveu não quis se identificar. Mas o
conteúdo mostra claramente como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias age na manipulação das mentes das pessoas, com relação ao livro de Mórmon.
Preste bem atenção nesse texto extraído do Manual do Livro de Mórmon. Referên-
cia: Livro de Mórmon (Curso de Religião 121-122) Manual do Aluno p.10. A fonte é
R

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material produzido e publicado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias.
1

Os vestígios daquela batalha horrível não mais existem (o autor já começa o
texto dando um veredicto). Os ossos há muito se acham sepultados na terra, (Se a
igreja sabe que os ossos estão lá sepultados, por que então não os desenterra?) as
flechas se decompuseram, o couro apodreceu, as espadas, escudos, cimitarras e
armaduras corroeram-se pela ferrugem (Veja que o autor elimina de uma só vez,
tudo o que poderia comprometer o Livro de Mórmon. Não adianta nem ir lá ao Monte
Cumorah. O assunto está encerrado); mas a obra tão aflitiva, laboriosa e carinhosa-
mente concluída por Mórmon e Morôni sobreviveu. Seus anais foram preservados
através dos séculos em placas de metal(reparem que a igreja não usa a palavra ou-
ro, mas metal), foram retiradas por algum tempo de Cumorah por Morôni, e entre-
gues a Joseph Smith (uma correção: não houve uma ocasião em que elas foram
entregues a ele, ele foi ao Monte Cumorah e as pegou numa caixa de pedra, que
pelo jeito estava à flor da terra). Esta obra vive hoje em dia. Você esta prestes a per-
correr um dos mais importantes livros de nossa época (faltou citar pelo menos um
dos outros livros mais importantes. Você leu: “Um dos mais importantes”, pelo jeito a
igreja também acha que outros livros rivalizam com sua obra maior). Na história do
mundo, somente outras escrituras podem se comparar a ele (Nem o autor as enten-
de mais. Ele se refere à história do mundo. Fatos ocorridos em milhares de anos, ou
de nossa época?). “Sua jornada o levará através de milhares de anos de história,
por uma rota trilhada por civilizações, conhecendo a vida de alguns dos piores ho-
mens que já existiram”.
Pelo jeito Hitler perdeu o posto de maior sanguinário da história. Uma curiosi-
dade: quem será que encontraremos no Livro de Mórmon que poderá ultrapassá-lo
em maldade? Fica aí a pergunta.
O texto foi feito por encomenda por algum funcionário da igreja. O que me as-
susta é a coragem de afirmar, sem respaldo nenhum, que a batalha que vitimou mi-
lhares (ou milhões) de vidas virou pó ou lama. É uma afronta à inteligência do mais
inexperiente dos leitores. Vejam até aonde o ser humano pode chegar. É nesse tipo
de pesquisador que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se escora
para ocultar as possíveis provas materiais do Livro de Mórmon.
Vestígios arqueológicos, de civilizações contemporâneas às descritas no Livro
de Mórmon são descobertas aos montes. Só as do Livro de Mórmon é que ninguém
jamais as viu.
Diferentemente dos “pesquisadores” com salários pagos pela Igreja, no mun-
do da arqueologia é possível sim, encontrar vestígios arqueológicos, tão antigos
quanto às ditas civilizações relatadas no Livro de Mórmon.2

1
Manual do Livro de Mórmon. Referência: Livro de Mórmon (Curso de Religião 121-122) Manual do
Aluno p.10.
2
http://apocrifos.vilabol.uol.com.br/arqueologia.html

28

A DIFICULDADE DE ACEITAR A REALIDADE!

as postagens passadas, percebi pelos comentários dos membros Mórmons, a
grande falta de informações atualizadas e evidencias comprobatórias do mor-
monismo para o mormonismo. Claro que estou me referindo às informações direcio-
nadas para aos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Muitos são os estudos realizados por não membros da Igreja e Ex-Mórmons, em
vários campos da ciência. Esses estudos têm seus resultados disseminados em li-
vros, sites e blogs, tentando provar, através de testes e pesquisas, se o mormonis-
mo tem realmente alguma verdade, como se propõe.
Entretanto! Para minha surpresa, muitas mentiras e devaneios de pesquisa-
dores, ligados à igreja, ainda são aceitos pela maioria dos membros da Igreja SUD.
Tenho constatado isso, através dos comentários Mórmons aqui no blog. Um dos
exemplos mais surpreendentes foi o caso da pedra “Stella 5”. Isso já foi mais do que
provado, tratar-se de um erro grotesco de pesquisadores da Universidade Mórmon
Brigham Young. Eles tentaram ligar uma pedra com inscrições encontrada em Izapa,
México com o sonho de Lehi. Foi muito bizarro! Outro engano foi o sítio arqueológi-
co, “El Mirador” na Guatemala. É difícil incutir na cabeça dos adeptos do mormonis-
mo que Maias e Nefitas não têm nada em comum. Mas para os membros da igreja
desinformados são o mesmo povo.
Não posso culpar os membros da Igreja pela falta de informações. Afinal a in-
ternet está disseminando continuadamente sobre o mormonismo no mundo todo.
Culpo aos mantenedores da doutrina, seus líderes, membros dos quóruns dos se-
tentas, apóstolos e a presidência da Igreja, por não abrir uma possibilidade, para os
membros SUDs pesquisarem e lerem o vasto material que os críticos escrevem, pu-
blicam ou falam sobre o mormonismo. Eles não crêem que a doutrina Mórmon é
verdadeira? Do que têm medo então? De perder as ovelhinhas? Se temerem por
isso, não se garantem. Então, algo não está certo. É a doutrina que não está certa!
Lembro nitidamente! Há alguns anos atrás, eu estava lendo um livro de Erich
Von Däniken. O nome do livro era “O Grande Enigma”. Numa certa altura, o texto
tratava de uma correlação entre uma construção encontrada na Bolívia e o suposto
templo construído por Néfi, descrito no Livro de Mórmon. Evidentemente que o autor
precisou mostrar para seus leitores, um pouco sobre Joseph Smith Jr. Pois bem! Eu
lembro que fui emprestar esse livro para uma mulher, membro da igreja SUD. Ela
deu uma folheada no livro e me devolveu o livro subitamente. Perguntei-lhe a razão.
Ela disse, não posso ler nada que fale mal de Joseph Smith.
Baseado nessas premissas! Só posso afirmar que, os líderes da Igreja, não
podem provar a veracidade de sua doutrina. Se pudessem deixariam os membros
livres para olharem e pesquisarem, inclusive o material crítico da doutrina Mórmon.
Se quisessem ou pudessem provar que a Igreja é mesmo verdadeira, deveriam fo-
mentar no meio dos membros o estudo e a investigação científica, dos fatos relacio-
nados ao mormonismo. Quer esses fatos fossem produzidos por fontes ligadas à
N

29

Igreja ou não. Se não fazem isso, concluo que querem manter os membros, mais
amarrados possíveis dentro dos laços da ignorância da doutrina Mórmon.
A impressão que tenho é que, quanto mais os membros da igreja SUD fica-
rem dentro do “cercado” imposto pela doutrinação dos Santos dos Últimos Dias,
mais estarão à mercê dos desejos alienistas da liderança americana. Isso para mim
é evidente! Quando leio qualquer comentário feito por membros ativos da Igreja
SUD, acabo percebendo que não assimilam o óbvio. Não posso deixar de descartar
o hipnotismo coletivo. A auto-sugestão. Está tão óbvio o que escrevo contra a vera-
cidade do Livro de Mórmon.
Aparentemente, não consigo persuadir os membros SUDs, creio que só apa-
rentemente. Eu creio que em algum lugar, alguns deles lerão de forma curiosa, os
escritos deste blog. Estes avaliarão e “pesarão em suas balanças cognitivas” as in-
formações. Tomando o partido mais racional. Para mim, os que saírem da igreja
através de uma avaliação racional, se desvencilharão das amarras impostas pela
doutrinação dos Santos dos Últimos Dias.
Outro exemplo de ignorância persuasiva dos membros SUDs diz respeito ao
crescimento da Igreja Mórmon. É fato que o crescimento via batismos é praticamen-
te nulo pelos últimos 10 anos. Ou seja, não houve crescimento de membros. Entre-
tanto, para a maioria dos membros, que comentam no blog, isso é uma mentira ab-
surda. As capelas estão cheias, as Alas estão dividindo e “tudo vai muito bem em
Sião”.
Espero que os membros da Igreja possam ser mais liberais e mais indepen-
dentes, desvinculando-se dos ensinamentos alienatários de seus líderes. Que pos-
sam exercer definitivamente o tão pregado livre-arbítrio. Caso contrário, livre-arbítrio
é apenas uma palavra composta para o mormonismo, não tendo significado algum
na prática.

NÃO HÁ PROVAS DO LIVRO DE MÓRMON!

lguns membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, já come-
çam a admitir que não há geografia do Livro de Mórmon. Definitivamente! Nunca
foram encontradas evidências, em nenhum lugar, nas Américas, que possam com-
provar a existência de cidades, escritos em caracteres denominados “egípcio refor-
mado”, em placas de ouro ou outro metal, nem tampouco foram encontradas, moe-
das ou resquícios de metais fundidos, que datasse da era pré-colombiana.
Como se os milhões Ex-Mórmons já não soubessem disso. Não há tal coisa
como a geografia do Livro de Mórmon. Bem ao contrário da geografia da bíblia.
Qualquer pessoa pode ir para o Oriente médio e encontrar Jerusalém, Belém e Jeri-
có. Mas ninguém consegue encontrar uma única cidade descrita no livro de Mórmon.
Nem há mapas que possam levar-nos até suas ruínas.
O que me chama a atenção é o fato de que a liderança da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, especificamente os membros dos Quoruns dos
Setenta, Doze Apóstolos e a própria Presidência, em época alguma, desde a funda-
A

30

ção da Igreja por Joseph Smith Jr., puderam fornecer detalhes que levassem qual-
quer pessoa à confirmação da existência dessas cidades ou mapas.
Mas o mais importante agora é que muitos membros da Igreja Mórmon estão
admitindo a impossibilidade de provas, da geografia do livro de Mórmon. Eu mesmo,
se não tivesse saído do mormonismo, com certeza já estaria afirmando para todos
que não há provas.
Onde isso pode levar os membros da Igreja? Todos os sucessores de Joseph
Smith Jr. afirmaram que o Livro de Mórmon é uma espécie de “pedra de fundamen-
to” para o mormonismo. Se esse livro é verdadeiro, então, segundo esses mesmos
homens, a doutrina é verdadeira. Mas se o livro não for verdadeiro, então, conse-
quentemente o oposto é verdadeiro?
Em pleno século XXI, onde os meios de comunicação difundem o conheci-
mento em “nano minutos”, não dá simplesmente, para aceitar nada, que não tenha
comprovação científica.
O interessante é que a liderança da Igreja SUD quer que o mundo aceite o li-
vro de Mórmon como verdadeiro, através de sentimentos como, “calorzinho ou dor-
zinha do peito, sensações de bem-estar ou calma”. Mas não admite a existência de
uma única prova comprobatória do livro. Os constantes pronunciamentos, nos prin-
cipais meios de comunicação, de membros da liderança nos últimos tempos, deixam
bem evidentes essa idéia. O Apóstolo Mórmon, M. Russel Ballard disse que não há
provas científicas de que o livro de Mórmon seja verdadeiro. Gordon B. Hinckley, o
antecessor de Thomas S. Monson disse, que os estudos científicos feitos por reno-
mados geneticistas, com os descendentes de índios americanos, comprovando que
99,6% são as chances destes serem descendentes de povos orientais, e os outros
0,4% são, as chances de serem descendentes de europeus com uma vaga chance
de mistura com povos africanos, que são “especulações”. Isso mesmo, um jornalista
alemão fez a pergunta numa coletiva, na ocasião dos jogos olímpicos de inverno em
Salt Lake City. O profeta Mórmon não sabia o que responder. Então disse que “são
especulações”.
Se a própria liderança da Igreja não tem comprovação cientifica da geografia
ou qualquer outra comprovação do livro de Mórmon, como querem que as pessoas
comprem esse produto? É a mesma coisa que vender sabão que não lava nada.
Pensem nisso ao receber os missionários em suas casas.
O SEGREDO DE SUCESSO DA MORMON INC.

ucesso no mormonismo é uma palavra confusa! É uma palavra medida por nú-
meros e estatísticas. De acordo com a Igreja SUD, em 1920, os números indica-
vam cerca de ½ milhão de Mórmons na face deste planeta. No ano 2000, o número
subiu para mais de 10 milhões. Isso representa um aumento de 2000% em 80 anos.
Isso foi sem dúvida, um sucesso para o mormonismo.
O sociólogo americano em religião, Rodney Stark previu em 1998, afirmando
para os Santos dos Últimos Dias (SUD), que a igreja aumentaria para 265 milhões
S

31

de membros até o ano 2080. Ou seja, de acordo com essa previsão, ela será a única
grande religião mundial que surgiu, desde o aparecimento do Islã, no século
VII. Caso se concretize, essa previsão será, sem dúvida, um sucesso enorme para o
mormonismo.
Mas agora vejamos outro ângulo dos dados de crescimento da Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Albert Einstein falou certa vez, que o resul-
tado de sua genialidade foi devido ao emprego de seu trabalho, em percentuais que
variaram de 1% até 99%. Se ele teve razão nisso, seria errado falar, que o sucesso
de uma “verdade” seria resultado de 1% a 99% de seu marketing? Afinal de contas,
o negócio de uma religião é a comunicação em primeiro lugar. Então, se alguns gru-
pos religiosos estão fazendo a coisa certa e obtêm sucesso, será que os outros gru-
pos devem estar fazendo algo errado?
O estudo de caso da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é
único. Não tanto porque ele seja um fenômeno, mas porque é bem divulgado, por
mais que alguns dados permaneçam ocultos. É possível traçar ou delinear alguns
resultados ou conclusões.
Existem outros grupos religiosos que saíram da linha principal do cristianismo,
aproximadamente no mesmo período dos Mórmons e decolaram além. Agora estão
maiores que o mormonismo (Adventistas do Sétimo Dia, com cerca de 20 milhões de
membros) ou mais rápidos (Testemunhas de Jeová com taxa de crescimento de
6% a.a.). É incerto expor aqui, se qualquer atributo de “força”, resulta em “sucesso”
para os grupos religiosos. A lógica diz que geralmente o sucesso, se resume numa
boa gestão. Esses dois exemplos, Adventistas e Testemunhas de Jeová, aparente-
mente cresceram, devido à concentração e a empregabilidade de forças, na doutrina
peculiar de cada uma das entidades.
Diferentemente de muitas denominações religiosas, a igreja SUD é adminis-
trada como uma corporação de empresas. Analogicamente, usaremos outra empre-
sa, a Coca-Cola. Ambas as empresas se originaram na América, por americanos.
Tornaram-se multinacionais sediadas nos Estados Unidos. A Coca-Cola tem sua
“receita secreta”. Ela nos dá a bebida. A igreja SUD tem suas “placas de ouro secre-
tas”. Estas nos dão o livro de Mórmon. Ambas as corporações são comandadas por
um CEO (Chefe executivo) e seus assistentes. O Profeta Mórmon é assistido por
assistentes conselheiros. Ambos são usuários pesados da mídia. A Coca-Cola faz
uso de outdoors gigantes e seus anúncios estão em estádios gigantescos de Fute-
bol. A igreja SUD conta com seus missionários, que fazem suas “vendas diretas” de
porta em porta e ainda faz alguns patrocínios Olímpicos.
Ambas as corporações são destaques em seus respe ctivos merca-
dos. A Coca-Cola é um nome forte no mercado de ações, na Dow Jones. A igreja
SUD é um nome forte no noroeste dos Estados Unidos. A Coca-Cola, por vezes,
sofre com sua reputação. Isto é péssimo para o nome de uma grande empresa. A
Igreja SUD também, a mesma é considerada como a 7ª maior denominação religio-
sa nos Estados Unidos, mas é superada pelos católicos que estão em
1 º lugar. A Coca-Cola imprime seus dados financeiros anuais para atrair seus inves-

32

tidores. A igreja SUD anuncia anualmente, a demografia social de Utah. As menores
taxas de condução ao aborto, embriaguês e divórcio do país. Esta é a mensagem
Mórmon! "Se você tiver fé (e dinheiro), invista em nós - Somos avessos ao erro, so-
mos moralmente conservadores e estamos certos”.
É tão óbvio o exemplo corporativo da Igreja SUD, que a revista “Time”, numa
reportagem de capa do ano de 1997 a apelidaram de "Mórmon Inc." - chamando a
atenção para um pequeno império de mídia conhecidos, finanças e imóveis.
Os líderes Mórmons e leigos geralmente usam seus mesmos ternos escuros
na igreja. Os encontros na Igreja SUD são realizados em Capelas e Templos. Em
salas distintas, cheias de formalidades, tais como reuniões, entrevistas e quó-
runs. Os resultados de batismos, recebimento de dízimos e ofertas são auditados
regularmente.
Os missionários também relatam seus resultados para os Líderes Distri-
tais, que se reportam aos Líderes da Zona, que se reportam ao Presidente da Mis-
são.
O uso de uma filosofia corporativa em assuntos religiosos, às vezes deixa os
membros mais críticos sob um sentimento de pressão e nervosismo. Principalmente
quando o crescimento da sua igreja fica estacionado ou estagnado, como nos últi-
mos 10 anos na igreja SUD. Esses membros dizem que o sistema corporativo é a
“raiz do mal”.
Olhando por outro ângulo, as técnicas corporativas podem também ser uma
boa oportunidade administrativa. Como uma empresa poderia controlar cerca de 14
milhões de membros em 28600 alas e ramos, que falam 175 línguas em 150 paí-
ses? A mesma curva de faturamento de uma grande empresa multinacional também
mede o desempenho dos membros de uma igreja no mundo todo.
Muitos críticos religiosos apontam os ensinamentos bíblicos. Alertam que a
igreja não deve atuar como um mercado composta por mercadores gananciosos.
Nesse mesmo aspecto, a bíblia não proíbe a igreja de cooperar com esses mercado-
res.
No caso da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, cerca de
140.000 membros trabalham de forma voluntária em tempo parcial ou integral.
Abrem mão de salários que chegariam perto de 700 milhões de dólares mensais.
Para gerenciar todo esse sistema complexo, misturando empresas com finali-
dade de lucro e religião, há a necessidade de gerenciamento por líderes bem instru-
ídos em disciplinas espirituais e seculares.
A esmagadora maioria, dos que estão em escalões superiores, da hierarquia
SUD são profissionais altamente qualificados. Entre a Primeira presidência e o quo-
rum dos 12 apóstolos há pelo menos, 4 MBAs, 2 Juristas e 13 Doutorados: incluindo
um engenheiro mecânico, um cirurgião, um físico nuclear, um ex-prefeito e um ex-
juiz da Suprema Corte de Utah.
O próprio Thomas S. Monson, o atual “profeta vivo”fez sua graduação
na Universidade de Utah. Mais tarde, ele recebeu seu MBA pela Universidade de
Brigham Young. Ele também possui bacharelado de Juiz da Universidade de Utah e

33

é Doutor Honorário em Direito da Universidade de Brigham Young. Ele foi premiado
como Doutor de honoris causa, doutor da Humane Letters pelaSalt Lake Community
College.
Henry B. Eyring, conselheiro na primeira presidência da igreja SUD completou
um mestrado e doutorado em Administração de Empresas em Harvard, graduado na
Escola de Negócios. Depois disso ele resolveu ensinar, e encontrou uma vaga na
Escola de Graduação de Negócios, em Stanford.
Dieter F. Utchdorf, o outro conselheiro na primeira presidência começou a es-
tudar engenharia mecânica na idade de 18 anos. Depois continuou Administração de
Empresas, em Colônia, Alemanha. Graduou-se no Institutpour l'Etude des métodos
de Direction de I'Entreprise, em Lausanne, Suíça, com um MBA. Ele também rece-
beru um doutorado honorário em Liderança Internacional da Brigham Young Univer-
sity.
Resumindo, se a própria igreja SUD não crescer. Todos esses líderes treina-
dos no mundo corporativo, preservarão, conservarão e ampliarão cada centavo do
conglomerado de ativos financeiros da Multinacional Mórmon Inc.! A igreja será ape-
nas um mero detalhe que deverá ser mais bem reestruturado num futuro próximo.
Será esse mesmo o reino de Deus?3

A EXPLORAÇÃO FINANCEIRA DO TEMPLO MÓRMON!

u não acredito mais na bíblia e nem no Livro de Mórmon como sendo a palavra
de Deus. Na verdade, acreditei por muitos anos nisso, mas com o passar do
tempo, me convenci de que o conteúdo desses dois Cânones não tem nada de ins-
pirado, muito pelo contrário, o que contém ali nada mais é do que uma ferramenta
alienista. Mesmo que para mim não faça mais sentido, creio que para os Mórmons a
escritura que cito a seguir faça: Duas vezes em três anos, Jesus expulsou do templo
os vendedores e os cambistas (João 2:13-16; Mateus 21:12-13). Sua explicação foi
simples: "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a
transformais em covil de salteadores."
Quarenta anos mais tarde, o templo foi destruído. O edifício físico que repre-
sentava a presença de Deus na terra jamais foi reconstruído, e não teria mais valor
para as gerações futuras.
De acordo com a bíblia, o próprio Jesus Cristo havia predito uma mudança no
centro da adoração para os servos de Deus. Eles não mais adorariam num monte
em Jerusalém, mas nos seus próprios corações (João 4:19-24). Esse é o ensina-
mento que está na bíblia que é aceita por milhões como a “palavra de Deus”.

3
Referencias para a adaptação e elaboração do texto.
ExMormon.org
http://pt.mormonwiki.com/Thomas_S._Monson#Servi.C3.A7o_militar.2C_educa.C3.A7.C3.A3o_e_carr
eira
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/
http://pt.mormonwiki.com

E

34

Mesmo assim, os líderes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias insistem nos dias atuais em construir templos com intuito de praticar ordenan-
ças e cerimônias. Bem diferentes das praticadas no templo de Jerusalém.
Atualmente os templos Mórmons ou SUDS (Santos dos Últimos Dias) funcio-
nam quase todos os dias da semana em três turnos. Evidentemente, que isso de-
pende da frequência dos membros que veem de longe, em caravanas. Em alguns
desses templos, como no caso de Porto Alegre, a frequência teve uma acentuada
redução. Ainda mais depois da construção do templo de Curitiba. A utilização desse
novo templo, só foi viável, com o arrebanhamento, de forma geográfica, de várias
regiões de Santa Catarina, que antes frequentavam o templo de Porto Alegre.
As caravanas são organizadas pelas Estacas em todo o Brasil. Existe a exi-
gência da Igreja para que os membros ativos frequentem o templo pelo menos uma
ou duas vezes por ano.
No entanto, existem “famílias muito pobres”, que são bastante numerosas, e
moram muito longe do templo. Para essas pessoas, o “sacrifício financeiro” para fre-
quentarem o Templo Mórmon é “extremamente penoso!”
Mas a Igreja não isenta essas pessoas desse penoso e desnecessário sacrifí-
cio. Pelo contrário, ela as incentiva ainda mais.
As famílias pobres, principalmente as oriundas do interior do Nordeste brasi-
leiro, com renda inferior a um salário mínimo, tem que fazer penosos sacrifícios para
“levarem toda a família”, em uma longa e cansativa viagem de milhares de quilôme-
tros, e isso tem que acontecer pelo menos uma vez por ano!
As pessoas sacrificam quase tudo, e o que era para aliviar o seu penoso so-
frimento sobre a terra, torna-se um “fardo insuportável”. Pois além dos dízimos pa-
gos e diversas contribuições, essas pobres famílias têm que passar o ano inteiro
juntando o que sobra no fim do mês, para no final do ano, incluir em suas já nume-
rosas despesas de início do ano, a passagem, alimentação, hospedagem e “aluguel
de roupas do templo”!
As “roupas” são fornecidas em sistema de “aluguel.” Só pode ser usada “uma
única vez!” O que obriga aos frequentadores a cada sessão, alugarem novamente
as roupas que serão usadas!
Como falei anteriormente, os templos funcionam geralmente em três turnos,
manhã, tarde e noite. Sendo que em apenas um único dia, poderão arrecadar até 2
mil e quinhentos reais, apenas com o aluguel das roupas usadas nas sessões. Esse
valor, multiplicado por 24 dias no mês, dá cerca de 60 mil reais.
O dinheiro arrecadado com a rouparia do templo é apenas parte da arrecada-
ção. Já que todo templo Mórmon possui uma espécie de “loja de conveniências” on-
de são vendidas as roupas (também chamadas de garments), que são usadas após
a passagem no templo e por toda a vida do membro. Além das roupas as lojas ven-
dem livros, material informativo, filmes, DVDs variados, dentre outras quinquilharias
e bugigangas.
Uma visita ao templo realmente para uma família pobre, cujo deslocamento
anual representa parte significativa de seu orçamento doméstico, é algo “extrema-

35

mente penoso”. Cada dia mais, se torna um sacrifício “abusivo” por parte da lideran-
ça d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Os líderes locais são incentivados a “exigirem” dos membros as idas anuais
ao templo com toda a sua família. Dependendo do lugar, não só uma vez, mas vá-
rias vezes no ano.
Imaginem agora, famílias inteiras se deslocando do interior do Estado do
Amazonas pra irem uma ou duas vezes no ano, ao templo de Recife/PE. Igualmen-
te, famílias oriundas do interior do Estado de Sergipe realizando uma viagem des-
gastante em ônibus fretados pela própria igreja, com dinheiro sacrificado de famílias
pobres, para irem ao mesmo templo de Recife/PE duas ou mais vezes ao ano.
Isso tudo porque o templo não pode parar, quando a Igreja inaugura um tem-
plo, ele tem que funcionar em horários diferentes das capelas, tem que funcionar
quase todos os dias, e o seu lucro “diário é exorbitante.”
E pior: Tirado da Boca de quem já não tem quase nada!
Membros d'a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Se vocês
acreditam mesmo na bíblia e nas palavras que estão lá escritas, depois de lerem
este artigo, por favor, levem-no em consideração na próxima vez que seus líderes os
desafiarem para uma viagem ao Templo.
Parece que ficaram mesmo para trás, aqueles dias em que Jesus condenou
duramente o comércio no TEMPLO!
4


AS LEIS ENSINADAS NOS TEMPLOS MORMONS!

evolvendo meus antigos escritos encontrei algo para transformar num pequeno
artigo. Trata-se das leis ensinadas nos templos da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias. Qualquer membro que complete um ano após seu batismo,
sendo um “fiel pagador dos dízimos e ofertas”, pode adentrar as portas dos templos.
Lembro-me como se fosse hoje, da minha primeira, vez em 1989. Naquela ocasião,
as ordenanças da investidura eram dadas, juntamente com uma espécie de penali-
dade ou punição ao provável infrator. Fiquei muito assustado, quando num determi-
nado momento, prometemos que deixaríamos cortar nossas gargantas, caso reve-
lássemos, o conteúdo daquele ritual.
Acho que não fui o único a me impressionar com aquelas palavras, que vi-
nham de um alto-falante ou caixa de som, na sala de investiduras, do templo de São
Paulo.
Nunca esqueci também as leis que nos apresentaram naquela ocasião. Eram
as seguintes: “A lei da obediência, lei do sacrifício, lei do evangelho, lei da castidade
e a lei da consagração”.

4
Texto adaptado de “A Exploração financeira do templo Mórmon!
Comunidade Ex Mórmons Brasil - Orkut.

R

36

Tudo foi mostrado de forma ordenada, cansativa e monótona. Era frequente,
as pessoas dormirem durante as sessões, que duram mais de duas horas. Eu mes-
mo dormi várias vezes, após longas noites de viagens cansativas.
Os nomes já definem o significado de cada uma das leis. Agora vou mostrar
um pouco sobre cada uma delas. Isso de acordo com minha memória, pois já faz
mais de 6 anos que não entro dentro de um templo Mórmon. Não sinto falta alguma
desse lugar!
A lei da obediência consiste em um convenio ou acordo entre o membro e o
“deus Mórmon”. É ensinado nesse momento, que o membro precisa obedecer a to-
dos os conselhos de Deus. As mulheres devem obedecer aos seus maridos, numa
massiva representatividade e demonstração de machismo da igreja Mórmon. Acho
que deveria ser mais dividido isso. Às vezes os homens é que necessitam de conse-
lhos das esposas.
A lei do sacrifício trata de trabalho e abnegação para que a Igreja possa cres-
cer. Chamam a Igreja de Reino de Deus.
A lei do evangelho trata na aceitação por parte dos membros da Igreja, das
palavras escritas na Bíblia, Livro de Mórmon e Doutrina e Convênios.
A lei da castidade é a mais estranha. Não entendi até hoje, porque a igreja
tende em querer cuidar, se um membro mantém relações sexuais antes do casa-
mento, fora do casamento ou depois do casamento. Não vejo o porquê dessas ten-
tativas de controle, por parte da Igreja Mórmon. Os jovens não podem nem se mas-
turbarem. São logo tachados de pecadores. Qualquer médico ou profissional da sa-
úde logo atestarão insanidade aos malucos que criaram essa lei.
A lei da consagração diz respeito aos pagamentos de dízimos e ofertas. O
membro, nessa altura, se compromete até mesmo a desfazer-se de seus bens, caso
seja requerido pelo presidente da Igreja, para não deixar o pretenso “reino de Deus”
falir.
Felizmente para os membros da Igreja Mórmon, as entidades econômicas ou
empresas do conglomerado Mórmon Inc. vão muito bem. O que não se pode dizer
da instituição chamada Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Essa
parece que anda com as capelas, cada vez mais vazias em suas reuniões.
Tenho certa curiosidade. Às vezes, imagino como seria se o tal “profeta” soli-
citasse que os membros transferissem suas propriedades e seus carros para a Igre-
ja. Gostaria de ver a prova da fé da maioria, que hoje tentam desesperadamente,
desqualificar e desmerecer os escritos que faço.
Alguns dirão: Se o profeta pedir, faço conforme a palavra dele. Isso não seria
novidade! Em muitas outras igrejas essa prática acontece. O próprio Joseph Smith
valeu-se dessa tática para conseguir ganho material em Kirtland. Ele pedia para os
membros passarem as escrituras dos seus terrenos para ele, enquanto os manda-
vam para o Missouri. Segundo Joseph Smith, Deus lhe avisara que no Missouri seria
construída uma nova cidade chamada Nova Jerusalém ou Sião. Os ignorantes adep-
tos da nova religião logo transferiram suas propriedades. Chagando no Missouri,
tiveram que comprar novas terras para se estabelecerem. Só encontraram dor e so-

37

frimento no Missouri. Isso foi o estopim para que Joseph fosse perseguido. O santo
Joseph Smith!

O CENTRO DE CONFERÊNCIAS!

o ano 2000, a dedicação ou inauguração do Centro de Conferências, em Salt
Lake City, foi muito comentada pelos membros da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Havia uma euforia generalizada devido à grandeza e ou-
sadia arquitetônica do edifício. Era algo singular em meio aos edifícios, geralmente
luxuosos da Igreja. A capacidade deste novo prédio era para cerca de 21 mil luga-
res. Lembro-me perfeitamente de alguns comentários que surgiram no meio dos
membros e de não membros Mórmons da época. Alguns desses comentários, bem
críticos, vieram por mim e alguns membros da minha antiga Ala. Pelo que percebo
agora, eu já estava começando uma luta interna, racionalizando sobre a Igreja e su-
as obras: O valor da obra me deixava preocupado, enquanto todos parecia hipnoti-
zados. Ninguém percebia que era uma fortuna na época, para uma construção sem
necessidade aparente.
No dia da dedicação, o então profeta, Gordon B. Hinckley apresentou o novo
púlpito, feito de madeira de uma árvore de sua propriedade. O que significava tudo
aquilo? Qual propósito de tamanha soberba e vanglória? Seria Gordon B. Hinckley
inspirado por Deus? Ou ele estava apenas querendo deixar uma marca da sua ges-
tão, para as gerações futuras? Queria ser notado!
Andei pesquisando na internet e achei o valor da obra. Cerca de 300 milhões
de dólares. Muitos Ex-Mórmons, na época fizeram os seguintes questionamentos:

Qual a real intenção do Presidente Hinckley em construir uma obra tão cara?
Quantas pessoas poderiam ter suas necessidades básicas imediatas, atendidas
com esse dinheiro?

Algumas frases da época da dedicação do Centro de Conferencias:

“A única coisa que eu posso ver é que este edifício foi construído para que
Gordon B. Hinckley possa se mostrar ao mundo. Mostrar também o quão grande nós
somos. E por último, para nos sentarmos confortavelmente abaixo do púlpito, abaixo
dos pés dos discursantes e adorar os nossos líderes”.

“Sou membro ativo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Tenho dificuldade em lidar com a construção de um prédio para realizar Conferên-
cias Gerais de 300 milhões de dólares, enquanto olho para meu vizinho e vejo as
dificuldades dele em colocar comida na sua mesa. Isso me envergonha profunda-
mente”.

N

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“Gordon B. Hinckley não é um profeta inspirado por Deus, pois após a refor-
ma do Tabernáculo, que serventia terá o Centro de Conferencias? Ou o que serven-
tia terá o Tabernáculo”?

“Qual a diferença entre assistir a conferencia ao vivo ou não? Apenas um pu-
nhado de milhares de membros pode entrar no Centro de Conferencias, enquanto a
grande maioria assiste pela TV ou internet. Faz alguma diferença, assistir ao vivo ou
pelos recursos da mídia”?

“Uma vez que quase todos os Mórmons, que assistem a conferencia, o fazem
pela TV ou internet, um edifício novo e caro, é realmente necessário? Que diferença
faz o tamanho da plateia ao vivo? É um afago no ego do Hinckley, e é isso o que
realmente importa para ele”.

“Não dá para entender. Como as pessoas ainda continuam pagando seus dí-
zimos? O dinheiro não está sendo aplicado em beneficio dos necessitados. Estão
gastando 300 milhões de dólares num único edifício que vai favorecer uns poucos
membros. Não a maioria que está espalhada, principalmente, por vários países em
desenvolvimento”.

Tenho algo a dizer para todos os membros que estão quase saindo do mor-
monismo. Ponderem bem a respeito da obra a qual decidiram abraçar com a orde-
nança batismal. Ponderem e vejam as obras que são feitas com o dinheiro dos dízi-
mos. Ponderem em seus corações e perguntem: Há realmente necessidade de ta-
manho desperdício do dinheiro suado dos membros da Igreja? Lembre-se que a
Igreja a qual você está inserido, proclama ser a única Igreja verdadeira de Deus, es-
tabelecida em todo o planeta. Convido-o a prosseguir no meu blog, lendo as posta-
gens que coloco quase que diariamente. Espero poder ajudá-lo a ter maior discerni-
mento e sabedoria.
Recentemente, descobrimos que a Igreja agora está gastando bilhões de dó-
lares num Shopping Center, que permitirá, inclusive, a venda de bebidas alcoólicas.
Não tenho nada contra a comercialização de bebidas alcoólicas. Sinto pesar pelos
muitos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que nem
umas xícaras de café podem tomar. Mal sabem eles que o próprio Brigham Young
tinha uma destilaria de Uísque em Utah.
5


O SUPOSTO CRESCIMENTO DA IGREJA SUD


5
Referencias para o texto:
http://www.greaterthings.com/Topical/LDS_Conference_Center.htm
http://pt.mormonwiki.com/Serviço_fúnebre_do_Presidente_Gordon_B._Hinckley
http://pt.mormonwiki.com/Centro_de_Conferências
http://www.exmormon.org/mormon/mormon403.htm

39

m amigo me avisou que estavam citando meu nome numa comunidade do
Orkut, especificamente na comunidade "Mórmon Thought". Resolvi conferir,
apesar de não participar da comunidade. Num dos tópicos havia um debate entre os
membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sobre a realidade
ou não do crescimento da mesma. Havia quem duvidasse dos pronunciamentos so-
bre a comparação da Igreja Mórmon e “a pedra do sonho de Daniel que, segundo a
bíblia seria cortada de uma montanha sem muitos artifícios. Esta pedra deveria rolar
montanha abaixo até atingir toda a terra”. Os Mórmons acreditam que esta pedra é a
própria Igreja deles, que começou com um pequeno número de membros e que ago-
ra está presente, mesmo de forma tímida, em muitos países.
Quando eu era membro ativo, constantemente ouvia essa escritura sendo ci-
tada por líderes Mórmons. Só que tem um problema! A pedra parou de rolar. Preci-
sa de um empurrão! A igreja Mórmon não está crescendo como instituição religiosa
há anos. Há uma diferença enorme entre crescer como um conglomerado de em-
presas e crescer especificamente como igreja.
Um membro chamado José Carlos escreveu na comunidade: “Li o blog do Sr.
Popinhaki e discordo de praticamente todas as colocações dele, no entanto há algo
que ainda é um grande problema dentro da igreja: a taxa de batismos em relação ao
número real de pessoas que se consideram Mórmons e que frequentam, ao menos
esporadicamente, as reuniões da igreja. Parece-me que poucos dentro da igreja
concordam com essa política de números adotada na obra missionária, no entanto
essa mesma postura persiste a despeito dos poucos resultados que ela traz. O que
temos visto nos últimos tempos são batismos de pessoas totalmente despreparadas,
pessoas que se batizam e não voltam mais, pessoas que se batizam e não voltam
nem para serem confirmadas e o pior, pessoas que se batizam, saem das águas e
não voltam nem para o término de sua própria reunião batismal (pasmem, mas vi um
caso desses). (...) Sendo assim, como verificarmos o crescimento REAL da igreja?
Creio que nisso o Sr. Popinhaki tenha razão: através do número de capelas constru-
ídas a cada ano. Digo capelas e não alas, pois se divide uma ala de 160 membros
em duas de 80 mantendo as duas na mesma capela, trocando assim 6 por meia dú-
zia e trazendo bem poucos resultados no que diz respeito à facilidade de locomoção
dos membros para as capelas”.
Ele continua “O raciocínio do Sr. Popinhaki é o de que a taxa de crescimento
da igreja nas décadas anteriores era maior do que o crescimento que vem tendo
agora. É interessante analisar isso, pois antigamente os desafios batismais eram na
terceira palestra e a pessoa não podia se batizar antes de ter ido pelo menos 3 ve-
zes na igreja. Agora os desafios batismais são na primeira palestra e a pessoa pode
se batizar tendo ido apenas 1 vez na igreja. À primeira vista isso deveria elevar o
número de batismos, mas na verdade diminuiu”.
Depois de debaterem muito sobre o crescimento da Igreja e de não chegarem
a um entendimento sobre o assunto, notei que havia um certo descrédito entre os
próprios membros da igreja SUD sobre o assunto, inclusive sobre algumas afirma-
ções de seus líderes de que a Igreja está crescendo. Alguém duvidou de que os
U

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números apresentados no meu blog fossem reais. Houve quem apontasse outros
endereços de sites criados por membros da Igreja, para contestar os números. O
que eles não conseguiam entender é que eu nunca inventei nada. Todas as infor-
mações, tabelas e gráficos foram criados por mim mesmo, a partir das informações
estatísticas das Conferencias Gerais de abril de vários anos encontrados no site
lds.org.
Agora apresentarei outros dados mais recentes e não menos importantes so-
bre “a igreja que mais cresce no mundo”, ou seja, sobre a mentira do crescimento do
mormonismo. Os números estão disponíveis nas páginas de estatísticas da igreja
das Conferencias Gerais de abril de cada ano, no site lds.org. Vejamos a tabela
abaixo:

Comparativo de os anos de 2011 com os anos de 2010 e 2000
Diferenças 2000 2010 % 2011 %
Estacas 2581 2896 12,20 2946 1,73
Missões 334 340 1,80 340 0,00
Distritos 621 614 - 1,13 608 - 0,98
Alas/Ramos 25915 28660 10,59 28784 0,43
Crianças 81450 120528 47,98 119917 - 0,51
Batismos 273973 272814 - 0,42 281312 3,11
Missionários 60784 52225 - 14,08 55410 6,10
Fonte: lds.org – Antonio Carlos Popinhaki

O que podemos deduzir com os números apresentados pela própria igreja?
Que só não enxerga quem não quer enxergar. Vou comentar apenas os números de
2011 em relação ao ano de 2010. Quantidade de Estacas: Crescimento de 1,73% é
crescer quase nada. 50 Estacas foram criadas em um ano, contra uma média histó-
rica anual de 16 Estacas em 180 anos de existência da igreja. Alguém poderá dizer:
Oh! Esta é a prova de que a igreja está crescendo. Mas outros membros dirão: “(...),
pois se divide uma ala de 160 membros em duas de 80 mantendo as duas na mes-
ma capela, trocando assim 6 por meia dúzia e trazendo bem poucos resulta-
dos”. Não são minhas palavras. São palavras de membros ativos da Igreja.
Estas Estacas, na sua maioria foram forjadas, a partir da mesma quantidade
de membros já existentes. Não houve batismos significativos que justificasse a cria-
ção de 50 novas Estacas. A conclusão que chego é que houve uma espécie de ma-
nipulação para mostrar aos membros mais desatentos uma imagem de crescimento,
mas que na verdade, a realidade é outra, para os mais atentos aos números.
Nenhuma nova missão foi criada em 2011? Como uma igreja que se diz mis-
sionária e que tem por referencia uma pedra, que literalmente está rolando, pode
avançar sem a criação de novas missões anuais? Simplesmente não criaram novas
missões porque não estão conseguindo nem manter as missões atuais. As missões
têm um custo fixo elevado. Estão inclusos aluguéis de imóveis, mesadas dos missi-
onários, despesas dos Presidentes da missão e família, incluindo mordomias como
apartamentos, empregadas domésticas e colégios particulares para os filhos.

41

Sem a criação de novas missões, a impressão que fica é que o cumprimento
da profecia de Cristo, de que o Evangelho deveria ser pregado a todas as nações
parece nula. A dificuldade de convencimento da doutrina, aliada a pronunciamentos
de líderes do passado de cunho racista e a não explicada poligamia do início do
mormonismo, mais afastam do que propriamente atraem pessoas. Sem a criação de
novas missões, ficará cada vez mais difícil para os líderes Mórmons avançarem por
países onde predomina culturas e religiões não cristãs.
Interessante foi a criação de novos Distritos (-0,98%). Esse número me cha-
mou a atenção porque um distrito é justamente a última organização regional antes
de se transformar efetivamente numa Estaca. Se houve um crescimento de 1,73%
de novas Estacas, houve um decrescimento de Distritos? Será que a liderança
Mórmon não está elevando alguns conglomerados de Ramos e Alas ao nível de Es-
taca sem a criação de um Distrito? Se isso estiver ocorrendo, creio que estas novas
Estacas serão Estacas fracas, sem consistência. Tanto de membros, de liderança,
de portadores do sacerdócio.
Os batismos subiram pouco mais de 3%, mas olhem que em relação ao ano
2000, na última década havia um decrescimento de -0,42%. Então estes 3,11% são
menores ainda do que apresentados. O mesmo raciocínio é válido para o número de
missionários.
A igreja perde uma chance de ouro em não passar a confiabilidade tão espe-
rada aos membros em relação ao dízimo arrecadado. Poderiam estar inclusos nes-
tes relatórios estatísticos: Valores arrecadados em forma de dízimos, doações e a
distribuição deste capital. Sabe-se que o dinheiro entra na casa dos bilhões de dóla-
res e sai na casa dos milhares como ajuda humanitária ou filantropia. O resto é apli-
cado no conglomerado de empresas do grupo Mórmon Inc. sem finalidade de retor-
no algum ao pobre membro da Igreja. Agora cada um dos membros da Igreja que
adentrar neste blog pode verificar por suas próprias faculdades, se a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias está realmente crescendo ou não. Falando da
Igreja, não do conglomerado de empresas, fazendas e outros investimentos corpora-
tivos.

A CARIDADE NUNCA FALHA?

esta semana, me deparei com algo horrível rela-
cionado com a doutrina Mórmon. Na internet, no
Facebook, encontrei as fotos de um senhor acamado,
membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Seu nome é Antonio Perez e reside na
Rua Alfeo Ambrogio, número 785, Vila Alpes, na cida-
de de São Carlos/SP. Ele vive há 9 anos atrofiado
nessa "suposta" cama construída precariamente em cima de uns tijolos. Para aque-
cer-se do frio, utiliza um tapume de compensado encostado na parede.
N

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Sei perfeitamente do que estou falando. O con-
ceito da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias é o de exclusão de quem não contribui com o
dízimo e as ofertas. Quem não se enquadra nesse
perfil está fora, serve apenas para fazer número no
“diretório de membros” da Ala. Essa é a realidade. Fui
um bispo e não ouso errar nesse assunto, por mais
que apareçam aqui outros bispos ou líderes Mórmons querendo me contestar. Re-
cebi muitos treinamentos de como lidar com os fundos da Igreja, especialmente o
fundo de ofertas de Jejum para auxiliar as pessoas necessitadas.
Os requisitos primordiais são frequência nas reuniões sacramentais e paga-
mento de dízimos e ofertas. Caso contrário, os necessitados que vão se socorrer
com seus familiares. O bispado Mórmon não tem nada com a dor e sofrimento des-
ses pobres coitados. Essa é a doutrina ensinada por líderes da Igreja de Jesus Cris-
to dos Santos dos Últimos Dias. Esse é o treinamento dado aos bispos Mórmons por
pessoas ligadas ao departamento de “bem-estar” da Igreja.
Na mesma cidade de São Carlos, num domingo, há alguns dias, numa praça
da cidade, foi percebido por um morador, o exemplo dos espíritas. Religião ou dou-
trina muito criticada por outras igrejas, inclusive pelos Mórmons. Eles reuniram os
mendigos e os andarilhos da cidade, serviram-lhes um lanche, um kit de higiene
pessoal e cortaram seus cabelos, além de também fazerem suas barbas. Isso trans-
correu dentro do maior respeito pelos excluídos.
Enquanto isso acontece cotidianamente, os missionários Mórmons ficam ba-
tendo em portas, importunando as pessoas com historinhas mentirosas de religião.
Os espíritas da cidade de São Carlos deram o exemplo a essas outras religi-
ões que os criticam e que dizem praticar a verdadeira caridade cristã.
Mal sabem os espíritas, que na Igreja Mórmon, na organização das suas mu-
lheres, chamada de “Sociedade de Socorro”, existe um lema que diz “a caridade
nunca falha”. De que caridade será que os Mórmons estão falando? Não são capa-
zes nem de cuidar dos seus, quanto mais cuidar dos outros, os não membros da sua
organização.
Foi de doer, quando na última Conferencia Geral, o Presidente da Igreja
Mórmon, anunciou que mandou para o Japão, cerca de 70 toneladas de água e al-
gumas bugigangas, em decorrência do Tsunami ocorrido recentemente.
O que será que os membros da Igreja Mórmon acham que são 70 toneladas?
Acham que é muita coisa? Acham que a Igreja está ajudando os desabrigados japo-
neses?
Que vergonha, senhor “profeta”! Enganando os trouxas, mas a mim não en-
gana! 70 toneladas não passa de uma esmola, de fato, uma pequena esmola. 70
toneladas são dois caminhões (carretas). Isso não faz nem “cócegas” no que pode-
ríamos chamar de ajuda humanitária oriunda da “Igreja Verdadeira de Jesus Cristo”.
Aqui na minha cidade, um vasilhame de 20 litros de água mineral custa R$ 6,00.
Significando que um litro de água custa R$ 0,30. Se um litro de água pesa o equiva-

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lente a 1 quilo, então 70 toneladas são 70 mil quilos e devem custar por volta de R$
21.000,00.
Chamam isso de ajuda humanitária? Uma Igreja que detém um patrimônio na
casa dos bilhões de dólares, arrecada ganhos altíssimos anualmente com suas de-
zenas de empresas, da corporação, doar apenas 70 toneladas de água e ainda pro-
clamar na Conferencia Geral, como se isso fosse um grande feito de ajuda humani-
tária? É no mínimo para qualquer um raciocinar! Se o pretenso reino do Deus Mór-
mon, ajuda menos que os reinos dos homens, então essa não é a obra de Deus!
Melhor é estar entre os homens.

A CONCORRÊNCIA PELOS NÚMEROS BATISMAIS NA SEITA
MÓRMON.
(Escrito por um ex-bispo Mórmon)

ostaria de comentar nesse blog do amigo Antonio Carlos, sobre outro assunto
que considero importante que todos saibam, pois vivi esse dilema dentro da
seita Mórmon e presenciei cenas bárbaras quanto à concorrência existente com re-
ferência aos números batismais.
A seita dos Mórmons, prefiro assim referir-me à igreja que utiliza práticas e
técnicas anti-bíblicas e anti-doutrina e convênios, contradizendo ela mesmo no que
se diz respeito ao modo de batizar as pessoas inocentes que são “enganadas” e “lu-
dibriadas” por essa seita.
Em Doutrina e Convênios diz: “E também, à guisa de mandamento à igreja
com respeito ao modo de batizar: Todos aqueles que se humilharem perante Deus e
desejarem ser batizados e se apresentarem com o coração quebrantado e o espírito
contrito; e testificarem à igreja que verdadeiramente se arrependeram de todos os
seus pecados e estão dispostos a tomar sobre si o nome de Jesus Cristo, tendo o
firme propósito de servi-lo até o fim; e realmente manifestarem por suas obras que
receberam o Espírito de Cristo para a remissão de seus pecados, serão recebidos
pelo batismo na sua igreja”
O que presenciei na seita dos Mórmons foi totalmente o contrário do que eles
mesmos ensinam. Uma enorme falta de respeito para com as pessoas, não respei-
tando o livre arbítrio delas e os missionários, ávidos por números, querendo jogá-las
na água de qualquer maneira.
Uma ocasião uma dupla de missionários americanos forçou tanto uma família
a se batizar que não permitiam que a liderança da ala visitasse a família ou até con-
versasse com ela, com medo de mudarem de idéia e não quiserem mais se batizar
na seita.
Na época o líder da obra missionária insistia em relacionar-se com as famí-
lias, mas os missionários faziam de tudo para isolar as famílias e as pessoas que
eles estavam ensinando.
G

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Eu tentava entender porque a missão (ou as missões da seita) priorizavam
tanto os números batismais. Vim a descobrir que os presidentes de missão buscam
a glória dos homens, concorrendo entre eles para mostrarem à multinacional, núme-
ros e resultados decorrentes das técnicas de convencimento. Técnicas que utilizam
em suas missões, e os missionários são induzidos em entrevistas e reuniões a se-
rem simples robozinhos que fazem a vontade de seu presidente de missão e de
seus líderes alienados.
Geralmente as famílias que eram ensinadas pelos missionários eram de ori-
gem humilde e eles insistiam tanto em batizá-las que muitas delas só se batizavam
para ficarem livres de tanta insistência deles.
Muitos missionários prometiam ajuda da igreja e após o batismo a liderança
ficava em “papos de aranha”, com pessoas dependentes da igreja e os missionários
se gabavam de terem conseguido mais números para a seita.
Muitos batismos de moças eram consequência deles (missionários), induzi-
rem as mesmas a se batizarem e ficavam flertando com elas, dando a falsa ilusão
de que após a missão poderiam ter um relacionamento mais serio. Consequência:
eles partiam e jamais tinham contato com elas e o resultado era a inatividade dessas
moças (conhecidas como “snakes” ou serpentes, que davam em cima dos missioná-
rios, mas eles gostavam se serem bajulados – as moças os apelidavam de “scor-
pions”, ou escorpiões).
Americanos vindos do “sertão” norte-americano se achavam o máximo aqui
no Brasil, verdadeiros caipiras que acredito nunca terem conhecido cidades grandes
como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Curitiba e outras.
Enfim, a seita dos Mórmons não tem nada a ver com cristianismo ou amor ao
próximo, apenas números lhes interessam. As Estacas e Alas da seita possuem
montanhas de fichas de membros e frequência baixíssima. Dizem que no Brasil os
ativos não chegam a 20%, consequência dessa política nefasta da seita: de só pen-
sar em números e não respeitarem a liberdade das pessoas!

A EDUCAÇÃO FORMAL DE JOSEPH SMITH J R.

s Mórmons geralmente apontam para a quantidade de páginas do Livro de
Mórmon e afirmam que nenhum homem poderia tê-lo escrito sem a ajuda de
Deus. Em particular, eles dizem que a falta de educação formal de Joseph Smith Jr.
significa que ele não poderia escrever esse livro. Há várias razões por que isso não
é um argumento de suporte válido.
A educação formal, dos quais Joseph Smith Jr. tinha cerca de três anos, não
significa que ele não tivesse uma igual capacidade para escrever. Abraham Lincoln,
um dos contemporâneos de Smith, tinha apenas um pouco mais de um ano de edu-
cação formal e, ainda assim ele foi capaz de falar, escrever, e debater com maestria.
Como Smith, ele foi autodidata e também aprendeu com os outros.
O Livro de Mórmon de hoje parece-nos gramaticalmente correto, mas apenas
porque se submeteu a mais de 4000 alterações para torná-lo apresentável do jeito
O

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que o temos hoje. Quem achar que isso é besteira leia alguns dos manuscritos de
Joseph Smith Jr., datados partir de 1830. Os escritos são totalmente incoerentes.
Precisaram de um polimento, como consertos gramaticais, iniciando já nos primeiros
esboços manuscritos do Livro de Mórmon. Em outras palavras, se qualquer um qui-
ser fazer uma fiscalização deste trabalho (manuscritos do livro de Mórmon), que os
Mórmons afirmam vir direto de Deus e compará-lo com outros escritos de Joseph
Smith Jr., não encontrará diferenças, com os mesmos erros de ortografia.
Alguns escritores de “Best Sellers” já fizeram o desafio. Se não tiverem de
cuidar de outras tarefas e responsabilidades sociais, garantem que podem fazer um
trabalho mais extenso do que o Livro de Mórmon, em menos tempo do que Joseph
Smith Jr. Fez. E sem copiar ou plagiar partes da bíblia, a partir do livro de Isaías.

A FRATERNIDADE DOS GUARDI ÕES DAS SANTAS VAGINAS!

“Uma amiga, recentemente me falou sobre uma querida jovem conhecida de-
la. Essa jovem lhe confessou o seu envolvimento com um namorado, envolvendo
atividades sexuais. Não propriamente relações sexuais com penetração e rompi-
mento do hímem. Apenas masturbação mútua. Segundo a jovem, o seu “pecado”
era grave o suficiente para exigir uma confissão ao seu Bispo Mórmon.
O Bispo lhe disse que tinha conhecimento suficiente para entender que a
transgressão era grave, mas gostaria de saber os detalhes mais picantes, para po-
der tomar alguma providência “inspirada”.
É justamente aí que reside o maior obstáculo ao arrependimento completo. A
absolvição dos “pecados” de acordo com a doutrina Mórmon requereu que esta me-
nina fosse até o Bispo, toda envergonhada e contasse a ele, minuciosamente, o que
ela pensava ser seu “erro”. O Bispo, mais do que interessado na confissão da jovem,
firmemente instruiu a adorável menina. Disse-lhe que ela precisaria vir a ele, confes-
sar todos os seus pecados, para ficar limpa e pura. Mas precisaria contar-lhe todos
os seus ofegantes gemidos, seus “ooh” e “ahh” nos mínimos detalhes, incluindo on-
de foi preciso ser tocada para ter-lhe causado tais gemidos. E também qual era a
posição que ela estava quando ficou ofegante e gemeu, bem como os detalhes exa-
tos, em ordem cronológica, envolvendo seu estado de nudez.
Caso a jovem não contasse, o Bispo, como representante devidamente auto-
rizado de Jesus Cristo, simplesmente não poderia perdoá-la em nome de Jesus Cris-
to. Essa jovem já tinha muitas coisas em sua cabeça para se sentir culpada, pois
quando seu namorado tocou seus seios nus e seus mamilos, para ela, segundo o
que aprendera na Igreja SUD, era como se ela mesma crucificasse Jesus mais uma
vez. Ela não estava inventando isso. Segundo a jovem, “tinha escutado com seus
próprios ouvidos esta advertência, da boca de uma Autoridade Geral Mórmon,
Jeffrey R. Holland”. Portanto, segundo seu entendimento, quanto mais cedo ela se
humilhasse e confessasse ao Bispo seu “pecado” ela poderia “amenizar” a dor que
Jesus estaria sofrendo por seu erro.

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Claro! Cada gota de sangue deve ser derramada, especialmente, quando as
adoráveis moças da igreja SUD, ficam trancadas, sozinhas, com seus Bispos, em
seus escritórios.
Nada melhor para um homem de meia idade, como viver uma vida sexual ati-
va através da humilhação de uma bela, ingênua e adorável moça. Quanta fantasia
na cabeça deste homem pode produzir confissões dessa natureza?
Coloquei este tópico, porque sinto que preciso fazer algo para ajudar cada
moça, ou cada mulher que abre sua vida íntima com os Bispos da igreja.
Bianca Lillaz (Ex membro da Igreja SUD)”

Amigos e amigas. Gostaria de escrever um pouco sobre esse assunto tão
macabro que a amiga Bianca expôs aqui. Fui um bispo, por longos oito anos numa
Ala no interior de Santa Catarina. Antes de receber tal cargo, morei no norte do Bra-
sil, onde fui batizado. Ao ser um membro novo, morando no norte do Brasil, certa
vez, tendo o cargo de Líder da Obra Missionária, na cidade de Belém do Pará, rece-
bi de forma direta instruções do falecido Ex-Setenta Helvécio Martins. Suas instru-
ções consistiam para nós líderes fazermos tal tipo de entrevista íntima com os jo-
vens. Claro que naquela ocasião as palavras não eram para o líder da obra missio-
nária, e sim para os Presidentes de Ramo que estavam ali presentes. Belém ainda
não tinha nenhuma Estaca naquela época.
A reunião aconteceu na capela da Cabanagem e eu nunca esqueci esses
conselhos. Pois foi a primeira vez na vida que ouvi um líder da Igreja falar de sexo
abertamente. E ele falou que tanto as meninas, quanto os meninos tinham que se
livrar da masturbação, que era a arma de Satanás para não os deixar ir para a mis-
são.
Pois bem, ao vir morar em Santa Catarina, meu estado natal, fui chamado pa-
ra a liderança de Ramo e finalmente para ser Bispo de uma Ala. Meu primeiro Con-
selho Disciplinar que participei foi apenas como um auxiliar, juntamente com o Pre-
sidente de Ramo e seus Conselheiros. Isso foi traumatizante e eu nunca comentei
com ninguém. Quem participou desse Conselho, se por ventura ler isso, deverá
lembrar e atestar a verdade das minhas palavras. Deve ter sido lá pelo ano de 1992.
Vi com meus próprios olhos e ouvi quase tudo o que a irmã Bianca expôs na sua
postagem. O Presidente do Ramo que estava presidindo a Ação Disciplinar queria
saber de todos os detalhes íntimos de uma moça que estava sendo humilhada na-
quela reunião. Desculpem escrever isso: Mas ele queria saber se “a penetração foi
pela frente, “papai e mamãe” ou se foi por traz”. E também se ela teve o orgasmo. O
resto vocês imaginam. Eu não sabia onde colocar a cara, pois era um homem casa-
do, pai de três filhas e ainda um membro novo na Igreja SUD. Tinha três anos de
Igreja. Ao ver aquela mulher chorar copiosamente, tive pena dela. Foi então chama-
do o pai dela como testemunha e a ele foi exposto tudo meticulosamente. Imaginem
como aquela mulher sofreu ali. Fiquei traumatizado com aquele tipo de procedimen-
to. Ao encerrar aquele conselho, indaguei se era necessária realmente toda aquela
humilhação. O Presidente do Ramo disse que nascera na Igreja e que sempre

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aprendera assim de seus líderes nas cidades de Maringá e Ponta Grossa, onde re-
sidiu antes de mudar-se para a minha cidade.
Nunca esqueci esses procedimentos, nem nunca aprovei tal atitude. E declaro
solenemente que nunca agi dessa maneira enquanto fui bispo. Nunca quis saber
além, se a pessoa achava que tinha feito algo errado ou não.
Soube mais tarde, quando não era mais bispo que uma mulher, membro da
minha Ala, divorciada, tinha tido relações sexuais com um colega de trabalho dela. O
caso foi resolvido diretamente com a Presidência da Estaca que queria saber os de-
talhes dela. Um colega meu me falou que ela deu de dedo neles, pois disse, “já não
falei que quebrei a lei da castidade? O que mais importa os detalhes?” De vez em
quando recebíamos instruções de líderes naquelas reuniões que acontecem nos
sábados que antecedem as Conferencias de Estaca sobre esse tipo de entrevista
íntima.
Quero deixar bem claro, de forma explícita, que eu, como bispo da Igreja
Mórmon, nunca me aprofundei com ninguém sobre a intimidade sexual de qualquer
um membro que fosse. Isso não me dizia respeito. Sempre me lembrava daquele
traumatizante Conselho Disciplinar que participei pela primeira vez em 1992.
Condeno de forma veemente tais atitudes. Relaciono isso à falta de homens
de caráter para a liderança da Igreja. Chamam qualquer desqualificado, sem índoles
ou personalidades definidas para serem líderes. Tarados, Safados e Inescrupulosos.
Tanto a mulher que citei anteriormente, como o líder que a humilhou permanecem
“fieis” e “firmes na Igreja” até hoje. A outra que foi entrevistada pelo Presidente de
Estaca, também está firme e mora nos Estados Unidos. Permanecendo na igreja,
essas mulheres não transmitem outra coisa a não ser que gostam mesmo de serem
humilhadas.6

A HISTÓRIA DE OUTRO EX-BISPO MORMON!

inha história dentro do mormonismo – uma seita racista! Por motivos particula-
res, prefiro omitir minha identidade nesse relato.
“Batizei-me na igreja SUD na década de 70, pouco antes da liberação do sa-
cerdócio aos negros. Lembro que no ramo que freqüentava havia um senhor negro
que se sentia momentaneamente integrado aos Mórmons, nas reuniões e ativida-
des, até que foi “orientado” pelos líderes e missionários a não freqüentar mais as
aulas do sacerdócio, por ser da raça negra. Naquela época não havia muita informa-
ção e pouca gente explicava o porquê dessa proibição. Esse senhor, inconformado
com a notícia que recebera, simplesmente nunca mais pisou os pés na igreja, pois
nunca concordava com a política racista da igreja Mórmon vigente naquela época.

6

Ver mais comentários a partir dos links abaixo:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=350064&tid=5569841266162038272
http://www.cognitivedissenter.com/?p=2731

M

48

Foi em 1978 que o então Kimball recebeu a suposta revelação de que os ne-
gros deveriam receber o sacerdócio. Antes os negros não podiam servir missão ou
entrar nos templos Mórmons. Depois vim a descobrir que essa revelação nada mais
foi que um subterfúgio para um dilema, porque o templo de SP seria dedicado no
final de 1978, e o Brasil, como todos sabem, é um país multirracial e isso traria mui-
tos problemas para os Mórmons.
O mundo naquela época estava dando um basta aos problemas racistas em
diversos países e os Mórmons queriam também resolver esse problema. Os Mór-
mons americanos sempre foram racistas e xenófobos, uma ilusão de que essa me-
dida (revelação) diminuiria o problema racial Mórmon, mas mesmo depois dessa
revelação ainda assim os líderes Mórmons continuaram a desincentivar o casamen-
to multirracial, indicando que o problema racista estava na raiz dos líderes Mórmons.
Foi nos meados de 1980 que servi missão no sul do Brasil e verifiquei os rela-
tos de missionários mais antigos (relatos que passaram de boca a boca desde antes
de 1978 – data da suposta revelação) da missão que ao ensinarem as palestras aos
pesquisadores, pediam antes às famílias que mostrassem álbuns da família, se vis-
sem negros nas fotos e fossem parentes próximos à família, deixavam a casa imedi-
atamente, pois a raça negra era considerada maldita e descendente de Caim, que
não estavam preparados para serem Mórmons. Achei essas histórias absurdas e
nunca concordei com o racismo e a discriminação racial imposta pelos Mórmons
desde a fundação da seita por Joseph Smith. Nunca concordei com a pretensão dos
Mórmons em se tornarem deuses e terem várias esposas no reino celestial, um ver-
dadeiro harém. Nunca concordei com a poligamia imposta por Smith. Nunca concor-
dei com os rituais secretos dentro dos templos Mórmons, com juramentos de san-
gue, palavras e senhas secretas. Nada disso pode ser cristão, algo oculto e secreto.
Considero a seita Mórmon como uma empresa multinacional que visa lucro através
de dízimos e ofertas que explora dos membros, muitos humildes e desconhecedores
da riqueza financeira dos Mórmons.
Uma seita que apresenta um livro falso, sem provas concretas e cabais, o Li-
vro de Mórmon. Hoje vejo que os Mórmons apenas se revestem de cristãos, mas por
dentro são lobos vorazes, ávidos por lucros. Uma religião que tem lista e relatórios
de dizimistas e nega-lhes a entrada em seus templos para quem não dizima, é um
absurdo. Esmiúçam a vida das pessoas, comparado às investigações do FBI.
Decidi contar a minha história para que muitos possam lê-la e entender que
estão na igreja errada, falsa e pretensiosa. “Os Mórmons sempre pregaram que as
demais religiões são do mal, mas não observam suas próprias atitudes racistas e
preconceituosas, que persistem até hoje. Que essa história sirva de alerta para mui-
tos que talvez queiram se aventurar de tornarem Mórmons, achando que são os úni-
cos verdadeiros e exclusivos. Verdadeiro engano”!

A LINGUAGEM E A GRAMÁTICA DO LIVRO DE MÓRMON!

49

egundo Joseph Smith Jr., o Livro de Mórmon foi traduzido de placas de ouro
com caracteres do egípcio reformado. Essa língua, o egípcio reformado, era
uma língua que homem algum conhecia, mas era a língua, na qual Mórmon (o pai de
Morôni) escreveu as placas de ouro ao redor do ano 384 a 421 d.C., pouco antes de
morrer. Para muitos constitui um problema que esta língua fosse reproduzida no Li-
vro de Mórmon com as mesmas palavras da Bíblia do Rei Tiago de 1611 d.C., em
muitas partes.
Não parece provável que o egípcio reformado, uma língua não conhecida de
homem algum. Que havia desaparecido da terra por mais de mil anos antes do ano
1611 d.C., ano em que foi publicada a Bíblia do Rei Tiago, conteria milhares das
mesmas palavras e frases, nas ordens exatas em que são encontradas na versão da
Bíblia do Rei Tiago. Até as palavras em itálicos da versão do Rei Tiago aparece no
Livro de Mórmon. Joseph Smith não as sublinhou, omitiu ou explicou a tradução,
mas incluiu-as no texto do Livro de Mórmon como se fossem as palavras de Deus.
Os eruditos que fizeram a “versão do Rei Tiago” colocaram em itálico certas
palavras para prevenir o leitor de que elas não se encontravam no texto original gre-
go ou hebraico, mas foram acrescentadas para uma leitura mais fácil ou para expli-
cações. Alguns dos muitos exemplos de palavras sublinhados contidas na versão do
Rei Tiago e no Livro de Mórmon podem ser vistas comparando Isaías 53:2-4 com
Mosías 14:2,3,5.
Outro problema, segundo pesquisadores e estudiosos, que encontramos no
Livro de Mórmon é a gramática pobre com a qual parte do livro é escrita. Nefi recla-
mava do pouco espaço, nas placas, para relatar dados adicionais, mas encontramos
quase duzentas vezes “E aconteceu que”. Grande parte do texto todo, se resume
em cópia de partes da bíblia, faltando, na maioria das vezes, argumentos, explica-
ções e detalhes adicionais, para uma melhor interpretação por parte do leitor. Como
exemplo, cito a falta de detalhes sobre a geografia e explicações convincentes. Gos-
taria de saber por que da presença da suposta língua“egípcio reformado” nas placas
de ouro. Para os judeus, isso é um absurdo, que desqualifica totalmente o livro de
Mórmon. Os judeus jamais escreveriam escrituras sagradas, numa língua conside-
rada por eles pagã. Então, concluo que a gramática utilizada no livro de Mórmon é
realmente pobre. A repetição de palavras e frases nos textos é assombrosa.
Seria essa forma um modelo a ser seguido por parte da atual liderança da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias? Têm muitos líderes dos diver-
sos quóruns dos setenta, dos doze apóstolos e membros da primeira presidência
que também mostram essa gramática pobre. É só notarmos os discursos deles nas
Conferências Gerais da Igreja. Veremos que são, na maioria das vezes, somente
repetições de assuntos passados. Não conseguem escrever ou discursar sobre algo
novo, de interesse geral para o mundo atual. Por isso, não despertam a devida aten-
ção sobre a própria causa. Não conseguem vender o peixe. Mas, isso, em si só, não
é o ponto. Pode ser uma tática para prender os membros no atual estado de aliena-
ção doutrinária. Mas culpar a Deus por gramática pobre esse sim é o ponto, pois
este Deus Mórmon que ditou as palavras das supostas placas de ouro para Joseph
S

50

Smith Jr., aparentemente não era muito instruído quanto à gramática e técnicas de
escrita e literária.
David Whitmer, no seu livro, Address to All Believers in Christ (Proclamação a
todos os crentes em Cristo), diz que quando Joseph Smith Jr. colocava o rosto no
chapéu, com a pedra do vidente, "algo parecido com um pergaminho aparecia". Os
hieróglifos apareciam um de cada vez, com a interpretação em inglês por baixo. Jo-
seph Smith Jr. a lia e Oliver Cowdery ou quem quer que fosse o escrevente nessa
hora a escrevia. Se tivesse sido escrito corretamente, o sinal ou a frase desaparecia.
Se não, permanecia até ser corrigida. Significa que cada letra, cada sinal, era exa-
tamente o que Deus havia dito,letra por letra, palavra por palavra. Não podia haver
erro porque o sinal ou palavra não desaparecia até que estivessem cem por cento
exatas.
Joseph F. Smith, sexto presidente d’A Igreja de Jesus Cristos dos Santos dos
Últimos Dias declarou: "Joseph não reproduziu o escrito das placas de ouro, na lín-
gua inglesa, em seu próprio estilo, como muitos creem, mas cada palavra e cada
letra foram-lhe dadas pelo dom e poder de Deus”.
O próprio Joseph Smith Jr. declarou, em 1841, no History of the Church: "Eu
disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o livro mais correto sobre a face de ter-
ra”.
Se a palavra traduzida era perfeita, e se o Livro de Mórmon de 1830 era per-
feito, por que os líderes, sucessores de Joseph Smith Jr. fizeram mais de 3000 mil
correções em gramática, pontuação e ortografia, no perfeito Livro de Mórmon?
Estes líderes posteriores, um pouco mais instruídos, ficaram cada vez mais
embaraçados por causa de erros gramaticais no Livro de Mórmon, de modo que fi-
zeram mudanças em edições posteriores.
Se tivéssemos em nossas mãos, uma reprodução do Livro de Mórmon de
1830 e também, do atual Livro de Mórmon, poderíamos ver as mudanças com nos-
sos próprios olhos.
Se Deus tivesse dado a Joseph Smith Jr. uma tradução, letra por letra, pala-
vra por palavra, de sua palavra pura e perfeita, certamente tê-la-ia dado com a gra-
mática correta.
É muito interessante que a gramática de Joseph Smith Jr. é excelente en-
quanto copia textualmente do Rei Tiago. Por que não seria ela excelente se copias-
se do "Pergaminho de Deus" como alegava?
A situação dos membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias não é nada cômoda. Se disserem que Deus dirigiu Joseph Smith Jr., na tradu-
ção do Livro de Mórmon, então acusam Deus de usar gramática deficiente e de co-
meter outros erros que mais tarde necessitaram de correção. Não parece sábio, pa-
ra dizer pouco, fazer esta acusação ao seu Deus onisciente do Universo.
Se disserem que Joseph Smith Jr. escreveu o livro, com seus erros gramati-
cais e outros, negam o que Joseph Smith Jr. reivindicava, o que as três testemunhas
reivindicavam. Isto significaria que o testemunho de Joseph Smith Jr. de que o Livro
de Mórmon é uma tradução sem erros, letra por letra, palavra por palavra, pelo po-

51

der de Deus, é falso. Esta acusação prejudicaria irreparavelmente sua reivindicação
de ser um Profeta de Deus. É realmente muito difícil para os membros SUDS expli-
carem isso.
7


A NOVA JERUSALEM DE JOSEPH SMITH JR.!

oseph Smith Jr., o pretensioso profeta e fundador da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, no mês de setembro do ano de 1832, fez uma declara-
ção a qual chamou de profecia. Ele disse que recebeu essa instrução diretamente
de Deus. A profecia dizia respeito à construção de uma cidade, a Nova Jerusalém
ou Sião. Smith disse que ela seria construída no Estado de Missouri, nos Estados
Unidos. Eis a profecia:

“Uma revelação de Jesus Cristo a seu servo Joseph Smith Júnior e seis élde-
res, ao unirem o coração e erguerem a voz ao céu. Sim, a palavra do Senhor com
respeito a sua igreja, estabelecida nos últimos dias, para a restauração de seu povo,
como falou pela boca de seus profetas; e para a reunião de seus santos no Monte
Sião, que será a cidade de Nova Jerusalém. Cidade essa que será construída a par-
tir do terreno do templo, designado pelo dedo do Senhor, nas fronteiras ocidentais
do Estado de Missouri e dedicado pela mão de Joseph Smith Júnior e outros de
quem o Senhor se agradava. Em verdade esta é a palavra do Senhor: Que a cidade
de Nova Jerusalém seja construída pela reunião dos santos, a partir deste lugar,
sim, o local do templo, templo esse que será erigido nesta geração. Pois em verdade
esta geração toda não passará sem que seja construída uma casa para o Senhor; e
uma nuvem descansará sobre ela, nuvem essa que será a glória do Senhor, que
encherá a casa”.

O problema é que até os dias de hoje, 178 anos depois que a profecia foi
proferida, a cidade denominada Nova Jerusalém, ainda não foi construída. Os Mór-
mons não a construíram, nem no Estado do Missouri, nem em parte alguma.
A crença era tão profunda nas palavras de Joseph Smith Jr. que um de seus
apóstolos, Orson Pratt, declarou que “os santos dos Últimos Dias esperam o cum-
primento desta profecia durante a geração em existência, em 1832, assim como es-
peram que o sol nasça e se ponha amanhã. — Por quê? — Porque Deus não pode

7
Referencias para produção deste texto.
MCELVEEN ,Floyd C. A Ilusão Mórmon
http://scriptures.lds.org/pt/search?type=words&last=e+aconteceu+que&help=&wo=checked&search=e
+aconteceu+que&iw=bm&tx=checked&af=checked&hw=checked&sw=checked&bw=1&anonymous_el
ement_1_changed=
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gramática
http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?id=126
http://www.utlm.org/onlinebooks/address1.htm
WHITMER, David, Address to All Believers in Christ (Proclamação a todos os crentes em Cristo).
History of the Church

J

52

mentir. Ele cumprirá todas as suas promessas" (The Journal of Discourses, vol. IX,
p. 71).
O que chama a minha atenção, ao escrever sobre esse assunto, é que atual-
mente, muitos membros da Igreja ainda acreditam que a tal cidade será construída.
Ora, caso ela chegue mesmo a ser construída um dia, para mim, a profecia de Smith
ainda não terá valor algum. Aliás, as suas profecias não têm valor para mim. Ele pro-
fetizou muitas bobagens, inclusive que a Lua era habitada. Descreveu até o modo
dos habitantes lunares se vestirem. Quanto à profecia de 1832, sobre a Nova Jeru-
salém, ela dizia claramente que a cidade seria construída naquela época onde o
movimento denominado mormonismo estava começando. Não agora com quase 200
anos após sua fundação.
Analisando Doutrina & Convênios, o livro de revelações de Joseph Smith Jr.
para o mormonismo, percebi que em julho de 1831, ele já havia pedido ao povo que
se estabelecesse num lugar chamado Independence, no Estado de Missouri. Ali de-
veria ser o local exato da construção da Nova Jerusalém.

“Escutai, ó élderes de minha igreja, diz o Senhor vosso Deus, vós, que de
acordo com meus mandamentos vos haveis reunido nesta terra, que é a terra de
Missouri, terra que designei e consagrei para a reunião dos santos. Portanto esta é a
terra da promissão e o local para a cidade de Sião. E assim diz o Senhor vosso
Deus: Se desejais receber sabedoria, eis aqui sabedoria. Eis que o lugar que é ago-
ra chamado Independence é o lugar central; e um local para o templo se acha a oes-
te, num terreno não longe do tribunal”.

Como a profecia não se cumpriu, os lideres da Igreja que sucederam Joseph
Smith Jr. aplicaram um novo significado para Sião. Disseram aos membros da Igreja,
que apalavra Sião, também se refere ao "puro em coração," quando Cristo disse que
haveria muitos lugares no mundo que seriam referidos a Sião, lugar onde as pesso-
as aceitaram o evangelho e obedecem aos mandamentos.
Essa é a atual definição, encontrada em vários manuais da Igreja. Significa
que a cidade jamais será construída no Estado de Missouri, mas pó ser construída
abstratamente em qualquer lugar onde haja algum tolo para aceitar o mormonismo.
A igreja que Joseph Smith Jr. fundou, atualmente está ramificada em mais de
200 seitas e grupos religiosos. Esta não pode ser a obra de Deus, pois se fosse, fi-
caria intacta e não teríamos muitas críticas para escrever sobre ela. Os assuntos são
polêmicos e sem explicação racional por parte a atual liderança.
8


ABSURDOS DA OBRA MISSIONÁRIA!
(Escrito por um Ex-Presidente de Estaca Mórmon)


8
Referências:
http://pt.mormonwiki.com/Nova_Jerusal%C3%A9m
Doutrina e Convênios

53

lá meu caro! Diante de tantas manifestações que expressam o verdadeiro lado
da "Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", não posso deixar de
compartilhar mais uma história. Ocorreu quando eu era ainda bispo.
Era uma tarde fria, típica do inverno do Rio Grande do Sul. Os missionários
pediram-me que eu levasse um casal até o cartório para casarem. Eles possuíam
nada mais nada menos do que 7 filhos, todos pequenos.
Entretanto, eram pessoas bem pobres e desprovidas de qualquer formação
secular. Podem imaginar a alegria dos missionários em batizarem uma família tão
numerosa? Após o casamento fomos para a capela, aonde ocorreria a então entre-
vista batismal.
Uma das crianças tinha apenas 8 anos de idade e após a entrevista foi que
ocorreu o então absurdo: para se batizar, na ocasião, se deveria ficar pelo menos 7
dias, sem ingerir qualquer substância contrária à “palavra de sabedoria”. Até aí tudo
bem, o problema é que esta menina havia relatado que no dia anterior havia brinca-
do na casa de uma colega de escola e que havia tomado "café". O Elder que estava
entrevistando, não sabia o que fazer. Preocupados com a situação reuniram-se em
oração. Ele, mais seu companheiro e os Elderes que estavam com a família.
Diante daquele entra e sai da sala de entrevistas, eu fui até o Elder entrevis-
tador e disse-lhe que é muito comum, aqui na minha região, as pessoas usarem a
expressão de "tomar café" para qualquer coisa que se coma pela manhã, em desje-
jum ou a tarde, durante o lanche. Eles levaram mais de uma hora para decidir o que
fazer com aquela menina de apenas 8 anos, que em nada estava entendo o que se
acontecia, e que não sabia expressar o que havia ingerido no dia anterior.
Na ocasião eu pensei: onde está o "poder do sacerdócio"? Para se revelar to-
das as coisas? Após horas perdidas nesta questão tão tola, eles resolveram, por
efeito de dúvidas, esperar mais uma semana para batizar aquela menina "tão indig-
na", que havia manchado a sua vida com um gole de café.
Saí daquela capela horrorizado, diante de tanta demência. Um misto de dúvi-
das, questionamentos e fé conflitavam em minha mente. Eu olhava os olhos daquela
família, daquela criança, que não estava entendendo nada que se acontecia. Sua
vida estava sendo manipulada por terceiros devido a sua ignorância e ignorância de
seus pais.
Sua família foi batizada e ela na semana seguinte. Mais 2 semanas depois,
não estavam mais na igreja e apenas serviram pra engrossar o vasto diretório de
membros inativos. Números e mais números e assim é baseada toda obra missioná-
ria da igreja. É assim, foi assim e sempre será assim.
Na missão não era diferente. Em uma ocasião, Elder Ballard aumentou a me-
ta de contatos por missionário de 70 para 140 pessoas. É lógico que quanto mais
gente se fala sobre a igreja, a probabilidade é que mais pessoas aceitem. Era ines-
crupulosa a maneira como missionários mentiam sobre os números e metas não
atingidas. Mas não os culpo. Eles vivem pressionados e cobrados ao extremo para a
obtenção de resultados. Não será esta obsessão por números, reflexos da cultura
capitalista norte americana?
O

54

O problema se torna mais grave quando eles, os missionários, mesmo em um
limite de estresse não sintam mais esta pressão, devido ao alto grau de hipnose
proporcionado por esta seita tão destruidora de mentes, e altamente prejudicial ao
intelecto humano.
Se quem ler estas coisas, este blog, ainda não for membro da igreja, então
salte fora enquanto há tempo!
Fui membro por 30 anos. Passei pelos mais diversos cargos e saí quando
ainda era um Presidente de Estaca. A briga com a minha consciência era constante
e não foi nada fácil abandonar a igreja, minha família toda continua nela.
Aconselho todos a lerem sobre o mito da caverna de Platão. Talvez irá ajudar
a entender como uma pessoa se sente ficando tanto tempo dentro de uma seita
opressora, fraudulenta e mentirosa e que conhece muito bem como usar de técnicas
manipuladoras da mente humana.
Hoje vejo que a vida fora do mormonismo é bem melhor, mais completa e
muito mais feliz!
Se quiseres pode publicar meu amigo.
Abraços.
9


ACHO QUE OS MEMBROS NÃO ESTÃO ENTENDENDO .

Recentemente, meu blog começou a receber comentários de membros da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, da cidade de Curitibanos, Santa
Catarina, Brasil. São comentários de membros da minha antiga Ala. Pessoas que
me conheceram quando eu era o Bispo deles por lá. A princípio, achei normais os
seus primeiros comentários. Respondi alguns deles, da mesma forma que faço com
todos. Outros ignorei, como faço sempre. Tudo me parecia transcorrer com naturali-
dade. Mas de repente, os comentários se tornaram em ataques subjetivos à minha
pessoa.
Um dos membros que se valeu do uso da ferramenta do blogger para comen-
tar, ainda é um jovem. Deve ter no máximo 18 anos de idade. Começou a me insul-
tar, me chamou de “Judas” diversas vezes. Como se eu, ao abandonar a Igreja
Mórmon, tivesse traído o mormonismo. Mandou até um recado no meu Orkut que
me deixou pasmo:


9
(A pedido do autor deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, somente
se ele mesmo me autorizar).

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Fiquei pensando por um momento. O que será que ele quis me dizer com es-
sas palavras? O que ele poderia fazer comigo se porventura, nos encontrarmos na
rua? Não creio que irá partir para uma agressão física. Isso seria demais.
Nunca investi contra ninguém, de forma individual. Nenhum membro da minha
antiga Ala Curitibanos neste blog. Podem procurar à vontade. Não consta aqui ne-
nhum nome de membro. Todas as referências que fiz, foram em relação à conduta e
personalidade das pessoas, adquiridas através da doutrina Mórmon. Como exemplo,
cito a postagem em que eu critiquei a liderança local da igreja, composta por pesso-
as sem muita instrução. Mas mesmo assim, não me referia no sentido de ofender as
pessoas e sim, no sentido de que a Igreja que se diz verdadeira, precisaria mostrar
mais qualidade, na hora de chamar seus lideres locais.
Esse jovem, aparentemente, ficou muito nervoso por causa dos assuntos que
diariamente estou publicando sobre a doutrina da sua Igreja. Ele, ao ler as posta-
gens, não quer acreditar nos textos publicados. Diz-se fiel aos mandamentos e à
doutrina dos Santos dos Últimos Dias. Acha que estou inventando mentiras e calú-
nias contra “a Igreja verdadeira de Jesus Cristo”.
Ledo engano meu jovem! Vou preservar teu nome, pode ficar tranquilo. Pode-
ria não fazer isso. Com certeza teria que se explicar com teus pais ou com a tua lide-
rança da Ala. Mas entendo que ainda é muito jovem e não é capaz de responder
sozinho por seus atos. Conheci como foi a tua educação familiar. Foi criado dentro
dos rigores da doutrina Mórmon. Ainda é muito ingênuo para muitas coisas.
O que escrevo a seguir vale para você. Vale também para todos os demais
membros da minha antiga Ala Curitibanos.
Conversei recentemente amigavelmente, como sempre faço, com um líder da
Ala. Enfatizo aqui o que disse a ele! Meu objetivo, ao criar esse blog, não foi o de
atacar nenhum membro Mórmon. Nem local, nem de qualquer parte do mundo. Não
tenho mágoas, inveja, rancor ou ódio de nenhuma pessoa que convivi no passado,
quando era Mórmon. Não é essa a questão. A questão é que me senti muito ultraja-
do, insultado e humilhado por tanta mentira que me empurraram por 18 anos.
Pergunto-me constantemente. Como não vi isso tudo enquanto estava lá?
Simplesmente, porque estava hipnotizado pela doutrina. Da mesma forma! Estão
hipnotizados os membros que se dizem firmes e fieis atualmente. É uma espécie de

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hipnotismo coletivo, autossugestão. Quanto mais você ouve falar que algo é verda-
deiro, mais acredita que é assim. Porque será que os membros vivem num mundo
fechado? Porque não são aconselhados a se casarem ou se misturarem socialmen-
te com pessoas de outras culturas? Porque não são aconselhados a lerem material
crítico dos ensinamentos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias?
Justamente para que fiquem cada vez mais, à mercê da doutrina. Mais estimulados
a não sucumbirem à realidade.
Estão tão alienados, iludidos ou hipnotizados que não percebem que as fon-
tes usadas neste blog, são na sua maioria, fontes da própria Igreja. É incrível tudo
isso. Estou cada vez mais assustado com o grau de intervenção que a doutrina
Mórmon tem na mente das pessoas.

AJUDA AOS NECESSITADOS?

“Bom dia!”

Você na coluna "QUEM SOU EU" diz que quanto aos pobres há uma séria
restrição financeira. Eu sou membro da Igreja há 6 anos e tenho observado quanto a
mim e quanto a outros membros não existir tal restrição. Quando eu não tinha di-
nheiro para pagar minhas contas de luz atrasadas, a Igreja pagou e foram pelo me-
nos 3 vezes. Quando precisei de ajuda psicológica a Igreja pagou e só parou porque
eu decidi não ir mais à psicóloga. Há mais de 4 meses recebo ajuda do armazém do
bispo. Existem dois jovens na ala que são viciados em drogas e foram internados
em clínicas de reabilitação, tudo por conta da Igreja. Existe também o Fundo Perpé-
tuo de Educação para aqueles que não têm condições de pagar seus estudos. Estes
são alguns exemplos. Quanto àqueles líderes gerais que você disse que usam do
dinheiro da Igreja para viver em grande mordomia, se de fato é assim não vejo pro-
blemas e porque não? Porque se no mundo uma grande empresa envia um de seus
funcionários para prestarem serviços em outro lugar e financiam a viagem e os hos-
pedam em ótimos hotéis, porque não se poderia fazer o mesmo com os servos do
Senhor que vivem integralmente a serviço Dele e da Igreja? Além do mais, acima eu
citei a ajuda que membros pobres da ala a que pertenço recebem, imagine então se
considerarmos a soma total gasta pela Igreja com os pobres que são membros e
também com os que não são membros no mundo inteiro!
Eu sei que Deus e Jesus Cristo vivem e Thomas S. Monson é seu profeta. Em
nome de Jesus, o Cristo, Amém.
Marcos Santo Bavaroti – Ala Sapopemba – Estaca Penha - São Paulo”

O e-mail acima veio de um membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias tentando mostrar que esta Igreja em evidencia ajuda os pobres e os
necessitados. Só posso dizer que se o “bispo” da Ala Sapopemba ajudou o autor,
que ele não deva tomar isso como uma regra geral. A orientação dada aos bispos da
Igreja quanto a ajudar “irmãos” que estão passando por necessidades é bem clara e

57

concisa. Totalmente contrária à que este bispo da Ala Sapopemba praticou ou tem
praticado.
Quando eu era bispo da Ala Curitibanos, recebi vários treinamentos sobre a
ajuda aos membros necessitados. A regra era bem simples. "Quando alguém vier te
pedir alguma ajuda, primeiro, verifique se ele é dizimista integral. Em seguida preen-
cha um formulário de solicitação de ajuda. Neste formulário deve ser especificada, a
espécie de ajuda (dinheiro, alimentos, roupas, etc.). E as pessoas que poderão su-
prir a essa ajuda. Em primeiro lugar, o membro que está precisando de ajuda preci-
sa avaliar se ele pode levantar o dinheiro, com a venda de alguns bens. Não tendo
bens para a venda, ele deve procurar os seus parentes, em seguida os amigos. Por
último a Igreja".
Chamou-me a atenção, a parte em que o autor diz que o bispo pagou-lhe
consultas (várias) a psicólogo. Isso, realmente não é normal. Esse bispo logo será
advertido por alguém, sobre essas atitudes. Ele está agindo contra as orientações
dos líderes responsáveis pelo Departamento de Bem Estar da Igreja. Pagar consul-
tas a psicólogos e consultas ou internamentos em clínicas de reabilitação de droga-
dos não é uma característica normal de um Bispo da Igreja SUD.
Outra parte que me chamou a atenção foi que o autor diz que recebe ajuda há
quatro meses do Armazém do Bispo. Isso também me soa estranho. O autor está há
quatro meses sem emprego? Será que o autor está doente e não pode trabalhar?
Se for o caso, porque não solicitar o auxilio doença do INSS? Não sei os detalhes,
mas me é estranha quase toda a primeira parte do e-mail recebido.
Quanto ao Fundo Perpétuo da Educação? Isso nunca foi ajuda! Se o autor
não sabe, a Igreja cobra dos acadêmicos, depois de formados, o dinheiro “empres-
tado” a eles. O maior problema nisso tudo é que, para alguns casos, os acadêmicos
não conseguem arrumar emprego após terminarem as suas faculdades e isso vira
um inferno na vida deles. É mais uma maldição do que uma benção.
Quanto ao resto da mensagem, acho que o autor deveria se informar melhor sobre o
que escreveu com relação às mordomias dos chamados líderes da Igreja. Nem vou
entrar nesse detalhe agora. Vou deixar para uma postagem posterior. Espero que o
autor da mensagem continue lendo o blog. Em breve encontrará uma postagem so-
bre os Coordenadores do SEI, Presidentes de Missão e Setentas Autoridades de
Área. Suas viagens e suas mordomias.
Espero ter esclarecido esse e-mail recebido. Um abraço!

ALGUNS EX-MÓRMONS CONTINUAM CRISTÃOS CONVICTOS!

Da redação do New York Times
Tradução: Emerson de Oliveira

Thelma Geer, carinhosamente chamada de “Granny”, foi criada na igreja
Mórmon. Desde menina, seu alvo era casar-se e, após a morte, tornar-se uma rai-
nha celestial eternamente unida a seu marido terrestre, produzindo juntos, numa

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ampla mansão, “bebês espirituais”. Em seu livro Por que abandonei o mormonismo,
ela relata a sua própria história, inclusive como se converteu a Jesus Cristo, e exa-
mina, à luz da Bíblia, algumas das suas antigas crenças, como estas:

Os seres humanos podem chegar a ser deuses;
Jesus Cristo foi polígamo;
Deus o Pai foi Adão e também o esposo de Maria;
O Espírito Santo é um homem;
Jesus Cristo e Lúcifer foram irmãos.

Não, aquele ministro batista não se dirigia a mim – eu era Mórmon. Mas Deus
falava comigo. Mesmo sendo um dos “Santos dos Últimos Dias”, eu ainda era uma
pecadora necessitada de salvação. Foi por minha causa que `Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pe-
reça, mas tenha a vida eterna... Quem nele crê não é julgado; mas quem não crê já
está julgado, porquanto não crê no nome do Unigênito do Filho de Deus (João 3.16,
18)´
Quando o missionário rogou: “Oh, por que você não aceitaria meu Jesus?”,
Deus falou ao meu coração e disse: “Por que você não aceita o meu Filho? Ele mor-
reu pelos Mórmons tanto quanto pelos batistas”.
Então entendi que, mesmo sendo um dos SUD, tinha de depositar todo o meu
ser em Jesus. Com prazer entreguei-me a ele, com os olhos tão arregalados de ad-
miração que não pude nem fechá-los nem curvar a cabeça. Sentia-me feliz por sa-
ber que Deus e Jesus amavam tanto a mim. Meu coração palpitava em êxtase e se
condoia em vergonha e arrependimento enquanto buscava perdão por ter desconsi-
derado a Cristo.
Agradeci-lhe por ter continuado a me amar, pois, na verdade, eu nunca o
amara nem o cultuara. Agora sabia que Jesus voluntariamente havia deixado os
céus e vindo à terra a fim de desfazer pecados, movido de amor e preocupação para
comigo. Ele não veio em busca de exaltação e divindade para si próprio, como sem-
pre me levaram a crer. Jesus já era Deus. Deus Filho veio buscar e salvar a mim, um
dos SUDs.
Agora eu sabia que era pecadora e não santa, não uma criança gerada por
pais celestiais, mas por pecadores indignos a quem Deus “amou de tal maneira”. Eu
o sabia por que estava ali na santa Palavra de Deus, e porque Deus Espírito Santo
trouxe esse conhecimento incontestável de pecado ao meu coração. Pedi a Jesus
que me perdoasse por não tê-lo amado enquanto ele me amou ao ponto de morrer
por mim. Cristo, que não conheceu pecado, deixou sua glória nos céus para ser “fei-
to pecado por nós para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Eu
agradeci a ele por tomar meu lugar na cruz e prometi assumir minha posição como
cristã, e a partir daí e trabalhar para que outros Mórmons pudessem dar a Jesus o
primeiro lugar em seu coração e em suas vidas.

59

Agora não canto mais hinos sobre Joseph Smith, pois desde que recebi Jesus
como meu Salvador pessoal, não preciso mais do “profeta” Joseph Smith. Agora
canto a respeito de Jesus. Eu o louvo por tê-lo recebido como meu Salvador e Se-
nhor, por ele ter-me dado novo coração, nova vida e novo propósito. Eu o exulto,
“quando canto meu novo cântico de louvor ao nosso Deus e proclamo essa promes-
sa sem igual” (Thelma `Granny´Geer, “Por Que Abandonei o Mormonismo”, Editora
Vida, 1991, p. 31-32).
É impressionante como a ex-Mórmon relata sua conversão. Transmite a situ-
ação de uma pessoa que se achava em trevas, sem direção, e conseguiu encontrar
a luz. Na verdade, ela rompeu uma barreira difícil. Saiu da clausura. Sua alma esta-
va sedenta: “Quem tem sede, venha a mim e beba”, disse Jesus. Ela buscou matar
sua sede na fonte certa; bateu à porta certa, e ficou saciada. É admirável e emocio-
nante como ela descreve a sua alegria tão logo encontra a verdade.
O testemunho de Thelma Geer não difere do de tantos outros que consegui-
ram se livrar das algemas invisíveis do mormonismo. Ficamos a imaginar como um
grupo religioso consegue tantos seguidores com doutrinas desse tipo: Jesus é irmão
de Lúcifer; Jesus teve várias mulheres; os homens serão deuses. A blasfêmia contra
o Filho, o Deus encarnado, é patente em muitas seitas. O objetivo é denegrir a pes-
soa imaculada do Senhor Jesus, negar-lhe a divindade e a morte expiatória e reden-
tora.
Joseph Smith Jr. morreu e seus ossos estão em algum lugar. Jesus morreu, mas
ressuscitou. Seu sepulcro está vazio. Eis a grande diferença entre o Cristianismo e
as demais religiões.

ALTERAÇÕES DESESPERADAS NO TRABALHO DE RETENÇÃO!

O texto abaixo faz parte do histórico anual da Ala Curitibanos. Eu mesmo o
escrevi no final do ano de 2003 ou início de 2004 quando era bispo dessa unidade.
Eu comecei o texto escrevendo sobre mudanças significativas implantadas na Ala,
devido o recebimento de instruções de um treinamento mundial de liderança daquela
época. Lembro-me agora, que esse treinamento foi transmitido via satélite para o
mundo todo. A liderança da Igreja já mostrava sinais de que a obra missionária não
estava funcionando conforme deveria. Só que nós, na condição de membros ativos
da época, não percebíamos isso. Além dos batismos não estarem crescendo, ainda
a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias começava a enfrentar dificul-
dades para convencer os jovens a cumprir missões de tempo integral de dois anos.
Para mim, foi o inicio de uma nova fase para a igreja Mórmon. Todo aquele
vislumbre de crescimento dos anos 90 começava a ficar para trás. Desde o ano
2000 até o presente momento, a Igreja não tem demonstrado crescimento consisten-
te como Igreja. Isso, de acordo com os números fornecidos na prestação de contas
de estatísticas da própria Igreja, apresentados aos membros, na Conferencia Geral
de Abril de cada ano.

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Para tentar conter os fracassos batismais e segurar os novos prosélitos, a li-
derança da Igreja Mórmon tentou vários artifícios. Reuniões nas casas dos recém
conversos. Reuniões de integração com a presença da liderança da Ala, Reuniões
de 5 minutos, após as reuniões sacramentais, para designar visitas aos membros
novos, que não compareceram no domingo, na Igreja.
Foi também implantado, um sistema de designação de responsabilidades pa-
ra os recém conversos. O presidente da Igreja, na época, disse que os membros
novos precisavam de três coisas: Um amigo, uma responsabilidade e serem nutridos
pela doutrina Mórmon.
Nada disso deu resultados. Se olharmos os números atuais veremos que as
supostas revelações do “deus Mórmon” foram frustradas. O que poderia ter aconte-
cido de errado? Não houve empenho necessário por parte dos membros para que
os mandamentos fossem cumpridos? Não foram diligentes os membros da Igreja,
em atender a voz de seu “profeta”?
Os membros bem que tentaram. Tentaram implantar de todas as maneiras as
estratégias de batizar mais e reter mais. Em praticamente todas as unidades da Igre-
ja, foram realizados trabalhos com os recém-batizados ou os membros novos.
O problema era mais grave do que aparentava. Desde o ano 2000 em diante,
as coisas começaram a ficar cada vez mais dificultosas para a obra missionária da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Surgiram boatos, na mídia mun-
dial, de que “os Mórmons de Utah” praticavam a poligamia, generalizando todos os
Mórmons. A mídia não dizia que havia mais de 200 facções dissidentes da organiza-
ção original de Mórmons em Utah. Isso atrapalhou significativamente os trabalhos de
crescimento da suposta “Igreja verdadeira de Jesus Cristo na Terra”.
Todos aqueles templos anunciados no final da década de 90, pelo então pre-
sidente da Igreja Mórmon, Gordon B. Hinckley ainda há uma possibilidade de fica-
rem sem muita utilidade com o passar dos anos. Isso, se os batismos continuarem
estacionados ou diminuírem. A retenção de membros novos nunca funcionou direito
na Igreja Mórmon. Cerca de 80% dos prosélitos batizados se afastam. Essas são
fontes de líderes, que me deram treinamentos quando eu era bispo. Não estou in-
ventando nada.
Outro problema para os Mórmons é a crescente taxa de afastamentos de
membros antigos. Líderes da Igreja que têm suas mentes abertas e se desvinculam
da doutrina alienante. Ex-bispos e ex-presidentes de estacas, por exemplo. Não sei
precisar a taxa de afastamento. Quanto isso significa em termos percentuais. Mas,
somados com o afastamento, de outros membros antigos que passam por situações
semelhantes de um despertar para a realidade, somados às taxas de afastamento
dos recém-batizados, deve dar com certeza, entre 85 a 90%. Alguém pode achar
que estou maluco. Mas olhem à suas voltas, nas suas Alas. Os membros são sem-
pre os mesmos membros. Os tradicionais que se batizaram nos anos 80 e 90. A
maioria que se batizou depois se afastou. As revelações não se mostram eficientes.
A culpa é de quem? Dos membros? Do profeta? Será que o profeta e o deus Mór-
mon não estão sintonizados? Quanto mais se esperneiam com essa história de “re-

61

velação” e a manutenção das mentiras do passado, como as declarações racistas e
preconceituosas feitas pelos antigos líderes, mais perdem terreno para outras de-
nominações religiosas. Um golpe mortal para a doutrina que se diz verdadeira.

“O ano de 2003 foi um ano de mudanças significativas para os santos de Curi-
tibanos. Começamos o ano recebendo o 1º Treinamento Mundial para Líderes do
Sacerdócio, transmitido desde Salt Lake City. Pudemos visualizar o que o profeta
tinha em mente, as mudanças na obra missionária, as palestras e as qualificações
necessárias para servir no campo missionário.
Em Curitibanos, procuramos implantar a determinação imediatamente. Os
missionários começaram a fazer um trabalho juntamente com os membros do conse-
lho da ala. As famílias que estavam sendo ensinadas começaram a receber influên-
cia positiva dos membros, além dos tradicionais missionários de tempo integral.
Muitas reuniões familiares nas casas de membros e de pesquisadores foram reali-
zadas. Nos domingos os pesquisadores começaram a vir nas reuniões. Alguns ba-
tismos aconteceram resultantes deste novo sistema de trabalho”.

ALUNOS MORMONS SÃO PRIVILEGIADOS?

Ontem eu estava pensando. Onde os membros da Igreja Mórmon são mais
avantajados ou se destacam em relação aos não membros? No Brasil ocorreram as
provas do Enem. Eu, sinceramente, olho para os jovens que fazem essas provas e
penso: Será que os jovens SUDs se destacam em notas com superioridade aos que
não são SUDs?
Uma vez, uma mulher, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias, há muitos anos me questionou da seguinte maneira: “Por que será irmão
Popinhaki que nós, que temos o Espírito Santo não obtemos as notas mais altas, em
provas feitas nas escolas e universidades? Afinal, Jesus Cristo não nos disse que o
Espírito Santo faria com que nos lembrássemos de todas as coisas? Então, porque
não somos diferenciados em relação aos não membros?” Confesso que aquilo me
martelou por anos na cabeça. Nunca soube a resposta enquanto permanecia no
mormonismo. Agora que não estou mais lá, sei. Não há Espírito Santo algum que
acompanhe os membros Mórmons e os diferencie dos não Mórmons.
Imaginemos como seria cômodo se os membros do mormonismo fossem pri-
vilegiados em relação aos não Mórmons. Isso seria uma trapaça! Então, uma coisa
os Mórmons podem ter certeza, não serão privilegiados em vestibulares, provas pa-
ra concursos públicos, Enem, Enade e outras provas similares. Todos, membros ou
não membros do mormonismo, ou estudam ou não se sairão bem nessas provas.

AMOR À PARTE!

Como outras religiões, no mormonismo não é diferente! Há preocupação, dor
e angustia. Vou lhes dar hoje um exemplo dessa natureza sofrida por um membro

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da Igreja Mórmon. Angústia ou tristeza é quando um dos cônjuges desperta para o
engodo do mormonismo. Entretanto, o outro cônjuge não quer despertar e permane-
ce alienado. Os conflitos de relacionamento são invitáveis! Por mais que aquele côn-
juge que não quer mais seguir a doutrina Mórmon tente mostrar e explicar, não con-
segue ter muito êxito com o(a) companheiro(a).
Presenciei situações dessa natureza, quando era membro da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Certa vez, eu ainda era um membro novo. Era
um domingo e estávamos numa reunião sacramental, num dia de testemunhos.
Chovia muito naquele dia. Havia poucas pessoas na capela. Quando chove muito
em Curitibanos, a frequência cai assustadoramente. De repente subiu ao púlpito um
homem e aproximou-se do microfone. Ele falou que “hoje de manhã, olhei para mi-
nha esposa, que estava dormindo em nossa cama. Ela não quer saber do mormo-
nismo! Aí eu pensei e decidi: Se ela quiser ir para o inferno, que vá sozinha. Eu vou
para a Igreja e não irei para o inferno.” No mundo dos casais ligados ao mormonis-
mo há muitos casos de cônjuges que não aceitam a pressão da doutrina. Então se
batiza ou o marido ou a esposa. O problema se dá, quando aquele que aceita abra-
çar a causa Mórmon quer empurrar os ensinamentos para o cônjuge não batizado.
Às vezes, os dois são membros. Mas somente um acredita e o outro não nas falá-
cias doutrinárias.
Imaginem a situação! Um dos cônjuges vai ao templo e começa a usar o gar-
ment. Lá no Templo há uma promessa de proteger o garment da vista de pessoas
que não passaram pela investidura. Se for o marido que foi ao templo e fez a inves-
tidura. Certamente a esposa é que vai lavar os garments para o uso do marido. Mas
e se for a esposa que foi ao templo e fez sua investidura? O marido pode achar curi-
osas aquelas roupas que sua companheira começou a usar repentinamente e re-
clamar. Não tem como esconder.
Tristeza mesmo é quando um dos cônjuges começa a brigar com o outro e
trocarem ofensas por causa da igreja e sua doutrina. E isso ocorre com frequência.
Certa vez, assisti uma briga de um casal que estavam se dirigindo para uma confe-
rencia de Estaca. Parece que a esposa não queria ir nessa Conferencia e o marido
forçava-a a fazer a sua vontade. Acabaram os dois não assistindo a Conferencia.

APOLÍTICOS?

O que será que os Mórmons imaginam ao entregarem exemplares do livro de
Mórmon para políticos? Acham que eles lerão esse livro e se converterão ao mor-
monismo? Não creio que haja algum político que o faça atualmente. Só se estiver
desinformado sobre a seita. Vivemos numa época de dinamismo e interação. Os
dias passam muito rápido. As horas, literalmente, voam. Temos tanto para fazer e
sempre nos parece que não temos o tempo suficiente para a execução de nossas
tarefas.
Fiz uma pesquisa sobre prefeitos e políticos que receberam exemplares do li-
vro de Mórmon, de membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

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Nas páginas de resultados de pesquisas encontramos prefeitos de várias cidades
brasileiras que receberam um exemplar do Livro de Mórmon. Mas não achei nenhu-
ma resposta para algo como: “Prefeito se converteu ao mormonismo após ler o livro
de Mórmon!” Acho improvável que isso aconteça atualmente.
Se existe algum político atuando atualmente em cargo eletivo, membro da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, deve ter se convertido antes de
entrar para a política ou tiver nascido na Igreja. Na página da ONG “Mãos que aju-
dam” da igreja Mórmon tem uma propaganda enorme, bem estampada, sobre um
presente genealógico, que foi dado ao ex-presidente do Brasil Fernando Henrique
Cardoso há alguns anos. Pesquisei mais e encontrei um texto, num blog sobre o
evento: Na ocasião, um setenta que esteve incumbido pela façanha disse que a igre-
ja “tem mais de 1 milhão de membros no Brasil, que é apolítica. E que não tem clero
remunerado”.
Mais uma vez, preciso desmentir as falsidades dos lideres do mormonismo!
Primeiro: A Igreja Mórmon não tem mais de 1 milhão de membros no Brasil. Pode ter
1 milhão de fichas. Mas neste montante, são computados os excomungados, os de-
sassociados, as crianças registradas filhas de membros, os mortos e os inativos.
Ainda estão inclusos muitos que nunca se converteram ao mormonismo. São os
mortos, que tiveram seus dados retirados de lápides de sepulturas. Coisa de missio-
nários “fubekas”. Tem fichas de velhinhos de alguns asilos e fichas de algumas cri-
anças de orfanatos. Vejam os dados dos Censos do IBGE para esta confirmação. O
certo é cerca de 200 mil membros que se auto-proclamam Mórmons e é muito ainda.
Segundo: A Igreja não é apolítica. Se fosse, não teriam dois candidatos à presidên-
cia dos Estados Unidos. Estes dois estão se definhando atualmente para ver se
conseguem vencer Barack Obama, nas próximas eleições presidenciais americanas.
Terceiro: Os líderes do primeiro escalão no Brasil são bem remunerados. Têm carro
novo, casa ou apartamento por conta da Igreja, empregados, salários altos e têm
vínculos empregatícios com a Associação Brasileira d’A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Eles são principalmente registrados como: Coordenadores
do Sistema Educacional da Igreja, mas disfarçadamente são Setentas, Presidentes
de Missão em exercício ou ex-presidentes de Missão. Há alguns ex-presidentes de
estacas também.
A maioria dos membros não questiona nada sobre o assunto. Acham que os
líderes trabalham de graça e fazem tudo por amor. Isso é ridículo! Acham mesmo
que Morôni Bing Torgan, um ex Deputado Federal por três legislaturas, delegado da
policia federal, ex-vice-governador do estado do Ceará foi servir como presidente da
missão Lisboa, em Portugal só porque “foi chamado pelo profeta?” Não creio que ele
não esteja recebendo mordomias em seu cargo, semelhantemente, aos que recebia
na política brasileira. Certamente que sim! Tem tudo à sua disposição: carros, hotéis
de luxo, empregados e dinheiro. Detalhe: Ele nasceu no mormonismo.
Político aceitar e se converter ao mormonismo, acho difícil. Só mesmo se
nascer Mórmon ou se converter antes da política.
10


10
Veja mais em:

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APOLOGIA MÓRMON? A QUEM QUEREM CONVENCER?

Para o presente artigo, utilizarei um texto que encontrei num site apologético
Mórmon. O texto foi elaborado por um membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias. Apesar de conter, no final, uma lista de referências bibliográficas,
não convence o investigador, pois as afirmações são feitas pelo autor sem compro-
vações científicas concretas. Por exemplo, o texto começa com “Entre os supostos
anacronismos no Livro de Mórmon...” Vou definir o que significa essa palavra. Um
"anacronismo" é algo que não se encaixa no tempo ou lugar para o qual é reivindi-
cado. O assunto é a metalurgia e o uso de metais como armamento (espadas, capa-
cetes, arcos de metal, armaduras ou couraças) conforme descrito no livro de Mór-
mon. A afirmação apologética deixa vaga como esclarecimento já de início, pois co-
meça deixando uma dúvida sobre a existência ou não de um anacronismo relacio-
nado ao uso de metais para fins armamentistas.
Embarcando no texto, vou comentar após mostrar trechos do apologista. Es-
tes serão colocados em forma de citação, com a fonte reduzida, entre aspas e com
recúo.
Com relação à técnica da metalurgia, ou a transformação de minérios em ar-
tefatos de utilidade cotidiana, como o bronze, ferro, ouro e ligas de aço, foi totalmen-
te desconhecida na América até o ano 900 d.C.
Os autores apologéticos SUDs, têm características explicitamente tendencio-
sas. Por isso, quando eu era membro d’a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias, não percebia as falhas. Somente se prestar bem atenção nos textos po-
deremos notar as tendências à afirmação doutrinária SUD. Vejamos:
“Estudos recentes alteraram esta visão. Informação atual escreve um estudio-
so não SUD, “indicam claramente que por volta de 1000 a.C.. A metalurgia mais
avançada estava sendo praticada no Vale Cauca da Colômbia. Os Perua-
nos iniciaram a metalurgia em 2000 a.C. e como geralmente é aceito que o Peru e a
Mesoamérica mantinham contato por meio de comercialização, parece razoável que
este conhecimento foi passado aos povos Mesoamericanos, principalmente depois
que pelo menos uma dúzia de peças de metal foram encontradas na Mesoamérica
que datam de antes de 900 d.C.”.
Estudos recentes? Feitos por quem? Quem é o estudioso não SUD? Os pe-
ruanos? Quem são esses peruanos que iniciaram a metalurgia 2000 a.C.? O Peru,
como república, não existia há 2000 a.C. Houve realmente algum comercio entre os
povos existentes na região onde é atualmente a República do Peru e os povos que
viviam na região denominada “Mesoamérica? Onde está a comprovação desse co-
mércio? Era baseada em troca? Havia mercados? Sem querer ser muito irônico, em

http://mormonlds-sud.blogspot.com/2011/03/fernando-henrique-cardoso-recebe.html
http://www.maosqueajudam.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5&catid=13&Itemi
d=2

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breve aparecerá um apologista, dizendo que as moedas descritas no livro de Mór-
mon era usadas para compras e pagamento na Mesoamérica.
Andei pesquisando e descobri que as civilizações mais antigas no território
que hoje é denominado República do Peru são os “Moches” que viveram entre 100
a.C até 700 d.C. Não sabiam nada de metalurgia para fins armamentistas. Em julho
de 2001, arqueólogos encontraram uma coleção de sessenta peças de cerâmica
usadas em ritos funerais. São os mais belos jarros, pratos, garrafas e vasos já en-
contrados no deserto peruano – só os próprios incas produziriam objetos similares
séculos mais tarde.
Outra civilização que floresceu no território que hoje é denominado a Repúbli-
ca do Peru foi o povo Nazca. Eles eram hábeis na notável produção de aquedutos
subterrâneos, extremamente engenhosos, e a magnífica cerâmica policromada.
Mas, Nenhum vestígio de metalurgia com fins armamentistas. Todavia, há uma pos-
sibilidade, pelos escritos que encontrei sobre o derretimento de ouro para a produ-
ção de alguns objetos de adorno pessoal.
O autor do texto apologético Mórmon justifica a ausência de achados de me-
tais antigos, alegando a corrosão e deterioração devido a umidade. Vejamos mais
um pouco do texto:

“Todavia, estudos linguísticos ajudam a confirmar que a metalurgia era co-
nhecida outrora nas Américas. Estudiosos não Mórmons que reconstruíram partes
de diversas línguas antigas Mesoamericanas ficaram intrigados em descobrir que
uma palavra para “metal” já existia em 1000 a.C. enquanto que a antiga língua dos
Olmecas já tinha uma palavra para metal desde 1500 a.C.”.
Mais uma vez, a dúvida: Quem fez os estudos linguísticos? Que estudos são
esses? Onde encontra-los? Quem são os estudiosos não Mórmons? Sobre os olme-
cas, ressalto que eles fazem parte dos povos da Mesoamérica. Há uma confusão no
texto. Essa civilização surgiu entre 1500 a.C. até 400 a.C.. É improvável que se hou-
ver uma palavra que referencie “metal”, na escrita Olmeca, ela tenha sido criada
exatamente no inicio da civilização Olmeca. É nítida a confusão que o apologista
SUD faz com relação a este pequeno texto.
Os autores de textos, que tentam convencer os prosélitos, de que o Livro de
Mórmon é verdadeiro, erram geralmente nas afirmações vagas, sem um referencial
concreto. A maioria das referencias são de livros escritos por membros d’A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Estes, geralmente, escrevem da mesma
forma. Só fui perceber este método depois que abandonei o mormonismo. No texto
comentado existem as seguintes referências. A maioria é de apologistas e autores
SUDs. Vejam um exemplo de como é o referencial da maioria dos textos da apologia
SUD.

AS FOFOCAS NA IGREJA DE CRISTO!
(Escrito por um Ex-Presidente de Estaca Mórmon)

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Olá meu caro!

Estive pensando outro dia destes sobre este assunto. Em minha opinião, não
há algo mais destrutivo para as relações afetivas das pessoas, do que a suposta
preocupação com a vida alheia.
E isto é uma constante dentro de qualquer grupo religioso, seita que esteja
em promover a perfeição humana a todo custo. Creio também, que isto seja um efei-
to colateral, em relação ao grande objetivo, de se fazer com que todas as pessoas,
que fazem parte destes grupos, estejam sempre guardando os mandamentos e se-
guindo todos os dogmas e doutrinas impostos pelas mesmas.
Ao se tratar então de uma igreja como “a Igreja de Jesus Cristo dos Santos
Últimos Dias”, cujo objetivo maior é se tornar o homem num deus, as relações pes-
soais acabam por se despedaçarem ao longo dos anos, durante a frequência das
reuniões, treinamentos, serões, atividades, etc. da igreja, pois afinal de contas, todos
precisam estar dignos e todos precisam cuidar uns dos outros para “entrarem da
presença de deus”.
Como membro da igreja, por um período de 30 anos, e passando pelas mais
diversas funções dentro de uma estaca pude presenciar as mais dive r-
sas fofocas, dos mais diversos assuntos, com os mais diversos tipos de pessoas.
Um dia, me disseram que este tipo de problema é devido “a presença do ini-
migo tentando atrapalhar o crescimento do reino de deus”. Respostas do tipo: ele
está aqui dentro da igreja pois sabe que estas pessoas é que precisam ser derruba-
das, lá fora(da igreja) ele já faz o que quer...
Sempre fui uma pessoa discreta, e sempre achei um absurdo a maneira que
muitas pessoas tinham de se envolver em mexericos.
Houve certa ocasião, em que eu havia chamado um bispo. Ele havia sido
apoiado, designado e tudo o mais. Mas de repente, em 2 semanas, a vida daquele
homem virou de cabeça para baixo. Ele era um bom homem. Honesto, honrado nos
negócios e tinha uma boa família, filhos bem educados. No entanto, um homem
simples e sem cultura, pouco estudo. Ele possuía uma fisionomia de uma pessoa
muito séria e isto por sua vez, fazia com que ele não tivesse o carisma que as pes-
soas, dentro de qualquer igreja buscam em seus líderes, mesmo que de uma forma
inconsciente.
Resumindo: A pedido da “Presidência de Área” fiquei todo um sábado, desde
as 16 horas até os 30 minutos da madrugada do dia seguinte conversando em en-
trevista com aqueles membros. A esposa deste homem estava grávida e teve uma
forte ameaça de aborto durante aquele período. Telefonemas anônimos foram reali-
zados à sua casa. Falavam que sua mulher tinha outro homem, que ele não sabia
amar as pessoas, que ele não era digno de ser um bispo...
Ele acabou por ser desobrigado alguns meses depois.
Foi uma das primeiras vezes em que questionei seriamente o “poder do sa-
cerdócio”.
Como o sacerdócio não teve o poder para conter esta “fofocaiada” toda?

67

Insisti por alguns meses, mas conforme orientação do “Elder Andersen” (atual
Apóstolo), ele foi desobrigado.
Mas como o Presidente Hinckley, como Profeta, Vidente e Revelador havia
aprovado o seu nome como Bispo daquela Ala?
Ele não está mais na igreja e junto com ele seguiram-se as mágoas, os ranco-
res e os ressentimentos.
Isto foi o que ele conseguiu na Igreja de Cristo!
Fica aqui meu conselho, por experiência própria, que se você quer um lugar
para viver em paz com sua família, não se batize na Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias.
Quem é membro da igreja, ou já fez parte dela sabe muito bem os tipos de
mexericos que acontecem dentro da suposta “igreja verdadeira”.
Abraços!
11


AS MOEDAS DO LIVRO DE MORMON

Existem algumas informações no Livro De Mórmon que não são aceitas no
meio científico. Uma delas trata das moedas.
Nenhum sistema de cunhagem de moedas foi desenvolvido na América anti-
ga. Pelo menos não se tem notícia de que alguém tenha encontrado algum vestígio
sobre cunhagem. Historiadores e cientistas vão além: Se osnefitas eram realmente
descendentes dos Judeus e vieram de Jerusalém, seu sistema de cunhagem de di-
nheiro teria sobrevivido ao Novo Mundo.
Para esses críticos, Joseph Smith Jr. concebeu esses nomes por sua própria
iniciativa. Por mais que se pesquise, não há indícios de que tenha havido algum sis-
tema de cunhagem de moedas na América antiga.
Os Maias, que tinham desenvolvido um sistema de negociações, não deixa-
ram registro algum de movimentação de dinheiro. Todos os sistemas de comunica-
ção social do povo Maia já são conhecidos. O sistema de Câmbio também foi identi-
ficado. Isso aconteceu tanto no território que era do povo Maia, como também nos
caminhos que serviam para antigas rotas comerciais no México, América Central e
no Caribe. Entretanto, nenhum dinheiro metálico foi jamais encontrado.
Alguns antigos Mesoamericanos, por exemplo, usavam sementes de cacau
como dinheiro. As sementes de cacau não só foram usadas como dinheiros nos
tempos antigos, mas também foram usadas recentemente.
Dinheiro não precisa ter a forma de moedas contanto que sirva como uma
medida padrão de valor. Os críticos do Livro de Mórmon acharam o sistema monetá-
rio nefitauma piada, principalmente pelo fato de que possuíam um “padrão fixo de
valor paracevada”.

11
(A pedido do autor deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, somen-
te se ele mesmo me autorizar).

68

A palavra “moeda” nunca foi usada no texto original do Livro de Mórmon em
inglês. O termo usado era pieces (partes, porções) e não moedas como na tradução
atual em Português. Depois, os membros da Igreja me criticam dizendo que não
houve alterações no texto original do livro de Mórmon. Acham que exagerei quando
fiz um artigo sobre as 3 mil alterações. Está aí um exemplo de alteração feita pelos
líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Trocaram a pala-
vra piece por moeda.
Vejamos o trecho principal de Alma 11 em português:

“3 E o juiz recebia honorários de acordo com seu tempo—um senine de ouro
por dia ou um senum de prata, que equivalia a um senine de ouro; e isso de acordo
com a lei em vigor. 4 Ora, estes são os nomes das diversas moedas de ouro e de
prata, segundo seu valor. E os nomes foram dados pelos nefitas, porque não conta-
vam segundo a maneira dos judeus que estavam em Jerusalém; nem mediam se-
gundo a maneira dos judeus, mas alteraram seus cálculos e suas medidas segundo
a vontade e circunstâncias do povo, em cada geração, até o governo dos juízes, es-
tabelecido pelo rei Mosias. 5 Era este o cálculo estabelecido: Um senine de ouro, um
seon de ouro, um sum de ouro e um limna de ouro. 6 Um senum de prata, um amnor
de prata, um ezrom de prata e um onti de prata. 7 Um senum de prata equivalia a
um senine de ouro, e tanto um como outro valiam uma medida de cevada e também
uma medida de todos os tipos de grãos. 8 Ora, o valor de um seon de ouro era duas
vezes o valor de um senine. 9 E um sum de ouro era duas vezes o valor de um se-
on.10 E um limna de ouro tinha o valor de todas as outras moedas. 11 E um amnor
de prata valia tanto quanto dois senuns. 12 E um ezrom de prata valia por quatro
senuns. 13 E um onti tinha o valor de todas as outras moedas. 14 Ora, este era o
valor dos números menores de seus cálculos— 15 Um siblon era a metade de um
senum; portanto, um siblon valia meia medida de cevada. 16 E um siblum era a me-
tade de um siblon. 17 E um leá era a metade de um siblum. 18 Ora, estes eram seus
números, segundo seus cálculos. 19 Ora, um antion de ouro era igual a três siblons”.

Quando Cristóvão Colombo aportou na América Central descreveu que os ín-
dios disseram a ele, que todas as operações mercadológicas eram feitas através de
escambo ou cambio baseado em troca.
Mesmo o sistema de tributação não era fundamentado em moeda, mas no
sistema de cobrança de trabalho. Então vem a pergunta: Por que os antigos ameri-
canos não tinham moedas? Eles não tinham conhecimento de metais. O ouro foi
descoberto pelos povos americanos por volta de 600 d.C. e a prata por volta de 900
d.C. O ouro foi usado basicamente para ornamentos. Não foi usado para confecções
de armas, como alguns membros Mórmons mais exaltados gostam de afirmar.
Nunca houve idade do ferro na América antes de Cristóvão Colombo. Apesar
disso, Joseph Smith pensou que todo mundo aceitaria a ideia de que aqui era seme-
lhante ao velho mundo, com cunhagem de moedas, fundição de metais e confec-
ções de espadas, lanças e armaduras para fins armamentistas. Ele descreve cons-

69

tantemente no Livro de Mórmon sobre espadas semelhantes a uma que suposta-
mente trouxeram de Jerusalém, a espada de aço de Labão. O ouro foi o metal mais
abundante e também, o mais barato.
12


AS SINAGOGAS NEFITAS!

O livro de Mórmon menciona “sinagogas”, pelo menos 25 vezes. A ênfase é
descrita em Alma 16:13, onde diz que as sinagogas “eram construídas à maneira
dos judeus”. As datas das sinagogas, descritas no Livro de Mórmon, são desde 559
a.C até 34 d.C.
Aqui há um erro grotesco no Livro de Mórmon! Nefi e seus sucessores na
América, não poderiam saber nada a respeito de “Sinagogas”. A história
das sinagogas data de período posterior à pretensa saída de Lehi e sua família de
Jerusalém.
Na internet, na página da Wikipédia diz:“Por volta de 750 a.C., o reino foi divi-
dido em dois: Israel a norte e Judá a sul. Em 722 a.C, o reino do norte foi devastado
pelos Assírios e séculos depois, o reino do sul foi conquistado pelos Babilônios (em
587 a.C.). Em 539 a.C., aqueles que regressaram à sua terra natal passaram a ser,
desde então, conhecidos como judeus (de Judá e Judéia). Foi depois do regresso
do exílio na Babilônia que o formato da religião que hoje conhecemos começou a se
desenvolver. O culto passou a centrar-se na sinagoga, um hábito adquirido na Babi-
lônia devido à inexistência de um templo. A sinagoga passou a funcionar como um
ponto de encontro dos judeus para as orações e para a leitura das Escritu-
ras. Segundo descobertas arqueológicas recentes, a primeira sinagoga fundada
nas Américas foi a Sinagoga Kahal Zur Israel, construída no Brasil em 1637 e cujas
antigas ruínas encontram-se cuidadosamente preservadas na cidade de Recife, no
mesmo local onde foi posteriormente construído o Centro Cultural Judaico do Estado
de Pernambuco”.
Segundo os relatos do Livro de Mórmon, Lehi e sua família, saíram de Jerusa-
lém, anos antes da destruição da cidade pelos babilônios. Ou seja, eles teriam saído
por volta de 600 a.C. enquanto a cidade foi destruída por volta de 587 a.C., uma di-
ferença de 13 anos.
Então vemos que a única explicação para a existência de uma sinagoga foi a
ausência física de um templo, no caso, o templo de Salomão.
Então o Livro de Mórmon erra duas vezes, porque cita que os nefitas possuí-
am um templo, segundo o modelo do templo de Salomão (o que já foi questionado
intensivamente por críticos do Livro de Mórmon) e sinagogas de adoração. Ora, se
possuíam um templo, não haveria necessidade da construção de sinagogas. Pois as
sinagogas surgiram devido à ausência de um templo de adoração.

12
Referencias básicas para a elaboração do texto:
www.amai.jc.nom.br/Anacron_BOM6.doc
O Livro de Mormo non line -http://www.scriptures.lds.org/pt/alma/11/3
http://evangelho.nota10.org/evangelho/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=45

70

Como é que os antigos israelitas adoravam antes da construção do Templo
de Salomão? Não existiam sinagogas em Israel, nem no reino do sul, nem no reino
do norte. Tinham o Tabernáculo. E depois da construção do Templo? Somente no
Templo.
Alguns membros poderão dizer que na época de Cristo existiam em Jerusa-
lém, um templo e sinagogas funcionando simultaneamente. Para esses, digo que a
religião judaica já estava completamente distorcida e corrompida. Os ritos mosaicos
não eram seguidos conforme os mandamentos iniciais. Em alguns casos, havia um
exagero no cumprimento dos mandamentos descritos em Êxodo, levítico e deutero-
nômio. Isso tornou o judaísmo uma religião corrompida dos ritos mosaicos.
Outros membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tenta-
rão responder essas perguntas. Ou até mesmo, rebater meu argumento, dizendo
que seria sim necessária a construção de sinagogas nas Américas. Pois as cidades
ficavam distantes umas das outras e era difícil a peregrinação ou caravanas a um
templo, que estaria edificado em lugar incerto. Nem ao menos citado no Livro de
Mórmon. Nem posteriormente descoberto pela arqueologia moderna.
Só que eu refuto tal pensamento! Pois antigamente, na antiga Israel, também
o povo tinha que ir ao templo para adorar e vinham de longe, de cidades distantes
de Jerusalém. Nada sabemos de peregrinações ou caravanas a um suposto templo
segundo os moldes dos judeus, construído na América. O livro de Mórmon não des-
creve nada parecido com isso. Se ele não descreve, qualquer afirmação por parte de
um membro Mórmon nesse sentido será mera especulação de desespero.
Mas o ponto central nem é esse. O ponto central é que Nefi não poderia saber
da existência de sinagogas em Jerusalém, pois ele e seu pai saíram muitos anos
antes da construção da primeira sinagoga naquela cidade.
Nem o nome, “sinagoga” não poderia ser igual. Seria coincidência demais, ele
construir um local de adoração na América e colocar exatamente o mesmo nome
existente há milhares de quilômetros e anos de diferença, “sinagoga”.
Fica difícil para eu aceitar tudo isso. Mais uma falha encontrada no Livro de
Mórmon que os líderes Mórmons não poderão questionar à luz da racionalidade.
Acho que o Presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
deveria despir-se do orgulho e arrogância. Por achar que a humanidade toda é burra
em acreditar em fábulas insanas. Resolver logo essa questão, descartando o livro de
Mórmon como escritura. Será que nada nesse livro tem comprovação científica?
13


AS TRÊS TESTEMUNHAS E AS OITO TESTEMUNHAS!

Para tentar assegurar a credibilidade do Livro de Mórmon, está escrito na fo-
lha de Introdução do livro o seguinte:

13
Referencias para a elaboração do texto:
http://scriptures.lds.org/pt/alma/16/13b
http://scriptures.lds.org/pt/2_ne/26/26#26
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga

71

“O Senhor providenciou para que além de Joseph Smith, mais onze pessoas
vissem as placas de ouro e fossem testemunhas especiais da veracidade e divinda-
de do Livro de Mórmon. Seus testemunhos escritos estão aqui incluídos [...]” (Intro-
dução do Livro de Mórmon Página V e VI). As três testemunhas são os seguintes
homens: Oliver Cowdery, Martin Harris e David Whitmer:
As oito testemunhas são: Christian Whitmer, Jacob Whitmer, Peter Whitmer
Jr., John Whitmer, Hiram Page, Joseph Smith Sênior (pai de Joseph Smith Jr.),
Hyrum Smith (irmão de Joseph) e Samuel H. Smith.
Esses homens alegam terem manuseado as tais placas. Joseph Smith Jr.
usava seus testemunhos para afirmar que o Livro de Mórmon era verdadeiro. No
entanto, absolutamente ninguém esteve com Joseph quando ele estava no tal bos-
que. Ele é o único que “viu” dois seres, que segundo ele, eram: Deus o Pai, e Jesus
Cristo.
Essa não é a maneira de Deus agir, em hipótese alguma. Ainda mais em se
tratando de um assunto tão sério como a salvação! Existe inclusive um texto no pró-
prio Livro de Mórmon que diz:
“Diz também o Senhor [...] não falei em segredo desde o princípio, desde o
tempo e quem foi anunciado”. (1 Néfi 20:15,16)
Se então Ele não fala em segredo o que aconteceu no bosque com Joseph?
Só Deus o sabe? Um detalhe interessante não pode deixar de ser avaliado: No Livro
de Mórmon existe uma espécie de “profecia” sobre Joseph Smith Jr. e essas tais
testemunhas, e o número de testemunhas citadas na tal profecia, não condiz com o
número de testemunhas que disse ter visto as tais placas:
“Portanto, no dia em que o livro for entregue ao homem de quem falei, o livro
será escondido dos olhos do mundo para que ninguém o veja, exceto três testemu-
nhas, além daquele a quem o livro será entregue; e vê-lo-ão pelo poder de Deus; e
eles testificarão a veracidade do livro e das coisas que ele contém.” (2 néfi 27:12)
Se Deus disse aqui, que ninguém veria “exceto três testemunhas”, o que dizer
das outras oito testemunhas? Por que oito pessoas a mais foram inclusas na histó-
ria?
Outro detalhe muito importante: O peso das placas de ouro... Veja um estudo
explicativo em um vídeo do Youtube, que demonstra ser IMPOSSÍVEL para Joseph
Smith Jr. levantar as placas, se elas realmente tinham o tamanho que ele alegava
terem. Veja um vídeo que fala sobre o peso das placas.
14


BATISMOS RÍDICULOS!

Vi ao longo do meu tempo de mormonismo, alguns batismos que considero
ridículos. Naquela época, principalmente nos meus primeiros anos como membro da

14
Fontes: O Livro de Mórmon.
http://digaaosmormonsqueeuosamo.blogspot.com/2010/02/quantas-eram-mesmo-nao-importa.html
www.youtube.com/watch?v=4X86RcEDtvk

72

Igreja, não compreendia que havia uma enorme pressão por números e batismos
nas missões.
Começarei contando sobre uma experiência que tive em Belém do Pará. Eu
era o líder da obra missionária do Ramo Icoaraci (Hoje Ala Icoaraci). Estávamos ba-
tizando cerca de oito a dez pessoas por semana. Eram duas duplas de missionários
naquela unidade. Hoje me questiono. Onde eles arrumavam tantas pessoas para se
batizarem? Eu deveria ter uns dois a três meses que era membro. Já era portador
do Sacerdócio de Melquisedeque. Numa noite de batismos, uma dupla de missioná-
rios apareceu com uma velhinha de 89 anos. Isso mesmo! A reunião transcorria
normalmente! Após cantarmos um hino, essa senhora pediu a palavra. Eu estava
dirigindo a reunião e concedi-lhe um tempo. Ela então veio à frente e disse: “Eu po-
deria cantar um hino que aprendi na Igreja Adventista?” Eu não sabia o que dizer,
pois era membro novo também. Nunca tinha passado por aquela situação. Olhei pa-
ra os missionários e eles acenaram com a cabeça para não deixar. Eu simplesmente
neguei com educação.
Nunca mais vi essa senhora na Igreja. Nunca a vi numa reunião dominical.
Em nenhum domingo. Aliás, batizávamos às dezenas por mês naquela cidade. A
frequência sempre era em torno de umas 120 pessoas. Nunca aumentava ou dimi-
nuía. Hoje posso até desconfiar que aquelas dezenas de pessoas que se batizavam
mensalmente eram manipuladas para “o banho na pia batismal”.
Chegando aqui em Curitibanos, a situação era parecida. Aqui os missionários
não batizam dezenas de pessoas num mês. Mas batizavam um ou dois. Mesmo as-
sim, esses eram batismos duvidosos. Batizaram uma velhinha com mais de 100
anos que vivia enferma numa cama há anos. Lembro que eu fui buscá-la de carro.
Foi um drama para colocá-la no carro, precisou vir carregada pelos missionários.
Nem caminhava mais de tão velha que estava. As mulheres a vestiram e a prepara-
ram para o batismo. A pia batismal tinha a água aquecida. Entraram quatro missio-
nários na pia batismal e quase mataram a velha. Quase a afogaram. Estava presen-
te naquela reunião batismal uma mulher, ex-missionária, assistindo a tudo, que
mais parecia uma sessão de horror. Lembro que ela questionou. Não seria melhor
deixar para batizá-la após a sua morte num templo? Um dos missionários olhou para
ela com um olhar de desaprovação. Eu nunca esqueci essa cena. Poucos meses
depois desse ocorrido, o membro do segundo Quórum dos setentas, Helvécio Mar-
tins veio a Curitibanos para uma Conferencia de Distrito. Naquela época, cogitava-se
a criação da Estaca. Ele foi visitar essa velhinha em sua casa. Passados alguns me-
ses ela faleceu. Saiu até nas páginas centrais da “A Liahona”, naquelas páginas que
mostravam as atividades da Igreja no Brasil.
Outro batismo que me lembro de foi de um homem que era interno do asilo de
Curitibanos. Não sei como os missionários fizeram para tirá-lo de lá. Eles o batiza-
ram e nunca foi visto na igreja, em nenhuma reunião dominical. Naquela época a
reunião batismal envolvia o “batismo” e a “confirmação” na mesma ocasião.
Certa vez, apareceu por Curitibanos um tal Elder Conegato (resolvi colocar
seu nome aqui de propósito. É possível que ele apareça. Quero mesmo entrar em

73

contato com ele). Ele era gaúcho e começou a utilizar uma tática estranha para bati-
zar as pessoas. Ele carregava em suas mãos uma pequena tábua de compensado
fino, do tamanho de um táblet. Num lado tinha uma gravura de Jesus Cristo, aquela
foto tradicional do mormonismo. Do outro lado, tinha a gravura de Jesus sendo bati-
zado por João no Rio Jordão. O Elder abordava qualquer um na rua, de preferência
os mais pobres e ignorantes. Ele começava se apresentando, mostrava a gravura de
Cristo para o incauto prosélito. Perguntava se ele sabia quem era aquela pessoa
estampada na gravura. Evidentemente que até os mais ignorantes diziam que era
Jesus. Ele então começava a falar sobre as qualidades e as obras de Jesus. E de
repente! Virava a tábua para o lado da gravura em que havia a ilustração do batismo
no Rio Jordão. As perguntas que ele fazia eram mais ou menos as seguintes: Você
acha que Jesus foi um homem perfeito? Você acha que ele deu o exemplo para nós
de muitas coisas que ele queria que fizéssemos? Acha que ele fez certo ao ser bati-
zado? A pessoa ia respondendo afirmativamente. Até que surgiam as perguntas fa-
tais. Você, como um seguidor de Jesus, quer fazer tudo o que ele fez? Se você acha
certo tudo o que eu lhe expliquei, o que te impede então de ser batizado de forma
igual a Jesus? Você poderá dar o exemplo, se batizando como Jesus, nas águas.
Podemos batizá-lo agora se você quiser. Muitos aceitavam com a condição de que
não seguissem o mormonismo e que não tivesse nenhum membro presente no ba-
tismo, só os dois missionários. Tínhamos batismos em qualquer dia e horário, inclu-
sive batismos à meia noite, sem que nenhum membro soubesse. No domingo, o
missionário gaúcho apenas entregava a cópia da ficha batismal para o Presidente do
Ramo. Ele exigia que os membros visitassem esses "recém-conversos"! Eu mesmo
discuti várias vezes com esse missionário por causa dessa "tática manipuladora".
Muitos dos que foram batizados por esse missionário, jamais apareceram na
Igreja após seus batismos.
Enquanto essas aberrações da obra missionária do mormonismo ocorrerem,
ficará mais evidente que não há nenhuma influência do Espírito Santo ou de divin-
dade alguma sobre essa organização. Esses foram apenas alguns exemplos que
lembrei. Tenho comigo, muitos outros para ser um dia publicado.

A BUSCA CIENTÍFICA DOS VESTÍGIOS NEFITAS

Assim como a Bíblia, o Livro de Mórmon se apresenta como registro histórico
da autorrevelação de Deus à raça humana. Ambos os livros falam de Jesus Cris-
to como sendo o filho de Deus e de vários profetas aparecendo seus povos. A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias declara que os acontecimentos descri-
tos no Livro de Mórmon ocorreram no continente americano. Os personagens descri-
tos no livro, segundo a igreja, existiram entre 2200 a.C. e 421 d.C., portanto, segun-
do a mesma, são pessoas verdadeiras vivendo em tempos e lugares específicos
dentro da cronologia da história humana. Tentando confirmar as afirmações impres-
sas no próprio livro, somado com as declarações da própria instituição religiosa, sur-
giram eruditos que se motivaram na busca de evidências da existência desses po-

74

vos. Esses centralizam seus esforços no campo arqueológico, antropológico e da
genética.
Michael D. Coe, é um famoso arqueólogo mesoamericano. Especialista na
cultura pré-colombiana. Ele disse que "Os fatos como são, não mostraram nada,
absolutamente nada, em nenhuma escavação do Novo Mundo, que possa sugerir a
um observador desapaixonado que o Livro de Mórmon, como pretendia Joseph
Smith, seja um documento histórico relacionado com a história dos antigos imigran-
tes a nosso hemisfério".
De acordo com o Livro de Mórmon, houve muitos eventos sobrenaturais, co-
mo a parte em que Cristo desceu do céu e se revelou neste continente. A arqueolo-
gia ou qualquer outro ramo da ciência não pode investigar ou comprovar esses
eventos. Nesse ponto, há limites no que se pode investigar pelos meios científicos. A
ciência não pode confirmar nem negar os eventos sobrenaturais nem as verdades e
muito menos as mentiras espirituais descritas do Livro de Mórmon. Ou seja, enquan-
to não se puderem encontrar as provas necessárias, para os cientistas, o livro de
Mórmon é só uma obra literária do século XIX. Entretanto, ao procurar evidências
das civilizações descritas no Livro, a arqueologia pode nos ajudar a avaliar a credibi-
lidade histórica fundamental do livro. Como já disse, enquanto não há evidencia,
nem histórica, nem espiritual, não há credibilidade científica. Pelo contrário, há des-
confiança, cada vez mais disseminada por pessoas que usam a racionalidade para
aceitar o livro como "divinamente inspirado" ou a "palavra de Deus". Vou me ater
primeiramente sobre a geografia descrita no livro de Mórmon.

A geografia

O Livro de Mórmon descreve que seus habitantes viviam numa massa de ter-
ra em forma de ampulheta (relógio de areia) que consistia da “terra do norte” e a
“terra do sul”, rodeadas de água e conectadas por uma “pequena faixa de terra” en-
tre as duas. [i] Às vezes encontramos a descrição de pequena faixa de terra, tradu-
zida por pequena língua de terra. Primeiramente, é preciso localizar estas terras an-
tes de poder empregar a arqueologia para avaliar o Livro de Mórmon, e este fato é
afirmado, inclusive por pessoas eruditas, membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Como um exemplo dessas pessoas, cito o antropólogo
SUD John L. Sorensen e seu livro “An Ancient American Setting for the Book of
Mormon, (Salt Lake City: Deseret Book and Provo: Foundation for Ancient Research
and Mormon Studies, 1985), P. 1.
A própria Igreja não sabe definir a geografia do livro de Mórmon. Atualmente
há cerca de 219 ramificações da Igreja original fundada por Joseph Smith. Algumas
dessas ramificações, não aceita o livro de Mórmon como “palavra de Deus”. Toda-
via, como dizem que há revelação contínua nas ramificações que o aceitam como
divinamente inspirado, principalmente na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias, era de se esperar que determinar a localização geográfica das terras do
Livro de Mórmon seria tarefa bastante simples. Em vez disto, o tema chegou a ser

75

questão de controvérsia considerável, onde as teorias dos membros mais instruídos
se opõem. Vão contra o ensino tradicional da Igreja SUD.

O que tradicionalmente foi ensinado pela igreja?

Segundo Joseph Smith e segundo todos os seus sucessores, a extensão ge-
ográfica das terras do Livro de Mórmon incluía virtualmente toda a América do Norte
assim como toda a América do Sul. Eles ensinaram que os nefitas e lamanitas vaga-
ram por toda a América do Norte e do Sul, após isso, travaram uma batalha até sua
própria extinção na Colina chamada Cumôrah, no estado de Nova Iorque. Isso está
documentado por Joseph Fielding Smith, décimo Presidente d’a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em sua obra reconhecida, Doutrina de Salva-
ção, 3 vols. (A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1979), 3:218-
229.
Conforme o livro “Lehi's Travels” (Viagens de Lehi) no livro de Franklin D. Ri-
chards e James A. Little, Compendium of the Doctrines of the Gospel, 2ª edição (Salt
Lake City: George Q. Cannon & Sons CO., 1884), P. 289,Joseph Smith identificou a
costa do Chile como o lugar onde Lehi e os que viajavam com ele chegaram ao
Mundo Novo. Joseph Smith também localizou a colina da Cumôrah, o lugar da bata-
lha épica onde os nefitas e lamanitas brigaram até a extinção, 9.600 quilômetros ao
norte de Palmyra, no Estado de New York. Assim, a América do Norte e a América
do Sul constituíram as duas protuberâncias da ampulheta, conectadas por “uma pe-
quena faixa de terra”, ou seja, a área da América Central. Esta explicação geográfica
foi adicionada nas notas de rodapé do livro de Mórmon de 1876 até 1920. Posteri-
ormente foi apagada, devido os líderes da Igreja não terem certeza de que a tal re-
velação condizia com a verdade.
Recentemente, os líderes da Igreja, ao se sentirem embaraçados por não sa-
berem explicar direito a geografia do livro de Mórmon, estão ensinando que o monte
Cumorah que se situa no Estado de New York não é o mesmo descrito no livro de
Mórmon. Só que essa explicação não convence, pois por que razão os líderes ante-
cessores construiriam um monumento no monte que está em New York? Onde en-
tão fica o verdadeiro monte Cumorah? Os líderes ficam cada vez mais embaraçados
e não sabem a resposta. É melhor ficarem calados, pois ao tentarem explicar, se
complicam mais.
Joseph Smith ensinou também que os índios Americanos eram os descen-
dentes dos lamanitas. No livro History of the Church (História da Igreja) há registro
de um incidente em junho 1834 onde Joseph Smith identificou, por revelação divina,
um esqueleto encontrado numa sepultura indígena, no Estado de Illinois, dizendo
que era do guerreiro lamanita chamado Zelph: ... “As visões do passado foram aber-
tas a minha compreensão pelo Espírito do Todo-poderoso, descobri a pessoa cujo
esqueleto tínhamos à frente, e que era um lamanita branco, um homem forte e gran-
de, e um homem de Deus. Seu nome era Zelph... que foi reconhecido desde a colina

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da Cumôrah, ou do mar oriental até as montanhas Rochosas”. Quem quiser ver isso,
pode localizar em History of the Church, 1948 ed., II: 79-80.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias continua ensinando que
os índios nativos das Américas são os descendentes diretos dos povos do Livro de
Mórmon. Por exemplo, a “Introdução” em edições atuais do Livro de Mórmon (desde
1981), descreve os lamanitas como, “os principais ancestrais dos índios das Améri-
cas”.

O que os membros da igreja estão discutindo?

Apesar do ensino tradicional e conservador dos líderes espirituais d’A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, não ter sido discutido por aproxima-
damente cem anos, vários eruditos SUDs concluíram que o panorama tradicional
geográfico do Livro de Mórmon tem pouco a ver com a realidade. Suas conclusões
se apoiam em vários problemas. Por exemplo: Quando procuramos aplicar as des-
crições do livro de Mórmon, relacionados com tempo de viagem e crescimento de-
mográfico, nos vastos territórios das Américas. Por exemplo, enquanto o livro de
Mórmon deixa claro que as civilizações rivais de nefitas e lamanitas se concentraram
perto da pequena “faixa de terra” (que se entendeu estar em algum lugar na América
Central). Diz que eles concordaram em reunir-se para sua épica batalha final, na
colina chamada Cumôrah (Mórmon 6:1-6). Joseph Smith e a tradição Mórmon locali-
zam este lugar há milhares de quilômetros, no estado de Nova Iorque. É difícil en-
contrar uma explicação razoável pela qual estes exércitos viajariam esta distância
imensa para fazer a batalha. Qual o sentido de deslocar a população inteira de nefi-
tas e lamanitas para este lugar? O tinha de tão especial ali? E se este lugar era de
fato, tão especial que mobilizou praticamente todos os exércitos para uma grande e
última batalha, porque a Igreja atualmente não escava ali e mostra ao mundo, de
forma definitiva e científica algum resto mortal que ateste a veracidade de tal empre-
endimento?
Outro problema significativo para a geografia tradicional do Livro de Mórmon.
Tem a ver com a premissa de que as populações nativas dos vastos continentes
americanos (América do Norte e América do Sul), são os descendentes de dois gru-
pos diminutos de imigrantes transoceânicos semitas. Comumentemente conhecidos
como jareditas, que chegaram ao Novo Mundo entre 3000 - 2200 a.C. mas posteri-
ormente lutaram até sua própria extinção, e os nefitas e mulequitas, que chegaram
em torno de 600 a.C.. A evidência arqueológica mostra conclusivamente que o he-
misfério ocidental se povoou muito antes, pelo menos 10 mil anos a.C. por asiáticos
orientais que emigraram através do Estreito do Bering. São estes povos, os mongóis
que são os antepassados dos índios americanos, segundo a Instituição Smithsonian:
Os índios Americanos são fisicamente mongoloides e, portanto devem ter ori-
ginado na Ásia oriental. As diferenças na aparência das várias tribos do Novo Mundo
em tempos recentes se deve a (1) a variabilidade inicial de seus antepassados asiá-
ticos; (2) adaptações sobre vários milênios aos ambientes variados do Novo Mundo;

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e (3) os diferentes graus de inter criação com povos de origens europeia e africana
em tempos pós-colombianos. Vejam em“Origin of the American Indians” National
Museum of History-Smithsonian Institution, Washington , D.C. , 1985, P. 1
Ainda, de acordo com o prestigiadoNational Museum of Natural History
Smithsonian Institution, não há evidência sólida para imigração via outras rotas que
requeriam longas viagens marítimas (antes das chegadas nórdicas da Groenlândia
e nenhuma terra encontrada em torno de 1000 d.C.), como proposto pelo Livro de
Mórmon. E se tais viagens ocorreram, não eram significativas para as origens e a
composição de populações do Novo Mundo.
Portanto, devemos concluir que este tal Livro de Mórmon é mesmo uma obra
literária. Somente aceitando-o assim poderemos dar algum crédito fictício. Li-o por
muitos anos. Ele foi uma chave fundamental para o meu afastamento do corpo d’a
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
15


CAMPANHA: I'M A MORMON

Começou recentemente, em algumas cidades americanas, uma campanha de
Marketing, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. “I’m a Mórmon” ou
“Eu sou um Mórmon” objetivando mostrar aos habitantes dessas cidades, algumas
características positivas dos membros do mormonismo.
Há quem diga que a campanha é puramente política e que tenta somente
mostrar o lado positivo dos Mórmons, por causa de dois possíveis candidatos Mór-
mons às eleições da Casa Branca no ano que vem.
Caso um dos dois candidatos vença Barack Obama, nas próximas eleições
presidenciais, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias seria de certa
forma favorecida. Além das vantagens políticas, a seita Mórmon, que hoje está esta-
belecida praticamente em quase todo o território americano, com sede em Salt Lake
City, Utah seria bem mais conhecida internacionalmente, por causa do possível pre-
sidente americano ser um adepto do mormonismo. Desde o primeiro presidente
Mórmon (Joseph Smith Jr.) os líderes do mormonismo tentam colocar algum repre-
sentante na Casa Branca.
Mas será que se um Mórmon chegasse à Casa Branca, traria mesmo mais
membros ao mormonismo? Eu, particularmente acho que não é por esse caminho
de proselitismo, que o mormonismo sairia ganhando. Com certeza, seus maiores
ganhos seriam em concessões de meios de comunicação, infra-estrutura para Utah,
facilidades de desburocratização e entraves de qualquer natureza, inclusive alfande-
gários, que seriam aliviados pelo Estado Americano, conforme os interesses da lide-
rança da Igreja. Estariam incluídos ainda, a disponibilidade de terrenos doados à

15
[i] Alma 22:32 E assim, a distância entre o mar do leste e o mar do oeste, pela fronteira entre
Abundância e a terra de Desolação, era o equivalente a um dia e meio de viagem para um nefita. E
assim, a terra de Néfi e a terra de Zaraenla estavam quase que rodeadas por água, havendo uma
pequena faixa de terra entre a terra do norte e a terra do sul.
Baseado no artigo de Luke P. Wilson
Disponível em: http://www.irr.org/mit/portugues/busca-cientifica-restos-nefitas.html

78

Igreja, por parte do governo (incluindo aí, todas as esferas, municipal, estadual e
federal). Manutenção da isenção de impostos e outros privilégios para a organização
por usar de caracterização de filantropia.
O mormonismo sairia ganhando ainda, com a ocupação de mais membros in-
fluentes dentro de possíveis secretarias de ordem política, como foi o caso de Ezra
Taft Benson no passado (Secretário [ministro] da Agricultura). Os ativos e ações das
empresas Mórmons poderiam ter valores aumentados, uma vez que as empresas do
conglomerado Mórmon Inc. poderiam ter respaldos de segurança de alguns seg-
mentos governamentais.
Mas e pelo lado religioso? Pelo lado do proselitismo? É justamente nesse
campo que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está atualmente
enfrentando sérios problemas com a mídia, principalmente a internet e a mídia escri-
ta, como livros. Todos os dias são divulgados centenas de publicações, em vários
países, contestando racionalmente os ensinamentos Mórmons. Existem muitos
blogs e sites, que são alimentados, principalmente por Ex-Mórmons. Homens e mu-
lheres que viveram o mormonismo com toda a energia. Que após vários anos de
dedicação e abnegação se afastaram, após o convencimento de falhas na doutrina.
A principal pedra de tropeço do Mormonismo é justamente a sua “pedra fundamen-
tal”, o Livro de Mórmon. Não há provas ou evidências científicas que atestem esse
livro como uma ferramenta história confiável. Está mais para uma obra literária, não
tendo valor histórico nenhum, além de uma fantasiosa literatura.
Nesse campo, acredito que a oposição tenderia a aumentar. Uma vez que a
Igreja se fortaleceria no campo capitalista, encontraria mais e mais opositores que
escreveriam e contenderiam no âmbito cognitivo.
Seria bom, talvez o “pretenso” profeta Mórmon Thomas receber alguma reve-
lação que pudesse dar maior conforto aos membros do mormonismo atual. Seria
confiável para a "Igreja" (parte eclesiástica do mormonismo) lançar e apoiar candida-
tos Mórmons à presidência americana? Sinceramente, acho que o velho Thomas
não pode profetizar nada a esse respeito. Ele está apenas interessado no lado capi-
talista do mormonismo. A Igreja é apenas um detalhe secundário. Se não consegui-
rem resultados, dão mais uma apertada nos jovens rapazes e moças, e tentarão
aumentar o número de missionários. Isso já foi tentado e não deu certo. Quanta in-
sanidade!

CARIDADE? EU FAÇO, MAS QUERO SAIR NA TV!

Uma coisa da qual sempre fui inconformado nos meus anos na igreja Sud, foi
o fato de que os Mórmons não fazem nada, ou fazem bem pouco pelos pobres e
necessitados. A caridade é falha.
Sempre questionei o fato de outras instituições como os espíritas, os católi-
cos, os evangélicos e os maçons realizarem com tanto empenho seus trabalhos de
caridade. Eles estão muito envolvidos com a prática deste principio. Porém, não faz

79

parte do cotidiano Mórmon tais obras e quando algo acontece é tão raro que costu-
mam ficar perdidos na ocasião.
Alguns suds podem argumentar que a igreja realiza sim, um trabalho de cari-
dade como, por exemplo: o mãos que ajudam. (Na verdade nem me lembro de ou-
tro)
Entretanto isto que a igreja faz não é caridade, mas sim, uma campanha pu-
blicitária, uma jogada de marketing, com o propósito final de tornar a igreja mais co-
nhecida e respeitada principalmente entre os empresários, políticos e a mídia.
Em Mateus 6:1-4, Lemos:
1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos
por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fa-
zem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.
Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a
tua direita;
4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto,
ele mesmo te recompensará publicamente.
Entretanto, a igreja só se envolve com a caridade se houver publicidade.
Sempre procurando a cobertura da mídia para os seus projetos, que são pontuais
não passando de dois ou três por ano. Para a igreja de Joseph Smith (o caçador de
tesouros), cujo sua organização segue os padrões das grandes corporações inter-
nacionais, que é dona de empresas, bancos, que possui uma quantidade invejável
de imóveis e carros de luxo e que seus principais lideres (executivos) hospedam-se
nos melhores e mais caros hotéis do mundo, que é detentora de um patrimônio bili-
onário, a caridade se faz da seguinte forma, conforme eu observei de dentro da igre-
ja:

Para o mundo ver - Cuida de alguma praça ou escola publica por um dia, com
a presença da imprensa local;
Doa cadeiras de rodas para alguma instituição, mas, faz em um evento publi-
co com a presença de políticos;
Chama a imprensa para mostrar os suds passando o dia em um asilo ou cre-
che;
Realiza uma campanha anual em parceria do Mcdonalds, onde missionários
trabalham de graça na maior rede de fast foods do mundo;
É parceira da Rede Globo (sem comentários);
Quando não são vistos - Se um sud, dizimista integral por toda a vida passar
por alguma dificuldade e procurar ajuda financeira da igreja ela vai mandá-lo pedir
primeiro a ajuda dos parentes (mesmo aqueles que ele não vê há anos) amigos, ou
se desfazer de algum bem que tiver;
Se vier a ajudar irá humilhá-lo pedindo que em troca o membro corte a grama
da capela, lave as caixas d’água, limpe os ventiladores de teto, e coisas do gênero;

80

Também terá que suportar o fato humilhante de que todos os membros da ala
ficarão sabendo.
Este membro passará a ser considerado um estorvo, uma pedra no sapato da
ala;
Grande parte das famílias com dificuldade, não são amparadas pela igreja e
não são bem vistas pelos lideres.
Quando eu era bispo, havia uma família na minha ala que vivia numa casa
muito precária, sem banheiro descente, sem muros, não tinha pia na cozinha, tinha o
telhado muito baixo com telhas de amianto que esquentava muito, entre outras coi-
sas. Aquela situação sempre me incomodou principalmente pelos filhos que tinham,
dois rapazes e uma moça. E eu via que eles ficavam muito constrangidos com aque-
la situação.
Bom, comecei a pensar numa maneira para ajudá-los a ter um pouco de con-
forto. Tentei com o sacerdócio da ala e por um semestre deixei nas mãos deles, dos
“homens fortes da ala” e nada. Juntaram R$ 60,00 e me entregaram. Em seis meses
foi o que fizeram. Procurei então a estaca e me disseram que não tinham nada es-
pecifico que pudessem fazer, mas que eu deveria procurar com o bispo responsável
pelo bem-estar da estaca. E mais uma vez, nada. Ele me deu um telefone do líder
de bem-estar da área. Um senhor americano que era o responsável e me informou
que não era bem disso que ele tratava em seu chamado. Que talvez tivessem me
informado mal do seu papel.
Na verdade, o que eu queria era descobrir se em algum lugar havia alguém
na igreja que pudesse me ajudar a ajudar aquela família e não para a minha surpre-
sa descobri que não havia ninguém. E vivenciei o famoso jogo de empurra-empurra
eclesiástico típico na seita Sud.
Resumindo, eu não podia usar do fundo de jejum da ala para esse tipo de
problema. No comitê de bem-estar da ala não consegui nada além dos R$ 60,00 em
seis meses, na estaca não podiam me dar uma ajuda “específica”. Na área me dis-
seram que eu estava mal informado sobre o papel deles, enquanto isso aquela famí-
lia seguia vivendo em más condições.
Mas o pior de tudo para mim é que durante a minha peregrinação pelas “ins-
tancias superiores” da igreja eu não consegui sensibilizar ninguém. Parecia que eu
era um proletário pedindo um aumento de salário e o patrão se justificando e me tra-
tando com frieza.
E essa experiência foi mais uma que me fez questionar se Jesus Cristo tinha
mesmo alguma coisa a ver com esta igreja.
Vi estas coisas acontecerem e quando tive oportunidade tentei mudá-las, mas
não consegui. É assim que a caridade Sud funciona.
16


16
Fonte:
http://exmormon-theolafec.blogspot.com/2011/07/caridade-eu-faco-mas-quero-sair-na-tv.html
Sobre o autor dessa Postagem!
Entrei para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há 18 anos. Fui missionário de tem-
po integral por 2 anos, fui Pres. do Quórum de Élderes, Sumo-Conselheiro da Estaca, Pres. da Esco-
la Dominical, Líder da Obra Missionária, Pres. dos Rapazes, Sou formado no Seminário e Instituto da

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CEGUEIRA ESPIRITUAL!

Estava pensando sobre uma reportagem que reapareceu recentemente na
comunidade “Ex-Mórmons Brasil” do Orkut. Trata-se de uma técnica em enferma-
gem, Mórmon, que no final do ano de 2009 admitiu, ter se envolvido com tentativa
de assassinato de bebês, num Hospital, na cidade de Canoas, Rio Grande do Sul. A
notícia apareceu na mídia após ela ser presa. Foi encontrada pela polícia com ela,
uma seringa com resíduos de morfina em sua pochete.



Eu já tinha lido sobre o assunto na época. Recentemente, uma amiga que
sempre comenta aqui no blog, trouxe novamente esse caso à tona, num comentário.
Não sei informar se esse é um caso de problema psicológico, psiquiátrico ou
neurológico. Mas ouso afirmar com certeza, que isso deve se enquadrar em um dos
três casos. A reportagem do Jornal de Santa Catarina diz que essa mulher teve pro-
blemas psicológicos. Ela era casada e teve esses problemas devido à separação
dos pais e crises depressivas de um familiar.
Isso seria apenas mais um caso de policia, se não fosse o fato de ela ser
membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ela cuidava das cri-
anças da primaria, na Ala que frequentava como membro da Igreja. Ela se batizou
com 10 anos de idade e se dedicou ao cuidado das crianças na maioria dos seus
cargos. Durante as reuniões dominicais ensinava as doutrinas do mormonismo, às
crianças da organização da primária. Segundo a reportagem, ela também serviu
como voluntária nos berçários da Igreja SUD.
Já foi divulgado aqui, que o mormonismo deixa sequelas depressivas em mui-
tos membros. Tanto é verdade, que no Estado americano de Utah, lugar onde cerca

Igreja. E por último servi por 4 anos como Bispo da minha Ala. Sou casado e selado no templo, tenho
filhos. Tudo caminhava naturalmente na minha vida como Sud, até que os meus olhos começaram a
se abrir e as falhas na doutrina, na história e no comportamento da Igreja não se sustentaram e me
afastei.

82

de 70% da população são Mórmons, o consumo de antidepressivos é recorde no
país. O suicídio entre as mulheres Mórmons também tem números expressivos nos
Estados Unidos. Uma vez, o ex-presidente Mórmon Gordon B. Hinckley relatou nu-
ma conferencia Geral, sobre os maus tratos que muitas mulheres sofrem, por parte
dos maridos, “portadores do Sacerdócio”. Ele até divulgou um número de telefone
para denuncias, caso alguém testemunhasse atos dessa natureza entre os membros
da Igreja.
Quando eu era bispo da Ala Curitibanos, por algumas vezes me deparei com
situações de agressão física por parte do marido para com sua esposa. Todas às
vezes, quando fui entrevistar as mulheres, elas negaram que foram agredidas por
seus maridos, portadores do sacerdócio de Melquisedeque. Mesmo quando o olho
roxo ainda não tinha sarado.
Parece que há, no mundo Mórmon, uma espécie de cegueira espiritual. Os
membros perdem a noção do que é certo ou errado. Isso é muito além da ética. A
moralidade vira imoralidade. Posso exemplificar dizendo que os Mórmons não exer-
citam o livre-arbítrio, mas afirmam que exercitam. Uma amiga que comenta aqui no
blog disse que“com o tempo passam a fazer coisas erradas e esquecerem que fize-
ram coisas erradas... podem até matar e esquecerem que mataram... ou podem ma-
tar e continuar lembrando que mataram, mas quando matam, não sentem dor na
consciência, porque o desequilíbrio mental retira deles a consciência do mal que
fazem”! Lembram do caso de Mountain Meadows?
Fui membro dessa Igreja por 18 anos. Eu não tinha consciência de que a dou-
trina era fraudulenta e que havia tantos erros e mentiras, que eram muito bem pre-
servados pela liderança Mórmon.
Quando alguém falava mal do mormonismo para mim, ou quando recebia um
texto ou e-mail sobre erros doutrinários. Logo eu rebatia, queria mostrar com escritu-
ras mal interpretadas pelo mormonismo, que estávamos certos e que o mundo todo
estava errado. Então, baseado no que eu mesmo vivi, posso concordar com minha
amiga de que muitos membros da igreja não sabem verdadeiramente o que estão
vivendo, não sabem discernir o que é certo, errado, moral ou imoral. Não podem
exercer o livre-arbítrio. Entretanto! Pensam que o exercem!
Outro exemplo foi a publicação na semana passada, aqui no blog, sobre os
casamentos de Joseph Smith Jr. com meninas ou moças menores de idade. Teve
membros da igreja Mórmon que comentaram, de forma anônima, em defesa dessa
prática imunda, que foi o envolvimento de um homem casado, escondido de sua es-
posa, com moças, menores de idade. Fiquei perplexo, até os dias de hoje, Joseph
Smith Jr. seria defendido pelos membros de sua igreja, pelos crimes mais dos que
evidentes. Mas como vivem numa cegueira espiritual, só enxergam o que os líderes
Mórmons permitem que enxerguem.
Isso chega a ser perigoso, no caso dos atentados das torres gêmeas, de No-
va Iorque, os terroristas também, só enxergavam o que seus líderes espirituais que-
riam que eles vissem. E o que eles viam? Que se perpetrassem o ato que fizeram,
seriam recompensados com o céu e com muitas virgens.

83

No mormonismo há paralelos com essa doutrina radical e fundamentalista. Os
líderes prometem céus, casamentos celestiais, poligamia, divindade, poder e um
monte de absurdos para os membros que cumprirem fielmente, as ordens determi-
nadas pelo atual profeta vivo.
Espero que esse homem, ou seus sucessores, nunca venha(m) solicitar que
haja atos de radicalismo entre os membros da Igreja Mórmon, porque se isso acon-
tecer, muitos estarão prontos para obedecer ao seu amado líder.
17


COMO O MORMONISMO SOBREVIVEU ATÉ OS NOSSOS DIAS!

Hoje eu estava lendo os antigos tópicos que foram colocados no Orkut, na
Comunidade “Ex-Mórmons Brasil”. Teve um em especial, que me chamou a atenção.
Dizia assim: “Se a igreja Mórmon é falsa, por que cresce tanto”? O autor do tópico
argumentou que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias cresceu bem
acima da média das demais ramificações da Igreja original fundada por Joseph
Smith Jr.
Existem diferenças enormes entre a Igreja original Mórmon e as atuais. A
própria Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é completamente des-
configurada e descaracterizada com os ensinamentos originais. Começando pelas
milhares de alterações feitas no livro de Mórmon. Qualquer um que possa fazer uma
pesquisa identificará as mudanças.
Entretanto, a solidez atual da IJCSUD se deve unicamente, pela insistência e
perseverança implacável do sucessor imediato de Joseph Smith Jr.
Brigham Young conseguiu, na base da força bruta, solidificar e estabelecer
sua religião num lugar ermo. A região de Utah, nas montanhas rochosas do oeste
americano do século XIX, era praticamente, um deserto a ser explorado e desbrava-
do. Devido a influencia política de Brigham Young, a Igreja se estabeleceu na região
com poderes e status de Estado!
Apesar de todo o conflito gerado entre os políticos de Washington e os repre-
sentantes Mórmons em torno da prática desenfreada da poligamia, Brigham Young
foi eleito governador do Estado de Utah, com poderes para representar o governo
dos Estados Unidos na região.

“O governo Mórmon se estabeleceu em um território definido, com governo
próprio, regras particularmente autoritárias, sedimentada pela POLIGAMIA, que ga-
rantia o crescimento real da igreja através do aumento populacional. Para manter
tudo isso, foi preciso estabelecer inclusive um exército de milicianos que praticavam
todo tipo de violência e perseguição, para impor a ordem no território de Utah. As
demais denominações, não optaram por essa via, não se estabeleceram enquanto

17
Fonte para elaboração do texto:
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,784,2718490,13530

84

religião estatal, e simplesmente continuaram associadas à sociedade civil comum,
algumas se extinguindo com o passar dos anos”.


As palavras acima são do autor do tópico. De posse do território, Brigham
Young achou um modo de preservá-lo em favor da sua entidade. Estabeleceu cida-
des com membros da Igreja que chegavam de todos os cantos, principalmente do
Leste e Europa. Essas pessoas eram arrebanhadas com a promessa de que poderi-
am viver em paz, livres num lugar preparado para os Santos se congregarem. Esse
lugar era o território de Utah. Vieram pessoas com muitas habilidades e talentos de
diversos lugares. Uns eram hábeis carpinteiros e outros hábeis pedreiros, escultores
e ferreiros.
Com o passar dos anos, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
foi se adequando em busca de maiores vantagens capitalistas. Foram criadas em-
presas Mórmons com o objetivo de aumentar o patrimônio da entidade. Posso dizer
que hoje a IJCSUD detém um império de ativos contábeis.

“Uma reportagem da revista Time sugeriu em 1996 que a igreja recebeu $5,2
bilhões de dólares em dízimo. (...) Naquele ano, a revista Time estimou que os re-
cursos da igreja, que incluem terras e empresas, valem $30 bilhões de dólares”.

Como Igreja, entretanto, parece que não está obtendo muito sucesso atual-
mente. Para comprovar isso veja o artigo: O crescimento da Igreja Mórmon! A mídia,
especialmente a internet tem divulgado muito material que mostra aos membros e
não membros, como foi realmente a vida de Joseph Smith Jr., o fundador do mor-
monismo. A internet tem mostrado ainda, que não há qualquer evidência comproba-
tória de que o livro de Mórmon possa ser a palavra de Deus. Está mais para fraude
do que para escritura sagrada.
18


COMO PODEMOS SABER SE O LIVRO DE MÓRMON É VERDADEI-
RO?

Quando eu era membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Di-
as, aprendi que há uma maneira, “muito lógica”, para que possamos saber se o livro
de Mórmon é verdadeiro ou não. Muito lógica, segundo os ensinamentos Mórmons.
Por isso disse, quando eu era membro. Para as pessoas que racionalizam direito,
não é nada lógica essa maneira imposta pela Igreja.


18
Referencias:
http://www.allaboutmormons.com/bancando_trabalho_humanitario_mormon.php
http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/06/o-crescimento-da-igreja-mormon.html

85

Os missionários, ao adentrarem na casa do incauto pesquisador, expõem a
ele o desconhecido Livro de Mórmon. Dizem tratar-se da palavra de Deus. Escrita
por pessoas que viveram no continente americano, muito antes dos povos Incas,
Maias e Astecas. Consequentemente, bem antes da chegada de Cristovão Colom-
bo, em 1492 d.C..

Afirmam categoricamente, tratar-se de escrituras sagradas, pois que eles
mesmos têm a confirmação disso pelo “Espírito Santo”. Em seguida, ensinam o pes-
quisador a orar, segundo a maneira dos Mórmons. No final, fazem um desafio ao
pesquisador. Ele tem que orar e pedir para Deus se o livro de Mórmon é verdadeiro
ou não. Mostram uma escritura que está no próprio livro. Trata-se da famosa escritu-
ra Morôni 10:3-5 que diz: “Eis que desejo exortar-vos, quando lerdes estas coisas,
caso Deus julgue prudente que as leiais, a vos lembrardes de quão misericordioso
tem sido o Senhor para com os filhos dos homens, desde a criação de Adão até a
hora em que receberdes estas coisas, e a meditardes sobre isto em vosso coração.
E quando receberdes estas coisas, eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai
Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas não são verdadeiras; e se perguntardes
com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifesta-
rá a verdade delas pelo poder do Espírito Santo. E pelo poder do Espírito Santo po-
deis saber a verdade de todas as coisas”.

O pesquisador, não querendo fazer uma desfeita para os jovens. Não saben-
do ele, que aquela dupla foi exaustivamente treinada a serem bondosos. Os missio-
nários mentem para o pesquisador que eles próprios receberam a tal confirmação
divina. Essa mentira pode ser intencional ou não. Digo isso, porque muitas vezes, os
próprios missionários foram enganados por seus treinadores, pais e líderes da Igreja
ao longo dos anos. Esses foram os responsáveis pela introdução da doutrina Mór-
mon em suas mentes. Muitos desses jovens missionários nasceram ouvindo que a
Igreja é verdadeira. O livro de Mórmon é verdadeiro. Nunca fizeram nenhum questi-
onamento a respeito. É natural para um filho acreditar no pai ou na mãe. Se o pai diz
para um filho: não mexe com fogo que queima. A criança, sem perceber acaba brin-
cando certo dia com fogo e, acidentalmente, se queima. Ele se lembra das palavras
do pai, consequentemente, acredita e reflete: “Meu pai tinha razão, o fogo queima
mesmo”. Da mesma maneira são os jovens Mórmons, se um pai diz que a igreja é
verdadeira, a criança logo crê. Se a história do fogo era verdade, a história da igreja
também deve ser. O pai tem sempre razão, na cabeça de uma criança ou de jovem.
Não há necessidade de questionamentos.

Agora, sem sair do foco principal. Voltando ao encontro dos missionários com
o pesquisador. A coisa fica mais complicada para o pesquisador, quando um dos
missionários já prestou seu testemunho. Dizendo ter ele próprio recebido a confir-
mação pelo Espírito Santo, de que aquele livro é verdadeiro. Muitas vezes o pesqui-

86

sador imita os missionários, apenas para não parecer diferente ou “menos crente”.
Isso me lembra outra história:

Sim! Sim! Eu vejo essa roupa! Que belos bordados! É impossível não compa-
rar esse relato com o conto infantil do vestido invisível do rei, em que o rei toma para
si um traje, que supostamente era visto apenas pelos inteligentes. Na verdade, o
traje era uma fraude, mas as pessoas ao redor do rei – e o próprio rei – fingiam en-
xergá-lo apenas para não parecerem burras.

Assim é com o Livro de Mórmon! Eu mesmo, agindo como o rei do conto de
fadas, falava para todos, que tinha recebido uma confirmação divina. Acreditava que
era verdadeiro. Mas no fundo desconfiava do embuste. Mas quando percebi massiva
falta de provas e evidências de sua veracidade, vi que estava cego. Era melhor ser
chamado de burro do que continuar com essa farsa. Tinha que trilhar outro caminho.

Acho que os membros ativos Mórmons não querem ser chamados de burros.
Preferem continuar acreditando que o Livro de Mórmon é verdadeiro. Vejamos al-
guns exemplos do conteúdo do Livro de Mórmon: Lá, está escrito sobre o uso de
bússolas que guiavam as pessoas, no oriente médio, 600 anos antes de Cristo. Lá
há referencias de espadas e armaduras de metal no continente americano. Está es-
crito sobre elefantes que viviam livremente no continente americano. Há citações
referentes a escritos em placas de metal, abundantes, numa língua chamada egípcio
reformado.

Caindo na realidade agora! As bússolas só tornaram-se conhecidas no oriente
médio e também na Europa na idade média. A metalurgia não era conhecida na
América antes do descobrimento, em 1492 d.C., também na idade média. Também
não se têm noticias da existência de elefantes, no continente americano, antes da
descoberta por Colombo. E nunca foi encontrado nenhum vestígio escriturístico des-
sa tal língua “egípcio reformado”.

Então, se eu não posso saber se esse livro é verdadeiro por razões óbvias,
não posso crer nas palavras dos missionários. Eles certamente estão pregando uma
peça nos prosélitos, que são na maioria, gente humilde e simples. Os inteligentes e
cultos, certamente não aceitam a doutrina Mórmon. Povo brasileiro abra o olho!
19


CONFLITOS DECISÓRIOS!

No mormonismo, a cada ano, mais e mais recursos são despejados para a
construção de templos, reformas de capelas manutenção de missões. Este esforço

19
Referencias para a produção do texto:
http://scriptures.lds.org/pt/moro/10
http://blogs.gospelmais.com.br/papodeteologo/pentecostalismo-a-roupa-invisivel-do-rei/

87

enorme representa custos fixos que seriam justificáveis, apenas pelo aumento cor-
respondente, no número de membros convertidos.
Desde 1998, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias planejou a
construção de cerca de 47 templos. Só o templo de Nauvoo, no Estado americano
de Illinois, custou 23 milhões de dólares. Esta ascensão incrivelmente nítida de au-
mento de templos tem uma explicação de ordem econômica. Considerando que em
1997 havia apenas 51 templos em funcionamento. Agora, em 2011 tem perto de 140
em funcionamento.
Devido à política rígida de expansão, é nítido que os custos fixos da Igreja
Mórmon estão aumentando muito mais rápido do que a sua produtividade. Para ver
isso, não precisa ser formado em contabilidade ou economia. A Igreja tem 52.225
missionários de tempo integral (relatório estatístico de 2010). O desempenho destes
missionários não corresponde a um aumento equivalente, em capital de valor acres-
centado. Ou seja, não produzem membros suficientes que possam pagar o custo
fixo de mais e mais templos sendo construídos. Isso já vem de alguns anos. Veja-
mos como exemplo que, em 1989, a igreja tinha 228 missões que produziram
318.940 conversos. Em 1999, tinha 333 missões em operação que produziram ape-
nas 306.171 conversos. Já em 2010, tinha 340 missões que produziram 272.814
conversos. Para a Igreja Mórmon, essa é uma constante e alarmante perda da efici-
ência missionária, semelhantemente a "jogar dinheiro bom em ativos podres".
Como o leitor poderá observar, no mormonismo atual, parece haver um dile-
ma contínuo entre uma “política expansionista” e outra “consolidatória”. É quase co-
mo se existisse uma briga em dois campos políticos, ocorrendo na parte superior
dos escritórios administrativos da Igreja Mórmon. Cada um desses fazendo lobbies
para que a liderança tomadora de decisão perceba os melhores interesses da igreja.
Mesmo numa instituição “divina”, as lutas pelo poder não são incomuns. A
Igreja Mórmon hoje é liderada por uma dinastia de elite composta por homens de
certa idade avançada, quase três quartos destes, estão relacionados com as autori-
dades da igreja atual ou passada, que se reúnem de forma privada ou em secreto.
Nem suas deliberações, nem as finanças da Igreja, estão disponíveis para a consul-
ta pública. os Porta-vozes e relações públicas asseguram os membros da igreja, que
os negócios estão todos bem e que há harmonia prevalecendo entre esses líderes
Mórmons.
Mas o pesquisador e escritor americano, D. Michael Quinn, no seu livro, “The
Mormon hierarchy”, apresenta uma visão mais ampla da “harmonia” da liderança
Mórmon. Seus extensos documentos de pesquisa mostram como os líderes da Igre-
ja Mórmon estão mais propensos a estarem em desacordo, do que estarem “tão”
unidos. Contrariando a imagem passada constantemente em Conferências Gerais
da Igreja.
Essa atual liderança desenvolveu características de força de vontade e espíri-
to independentes. Fazem lobbies entre seus colegas, forjam alianças, fazem mano-
bras adversárias, nada parecido com os homens que falam com “Deus”, conforme a
maioria dos membros acredita.

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Tem mais! São ativistas em atividades políticas clandestinas, em ações inves-
tigativas e punitivas, em empréstimos pessoais dos cofres da igreja, e têm outros
poderes privilegiados que foram adquiridos, devido suas atividades eclesiásticas.
Quinn considera, em seu livro, a mudança de atitude da liderança Mórmon e suas
experiências visionárias. Os eventos importantes que têm protocolo de quorum e na
forma de doutrina. O dia-a-dia desses líderes e a intriga burocrática que surgiu des-
de a época de Brigham Young, até nossos dias, no século XXI.
Aparentemente, a Igreja demonstra que vai continuar a aumentar a sua visibi-
lidade internacional para o bem da reputação e posição da mesma, mas ao mesmo
tempo ela tem que entrar em acordo com o seu declínio sistêmico. Um "sintoma de
envelhecimento", que já atingiu muitas das maiores denominações da América. Um
dos problemas ainda é a produtividade missionária em relação à construção de no-
vos templos.
20


CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE CAPELAS MORMONS NO
BRASIL!

Quando eu era um membro novo, no final dos anos 80, não entendia muito do
funcionamento organizacional da Igreja. Eu tinha recém-chegado na cidade de Curi-
tibanos. Havia na cidade, uma capela recém-dedicada aos serviços eclesiásticos da
Igreja Mórmon. Ela era muito bonita, apesar de pequena. Estava muito bem locali-
zada, quase no centro da cidade. O terreno era bem amplo, com árvores frondosas,
algumas frutíferas e também algumas araucárias ou pinheiros nos fundos. Dava um
trabalho enorme, o corte da grama no terreno da antiga capela da Ala Curitibanos.
Demandava um dia inteiro de trabalho, com várias pessoas e várias máquinas elétri-
cas para cortar a grama. Naquela época, as capelas que estavam sendo construídas
no Brasil, eram bem feitas, com fundação bem reforçada e até mesmo exagerada.
Toda a parte de madeira da capela de Curitibanos era de imbuia maciça, uma ma-
deira nobre e cara da região sul do Brasil. Hoje, proibida por força da lei.
Então, com o passar dos anos, a freqüência aumentou. Saltou da casa dos 30
para mais de 100 pessoas na reunião sacramental. A capela ficou apertada e não
comportava mais nem as organizações auxiliares da Igreja. A reclamação era cons-
tante e por anos ininterruptos. Todos queriam que a capela fosse ampliada, pois ha-
via muito terreno para isso.
Os responsáveis pela manutenção do patrimônio da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias, às vezes com escritório sediado em Porto Alegre, ou-
tras vezes, em Florianópolis, por diversas vezes, reformaram essa capela sem a
aparente necessidade. Eles a pintaram por inteira, várias vezes. Nessas reformas,
eles aproveitaram e trocaram todas as luminárias. Trocaram duas ou três vezes o

20
FONTES DE REFERENCIA PARA O TEXTO:
lds.org
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/
QUINN, D. Michael The Mormon hierarchy: extensions of Power. Smith Research Associates, 1997 -
928 Páginas

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carpete da capela onde era realizada a reunião sacramental. Trocaram ventiladores,
trocaram o órgão, tudo isso várias vezes, com intervalos de poucos anos de diferen-
ça. Lembro-me que até a grama foi trocada três vezes. Todas às vezes, trouxeram
grama de cerca de 300 quilômetros, em várias cargas de caminhões. O metro qua-
drado dessa grama tem valor elevado no mercado. Imaginem um terreno com cerca
de mil metros quadrados como é o terreno da Igreja em Curitibanos, somado com o
frete. Deve ter custado uma fortuna.
Aquilo tudo era um absurdo para mim. A despesa era enorme. Qual a neces-
sidade de tudo aquilo? Mais tarde, ainda antes de eu sair da igreja, ao ler vários de-
poimentos de ex-membros, na internet, descobri vários comentários e afirmações
sobre conchavos de empresas e pessoas envolvidas em licitações e orçamentos
fraudulentos da Igreja Mórmon, para execução de construção e manutenção de ca-
pelas no Brasil.
Essas mesmas pessoas, afirmavam em seus depoimentos que, geralmente
eram as mesmas empresas que construíam e reformavam as capelas.
Só posso concordar com isso. Eu mesmo sabia que o “Élder” que me batizou,
mais tarde, tornou-se um Presidente de Estaca e hoje é um setenta. Mas antes dis-
so, tinha uma empresa que fornecia telhas para várias capelas que eram reformadas
ou construídas na região sudeste do Brasil. Além da venda das telhas, ele tinha
equipes que trocavam as telhas velhas por novas. Ou instalavam as novas, no caso
de uma nova capela. Aquilo me pareceu um negócio da China. Trabalhar para a
Igreja como fornecedor ou prestador de serviços.
Assim como este meu conhecido, segundo ex-membros SUDs comentam na
internet, várias empresas foram criadas por membros, somente para entrar nas lici-
tações para construções e reformas de novas capelas da Igreja Mórmon no Brasil.
Um missionário que passou por Curitibanos nos anos 90, disse-me na ocasião, que
seu pai, que também era um Presidente de Estaca em Fortaleza, era engenheiro
civil e fazia algo semelhante lá na região nordeste do Brasil.
Agora quero falar um pouco sobre as construções da igreja. Sempre questio-
nei porque será que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias construía
em algumas cidades do Brasil, capelas grandes onde havia um número tão reduzido
de membros. Esse era um modelo oposto da realidade vivida em Curitibanos.
Nos anos 90 começaram a aparecer indícios de “picaretagens” na construção
civil das capelas Mórmons no Brasil. As capelas começaram a ser mal construídas.
Digamos que houve um relaxamento pelos arquitetos e engenheiros que estavam a
serviço da Igreja, os exageros da construção. Conheci capelas novas que tinha pro-
blemas de infiltração. As cercas eram mal feitas. Os bancos de qualidade inferior.
Essas sofriam com mais frequência a intervenção dos serviços de manutenção, pro-
vidos pelos responsáveis pelo patrimônio da Igreja.

PROBLEMAS COM A CONSTRUÇÃO E A MANUTENÇAO NO BR A-
SIL?

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Continuando o assunto anterior... Para construir uma capela nova onde a igre-
ja tinha poucos membros, era relativamente fácil. Precisava apenas de frequência
média de mais ou menos 100 pessoas na reunião sacramental e certo valor estipu-
lado, como dizimistas integrais. Isso foi muito manipulado nos anos 90, por muitos
líderes da Igreja, no Brasil inteiro. Cada um que ler esse artigo que julgue por si
mesmo. Vejamos alguns exemplos de textos que eu achei na internet:

“Vou contar uma história interessante que presenciei num determinado ramo
(um imóvel qualquer alugado onde os Mórmons se reuniam antes de terem uma se-
de própria, como uma capela) É o seguinte: para que a igreja liberasse verba para
construir a tal capela, era necessário que a frequência ao tal Ramo fosse, digamos
de 100 cabeças na Reunião Sacramental. Então, o bispo teve uma ideia “brilhante":
convenceu os lideres de um orfanato local a autorizar que os missionários pegassem
os menininhos e menininhas aos domingos e os levassem à igreja justamente para
dar uma inchada na Reunião Sacramental. Em contrapartida, eles ofereceram aulas
de inglês para a garotada. As aulas, nunca foram dadas, e logo a direção do orfana-
to, caindo na real, proibiu a prática anteriormente autorizada. Veja bem a ética den-
tro da cabeça de alguns lideres (claro que é um caso isolado, acredito mesmo nis-
so): usar crianças sem pai nem mãe para fazer numero que justificasse obtenção de
dinheiro da igreja, embora possam argumentar que era por uma boa causa. Pra eles
é assim: os fins justificam sempre os meios”.

“(...) Algum tempo depois descobriram que o marido dela ao prestar serviço
para a igreja fraudava documentos, notas fiscais, etc.”.

“(...) Acho que meados da década de 90 alguns prestadores de serviço fize-
ram o registro de suas firmas para prestar serviço para a igreja. Para ti teres uma
ideia um membro, não vou chamá-lo de irmão, cobrou $400,00 para trocar 2 toma-
das de luz... Isto era mais ou menos os anos de 97,98!É uma farra trabalhar para a
igreja...”

“Sem citar nomes, porque não estou com saco para aguentar processo de
mormonzinho irritadinho com a verdade, vamos analisar com cuidado algo que acon-
tece muito no meio sud, mas que ninguém tem coragem de comentar enquanto
submetido à coleira sud. Quem aqui já teve notícia de reformas repetitivas e superfa-
turadas nas capelas da igreja? Cansei de ver coisas boas serem destruídas para
construírem outras por cima, exatamente iguais às que existiam antes. Para
quê???? Notas fiscais emitidas com percentuais a mais (a famosa bolinha do encar-
regado de manutenção e patrimônio); os materiais "descartados" que acabam indo
todos para as casas de membros, etc.”

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“O templo de São Paulo é a prova vi-
va disto. Estava prontinho servindo para a
missão a que se propunha e lá foram eles,
reformá-lo, a troco do que, lavagem de di-
nheiro”?

“É verdade sim, um irmão que traba-
lhou nos escritórios, me contou e eu tam-
bém vi, lá na Ala trocaram o carpete, no
ano seguinte trocaram o carpete de novo, o
velho (que na verdade era novo ficou lá fora
jogado e muitos irmãos levaram um pedaci-
nho pra casa. Trocaram o forro, no mesmo mês teve muita goteira, mexeram no te-
lhado, trocaram o forro de novo, trocaram o telhado e tá cheio de goteira de novo,
isso sem falar que agora as alas tem computadores que foram entregues com uma
tal de licitação ilícita...”


“Isso não é novidade, tem em todo lugar. A igreja
deveria ser um exemplo, mas não é. Mesmo com a
mania de falar em auditoria pelos cotovelos, a igreja tá
cheia de ladrões. Essas coisas apareceram em todos
os lugares por onde passei durante "a missão"...”
“Capelas sendo refeitas, bispos "empreiteiros"
trabalhando pra igreja e ganhando "por fora", capelas
que haviam custado uma fortuna e que logo depois de
serem construídas já estavam cheias de rachaduras e
trincas nas paredes, etc. Só não vê quem não quer...”

“Quem vc acha que faz auditoria nos ramos e alas?? São os próprios líderes
da estaca ou distrito, ou seja, uns acobertando outros. Não seja ingênuo!!!! Um dos
bispos que eu tive roubou a igreja por mais de um ano. claro que o presidente de
estaca sabia, mas fez vista grossa, o bispo estava numa pior. Eu nunca ouvi falar de
uma auditoria externa acontecendo na igreja! Só auditorias internas encomendadas.
Não digo que as externas não ocorram, mas que são muito raras, isso são. Aí fica
tudo lindo, tudo pra ingrêis vê! A igreja fala que faz auditoria, os membros continuam
contribuindo, e tudo vai bem em Sião. Pior ainda, quantas vezes eu ouvi de líderes
que havia podridão na estaca e, quando esse mesmo líder virou presidente de esta-
ca, tudo continuou do mesmo jeito, senão pior?”
21


21
Referencias para a produção do Texto:
Comentários de postagem em: http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/06/duas-categorias-de-
mormons-convictos.html?showComment=1309378446857#c3932683920136038967
Comentários de postagem em: http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/06/caridade-nunca-
falha.html?showComment=1309269656920#c7836447475405228465

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CONTESTANDO...

Recebi um comentário com algumas contestações por parte de um membro
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ele diz que tem 39 anos co-
mo membro da igreja. Segue um trecho de seu comentário:

“A "exigência" de que os membros vão ao templo uma ou duas vezes ao ano
está incorreta. Não há exigência alguma, há incentivo, pois é um local sagrado de
adoração em que há intenso aprendizado da doutrina de Cristo de maneira rica e
simbólica, como Ele mesmo ensinou (parábolas e comparações). Mas ninguém é
obrigado, absolutamente, a frequentar o templo”.

Para mim, o “incentivo” por parte da liderança local da Igreja Mórmon para
que os membros frequentem o templo várias vezes ao ano é mais do que uma exi-
gência. Eu mesmo, quando bispo falava abertamente que “ir ao templo várias vezes
ao ano é um mandamento do Profeta vivo”. Lembro que, precisávamos ir ao templo
para ajudar os falecidos a aceitarem o evangelho, que era pregado a eles no mundo
dos mortos. Tal aceitação só poderia ser completa se eles também recebessem as
ordenanças feitas pelos membros da Igreja nos templos. Então, quanto mais vezes
os membros frequentassem o templo, mais ordenanças fariam e consequentemente,
mais pessoas falecidas poderiam obter as suas salvações.
Dizer que no templo nós aprendemos a “doutrina de Cristo” é uma mentira
deslavada. Eu frequentei o Templo de São Paulo de 1989 até o ano 2001 e o de
Porto Alegre, por cerca de 6 anos e não me recordo de receber ensinamentos que
pudessem serem traduzidas como a “doutrina de Cristo”. Os simbolismos que eu
vejo nos templos Mórmons, atualmente, são símbolos pagãos e maçônicos. Nada de
muito especial, que um membro possa se orgulhar e declarar que recebeu algo in-
comum. Nada comparado com as parábolas que Cristo usou na bíblia.
Dizer que ninguém é obrigado a frequentar o templo é outra mentira deslava-
da. Todos os membros da Igreja, desde antes do batismo são ensinados e “força-
dos” a frequentarem o templo, até mesmo por pressão psicológica. Caso o membro
não frequente o templo nunca, é considerado de certa forma, negligente, não apto
para exercer certas posições ou cargos na Igreja.
Outra parte intrigante que merece uma resposta minha é essa:

“E tem o custo das capelas. Levaria várias dezenas de anos para um membro
de classe média de uma congregação pagar o custo REAL de uma capela, talvez

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=350064&tid=2572301657124922066&kw=licita%C3
%A7%C3%A3o
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=350064&tid=2572301657124922066&kw=licita%C3
%A7%C3%A3o&na=3&nst=11&nid=350064 -2572301657124922066-5213518345324824889
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=350064&tid=2534173409247068202&na=3&nst=31
&nid=350064-2534173409247068202-2534443775271254788

93

mais de meio século. A questão é: no caso do Brasil e de muitos outros países, cada
centavo pago em dízimo VOLTA para o membro em forma de benefícios que esse
próprio centavo não poderia, financeiramente, bancar. É uma realidade”.

Porque será que um membro deveria pagar o custo de uma capela? Por que
o mormonismo não faz como os protestantes ou os evangélicos? Por que será que
suas capelas precisam ser mais luxuosas do que as capelas das demais denomina-
ções cristãs? Tem mais valor os ensinamentos ou o luxo dos prédios?
Cada centavo volta para o membro em benefícios ou em forma de capelas?
Eu e a maioria das pessoas, inclusive alguns membros, temos certeza, gostaríamos
que esses “benefícios”, do retorno do pagamento do dízimo voltassem em forma de
ajuda aos necessitados da sociedade onde a unidade da Igreja está inserida e não
em forma de capelas luxuosas, onde os pobres nem entram de vergonha. O retorno
a que os membros se orgulham e dizem que recebem por seus dízimos poderia vir
através de creches, orfanatos, centro de reabilitações de dependentes químicos,
escolas, universidades. E não em forma de prédios que precisam constantemente
serem reformados, mesmo não precisando de reformas. Isso seria o reino de Deus?
Se for assim, eu quero passar bem longe desse Reino de Deus (do Deus Mórmon é
claro).

CONVENIÊNCIAS SOCIAIS!

Sobre o mormonismo, encontramos incontáveis depoimentos nas páginas de
grupos ou comunidades Ex-Mórmons, nas redes sociais da internet, blogs e sites.
Na maioria das vezes, a publicação parte de pessoas que viveram o mormonismo e
depois se afastaram. Ex-membros que reconheceram que estavam trilhando por um
caminho que não lhes trariam vantagens nesta vida. Nem num pretenso mundo vin-
douro. Estavam completamente iludidas. Ou ainda, a publicação é um depoimento
de algum descontente com os ensinamentos da Igreja Mórmon ou SUD.
Já presenciei também, nessas comunidades, brigas e discussões entre Mór-
mons e Ex-Mórmons. E ainda já presenciei discussões e ofensas entre Ex-Mórmons
e Ex-Mórmons. Há muitos apelos para que os membros dessas comunidades, na
sua totalidade, composta por Mórmons e Ex-Mórmons, não se acusem ou se caluni-
em uns aos outros. Os próprios membros da mesma comunidade.
Devido às diferenças culturais e educacionais, os membros das comunidades
Ex-Mórmons algumas vezes fogem do propósito da criação do grupo, que é o deba-
te racional da doutrina Mórmon. Uma característica bem peculiar, principalmente dos
participantes brasileiros são as publicações através de uma personalidade falsa, o
chamado “fake”. Ou um pseudônimo.
Em minha opinião sincera. Creio que a credibilidade de uma publicação, num
grupo de discussão ou numa comunidade, feita por um personagem “fake”, um anô-
nimo escondido atrás de um pseudônimo, em certas ocasiões fere a confiabilidade.
Entendo que cada um tem seus motivos, até os antigos escritores literários usaram

94

pseudônimos em muitas publicações. Não é de agora que essa prática é amplamen-
te utilizada.
Só para exemplificar toda essa loucura. No Orkut tem uma comunidade cha-
mada de “Ex-Mórmons Brasil”. Lá eu pude constatar uma mesma pessoa interagindo
com ela mesma, só que com “fakes” ou identidades diferentes. Eu sei disso porque
numa conversa informal via MSN fui informado dessas falsas identidades por essa
mesma pessoa.
O ruim da internet é que até o presente momento, não foram disponibilizadas
ferramentas adequadas nas redes sociais, para que cada pessoa seja ela mesma.
Eu, muitas vezes, não sei se estou falando com uma mulher ou com um homem.
Tamanha é a bagunça imposta pelos participantes das comunidades, principalmente
do Orkut.
Isso não é característica apenas das comunidades relacionadas ao mormo-
nismo. É característica comum na rede social do Google. Hoje em dia, eu aprendo
muito pouco participando dessas comunidades.
Posso estar enganado, mas percebi que no Facebook, principalmente em
grupos ou comunidades americanas, as pessoas se identificam mais que as brasilei-
ras. Há uma menor incidência de “fakes”. Principalmente em se tratar do nosso as-
sunto em evidência, o mormonismo.
Deveríamos usar essas comunidades para discutirmos sobre detalhes do
mormonismo. É fato conhecido que os líderes do passado da Igreja Mórmon foram
responsáveis por múltiplos assassinatos, estupros e mutilações. Eles roubaram pro-
priedades dos recém conversos, seduziram mulheres casadas, imprimiram o seu
próprio dinheiro, queimaram edifícios de empresas que não concordavam com eles.
Formaram quadrilhas (danitas). Estes são fatos bem conhecidos e discutidos em
comunidades americanas. Mas não muito debatidos em nossas próprias comunida-
des. Portanto, seria prudente que nós brasileiros, não brigássemos entre nós mes-
mos.
Eu entendo que muitos participantes têm algum motivo pessoal para não se
exporem publicamente como eu faço. Entendo que alguns, ainda são membros da
Igreja e não querem ser excomungados por algum líder local, que deve estar louco
para fazê-lo.
Acredito que se nos fortalecermos, chamaremos a atenção da liderança da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Poderemos fazer um estrago
muito grande no cofre brasileiro do mormonismo. As pessoas antes de aceitarem o
batismo, poderão ler e saber mais sobre a doutrina. Os batismos minguarão. Os dí-
zimos minguarão. A igreja minguará no Brasil.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA!

Caro Antonio Carlos!

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Sua atitude foi muito corajosa de dizer o que pensa, e principalmente sem
agredir ninguém. Parece que suas palavras causam muita inquietação em alguns
Mórmons. Continue seu trabalho e não se intimide por palavras rancorosas de pseu-
do-religiosos. Sua história dentro da igreja é muito semelhante a minha. Suas colo-
cações são muito centradas e coerentes. EXISTE vida fora do mormonismo e pode
ser bem muito boa, sabe como? Fazendo escolhas certas na vida, sendo um bom
pai, um bom marido se for casado, sendo um bom filho, sendo honesto com seus
semelhantes. Preciso do mormonismo para fazer essas coisas? NÃO, há milênios os
homens vem aprimorando suas vidas e muitos chegaram bem perto da felicidade.
Fui triste enquanto Mórmon. Sentia-me inútil e deslocado. Não fui bispo nem pres.
de estaca e apesar de tudo que fiz percebi que não era valorizado por não ter um
bom curriculum nem fora nem dentro da igreja. Ser um ex-missionário não foi sufici-
ente, tinha que ter grana ou uma boa graduação secular. Não tive nenhum dos dois,
então só servia prá limpar capela e fazer o serviço pesado. Cansei de ser humilha-
do. Eu agora sou feliz eu agora vivo em paz. Se Deus existe ele sabe o que estou
falando. Pensei que tinha entrado para uma igreja e quando percebi estava numa
empresa religiosa. Setentas e demais autoridades são executivos da fé, homens que
trabalham e são muito bem recompensados e remunerados para levar adiante uma
igreja que foi engolida pelo espírito capitalista. Uma igreja de resultados. Estou fora
dessa e de qualquer outra igreja. Resolvi eliminar os intermediários de minha vida
religiosa, quando eu quiser saber a vontade de Deus eu pergunta prá ele. Nunca
busquei cargos relevantes, Deus é testemunha disso, apenas e tão somente espe-
rava ser respeitado e valorizado, não tive nenhuma dessas coisas dentro do mormo-
nismo. As capelas Mórmons estão cada vez mais vazias e eles ainda não desconfia-
ram que sua doutrina incoerente e seu orgulho estão afastando todos de seus tem-
plos. Não basta ter dinheiro é preciso ser uma igreja cristã. Muitos dizem que a antí-
tese do amor é o ódio, outros dizem que mais devastador que o ódio é a indiferença.
Estava numa igreja de gente indiferente e fria. Cansei que ser dirigido por gente que
esta pouco se importando comigo e cansei também desse Deus que vive me amea-
çando e que me punirá caso eu não faça o que ele me ordena, cansei de ser um
servo inútil. NÃO SOU SERVO NEM INÚTIL. Se você quiser ser uma pessoas solitá-
ria se batize na igreja Mórmon e verás o que é solidão. Outra coisa estou dispen-
sando conselhos de morminhos exaltados. Abraços.

DEMOCRACIA OU A UTOCRACIA?

O poder da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está concen-
trado num punhado de indivíduos, na sua sede em Salt Lake City, Utah, Estados
Unidos. Para uma empresa relativamente pequena e dinâmica, essa concentração
de poder em cima de poucas pessoas seria o máximo. As decisões podem ser exe-
cutadas muito mais rápidas num modelo “topdown”, ou seja, os problemas são ata-
cados de cima para baixo, de forma “autocrática” (um único homem detém o poder).
Diferente da consensual “democracia” adotada pela maioria das pessoas e entida-

96

des. Velocidade, no contexto da religião é a eficiência. Velocidade indica objetivida-
de e cria a confiança do público.
Nas religiões que tem organização mais democrática, as decisões andam
mais lentamente que o mormonismo autocrático. Tomemos, por exemplo: Os bispos
anglicanos demoraram 10 anos para chegar a um consenso final sobre a ordenação
de mulheres. Nessa mesma Conferência de Lambeth, em 1998, também foi lançado
o voto sobre a homossexualidade. Não houve decisão unânime: 526 votos contra e
70 a favor, 45 abstenções. Os Luteranos na sua Assembléia Geral foram ainda mais
divididos quanto ao assunto homossexualidade: 820 contra e 159 a favor. Depois de
vários encontros de liderança, a Igreja Metodista Unida decidiu: 628 contra e 327 a
favor. Enquanto isso, os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias asseguraram ao público que nunca irão apoiar uma sacerdotisa do sexo femi-
nino e muito menos um membro gay, isso de acordo com as “revelações” diretamen-
te vindas de Deus para os diversos profetas Mórmons.
Uma igreja centralizada permite que os líderes possam falar de qualquer fun-
cionário sem nenhuma oposição. Também permite a eles se intrometerem em ques-
tões sociais dos seus membros. Quando um grupo conservador americano de esco-
teiros foi arrastado, aos tribunais, para dar explicações, sobre sua discriminação
contra gays, imediatamente os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias, expressaram as primeiras preocupações. Ameaçaram imediatamente
retirar as doações para o exterior. Os católicos romanos e outras denominações reli-
giosas seguiram o exemplo dos Mórmons.
Da mesma forma, o aborto nunca foi um problema na ala dos Santos dos Úl-
timos Dias. Nunca encontraremos Mórmons com tendências pró-vida e outros com
tendências pró-escolha discutindo sobre quem tem razão. Vale para todos os Mór-
mons o que o profeta tem falado a respeito do aborto. Mesmo quando as igrejas tra-
dicionais permanecem em silêncio em áreas polêmicas, como a coabitação ou união
estável, os Santos dos Últimos Dias criticam imediatamente a prática. Aplicam logo o
pretexto da sua Lei da Castidade. Acreditem ou não, os Mórmons também elabora-
ram um plano“revelado por Deus” de 10 pontos para derrotar a famosa masturbação
entre os seus jovens.
Da mesma forma, a palavra “democracia” é um conceito atrasado para o
mormonismo. Isso irá desgastar os bens da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, e ao final, ainda assim, essa palavra será impraticável.
A igreja exige um produto homogêneo que pode ser duplicado rapidamente.
Por isso, os líderes Mórmons agem com cautela em suas discussões liberais que
podem fragmentar as suas políticas. Não é à toa que as mulheres Mórmons andam
com aqueles vestidos e saiões da época de Brigham Young em pleno século XXI.
Tudo, desde os manuais gerais, até os direitos de uso de instrumentos musicais,
seus usos só são permitidos, após a liberação vinda diretamente de Salt Lake City.
No mundo da religião, a autocracia é lenta, as mudanças demoram a apare-
cer. Por outro lado, a democracia funciona sem que haja consenso entre a liderança.
As mudanças também não são visíveis em curto prazo.

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Parece que, enquanto o mundo avança em tecnologia e conhecimento, no
campo da religião, a tendência é ficar para traz aos poucos. Quando despertarem e
quiserem acompanhar, para muitas denominações religiosas, poderá ser tarde de-
mais.
22

DEPOIMENTO E TESTEMUNHO!

Caro Antonio!

Gostaria que publicasse mais essa horrível experiência, se quiser me chamar
de burra não acho ruim. Na verdade creio que fui mesmo!
Essa experiência que tive na igreja Mórmon foi a mais desastrosa e a que
mais me marcou durante todos esses anos. Quero dizer que venho de uma família
pobre e falo que sempre pertenci a classe C. Nunca tive muito apesar dos meus pais
procurarem dar o melhor prá nós, nenhum de meus familiares se uniu à seita Mór-
mon. Sendo eu, a única a me filiar.
Na época, eu trabalhava com a primária e tínhamos uma Presidente que era
muito querida por todos. Não sei o motivo, mas parece que quanto mais falsa a pes-
soa é, mais as pessoas gostam. Só para ter uma idéia, naquela época, a Secretária
da primária estava tendo problemas conjugais sérios e já estava à beira de um di-
vórcio. E é óbvio que numa situação como essa, a Secretária necessitava de aten-
ção e carinho. Na frente da Secretária, essa Presidente (que era solteirona) a abra-
çava, falava palavras lindas, mas metia-lhe o pau pelas costas. Um dia, no domingo,
cheguei cansada (porque ia de ônibus prá capela) e essa Presidente xingando a Se-
cretária de tudo quanto era nome, simplesmente porque a Secretária não pintou os
cartõezinhos (aqueles cartões ridículos do tipo: “você cantou muito bem na Primária
hoje”, “estamos orgulhosos de você”), do jeito que ela queria. Olhava para os car-
tões com desprezo e dizia: “Olha que porcaria! Gasta papel, canetinha, cola colorida
e não faz uma coisa bem feita”. Aquilo tudo já estava me cansando, eu disse: “E
porque você não fala isso a ela?” Parece que essa líder estava muito preocupada
com as dificuldades conjugais que a colega estava passando. E quem passa por
problemas dessa natureza, com filhos envolvidos, tem cabeça prá ta pintando papei-
zinhos no dia de semana, que logo vão parar no lixo???
Meu objetivo não e falar dos problemas que vi, mas pelos que passei e mos-
trar a vocês como o mormonismo cega as pessoas. Como já disse no início, eu era
pobre e na época comecei a fazer faculdade. Vocês devem imaginar o quão difícil
prá mim foi pagar um curso superior (na época não existia ProUni). Eu tinha que se-
parar dinheiro prá condução, lanche, livros, Xerox, etc.
Foi no Dia das Crianças, no mês de outubro, que essa Presidente teve a ge-
nial idéia de fazer uma festinha na Capela. Prá isso, ela induziu não só a liderança

22
Referencias para a elaboração do texto:
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/

98

da Primária, como todos os professores a contribuir com a festa. Era necessário que
cada um doasse doces prá então comemoração. Ela não só induziu. Como nos ma-
nipulou prá comprarmos desses doces. Ela foi comigo num Atacadão e me olhando
feio, me fez eu comprar uma caixa grande de paçoquinha e outra de pirulito. Prá
quem tava numa situação econômica como a minha, vocês devem imaginar o sacri-
fício que eu fiz prá comprar esses doces.
A festinha seria num sábado às 3 da tarde. Ela nos “ordenou” que estivésse-
mos na capela às nove. Vocês podem pensar como alguém que diz ser servo de
Deus tem coragem de fazer algo do tipo. Digo a vocês que tem, e muito! E se pegar
alguém cegado pela doutrina, a manipulação é certa!
Continuando com a história, minha Irmã, como não era da igreja pediu prá eu
levar os filhos dela na festinha. Ela não havia planejado nada para as crianças e
achou que uma tarde na igreja Mórmon ajudaria as crianças a se divertirem.
Acordei no sábado cedo e esperei minha irmã trazer as crianças prá mim.
Como ela se atrasou cheguei à capela as 11 e não as 9 como a “chefe” havia orde-
nado. Vocês precisam ver a cara que a Presidente me olhou, era como se eu fosse
uma funcionária qualquer da empresa dela. Mal falou com meus sobrinhos (o que
doeu muito). Enquanto ela e as outras cuidavam da decoração, eu fui obrigada a
limpar a sala da Primária. Tirar o pó de tudo. Passar pano no chão, colocar as ca-
deiras no lugar… Quando deu uma hora da tarde, minha sobrinha reclamou que tava
com fome. Ela ouviu minha sobrinha reclamar e já olhou feio, me impedindo de sair
comprar um lanche prá eles.
As três, as crianças começaram a chegar (claro que a maioria foi prá comer),
encontraram uma sacramental toda decorada, com palhacinhos, circo, barracas,
mas não havia comida. A comida que eram algumas salsichas com pão prá hot dog,
simplesmente foi esquecida de comprar pelo bispado que havia prometido.
Às 5 da tarde, as crianças depois de tanto pular e brincar estavam amarelas
de fome. Às seis, a comida chegou. Lembrando que ainda era preciso esquentar as
salsichas. Quando finalmente consegui fazer um lanche para os meus sobrinhos,
eles já estavam com a barriga doendo de fome. Os lanches foram escassos e logo
desapareceram no meio de tantos adultos e crianças.
Já era quase nove da noite quando finalmente consegui me livrar daquele in-
ferno e chegar ao centro da cidade. Ofereci pastel para os meus sobrinhos. Minha
sobrinha, que na época, ainda era criança teve mais consciência que a Presidente.
Ela disse que não precisava, que “tava bem”. Eu disse a ela que a titia tinha dinheiro
e podia comprar os pastéis. A fome do meu sobrinho era tão grande, que ele, com
apenas cinco aninhos comeu três pastéis de uma vez. Depois veio sujinho, cansado,
deitado nos meus braços no ônibus. Minha sobrinha como já era um pouco maiorzi-
nha, me olhava indiferente. Ela sabia que aquele tinha sido o pior dia das crianças
da vida dela.
Todas essas experiências ruins me fizeram pedir desobrigação do cargo dias
depois. Mas não serviram para eu abrir meus olhos, quanto a falsidade do mormo-
nismo. É um tipo de coisa que pode levar anos, talvez uma vida inteira prá pessoa

99

se reerguer e aceitar a verdade dos fatos. Tenho certeza que uma pessoa “despro-
vida do espírito” não aceitaria nada do que eu aceitei, mas isso varia de pessoa prá
pessoa. No meu caso, eu estava disposta a qualquer sacrifício em nome da igreja.
Nunca deixei de pagar o dizimo, mesmo sabendo que talvez não tivesse dinheiro prá
ir à faculdade. Foram necessários muitos casos como esse, da inexperiência e ima-
turidade de muitas pessoas que por “revelação” colocam como líderes, para eu abrir
os olhos.
Trabalhei um tempo em uma empresa chamada N. L., vivia enganando pes-
soas dizendo que os produtos eram bons. Que aquele que entrasse prá empresa
ganharia muito dinheiro. Prestava meu testemunho que o negócio valia à pena.
Sempre comparei esse tipo de empresa com a empresa Mórmon. Você faz contatos,
promove o mundo e o fundo, diz que a pessoa será rica e no fundo, quem realmente
é rico é o dono da empresa. Uma vez que sempre tem trouxas enganadas com a
propaganda enganosa. A diferença entre essas empresas é que a primeira você po-
de ganhar alguns centavos em reais. Para aqueles que têm sorte de formar uma
grande equipe até mais que isso. Já a segunda, você perde tudo, no meu caso, até
a moral, porque aceitar ser manipulado por uma líder que não é sua chefa, não é
sua mãe, não é nada, é perder tudo mesmo.
Esse é o tipo de cegueira que vemos na igreja e isso não é tudo. Têm pesso-
as que são capazes de dar casa, carro, grande quantidade em dinheiro como já foi
feito no passado, tudo em nome da “obra de Deus.” Quero deixar claro, que não
guardo magoa dessa Presidente. A raiva que tenho e de mim mesma. Como pude
me humilhar e perder a postura por tantos anos? Como necessitei de óculos prá en-
xergar melhor e na época, não tive? Tudo que deixo é verdadeiro! Para aqueles
Mórmons que querem contestar, que o façam. Mas ninguém pode negar a existência
de lideres despreparados, da falta de amor e consideração com o próximo. Coisas
essenciais é que encontramos na igreja. Para quem muito fala de testemunho, esse
é o meu e que sirva de exemplo para muitas pessoas.
23


DEPOIMENTO!
Caro Antonio!

Meu nome é (++++++) e sou mais uma leitora do seu blog. Estou amando ter
a certeza do que eu já desconfiava. Moro em Utah há 4 anos e sou casada com um
americano. Durante esse tempo descobri muitas coisas e estou compartilhando isso
em seu blog. Por favor, aceite meus comentários. As postagens estão em anônimo
porque não consegui postar com minha conta do Google. Em momento algum tenho
vergonha ou medo de esconder meus sentimentos e tudo àquilo que já vi nessa igre-
ja. Tenho 11 anos de membro e 4 vivendo em Utah. Poste mais coisas porque isso e
para o bem daqueles que querem contestar. Não vejo pecado algum, nem quando a

23
(A pedido da autora deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, so-
mente se ela mesma me autorizar. Tenho recebido dela, algumas outras histórias, que compartilharei
aqui a seu pedido).

100

igreja diz que devemos evitar esse tipo de “pensamento apostata”. Ao contrario de
você confio e acredito MUITO em Deus e sei que há uma forca, uma energia que
nos rege, mas infelizmente essa força superior não se encontra na igreja Mórmon.
Uma igreja que visa lucros e números, certamente não é a religião que Deus propõe
ao homem. Não pelo menos, quanto à Bíblia Sagrada. Tenho muito ainda a falar,
mas deixo para outro momento. Quero contar minhas experiências vividas nos EUA,
dentro dessa igreja e os 7 anos vividos no Brasil, quando naquela época me entre-
guei de corpo e alma à "causa do evangelho". Espero que você tenha acesso às mi-
nhas palavras e publique (aceite) em seu Blog. Depois de descobrir a verdade acer-
ca dessa igreja e de ler todos os posts do seu blog e o da "Investigadora" só tive
mais certeza dessa seita, a verdade que isso é pior que cocaína.
Meu marido, apesar de ter nascido na igreja, não é um Mórmon tão fiel, mas
vá discutir com ele a veracidade da igreja prá ver o que acontece... Eles são num
total de seis, sendo apenas dois deles fiéis na igreja, a contar, meu marido e a irmã
dele, que pasme (tem 12 filhos)! O pai era um fiel convicto, mas é falecido. A mãe
dele mora longe e de vez em quando a visitamos. Um dia perguntei se ela ia prá
igreja. Ela, muito secamente, me disse que não, que não gostava do tratamento que
era dado a ela. Deixa eu te falar do meu marido.
Já briguei com ele diversas vezes por que ele simplesmente "esquecia" de
pagar o dízimo e ofertas. Quando ficava doente ou indisposta ele arrumava a mes-
ma desculpa prá não ir à igreja. Eu como todos nós fomos um dia, era ciente que
Deus iria me castigar se deixasse de cumprir um só convênio, uma só obrigação. O
único cargo mais alto que recebi foi de 1ª conselheira das moças, isso é uma longa
historia que iria render páginas e páginas. Resumidamente! Fui ignorada, não só
pelas moças, como pela presidente e toda a organização. Eu nunca era avisada de
nada e as atividades canceladas. Eu acabava indo debaixo de frio, de neve e em
plena época digital a presidente (A.) não fazia a menor questão de me avisar atra-
vés de um simples text message.
Num dia era planejamento anual da presidência das moças. Só tava eu e a A.
Pois bem, o planejamento ocorreu em uma das salas de aula da igreja. Você sabe
que todas as cadeiras são dobráveis, fui desdobrando enquanto fazia um circulo pa-
ra as meninas sentar. Quando terminei meu exaustivo trabalho, a presidente orde-
nou que as meninas sentassem no chão, desvalorizando assim meu trabalho em
desempilhar as cadeiras e organizá-las em circulo. Depois de uma oração curta e
decorada, o planejamento deu início e mais uma vez eu sendo ignorada. Calmamen-
te, me levantei e bati a porta. Fui embora num frio abaixo de 18 graus negativos. A
partir daquele dia comecei a colocar em duvida a veracidade dessa igreja. Antes
pensava que os americanos eram assim mesmo e que Deus, de uma forma iria cas-
tigá-los. Hoje vejo uma seita racista, onde apenas brancos de olhos azuis tem direi-
tos. Dói-me ver imigrantes, que muitas vezes, não sabem falar inglês sendo humi-
lhados por eles. Uma amiga me perguntou, por que não falei do acontecido com o
bispo quando pedi minha desobrigação. Do que isso adiantaria? Eu sairia como a
malvada. Afinal, é o povo dele e o país dele e eu seria só mais uma intrusa. Só sabe

101

da frieza desse povo quem vive aqui. Mesmo com os olhares indiferentes procuro
mostrar que estou feliz. Eu e meu marido estamos com as classes de CTR e espero
minhas aulas retornarem prá pedir desobrigação e me afastar de vez.
Aqui não é igual no Brasil. Eles não se importam se você vai prá igreja ou
não. Ninguém se importa em saber seu nome. Se você tá doente ou precisando de
ajuda. Agora, se você for um imigrante, com bastante dinheiro, você será amigo ín-
timo até do profeta. Creio que os números e assiduidade dos membros estão na fai-
xa certa, agradam a expectativa da igreja, então não há motivos prá se alarmar na
causa "dos menos privilegiados".
Dói-me abrir meu facebook e ver fotos de jovens se vangloriando, porque re-
tornaram da missão, outros contando os dias prá ir. Queria gritar ao mundo essa
mentira e palhaçada que nos envolveu e nos escravizou por anos.
Ao contrario do que muitos pensam a BYU é 100% paga. Tinha duas amigas
mexicanas que foram impedidas de fazer a prova (avaliação final), porque estavam
com a mensalidade em atraso, isso na frente dos demais estudantes. As duas se
revoltaram e fizeram transferência para a universidade que estudo a UVU (Utah Val-
ley University). Agora elas pagam quando e como podem, sem passar pela vergo-
nha de serem cobradas perante os outros.
Quem recebe bolsa na BYU geralmente são os filhos dos grandes, como pre-
sidentes de estaca. Filhos, sobrinhos e netos da primeira presidência, não só ga-
nham bolsa como saem de lá com emprego garantido.
Os pobres do Brasil sonham com Utah e a possibilidade de concluir seus es-
tudos numa universidade "conceituada" como a BYU. Morro de pena dessas almas
inocentes. São pobres que nem banheiro decente tem na casa, sonhando em des-
bravar a terra imaginária dos Mórmons. Não consigo dizer a meu marido que não
creio em mais nada. Só espero que esse afastamento se dê de forma natural. Não
quero criar meu filho pensando em números, deixando de lado os menos afortuna-
dos. Não quero criá-lo orgulhoso de seus feitos como a maioria dos Mórmons é. Te-
nho vergonha de assumir prá meus pais (que nunca foram com a cara dos Mór-
mons e nunca aceitaram eles na minha casa), que essa é a pior seita da face da ter-
ra.
É muito erro! Poucas obras e muita, MUITA riqueza material prá ser conside-
rada a igreja de Cristo. Enquanto os grandes gozam dos bens adquiridos através
dos dizimistas, os membros da classe menos privilegiada perecem sem ajuda.
Em relação ao dízimo, desde que me conheço por Mórmon, a igreja nunca te-
ve dinheiro prá bancar uma atividade. Quando morava no Brasil tirava dinheiro do
próprio bolso prá bancar as atividades e guloseimas da primária, assim como xerox,
materiais de papelaria, etc.
Aqui nos EUA embora a igreja seja MUITO RICA, ainda assim, em muitas ati-
vidades, somos nós que temos que levar um prato de doce ou salgado. A soc.soc é
dividida por panelinhas e as imigrantes sempre ficam de fora, as “gringas” veem,
mas fingem que não. Às vezes, tento levar na esportiva, mas acabo me descontro-
lando, ficando frustrada com tamanho do cinismo delas. É por isso, que muitos viram

102

ateus, porque onde está Deus numa hora dessas? E pior é que tão maltratando, tão
pisando nos outros, mas continuam progredindo.
Tenho muito a te contar. Tem a historia do L., um descendente de índio ame-
ricano que serviu na segunda guerra mundial. Um homem de grande coração e al-
ma pura. Tenho a historia da C., uma enfermeira mãe solteira que insiste em odiar e
amar os Mórmons ao mesmo tempo. Tem da família da P., o sofrimento da L. Temos
brasileiros famosos pelos “arranca-rabo” e a vontade de se sacrificar, nem que esse
sacrifício seja divorciar-se do marido e casar com americano só prá obter o Green
card. Muitas histórias envolvendo racismo, dor e desilusão. Aos poucos vou contan-
do tudo prá você.

Abraços!
24


DIZIMOS X AJUDA AOS NECESS ITADOS!

Encontrei a seguinte pergunta na internet recentemente: “Como pode um
Mórmon pagar o dízimo?” Uma das respostas para esta pergunta foi:

“Muitos deles não têm dinheiro para pagar o dízimo. Meus pais, por exemplo,
não podiam pagar o dízimo. Mas eles o fizeram e, como resultado, a família toda
sofreu.
Lembro-me bem quando um intrometido e arrogante bispo Mórmon exigiu
uma entrevista com meus pais. Lembro-me que aparentemente, ele estava muito
“preocupado” porque achava que meus pais não estavam pagando um dízimo inte-
gral. Um valor normal para salários normais, o valor que meus pais pagavam era
considerado pelo bispo Mórmon tão pequeno, mas mesmo assim, era integral e
meus pais fizeram suas doações mensalmente, de forma consecutiva. Entretanto,
estávamos passando dificuldades. Por isso fomos até o bispo, como uma espécie de
pedido de socorro às ovelhas necessitadas.
Quando minha mãe lhe mostrou sua lista de compras com cada item que era
cuidadosamente calculado. Isso era algo que ela sempre fez, pois tinha que contro-
lar o miserável salário de meu pai. Morávamos num lugar do interior da Grã-
Bretanha. Estávamos numa área rural, onde os salários eram ridiculamente baixos.
O bispo Mórmon ficou chocado, porque a nossa família tinha uma quantidade tão
pequena de dinheiro para comprarmos nossa comida.
Ele se mostrava chocado com nossa situação. Estava pasmado, mas não o
suficiente para oferecer qualquer ajuda financeira aos meus pais. Ele então disse
aos meus pais: “O Programa de Bem-Estar da Igreja não opera na Grã-Bretanha. E
ofertas de jejum são para as pessoas pobres.”

24
(A pedido da autora deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, so-
mente se ela mesma me autorizar, pois tenho recebido dela, algumas outras histórias, que comparti-
lharei aqui a seu pedido).

103

Esse bispo, ironicamente, não conseguia perceber os fatos. Não sabia distin-
guir entre os fatos apresentados por meus pais como escassez de dinheiro para nos
alimentarmos e o que era realmente pobreza. Ele sabia dos rendimentos da nossa
família. Éramos extremamente pobres. Mas o bispo achava que não éramos. Disse
que não estávamos qualificados para recebermos ajuda da Igreja Mórmon. Então ele
se recusou a oferecer qualquer tipo de ajuda para meus pais.
Incoerentemente, cansei de escutar na Igreja: Pague o dízimo! E se precisa-
res de ajuda, procure o bispo. Que bela mentira. Sou testemunha dessa mentira.
Apesar de não termos praticamente nada para comermos, mesmo assim, fomos en-
corajados a pagar mais dízimo e ofertas para a Igreja Mórmon.”

Ironia no seu melhor estilo! Os pobres não recebem ajuda porque não são
considerados pobres, apesar de serem pobres. O bispo é cego e não serve para ser
pastor de nenhuma ovelha. Não sabe quem está necessitado. Como confiar no
mormonismo e em seus líderes?
E as familias daquela unidade? Onde está a irmandade? Quem entre elas tem
mais recursos e pode mais, porque não ajuda quem precisa? É lindo ir na igreja e
chorar no púlpito. Religião se vive na prática, não na teoria. O mormonismo é pura-
mente uma organização capitalista. Só visa lucro monetário! Tudo gira em torno do
dinheiro.
Recentemente falei com um rapaz que mora na cidade de João Pessoa, na
Paraíba via MSN. Ele me falou que está cansado de presenciar tantas idiotices no
mormonismo. Ele falou numa reunião do sacerdócio da Ala dele, na igreja Mórmon
que fez doações para o programa “Criança Esperança”. Ele me disse que vários
membros que estavam presentes naquele momento, quase pularam nele por seu ato
altruísta. Disseram-lhe: “Seria melhor se você doasse para o fundo de ofertas de
Jejum da Igreja”. Pergunto-lhes: Baseado no que temos presenciado e visto no
mormonismo. Será que seria mesmo?

DOZE PASSOS PARA A RECUPERAÇÃO DO MORMONISMO!

Milhares de pessoas que sofrem com a devastação do alcoolismo foram aju-
dados pelo programa de “Doze Passos”. Desenvolvido pelos Alcoólicos Anônimos.
Também existem muitos outros programas para a recuperação de dependentes de
drogas. Pessoas que tiveram problemas com “comida em excesso” e outros compor-
tamentos de dependências ou vícios, se adaptaram perfeitamente ao programa de
“Doze Passos” dos Alcoólicos Anônimos.
Aquelas pessoas que recentemente deixaram o mormonismo, geralmente es-
tão tendo problemas semelhantes de recuperação. Antes que possam ter uma reca-
ída, apresento-lhes uma adaptação do programa de “Doze Passos” para ajudar os
Ex-Mórmons na recuperação de mormonismo. Assimilem esses passos e coloquem
em prática imediatamente. Isso lhes ajudará a retomarem o controle de suas vidas.

104

1. Admito ser impotente para mudar o fato de ter sido Mórmon por boa par-
te da minha vida. Seja porque eu nasci Mórmon, por ter pais Mórmons, ou porque eu
voluntariamente me converti ao mormonismo;

2. Percebo claramente, que tenho dentro de mim o poder de libertar-me da
parte sombria do meu prejudicial passado Mórmon (com ou sem a ajuda de um po-
der superior, se é que eu acredite que possa haver um), e que eu não sou mais
obrigado a fazer promessas ou convênios que os líderes Mórmons me induziram a
fazer no passado, com base em falsas promessas do mormonismo.

3. Faço a mim mesmo, solenemente, uma promessa firme e convicta, de no
futuro, somente ouvir a voz da razão. A racionalidade e as evidências de fatos serão
decisivas nas minhas tomadas de decisões, sobre como deverei viver e conduzir
minha vida, rejeitando todos os apelos emocionais, inclusive os de culpa, indução de
ameaças, mitos, histórias bonitas, promessas de castelos ou de seres suspensos no
ar e superstições.

4. Faço uma busca no meu inventário moral e intelectual, sem medo de
mim mesmo, com o objetivo de reconhecer em mim, os pontos fracos que me induzi-
ram a permanecer no mormonismo por tanto tempo.
5. Escreverei detalhadamente para me dar plena confiança no futuro, as
razões específicas que me levaram a permanecer muitos anos no mormonismo. Is-
so, com o objetivo de me dar autoconfiança e não mais me deixar errar em situações
semelhantes.

6. Tomo a decisão de fazer o que é certo, aceitar quaisquer consequências
que me levem a reconhecer a verdade e a racionalidade. Decido viver, de agora em
diante, em conformidade com esses preceitos.

7. Começarei a trabalhar imediatamente com cada um dos meus problemas
mentais, corporais e espirituais (caso eu acredite em tal coisa) herdados da intrínse-
ca relação com o mormonismo.

8. Farei uma lista das pessoas que julgo ser importantes, para que saibam
da minha decisão e das mudanças que estou fazendo na minha vida. Quero me pre-
parar para discutir emocionalmente e mais importante que isso, discutir racionalmen-
te, essa minha decisão com todos eles. Entendo que muitas delas podem reagir com
raiva, agressividade, explosões, ou outras coisas desagradáveis.

9. Discutirei a minha decisão com elas(exceto nos casos que eu acredito
que possa machucar ou criar danos a elas. Então não discutirei) de uma maneira
calma, amigável e amorosa, sem rebater seus argumentos.

105

10. Continuarei a fazer um inventário pessoal em meu lar. Onde eu encon-
trar artefatos, livros, revistas, filmes do mormonismo, considerarei cuidadosamente,
se essas coisas podem fazer parte de minha vida ou se devo descartá-las.

11. Buscarei a verdade onde quer que eu possa encontrá-la, seja religiosa
ou secular.

12. Tendo tido um despertar de renovação, como resultado destes passos,
tentarei ser útil para recuperar outras pessoas ou ajudá-las a repugnar o mormonis-
mo. Usarei todas as minhas forças para isso, escrevendo, falando ou demonstrando
o que é o mormonismo por experiências adquiridas.
25


DUAS CATEGORIAS D E MÓRMONS CONVICTOS!

Existe uma comunidade na internet chamada “Ex-Mórmons Brasil”. Vascu-
lhando os tópicos que já foram discutidos no passado, encontrei um do ano de 2007.
Era de uma mulher, ex-membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. A autora colocou exatamente o título acima: “Duas categorias de Mórmons
convictos”!
Neste artigo vou usar as mesmas palavras dela:

“Nos últimos tempos, ao refletir sobre os inúmeros absurdos e disparates fla-
grantes das doutrinas e práticas SUDs, sobre seus inadmissíveis desmandos, seu
passado negro, sua manipulação infame, sua extorsão descarada e tantos outros
abusos, cheguei à seguinte conclusão: Para ser um Mórmon convicto, só há duas
opções: ser muito INGENUO ou ser muito DESONESTO. Atenção! Nem estou en-
trando no terreno pantanoso dos que são Mórmons por tradição familiar, mas que
nem levam a religião a serio e estão lá por mero comodismo, sem cumprir tudo à
risca. Estou falando dos Mórmons CONVICTOS e que acreditam e seguem mesmo.
Não vejo outras explicações. Os absurdos saltam tanto aos olhos que só
uma profunda ingenuidade seria capaz de ignorá-los. (Ligada a um for-
te misticismo e obscurantismo e a vontade incontrolável de crer em algo, seja o que
for.)
Ou então, no segundo caso, trata-se de um oportunismo a toda a prova: eles
no fundo sabem que tudo é uma farsa, mas porinteresses vários fingem acreditar
(mentem até para si mesmos) e JAMAIS darão o braço a torcer. (Uma mistura ex-
plosiva de cinismo, orgulho, maquiavelismo, covardia e desonestidade.)

Duas coisas

25
Adaptado por Antonio Carlos Popinhaki a partir dos 12 passos de Matt B e Packham R i-
chard, http://www.exmormonfoundation.org/12step.html
Também disponível em:http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/
Site da Imagem: http://adiseasecalledaddiction.blogspot.com/2009_11_01_archive.html

106


Primeira: Deixei bem claro que estou falando apenas de Mórmons CONVICTOS eo-
bedientes. (Não de certos “SUDsinhos do pau oco” que violam descaradamente os
mandamentos dos "profetas", inclusive o de "permanecer em lugares santos", "dar a
outra face", jamais ofender alguém (nem por brincadeira), jamais fofocar, jamais ca-
luniar, jamais usar palavras de baixo calão etc.

Segunda: Assumo que durante os muitos anos que passei na Igreja, fui mes-
mo MUITO ingênua e tonta. (Assim como boa parte da minha família, que continua
profundamente ingênua, mística e manipulável).Mas felizmente, um dia despertei do
transe, e arazão falou mais alto e prevaleceu sobre a emoção, a subjetividade e en-
ganação. Quando vi a luz da realidade, saltei fora.
Pena que nem só de ingênuos vive a Igreja Mórmon... O que não faltam são
osdesonestos e cínicos, que JAMAIS admitirão que o rei esteja nu - afinal, o engodo
lhes convém. (Começando pelo primeiro escalão da organização, que tem só a ga-
nhar com a manutenção da farsa. E não estou falando só de dinheiro...)
A verdade incomoda e dói, e os Mórmons ficam mordidos. Chega a ser patéti-
co. E como sempre, “faltam os argumentos, mas sobram ataques pessoais”.

Este é um assunto muito importante no meu entendimento. Porque será que
as pessoas permanecem aparentemente convictas na Igreja, depois de anos? Cer-
tamente não é porque elas têm um testemunho da Igreja. Pois quase todos os Ex-
Mórmons são pessoas que se afastaram depois de anos de atividade. Qualquer
pessoa sensata, q eu realmente queira testar o mormonismo à luz da racionalidade,
acaba saindo fora. Abandona o mormonismo sem ter encontrado base de apoio para
sua doutrina.
Ousarei em ir mais alem do que a autora do texto acima. Acredito em duas
hipóteses. As duas, infelizmente, não são de minha autoria. Uma é de um ex-
missionário que abandonou a missão, conforme já coloquei sua história nesse blog:
Ele disse que as pessoas que permanecem por muito tempo na Igreja, mesmo os
líderes da Igreja ou outros não remunerados, são as mais alienadas do que nós Ex-
Mórmons.
A outra hipótese foi da própria autora do texto acima: “trata-se de
um oportunismoa toda a prova: eles no fundo sabem que tudo é uma farsa, mas
por interesses vários fingem acreditar (mentem até para si mesmos) e JAMAIS darão
o braço a torcer. (Uma mistura explosiva de cinismo, orgulho, maquiavelismo, covar-
dia e desonestidade.)”
Por essa razão, os coordenadores do SEI, setentas, Presidentes de Missão,
não entram nos debates sobre a doutrina Mórmon. Não se expõem publicamente.
Muitos deles, já devem ter percebido a fraude em que estão inseridos. Sua esfera de
atuação é somente dentro do perímetro de atuação das reuniões com os membros.
Se algum deles se envolver em qualquer debate, poderá acontecer duas coisas. Ele
poderá ser demitido do corpo de funcionários do SEI, perder a moleza de ganhar um

107

polpudo salário mensal de regalias. Ou passar pelo ridículo de encontrar alguém que
use a racionalidade e rebata com argumentos a doutrina em discussão. Ele poderá
ser exposto na mídia e passar pelo ridículo de não poder provar nada. Tal como al-
guns vídeos já expostos na internet do “Apóstolo” Ballard e do ex-presidente da Igre-
ja, Gordon B. Hinckley. O primeiro disse que não há provas físicas de que o Livro de
Mórmon seja verdadeiro. O segundo, disse que não sabe por que houve racismo na
Igreja até 1978.

E-MAIL DE UM MEMBRO SUD!

Abaixo transcrevo um e-mail proveniente de um provável membro da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Certamente, o autor está bastante trans-
tornado com o conteúdo do blog. Ele diz que num determinado momento foi “católi-
co”. Não acredita mais na figura do Papa, como representante da divindade aqui na
terra. Entretanto! Acredita no atual presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, como “profeta”. Acha que se eu escrever uma carta a esse líder
Mórmon, ele poderá tirar meu nome do “Livro da Vida”.
O autor acha isso, porque no seu entendimento, eu e mais alguns Ex-
Mórmons, estamos muito insatisfeitos com o mormonismo. Segundo ele, para nos
livrarmos de vez deste mal, se escrevermos uma carta ao seu líder Mórmon, ele po-
derá aliviar nossa carga. Ou nos encaminhar de vez ao inferno.
Talvez o pretenso “profeta” escolhesse um lugar para irmos depois dessa vi-
da. Talvez pudéssemos ir diretamente ao inferno Mórmon, as “trevas exteriores”. Às
vezes penso! Será que no inferno Mórmon, não seria melhor para vivermos do que
no céu Mórmon? Será que o céu Mórmon é parecido com o convívio e a maneira de
ser dos membros atuais do mormonismo terreno? Não alterei nada, não corrigi ne-
nhuma vírgula. Vamos ao conteúdo na íntegra!

ola, Antonio, tudo bem ???

não sei porque vc que diz não acreditar em nenhuma religião, resolveu criti-
car, perseguir unica e exclusivamente o mormonismo !!! isto me soa estranho !!! qual
o seu interesse, já que vc colocou duvidas até sobre jesus cristo ???
vc pode e explicar ??
outra coisa !!! a quem vc quer se justuficar dizendo que não foi excumungado
???
ORA !!! SE PARA VC A IGREJA ( que vc fez parte durante 18 anos ) É FAL-
SA, O PROFETA QUE FUNDOU ESTA IGREJA É UM MONSTRO, FALSO, ME N-
TIROSO, CARRASCO, ETC, ETC !!!!! SEGUNDO VC AFIRMA DIVERSAS VEZES
!!! NADA DO QUE VIER DESTA IGREJA OU DE SEUS LIDERES TEM NENHUM
SIGNIFICADO OU VALIDADE, NEM AQUI NA TERRA NEM NOS CEUS, NÃO É
MESMO ???

108

ENTÃO, PORQUE VC E TODOS OS DISCIPULOS NÃO ESCREVEM E S O-
LICITA ( por escrito ) PARA O PROFETA THOMAS S. MONSON, ( que segundo vc
que não tem autoridade nenhuma ) PARA O MESMO RISCAR O SEU NOME DO
LIVRO DA VIDA PARA TODO O SEMPRE HEM ???
PARA SUA PALAVR A TER MAIS CREDIBILIDAE VC DEVERÁ COLOCAR
ESTAS SOLICITAÇÕES NO SEU BLOG, ASSIM COMO VC E SEUS DISCIPULOS
TEM FEITO COM OUTRAS DOCUMENTOS ( bençãos patriaracais, relatóris de e l-
deres, etc ).

EU VOU TE DIZER UMA COISA !!! EU FUI CATÓLICO DURANTE 35
ANOS, SE POR ACASO O PAPA QUISESSE COLOCAR A MÃO SOBRE MINHA
CABEÇA PARA TIRAR O MEU NOME DO LIVRO DA VIDA, EU DEIXARIA, SABE
PORQUE ??? PORQUE PARA MIMI NADA O QUE ELE FAZ AQUI NA TERRA É
RECONHECIDO NOS CEUS.
POREM ISTO É PARA MIM !!! NÃO PARA OS MAIS DE UM BILHÃO DE CA-
TÓLICOS.

VC SABE QUE JESUS CRISTO DISSE AO SEU APOSTOLO QUE O QUE
SELASSE AQUI NA TERRA SERIA SELADO NOS CEUS E O QUE DESLIGASSE
AQUI TERRA SERIA DESLIGADO NOS CEUS !!!
PARA MIM O PROFETA MONSON OU A QUEM ENVIAR, TEM ESTA A U-
TORIDADE, ENTRETANTO PARA VC E SEUS DISCIPULOS ISTO É PURO DEL I-
RIO !!! ???
NÃO É ???????
ENTÃO SOLICITE PARA O PROFETA DESLIGAR O SEU NOME E COL O-
QUE ESTE COMENTARIO NO SEU BLOG PARA OS SEUS DISCIPULOS TA M-
BEM FAZEREM O MESMO !!!

JÁ QUE VC E SEUS DISCIPULOS ACREDITAM QUE O PROFETA É FAL-
SO, ENTÃO O QUE VC ESTÃO ESPERANDO ????????

COLOQUE ESTE COMENTARIO NO SEU BLOG E ME AVISE QUANDO
ESTIVER !!

ABRAÇOS

Na postagem de ontem, eu já expliquei o que eu acho realmente sobre Jesus
Cristo. Falei do Jesus Cristo que virou um grande negócio, inclusive para o mormo-
nismo. Sim, no próprio nome da Igreja está estampado em letras garrafais, “Jesus
Cristo”. Existem evidencias judaicas de que Jesus Cristo existiu mesmo. Viveu numa
região próxima à Jerusalém. Teve seguidores, formou uma seita, chamada Seita
Dos Nazarenos. Está lá na Bíblia! Mas nada muito, além disso.

109

No século IV d.C. o imperador Constantino estatizou no vasto império roma-
no, o cristianismo. Ele organizou e fundou a Igreja Católica que se espalhou por to-
dos os ermos lugares do império. As escrituras que temos hoje, principalmente o
“Novo Testamento”, foram forjadas em algumas partes e adaptadas, para que pu-
desse atender aos anseios políticos do Império Romano. Grande parte da mudança
foi acertada no “Concilio de Nicéia” Desde então, o nome “Jesus Cristo” rende lucros
a muitas instituições religiosas que usam seu nome. Primeiramente, à Igreja Católi-
ca, depois para todas as demais chamadas igrejascristãs.
Eu coloquei no meu blog que “nunca fui excomungado”, porque tem muitos
membros escrevendo e achando que minha bronca com o mormonismo é justamen-
te, por eu devo ter cometido algum delito e fui logo excomungado. Entretanto, nova-
mente, digo que saí do mormonismo por minha livre e espontânea vontade.
Quanto ao poder de selamento do presidente da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, digo ao ilustre emitente do texto, que para mim, não tem
valor algum. Não creio que ele tenha este poder. Não reconheço seu sacerdócio. Eu
mesmo fui um portador do tal sacerdócio de Melquisedeque. Nunca tive poder para
curar sequer um enfermo no hospital, dizendo-lhe: “Pega tuas roupas e vai para tua
casa. Pelo sacerdócio de Melquisedeque, estás curado”!
Em Doutrina & Convênios diz que somente uma pessoa, poderia ter este po-
der na terra enquanto ela estivesse viva. Se isso fosse verdade, o profeta Mórmon
teria que estar em todos os Templos SUDs espalhados pelos quatro cantos da Terra
ao mesmo tempo. Em cada templo há um selador diferente, agindo 24 horas. Esse
comissionamento de seladores é, no mínimo, ridículo. Tão ridículo, como é toda a
doutrina dos Santos dos Últimos Dias. Cheia de contradições e erros grosseiros.
É fácil criticar sem se expor. Difícil é mostrar a identidade e aparecer. O autor
do texto deve ser um membro Mórmon muito triste.
Quase todos os membros que deixam o mormonismo numa situação igual à
minha, tornam-se geralmente Ateus ou Céticos.
Vejam se tem cabimento eu mandar uma correspondência, para o Senhor Fu-
lano de Tal, pretenso “profeta”, solicitando que meu nome seja removido do tal livro
da Vida? Isso sim seria o cúmulo, eu me sujeitar de forma espiritual ou eclesiástica a
uma pessoa que não reconheço como nada, além de um simples mortal, como eu
mesmo.
26


E-MAIL RECEBIDO!
Olá Senhor Popinhaki!

Moro na região nordeste dos Estados Unidos, no estado de Nova Jersey. Te-
nho parentes nos Estados Unidos e no Brasil. Embora eu nunca tenha me batizado
na Igreja Mórmon, tive várias experiências com familiares e amigas minhas. Assisti
uma única vez a “Reunião Sacramental” da Igreja Mórmon com quatorze anos de

26
Referencias:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Niceia

110

idade. Minha melhor amiga batizada da Igreja Mórmon me convidou para participar e
ouvir um discurso dela. Ela me falou que fora convidada por um bispo para preparar
esse discurso para os demais membros e visitantes. Percebi que tinha alguns jovens
como eu naquela reunião. Todos eram membros da igreja. Não perguntei nada, ex-
ceto que horas a reunião terminaria, pois achei que três horas era muito tempo para
ficarmos ali, naquele domingo de sol. Nessa idade, eu não entendia muitas coisas
também não entendia nada de religião. Quando eu estava com 17 anos comecei a
ter algumas dúvidas sobre o assunto. Quando eu estava no primeiro ano do que vo-
cês chamam de ensino médio, aconteceu algo que merece destaque nessa carta.
Durante o verão, vieram nos visitar alguns parentes que eu nunca tinha conhecido.
Eles moravam no estado de Utah. Descobri que eles eram membros da Igreja Mór-
mon. Num dia, quando voltava para casa depois de um ensaio esportivo, fui aborda-
da por meu tio, que me perguntou se eu queria ir com ele à igreja. Minha intuição me
dizia para não ir, mas quando tentei me esquivar, fui muito pressionada, por meu tio,
meu pai (seu irmão), e seus três filhos que estavam saindo da nossa casa. Resolvi
não ir com eles, mas não foi fácil escapar de suas pressões. Não demorou muitos
dias e uma dupla de mulheres da igreja Mórmon apareceu na minha casa. Começa-
ram a me convidar para as atividades na Igreja Mórmon. Diziam que essas ativida-
des eram exclusivas para meninas da minha idade. Mesmo que fossem, eu não es-
tava interessada. Recordei em minhas memórias do que eu tinha presenciado quan-
do assisti aquela reunião sacramental da igreja Mórmon com a minha melhor amiga
e sensação de desconforto que tive lá. Apesar da minha apatia e demonstração de
desinteresse total pelas coisas que falavam, elas continuaram a vir na minha casa,
não só para trazer o que eu já falara que não estava interessada, mas também que-
riam compartilhar o Livro de Mórmon. Além disso, comecei a receber telefonemas
envolvendo os mesmos temas. Resolvi esse problema depois de falar com minha
mãe. Mas meus sentimentos de amargura em relação ao mormonismo permanece-
ram.
A última gota foi participar de um evento onde outro amigo meu, se tornaria
secretário do seminário. Enquanto eu observava alguns outros rapazes orando em
um círculo, notei que, todos eram do sexo masculino, apesar de eu e minha mãe
estarmos ali. Senti uma dominação masculina naquele ambiente. Aquilo foi lenta-
mente me irritando. Afinal, ninguém da família do meu amigo chegou a participar
daquela atividade. Eu tentei manter-se solidária a ele, mas depois da minha experi-
ência anterior com o mormonismo e a atividade que acabara de testemunhar, era
mais difícil ser otimista.
Estou agora 18 anos de idade, estou indo para a faculdade, com a minha me-
lhor amiga, como minha companheira de quarto. Algumas colegas perguntam para
mim, porque eu não frequento a igreja Mórmon com minha amiga durante a faculda-
de. Uma delas até me deu alguns endereços na internet sobre o mormonismo. Uns
desses endereços me levaram até seu blog. Fiquei espantada por que eu não sabia
nada sobre o mormonismo. Apesar de nunca ter aceitado, não sabia das coisas que

111

você escreveu. Eu queria agradecer-lhe por seu blog. Eu realmente aprecio o que
você está fazendo, especialmente como você se entrega nas suas mensagens.
Peço desculpas por minha longa história envolvendo o mormonismo, apesar
de não ser membro dessa igreja.
Minha melhor amiga tem sido membro da Igreja Mórmon, desde a idade de
doze anos. Seu irmão frequentou durante cerca de um ano ou dois e parou de ir à
igreja. A minha pergunta é como devo compartilhar isso que você escreve em seu
blog com minha amiga em nosso dormitório na faculdade? Devo esperar até que
surja uma oportunidade? Minha melhor amiga significa muito para mim. Somos ami-
gas mesmo, fora a religião que nos separa. Sinceramente, quero apenas o melhor
para ela. Se você for capaz de responder-me com seu conselho, será muito aprecia-
do, mas eu entendo, se eu não receber uma resposta. Desejo-lhe tudo de bom e
sucesso em sua vida!
Anne!

ESCRITOS HISTÓRICOS ANTIGOS...

Os escritos a seguir fazem parte de um “diário” que uma senhora, membro da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias entregou aos meus cuidados,
certa vez, quando já contava com quase 90 anos de idade. Ela morreu tempos de-
pois, num asilo para idosos, na cidade de Curitibanos, não se lembrando de nada,
não conhecendo ninguém e não sabendo nem o que era o mormonismo. Em seus
últimos dias de vida, ela se lembrava dos tempos em que era católica, das músicas
da Igreja católica. Mas aparentemente não sabia do que se tratava a Igreja Mórmon.

“Em janeiro de 1961 foi aberto pela primeira vez o Ramo da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias na Cidade de Curitibanos”

“Em 18 de junho de 1961 eu me batizei. Foi um dia maravilhoso. Fui batizada
pelo Elder Robert D. Lamoreaux”.

“Dia 06 de abril de 1962 fechou o Ramo. Ainda lembro o quanto chorei nesse
dia!”

“Passaram-se 14 anos sem a Igreja aqui em Curitibanos. Durante esse perío-
do, de vez em quando, eu ia assistir às reuniões no Ramo da cidade de Lages”.

“Sou grata aos membros de Lages, que sempre tiravam um tempinho para me
visitar. Finalmente, no dia 26 de fevereiro de 1976 foi reaberto novamente o Ramo
nesta cidade”.

“Os missionários que iniciaram o trabalho de evangelização foram: Elder
Walmir Utrera e Elder José Luiz de Oliveira”.

112


“A pia batismal foi construída nos fundos da minha casa em 22 de junho de
1979. Além do pedreiro contratado, trabalharam na construção alguns missionários.
Existe uma pedra, ao lado da pia, onde estão gravados, no cimento, os nomes dos
Élderes e a data da construção”.

“Participaram na primeira reunião que tivemos quatro pessoas, dois missioná-
rios, eu e um rapaz de nome Alexandre”.

“Até hoje, 08 de julho de 1983 foram batizados 91 pessoas”.

“Em novembro de 1984 foi comprado o terreno para a construção da capela.
De fevereiro de 1976 até 1985 nossas reuniões funcionaram em três locais diferen-
tes, todos em casas alugadas. A próxima mudança será para a nossa capela própria
e será definitiva”.

“Hoje, 15 de outubro de 1985 foi iniciada a construção da nossa capela. Uma
benção muito especial de nosso Pai Celestial que nos encheu a todos de muita ale-
gria”.

“Em 21 de novembro de 1985 fomos ao Templo de São Paulo pela primeira
vez na vida. Foi uma experiência maravilhosa! Jamais esqueceremos”.

O nome dessa senhora era Julieta Pereira Ganz. Morreu há uns 7 anos atrás.
Sem parentes, sem ninguém para cuidar dela nos seus últimos dias. Fora pratica-
mente jogada num asilo por um casal de netos que vivem em Belo Horizonte. Quan-
do ela morreu, não demoraram em venderem o pequeno lote e sua humilde casa e
embolsar alguns trocados herdados pela transação.
Ela se batizou com mais de 50 anos de idade e morreu com 93 anos. Magra e
desnutrida num leito do Asilo de Curitibanos.
O que me chamou a atenção é que apesar de todo o empenho que esta mu-
lher teve em perseverar na Igreja, aparentemente nada adiantou. Os membros não a
ajudaram. A Igreja não a ajudou, por mais que ela fosse nos tempos de outrora, di-
zimista fiel, guardadora dos mandamentos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, pioneira da Igreja na sua cidade. Não adiantou nada para ela. As irmãs
da Sociedade de Socorro tinham verdadeiro pavor de visitá-la no asilo. Inventavam
mil desculpas. Eu mesmo, como bispo, fui poucas vezes visitá-la naquele lugar hor-
rível, gelado e macabro. Se tivesse, talvez, um sinal da liderança eclesiástica que
estava acima de minha posição de Bispo, no sentido de poder ajudar melhor os ve-
lhinhos desamparados da Igreja, talvez poderíamos dar uma melhor condição para
essa mulher. Talvez pudéssemos dar-lhe conforto, remédios e postergar a hora de
sua morte. A Igreja não cuida dos seus. É uma tolice afirmar que há amor, irmanda-

113

de e fraternidade no meio do mormonismo. O que encontrei lá foi egocentrismo ge-
neralizado. Orgulho e inveja generalizada.
Achei que deveria escrever e mostrar essas coisas para que os membros. E
também para as pessoas de diversos lugares. Para que pudessem saber como é
realmente o amor existente no mormonismo.

ESPOSAS ADOLESCENTES DE JOSEPH SMITH JR.!



Muitos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
(Mórmons), ao serem confrontados com provas irrefutáveis, de que Joseph Smith
Jr., se casou com várias garotas adolescentes, respondem que a prática era co-
mum nos anos 1800. Segundo esses mesmos membros, os homens mais velhos, se
casavam com meninas adolescentes nessa época. No entanto, o gráfico exposto
nessa postagem e as informações abaixo parecem contestar isso.

Desde 1890, o Censo dos Estados Unidos da América tem coletado dados
sobre a "Idade Média do Primeiro Casamento". São informações de homens
e mulheres.

Ao estudar as informações demográficas conhecidas, para correlacionar com
a "Idade Média do primeiro casamento", desde 1890, qualquer pessoa pode "olhar
para trás", no tempo, e estimar a idade média do primeiro casamento de forma histó-
rica. O gráfico é uma compilação do Censo dos Estados Unidos da América - Mé-
dia de Idade do Primeiro Casamento, dados desde 1890, bem como pesquisa soci-
al com as estimativas da Idade Média do primeiro casamento antes de 1890.

Em 1840, a Idade Média do Primeiro Casamento para mulheres foi estimada
entre 21 e 22 anos de idade. Em 1950, ou s eja, 110 anos depois,
a Idade Média do Primeiro Casamento caiu para cerca de 20 anos de idade. Em

114

2005, a "Idade Média do primeiro casamento" tinha subido para cerca de 25 anos de
idade.

Entre as esposas de Joseph Smith Jr., menores de idade, encontramos:

 Fanny Alger – 16 anos;
 Sarah Ann Whitney – 17 anos;
 Flora Ann Woodworth – 16 anos;
 Emily Dow Partridge – 19 anos;
 Lucy Walker – 17 anos;
 Sarah Lawrence – 17 anos;
 Maria Lawrence – 19 anos;
 Melissa Lott – 19 anos;
 Nancy Winchester – 14 anos;
 Helen Mar Kimball – 14 anos;

Esse “profeta” Mórmon estava mais para a pedofilia e a marginalidade, do que
para os mais altos exemplos de valores morais e de virtudes. Infelizmente, os líderes
Mórmons atuais defendem esse Joseph Smith Jr. de todas as formas. Escondem
seus crimes, taxando-o de injustiçado. Ele é cultuado e adorado como um semideus
no mundo do mormonismo. É amado e idolatrado. Não tem um único domingo, em
nenhuma reunião da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em ne-
nhuma parte do mundo, que seu nome não seja pronunciado de forma reverente.
Gostaria de ver se ele vivesse em nossa época, como se viraria com as leis atuais.
Certamente seria condenado à prisão perpétua, não só pelos crimes, como pedofilia,
mas também por outros crimes que praticou, estelionato, calotes e roubo de imóveis
de membros ignorantes.
27


ESSE VEIO DE SANTA CATARINA!

Olá Antônio Carlos. Meu nome é Luís Henrique Almeida, tenho 26 anos, sou
de São José – SC.
Desde cedo a família da minha tia, por parte de mãe vem tentando “conven-
cer-me” a me filiar à seita religiosa Mórmon, no entanto, ainda eles continuam com
essa paranoia, de que um dia irão me conduzir para a “luz”. Pelo lado de meus pais,
meus tios não tentam tanto, e nem conversam sobre assuntos de religião, por moti-
vos de várias contendas que já houve entre eles. Irei recitar uma passagem que

27
FONTES:
Gráfico cortesia da http://www.wivesofjosephsmith.org/Age.htm
http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/07/joseph-smith-era-qualificado-para.html
U.S. Census Bureau, Table MS-2, "Estimated Age at First Marriage, by Sex: 1890 to the Present"
Smith, D.S. - 1993. "American Family and Demographic Patterns and the Northwest European Model",
Continuity and Change 8(December):389-415

115

ocorreu comigo quando eu tinha 17 anos. Finalmente eles conseguiram me conven-
cer a visitar o culto deles em um domingo.
Eu sendo preguiçoso, acordei por cutucões para levantar e me arrumar, pois
tinha ido dormir na casa deles. Obviamente, com falta de ânimo fui com eles perder
3 horas de sono com uma coisa que não leva a lugar nenhum. Sim, leva a cegueira
total, de acordo como um amigo de um blog sempre diz. Na aula dos jovens rapa-
zes, o professor era muito mal encarado. O pessoal não era nem um pouco recepti-
vo, eu parecia um ET lá dentro. Fui a fim de ver algo interessante e vi só falarem de
Dízimos, de testemunho (falsos), do famoso calorzinho no peito e etc.
Na hora do principal culto deles, uma bagunça, lembro-me bem de um “irmão”
que estava na porta da capela preenchendo uma papeleta. Lembro que era de pa-
gamentos de dízimos, e quase gritando falava para o bispo e as pessoas que esta-
vam perto, que “ele” pagava o dízimo, só faltava falar o valor.
Tanto que na aula dos jovens, fui ensinado a ser humilde, e falaram daquela
passagem da bíblia da pobre viúva com uma só moeda, e os ricos se achando na
praça... (se me lembro bem). Qual é a moral desses Mórmons? Não faça o que eu
faço, mas faça o que eu digo? Que vergonha!
Começando oculto, aquele dia era um domingo diferente, onde todos os
membros subiam no altar, e se “expressavam”. Sendo bem sincero, vi pessoas cho-
rando ao meu redor, mas eu não entendia. Existiam crianças correndo prá todo lado
durante esse culto “sagrado”, tirando toda concentração possível, pais correndo
atrás para segurá-las, afinal aquelas mulheres chorando pareciam aquelas que são
contratadas para chorarem em velórios.
O bispo, naquele tempo falava, falava e se “expressava tanto que isso é ver-
dadeiro” e blá blá blá... Em nenhum momento me senti tocado com as palavras dele.
Tanto que hoje, o tal bispo se “apostatou” (modo Mórmon de falar) da igreja, e hoje
mora com sua família em Bujaru, perto de Belém do Pará.
Bom, essa situação que passei, não foi o que me fez ter um lado negativo da
igreja, mas ajudou muito tendo isso de primeira vista. O que me intriga foi a persis-
tência deles. Meus parentes são tão chatos, que já enviaram os élderes aqui em ca-
sa milhares de vezes, tanto que nem tenho mais constrangimento em dizer um sim-
ples e duro “Não”. Recebo e-mails, meus primos ficam “enchendo o saco” todo dia
na internet, os homens da ala vem aqui direto e eu só fico enrolando, mesmo porque
eu já disse “não” uma vez, parece que eles esquecem e voltam de novo.
Tenho amigos da igreja também, respeito a decisão deles, mas deixem que
eu siga o meu rumo sozinho, não preciso ter esse “conforto espiritual e financeiro”
que nos “oferecem”.
Os Mórmons tem uma persistência, que não sei da onde vem essa vontade...
Tudo isso que digo não pode ser convincente, mas é a realidade dos Mórmons. Eles
estão apelando a qualquer um. Praticamente forçando-os a se batizarem. E o inte-
ressante é que depois de batizados, os élderes somem do mapa, ninguém da igreja
está nem aí com você, isso falo por experiência própria, pois meu amigo Mórmon
relatou-me uma vez.

116

Acho que eu só terei paz, quando se batizar na igreja deles, pois assim, nin-
guém irá me visitar mais para falar bobeiras...
Tudo isso para mim já basta! Não me importo se para outro isso não é nada
demais, mas ficar 20 anos da vida com esses carrapatos atrás de mim toda hora...

Prezado Luis Henrique!

Achei interessante sua carta e seu relato. Notei que prestaste muita atenção
às práticas e até mesmo, nas palavras utilizadas pelos membros da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Não sei exatamente qual foi o seu objetivo em
divulgar essa sua experiência de vida. Isso tudo foi conseqüência de uma mera visi-
ta à uma capela Mórmon? Juntamente com as investidas dos missionários e seus
parentes para que se batize no mormonismo? Escreveu esse relato apenas para
contribuir com o blog? Ou para desabafar em protesto às constantes investidas dos
missionários? Você está querendo dar um basta e dizendo de uma vez por todas
que não aceitará o mormonismo como sua religião?
De qualquer forma, agradeço-lhe pelo e-mail. Sua história, sendo verdadeira
ou não, não é diferente de muitas, que acontecem em muitos lugares diferentes do
planeta, onde há vestígios do mormonismo.

Antonio Carlos Popinhaki

A EVANGELIZAÇÃO DE CRIANÇAS!

No mormonismo, como em várias seitas, o uso de crianças nas atividades e
reuniões cotidianas, é visto como um método perigoso. Recomendo o livro, Deus,
um Delírio do autor Richard Dawkins. Ele fala desse assunto, entre outros, conside-
rando-o de fundamental importância e cuidado para os pais e educadores.

“Isso, porque o estado psíquico de uma criança ainda é muito imaturo e fica
fácil enfiar as crenças religiosas lá, mas é difícil de retirá-las depois. Nascemos to-
dos com uma propensão a acreditar nas figuras de autoridade. É um mecanismo de
sobrevivência. Para as crianças, a autoridade são os pais. Se eles dizem que existe
um determinado deus, é difícil para uma criança não acreditar naquilo. Afinal, a to-
mada realmente dá choque. Sorvete dá dor de garganta. Panela em cima do fogão
queima. Puxa, então se eles dizem que existe um deus, realmente deve existir.
O problema não é a criança que se tornará um religioso moderado. O proble-
ma é o extremista. E para se construir um fundamentalista deve-se começar aos
poucos. São de pequenos e inofensivos ensinamentos que, ao longo do tempo, po-
demos gerar um potencial fanático que não pensará duas vezes em detonar explosi-
vos amarrados ao corpo.
Infelizmente, faz parte da criação, os pais introduzirem seus filhos nas suas
religiões pessoais. O problema é que, às vezes, não nos damos conta de que as

117

crianças podem não querer aquilo. Pelo mundo, há uma série de rituais religiosos
envolvendo crianças. Algumas tão novas que não fazem idéia do que está aconte-
cendo. São adultos, que infligem sofrimento desnecessário em crianças, por causa
de uma crença estritamente pessoal, algumas religiosas e outras oriundas da tradi-
ção cultural.
Parece não haver um respeito pelo direito da criança ao não-sofrimento, coisa
que ela prontamente mostra querer quando chora ao menor sinal de fome, por
exemplo. “Pior é convencê-la a se martirizar em nome de uma crença sobre a qual
ela ainda não tem capacidade de analisar para decidir se realmente aquilo é bom ou
não para ela”.

Ainda bem que consegui sair do mormonismo. Quando fiz isso, minhas filhas
ainda não eram adultas. Tenho receio de que se fosse mais tarde, poderia ter pro-
blemas para tirá-las de lá.
As crianças que crescem dentro de uma religião, geralmente ficam bitoladas
em determinadas áreas psíquicas. Umas sentem-se mal ao praticar algum ato corri-
queiro. Acham que pode ser um pecado. Muitos casamentos não dão certos, porque
há incompatibilidade de idéias. Um dos cônjuges vem de uma educação muito for-
mal e religiosa. O outro não! Então não conseguem se acertar.
Qualquer religião que proíba isso ou aquilo, já está interferindo na liberdade,
no livre arbítrio das crianças. Felizmente, a Igreja Mórmon parece que não está pro-
gredindo muito no Brasil. Em termos de relatividade de conversões versus crianças
registradas, temos o seguinte quadro: No ano 2000, para cada criança registrada,
houve 3 batismos. Já em 2010, caiu para apenas 2 batismos.
Esperamos que através de nossos esforços, divulgando o que realmente é o
mormonismo, muitos pais abram seus olhos e não tentem doutrinar seus filhos a
ponto de acharem que qualquer ato é um pecado grave.
28


EXEMPLOS DE VIRTUDES!

Por que será que segundo os ensinamentos do mormonismo, o casamento do
mesmo sexo é uma coisa tão terrível? A resposta para a liderança da Igreja Mórmon
é simples. Porque o “casamento tradicional” é a vontade de Deus. Segundo esses
mesmos líderes Mórmons, se houver mudanças no chamado “casamento tradicio-
nal”, as nações serão destruídas, e toda a família humana será destruída!
Todos nós já ouvimos os líderes contemporâneos da Igreja SUD culparem a
queda do Império Romano e o declínio da sua civilização por causa da homossexua-
lidade. Aqui está apenas uma amostra das afirmações dos Profetas Mórmons.
Assim dizem os Profetas e Apóstolos Mórmons:

28
Referencias:
http://www.umavisaodomundo.com/2011/02/ritual-dor-sofrimento-criancas.html
Eduardo Patriota Gusmão Soares http://bulevoador.haaan.com/2011/02/20562
DAWKINS, Richard. Deus, um Delírio

118

O Profeta Mórmon Spencer W. Kimball falou sobre a moralidade, na revista
dos Santos dos Últimos Dias, New Era, em novembro de 1980, na página 39: “Este
pecado homossexual é hediondo. Em todas as épocas, muitas cidades e civilizações
deixaram de existir por causa desse pecado. Ele estava presente na época em que
a antiga Israel foi dispersa. Foi tolerado pelos gregos, e foi encontrado também nos
banhos de corrupção dos romanos”.
O ex-apóstolo e ex-conselheiro na Presidência da Igreja Mórmon James E.
Faust disse em: “Servir ao Senhor e resistir ao Diabo”, na Liahona de novembro de
1995, na página 3. “As alternativas para o casamento legal e amoroso entre um ho-
mem e uma mulher estão ajudando a desvendar o tecido da sociedade humana. Te-
nho certeza que isso é agradável ao diabo. O tecido que me refiro é a família. Esses
chamados estilos de vida alternativos não devem ser aceitos como certo, porque
frustra o mandamento de Deus para uma união que dá a vida de homens e mulheres
dentro um casamento legal, como declarado em Gênesis. Se praticada por todos os
adultos, esses estilos de vida significariam o fim da família humana. É um fato digno
de nota que a menor das nações de que temos registro vivia num sistema monogâ-
mico. Roma... era uma nação monogâmica e os numerosos males presentes no iní-
cio do império lançaram as bases da ruína do seu sistema”.
Curiosamente, esses argumentos dos líderes Mórmons foram exatamente os
mesmos utilizados para defender o casamento plural contra a monogamia.
O Apóstolo George Q. Cannon, no The Journal of Discourses, vol. 13, p. 202
disse: “Desde a fundação do império romano, a monogamia tem prevalecido mais
extensivamente do que em épocas anteriores a isso. Os fundadores do antigo impé-
rio que eram assaltantes e ladrões de mulheres fizeram as leis favorecendo a mono-
gamia em consequência da escassez de mulheres entre eles, e, portanto, este sis-
tema monogâmico que agora prevaleceu em toda a cristandade, e que tem se mos-
trado tão frutífero como uma fonte de prostituição e prostituições presentes em todas
as cidades cristãs monogâmicas do Mundo Antigo e do Novo, até a podridão e de-
cadência estão na raiz de suas instituições nacionais e religiosos”.
O Profeta Mórmon Brigham Young, no The Journal of Discourses, vol.11,
p. 128 disse “... O sistema de uma só mulher, não só degenera a família humana,
tanto física como intelectualmente, mas é inteiramente incompatível com noções fi-
losóficas da imortalidade, é uma atração à tentação, e foi sempre uma maldição para
um povo.”
O Profeta John Taylor, no Millennial Star, vol. 15, p. 227 "A monogamia, ou
restrições por lei a uma mulher, não é parte da economia do céu entre os homens.
Tal sistema foi iniciado pelos fundadores do Império Romano... Roma tornou-se
amante do mundo, e introduziu esta ordem da monogamia onde a sua influência foi
reconhecida. Assim encomendar este casamento monogâmico, assim estimado pe-
los cristãos modernos como um santo sacramento e instituição divina, não é senão
um sistema estabelecido por um conjunto de ladrões.... Por que acreditamos e práti-
ca poligamia? Porque o Senhor apresentou-o aos seus servos em uma revelação
dada a Joseph Smith, e os servos do Senhor sempre a praticaram. Esta lei da mo-

119

nogamia ... lançou as bases para a prostituição e os males de doenças da natureza
mais revoltante”.
O Apóstolo Orson Pratt, no The Journal of Discourses, vol. 13 páginas, 195
disse: "Nós respiramos o ar livre, temos os melhores homens que procuram as belas
mulheres, e se eles (não-Mórmons) nos invejam na nossa posição, assim eles po-
dem, porque eles são pobres, tacanhos e revoltantes, raça de homens , que se acor-
rentam até a lei da monogamia e vivem todos os seus dias sob o domínio de uma só
mulher. Eles deveriam se envergonhar de tal conduta”.
O Apóstolo George A. Smith no The Journal of Discourses, vol. 3 páginas,
291 disse: "Tenho notado que um homem que tem apenas uma esposa, e está incli-
nado a essa doutrina, logo começa a murchar e a secar, enquanto um homem que
vai para a pluralidade de mulheres parece fresco, jovem e enérgico. Porque é isso?
Porque Deus ama aquele homem, e porque ele honra a sua palavra. Alguns de vo-
cês podem não acreditar, mas eu não só acredito, mas eu também sei disso. Para
um homem de Deus que é limitado a uma só mulher é como se ele tivesse uma em-
presa de pequeno porte. Eu não sei o que faríamos se cada um de nós tivéssemos
apenas uma esposa”.
O Apóstolo Heber C. Kimball, no The Journal of Discourses Vol. 5, página 22
disse: "Basta perguntar a si mesmos, aos historiadores, quando foi introduzida a
monogamia na face da terra? Quando essas pessoas, que se estabeleceram na pe-
nínsula onde agora está Roma, não poderiam roubar as mulheres o suficiente para
terem duas ou três cada, então foi aprovada uma lei que um homem deveria ter
apenas uma mulher. E assim começou a monogamia e a queda do sistema da plura-
lidade. Nos dias de Jesus, Roma, tendo domínio sobre Jerusalém, eles realizaram a
doutrina mais ou menos. Este foi o aumento inicial, e a fundação da doutrina da mo-
nogamia; e nunca até então havia uma lei aprovada, de que temos qualquer conhe-
cimento de que um homem deve ter uma só mulher".
Os pronunciamentos dos profetas Mórmons de hoje, contra o homossexua-
lismo, não soam para nós como ignorância, intolerância e egoísmo, tais como foram
os pronunciamentos dos profetas Mórmons do século XIX contra a monogamia?
29


EX-MORMONS NÃO SÃO ANTIMORMONS!

Quero me dirigir hoje aos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, que acessam meu blog. Tem um assunto que tem me preocupado
muito. Digo isso, devido aos comentários que tenho recebido no blog.
Eu gostaria de deixar bem claro para vocês, hoje, que os Ex-Mórmons não
são antiMórmons. É um erro muito grande,quando um membro da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, julga ou afirma isso.
Quem disse que eu sou inimigo dos membros da Igreja SUD? Que vantagem
eu teria sendo antimembro SUD? Brigando com as pessoas, por causa das minhas
atuais convicções? Certamente eu não teria proveito algum.

29
Fonte: http://www.i4m.com/think/sexuality/homosexual_ruin.htm

120

Compreendo de forma clara e pública, que meu trabalho não agrada muitos
membros da IJCSUD. Todavia, não os quero mal. Não desejo que vocês não te-
nham sucesso, nem quero matar suas esperanças de um porvir melhor. Absoluta-
mente! Desejo apenas que descubram como eu descobri que estão numa espécie
de “canoa furada”.
Vocês, membros da IJCSUD não conseguem, talvez, me entender nem per-
ceber que o mormonismo não é tudo aquilo, conforme vos é exposto através dos
Manuais da Igreja. Nem é fundamentado conforme os muitos discursos, nas Confe-
rencias Gerais da Igreja.
Infelizmente, aqui no Brasil, a maioria das informações, chegou tardiamente.
Se fosse possível a disseminação dos verdadeiros intentos de Joseph Smith Jr. e
seus sucessores, há décadas, a Igreja nem teria se estabelecido da maneira como
está hoje. Não teriam, talvez, nem construído templos. Muitas famílias teriam sido
poupadas de pagar seus preciosos dízimos e ofertas. Pagar para uma religião que
não visa nada alem de lucro, poder ostentação e fama. Todo membro da IJCSUD é
espoliado. Na maioria das vezes, nem percebe isso.
Eu não tenho nada contra nenhum membro da Igreja. Entretanto, depois de
ter me cansado da instituição, resolvi disseminar, ou contribuir para disseminar o
que os membros não sabem.
Fui membro por longos anos. Quando estava lá, também era privado do co-
nhecimento. Era cegado através das artimanhas e técnicas de lavagem cerebral da
própria doutrina. Eu também não sabia quase nada sobre a vida de Joseph Smith Jr.
Nada além do que a própria Igreja ensinava nos manuais, aulas e treinamentos.
Muitos Presidentes de Estaca, também não sabem nada sobre a “verdadeira”
Igreja Mórmon. Mas, isso aparentemente, não importa para eles. Dizem que possu-
em um testemunho através do Espírito Santo. Dizem que sabem, “comprovadamen-
te”, através de um “calorzinho no peito” que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias é a única e verdadeira Igreja de Deus estabelecida na Terra.
Eu também dizia isso. Quem me conheceu, sabe que eu era um membro fiel
e fervoroso.
Quantas vezes algumas pessoas lembram-me de forma nítida. Eu, quase
sempre, ao prestar testemunhos, ficava emocionado e chorava. Entendo hoje, per-
feitamente. Aquilo não era o Espírito Santo agindo através de minha pessoa. Mas na
época, todos achavam que era. Inclusive eu mesmo, achava que estava cheio do
Poder do Espírito. Mas mesmo agindo assim, nunca ousei ir num hospital e testar
esse poder. Dizendo a um doente: “Em nome de Jesus Cristo e através do Sacerdó-
cio de Melquisedeque, Levanta-te! Estás curado”!
Há um grande engano, você pensar que sente o Espírito Santo e se emocio-
nar. Uma chave para que eu pudesse perceber isso, foi eu ter descoberto que sou
muito emotivo. Não só sentia vontade de chorar na Igreja. Mas também num grande
evento! Um show, por exemplo, ou numa apresentação num teatro. Num filme, em
casa ou no cinema. Não era o Espírito Santo lá na Igreja, que agia em mim. Tam-

121

bém não era o Espírito Santo agindo em mim, quando eu estava num evento fora da
Igreja. Mas os sentimentos eram idênticos. Emoção!
Muitos não podem compreender isso. É uma pena, pois muitos sofrimentos
poderiam ser evitados. Quantos casais vivem em pé de guerra, justamente por cau-
sa da doutrina alienista? Quantos casais vivem de aparências? Pensem nisso, ao
prestarem seus testemunhos no próximo primeiro domingo do mês.

EXPLICAÇÕES ADICIONAIS!

Alguém de codinome, Silvio Santos (certamente, não o apresentador de TV)
comentou recentemente que “O negócio aqui é meter o pau a qualquer custo...
Amém!” Por isso resolvi escrever algumas palavras a esse respeito e tentar dar al-
gumas explicações adicionais aos leitores do blog.
Em primeiro lugar, não se trata simplesmente, de “meter o pau a qualquer
custo”, referindo-me às constantes críticas sobre a doutrina Mórmon feitas por mui-
tos aqui no blog. Lembrando, que a principal razão, da existência do mesmo é a di-
vulgação da doutrina chamada mormonismo, não da maneira como a Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias divulga entre os seus membros, mas mostrar
como é o lado oculto do mormonismo. O lado que não é divulgado, principalmente
aqui no Brasil.
Não faço esse trabalho, simplesmente, porque “não tenho nada para fa-
zer” como muitos pensam. Trata-se muito mais do que isso, trata-se de lavar a alma,
de sentir-me vingado pelos longos anos de erros cometidos sob a bandeira da “ver-
dade”. A bandeira da“única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo estabelecida aqui na
Terra”. Isso foi me imposto durante anos e eu, cegamente não conseguia perceber o
engodo todo. Não conseguia enxergar além dos horizontes ou limites geográficos
demarcados pela doutrina.
Estava delimitado, que eu não podia me misturar com o mundo. Não podia
tomar café, porque o café me afastaria de Deus. Eu seria um rebelde, um desobedi-
ente compulsivo. Não podia me reunir com meus amigos do trabalho para tomar
uma cerveja ou outras bebidas que continham álcool, porque se eu ingerisse algo
que contivesse álcool quebraria mais um mandamento de Deus, dado ao “profeta”
Joseph Smith Jr., intitulada “palavra de sabedoria”.
Só a título de informação aos atuais membros da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, Joseph Smith Jr. e a maioria dos primeiros líderes Mór-
mons eram “muitos chegados” numa bebida alcoólica. Nunca soubemos que eles
foram acusados de desobedeceram à “palavra de sabedoria”. Brigham Young tinha
uma destilaria de Uísque em Utah.
Como disse anteriormente, não se trata simplesmente, de “meter o pau a
qualquer custo”, eu ainda tenho muito mais para divulgar aqui neste blog. Muitas
humilhações e abusos sofridos por parte da imperiosa doutrina Mórmon. Muitos
exageros envolvendo preconceitos doutrinários.

122

Tenho recebido apoio incondicional de centenas de pessoas, que me man-
dam mensagens de incentivo e apoio, para que eu continue escrevendo e mostran-
do a todos, o que é realmente o chamado “Reino de Deus” segundo o mormonismo.
Nesse reino, encontramos mulheres humilhadas por seus maridos, os porta-
dores do sacerdócio. Missionários despreparados. Mandados para uma missão de
tempo integral, de dois anos, sob toda forma de pressão psicológica, sendo explora-
dos de todas as maneiras.
Não se trata apenas “meter o pau a qualquer custo”. Eu, se pudesse, gostaria
de elogiar o mormonismo, se tivesse evidências de que se trata efetivamente do
“Reino de Deus”. Lembrem-se que eu estive lá dentro por longos dezoito anos. Sei
bem como funciona tudo o que exponho aqui. Imaginem vocês, se eu pudesse es-
crever palavras a favor do mormonismo. Escreveria com todas as minhas forças.
Mas infelizmente, não posso! Não encontro evidências a favor da doutrina. Evidên-
cias que me levem a reverter meus pensamentos.

HÁ OU NÃO O QUE FAZERMOS DEPOIS DESSA VIDA?

Hoje vou escrever sobre uma escritura que encontrei no Livro de Mórmon re-
centemente. Recebi o telefone de um ex-presidente de Ramo, de uma cidade aqui
mesmo de Santa Catarina. No meio da Conversa, ele me citou uma escritura do Li-
vro de Mórmon. Mais precisamente do Livro de Alma capítulo 34, versículos 32 e 33:

“Pois eis que esta vida é o tempo para os homens prepararem-se para encon-
trar Deus; sim, eis que o dia desta vida é o dia para os homens executarem os seus
labores. E agora, como vos disse antes, já que haveis tido tantos testemunhos, pe-
ço-vos, portanto, que não deixeis o dia do arrependimento para o fim; porque depois
deste dia de vida que nos é dado a fim de nos prepararmos para a eternidade, eis
que, se não fizermos melhor uso de nosso tempo nesta vida, virá a noite tenebrosa,
durante a qual nenhum labor poderá ser executado”.

Eu entendi que depois da morte, de acordo com o Livro de Mórmon, não se
pode executar nenhum serviço. A escritura está bem clara. De acordo com os
membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, estas palavras fo-
ram ditadas por Deus para o profeta Alma que viveu aqui na América, em lugar des-
conhecido.
O que dizer então dessas outras escrituras? Doutrina e Convênios capítulo
138, versículos 10 e 30:

“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na
verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo
Deus em espírito. [...] Mas eis que, dentre os justos, organizou suas forças e desig-
nou mensageiros, revestidos de poder e autoridade, e comissionou-os para levar a

123

luz do evangelho aos que estavam nas trevas, sim, a todos os espíritos dos homens;
e assim foi o evangelho pregado aos mortos”.

É bem verdade que na bíblia há algumas escrituras que citam um trabalho
missionário após essa vida. Mas não vou misturar a bíblia cristã com o Livro de
Mórmon e Doutrina e Convênios, que são livros originários do autor do mormonismo,
Joseph Smith Jr.
Eu nunca tinha notado essa discrepância nas escrituras dos Santos dos Últi-
mos Dias, quando estava plenamente ativo no mormonismo. Acho que isso se deu
devido o meu alto grau de comprometimento com a causa, simplesmente não per-
cebia algumas falhas doutrinárias.
No livro de Mórmon diz que depois dessa vida não se pode realizar trabalho
algum. Já em Doutrina e Convênios é descrito claramente, que o evangelho é pre-
gado aos mortos. Inclusive há uma descrição de como esse trabalho é realizado.
Fala-se até de julgamentos. Isso requer tribunais.
Hoje tornei-me muito critico ao tratar de assuntos relacionados à religião. Não
consigo entender, como é que um espírito pode pregar o evangelho para outro espí-
rito? Será que lá (no mundo dos mortos) há escrituras? Exemplares da bíblia e do
livro de Mórmon ou Doutrina e Convênios? Se há, onde são impressos esses livros?
São feitos de que material? Matéria física tangível? Porque então não constroem
pias batismais, com essas matérias? Qual a dimensão do mundo dos mortos? Onde
fica esse lugar? Qual a proporção entre os espíritos dos justos e os espíritos que se
encontram nas trevas?
É muito peculiar das religiões que são fundadas por homens inescrupulosos,
inventarem uma doutrina e depois, seus sucessores, não poderem responder às
perguntas mais intrigantes. Estes, jogam a responsabilidade para a divindade. Di-
zem que se Deus não revelou as respostas é porque deve ser um segredo que se
revelará no futuro. Isso deve ter um propósito divino. Não precisamos de evidências
ou de respostas. somente a fé pode nos orientar.
Se eu fosse receber uma visita de um missionário Mórmon hoje, os questiona-
ria e prometeria para eles, que aceitaria o batismo Mórmon, somente se eles pudes-
sem me convencer racionalmente e respondessem a todas as minhas perguntas.
Duvido que houvesse um que o fizesse.
Deus passa bem longe do mormonismo, falei para esse, ex-presidente de
Ramo que me telefonou. É impressionante que a cada dia, descobrimos mais e mais
falhas que não percebíamos antes.

HÁ UMA MANEIRA DE IDENTIFICAR O ESPÍRITO SANTO?

O texto de hoje é resultado de uma conversa, que tive com um missionário de
tempo integral, dias atrás na internet. Ele me contou que lê meu blog sempre que
tem oportunidade de acessar a internet e que tem uma dificuldade na missão que
gostaria de compartilhar comigo. Disse-me também que não se trata só de um caso

124

isolado. Ele já conversou com vários companheiros na missão sobre o assunto. Ele
sente que é algo generalizado, mas que não é disseminado, talvez por vergonha
pessoal de cada missionário.
Vamos examinar uma área fundamental do mormonismo: o Espírito San-
to. Esse foi o assunto em questão entre nossa conversa. Os missionários dependem
dos seus testemunhos, numa espécie de confirmação do Espírito Santo. Mas a lite-
ratura de apoio da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não explica
satisfatoriamente como identificar essa confirmação, nem como identificar o Espírito
Santo de forma que todos os missionários não se enganem.
Algumas perguntas intrigantes surgem na cabeça dos missionários, por
exemplo: “O que é, como e quando você sente o Espírito Santo?” A resposta, mes-
mo a dos “profetas Mórmons” que supostamente, tudo sabem, é inconclusiva. Veja-
mos: Eles dizem que “é um sentimento de paz, um ardor no peito, uma voz mansa e
delicada”. A definição pentecostal Mórmon sobre o Espírito Santo é na melhor das
hipóteses especulativa e vaga. Vejamos mais perguntas intrigantes: “Qual é o papel
do Espírito Santo na santificação das pessoas?” Uma vez que esse Espírito Santo
Mórmon se manifesta com sentimento de ardor no peito e sentimento de paz, como
uma pessoa pode ter certeza de que está se santificando realmente? “Qual é o pa-
pel do Espírito Santo na adoração? E qual seria o papel do Espírito Santo no final
dos tempos?” Uma vez que os ensinamentos Mórmons prevêem um juízo final, o
que acontecerá com esse Espírito Santo? Ele se aposentará?
Percebam amigos leitores do blog, como é complicada a doutrina dos Santos
dos Últimos Dias. Creio que é justamente por não saberem identificar esse Espírito
Santo Mórmon, que uma grande contingência de Missionários, se afasta do mormo-
nismo, algum tempo depois de acabarem suas missões de tempo integral. Se existe
alguém, na Igreja Mórmon, que pode “supostamente” sentir a manifestação desse
Espírito Santo Mórmon é um missionário de tempo integral. Afinal de contas, ele es-
tá envolvido num trabalho de evangelização por um tempo determinado. Se nem os
missionários Mórmons não conseguem perceberem ou se certificarem da presença
do Espírito Santo, imaginem os demais membros?
Sentimento de paz, qualquer habitante da terra pode sentir. Voz mansa e de-
licada? Eu nunca escutei no tempo que eu era membro ativo da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Duvido que qualquer um tenha escutado. Ardo-
res no peito, no sentido de que poderia ser interpretado como uma manifestação do
Espírito Santo Mórmon? Também nunca senti. Eu estou sendo sincero com vocês
leitores, membros e ex membros do mormonismo. Essa sinceridade talvez é a que
falte a esses missionários. Se eles se manifestassem dessa forma, a presidência da
Igreja seria encurralada a providenciar alguma explicação mais satisfatória.
Há realmente uma maneira de identificar o Espírito Santo no meio do mormo-
nismo? Não creio que haja. Principalmente porque a doutrina é complicada, falha e
quer monopolizar o Espírito Santo apenas para os membros da Igreja Mórmon. In-
ventaram até que os não membros do mormonismo podem receber “a luz de Cristo”,

125

mas não o Espírito Santo. Que coisa feia! Como ficam as demais pessoas que nun-
ca aceitarão o mormonismo? Jamais poderão sentir o Espírito Santo?

HISTÓRIAS DE MULHERES MÓRMONS!

Hoje quero escrever algumas pequenas histórias que presenciei no mormo-
nismo envolvendo mulheres de certa idade. Geralmente, mulheres com mais de 60
anos de idade que se converteram.
Presenciei aqui em Curitibanos algumas situações inusitadas envolvendo mu-
lheres dessa natureza. O primeiro caso que gostaria de compartilhar aqui diz respei-
to a uma senhora viúva, que tinha problemas com um filho. Esse rapaz era depen-
dente químico. Ele usava drogas. A mãe tinha feito de tudo para que ele parasse
com o vicio. Ela era membro da Igreja, pertencente ao antigo Ramo Curitibanos. O
filho não era membro. Não acreditava em Joseph Smith Jr. e seus feitos. Ele mesmo
falou isso para mim. Um dia eu cheguei à capela, num final de tarde e percebi que
alguém estava cortando a grama nos fundos da mesma. Eu podia escutar o barulho
da máquina de cortar grama que estava trabalhando. Fui até o local e deparei-me
com essa senhora. Ela estava cortando a grama. Perguntei-lhe: “porque estava fa-
zendo esse serviço?” Ela me respondeu que “estava precisando ganhar bênçãos de
Deus para ajudar seu filho”, por isso achou que cortando a grama da Capela, Deus
olharia para ela e a atenderia em suas orações. Eu não lhe falei nenhuma palavra
que a contrariasse. Só disse-lhe que o serviço era muito pesado para ela, pois o ter-
reno da capela era bem grande e tinha muita grama.
Tinha uma outra senhora que via fantasmas na capela. Ela conseguia ver au-
toridades gerais falecidas ao lado dos oradores, nas reuniões sacramentais e em
outros lugares. Ela dizia que via esses seres também nos corredores da capela, na
sua casa, e adorava falar de suas visões. Só que essas visões nunca lhe trouxeram
nenhuma mensagem do além. Ela nunca conversou com nenhum desses fanta s-
mas. Nem tampouco, relatou para os membros, qualquer orientação recebida do
outro lado da vida ou da morte. Um dia, eu quis saber quem ela tinha visto ao meu
lado na capela, enquanto eu discursava. Ela não sabia o nome. Aí eu desconfiei que
ela “aplicava” a conversa em todos e comecei a mostrar algumas gravuras de ex-
presidentes da Igreja. Mostrei-lhe a fotografia de Brigham Young, enquanto eu mos-
trava, ela confirmava que era ele mesmo que estava na capela, ao meu lado. Pas-
sado algum tempo, eu mostrei-lhe outra foto de um outro ex-presidente da igreja,
perguntei-lhe novamente: “É esse mesmo que a senhora viu?” E ela respondeu afir-
mativamente! Dando-me a entender que já não lembrava mais da gravura de Bri-
gham Young, ou não pôde distinguir entre Brigham Young e a outra gravura.
Outra mulher de certa idade tinha problemas de relacionamento com o mari-
do, porque ele não aceitava o mormonismo. Segundo ela contava, seu marido gos-
tava mesmo era de beber. Esta mulher se sacrificava muito na igreja. Tinha vários
cargos acumulados, visitava muitos membros, ia ao Templo constantemente e acha-
va que tendo sua vida preenchida com os assuntos da igreja, seu marido abandona-

126

ria o vicio da bebida e se converteria ao mormonismo. Até hoje acho que a situação
do marido dela não mudou muito. Acho que ela cansou. Nem sei se vai ainda às
reuniões da Igreja.
Tinha uma que já faleceu com quase 90 anos que adorava contar sobre sua
conversão. Ela sempre falava de um sonho ou uma visão que tivera com um ex-
missionário Mórmon, vestido todo de branco, confirmando para ela sobre a veraci-
dade da igreja. Segundo suas palavras, a sua conversão foi imediata, logo após este
sonho ou visão. Essa senhora morava vizinha da capela e era muito amiga desse
ex-missionário, na época em que ele estava fazendo missão em Curitibanos. Acho
que ele tentou batizá-la e não conseguiu.
Havia ainda uma outra mulher de certa idade, que se batizou na igreja, em
Curitibanos, no final dos anos 80. Depois de batizada, se declarou apaixonada pelo
Elder que lhe batizara. Ele era do Rio Grande do Sul e pediu ajuda para mim. Queria
saber o que fazer, pois não desejava ofender essa senhora, mas também não queria
que ela se afastasse da igreja. Quando ele foi transferido, essa senhora nunca mais
pisou na Igreja. Cansei de procurá-la em visitas, mas nunca ninguém teve sucesso
em trazê-la para nenhuma reunião sequer.
É interessante como podemos saber coisas da vida das pessoas, em Igrejas
com um número pequeno de membros. Quando comentam alguns, que no morm o-
nismo só tem fofoqueiros, não mentem.
É fácil haver brigas, encrencas com membros de uma Ala pequena. É diferen-
te do catolicismo. Lá há muitos membros e ninguém conhece ninguém. Mas no
mormonismo, a convivência com os “irmãos e irmãs” é uma tarefa árdua.
Outro dia, escreverei sobre as brigas das mulheres da minha antiga Ala Curi-
tibanos.
Por hoje seria isso!

ISSO ACONTECEU NA MISSÃO RIO DE JANEIRO!

Uma amiga minha aqui de Curitibanos tem um filho que está morando na ci-
dade Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Ela me falou que foi visitar seu filho há
alguns dias atrás. No domingo, os dois foram visitar a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias e se surpreenderam com o número tão pequeno de mem-
bros. De acordo com as informações dessa minha amiga, a capela é enorme na ci-
dade de Macaé. Existem duas unidades que a utilizam semanalmente no mesmo
horário. Quando uma unidade está na reunião Sacramental, a outra está começando
as suas reuniões. Iniciam com as aulas das organizações auxiliares. Assim, podem
utilizar a capela simultaneamente.
Por falar na igreja em Macaé, lembrei que tinha salvado, um texto há alguns
anos atrás, sobre acontecimentos curiosos ocorridos na missão Rio de Janeiro, nos
anos de 1990. Após vasculhar em CDs antigos, os encontrei e compartilho abaixo
com os leitores do blog.

127

“Vou tentar e resumir e desafio qualquer mormonzinho provar que eu tô men-
tindo. E a Missão RJ Norte não foi a única e nem a primeira. Os fatos ocorreram em
1993. O Pres. (como já citaram anteriormente) chamavam seu missionários batiza-
dores de Guerreiros de Helamã (GH). Ao invés de 2 Assistentes haviam 8, todos
motorizados e na maioria dos casos eram os que mais fubecavam. Um deles, antes
da Missão transava com a tia, até uma semana antes de entrar no CTM e acabou
confessando isso no CTM (ainda ao lado do Templo), mas seu líder, não lembro
quem agora, perguntou se ele estava arrependido... e foi para o campo assim mes-
mo. O cara era o maior fubeca e namorador da Missão. Nessa época, essa Missão
batizava cerca de mil pessoas por mês. O Natal de 1993 foi conhecido como “Natal
Branco” de tantos batismos. Como eram feitos? Marcava-se jogo de futebol com a
molecada de rua e após o jogo, uma palestra rápida, um desafio manipulador e
água. Os pais nem ficavam sabendo. Algumas vezes, as pessoas da rua trocavam
um prato de comida por um banho na pia batismal... batismo! Em Macaé por exem-
plo, houve Élderes que para cumprirem metas e não serem humilhados, os safados
foram no cemitério e preencheram fichas batismais com os dados dos mortos. Era
muito comum encontrar pessoas não casadas legalmente que eram batizadas, cri-
anças com 7 anos, etc. Em duas áreas haviam moças grávidas de missionários. Em
quase todas as Alas os Bispos odiavam os missionários. Havia missionários namo-
rando e até transando com sísteres, tanto que depois surgiu uma regra de não pode-
rem almoçar juntos. Missionários indo no cinema pornô no “p.day” também era co-
mum. Ouve desvio de grana do staff, onde estavam envolvidos não só o Pres. da
Missão mas também alguns missionários. Havia suspeitas de adultério do pres. da
Missão com uma moça de Macaé (perto de Campos), etc. Os missionários que es-
creviam para a Presidência de Área eram humilhados e rebaixados, pois suas cartas
voltavam para as mãos do Presidente. Muitos sofreram nas mãos desse líder. Em
janeiro ou fevereiro de 94, após tantas reclamações, a Presidência da Igreja resol-
veu investigar (pois eles não tinham revelações de Deus para saberem o que estava
acontecendo) e aí o salafrário foi excomungado. A ordem era de anunciar nas Alas
de que o sujeito teve que sair da Missão para resolver problemas em sua empresa
no Interior de São Paulo. Mentiam descaradamente nos púlpitos e os membros sa-
biam e davam risadas, pois eram tratados como tapados que não sabiam o que es-
tava acontecendo (bem, alguns realmente eram tapados e acreditaram nas mentiras
de púlpito). Há outras histórias além dessa aqui do Rio”.

O conteúdo estava publicado na comunidade Ex-Mórmons Brasil no Orkut, no
endereço que está abaixo. Eu, antes de publicar o texto, acessei essa comunidade e
o tópico correspondente. Para minha surpresa, o texto foi retirado. De qualquer for-
ma, eu tenho uma cópia salva num CD, inclusive, com o nome do autor do texto
acima.

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Como conhecedor do mormonismo, nada disso me espanta mais. Eu mesmo
já havia presenciado acontecimentos estranhos envolvendo missionários e Presiden-
tes de Missão.
30


JOSEPH SMITH AGIA ASSIM!

O conteúdo deste artigo foi embasado numa parte do livro “MormonismoDes-
vendado”, de Eber Dudley Howe (9/jun /1798 - 9/Out/1885). Ele foi o fundador e edi-
tor do Telegraph Painesville, um jornal que foi publicado em Painesville, Ohio entre
os anos de 1822-1835. Howe foi o autor de um dos primeiros livros que criticava as
alegações proféticas e espirituais de Joseph Smith Jr., o fundador d’A Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Howe, neste trabalho, também citou Solo-
mon Spalding, mas principalmente, criticou algumas obras de Joseph Smith Jr. Da
maneira como este último agia, das suas revelações que eram repassadas aos in-
cautos e prosélitos membros. Esses, arrebanhados geralmente sob a promessa de
uma posição mais elevada numa nova Jerusalém ou numa Sião. Lugares esses, que
jamais foram estabelecidos, na ocasião em que o movimento Mórmon fora criado
sob o comando de Joseph Smith Jr. Qualquer pessoa pode encontrar o trabalho de
Eber Dudley Howe on line na Internet. Isso é de conhecimento amplo e difundido
nos Estados Unidos, mas não muito aqui no Brasil. Quem quiser conferir, pode fazê-
lo. Para isso, é só clicar:
http://www.solomonspalding.com/docs/1834howf.htm#pg278b
Sobre Solomon Spalding (1761-1816), podemos dizer que foi um crítico e de-
bochado evangelista Calvinista. Foi também um empresário fracassado e falido. E
ainda, aspirante a autor de uma história envolvendo heróis e guerras. Um épico pré-
histórico americano. Em seus escritos, Solomon tentou explicar a civilização perdida
dos "Mound Builders". Eles são apontados como os primeiros nativos americanos.
Solomon Spalding foi considerado desde 1833 ou 1834, por alguns escritores e es-
tudiosos, como o provável autor inconsciente de uma parte do original de “O Livro de
Mórmon”.
Voltando a falar de Eber Dudley Howe! Enquanto vivia em Painesville, sua
esposa, sua irmã e uma sobrinha se converteram ao mormonismo. Daí o seu inte-
resse pela nova religião. Ele era muito cético, mas após a morte de sua esposa por
câncer, tornou-se inclinado ao espiritismo. No livro “Mormonismo Desvendado” de
1834, ele esclareceu que o conteúdo do mesmo, foi amplamente baseado em depo-
imentos recolhidos por dissidentes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias.
No livro, são citadas e comentadas algumas das “revelações” de Joseph
Smith Jr., como uma amostra da forma como governava e repreendia suas vítimas.
A tal cidade de Nova Jerusalém estava indo de mal a pior no Missouri. O estabele-

30
Fonte para a elaboração do texto :
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=350064&tid=5228043907354454216&kw=batismos
+x+numeros

129

cimento era cheio de problemas e privações. Havia muitos descontentes. A fé estava
aparentemente abalada. Então, veremos uma revelação que foi usada para acalmar
os nervos dos Mórmons do Missouri. Aponto aqui, através dos escritos de Howe, os
meios que ele empregou para superar e evitar as contendas entre eles, em sua pri-
meira visita ao Missouri.

"Escutai, ó élderes de minha igreja, e dai ouvidos às minhas palavras, e
aprendei de mim que eu vou lhes dizer respeito, pois em verdade vos digo, bem-
aventurado é aquele que guarda os meus mandamentos, seja na vida ou na morte, e
aquele que é fiel nas tribulações, a recompensa do mesmo é maior no reino. Agora
não podeis, ver com vossos olhos naturais, para o tempo presente, o projeto de seu
Deus sobre as coisas que se seguirá depois de muitas tribulações, porque depois de
muita tribulação vêm as bênçãos. Portanto, chegará o dia em que sereis recompen-
sados com muita glória - a hora ainda não é, mas está perto, lembre-se disto, que eu
te disse antes, que vocês podem colocá-las em seus corações, e receber o que de-
ve seguir. Eis que em verdade vos digo que por este motivo vos enviei—para que
fôsseis obedientes e para que vosso coração estivesse preparado para prestar tes-
temunho das coisas que estão para vir. E também para que tivésseis a honra
de estabelecer o alicerce e de testificar quanto aterra na qual a Sião de Deus será
edificada; E também para que um banquete de coisas gordas fosse preparado para
os pobres. Sim, um banquete de coisas gordas, de vinho puro bem refinado, para
que a Terra saiba que a boca dos profetas não falhará; Sim, uma ceia da casa do
Senhor, bem preparada, para a qual todas as nações serão convidadas. O Primeiro
o rico e o instruído, o sábio e o nobre; E depois vem o dia do meu poder; então o
pobre, o coxo e o cego e o surdo virão às bodas do Cordeiro e participarão da ceia
do Senhor, preparada para o grande dia que virá. Eis que eu, o Senhor, o disse. E
para que o testemunho saia de Sião, sim, da boca da cidade da herança de Deus —
Sim, por essa razão mandei-vos aqui e escolhi meu servo a Edward Partridge e de-
signei-lhe sua missão nesta terra. Mas se ele não se arrepender de seus pecados,
que são incredulidade e cegueira de coração, que se acautele para não cair. Eis que
lhe é dada sua missão e não será dada outra vez. E quem tem essa missão é desig-
nado para ser juiz em Israel, como nos tempos antigos, para dividir as terras da he-
rança de Deus entre seus filhos; E para julgar seu povo pelo testemunho dos justos
e com a assistência de seus conselheiros, de acordo com as leis do reino, que são
dadas pelos profetas de Deus. Pois em verdade vos digo: Minha lei será observada
nesta terra. Que ninguém se julgue governante; mas que governe Deus o que julga,
de acordo com sua própria vontade ou, em outras palavras, o que aconselha ou se
assenta na cadeira de juiz. Que ninguém quebre as leis do país, porque o que guar-
da as leis de Deus não tem necessidade de quebrar as leis do país. Portanto sujei-
tai-vos aos poderes existentes até que reine aquele cujo direito é reinar; e subjugue
todos os inimigos sob seus pés. Eis que as leis que recebestes de minha mão são
as leis da igreja e, como tal, considerá-las-eis. Eis que aqui há sabedoria. E agora,
como falei a respeito de meu servo Edward Partridge, esta terra é a terra de sua re-

130

sidência e dos que ele nomeou como seus conselheiros; e também a terra da resi-
dência daquele a quem designei para cuidar de meu armazém; Portanto, que tragam
suas famílias para esta terra, como decidirem entre eles e mim. Pois eis que não é
conveniente que em todas as coisas eu mande; pois o que é compelido em todas as
coisas é servo indolente e não sábio; portanto não recebe recompensa. Em verdade
eu digo: Os homens devem ocupar-se zelosamente numa boa causa e fazer muitas
coisas de sua livre e espontânea vontade e realizar muita retidão. Pois neles está o
poder e nisso são seus próprios árbitros. E se os homens fizerem o bem, de modo
algum perderão sua recompensa. Mas o que nada faz até que seja mandado e re-
cebe um mandamento com o coração duvidoso e guarda-o com indolência, é con-
denado. Quem sou eu que fiz o homem, diz o Senhor, para considerar inocente o
que não obedece aos meus mandamentos? Quem sou eu, diz o Senhor, para pro-
meter e não cumprir? Eu mando, e os homens não obedecem; revogo, e eles não
recebem a bênção. Depois dizem em seu coração: Esta não é a obra do Senhor,
porque suas promessas não se cumprem. Mas ai deles, porque sua recompensa os
espreita de baixo e não de cima. E agora eu vos dou mais instruções com respeito a
esta terra.Considero conveniente que meu servo Martin Harris dê o exemplo à igre-
ja, entregando seu dinheiro ao bispo da igreja. E também esta é uma lei para todo
homem que vier para esta terra a fim de receber uma herança; e ele fará com seu
dinheiro o que a lei determinar. E é prudente também que se comprem terras em
Independence para o armazém e também para a tipografia. E outras instruções com
respeito ao meu servo Martin Harris ser-lhe-ão dadas pelo Espírito, para que ele re-
ceba sua herança como lhe aprouver; E que se arrependa de seus pecados, pois
procura o louvor do mundo. E também que meu servo William W. Phelps ocupe o
cargo para o qual o designei e receba sua herança na terra; E também ele precisa
arrepender-se porque eu, o Senhor, não estou satisfeito com ele, pois procura so-
bressair-se e não é suficientemente humilde perante mim. Eis que aquele que se
arrependeu de seus pecados é perdoado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro.
Desta maneira sabereis se um homem se arrepende de seus pecados—eis que ele
os confessará e abandonará. E agora, em verdade falo a respeito dos demais élde-
res de minha igreja; não chegará, por muitos anos, a hora de receberem sua heran-
ça nesta terra, a não ser que o desejem pela oração da fé e segundo o que lhes for
designado pelo Senhor. Pois eis que dos confins da Terra reunirão os povos. Portan-
to congregai-vos; e os que não forem designados para permanecer nesta terra, que
preguem o evangelho nas regiões circunvizinhas; e depois disso, que regressem a
seus lares. Que preguem pelo caminho e prestem testemunho da verdade em todos
os lugares, chamando ao arrependimento os ricos, os nobres e os plebeus e os po-
bres. E que edifiquem igrejas, se os habitantes da Terra se arrependerem. E que
pela voz da igreja seja nomeado um agente para a igreja de Ohio, a fim de receber
dinheiro para a compra de terras em Sião. E dou ao meu servo, Sidney Rigdon, o
mandamento de fazer por escrito uma descrição da terra de Sião e uma exposição
da vontade de Deus, como lhe for manifestada pelo Espírito; E uma epístola e uma
subscrição, para serem apresentadas a todas as igrejas com o fim de obter dinheiro

131

para ser entregue nas mãos do bispo ou do agente, como lhe parecer melhor ou
como determinar, com o propósito de comprar terras para herança dos filhos de
Deus. Pois eis que em verdade vos digo que o Senhor deseja que os discípulos e os
filhos dos homens abram o coração para comprar toda esta região o mais depressa
possível. Eis que aqui há sabedoria. Que façam isto; do contrário não receberão
qualquer herança, a não ser por derramamento de sangue.E também, quando se
obtiverem terras, que se envie trabalhadores de toda classe a esta terra, a fim de
trabalharem para os santos de Deus. Que todas essas coisas sejam feitas em or-
dem; e que os privilégios das terras sejam anunciados de tempos em tempos pelo
bispo ou pelo agente da igreja. E que o trabalho da reunião não seja feito às pressas
nem fugindo, mas seja feito conforme aconselharem os élderes da igreja nas confe-
rências, de acordo com o conhecimento que eles receberem de tempos em tempos.
E que meu servo Sidney Rigdon consagre e dedique ao Senhor esta terra e o local
para o templo. E que se convoque uma conferência; e que depois os meus servos
Sidney Rigdon e Joseph Smith Júnior regressem; e também Oliver Cowdery com
eles, para concluírem o restante da obra que lhes designei em sua própria terra; e o
restante, como for determinado pelas conferências. E que nenhum homem regresse
desta terra sem testificar pelo caminho aquilo que sabe e em que seguramente
acredita. E que seja tirado de Ziba Peterson o que lhe foi conferido; e que ele per-
maneça como membro da igreja e trabalhe com as próprias mãos, juntamente com
os irmãos, até que seja suficientemente castigado por todos os seus pecados, pois
ele não os confessa e pensa escondê-los. Que os demais élderes desta igreja, que
estão vindo para esta terra, alguns dos quais são extremamente abençoados, tam-
bém realizem uma conferência nesta terra. E que meu servo Edward Partridge dirija
a conferência que será realizada por eles. E que também regressem pregando o
evangelho pelo caminho, testificando quanto às coisas que lhes forem reveladas.
Pois, em verdade, o som deverá partir deste lugar para todo o mundo e para os con-
fins da Terra—o evangelho deverá ser pregado a toda criatura; e sinais seguirão os
que crerem. E eis que o Filho do Homem vem. Amém.

Em muitas das suas revelações, o dinheiro de Martin Harris sempre foi um
“objeto” exagerado. Martim Harris foi um “boneco” nas mãos de Joseph Smith Jr.
Serviu de joguete para ele alcançar seus propósitos. Sem seu dinheiro não seria
possível nem a impressão do Livro de Mórmon. Os demais projetos do mormonismo
inicial não seriam realizados sem a ajuda financeira de Martim Harris.
O olho espiritual de Joseph Smith Jr. sempre estava aberto sobre as finanças
de seus seguidores membros devotados. Para roubar-lhes de seus bolsos, ele só
tinha de emitir uma revelação.
Na revelação anterior, Martin Harris é chamado, in persona própria, para en-
tregar seu dinheiro ao bispo, mas apenas como um exemplo para todos os outros.
Neste caso, Joseph Smith Jr. julgou correto agir assim, pois ele sabia muito bem o
modo pelo qual Martin se associara com ele. Conhecia-o muito bem. Proferindo uma

132

revelação, mencionando uma das “prováveis testemunhas do livro de Mórmon”, ou-
tros poderiam ser enganados.
Essas revelações estão publicadas num livro chamado de Doutrina e Convê-
nios e podem ser acessadas inclusiveon line, em sites da Igreja.
Uma grande variedade de mandamentos foram dados por via oral, em ocasi-
ões especiais. E tal foi o entusiasmo dos seguidores de Smith, que todas as negoci-
ações internas que ele desejou controlar, ninguém se opôs. Bastava apenas mais
um mandamento e os incautos membros obedeciam prontamente.
O controle de Smith sobre seus devotos mais humildes, foi bem exposto nu-
ma revelação, que garantiu aos seus herdeiros uma simples gleba de 142 hectares
das terras mais valiosas e um templo de pedra, na cidade de Kirtland, Ohio.
Funcionava assim, quem possuía um lote ou propriedade valiosa em Kirtland,
cedia esses para Joseph Smith. Em troca, recebiam promessas de viverem numa
sociedade celestial no Estado de Missouri, em lugares com os sugestivos nomes de
"Nova Jerusalém", "Sião", ou outros nomes. Tinham muitos nomes pelos quais eram
chamados os lugares onde os membros se reuniriam. Após as transações legais, os
membros iam ao Missouri. Chegando lá, não tinham nem onde morar. Na prática,
não era bem conforme pensavam.
Quando os membros passavam suas propriedades, passavam da seguinte
forma: para Joseph Smith Jr., como presidente, e a seu sucessor no cargo. Eis aqui
algumas das razões porque se arvoraram vários pretendentes ao cargo de sucessor
de Joseph Smith. Não era só o cargo que estava em questão, nem a pretensão de
receber revelações de Deus, mas sim a herança dos incautos e humildes membros.
Eber Dudley Howe diz em seu livro que as transações eram feitas de maneira
honesta, na sua maneira de fazer negócios, mas tinha muitas dúvidas se as grandes
somas de dinheiro que Joseph Smith Jr. levantava, foram obtidas de forma honesta.
E foi assim que Joseph Smith Jr., o “profeta” adquiriu suas posses de imóveis
num país rico e próspero, enquanto seus crédulos membros foram despachados pa-
ra a floresta de Missouri, e obrigados a "lançar seus dinheiros ao bispo", com a pro-
messa de receberem uma "herança" de cerca de 40 hectares de terra, se eles fos-
sem tão afortunados para possuírem o suficiente para comprá-lo. Pois as terras no
Missouri não eram de graça. Qualquer membro que desejasse, teria que comprar.
Mas como comprar se o dinheiro fora entregue ao bispo?

JOSEPH SMITH E A MAÇONARIA!
(Escrito por um Ex-Bispo Mórmon)

O termo Maçonaria, segundo a Wikipédia, define-se como Maçonaria é
uma sociedade discreta e por ser discreta, entende-se que se trata de ação reserva-
da e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam... A maçonaria é
uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem
distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências

133

são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar
sempre de ir à busca da perfeição.
Muitos dos primeiros Mórmons eram maçons, como Joseph Smith, o irmão de
Joseph Hyrum, Heber C. Kimball, Fordham Elias, Newel K. Whitney, James Adams,
e John C. Bennett, além de Brigham Young e muitos outros líderes Mórmons mo-
dernos.
Alguns apologistas Mórmons defendem que Joseph Smith filiou-se à maçona-
ria para resgatar antigos símbolos perdidos e que “restaurou” esses símbolos para
dentro da igreja Mórmon. Se Smith foi realmente um profeta, como os Mórmons
afirmam, um homem que recebia revelações diretamente de Deus, então fica a
questão: Porque precisou entrar para a maçonaria e plagiar seus sinais e símbolos e
adaptá-los para dentro dos templos Mórmons? Por que não recorreu à ajuda divina
(revelação) para “restaurar” tais ordenanças? Isso coloca uma grande dúvida quanto
à missão profética de Smith, tão defendida pelos Mórmons fanáticos.
Michael W. Homer, um pesquisador escreveu “Dialogue” no qual cita as simi-
laridades do sacerdócio na maçonaria e a relação entre Maçonaria e o Mormonismo,
um trabalho extenso com mais de 300 páginas (ainda não traduzido para o portu-
guês). Também cita a influência da “kabala” no mormonismo através de Joseph
Smith, que incluem uma conexão de ocultismo e segredos ligados a rituais secretos
e sociedades secretas. Notamos a contradição dos Mórmons: ao mesmo tempo em
que se afundam em ocultismo, rituais secretos, etc.. E afirmam ao mesmo tempo em
crer que as sociedades secretas citadas no Livro de Mórmon são do diabo.
Na bíblia não encontramos evidências de que existiam segredos e palavras
secretas que os Mórmons utilizam em seu dia a dia, famosas práticas secretas, tais
como: “investiduras, selamentos, senhas, apertos de mão maçônicos e rituais secre-
tos”. Tais práticas não encontram apoio bíblico, provando que o ocultismo e as soci-
edades secretas tão combatidas pelos Mórmons façam parte dessa contradição la-
tente, persistindo ao mesmo tempo duas formas de cultos na igreja Mórmon: o públi-
co (capelas) e o seletivo (templos). Mórmons não dizimistas são impedidos e entrar
no templo Mórmon, por isso é considerado seletivo e discriminatório.
O interessante é que a grande parte dos adeptos do mormonismo desconhe-
ce essa conexão entre a Maçonaria e a Igreja Mórmon, acreditando piamente que
são coisas “sagradas” e não “secreta”. Um verdadeiro engano e ignorância, pois es-
tá claro que os rituais secretos são totalmente anti-bíblicos e anticristãos.
Brigham Young disse: “o endowment é para receber todas as ordenanças da
Casa do Senhor que são necessárias para que, depois de ter deixado esta vida, a
pessoa possa caminhar de volta à presença do Pai, passando pelos anjos que ficam
como sentinelas, e estando aptos a dar-lhes as palavras-chave, os sinais e símbo-
los, pertencentes ao Santo Sacerdócio, e ganhar a sua exaltação eterna".
Assim sendo, podemos classificar o mormonismo como uma mistura de ma-
çonaria, rituais secretos e juramentos com cristianismo, uma verdadeira maçaroca
de ocultismo com cristianismo e suposta revelação moderna, deixando seus segui-

134

dores alienados e amedrontados com tantas exigências e ameaças pelos “juramen-
tos de sangue” existentes dentro dos templos Mórmons.
Ainda assim insistem em afirmar que é a única igreja verdadeira sobre a face
da terra e que as demais religiões estão todas erradas e são do diabo.
Os Mórmons são presunçosos em fazer tal afirmação, pois existem muitas
questões a serem esclarecidas, as quais, muitos membros desconhecem.

JOSEPH SMITH ERA QUALIFICADO PARA LIDERAR O POVO DE
DEUS?

Para começar este pequeno artigo, citarei algumas escrituras aceitas pela
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Essas escrituras estão inseridas
no contexto escriturístico de doutrina empregada aos membros da referente igreja:
1 Timóteo 3:2 “um bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher..."
Tito 1:5-6 “...Ordenar anciãos em cada cidade (...) alguém que seja irrepreen-
sível, esposo de uma só mulher..."
Jacó 2:24 (Livro de Mórmon) "Eis que Davi e Salomão realmente tiveram mui-
tas esposas e concubinas, coisa que foi abominável diante de mim, diz o Senhor”.
Historiadores membros da Igreja Mórmon, admitem que Joseph Smith casou
com 33 mulheres, além de Emma Hale. Destas, 10 eram adolescentes, meninas e
moças. 11 mulheres foram tomadas de seus maridos, pois eram casadas.

1– Fanny Alger 16 anos 18-Flora Ann Woodworth 16 anos
2– Lucinda Morgan Harris 37 anos 19-Emily Dow Partridge 19 anos
3– Louisa Beaman 26 anos 20-Eliza Maria Partridge 22 anos
4- Zina Huntington Jacobs 20 anos 21-Almera Johnson 30 anos
5- Presendia Huntington Buell 31 anos 22-Lucy Walker 17 anos
6- Agnes Coolbrith 33 anos 23-Sarah Lawrence 17 anos
7- Sylvia Sessions Lyon 23 anos 24-Maria Lawrence 19 anos
8- Mary Rollins Lightner 23 anos 25-Helen Mar Kimball 14 anos
9- Patty Bartlett Sessions 47 anos 26-Hanna Ells 29 anos
10-Marinda Johnson Hyde 27 anos 27-Elvira Cowles Holmes 29 anos
11-Elizabeth Davis Durfee 50 anos 28-Rhoda Richards 58 anos
12-Sarah Kingsley Cleveland 53 anos 29-Desdemona Fullmer 32 anos
13-Delcena Johnson 37 anos 30-Olive Frost 27 anos
14-Eliza R. Snow 38 anos 31-Melissa Lott 19 anos
15-Sarah Ann Whitney 17 anos 32-Nancy Winchester 14 anos
16-Martha McBride Knight 37 anos 33-Fanny Young 56 anos
17-Ruth Vose Sayers 33 anos


Deixei em destaque, as meninas e moças, bem como, suas respectivas ida-
des.
Quando eu era um membro ativo da Igreja Mórmon, qualquer assunto que se
direcionasse a poligamia, logo era rebatido com respostas como: As mulheres eram

135

muitas e faltavam maridos. Batizam-se mais mulheres do que homens na Igreja. Ou-
tro argumento era que os homens se envolviam em guerras e as mulheres ficavam
viúvas. Outro ainda era que foi um mandamento de Deus e que se Joseph não cum-
prisse esse mandamento seria destruído por Deus.
Mas, felizmente agora posso raciocinar com mais calma: Não pertenço mais
ao mormonismo. Porque as meninas? Muitas delas ainda nem menstruavam. Se-
gundo um estudo realizado e publicado recentemente, as meninas do século XIX,
nos Estados Unidos, menstruavam por volta dos 16 anos de Idade. Porque essa tara
por meninas? Era um mandamento de Deus ou Joseph Smith era um perigoso pedó-
filo?
Porque as mulheres casadas? Não estavam perante os membros da Igreja,
várias escrituras condenando veementemente o adultério? Então, porque mandar os
homens para missões e seduzir suas esposas? Que Deus seria esse que daria
mandamentos explícitos e depois mandaria seu representante aqui na Terra revogar
suas ordens?
Sinceramente! No meu entendimento, Joseph Smith foi a maior fraude ecle-
siástica que o século XIX produziu no hemisfério ocidental. Não consigo perceber
coerência em nada relacionada à doutrina que ele organizou e fundou. Nem nas su-
as obras. São todas contraditórias e não tem embasamento científico. Cada um
acredita no que quiser. Eu creio que uma pedra pode ter mais poder ou igual poder
do que Joseph Smith.
31


LIDERANÇA AUTORITÁRIA!

O mundo da religião, no século moderno gira em torno de uma imagem publi-
citária. As pessoas querem investir em líderes. O Papa católico, o guru budista Dalai
Lama, alguns padres católicos e para alguns, o profeta Mórmon Thomas S. Monson.
No mundo corporativo, isso acontece há tempos. É só perceber quantos clientes e
seguidores têm Bill Gates e Mark Zuckerberg. No mundo da religião não é diferente.
A ideia de um “profeta vivo” na terra em nossos dias, sendo o “único representante
de Deus” soa muito convincente para algumas pessoas. Assim como todo o marke-
ting da Nike que nos diz “para nunca comprarmos sapatos e que devemos comprar
mais do que simplesmente sapatos”. Esse tipo de mensagem subjetiva induz as
pessoas a compreender, que elas não só compram a “verdade”, mas que também
compram a “autoridade moral”, a“estabilidade social” do presente e, certamente, do
futuro. Essa mensagem, muitas vezes induz a um erro, difícil de ser identificado.

Quando você dá suas ovelhas para um pastor cuidar delas, ele terá mais do
que o seu próprio rebanho. Ele também terá as ovelhas do seu vizinho, por força do
instinto do rebanho do vizinho. Essa tese reforça o fenômeno a respeito de porque
uma parte das pessoas aceita a doutrina Mórmon. E reforça o entendimento de por-

31
Fonte para produção do texto:
http://4mormon.org/card-ldspolygamy.php

136

que se convertem ao mormonismo. Isso vem da observância das doutrinas e práti-
cas de outras denominações. A maioria absoluta das pessoas, por instinto nato quer
religião, precisam e vivem sob a autoridade dogmática religiosa.

Mas o domínio do sucesso deve ser autorizado. Quem autoriza são os segui-
dores, os membros da igreja. Muitas vezes nem se dão conta de que a autoridade a
que seguem é autoritária. Isso devido à intensidade de alienação e comprometimen-
to praticados. Assim, não é surpreendente que as religiões que mais crescem no
mundo, muito rapidamente são aquelas, que pregam exclusividade. Pelo menos foi
assim até os anos de 1990.

Num mundo globalizado, onde as escolhas são realizadas via e-mail, touch e
click, a palavra de ordem é diferenciação do produto.O consumidor racional pensa
que a religião em geral fará dele uma pessoa melhor. Assim, o truque não é para
vender religião como verdade em si, mas como um pacote. No caso do mormonis-
mo: “Não só temos a Bíblia, nós também temos um profeta que supervisiona a única
e verdadeira Igreja.”

Para a maior parte, a maior vantagem de ter uma figura de autoridade na li-
nha de frente não é tanto a liderança, mas a visibilidade do “profeta vivo”. Quando a
autoridade é visível, a fé é menos exigente. O escritor Albert Camus diria: “É da na-
tureza dos seres humanos, evitarem fazer difíceis escolhas morais, e assim deixa-
mos que os nossos líderes decidam por nós”. Para os membros da igreja SUD,
o “profeta” preenche esse papel com entusiasmo. Ele é a “autoridade carismática”,
que estende sua influência por meio de um continuo e visível poder, a hierarquia do
sacerdócio. Afinal de contas, o profeta fala com Deus.

Num artigo encontrado na internet intitulado “Por que seu vizinho entrou para
a Igreja Mórmon?”, O autor evangélico admitiu: “Num dia, quando muitos hesitam em
afirmar que Deus nos diz algo, os Mórmons se destacam nesse contraste. Aparen-
temente, muitas pessoas estão prontas para ouvir o que os Mórmons alegam ser a
voz de Deus. O trágico é que a sua mensagem é falsa! Mas isso no fundo não im-
porta, não deixa de ser uma lição para nós que as pessoas estão muitas vezes pron-
tas para ouvir uma voz de autoridade”.

Então posso concluir que por mais que provemos que o mormonismo é falso,
sempre terá alguém, em algum lugar, pronto para ouvir a mensagem que os missio-
nários estarão vendendo. É incrível como são as pessoas. Num momento de fraque-
za, de instabilidade emocional, de carência. Justamente nesse momento, bate às
suas portas dois rapazes com a “verdade” salvadora. Sinto muito por estas pessoas.
Fui um dia uma delas.
32


32
Referencias para a elaboração do texto:
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/

137


LIDERANÇA AUTORITÁRIA – PARTE 2!

Como pode ser a Igreja Mórmon a única e verdadeira? Com liderança autori-
tária, membros hipócritas e invejosos?
A história que narrarei a seguir é verídica, ocorrida no interior do Estado do
Rio de Janeiro. Apenas omiti nomes para manter sigilo e discrição. Uma família
Mórmon requisitou a quadra de esportes para o Presidente do Ramo e o mesmo foi
rápido em liberar a mesma, já que se tratava de esportes coletivos (futebol e vôlei)
para que jovens do bairro (não Mórmons) que residiam ao redor da capela pudesse
desfrutar da mesma, já que ela permanecia sempre trancada e dificilmente era utili-
zada.
Com o passar dos meses, a quadra da capela estava sendo muito utilizada
(os jogos eram semanais) e os missionários do Ramo acabaram se envolvendo nas
atividades, uma vez que a maioria dos jovens não eram batizados na igreja Mórmon.
Agendavam palestras, os jovens estavam cada vez mais se interessando pelas ati-
vidades da igreja e alguns até frequentavam algumas reuniões dominicais.
Como o Ramo era pequeno e “quase parando” em tudo (baixa frequência,
pouquíssimas atividades, desânimo geral dos membros), as pessoas invejosas e
egoístas (Mórmons), sentiram “dor de cotovelo” da família que promovia as ativida-
des na quadra e começaram a fazer várias fofocas, de modo que até a liderança
maior (Presidência de Distrito) prontamente lacrou a quadra de esportes, proibindo
as atividades dos jovens.
Acontece que o próprio Presidente do Distrito havia anteriormente dado auto-
rização ao Presidente de Ramo para que tais atividades fossem realizadas e depois,
simplesmente lacrou a quadra, autoritariamente, sem qualquer explicação.
Isso causou revolta na família que promovia as atividades com os jovens, e as
famílias desses jovens ficaram sabendo de toda história e proibiram seus filhos a
frequentarem as reuniões e atividades da igreja, o que causou por sua vez revolta
aos missionários que já tinham inclusive conseguido “infiltrar-se” nas famílias desses
jovens para tentar batizar todos na igreja Mórmon. Todo trabalho foi por água abaixo
com a quadra trancada, com três cadeados enormes.
Resultado: a família que promovia as atividades com a juventude afastou-se
da igreja Mórmon, todos ficaram revoltados com o descaso da liderança e a inveja
dos membros daquele ramo e nunca mais pisaram os pés na capela.
Os missionários foram retirados daquele Ramo pelo Presidente da Missão,
que sabendo do rolo causado, das fofocas e intrigas causadas pela inveja e maledi-
cência dos líderes e dos membros, deu um basta, ficando aquele Ramo praticamen-
te vazio e todo o quarteirão e arredores da capela (os não membros) comentam até
hoje como a igreja é falsa e sempre fechada aos visitantes, abrindo só aos domingos
pela manhã no horário das reuniões.
As reuniões do Ramo diminuíram a frequencia e com as fofocas muitos mem-
bros também se afastaram da igreja, muitos desconfiados com a atitude da liderança

138

do Distrito, que barrou de forma abrupta e autoritária as atividades desenvolvidas na
quadra de esportes daquela capela.
Os Mórmons fanáticos de plantão poderão até insinuar que tudo isso é reve-
lação e inspiração, porém, analisem se Deus age dessa maneira: enxotando as pes-
soas, trancando quadras para as atividades sadias e comunitárias... Foi um erro gri-
tante da liderança e dos membros daquele Ramo, que estão pagando caro pelo tro-
peço em achar que são os melhores, os únicos verdadeiros e que ninguém mais po-
de realizar atividades melhor que eles.
A igreja Mórmon está cada vez mais isolada e vazia. Seus membros cada vez
mais fanáticos, alienados e achando que são exclusivos, que as demais pessoas de
outras religiões pertencem ao diabo e não a Deus. Assemelham-se a um bando de
fanáticos, cada vez mais fracos e distantes da realidade: que somos todos irmãos,
que não será igreja, rituais secretos, frequência à religião que irá nos salvar, mas
sim tratar a todos com respeito e dignidade, independente da religião que professa-
mos.
33


LÍNGUA ERRADA NO LIVRO DE MÓRMON!

Estou quase fazendo um livro só com os erros encontrados no livro de Mór-
mon. Se eu resolver, dará um grande volume, com muitas páginas. O livro de Mór-
mon foi publicado originariamente em 1830 por Joseph Smith Junior. Hoje os direitos
autorais pertencem para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Além
dos muitos erros encontrados por cientistas e críticos, vejamos mais alguns encon-
trados por diversas pessoas que estudam com empenho o conteúdo do livro. Neste
grupo, sem dúvida, estão inclusos, membros da Igreja.

Vou começar com a língua em que Néfi diz ter escrito nas placas. Néfi que é
apontado no livro de Mórmon, como descendente da família de Israel, portanto, um
hebreu. Ele reivindicou registrar os seus eventos "na língua de seu pai (Lehi), que
consiste na aprendizagem dos judeus e na língua dos egípcios." Isso está assim em
1 Néfi 01:02 “Sim, faço um registro na língua de meu pai, que consiste no conheci-
mento dos judeus e na língua dos egípcios.”

33
(A pedido do autor deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, somen-
te se ele mesmo me autorizar. Todavia, o texto acima é verdadeiro e causou desconforto entre os
envolvidos).

139

De acordo com a tradição judaica, nenhum judeu piedoso jamais faria qual-
quer registro das escrituras na língua egípcia. Ele sempre usaria apenas em hebrai-
co. Digamos que Néfi fosse um judeu apóstata. Nesse caso, um judeu apóstata po-
deria perfeitamente usar a língua egípcia, mas um judeu devoto, mesmo se soubes-
se egípcio, jamais o usaria para escrever um “santo livro". Ele só iria usar hebraico.
Um judeu devoto jamais iria escrever o nome sagrado de Deus "YHWH" em egípcio.
Isto seria uma abominação inconcebível e um sacrilégio. Joseph Smith nunca soube
disso. Ex.: "O Senhor ordenou..." I Néfi 2:2.
Em Mosiah 1:4 diz que “Porque não teria sido possível a nosso pai, Lehi, lem-
brar-se de todas estas coisas para ensiná-las a seus filhos, se não fosse pelo auxílio
destas placas; pois tendo ele sido instruído no idioma dos egípcios podia, portanto,
ler estas gravações e ensiná-las a seus filhos, para que assim eles pudessem ensi-
ná-las a seus filhos, cumprindo desta forma os mandamentos de Deus até o presen-
te.”
De acordo com os ensinamentos de Joseph Smith e seus sucessores, o livro
de Mórmon foi escrito originariamente em placas de ouro na língua egípcia.

Suposta transcrição de trecho do Livro de Mórmon nos caracteres originais,
atribuída a Joseph Smith
Mais especificamente, egípcio reformado. Segundo Mórmon 9:32 “E agora,
eis que escrevemos este registro de acordo com nosso conhecimento, em caracte-
res denominados por nós egípcio reformado, sendo transmitidos e alterados por nós
segundo nossa maneira de falar.”
Esta alegação, assim como praticamentetodas as alegações
de autenticidadehistórica do Livro de Mórmon, é rejeitadapelos historiadores não-
Mórmons e cientistas. Tal lingua, o egipcio reformado,jamais foi encontrado. Não há
qualquer indício de sua existência, nem no velho mundo, nem no continente Ameri-
cano.
Entretanto, as autoridades gerais da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias afirmam que linguisticamente oLivro de Mórmon, foi escrito mesmo na
lingua reinvindicada no texto escriturístico, ou seja, em egipicio reformado.
Ambos os críticos e os promotores do Livro de Mórmon têm usa-
do métodoslinguísticos para analisar seu conteúdo textual. Os promoto-
res têm publicadoalegações de formas estilísticas de que Joseph Smith e seus con-

140

temporâneos não são suscept íveis de ter conhecido, a s-
sim comosemelhanças com egípcios e hebreus.
Já os críticos do Livro de Mórmon alegam que existem lugares onde a língua
éanacrônica e sugestiva de uma origem doséculo XIX, consistente com a criação
deJoseph Smith e sua experiência de vida. Bemcomo os livros e outras literaturas-
publicada imediatamente anterior ao tempo em que o Livro de Mórmon foi publicado.
Por volta do ano de 1825. Vejamos alguns exemplos:

 “Visões dos Hebreus” de Ethan Smith;
 “The Wonders of Nature” de Josiah Priest;
 “Manuscrito Encontrado” de Solomon Spalding.

A credibilidade dos líderes da Igreja, começando pelos sucessores de Joseph
Smith Junior deixa a desejar. Primeiramente, se é correta a tradução original da su-
posta lingua “egipcio reformado”, logicamente, os sucessores de Joseph deveriam
ter o mesmo poder para a tradução para as muitas línguas estrangeiras a partir
da linguagem original. Ou seja, o egípcio reformado e não das traduções inglesas.
O que vemos é totalmente o contrário! Além de não traduzir nada em egípcio
reformado, a presidência da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias fica
alterando o texto original. Calcula-se que já fizeram milhares de pequenas altera-
ções supressões e adições no texto do Livro de Mórmon. Quem quiser, é só pegar
um exemplar de 1830 e comparar.
Apenas Joseph Smith parece ter lidado com essas "placas de ouro" e a língua
egípcia. Em tempo algum, nenhum linguista habilitado teve chance de estudá-las.
Elas foram supostamente tomadas de volta pelo "anjo" Morôni e nem mesmo os
“profetas” Mórmons posteriores tiveram acesso aos originais. Seria desconfiança de
Deus para com seus servos aqui na terra? O que tinha Joseph melhor do que os
seus sucessores? Definitivamente! É difícil de aceitar o livro de Mórmon como escri-
tura inspirada.
34


LIVRO DE MÓRMON! NUNCA MAIS LEREI.

Por cerca de 18 anos freqüentei de forma assídua, como associado ou mem-
bro, uma seita religiosa que tem ramificações aqui no Brasil. Digo seita porque pos-
suo fundamentos para afirmar isso. Por mais que insistam em afirmar que são uma
Igreja, não passam de uma seita originada no século XIX, nos Estados Unidos. No
Brasil são formalmente estabelecidos como Associação. Mas o nome popular adota-
do é “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Parece incrível! Minha
conversão ou convencimento de que seus ensinamentos eram corretos deu-se num

34
Referências: A Origem do Livro de Mórmon. On line: Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Origem_do_Livro_de_M%C3%B3rmon#Pl.C3.A1gio_de_.22The_Wonders_
of_Nature.22
O Livro de Mórmon Site de Buscas: www.google.com.br

141

momento em que eu trabalhava no norte do Brasil, na cidade de Belém do Pará.
Naquela ocasião, eu estava meio que isolado de amigos. Quando os Mórmons (no-
me que as demais pessoas chamam os membros dessa seita) apareceram certa vez
na minha porta, numa manhã ensolarada, supriram-me a falta de amigos. Eu era
solteiro e nem namorada tinha naquele lugar. Mostraram-se muito alegres e simpáti-
cos. Eram americanos, falavam o português com sotaque bem acentuado.
Falaram-me de muitas coisas relacionadas à religião. Falaram de Jesus Cristo
e me deram um Livro. O Livro de Mórmon. Disseram-me que se tratava de outro tes-
tamento de Jesus Cristo. Disseram-me que o livro contava acontecimentos ou fatos
ocorridos aqui na América, antes de Cristóvão Colombo. Testificaram-me, que aque-
le livro era verdadeiro e que o próprio Deus o tinha preservado para esta nossa épo-
ca. Na minha ingenuidade e ignorância, comecei a ler o tal livro. Tinha uma parte
que parecia cópia fiel da bíblia. Era igual ao encontrado em algumas partes de Isaí-
as, Malaquias e no livro de Mateus. Era confuso quando chegava nesta parte, por-
que o entendimento era dificultoso. Todavia, com o passar do tempo, comecei a
aceitá-lo como verdadeiro. Eu estava envolto naquela doutrina, com pessoas que
não paravam de falar que “o livro é verdadeiro”. E, de tanto ouvir essa frase, come-
cei a crer que era verdade. Não sabia, enquanto estava naquele meio, que não exis-
tia nenhuma evidência científica que comprovasse que o Livro de Mórmon era ver-
dadeiro. E isso perdurou na minha vida por 18 anos. Qualquer um que ler isso vai se
surpreender e achar que fui um tolo. Um idiota em acreditar numa fábula como essa.
A seita tem sua doutrina alicerçada sobre a crendice de que um tal Joseph Smith,
seria um pretenso profeta de Deus do século XIX. E, também, o cotidiano uso do
Livro de Mórmon. Mas quero justificar que a doutrina é extremamente alienista. É
hipnotizante e te deixa completamente à mercê dos líderes que não querem outra
coisa, a não ser dinheiro.
Por 18 anos eu não sabia, porque não é difundido dentro da seita, que geneti-
cistas Mórmons e não Mórmons atestaram que 99,6% são as probabilidades dos
índios americanos serem descendentes de povos orientais e não de judeus como é
ensinado no Livro de Mórmon.
Joseph Smith dizia que o Livro de Mórmon fora traduzido de umas placas de
ouro, escritas numa língua chamado egípcio reformado. Esse egípcio reformado era
uma língua que homem algum conhecia, mas era a língua na qual Mórmon (o pai de
Morôni) escreveu as placas de ouro ao redor do ano 384 a 421 d.C., pouco antes de
morrer. Para muitos constitui um problema que esta língua fosse reproduzida no Li-
vro de Mórmon com as mesmas palavras da Bíblia do Rei Tiago de 1611, em cente-
nas e milhares de lugares. Não parece provável que o egípcio reformado, uma lín-
gua não conhecida de homem algum e que havia desaparecido da terra por mais de
mil anos antes do ano 1611, ano em que foi publicada a Bíblia do Rei Tiago, conteria
milhares das mesmas palavras e frases, na ordem exata em que são encontradas
na versão da Bíblia do Rei Tiago. Até as palavras em itálicos da versão do Rei Tia-
goaparece no Livro de Mórmon. Joseph Smith não as sublinhou, mas incluiu as no
texto do Livro de Mórmon como se fossem as palavras de Deus. Os eruditos que

142

fizeram a “versão do Rei Tiago”sublinharam certas palavras para prevenir o leitor de
que elas não se encontravam no texto original grego ou hebraico, mas foram acres-
centadas para uma leitura mais fluente ou para explicações. Alguns dos muitos
exemplos de palavras sublinhados contidas naversão do Rei Tiago e no Livro de
Mórmon podem ser vistas comparando Isaías 53:2, 3, 4 com Mosías 14:2, 3, 5.
Como o Livro de Mórmon poderia ter sido escrito em Egípcio reformado se es-
ta língua nunca existiu. Os hebreus de quem os judeus fazem parte odiavam os
egípcios. Consideravam um povo pagão. Porque Deus permitiria que o Livro de
Mórmon fosse escrito numa língua pagã? Cheia de desenhos? Não seria possível
colocar todo o conteúdo do livro e mais um terço das placas seladas apenas com
desenhos ou hieróglifos egípcios.
Outro problema que eu não sabia, ou me passou despercebido foi sobre a
sua tradução. Se o livro e Mórmon é a palavra de Deus, ditada palavra por palavra,
porque então foram feitas milhares de alterações em edições posteriores à original
de 1830? Segundo constam nos registros históricos, Joseph Smith ao traduzir as
placas, olhava para dentro de um chapéu, como o auxílio de uma pedra, aparecia a
frase como uma legenda para ele. Joseph ditava ao escrevente, palavra após pala-
vra. Se a tradução não estivesse correta com uma só palavra suprimida ou acres-
centada, ele não poderia continuar a tradução. A próxima frase ou próxima palavra
não aparecia, consequentemente, Joseph não podia transmitir ao escrevente ou
continuar a tradução. Foram acrescentadas, diminuídas ou alteradas cerca de 3 mil
vezes partes do texto original, incluíndo um problema mui grave, de racismo explícito
contido no livro. Deus se enganara ao traduzir?
Por 18 anos nunca me dei conta sobre o peso das placas de ouro. Conforme
as dimensões descritas por Joseph Smith e recalculadas inúmeras vezes por inúme-
ras pessoas, deveriam ter mais de 120 quilos. Seria impossível para um homem só,
levantá-las e transportá-las. E manuseá-las constantemente, sem que a esposa ou
um dos escreventes pudesse vê-las.Críticos da igreja muitas vezes usam o peso das
placas de ouro como prova de que a história do Livro de Mórmon não é verdadeira.
Eles fazem cálculos complexos para mostrar como placas de ouro, com as dimen-
sões descritas pelas testemunhas, devia pesar uns 120 quilos.
Na livraria Tanner’s, em Salt Lake City, foi construída uma réplica das placas
de ouro utilizando placas de chumbo, que é mais leve do que o ouro. Eles desafiam
os irmãos a levantarem e carregarem as placas ao redor da sala.

143


Os críticos dizem que Joseph não poderia jamais ter carregado e trabalhado
com essas pesadas placas de 120 quilos. Ainda, o ouro puro seria muito maleável
para ser gravado permanente.
E por 18 anos não percebi que o livro é tão absurdo. Nele encontramos fanta-
sias como homens vestidos de armaduras, espadas e capacetes de metal e aço.
Quando Cristóvão Colombo aportou na América, não encontrou nenhum índio vesti-
do com nenhum artefato semelhante ao descrito no Livro de Mórmon. Eles viviam na
idade da pedra lascada ou polida. Os metais não eram utilizados com fins armamen-
tistas.
As cidades descritas no Livro de Mórmon nunca existiram. Nunca foi encon-
trado nenhum vestígio que datasse da época em evidência no Livro, até por volta de
400 d.C. o que os arqueólogos encontram sempre são ruídas de povos que viveram
mais de mil anos após os eventos do Livro de Mórmon.
O alerta que deixo aqui é, de que não devemos nos embrenhar de corpo e
alma em nenhuma organização aparentemente boa, com pessoas alegres e cordi-
ais. Devemos desconfiar da doutrina, principalmente quando percebemos muitas
novidades contrárias às tradicionais.
Felizmente tive coragem e sobriedade. Consegui me desvencilhar da seita e
joguei todos os livros dela no lixo. Não me serviram para nada. Não me acrescenta-
ram nenhum ensinamento proveitoso. Minha família melhorou consideravelmente
depois de abandonarmos a causa Mórmon. Aliás, aconselho a todos os membros
dessa seita que lerem meu artigo a fazerem o mesmo. Existe mais vida em abun-
dância fora das garras alienistas da doutrina Mórmon do que vocês jamais imagina-
ram. Principalmente os jovens que foram criados sob os domínios da hipnose coleti-
va, achando que são felizes. Mas na realidade a verdadeira felicidade não consiste
em seguir dogmas algum, nem em dar dinheiro para Deus. Ele não precisa de di-
nheiro.

MAIS DE 10% DE DÍZIMO!

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Como pode um jovem dizer que é plenamente feliz no mormonismo? O que é
ser feliz tendo que se submeter a dogmas aliciatórios? Como encontrar a felicidade
dentro de uma entidade eclesiástica? São muitas perguntas intrigantes na cabeça
dos jovens Santos dos Últimos Dias.
Aprendem desde cedo na organização chamada "primária", sobre assuntos
que os nortearão por toda uma vida. Aprendem sobre o dízimo e as ofertas. Não im-
porta se as pequenas crianças não saibam distinguir o que é um real. Nem que não
percebam a diferença entre uma cédula de 10 e outra de 100.
Para os líderes Mórmons, o que importa é que eles aprendam a doar. Deposi-
tar seu dinheiro nos cofres da Igreja. Então vemos alguns exemplos disso: Aos pais
são ensinados a doarem algum dinheiro a seus filhos como forma de pagamento por
algo. Pode ser uma mesada ou simplesmente uma gratificação por qualquer serviço
doméstico.
Aos filhos são ensinados que devem pegar esse dinheiro e tirar uma décima
parte dele e doarem para a Igreja. Não importa que o pai já tenha contribuído com
seu dízimo de forma integral, a Igreja requererá mais um pouco, ou seja, os 10% do
dinheiro do filho. Com esses atos, a Igreja embolsará mais de 10% dos rendimentos
daquela família.
Ninguém consegue perceber essas armadilhas. Quando falo isso, sou logo
tachado de maluco. Mas o certo é que com a matemática não se pode brincar. Ve-
jamos um exemplo prático que presenciei: Um certo pai de família ganha 1 mil reais
por mês. Seu dízimo será 100 reais. Durante o mês, ele deu a seu filho 50 reais por
serviços prestados ou a título de mesada. A Igreja requererá do filho os 10% do dí-
zimo que dará 5 reais. O dízimo daquela família, naquele mês deu 105 reais, ou se-
ja: 10,5% e não 10% como está escrito nas escrituras.
De pequenos delitos como este, a igreja arrecada milhares de dólares no final
de cada mês. Imaginem as milhares de crianças Mórmons pagando 1 dólar ou 1 real
por mês? Ninguém se dá conta dessa espoliação generalizada e descarada. Ne-
nhum pai de família reclama dessa exigência a maior do dízimo familiar por parte da
Igreja Mórmon.
As crianças são inocentes. Aprendem essa e outras doutrinas na tenra idade,
na primária de suas Alas. Aprendem a obedecer sem questionar. Aprendem que ali,
naquela aula está toda a verdade e que em outras religiões não encontrarão a paz e
a felicidade que existe no mormonismo. Pensam que são felizes. Mas não são. O
grande número de Mórmons consumidores de antidepressivos nos Estados Unidos
responde claramente a essa questão.
Como saber se são felizes se não experimentaram outras formas de cultura
ou de vida? Tenho debatido muito sobre isso com os jovens Mórmons que entram
neste blog ou me enviam e-mails tentando me convencer que são felizes.
Onde está a verdadeira felicidade? Há alguém nessa terra que pode se con-
siderar plenamente feliz? Na verdade não há uma única pessoa que possa dizer que
é plenamente feliz. Nem no mormonismo nem fora dele. Mas há pessoas que são

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mais felizes e outras menos felizes. A maneira como vivem e como encaram o mun-
do e suas adversidades faz com que possam se sentir melhores ou piores.
Não é necessário religião, dogmas, doutrinamento ou lavagem cerebral para
que as pessoas possam ser mais felizes ou menos felizes. Sinto muito pelos milha-
res de jovens que ficam engaiolados ou acorrentados dentro das muitas religiões
existentes.
No caso do mormonismo, o objetivo desse avassalador doutrinamento infantil
é cativar e convencer os jovens, quando atingirem 18 anos, a trabalharem 2 anos de
graça fazendo serviços de proselitismo para a Igreja. Após este serviço, uma grande
maioria acaba por abandonar o mormonismo. Abandonam por encontrar a realidade
no mundo fora dos portões da doutrina Mórmon. Não há como segurar as pessoas
por toda a vida numa doutrina que está fundamentada na ganância e na mentira. No
preconceito racial e em outros preconceitos (xenofobia e homofobia).

MAIS UM ERRO NO LIVRO DE MÓRMON!

É impressionante, a cada dia que vivo me surpreendo cada vezmais com o
mormonismo. Pensei em escrever esta semana somente assuntos relacionados ao
Livro de Mórmon. Eu já sei através de várias comprovações históricas e científicas
que se trata de uma obra literária, uma obra de ficção do século XIX. Não têm nada
de divino ou sagrado neste livro. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias utiliza este livro como um conjunto de escrituras e compara-o com a Bíblia Sa-
grada. Seus líderes, na verdade enfatizam que se trata da “pedra fundamental” da
religião Mórmon.
Alguém já escreveu aqui no blog que, se a liderança da igreja continuar com
esse pensamento, dias virão que possivelmente será também, a “pedra de tropeço”
da organização. São absurdamente grandes os problemas encontrados no seu con-
teúdo, tratando-se de “suposto” livro sagrado. Vejamos por exemplo, essa escritura
em 2 Néfi 2:25!
“Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para que
tenham alegria”.
Qualquer pessoa que tenha um mínimo de consciência e inteligência percebe-
rá o absurdo que está escrito nesse versículo. Evidentemente que a humanidade
toda existiria mesmo sem a queda de Adão. Com Adão ou sem Adão! Está mais do
que provado, que a humanidade passou por vários estágios de desenvolvimento,
desde o primeiro bípede humanóide até o presente exemplar de homem vivente.
Pesquisei na internet e encontrei que as evidencias de “DNA mitocondrial” indicam
que o homem moderno teve origem na África oriental há cerca de duzentos mil anos.
Duzentos mil anos é uma diferença muito grande para os supostos 4000 a.C., data
que supostamente, Adão viveu no “Jardim do Éden”, conforme aceito pelos cristãos,
incluindo os Mórmons.
Será que Deus teria feito Adão com o propósito de que ele deveria ser rebel-
de, desobedecer às ordens do Altíssimo? Que sabedoria há nisso? Se fosse esse o

146

propósito de Deus, não necessitaria toda aquela conversa de lei da obediência, lei
do evangelho, como é ensinada nos templos Mórmons. Não estou dizendo aqui que
os ensinamentos dos templos Mórmons estejam corretos, apenas estou mostrando
que a escritura acima contradiz o que é ensinado naquele ambiente templário.
Será mesmo que o homem existe para ter alegria? Se esse é o propósito de
Deus para os homens, especialmente após a queda de Adão, como mostrado no
livro de Mórmon, porque há tanta dor, sofrimento, depressão, fome e guerras? Por-
que isso sempre existiu, desde que o próprio homem está sobre a terra? Que tipo de
alegria essa escritura se refere? Aqui na terra, certamente não existe isso. Não entre
os filhos de Deus. Não sei de nenhum homem que viveu ou vive que nunca teve
nenhum dissabor, tristeza ou dor. Então, se a escritura estivesse correta, após a
queda de Adão os homens teriam alegria e não dor. Nada que qualquer “crente” nas
palavras desse livro disser ao contrário, me convencerá de que esse versículo não é
um absurdo.
Como encontro mais e mais erros no Livro de Mórmon? É simples! Toda vez
que eu procuro algo para escrever no blog, geralmente os assuntos me remetem a
esse livro.
É só folheá-lo e logo encontro algo para escrever. Agora que vivemos no sé-
culo XXI, não precisamos mais ficar aceitando tudo o que nos é empurrado goela
abaixo. Especialmente no que diz respeito à religião.
O livro de Mórmon não precisa ser aceito como escritura sagrada. Muitos se-
guidores de algumas ramificações do mormonismo atual, não aceitam o livro de
Mórmon como escritura sagrada, comparável à Bíblia. É Interessante, que apesar de
ter sido utilizado no mormonismo inicial pelo “profeta” Joseph Smith Jr., após sua
morte, não houve unanimidade quanto ao seu valor sagrado. Por que será?
35


MAIS UM QUE ABANDONOU O MORMONISMO!

Fantástico! No inicio,eles (os membros da Igreja) vieram nos visitar, quando
faltei dois domingos seguidos, o bispo veio até minha casa para entender o que es-
tava ocorrendo. Ele pediu para eu ir até o templo para perguntar se "isto era verda-
de", mas eu me recusei e ele pediu minha recomendação de volta.
Estou satisfeito em ter saído. Depois de quatro anos de batismo, me sinto
muito bem. Não estou sentindo falta daquilo tudo. Nos últimos meses eu estava me
sentindo mal em estar participando, pois eu via muito desencontro no que os mem-
bros falavam X o que praticavam. Aquelas reuniões de testemunho, eu não estava
suportando mais. Era muita "lavação de roupa suja". A presença daquela espirituali-
dade não existia mais.


35
Referencias para a produção do texto:
http://scriptures.lds.org/pt/2_ne/2/25b
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens

147

Abusam da paciência e da inteligência dos membros. Membros esses: adul-
tos, jovens, pesquisadores, enfim, de todos. Conheci pessoas que está há muito
tempo frequentando a igreja e que ainda vivem "enroladas emocionalmente, depres-
siva e enroladas economicamente".
A gota d'água foi quando o bispo da Ala emprestou 2 mil reais de um pesqui-
sador (estava conhecendo a igreja com a esposa e seu filho há 10 meses). Este
pesquisador não é agiota, ele só movimenta certa quantia de dinheiro em compra e
venda de produtos. Depois do empréstimo, o bispo esqueceu-se da dívida e quando
a esposa (pesquisadora) foi cobrá-lo ele disse que aquilo era "provação" e até ontem
o Calote continua.
Eu era conselheiro no bispado (com dois anos e meio fui chamado) não foi
muito difícil para mim me desligar de tudo, pois nunca tive o tal "testemunho do livro
de mórmon". Sempre gostei dos ensinamentos da igreja, do "calor das pessoas".
Consegui sempre ser comunicativo, e esta qualidade era prestigiada pelos li-
deres que reconheciam isto, eu fazia a diferença. Eu e minha família participávamos
assiduamente de todas as reuniões, fazíamos tudo certinho.
Com um ano de batismo fomos ao templo, "casamos/selamos para o tempo e
a eternidade". Minha esposa nunca entendeu a doutrina Mórmon, muito menos
meus filhos (tenho quatro filhos) a mais velha de 15 anos, quando se batizou aos 11
foi preciso que eu falasse com ela "mais persuasivamente". Eu era o puxador de tu-
do, levei todos para esta igreja.
Como estava dizendo, não foi difícil para sair. Quando o bispo esteve em mi-
nha casa para entender o que estava acontecendo, eu disse a ele simplesmente que
não tinha testemunho e que isto era o que estava sentindo no momento e que dese-
java que ninguém viesse me procurar para falar sobre a igreja, deixar mensagens ou
tentar reativação. Poderiam vir a minha casa para conversar sobre outros assuntos.
O engraçado é que no inicio (três semanas) veio alguém, mas, depois sumiram to-
dos. Somente um ex bispo (desobrigado) vem sempre à minha casa, mas não fala
sobre igreja.
Esta igreja não foi feita para questionamentos, ela foi feita para obediência.
Se entrevistarem você para um chamado (é o "Nosso Senhor" que esta chamando)
e se você recusar, dependendo do líder você esta frito/está queimado (na gíria). En-
tão você é treinado para acreditar que o Senhor não escolhe os preparados, mas
prepara os escolhidos.
Por este motivo existem tantos/tontos líderes que passam anos falando erra-
do e errando nos seus chamados. Sua linguagem não muda, seus discursos são
enfadonhos e difíceis de ouvir, discursos pobres de vocabulários e de conteúdo.
Há lideres que tomam cada decisão!!! Alguém já comentou neste blog: onde
esta a inspiração? Onde esta o poder do sacerdócio que seria o poder de Deus dado
ao homem para agir em Seu nome? Mesmo no templo, nós vemos homens se deba-
tendo uns com outros. Desentendendo-se, saindo com fofocas do que acontece lá
dentro!!!!

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Você que é empresário e seu negocio não esta indo bem, se você for bom de
discurso, então pode fundar uma igreja, ainda há um mercado promissor e seu ne-
gócio pode ir bem, consulte um especialista. Joseph Smith seria um pós-doutor nes-
ta área, seu legado é invejável para este mundo moderno. – João Carlos Silva -
[email protected]

MAIS UMA HISTÓRIA DE EX-BISPO!

Recebi esse texto por e-mail há algum tempo atrás. Tinha salvado o artigo no
formato de texto e deixado de lado para usar o conteúdo para publicação futura. Ge-
ralmente gosto de atender a todos que me escrevem. Às vezes demora um pouco,
mas mesmo assim, não faço discriminação e uso os textos para alimentar o blog.
Não lembro precisamente quem me mandou essa história. Acredito ser ver-
dadeira, pois não sei por que alguém iria perder tempo em escrever para mim, caso
não tivesse uma história real.
“Na minha antiga Ala tinha uma panelinha, um pequeno grupo que se protegi-
am entre si. Faziam atividades só para eles e ignoravam os pobres e os coitados
que precisavam de ajuda. Apesar das minhas insistentes recomendações para não
agirem dessa forma, eles pareciam querer medir forças comigo. Tinha uma senhora
muito rica nesta Ala que pagava, na minha época, cerca de 7 mil reais por mês de
dízimos. Hoje, se estiver por lá, deve pagar mais. Essas pessoas que pagam altos
valores em dízimos pensam que mandam na Igreja e no Bispo. Apesar de eu ser o
Bispo da Ala, não me prendia a esses indivíduos. Todavia, percebia que havia uma
espécie de revolta contra a minha pessoa, por parte dos líderes da Estaca. Eu era
um Bispo independente e assinava cheques de ajuda para quem precisava e depois
a Estaca e a Igreja que se virasse para cobrir os mesmos. Eu estava cansado de ser
manipulado por uma liderança medíocre, que não tem amor no coração e não pensa
nos pobres e nos coitados. Estava cansado por ter que me emparelhar com mem-
bros medíocres, ricos que pensam que podem mandar em todos, só porque têm di-
nheiro. Eu era constantemente desafiado por eles. Achavam que mandavam no bis-
po. A Igreja, a qual ensinávamos que era verdadeira usava táticas de retenção, co-
mo ratoeiras para atrair os membros novos e até reativar membros antigos que esta-
vam afastados. Os próprios missionários de tempo integral usavam essas táticas de
manipulação, para poderem batizar e fazer números. Eram técnicas testadas e trei-
nadas no Centro de Treinamento Missionário. Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, há uma separação entre o trabalho de retenção e o de reativação
após o batismo. Algumas dessas táticas dão resultados, mas na maioria das vezes,
não funcionam direito. Na minha antiga Ala aconteciam tradicionalmente festinhas
de integração. Estas deveriam ter o propósito de integração, como o nome já diz.
Mas não tinham. Geralmente, as pessoas (inclusive os líderes), as faziam somente
para levar as sobras de alimentos para casa. Hoje não sou mais membro da Igreja
Mórmon. Tenho minha vida bem resolvida quanto ao assunto. Estava lendo na inter-
net e encontrei seu blog”.

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Quero dizer que histórias semelhantes a essa eu presenciei aqui mesmo em
Curitibanos. Aqui também tinha membros que se achavam os donos da Igreja e que
queriam medir forças comigo. Muitas vezes tive complicações com pessoas revolta-
das e que se achavam no direito de solicitar ao Presidente da Estaca que me deso-
brigasse do cargo de Bispo. Caso contrário, não viriam mais na Igreja. O mais inte-
ressante é que a maioria dessas pessoas, quase a sua totalidade, hoje são meus
amigos e reconheceram que estavam enganados a meu respeito. Tentei sempre ser
o mais justo possível, apesar de estar com a mente totalmente hipnotizada com a
doutrina. Ajudei muitas pessoas que estavam passando por situações difíceis. Não é
de estranhar, que a maioria dos membros da Ala Curitibanos, que acessam o blog,
não escrevam comentários contrários às minhas postagens. Apesar de não ser mais
membro da Igreja, tenho consciência que ajudei muitos membros, não só na parte
material. Quando saí da Igreja, muitos outros membros se afastaram também. Isso
por si só, soa aos meus ouvidos como um muito obrigado, Popinhaki.

MAIS UMA PESSOA SENSATA!

Eu nasci e cresci Mórmon. Fui missionário de 1988 a 1990. Casei-me no tem-
plo e participei como oficiante do templo por mais de 60 vezes antes e depois da
minha missão. Tenho experimentado o “ardor no peito” muitas vezes e testemunhei
isso diante de toda a igreja. Mas o mesmo “ardor no peito” não poderia mentir para o
meu coração. E esse ardor me disse que algo estava muito errado em Sião. Essas
foram as minhas sensações sentidas sobre o mormonismo.
Não quero sair do mormonismo insultando aqueles que acreditam na igreja. E
eu estou contente porque as pessoas podem discutir e se questionarem hoje em dia.
Aqui, neste blog, as pessoas podem debater sobre suas crenças com relação ao
mormonismo... embora isso nem sempre foi assim nos anos que não tínhamos a
internet. Hoje há tanta informação disponível para as massas, sobre qualquer assun-
to.
Quando eu acreditava na igreja, eu tinha muitas perguntas que só seriam res-
pondidas com “Eu sei que Joseph Smith foi um profeta e o Livro de Mórmon é ver-
dadeiro”. Comecei a perceber isso muito tempo atrás. Todos nós fomos ensinados a
dizer isso desde o dia em que nos batizamos na Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias: “Joseph Smith” e “Livro de Mórmon!”
Agora, muitos de nós estamos nos questionando. Não devemos temer, se o
diabo ou qualquer outro inimigo, reivindicar assumir nossos corações, tal quais os
“lamanitas” no livro de Mórmon, quando viviam nas trevas da apostasia. Não deve-
mos temer se isso vai nos prejudicar ou vai nos fazer um grande bem pessoal.
Eu questionei o mormonismo. E tive as respostas dos líderes da igreja, mas
não destes líderes que vivem em nossos dias... Analisei cuidadosamente as respos-
tas dos líderes do início do mormonismo. Eu tive que “estudá-las bem no meu cora-
ção e na minha mente” e ponderar muito. Agora, fora do mormonismo, sinto que es-
tou na Luz e no Amor de Deus. Posso sentir a sua paz.

150

O Senhor me disse no meu coração, para sair do meio do mormonismo. Fiz
apenas como David Whitmer e muitos, muitos outros que ouviram em seus corações
o que Jesus tinha ensinado muito claramente. É muito difícil tomar essa decisão,
principalmente quando fomos ensinados, por toda uma vida sobre a veracidade do
mormonismo e depois descobrimos que tudo isso não passa de uma ilusão. Pesso-
as de todo o mundo, e de todas as gerações, viveram e morreram por ilusões religi-
osas.
A poligamia não promoveu o Amor de Deus aos seus filhos, os negros foram
amaldiçoados. Os líderes do mormonismo vivem numa constante mentira. Querem
que os membros fiquem desatualizados quanto aos pensamentos e pronunciamen-
tos das gerações anteriores. As cerimônias do Templo Mórmon, não têm nada a ver
com as práticas e ensinamentos do Templo do Rei Salomão, nada nos Templos
Mórmons é parecido com o que as pessoas faziam naquele Templo de Jerusalém. O
que é praticado nos Templos Mórmons é paganismo por natureza.
Posso entender que isso possa soar como algo perturbador para muitos
membros da Igreja Mórmon. Gostaria de enfatizar que o que eu estou escrevendo é
o resultado de mais de 35 anos como membro do mormonismo. Posso falar do que
eu sei, porque vivi isso. Meu coração e minha mente não se enganam mais. Já pas-
sei da fase do engano.
Entendo perfeitamente que os membros da igreja acham que estou perturba-
do. Até os membros da minha família, que são mórmons tradicionais, acham que
estou confuso e que me encontro na escuridão. Eu também ouço isso muitas vezes
dos meus amigos, da mesma forma que os membros da minha família falam. Muitos
dizem que se eu me afastar do mormonismo estarei trazendo uma maldição sobre a
minha família. Que eles sofrerão por causa das minhas atitudes. Como vivo em
Utah, onde quase todo mundo é Mórmon, não posso dar o devido crédito a essas
pessoas que nasceram e só conheceram o mormonismo desde o berço.
O oposto é verdadeiro, principalmente para aqueles que são curiosos... O so-
frimento só me sobreveio por causa dessas declarações cruéis e boatos que se es-
palham como fogo selvagem. No entanto, isso não me incomoda mais. Eu amo mi-
nha família. Agora percebo que eles estão vendo que as suas profecias ou maldi-
ções não são verdadeiras. Deus não nos amaldiçoa, foi por isso que Cristo veio ao
mundo... para derramar sua misericórdia e amor em nós, seres ignorantes e hipócri-
tas.
Talvez a Igreja Mórmon esteja lentamente se movendo em direção dessas
simples verdades. Eles estão removendo lentamente as evidências de declarações,
ensinamentos e revelações do passado Mórmon, contrárias aos atuais ensinamen-
tos. Mas têm muito que apagarem nas escrituras. Acho que chegarão num ponto em
que não poderão alterar mais o Livro de Mórmon. Este livro já foi alterado demais.
Graças a Deus, eles não praticam mais a poligamia em nossos dias. Por mais que
alterem suas praticas e escritos do passado, mesmo assim, podemos ainda saber
que amaldiçoaram a raça negra, e removeram os juramentos de sangue e vingança,
das cerimônias dos templos. Embora os efeitos residuais desses ensinamentos ain-

151

da tenham influências sobre as pessoas. Alguns mórmons ainda usam a desculpa
da maldição para explicar as situações precárias em que vivem a maioria dos negros
no mundo em relação aos brancos. De fato, as pessoas em minha própria família
expressaram que eles acreditam que a maldição ainda é persistente ao redor do
globo. Além disso, eu sou grato que o lugar chamado Sião nunca foi fundado no
Missouri ou então, os “Filhos de Aarão” Mórmons estariam realizando sacrifícios pa-
ra cumprir a restauração de todas as coisas, antes da segunda vinda de Cristo. Eu
não tenho problemas com os Mórmons, mas há muitas crenças que são enganosas.
Pessoalmente, acredito que os missionários devem deixar que as pessoas conhe-
çam os fatos da história antes de pedir-lhes para serem batizados e se compromete-
rem a pagar 10 por cento dos seus rendimentos. Deus os abençoe a todos. Elder
Smith!

MENINOS MISSIONÁRIOS!

Quero escrever hoje, sobre o atual serviço missionário realizado pela Igreja
Mórmon! Cada vez mais, percebo a dificuldade da instituição religiosa em executar
seu trabalho de proselitismo. Por isso, estão mandando para a missão (local onde é
executado o trabalho de proselitismo, que consiste em achar pessoas e convencê-
las a se batizarem e seguirem o mormonismo) jovens mais novos do que costumei-
ramente. Agora eles têm cerca de 18 anos de idade. Muitos destes jovens nem ter-
minaram seus estudos do ensino médio. Muitos destes jovens, nunca leram a bíblia
ou o próprio Livro de Mórmon (escritura sagrada aceita no mundo Mórmon). Muitos
destes jovens não conseguem nem interpretar um texto, quanto mais conseguir con-
vencer uma pessoa do significado real de qualquer escritura.
Para os membros da Igreja, aqueles que estão todos os domingos nas reuni-
ões, isto é completamente normal. Se o “profeta” pediu, então deve ser uma ordem
do “alto”, oriunda de Deus. Só que para os mais inteligentes e aqueles que não es-
tão com suas convicções não muito fundamentadas na doutrina Mórmon, essa práti-
ca soa com outro significado.
Eu mesmo questiono essa prática! Ouso em afirmar que essa alteração na
idade dos jovens para servirem uma missão de tempo integral, é na verdade, uma
estratégia desesperada dos líderes da Igreja para manterem uma certa consistência
no número de missionários que cai vertiginosamente nas últimas décadas. Tempos
atrás escrevi uma postagem sobre isso:
http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/08/o-declinio-sistemico-lembram-
dessa.html
Na minha cidade de Curitibanos, alguns jovens que praticamente vi nascer,
estão saindo para suas missões de tempo integral com 18 anos de idade. É uma
pena tudo isso que vemos no mormonismo. As crianças são “treinadas” desde o
berçário para adequarem-se às regras dos Santos dos Últimos Dias.

152

Muitos destes rapazes não têm nenhum conhecimento do mundo fora da es-
fera geográfica de suas cidades. São na maioria, pessoas simples e humildes. Para
eles tudo será novidade. Alguns se adaptam e outros não conseguem essa proeza.
Durante a missão, muitas vezes, encontrarão adversidades. A falta de alimen-
tos e as doenças virais lhes farão companhia nesse tempo todo em que se embre-
nharão por lugares com total falta de saneamento básico nas periferias das cidades.
Outros dissabores ainda conhecerão: como a incompatibilidade de afinidade com o
companheiro (a). Esses certamente serão mais do que comuns na vida destes jo-
vens missionários.
Quanto ao serviço em si? Bem, este é um assunto que renderá várias posta-
gens. Por enquanto, apenas direi que trabalharão sob pressão de líderes bem remu-
nerados. Que terão a imagem e semelhança de deuses ou ídolos. Isso é tão verda-
de, que vejo até os dias de hoje, homens de idade avançada, que permaneceram
ativos no mormonismo e que foram missionários quando jovens falarem de seus
Presidentes de Missão, como homens especiais, dotados de grande sabedoria e
conhecimento. Para um jovem missionário, o presidente da Missão é realmente co-
mo um ser supremo, ficando abaixo apenas de Deus, de Joseph Smith e Jesus Cris-
to, nessa mesma ordem respectivamente.
Como disse anteriormente, a maioria dos jovens está desprovido de conheci-
mento secular e de entendimento necessário (mesmo sobre a doutrina a que repre-
sentam), para um bom embate e argumentação. É simplesmente por essa razão que
são batizados no mormonismo uma grande quantidade de pessoas ignorantes, se-
mianalfabeta e que não conseguem nem mesmo discernirem o que é certo ou erra-
do. Fé e razão.
Aqui em Curitibanos, muitas vezes percebi que o centro da cidade e as casas
de pessoas mais cultas, eram deixadas para um segundo plano, dentro da obra mis-
sionária. Imaginem se um missionário vai na minha casa, agora que não sou mais
membro da Igreja Mórmon. Ele não me conhece e nem imagina quem eu seja. Então
farei muitas perguntas que não poderão me dar uma resposta convincente. Com cer-
teza tentarão me convencer que tudo pode ser respondido através da fé. Eu não
posso simplesmente aceitar isso. Ou há racionalidade ou então não posso dar a
credibilidade necessária para o que estes jovens falarão.
Por isso mesmo, os missionários não batizam uma grande quantidade de
pessoas instruídas academicamente. Mas têm certo sucesso no meio dos iletrados.
É mais fácil convencer um ignorante do que uma pessoa pensante.
Ouso em afirmar que o atual serviço missionário da Igreja Mórmon, não trará
bons frutos num prazo médio. É o mesmo método empregado em guerras e guerri-
lhas. Quando faltam os soldados adultos, então se armam as crianças. Só que as
crianças não são tão eficientes. Os homens para o trabalho, até que existem. Caso
convocados para o serviço missionário, na falência da excessiva diminuição dos re-
sultados dos jovens, não trabalharão de graça para a Igreja, são caros. Serão ampa-
rados por legislação trabalhista, pois têm famílias para sustentar. A liderança Mór-
mon terá que lidar com este problema num futuro não tão distante.

153


MENTIRAS SOBRE O CRESCIMENTO!

Sempre houve grande mentira no mundo Mórmon sobre o crescimento da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Quantas membros SUDs ouvem
cotidianamente essa falsa verdade. De tanto ouvir, acaba acreditando e acaba repe-
tindo. É a mesma coisa com as “reuniões de testemunhos”, no primeiro domingo de
cada mês. De tanto você ouvir que a “Igreja é verdadeira”, acaba se auto-
sugestionando em seu subconsciente. O resultado é que você entra na roda e co-
meça a proferir, da mesma maneira que os demais que falaram anteriormente. “Eu
sei que esta igreja é verdadeira”.
Para quem não é membro da Igreja Mórmon ou ainda está pesquisando o
mormonismo, vou explicar melhor. Existe um determinado domingo no mês, o pri-
meiro, onde a reunião sacramental não tem discursantes. Ao invés disso, os mem-
bros e até mesmo visitantes podem subir no púlpito e falar alguma coisa sobre seus
sentimentos em relação ao mormonismo. Geralmente, a maioria das pessoas, ao
defrontar-se com o microfone fala as mesmas palavras, de forma mecânica. “Eu sei
que esta igreja é verdadeira”.
Uma vez, lembro muito bem! Tinha uma mulher visitando a Ala. Ela não era
membro da Igreja. Era a primeira vez que estava na Capela da Ala Curitibanos a
convite de um membro, colega de trabalho dela. Após vários membros subirem no
púlpito e prestarem seus “testemunhos”, dizendo “saberem” que a igreja era verda-
deira. Ela mesma, também subiu lá, quase no final da reunião e também proferiu
palavras semelhantes aos demais, que a antecederam na proeza cotidiana.
Interessante, que eu nunca tinha me dado conta, de que ela estava falando
aquelas palavras, porque seu inconsciente absorveu as frases através da intensa
repetição, fazendo-a acreditar momentaneamente nelas.
O resultado foi que ao findar a reunião, essa mulher deve ter caído na real.
Nunca mais pisou na Capela, nunca mais recebeu os missionários em sua casa e
nunca se batizou no mormonismo. A resposta é clara e evidente! Ela “não sabia”
coisa alguma sobre a veracidade da obra chamada mormonismo. Ela “nunca soube”
e nunca saberá. Tampouco os membros da Igreja. Eles também nunca souberam,
não sabem e nunca saberão que a obra, na qual estão empenhados e embrenhados
é a verdadeira igreja de Deus, estabelecida na Terra.
É fácil falar quando você está lá dentro. Mas depois que você sai, sente-se
um idiota por ter sido iludido, enganado e hipnotizado de forma coletiva.
É muito simples! Onde estão as provas convincentes, de que a Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos dias é a verdadeira Igreja estabelecida, de forma
divina na terra? Onde estão os indícios tangíveis, testados, provados e experimen-
tados? Elas não existem. Simplesmente não existem.
Para os líderes do mormonismo, a exigência de comprovantes físicos é ridícu-
la. Eles afirmam categoricamente, que a maior comprovação vem através de um
sentimento de paz, ou uma dorzinha no peito, na barriga, ou em algum outro lugar

154

do corpo. A principal comprovação que um membro da Igreja Mórmon diz ter é abs-
trata, ou seja, não é real. Não é testada, nem provada. É algo que na verdade, não
se tem certeza de que é realmente uma comprovação.
Sentimentos bons eu posso ter em qualquer lugar. Mesmo assistindo um filme
na televisão, no cinema. Sentimentos bons ou emoções, eu posso ter escutando
uma bela música, em casa, sozinho. Isso não me diz nada, não faz com que eu
afirme categoricamente, que isso ou aqui é a verdade e que é inspirado por Deus.
Da mesma forma, o mormonismo no Brasil, não cresce como muitos mem-
bros da Igreja afirmam. Esta semana eu fui dar uma olhada em alguns números. En-
contrei que os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias re-
presentavam no ano 2000, 0,12% na lista de percentual da distribuição por idade no
Brasil. Enquanto a Igreja Católica representava 73,55%, os ateus ou aqueles que
não têm religião representavam 7,35%, os membros da Assembléia de Deus repre-
sentavam 4,89%
Do ano 2000 para os nossos dias, já se passaram mais de 10 anos. Já mos-
trei aqui no blog que os números pioraram consideravelmente para o mormonismo.
Mas os membros continuam acreditando em “Harry Potter” e não percebem que não
há crescimento.
36


MINHA EXPERIENCIA COM UM APÓSTOLO MÓRMON!
(Escrito por um Ex-Presidente de Estaca Mórmon)

Certa vez participamos de um serão na cidade de Santa Maria, RS, Brasil, o
discursante era Élder Scott, membro do quórum dos doze apóstolos.
A notícia do serão foi uma alegria para todos os que desejavam ver de perto
um apóstolo de Jesus Cristo. Na ocasião os presidentes de estacas foram entrevis-
tados por ele, juntamente com suas esposas. Antes do serão os presidentes partici-
param de uma reunião de treinamento, aliás, treinamento é a palavra chave para
todas as reuniões da Igreja De Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Muitos
números, metas, conselhos, tudo o que o "reino de Deus precisava para crescer",
como se Deus como “ser onipotente” precisasse orientar meros mortais para a ex-
pansão de seu reino. Bem, mas eu estava lá, a entrevista foi algo bem informal com
perguntas do tipo: como nós como casal havíamos nos conhecido? Como havíamos
conhecido a igreja? Etc. Eu ainda dispunha de um pingo de esperança que todas as
coisas ruins, polêmicas conhecidas da igreja fossem erradas. Minha esposa (creio
que por estar grávida) ficou fortemente tocada com a presença daquele homem.
Mas ele não falou nada que pudesse ser realmente diferente, algo que pudesse jus-
tificá-lo como sendo uma pessoa que pudesse verdadeiramente conhecer o "Cristo".
Ao olhar para a condição de minha esposa que estava grávida ele disse que nossa
filha (antes ele havia perguntado se seria menino ou menina), seria muito linda e que
seria uma benção para nós.

36
Fontes para a produção do Texto:
http://www.fgv.br/cps/religiao/

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Ouvir estas palavras, de nenhuma forma me surpreendeu, pois ela ao nascer,
por ser minha filha, para mim seria sempre linda e sempre uma benção, independen-
te de ser ou não perfeita. Seria minha filha linda e uma grande alegria para mim,
como de fato tem sido sempre até hoje.
Algo que me chamou a atenção foi à maneira como os membros tratavam
aquele homem, quase como que sendo um deus. As pessoas se espremiam para
tocá-lo, apertar sua mão, seus olhos pareciam saltar à vista, de tanta atenção que as
mesmas dispunham sobre aquele homem, cujas técnicas de manipulação em massa
eram fortemente percebidas.
Um homem com a formação intelectual como a dele sabe muito bem co-
mo persuadir outras pessoas. Ficou naquele dia provado para mim, não que ele era
um “apóstolo”, mas sim a necessidade que as pessoas possuem de se ter um deus.
Imagina agora na igreja cujo ensinamento maior é de que se pode tornar um “ser
supremo”. As pessoas pareciam estar em transe. É claro que não faltará quem diga
que aquilo era o "espírito"... Mas não era! Eu tinha a mais plena certeza de que pre-
cisava colocar minha mente em ordem, caso contrário iria enlouquecer em uma seita
manipuladora, omissa, mentirosa, fraudulenta, arrogante e acima de tudo, muito ma-
léfica para a mente humana.
Mas eram 30 anos que precisaria deixar para trás, além de muita discrimina-
ção a ser enfrentada, mas a coragem era fundamental naquele momento, para que
eu pudesse me manter consciente, como um ser humano normal. Como o filho de
um deus criaria uma igreja, tão cheia de erros, tão inescrupulosos? Como este "deus
de amor" iria permitir a manipulação de outras pessoas? Manipulação por meio de
mentiras, fraudes, derrame de sangue, abuso de autoridade para obtenção de pra-
zeres sexuais? E tantas outras coisas absurdas que de fato hoje são provadas e
mostradas ao mundo...
Desde então tenho chegado a algumas conclusões:

1, Se alguém lhe proibir de ler alguma coisa é por que esse alguém possui
algo muito importante, que não quer que você conheça;
2, Toda religião é manipuladora e é extremamente prejudicial ao intelecto,
como disse Marx "a religião é ópio do povo". Ela é capaz de criar alucinações como
qualquer droga alucinógena;
3, As pessoas não precisam crer em coisas sobrenaturais. Elas precisam é de
educação formal, leitura, informação, liberdade para questionar. Uma mente só po-
de se desenvolver se for estimulada. Qual religião estimula o raciocínio lógico?

Ao entrar nas salas de bate papo, muitos me convidam a conhecer a igreja, a
falar com os missionários... Quando digo que conheço o mormonismo muito mais do
que eles imaginam e que fiquei longos 30 anos, o tom da conversa muda e passa
para o tom agressivo. Mas não se pode parar a informação e espero viver muito
tempo para ver como as coisas irão funcionar na igreja com esta avalanche de do-
cumentos, registros, fatos chegando todos os dias. É provável que poucos saiam do

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delírio, mas não tenho dúvidas que o crescimento não será como já não tem sido o
mesmo.
37


Richard G. Scott

MISSIONÁRIO ABANDONA O MORMONISMO NA MISSÃO!

Ele deixou o mormonismo enquanto cumpria uma missão de tempo integral,
após ter estudado profundamente a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. Este jovem rapaz explica em seu texto, a diferença entre um “Pós-Mórmon” e
um “Ex-Mórmon”. Segundo sua concepção, um Pós-Mórmon é diferente de um Ex-
Mórmon. Ainda seguindo a sua definição: Um Pós-Mórmon é uma pessoa que vi-
venciou o mormonismo, foi um membro fiel e ativo, cumpriu seus deveres assidua-
mente como membro. Após certo tempo, houve uma espécie de amadurecimento de
conceitos doutrinários em sua mente. Essa pessoa simplesmente não aceitou mais
os ensinamentos da entidade e se separou da Igreja, juntamente com seus dogmas.
Entretanto, ela consegue manter laços de amizade com os membros da sua antiga
crença. Analogicamente, é como uma pessoa casada que se divorcia de um relacio-
namento conjugal, mas não fica inimiga do antigo cônjuge.

Assim, começa o relato deste jovem rapaz:

“Meu nome é Garett Jones, e eu tenho 25 anos. Eu era muito ativo na igreja
durante o ensino médio e na BYU (Brigham Young University). Realmente tive uma
grande quantidade de experiências intelectuais dentro d’A Igreja de Jesus Cristo dos

37
Foto encontrada em: http://pt.mormonwiki.com/Richard_G._Scott

157

Santos dos Últimos Dias. Tenho certeza que muitas outras pessoas tiveram más
experiências com os líderes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
mas a minha liderança, quase sem exceção, me incentivou a ler muito sobre as
questões do mormonismo.
Argumentei muito sobre a teologia d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, tanto com os meus amigos mórmons e os não mórmons. Meu ponto
alto foi quando o Dr. Walter Martin, da rádio "Bible Answer Man" (A Bíblia responde o
homem) e autor de "O labirinto do Mormonismo," desligou na minha cara o telefone
quando estávamos ao vivo na rádio. Eu li um monte de materiais anti-Mórmons e
doutrinas sobre a Igreja, mas nunca me senti realmente incomodado por muitos dos
problemas que um monte de gente parece ter sentido.
A cerimônia do templo, por exemplo, me pareceu exatamente o tipo de ritual
que o Deus do Antigo Testamento usava. E com certeza, a cerimônia pode ter sido
fortemente influenciada pelo ambiente de Joseph Smith (maçônico) de imediato,
mas tenho certeza que Jesus não teria feito analogias sobre camelos passando pelo
buraco de uma agulha se ele tivesse nascido na Inglaterra, em vez do Oriente Médio
Oriente.
O mesmo princípio se aplica em outros lugares: Qualquer problema intelectual
ou histórico que existia para o mormonismo parecia aplicar-se, pelo menos, tão for-
temente contra o Cristianismo ou o Judaísmo. Isso fez com que o mormonismo fosse
visto menos como uma simples fraude que muitas vezes os seus adversários alega-
vam que era, e mais como uma tradição religiosa autêntica. A fé mórmon pode reve-
lar-se falsa, mas não ficou menor em respeitabilidade intelectual do que as outras
fés monoteístas.
Acho que o meu ponto aqui é que parte do motivo pelo qual fiquei tanto tempo
no mormonismo era que as pessoas, argumentando contra o mormonismo estavam
usando tais argumentos de maneira ridiculamente ruim. Eu tentei achar o raciocínio
mais rigoroso e mais forte de investigação que se opunha à teologia mórmon, mas o
melhor que podiam vir era coisas como "cavalos" no Livro de Mórmon.
É tão fácil para um santo dos últimos dias simplesmente escrever as referên-
cias "cavalo" fora como qualquer um ligeiro erro de tradução ou uma lacuna no co-
nhecimento científico atual que esse tipo de "evidência" não valia a pena àquela ho-
ra do dia para mim. E para cada "problema cavalo" havia algo como Hugh Nibley
"Dois tiros no escuro", ou o trabalho de Eugene da Inglaterra em viagens alegadas a
Lehi na Arábia Saudita, que fez as obras apologéticas Mórmons e históricas afirma-
ções teológicas parecerem vagamente plausíveis. Havia pessoas brilhantes e pen-
sativas em ambos os lados da apologética Mórmon dividindo, mas a média de QI era
definitivamente um par de dezenas de pontos maior no campo Mórmon.
E apesar do desejo de muitos pós-Mórmons, acredito que eles passaram por
uma lavagem cerebral de um modo mais profundo, eu não acho que o mau raciocí-
nio utilizado por muitos mórmons é mais notório que o mau raciocínio utilizado pelos
ateus ou republicanos ou feministas, ou seja, quem for. Mau raciocínio sobre ques-
tões cruciais - e o reforço da má argumentação por grupos de pares - é uma caracte-

158

rística humana comum. Nunca fui convencido, e ainda estou convencido, que a reli-
gião é falsa apenas porque tem gente estúpida para defendê-la. Algumas pessoas
são viciadas em Mormonismo, e outros são viciados em reprises de "Welcome Back
Kotter". Mas as pessoas desistem de ambos o tempo todo. E lembre-se, menos de
50 por cento dos mórmons são ativos na Igreja, em determinado momento, por isso
não pode se ter tudo o que é opressivo.
Concordo, porém, que o Centro de Treinamento Missionário cabe um monte
de critérios uniformes para a lavagem cerebral. No CTM, o livre pensamento e livre
debate são fortemente condenados, e entrar em contato com o "exterior" está estri-
tamente regulamentado. Estes são traços comuns a todos os chamados "cultos".
Claro, desde que você saiba quais são as regras antes de você ir para lá, você deve
decidir antes de se tornar um missionário se você acredita ou não na Igreja. Claro, é
uma grande decisão para um jovem de 19 anos na época, mas a vida é assim, todas
as decisões são grandes. Esta é apenas mais uma delas.
Enfim, eu era um missionário também, mas eu decidi depois de cerca de qua-
tro meses que eu não acreditava mais nisso. Minhas razões tinham muito a ver com
a epistemologia por trás do conceito de testemunho, e ele me levou muito tempo
para cuidar de todas as pontas soltas do intelectual. Basicamente, o meu problema
era que eu continuava a ter "experiências espirituais" para as ideias, obviamente,
não mórmons. A ironia é que a maioria das coisas não mórmons que li tinha sido
atribuído em classes da BYU (Brigham Young University). Eventualmente, eu des-
cobri que as experiências espirituais foram uma forma completamente errada da de-
terminação da verdade, e por isso eu deixei a minha missão (A propósito, eu deveria
ir a Portugal, mas estava esperando o meu visto em Sacramento, quando eu decidi
que não acreditava nisso).
Meu presidente de missão em Sacramento era muito bom nisso tudo, e ele
me ajudou a encontrar uma casa e passagem aérea realmente barata. Foi ape-
nas uns ou outros missionários que estavam visivelmente irritados. Eu acho que o
evento que os empurrou foi quando eu dei a minha roupa para um dos missionários
que mais gostei.
Eu disse aos Élderes que eu não iria precisar de mais peças de vestuário,
desde que a Igreja não era verdadeira. Isso não continuaria.
Desde então, eu ajudei um grupo de companheiros meus da BYU a sair fora
do reino da crença, bem como um casal de amigos, em Berkeley, que gentilmente
me deram algum crédito para o estado pós-Mórmon.
Sinta-se livre para editar à vontade, embora eu gostasse de manter o crédito
pela invenção do termo "pós-Mórmons". Disseram-me que a frase está pegando na
comunidade d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias de Berkeley,
bem como um par liberal de listas de discussão d’A Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias. Estas questões sobre a propriedade intelectual ficaram tão
loucas hoje em dia... Obrigado, meu e-mail é[email protected] - Garett Jones”.

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Não tenho os números aqui comigo, mas acredito que alguns casos seme-
lhantes a esse já tenham acontecido. Talvez por razões puramente preservativas, a
Igreja não revela ou não deixa que se alarde.
38


MISSIONÁRIOS RETORNADOS E O CASAMENTO!

Dias atrás, recebi uma correspondência de um senhor, que se mostrava muito
preocupado com o envolvimento de sua filha com um rapaz Mórmon. Segundo ele, o
jovem era muito fanático dentro de sua crença. Fiquei comovido com esse relato fa-
miliar! Certamente, casos como esse existem muitos por aí. Jovens enamorados
pertencentes a credos diferentes. É uma situação complicada para ser facilmente
resolvida, sem que alguém possa sair perdendo. Deveria não ser assim. Se fossem
duas pessoas adultas, com maior experiência de vida, que não deixassem nenhuma
doutrina exercer domínio ou influencia nas tomadas de suas decisões, seria mais
fácil. Mas geralmente não é assim. Os jovens não respondem por si, apesar de
acharem que são adultos.
Em casos de incompatibilidade de crenças, os jovens, às vezes, tenderão em
optar por uma ou por outra religião. A sua ou a do(a) namorado(a). Às vezes, quere-
rão agradar os pais. Outras vezes desejarão agradar o namorado(a).
Muitas vezes, o problema foi originado no lar e vem de casa. Devido à impo-
sição rígida, de demonstração de fé, por parte dos pais. Esses acabam influenciando
seus filhos, para um caminho que não os trará felicidade, pelo contrário, trará infeli-
cidade futura.
O caso a seguir, aconteceu na cidade de Curitiba. Uma família era bem firme
na igreja Mórmon. O pai, sempre ativo, teve vários cargos ou chamados dentro do
sacerdócio. Ele tinha três filhas e dois filhos. Uma delas se enamorou por um rapaz
que tinha acabado de retornar da missão. Esse rapaz tinha um bom conceito dentro
da igreja. Toda a liderança da Igreja, inclusive o bispo da Ala, incentivou de forma
autoritária, o namoro e consequentemente, o casamento. Como a palavra do bispo,
às vezes é a palavra de Deus para um membro da igreja Mórmon, os pais da jovem
concordaram prontamente com o casamento, que não demorou muito para ser cele-
brado pelo Bispo. Para abreviar essa história, esse rapaz, com o passar dos anos,
se envolveu em várias contravenções e crimes como estelionato, falsificação de as-
sinaturas e documentos, tráfico de produtos ilegais ou piratas. Acabou sendo preso
e condenado há alguns anos, numa penitenciaria qualquer do Paraná. Não antes, de
ter engravidado a esposa 6 vezes. Isso mesmo! Deixou seis filhos para a pobre mu-
lher criar. Afinal, como membro firme da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias, não poderia deixar de cumprir um dos mandamentos primordiais do mor-
monismo, que é trazer filhos espirituais de Deus, para receberem corpos aqui na
terra. Foram tantos sofrimentos, tanta dor, que a família dessa mulher acabou não

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Referencias:
http://www.exmormon.org/whylft18.htm

160

acreditando mais no mormonismo. Afinal de contas, o “casamento celestial” estava
embasado nas palavras do Bispo, que era um representante de Deus, segundo o
mormonismo, pois possuía o sacerdócio real, podendo abençoar aquele casamento.
Foi justamente isso que aconteceu. O bispo abençoou o casal para que o casamen-
to dos dois pudesse perdurar para a eternidade, com o poder do sacerdócio de
Melquisedeque. O casal foi selado no Templo de São Paulo para o tempo e a eterni-
dade.
A melhor receita seria deixar que os próprios filhos pudessem escolher qual
religião lhes convém. Mas isso deveria ser ensinado desde a tenra idade.
Aprendi isso de forma dolorosa. Felizmente consegui tirar todas as minhas fi-
lhas do mormonismo. Agora, se eu pudesse recomeçar e voltar no tempo, nunca
falaria de religião, no sentido de tentar direcioná-las para uma ou outra doutrina.
Mostraria a elas, alguns fatos ligados a todas as religiões, como por exemplo: Líde-
res corruptos, ganância por dinheiro, mentiras, brigas internas pelo poder e falsida-
des que levaram a vantagens consideráveis. Nunca tentaria impor nenhuma doutrina
religiosa para nenhuma filha minha. Nem aquela que eu por ventura estivesse se-
guindo. Fiz isso no mormonismo! Acreditava que tudo aquilo era correto! Mas eu es-
tava enganado. Então, se eu estava enganado com uma doutrina que eu acreditava
estar certa, quem poderá me garantir que qualquer outra doutrina que aderíssemos
poderia ser mais certa do que o mormonismo?
Mostraria de forma diferente o que as pessoas fazem por religião, mentem,
matam, guerreiam, acham-se os donos da verdade, ostentam orgulho e opulência.
Falaria para elas e mostraria exemplos bons e ruins de todas as religiões. Certamen-
te, mostraria mais o lado ruim. Porque o lado bom está relacionado com a filosofia e
os ensinamentos da doutrina. Geralmente, todas as religiões pregam amor ao pró-
ximo e têm boas filosofias. Mas na prática, as ações são muito diferentes.
Então eu as preveniria de que elas mesmas deveriam tomar a decisão de se-
guir o que quisessem, mas que, ao seguir uma religião, isso poderia trazer-lhes con-
sequencias boas ou ruins com o passar dos anos, caso se tornassem muito "fanáti-
cas" ou muito “crentes” na sua filosofia.
Mas uma coisa seria se eu pudesse recomeçar, outra completamente diferen-
te é consertar o que já está feito.
Para minha felicidade, nenhuma das minhas filhas criou raízes no mormonis-
mo. Nenhuma delas tem inclinações por nenhuma religião. No meu pensar atual,
acho isso bom. Pois se não temos vínculos com nenhuma instituição religiosa, não
precisamos nos submeter às regras impostas por pessoas inescrupulosas, mentiro-
sas. Não precisamos pagar dízimos ou pagar para recebermos alguma benção
qualquer. Cremos que se Deus existe, recompensa as pessoas pela honestidade e
pelo altruísmo delas, não por dinheiro.
Sinto muito pela filha do senhor da correspondência ter se envolvido com um
jovem e “fanático” mórmon. Ele me perguntou se é verdade que os rapazes quando
voltam da missão querem logo casar. É bem verdade isso! Quando eles voltam da
missão, a prioridade máxima de um missionário retornado é o casamento. A maioria

161

dos casamentos não dá certo, porque esses jovens casam muito depressa e às ve-
zes nem conhecem as moças direito.
Quanto mais pensamos que os assuntos se acabam, sempre tem mais um
envolvendo a doutrina do mormonismo. Espero que os jovens possam ler isso e as-
similarem melhor suas convicções antes de aderir a uma determinada religião, es-
pecialmente se essa é “alienante” ou “fanatizante”, como diz uma amiga minha.

MORMON THOUGHT, AMAI.JC?

Recebi este e-mail do “dono” da comunidade “Mormon Thought” do Orkut. Ele
me escreveu para tentar mostrar, que o mormonismo é uma doutrina correta e que
todos os seus ensinamentos são certos. Segundo ele, não há necessidade de qual-
quer líder da hierarquia Mórmon (setentas, membros do Quórum dos 12 Apóstolos e
os membros da Primeira Presidência), pedir desculpas às pessoas, aos membros
ativos e a nós, Ex-Mórmons.
Para mim, é um típico texto apologético que não está embasado na razão. Em
determinado momento, ele mesmo escreveu que não há como provar algumas cren-
ças, tanto do mormonismo como da Igreja católica, a não ser pelo exercício da fé.
Gostaria de lembrar ao autor do texto, que a fé não tem resolvido o problema
dos esfomeados da África Subsaariana. A fé não resolve o drama de muitos pais de
família que ficam desempregados e vêm suas crianças passarem necessidade. A fé
é nula em muitos casos de doenças que ainda não têm cura médica. Nem das mu-
lheres oprimidas no islamismo e também no mormonismo.
É bonito falar de fé, quando se está numa posição confortável. Quando se
tem um bom emprego ou é nascido num lar com recursos. Mas tentar me convencer
que o reino de Deus e sua doutrina devem ser aceitos através da fé, é dar um chute
no próprio pé. Quantos e quantos membros do mormonismo estão há décadas na
Igreja e nunca progrediram financeiramente? Quantos destes, não são homens de
fé? Não são portadores do sacerdócio de Melquisedeque? Porque então não progri-
dem? Porque a fé sem obras é morta. A fé sem comprovação nada vale para os sá-
bios. Somente os tolos associam fé sem embasamento científico. Bem, este é as-
sunto para uma postagem especial, vamos ao e-mail:

“Antônio, Antônio...

Antes de colocar uma coisa na Internet, sujeita ao escrutínio de bilhões de
pessoas, certifique-se do que está afirmando.
Em 1o lugar, para se pedir desculpas precisa-se primeiramente saber sobre o
que está errado. Se vc provar para mim que determinada doutrina é errada, eu com
certeza pediria desculpas. Porém duvido que isto seja possível, uma vez que doutri-
nas são dependentes de revelações e interpretações das escrituras. Seria o mesmo
que pedir para o Papa pedir desculpas uma vez que não acredito na intercessão de
Maria pelas minhas orações. Ora, mas o Papa e os católicos acreditam que estejam

162

certos, tenho como provar que eles estão errados e eu estou certo? Não, não tenho!
Então não há porque se desculpar ou porque se exigir desculpas...
Quanto às atitudes dos indivíduos que foram líderes da Igreja, basta estudar a
biografia deles e vc encontrará vários exemplos de momentos em que reconhece-
ram seus erros e pediram desculpas. A igreja, representada pelos apóstolos ou pela
1a presidência, mesmo já pediu desculpas pelo comportamento de líderes locais,
como no episódio de Mountain Meadows abaixo:

http://www.nhne.org/news/NewsArticlesArchive/tabid/400/articleType/ArticleVi
ew/articleId/3554/language/en-US/Mormons-Apologize-For-Mountain-Meadows-
Massacre.aspx

Concluindo:
1) Sua premissa no texto não está correta, ou pelo menos é "misleading"
2) Quanto ao episódio da foto, creio que há vários fatores a se considerar que
nada tem a ver com o coitado do líder que está no púlpito.
a. Várias pessoas tiram fotos com apóstolos e líderes da Igreja, porém isto se
dá espontaneamente e geralmente há uma quebra do "protocolo", pois se o líder
parar para tirar foto com um a um, tal qual foto de casamento com a noiva, haja
tempo para tirar foto com todo mundo.
b. Tanto na rededicação do templo de São Paulo quanto na dedicação do
templo de Curitiba, várias pessoas tiravam fotos do profeta e não teve problema al-
gum.
c. Os membros que o repreenderam poderiam estar sendo simplesmente su-
per-zelosos, uma vez que existe uma norma da Igreja para não se tirar fotos nem
filmar as reuniões sacramentais. Poderiam estar simplesmente transpondo a regra
do Manual de Instruções para uma reunião de Conferência Regional.
Ou seja, há várias formas para primeiramente tentar compreender o compor-
tamento daquelas pessoas que o repreenderam pela foto antes de condená-las ou
ridicularizá-las.
Ah! Outra coisa. Por que vc não publica meus comentários aos seus posts?
Um abraço!
Marcelo Silva
www.amai.jc.nom.br”

O que o autor me diz dos muitos Ex-Mórmons que querem debater racional-
mente na sua comunidade e simplesmente têm seus posts apagados e são expulsos
compulsoriamente, sem chance de poderem, pelo menos, se defender? Tenho visto
e acompanhado esses seus procedimentos por anos no Orkut. Não vou nem entrar
no mérito das características que deveriam acompanhar os verdadeiros seguidores
de Cristo. Será que fugir de um debate racional ou expulsar quem se oponha à sua
crença numa Rede Social, seria um atual exemplo de cristão?

163

Para encerrar, desconheço qualquer “comentário” do autor do texto, que não
tenha sido publicado no meu blog. Não costumo usar das mesmas artimanhas dos
membros da comunidade “Mormon Thought”.

Agora, falando francamente, sem citar o autor, mas ao autor do e-mail: Caso
não saiba quem sou eu, vou refrescar-lhe a memória. Certa vez, eu estava em mi-
nha casa, num sábado pela manhã, quando recebi um telefonema seu. Devia ser no
ano 2000 e você queria conversar comigo sobre alguns pontos do envolvimento de
Joseph Smith Jr. e a maçonaria! Eu tinha lhe enviado um e-mail sobre o assunto.
Após nossa conversa, você colocou uma postagem que ainda é percebível em seu
site, no link maçonaria: “Esta seção foi baseada numa série de perguntas sobre ma-
çonaria enviada a mim por um bispo da Igreja. Como estas perguntas são comuns,
resolvi colocá-las no site”.Surpresa? Se lembrar de mim, notará uma diferença muito
grande entre o antes e o depois. Eu era muito firme no mormonismo e agora não
sou mais. Por que será? Porque abri meus olhos. Convido-o a ser menos crente e
mais investigador. Mas não investigador com exercício da fé. Investigador científico.
Espero ter respondido ao seu e-mail, senhor Marcelo Silva.

MORMONISMO - RAZÕES PARA O DESCRÉDITO

As razões que levam os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias com o passar dos anos a desacreditarem na sua doutrina são múltiplas.
Geralmente um membro começa sua jornada à desfiliação do mormonismo devido
ao ceticismo sobre a autenticidade de suas experiências espirituais dentro da doutri-
na Mórmon. Foi assim comigo e com a maioria das pessoas. E olhem que eu era um
“portador do sacerdócio”. Aproveito a oportunidade eatesto aqui, solenemente, que
nunca em minha vida, eu vi o tal poder do sacerdócio em ação.
A maioria dos Ex-Mórmons, como são chamados os ex-membros da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, deixou a Igreja justamente por terem ob-
tido algum conhecimento intelectual específico. No meu caso, só fui abrir os meus
olhos após o contato com a internet e quando fiz um curso superior. Após o exercí-
cio das faculdades cognitivas, a maioria, entra em descrédito total quanto a doutrina
ensinada e praticada na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
É fomentado pela liderança, através de discursos, aulas e treinamento, direci-
onado aos membros que lá permanecem, para chamar os que começam a racionali-
zar de apóstatas. Certa ocasião, quando eu já estava quase saindo da Igreja. Pouco
antes do meu pedido de remoção de nome dos registros da Igreja, através de Ação
Administrativa. Estava lendo um livro de Erich Von Däniken. O livro era sobre acha-
dos arqueológicos na América do Sul. O autor comentava no seu livro sobre o su-
posto templo construído por Néfi, descrito no Livro de Mórmon. Foi feito um breve
relato sobre o templo, o livro de Mórmon e Joseph Smith. Pois bem, eu emprestei a
obra literária para uma mulher, membro da Igreja, ler e posteriormente, conversar-
mos sobre isso. Ela deu uma olhada no livro do escritor Suíço e me devolveu pron-

164

tamente, dizendo que não leria nada que falasse mal de Joseph Smith. Então é isso
mesmo. Os que permanecem na cegueira e escuridão racional chamam os que raci-
onalizam de apóstatas. Dizem que um apóstata é aquele membro que se afasta da
doutrina pura e correta.
Outra razão que leva um membro a se afastar do mormonismo é a sua des-
crença em Joseph Smith e seu chamado profético. Também, no fruto de seu traba-
lho, o livro de Mórmon. Esse livro não traz nenhuma evidência comprobatória de cu-
nho arqueológico, antropológico, genético e linguístico. Pelo contrário, até mesmo
cientistas que se dizem Santos dos Últimos Dias, questionam o conteúdo do livro.
Muitos publicam seus estudos e conclusões científicas. Alguns deles, muitas vezes,
são excomungados pela liderança da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. A acusação? Evidentemente, por se tratar de total apostasia, segundo suas
inspiradas concepções.
Além do rejeito do livro de Mórmon, vem logo em seguida, o livro de Abraão,
geralmente, pelos mesmos motivos expostos anteriormente. Não há nenhuma evi-
dência de que nenhum dos três fac-símiles que estão estampados no livro de Abra-
ão possa conter matéria-prima suficiente para a produção de todo o texto em inglês.
Entretanto! Há comprovação hoje em dia de que a tradução é 100% falsa. Os fac-
símiles nada mais são do que instruções sobre embalsamamento de mortos. Nada
tem escrito lá que fale de Kolob ou outras fantasias da cabeça de Joseph Smith.

MÓRMONS! ONDE ES TÁ O LIVRE-ARBÍTRIO?

A definição encontrada na internet para o “livre-arbítrio” foi a seguinte: “É a
crença ou doutrina filosófica que defende que a pessoa tem o poder de escolher su-
as ações”. É aplicada em diversos campos filosóficos, não somente no religioso. De
acordo com essa definição, uma pessoa depois de doutrinada, pode, se ela mesma
optar, incorrer por caminhos contrários aos trilhados pela orientação dogmática.
Por exemplo. Se um membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias quiser tomar café, estará exercendo seu livre-arbítrio. Estará agindo em
desacordo com o que lhe é ensinado principalmente nas reuniões dominicais.
Vou usar como exemplo a Igreja Mórmon, porque a conheço bem. Vivenciei
seus ensinamentos e posso usá-la para enriquecer meus argumentos. Só que tem
um problema. Apesar de ter permanecido anos no meio dos Mórmons, não consegui
identificar o uso prático do livre-arbítrio por qualquer um dos seus membros ativos
sem que não houvesse uma espécie de punição. Quer essa punição fosse psicológi-
ca ou imposta pelos líderes eclesiásticos. Todavia, deixo claro, que essa retaliação
ao livre exercício do "livre-arbítrio" não é exclusiva do mormonismo.
Aparentemente para nós que estamos fora dos ensinamentos dos Santos dos
Últimos Dias, achamos ridículo punir alguém por simplesmente tomar café. Mas é
isso mesmo o que acontece. Uma pessoa que toma café, membro d’A Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não pode desfrutar de certos privilégios ou
regalias. Dizem que está cometendo um pecado. Rompendo ou quebrando um

165

mandamento de Deus. Não podem, em certos casos, dar aula, discursar, ir ao tem-
plo e nem se manifestar publicamente através de uma simples oração. Acham exa-
gero?
Vejamos outro exemplo. O sexo antes do casamento. Assunto que já foi exa-
ustivamente e amplamente debatido por diversas pessoas. A Igreja, proíbe terminan-
temente os seus membros de praticarem sexo antes do casamento. Caso tentem
exercer seu livre-arbítrio nesse sentido, serão punidos com mais rigor. Podem até
mesmo ser expulsos do corpo de membros da Igreja. Isso não é somente atribuído
aos jovens, mas aos adultos também.
Os jovens Mórmons ao completarem sua idade adulta, são incentivados a fa-
zerem um trabalho de proselitismo, como missionários. Na maioria das vezes contra
suas próprias vontades. Para piorar a situação, são enviados a lugares distantes de
suas casas e precisam conviver com outra pessoa do mesmo sexo por dois anos.
Está explicado porque há um índice altíssimo de membros homossexuais no meio
Mórmon. A pressão sobre a abstinência sexual e a castidade é tamanha que “lite-
ralmente” mexe com a psique dos jovens Mórmons. Eu não tenho nada contra o
homossexualismo, mas os líderes da Igreja acham que é uma doença. Tentam des-
moralizar e humilhar os gays e lésbicas.
Acho muito interessante uma parte do artigo que foi publicado no blog:
http://investigacoessud.blogspot.com/2009/12/pornografia-on-line-em-
utah.html
“Em decorrência desta repressão sexual, não é difícil casais demorarem até
anos para se ajustarem à vida sexual, se o casamento resistir por todo esse período.
Os filhos desses casais certamente sofrerão com os mesmos problemas. Ao invés
de conversarem, ensinarem e mostrarem-se abertos à toda e qualquer questão rela-
tiva à sexo, os pais não falam sobre isso – e quando falam, afirmam que mesmo o
pensamento sobre sexo é pecado. Assim, algumas crianças buscam outras fontes
para matar suas curiosidades. Quando tais atitudes mudarem, quando os Mórmons
aceitarem que falar e ensinar com seriedade sobre a sexualidade humana é o me-
lhor caminho, sem jamais referir-se à ela como ‘ruim, suja ou pecaminosa’, talvez
esse quadro de uso de pornografia se inverta. Talvez”.
Esses líderes, que são chamados de Setentas, apóstolos e Profetas interfe-
rem tanto na vida dos membros que tornam as mesmas um verdadeiro inferno. Há
em Utah, o estado americano com a maior concentração de membros d’A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o maior consumo de antidepressivos dos
Estados Unidos. A taxa de consumo de antidepressivos é o dobro do estado da Cali-
fórnia e três vezes maior do que o de Nova York e Nova Jersey. Também este esta-
do é o responsável pelo maior consumo de pornografia paga via internet. Só que
tudo isso trás uma conseqüência nada agradável para essas pessoas. Como falei
antes, a população de Utah, constituída por cerca de 70% de Mórmons, são as mais
depressivas dos Estados Unidos. A publicação que confirma isso está no “Los Ange-
les Times” de 20 de fevereiro de 2002.

166

Aparentemente os membros da Igreja se mostram um povo feliz, mas a reali-
dade é bem outra. Principalmente entre as mulheres. Elas se submetem a pressões
específicas de machismo e muitas vezes de violência doméstica. São incentivadas a
não admitir seus conflitos. O ex-presidente da Igreja. Gordon B. Hinckley falou muito
sobre isso em seus discursos, tentando amenizar a situação. Mas aparentemente foi
sem resultados concretos.
Então! Onde está o livre-arbítrio no mundo Mórmon? Perguntarei novamente!
Onde está o livre-arbítrio no mormonismo? Não existe. Igualmente! Onde está o li-
vre-arbítrio em outras religiões que tem doutrinas similares? As cristãs que têm res-
trições ao lívre-arbítrio mais conhecidas são: As Testemunhas de Jeová, Adventis-
tas, Pentecostais em geral, Evangélicas e Católicas. Outras religiões, como Dármi-
cas e Islamicas também seguem o mesmo caminho.

MORTE E VIDA!

Antonio!
Como está? Tudo bem? Espero que sim. Escrevi mais uma história. Estou
adorando ver que isso está incentivando mais leitores. Que possamos parar para
refletir. Um abraço!
Vou contar a história de uma imigrante que vive nos EUA há mais de vinte
cinco anos. Poderia considerá-la uma nativa, se não fosse o amor, a simpatia, a de-
cência e bondade que demonstra a todos. Ela morava com o filho e a mãe que é
muito velha. Caminha com dificuldade e prá ser sincera: já está “com o pé na cova”.
Sempre me encontrava com essa senhora na rua. Às vezes pegávamos as corres-
pondências juntas (moramos no mesmo condomínio), sempre nos falávamos e nos
dávamos muito bem. Um dia, essa senhora desapareceu. Fiquei mais de uma se-
mana sem vê-la. Preocupei-me e num domingo perguntei à filha dela o que aconte-
ceu que não a via mais. A filha arregalou os olhos, fixou nos meus e disse: “Tu eres
la unica persona a se preocupar por mi mama”. Depois me disse que nem os conse-
lheiros do bispo, que são nossos vizinhos de porta, se preocuparam em saber se
aquela idosa estava doente ou como ela mesma disse: “se havia morrido.” Nada!
Ninguém se deu conta do desaparecimento dessa mulher que estava TODO domin-
go na igreja! Eu não sei como a filha dela, essa mulher que é tão fiel na igreja insiste
em amar e odiar os Mórmons ao mesmo tempo. Ela sempre me chamou atenção na
igreja porque é a ÚNICA que dá aula em espanhol (curso 26). Não é o caso da aula
não ser dada em inglês, mas o que me chama atenção é o descaso com que esses
alunos são tratados pela Presidência e demais membros. Todo mundo sabe que o
que mais tem nos EUA são pessoas que falam espanhol, em especial em Utah, on-
de muitos missionários serviram missão em países de língua hispana. O que acon-
tece é que essas pessoas retornadas de missão, jamais assistem à aula dela. Nin-
guém se importa em dar um apoio, uma aula de inglês gratuita aos menos afortuna-
dos. Já ouvi muito deles dizer que á prá não incentivar a imigração ilegal. Mas peraí,
prá isso já tem a imigração, com suas leis e independente do status legal de qual-

167

quer imigrante, somos um só em Cristo. Em minha opinião deveria existir mais apoio
e menos julgamentos e críticas. Dos alunos dessa mulher, tem uma família que me
chama atenção. Parece que ninguém se dá conta da presença deles. É uma família
muito humilde e tenho certeza que só vão prá igreja e pagam o dizimo por causa das
aulas da C. que são muito inspiradoras. Já vi muito descaso com situações pareci-
das a essa no Brasil. Já deixei passar despercebido com aquela famosa frase: “a
igreja é perfeita, os membros não.” Hoje vejo que não só os membros são imperfei-
tos, como a igreja nada tem de verdade. O profeta adverte a todos! Os perigos de se
contrair dívidas, de nos conformarmos em morar em casas pequenas, simples, dei-
xar de lado a luxúria. Enquanto são construídos Templos imensos, espaçosos, com
ornamentos e decorações que um pobre fiel pagador do dizimo, jamais terá em sua
casa. É muita contradição! É falado para visitarmos regularmente o Templo, prá fa-
zer trabalho (vejam bem) para os mortos, pessoas que jamais vimos, jamais nos fa-
lamos e sequer temos certeza que existiram na terra e ao que tudo indica, em Utah,
esse mandamento é seguido “à risca”. Os estacionamentos dos Templos estão
cheios de carros. Não raro encontramos casais vestidos a caráter, num dia de se-
mana, mulheres que se sacrificam para cumprir as exigências do profeta. Quando
num domingo, sequer se preocupam com a Irmã, que toma o assento ao lado delas,
sequer se preocupam em dar um sorriso amigo, um olhar amoroso, uma palavra.
Quero alertar a todos, através disso, que essa igreja que vocês afirmam ser de Cris-
to é a igreja da contradição. Seria por isso que o próprio Cristo afirmou que devemos
“deixar os mortos enterrar seus mortos?” Quero citar as palavras de um grande jor-
nalista e escritor, o qual admiro por sua inteligência e palavras. Seu nome é Ernani
Lemos e toda vez que presencio situações como essas, me lembro do texto escrito
por ele:
Poucas coisas são tão fascinantes quanto à relação humana com a morte.
Recentemente fiquei impressionado com a dedicação do serviço de resgate da Air
France para recuperar a caixa preta e os restos das vítimas que caíram no Atlântico
com o avião da companhia. Quase dois anos depois da tragédia, finalmente encon-
traram os destroços da aeronave e das pessoas. E então empregaram mais tempo,
força e dinheiro para recolher do mar tudo o que pudessem. É importante saber co-
mo aconteceu o acidente para evitar outros no futuro e é justo que os familiares
queiram enterrar seus mortos. Mas me impressiona perceber que somos capazes de
fazer coisas extraordinárias como vasculhar um oceano para achar corpos e peda-
ços de metal, mas não usamos essa capacidade para tarefas mais simples como
educar crianças e dar oportunidade de trabalho aos pais delas. Quase ninguém
presta atenção nas pessoas enquanto elas vivem. É difícil achar quem se importe
com os problemas dos outros enquanto eles ainda podem ser resolvidos. Só depois
que não há mais jeito é que as histórias parecem ficar interessantes. É triste perce-
ber que a vida já deixou de ser tão encantadora quanto a morte.
Hoje os jornais irlandeses acordaram de luto por um homem que foi durante
anos o saco de pancadas de todos eles. Brian Lenihan comandava o Ministério das

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Finanças até poucos meses atrás. Era uma figura muito conhecida e, me parecia,
pouco admirada por aqui. O sujeito estava sempre na TV anunciando problemas,
planos de resgate para bancos quebrados, cortes nos gastos públicos, aumento de
impostos, contração de dívida externa... Só desgraça. As manchetes e os comentá-
rios na imprensa jamais foram generosos com ele. As críticas eram severas e a ima-
gem do homem era associada à quebra do país. Brian estava sempre com enormes
olheiras, como se vivesse embriagado ou de ressaca. Mas a feição combinava bem
com a figura de monstro que lhe impunham.
Ontem Brian morreu. Ele tinha 52 anos. As manchetes que antes o condena-
vam, agora o santificam. “Brian, o valente”; “A morte de um grande homem”; “Uma
perda massiva para o país”. Ocorre que o político foi ministro das finanças exata-
mente no momento em que a economia nacional entrou em crise. Ele não gerou o
problema, apenas teve a ingrata missão de tentar resolvê-lo. E só agora, depois de
morto, todo mundo faz questão de esclarecer e reconhecer isso. O ex-ministro não
era alcoólatra, como eu pensei que fosse. As olheiras enormes e o olhar perdido
eram sinal de cansaço. Brian tinha uma enorme luta diária, muito maior do que a de
recuperar a economia. Ele tinha câncer no pâncreas. E morreu disso.
Então Brian perdeu as duas maiores batalhas que já enfrentou - contra o cân-
cer e contra a crise - e mesmo assim passou de bandido a herói. Mas o que mudou
tão de repente? Simples: ele morreu. Deixou de existir e passou a ser respeitado.
Porque nos vivos a gente pode bater, mas os mortos só merecem o nosso carinho.
Infelizmente. Sou favorável ao tratamento solidário com quem já se foi, mas será
que é tão difícil olhar as pessoas com mais cuidado enquanto elas ainda respiram e
caminham por aí? Se a gente precisa de notícia chocante para sair da anestesia diá-
ria, é fácil encontrar no mundo dos vivos. Tem criança sofrendo com fome, com frio
e com violência. Tem adulto apanhando do desemprego, da injustiça e de doenças.
Tem tanta gente com sofrimentos invisíveis que machucam não os órgãos, mas a
alma. Gente que se torna reclusa e se esconde da sociedade, e que talvez pudesse
ser curada apenas com o empréstimo de um bom par de ouvidos e de algumas pou-
cas palavras gentis. E, apesar dessa facilidade com que poderíamos tornar vidas
alheias mais agradáveis, tenho a triste sensação de que nossas melhores ações são
direcionadas a quem já morreu.
No caso do avião da Air France, algumas pessoas poderosas puderam, de-
pois de muito esforço, encontrar e resgatar os mortos. E, embora pude s-
sem facilmente salvar também muitos vivos, não fizeram nada por eles. A caixa pre-
ta despertou um enorme interesse na imprensa porque com ela foi possível saber e
contar como foi que os passageiros e a tripulação morreram. Mas ninguém se esfor-
çou em saber como eles viveram. Quero deixar claro que respeito às famílias e as
vítimas do acidente. Minha intenção é só usar o caso como exemplo da nossa
enorme capacidade e de como ela é pouco utilizada.
Chorar pelos mortos é natural. O que nos torna especiais é derrubar lágrimas
por quem vive. E não falo do choro de quem se machuca ou perde o namorado.
O choro bonito é o solidário, aquele que nasce quando a gente vê o sofrimento nos

169

olhos de outra pessoa e deseja nada mais do que poder dividir aquela dor com ela.
Porque a morte é interessante e misteriosa, mas ainda não inventaram nada mais
precioso e inexplicável do que a vida.
39

(Autora Ex-Mórmon)

NÃO VOLTAREI PARA O MORMONISMO!

“Acho que se você avaliar bem mesmo, somos a religião que menos errou. E
o mais importante de termos um Deus, é você ajoelha e pede perdão dos nossos
pecados! O mais importante de se ter um Profeta, que é um homem inspirado, é vo-
cê ter uma palavra de consolo para um mundo escuro e cruel! Acho que ser mórmon
lhe aproxima mais de Deus e o torna pessoas melhores não perfeitas, mas melho-
res. E você, com o seu blog as afastam de fazerem coisas boas. E AS FAZEM
PENSAR QUE NAO HÁ UM DEUS, E TODAS AS COISAS RUINS QUE FAZEM NO
MUNDO SAO NORMAIS! Acho que não traduziram a bíblia toda porque os Profetas
não fazem as suas próprias vontades. Eles fazem a vontade de Deus e Deus não
quis oeéé. Você não acha melhor ser um Mórmon do que um fumante bêbado? Um
mendigo crente (aqueles que se acham) e todas essas coisas ruins? Na igreja de
Jesus Cristo prezamos sempre a família, a paz e todas as coisas boas. Você como
um membro antigo deve saber. As reuniões familiares são o que tem de melhor para
mim. Você tem que lembrar que a igreja é perfeita, porque foi alicerçada por Jesus o
Cristo. Mas o homem não é! Ore, peça a Deus com fé, que ele vai te dar um teste-
munho da veracidade do Livro de Mórmon e do primeiro profeta da Igreja, Joseph
Smith... Aproveite e vá para a conferência geral, que vai acontecer a partir desse
sábado e Deus poderá lhe dar as respostas! Lembre-se que acreditamos em um
Deus vivo. E ele se importa com a gente. Antes de tomar qualquer decisão peça a
Deus! Não é possível que você ache que as coisas que aprendemos no seminário...,
no instituto e tudo mais, não seja coisas de Deus! Graças a essa igreja, eu tenho
amigos, porque antes eu não tinha! Eu tenho 3 meses de converso e fico muito triste
por você ter se afastado dessa maneira! Sei que às vezes as pessoas até da igreja
deixam a desejar, mas essa é realmente a igreja verdadeira que ajuda e que é a
amiga! Por favor, reconsidere e seja realmente um AMIGO! Procure sempre pregar o
evangelho, que a meu ver é aonde eu realmente sinto a presença de Deus!
Fique com Deus!
Leo Corttez”

Agora virou moda os membros da Igreja Mórmon acharem que eu posso me
“reconverter” ao mormonismo. Alguns membros, com alguns meses ou poucos anos
de Igreja, acreditam que já sabem tudo sobre a religião que abraçaram. Na verdade,

39
(A pedido da autora deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, so-
mente se ela mesma me autorizar. Tenho recebido dela, algumas outras histórias, que compartilharei
aqui a seu pedido).

170

não sabem nada. Precisaram 18 anos para que eu pudesse cair na real e aceitar
que eu estava errado. Que a Igreja e sua doutrina estavam erradas.
Os e-mails chegam diariamente. Muitos têm me exortado a voltar. Outros me
encaminham ao inferno. Têm mensagens para todos os gostos. Ultimamente, tenho
publicado algumas aqui. Meu intuito é explicar aos membros da Igreja de Jesus Cris-
to dos Santos dos Últimos Dias, de que não vai ser fácil me convencerem novamen-
te sobre a veracidade do mormonismo.
Eu somente aceitarei o mormonismo como Igreja verdadeira, se me apresen-
tarem provas convincentes sobre o Livro de Mórmon, incluindo escavações no Mon-
te Cumorah (Por que não escavar? Certamente lá deve ter muitas provas das bata-
lhas ocorridas naquele local. Não é isso que o Livro de Mórmon explica?). Provas
convincentes sobre o Livro de Abraão, sua tradução dos fac-símiles, com atestado
de veracidade, por egiptólogos renomados. E ainda, sobre os rituais templários. Se-
riam realmente cópias de algumas ordenanças maçônicas? Desculpas e esclareci-
mentos convincentes, por parte do atual presidente da Igreja Mórmon, sobre as de-
clarações racistas, dos primeiros líderes do mormonismo. Explicações sobre a poli-
gamia, o massacre de Mountain Meadows. Prestações de contas do dinheiro arre-
cadado no Brasil. Quanto entra em caixa e onde está sendo gasto este dinheiro?
Quem são os empregados da Igreja e quanto eles ganham? Mais ainda, o que os
Coordenadores do SEI fazem de tão importante para receberem altos salários?
Ainda, já me propus em voltar para a igreja Mórmon, no dia em que os porta-
dores do Sacerdócio de Melquisedeque, curarem amputados ou fazerem nascer
dentes em banguelas. Afinal, eles não têm o poder de Deus?
Enquanto isso não acontece, ficarei por aqui mesmo, na condição de crítico
do mormonismo. Escrevendo no blog e tentando mostrar a todos um outro lado des-
sa doutrina.

O ALMOÇO AOS MISSIONÁRIOS!

Dar almoço aos missionários Mórmons sempre foi causa de pequenas rusgas
entre alguns membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Esse
tipo de problema eu sempre presenciei na Igreja. O almoço dado aos missionários
pelos membros da Igreja produz muitas histórias contadas pelo mundo afora. No
geral, as regras são claras, válidas para todas as Missões. Tem de tudo, mas cada
Missão possui algumas outras regras diferenciadas, principalmente quanto ao tipo
de alimentação oferecida pelos membros aos “representantes de Jesus Cristo”. Os
missionários devem almoçar nas casas dos membros e não demorar muito naquele
lar após o almoço.
Aqui na cidade de Curitibanos eu já presenciei missionários passarem a tarde
toda na casa de família de membros. Além de assistirem filmes e jogar videogames,
ficaram enrolando, sem a mínima vontade de fazer o trabalho de proselitismo.
Quando eu era bispo da Ala Curitibanos, precisei emitir uma correspondência
para os membros da Ala toda, para tentar resolver esse problema. A cidade dista

171

cerca de quase 300 quilômetros da sede da Missão, em Florianópolis. É comum os
missionários ficarem à vontade por aqui. Literalmente, se mandam. Acham-se livres
para fazerem o que quiserem. E isso envolve amizades íntimas demais com alguns
membros locais. Têm algumas famílias, que aparentemente, transmitem uma espé-
cie de segurança para esses jovens, como se estivessem em suas próprias casas.
Tal é a frequência deles em suas casas. Não tendo um único dia em que não dão
uma “passadinha” por lá para fazer um lanche, almoçar, jantar, ou só mesmo, para
“usar o banheiro”.
Tivemos muitos problemas envolvendo almoço dos missionários na minha
época de bispo. Quando cheguei a Curitibanos, apenas umas 6 ou 7 famílias davam
almoço a esses jovens. Era muito dispendioso. Eu mesmo já relatei aqui no blog.
Era toda santa semana. Às vezes vinham outros missionários de outras cidades vi-
zinhas e aumentava as despesas dessas famílias com almoço. Muitas vezes pega-
vam as mulheres desprevenidas. Faziam almoço para dois e apareciam mais quatro.
Outras vezes, as famílias faziam almoço e os missionários não apareciam.
Viajavam e não avisavam. As mulheres ficavam loucas.
Será que a liderança não percebe que em países em desenvolvimento, como
o Brasil, onde a maioria dos membros é pobre, torna-se oneroso fornecer alimenta-
ção continua para esses jovens. Porque será que a igreja não fornece vale alimenta-
ção para esses missionários? As reclamações eram contínuas no bispado. Quanto
mais problemas houver envolvendo missionários e membros, mais evidente fica a
ideia de que a igreja não é verdadeira e nem inspirada divinamente.
Teve também o caso de uma carta que uma esposa do Presidente da Missão
fez circular por aqui, proibindo as mulheres de oferecerem alguns alimentos aos
missionários. Muitas mulheres ficaram indignadas. Eles não podiam comer certas
iguarias regionais, mas era comum encontrar esses jovens comendo lanches em
locais duvidosos, em lanchonetes no centro da cidade.
Esse não é o reino de Deus com toda a certeza. Caso fosse, esses fatos não
aconteceriam, pois o “Espírito Santo” agiria e faria o seu papel.

172



O ATUAL PROFETA MORMON!

A postagem de hoje está relacionada com a afirmativa dos Mórmons de auto-
proclamarem o presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
como “profeta, vidente e revelador”.
Desde que assumiu o controle da Igreja e dos Ativos da “Mormon Inc.” Tho-
mas S. Monson (o nome do presidente da Igreja) não atuou como um "verdadeiro
homem santo de Deus", ou seja, um "profeta". Ele não profetizou nada concernente
às crises internacionais. Nem pôde livrar o seu próprio país do ingresso nessa crise.
Nem os vários outros países que foram economicamente abalados ao redor do pla-
neta. Não pôde profetizar nada com relação à prevenção de catástrofes provocadas

173

pela ação da natureza, como os terremotos que afligiram e abalaram recentemente
o Japão, o Haiti e o Chile.
O mundo, com certeza, espera mais de um profeta de Deus. Espera que ele
traga ajuda para os filhos de Deus, que estão passando fome, sede e necessidades
imediatas, principalmente no continente africano. Não é ele o canal direto entre os
homens e Deus?
Parece que o Papa Católico está tendo mais eficácia com relação à ajuda
humanitária a muitos cantos do mundo, do que Thomas S. Monson, o pretenso Pro-
feta Mórmon. Vejamos o Brasil, como exemplo: Quantos orfanatos, pastorais da cri-
ança, asilos, hospitais, universidades, escolas de ensino fundamental e médio a
Igreja católica está administrando nesse país? Muitos. Em quase todas as cidades
há obras dessa natureza, mantidas por representantes da Igreja católica, padres e
freiras. Em comparação com o mormonismo: Quantos orfanatos, pastorais da crian-
ça, asilos, hospitais, universidades, escolas de ensino fundamental e médio estão
funcionando sob a supervisão dos líderes Mórmons? Nenhuma. No mormonismo,
aparentemente, isso não é relevante. O que é relevante é somente a cobrança de
dízimos. Parece que só pensam em dinheiro. Prometem bençãos aos membros fieis
que pagam o dízimo, mas essas bençãos nunca vêem. Conheço em minha cidade,
muitas pessoas que estão praticamente falidas por pagarem o dízimo a vida toda à
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.Evidentemente estão todos afas-
tados porque não aguentaram mais essa pressão.
Gostaria de ver o profeta Mórmon em ação, "agindo em nome de Deus". Mos-
trando ao mundo que o seu sacerdócio é real. Em vez disso, quantos outros líderes
eclesiásticos, de diversas religiões fazem mais pelos necessitados? Acho que vou
morrer de velhice e não contemplarei as obras de fé do mormonismo. Somente falá-
cias. Afinal de contas, já fazem quase 200 anos, desde que a igreja foi organizada
no Estados Unidos. Nunca soube de nenhum milagre comprovadamente feito por
um profeta Mórmon.
Me contaram que o profeta Mórmon Thomas S. Monson é um velho muito
vaidoso. Deve viver em salões de beleza dando retocadas constantes na maquia-
gem. Já perceberam como sua face é tão maquiada? Certamente, faz tudo às es-
condidas dos membros que o adoram. Na Conferencia Geral, entra e sai escondido
por um túnel subterrâneo. Por que não cumprimenta os membros com um aperto de
mão? Tem medo que o matem? Deus não o protegeria de um suposto atentado?
Não o avisaria? Nunca é visto nas ruas de Salt Lake, nunca vai a shoppings ou a
lugares públicos como uma pessoa comum.
Há muito que fazer na profissão de profeta Mórmon: Ele tem que terminar a
tradução da bíblia, mal começada por Joseph Smith Jr., tem que traduzir a terça par-
te selada das placas que supostamente contenham o Livro de Mórmon, tem que
provar ao mundo que o livro de Mórmon é real e não uma história literária plagiada
tem que provar que o tal egípcio reformado existiu mesmo e que não foi mais uma
das invenções de Joseph Smith Jr., tem que explicar porque no livro de Mórmon há
textos que combatem categoricamente a poligamia, mas pouco tempo depois do li-

174

vro ter sido publicado, Joseph Smith começou a praticar a poligamia, afirmando que
era um mandamento de Deus. Quem está certo: O livro de Mórmon ou Joseph Smith
Jr.? Tem muito trabalho para o profeta. Ele precisa também avisar o mundo de ca-
tastrofes naturais. Ele poderia ir em lugares onde a seca é terrível e fazer chover
com suas orações poderosas. Deus não ouviria seu profeta?
Enquanto não houver nada nesse sentido, conforme escrevi aqui, não acredi-
to que Thomas S. Monson seja um profeta de Deus, nem um revelador (não revelou
nada).

O CONSELHO DE AMOR!

Os assuntos a serem relatados aqui neste blog são fartos demais. É só abrir
qualquer página, de resultados de pesquisa na Internet e os assuntos afloram. É só
escrever qualquer palavra relacionada à doutrina Mórmon que você pode ficar horas
lendo. São relatos, testemunhos, desabafos em blogs e sites corporativos e pesso-
ais.
Ainda tem as redes sociais, como o Facebook e o Orkut, que estão minados
de pessoas que, exaustivamente, debatem sobre o mormonismo. Não sei precisar
qual lado está ganhando. Mas ouso afirmar que o mormonismo está cada vez mais
em desvantagem. Faltam-lhe argumentos convincentes para convencimento dos
descontentes com a doutrina.
Nessas minhas pesquisas, encontrei um relato de uma senhora. Ela diz que é
atualmente, ex-membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Seu
relato está referenciado abaixo, mas por precaução, preservarei qualquer indicio que
possa de certa forma, constrangê-la com as lembranças ruins.

“Foram 23 anos da minha vida dedicados ao Evangelho Restaurado; diversos
chamados e deveres, todos bem executados, para no final das contas acabar como
excluída. Fui casada por 18 anos com um homem, pai dos meus primeiros 3 filhos
(hoje casados e com suas famílias). Éramos de certa forma felizes dentro da igreja,
membros fiéis, nunca atrasamos um mês de dízimos. Até o ponto de eu saber que
meu esposo, o “Conselheiro no bispado”, regado por sua “glória”, caiu em contradi-
ção com tudo o que ele ensinava aos outros. Por meio de amigos de profissão, que
me alertaram, descobri com meus olhos, que ele estava me traindo, e o pior, com
outro homem. Eu nunca fui preconceituosa, tenho sobrinhos gays e eu amo eles!
Mas fazer isso? Um homem que se dizia um “Santo”? Fazer isso com esposa e fi-
lhos? É correto? Enfim, nos separamos. As coisas ficaram abaixo de “panos quen-
tes” e ele nem foi excomungado (o peso na consciência foi tão grande que ele se
afastou e sumiu). Bom, eu continuava acreditando na “veracidade” do evangelho...
Até quando eu comecei a frequentar a capela sozinha, e todos ficavam olhando de
lado, sem perguntar, mas me comendo com os olhos... Há 2 anos eu fui para Chica-
go, fazer um curso de especialização na minha área de ensino (Biomedicina). Em
um hospital, um instituto chamado Thompson Institute, conheci um enfermeiro, brasi-

175

leiro de 21 anos. Casamo-nos, fiz uma fertilização artificial, e eu, com 54 anos fiquei
grávida, e de gêmeos (da C... e do M...). Quando eu estava grávida, com mais ou
menos 4 meses, tive a noticia de um AVC, que minha mãe havia sofrido. Fui para o
Brasil, rapidamente, junto com o meu novo esposo. Para que? A causa da doença
da minha mãe era um chamado do bispado da minha ex-ala, que foi para a casa da
minha mãe para um “conselho do amor”. Fui acusada de “Adultério”! Bom, após isso,
nunca mais pisei lá. Desfiz-me de materiais da Igreja, e até das minhas roupas do
templo. Decepcionei-me demais. Hoje estou aposentada. Feliz com meus 5 filhos e
meus dois bebês, que me alegram”.

Certamente, o evento descrito acima aconteceu por uma falha comum dos lí-
deres da Igreja. Esse é um exemplo, de pessoas despreparadas que ocupam cargos
como os de Bispos e Presidentes de Estacas na IJCSUD. Eu mesmo fui testemunha
ocular de tudo isso em minha antiga Ala e Estaca. A começar pelos Bispos.
O que acontecia comumente era que não havia número suficiente de homens
para que, efetivamente uma ala pudesse ser organizada. Então, valiam-se das joga-
das de reorganização de área geográfica, mudavam os limites das unidades e com
isso, valendo, se dos números de membros inativos, conseguiam organizar uma ala.
Mas essa nova Ala, ainda não possuía um número de homens ativos, para que pu-
desse funcionar como uma Ala. Faltavam homens, inclusive para os cargos de Pre-
sidente de Quórum de Élderes, Presidente de Rapazes, Líder da Missão da Ala, en-
tre outros cargos.
Agora vem o pior. Dos homens disponíveis, a maioria era de pessoas sem
instrução. Muitos tinham uma instrução mínima e mal sabiam ler ou escrever. Outros
mal sabiam se expressar. Eram pessoas humildes que se converteram ao mormo-
nismo. Estavam ali porque foram convencidos e achavam que a Igreja era verdadei-
ra. Mas na hora de escolher um novo Bispo? Quem chamar?
Todos sabem que a inspiração é falha. Não existe inspiração na IJCSUD. En-
tão chamam qualquer um para o cargo de Bispo. Geralmente, esse novo líder quer
fazer o trabalho bem feito, mas muitas vezes, não têm condições culturais, psíquicas
e psicológicas para exercer um cargo dessa natureza. Ser um líder de um grupo de
pessoas.
Então vem o Presidente de Estaca e diz: “Vocês não podem tolerar o pecado
entre os irmãos e irmãs. A Ala não cresce se tiver pecado! Precisam fazer Conse-
lhos Disciplinares e “excomungar” qualquer um que esteja cometendo pecado e que
não queira se arrepender. Não importa se é um membro ativo ou não”.
O Bispo fica sem saber o que fazer e começa a despachar notificações de
Conselhos Disciplinares. E acontecem casos como esse que foi relatado por essa
boa senhora.
Quanto o caso do seu esposo, conforme relatado, fica evidente o acovarda-
mento da liderança em tratar de assuntos mais delicados com homens. Ainda mais
se são dizimistas integrais e membros ativos, com cargos de liderança. Não tenho
outra palavra no momento, a não ser “covardia” Lembrem-se, muitos líderes não tem

176

condições de serem líderes. Se essa é a Igreja verdadeira de Deus, ele falha muito
na escolha de seus representantes. Só escolhe despreparados. Os líderes despre-
parados servem unicamente, para trazerem mais sofrimento às pessoas, ao invés de
tornar a vida delas melhor.
40


O CRESCIMENTO DA IGREJA MORMON!

Hoje falarei sobre o crescimento mentiroso da Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias. Quando eu era um membro ativo, estava confiante e entusi-
asmado. Havia muito otimismo a cada Conferencia Geral da Igreja, quando oprofeta
vivo anunciava que o Reino de Deus estava em ordem e que Sião estava prospe-
rando.
Só que com o passar dos anos, comecei a verificar os dados estatísticos das
Conferencias Gerais de Abril. Sempre são apresentados os dados do ano anterior.
Analisando anualmente estes números, comecei a ficar preocupado. Alguns núme-
ros não apresentavam crescimento. Pelo contrário, ano após ano estavam baixando
ou estacionados.
Pelo que constatei no último relatório apresentado este ano, referente a 2010,
minhas observações estavam certas.



40
Referência para o texto:
Orkut: Comunidade: Ex Mórmons Brasil

177



Os próprios números apresentados desmentem o crescimento da Igreja, co-
mo muitos membros gostam de alardear. O número de Batismo e o de missionários
de tempo integral tem caído. Fiz alguma ilustração para mostrar que estou certo.
Retirei os dados do próprio site da igreja para que ninguém venha dizer aqui que
estou inventando. É difícil para um membro encarar a realidade. Por mais que os
números mostrem, sempre tem um líder que poderá dizer que é assim mesmo e que
estamos nos últimos dias onde não haverá mais crescimento porque o “inimigo” já
dominou os habitantes da Terra.

178

Mas para isso, posso refutar com uma escritura que os Presidentes da igreja
gostam de citar. Trata-se daquela, que está na bíblia, no livro de Daniel. Diz que
uma pedra foi cortada de uma montanha sem mãos. Essa pedra rolou pelo mundo e
encheu a terra. Se um líder falar uma besteira dessas de que estamos nos últimos
dias e que não haverá mais crescimento até a vinda de Jesus Cristo, então a profe-
cia de Daniel é falha. Pois a Igreja Mórmon ainda não conseguiu penetrar em muitos
países do mundo. Ouso dizer que não conseguirá tão fácil essa proeza. Por exem-
plo, o mundo islâmico é totalmente desconhecido. E o que dizer da China com seus
bilhões de habitantes? E a Índia? O que poderão fazer 50 mil missionários contra 6
bilhões de habitantes do planeta atualmente? Os líderes da Igreja têm muito que
explicar para os incautos membros sobre essa tal “obra maravilhosa e um assom-
bro”. Precisam mostrar como vão convencer as pessoas de que a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos últimos Dias é a Única Igreja verdadeira estabelecida na face
de toda a terra. Nem as supostas placas de onde dizem que o livro de Mórmon foi
extraído os líderes da Igreja possuem. Não tiveram a capacidade de terminar a tra-
dução inspirada da bíblia que fora começada por Joseph Smith Jr. Porque então
Deus começaria um serviço e deixaria pela metade?
Como disse um membro, numa comunidade de Ex Mórmons brasile i-
ros: “É mito e não fato que o “reino” mórmon prospera”.
O número de missionários é um termômetro fundamental para qualquer pes-
soa verificar o crescimento da Igreja Mórmon. Quanto mais os anos passam, os líde-
res submetem os coitados dos rapazes a verdadeiras torturas mentais. Exigem obe-
diência total aos mandamentos dos homens. Porque mandamento de Deus, certa-
mente não é! Só para vocês terem uma idéia, o rapaz não pode nem se masturbar,
corre o risco de ficar fora da tão sonhada e tortuosa missão de tempo integral.
O inferno para esses jovens vai além da missão. Não pensem que somente a
missão é ruim. O casamento meio que arranjado, na maioria das vezes, joga um ra-
paz para casar-se com uma moça sem nem ao menos terem um convívio mais ínti-
mo, mais afetuoso. Os casamentos desses jovens, tem se mostrado um horror. Mu-
lheres reclamando que os maridos são brutos e que não sabem tratá-las com cari-
nho, e respeito. A internet está cheia de exemplos!

179

O DECLÍNIO SISTÊMICO!

Lembram dessa projeção? O sociólogo americano em religião, Rodney Stark
previu em 1998, afirmando para os Santos dos Últimos Dias (SUD), que a igreja au-
mentaria para 265 milhões de membros até o ano 2080. Ou seja, de acordo com
essa previsão, ela será a única grande religião mundial que surgiu, desde o apare-
cimento do Islã, no século VII. Caso se concretize, essa previsão será, sem dúvida,
um sucesso imenso para o mormonismo.
Andei pesquisando sobre o assunto e concluí que a tendência de crescimento
é exagerada. A projeção de Rodney Stark de 265 milhões de membros Mórmons é
discutível. Estatisticamente, seus cálculos não estão errados. Mas serão necessá-
rios mais do que dados estatísticos, segundo os números fornecidos pela própria
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dais, para traçar uma projeção de
crescimento real para o futuro do mormonismo. Portanto a projeção não está corre-
ta! Através de uma pequena e simples análise técnica olharemos agora para os da-
dos, a partir de ângulos diferentes. Isso nos dará diferentes interpretações. É possí-
vel que Stark tivesse projetado os resultados baseado na época em que a igreja
cresceu em taxas exponenciais. Uma retrospectiva, no entanto mostra que o cresci-
mento do mormonismo, provavelmente, já atingiu seu pico durante a década de
1980.
As estatísticas são interessantes. Vamos esquecer os números absolutos, e
focar em taxas de crescimento: Vamos usar a seguinte fórmula:

Vamos agora fazer alguns cálculos anuais, de dez em dez anos:

180





Agora vamos dar uma olhada na produtividade dos missionários da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Usaremos novamente escala de tempo
de 10 anos.

181




Considerando o número de missionários por milhão de membros, a força mis-
sionária enfraqueceu 32%!

1989 havia 39.739/7 = 5.677
1999 havia 58.593/10 = 5.859
2009 havia 51.736/13 = 3.979

Ou de outra forma: Para manter a mesma proporção que havia em 1989, em
2009 deveria haver 5.677x13 = 73.801 missionários, como só havia 51.736, em força
relativa houve um enfraquecimento de aproximadamente um terço! Mesmo que
mantivessem a proporção, ainda assim, não demonstrariam crescimento algum. Se-
ria como se estivessem estacionados. Sendo assim, como é que a projeção do se-
nhor Rodney Stark, de 265 milhões de membros Mórmons para o ano de 2080 se
concretizará? Creio que não vai se concretizar. Os números não mentem. A não ser
que apareça algum milagre no meio do caminho. Como uma confecção de placas de
ouro em lâminas para tentar convencer a humanidade de que o mormonismo é cor-
reto. Acho que não ousarão fazer isso. O mormonismo está muito em evidência.
Existem muitas pessoas, de olho nas atitudes dos líderes da Igreja SUD. Não creio
que farão algo que possa comprometê-los mais ainda com a ética. Além do mais, o
livro de Mórmon já está descartado pela humanidade como escritura inspirada.
41


O DESAFIO CONTINUA...


41
Fontes para elaboração do texto:
http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/07/o-segredo-de-sucesso-da-mormon-inc.html
www.lds.org
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/

182

Muitos artigos que se somaram aos meus foram de uma importância relevan-
te. Fico feliz por ter encontrado alguns amigos que se dispuseram a compartilhar
suas experiências vividas no mormonismo.
Essa doutrina que aparentemente é inofensiva e que faz o bem deixa seque-
las difíceis de serem sanadas. Isso acontece no mundo todo. Fiquei surpreso em
saber que muitos americanos vivem situações semelhantes. Para se conformarem
com a ideia de que viveram um grande engodo e que foram enganados, escrevem
ou relatam onde suas vozes possam chegar. Eles, como eu, querem difundir o que
representa essa doutrina chamada mormonismo.
É tão simples quando os missionários nos abordam pela primeira vez. Expla-
nam o “Plano de Nosso Pai Celestial” de uma forma que nos envolve como um pei-
xe, que come a isca e não sabe o perigo que esse ato pode causar-lhe.
O mormonismo é mortal sim. Se abordarmos mais seriamente nossos estudos
e focarmos nossa atenção para as mulheres que vivem em Utah, veremos quão tris-
tes são. Mulheres que não têm nenhuma outra utilidade a não ser parir filhos e fica-
rem em casa. Não podem sair, não podem estudar, não podem se desenvolver, por-
que têm todo o seu tempo preenchido com a filharada. Isso, de certa forma, vai ma-
tando as pessoas aos poucos.
Perguntem às mulheres de Utah, mulheres Mórmons, se elas são felizes?
Perguntem se elas verdadeiramente estão felizes com sua condição de esposas,
mães e membro da Igreja Mórmon?
Ao encerrar essas cem postagens e começar mais cem, digo que o desafio
continua. Vou fazer de tudo para continuar mostrando algumas “verdades” que os
missionários nunca dirão aos pesquisadores. Muitas dessas, nem eles próprios sa-
bem. Portanto, convido a todos os meus amigos e colaboradores a continuarmos
empenhados nessa luta. Não demorará muito e teremos mais cem postagens. Deve-
remos ter muitas experiências de membros americanos de agora em diante. Vere-
mos o que os membros da Igreja Mórmon que vivem no Brasil dirão. Ouso em dar
um palpite. Dirão que é mentira, como fizeram até agora. Muitos me escrevem e di-
zem: “onde você encontrou tanta mentira para publicar no seu blog?” Eles não acre-
ditam, mas continuam lendo. Isso é o mais importante para mim.
Parabéns a todos os que comentaram, escreveram e publicaram até agora. O
desafio continua...

O DEUS DO VELHO TESTAMENTO!

É interessante como os líderes Mórmons interpretaram erroneamente algu-
mas passagens da bíblia. Dias atrás, uma amiga escreveu um comentário e citou
algo curioso sobre Jesus e seu corpo. Quando eu era professor do instituto da Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias aprendi e ensinei diversas vezes que o
Deus do Velho Testamento era Jesus Cristo. Segundo a doutrina Mórmon esse
Deus chama-se Jeová. De acordo com o mormonismo Jeová é o nome como cha-
mavam Jesus Cristo no Velho Testamento.

183

Para os membros da Sociedade Torre de Vigia ou Testemunhas de Jeová, há
uma diferença enorme entre Jesus Cristo e Jeová. Para eles, Jeová é o Deus Pai,
enquanto Jesus Cristo é o Filho.
A Igreja Católica não adota o nome Jeová e sim, Javé, uma variante. Não im-
porta se é Jeová, Javé, ou ainda Yavé, que são as formas mais usadas pelas religi-
ões protestantes, católica e judia. Na Bíblia original, o nome YHWH era escrito em
hebraico, sem vogais, porque no hebraico e aramaico antigos, só se escreviam as
consoantes, pois para eles as vogais pareciam óbvias demais (e ainda não existiam
em forma escrita) e podiam ser subentendidas. Com o tempo se perdeu a pronúncia
original do nome de Deus, e essas três formas conhecidas foram desenvolvidas por
estudiosos da Bíblia das diferentes religiões que a ela seguem.
Baseado nessa falha de não se saberem corretamente a pronuncia do nome
de Deus, começaram a surgir confusões dentro do cristianismo. Os líderes do mor-
monismo aumentaram a confusão. Misturaram Jesus Cristo com Deus Pai. Chega-
ram num ponto que nem eles mesmos podem explicar a seguinte questão:
Os Mórmons afirmam que Deus tem um corpo tão tangível como o nosso. Di-
zem que Deus um dia foi um homem como eu ou qualquer leitor do sexo masculino
deste blog. Dizem que esse homem foi se aperfeiçoando e chegou até o status em
que se encontra hoje, ou seja, um "Deus Pai". Só que, de acordo com a doutrina
Mórmon, esse Deus Pai, aparentemente, não tem nada a ver com o Deus que apa-
receu a Moisés no Monte Sinai. Para os Mórmons, aquele era Jeová, ou Jesus Cris-
to.
Reenfatizando: de acordo com o mormonismo, Jesus Cristo era o Deus do
Velho Testamento, conforme já citei anteriormente. Repito isso para deixar bem cla-
ro a posição dos líderes do mormonismo nesse assunto. Só que Jesus Cristo não
tinha um corpo físico na época em que apareceu a Moisés. Então vem a pergunta
fatal: Como seria possível Moisés falar “cara a cara” ou “face a face” com um espíri-
to? Não vale a resposta de que Jesus tinha um corpo espiritual. Isso não é uma res-
posta racional.
No Velho Testamento fica evidente, em algumas passagens, podemos até
subentender que o Deus ali mencionado tinha algumas paixões (desejos) e caracte-
rísticas corpóreas. Se Deus tem um corpo ou não, isso não posso afirmar. Mas as
pessoas que ilustraram o Deus do Velho Testamento, o fizeram com certas caracte-
rísticas humanas.
De acordo com o que é ensinado no cristianismo, sem distinção de bandeira
eclesiástica, Jesus Cristo nasceu há cerca de 2 mil anos atrás em Belém, na Judéia.
Agora gostaria de saber dos líderes Mórmons, vocês interpretaram erronea-
mente as escrituras da bíblia? Ou foram propositais as afirmações de que Deus tem
um corpo, de que Moisés falou com Jesus com um corpo, muitos anos antes de ele
ter recebido um? Quais as explicações para tantas divergências entre as interpreta-
ções dos líderes Mórmons e os demais cristãos? Seria devido à ignorância mesmo?
Ou foram interpretações forjadas para distinguir o mormonismo do cristianismo? O
que o mormonismo ganha com isso tudo? O que os membros ganham?

184


O DIA DA DEFESA!

Recebi em minhas mãos, no final dos anos de 1980, quando eu era um mem-
bro novo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, um exemplar tradu-
zido para o português, do famoso livro “O Dia da Defesa” (The Day of Defense), do
autor A. Melvin McDonald. Naquela época, eu estava tão envolto em aprender mais
sobre o mormonismo, que achei aquela obra um fenômeno. Cheguei até mesmo em
acreditar que aquele evento, de que trata o livro (julgamento com representantes de
diversas religiões), tinha realmente ocorrido. Aquele exemplar era simples e não
continha explicações adicionais sobre o autor e se os fatos efetivamente ocorreram
ou se tratava de uma obra de ficção. Bem mais tarde, quando eu já estava na era da
internet, pude baixar outro exemplar mais completo da web. Este sim tinha dados
sobre o autor e algumas referencias dos tradutores ou revisores da obra para o por-
tuguês. Vejamos um pedaço do texto do prefácio:
“As raízes do livro “O Dia da Defesa” têm sua origem nos idos 1950, na Mis-
são dos Estados do Sul. Lá, um jovem missionário de Salt Lake City, de nome Ro-
bert M. McDonald e vários de seus companheiros, envolveram-se em uma série de
debates públicos com ministros de outras religiões. O irmão do Élder McDonald, A.
Melvin McDonald, ouviu as fitas desses debates apenas um mês antes de sua parti-
da para a Missão dos Estados do Centro Norte.
A. Melvin McDonald iniciou a coletar e assimilar os argumentos das escrituras
que os detratores tentariam usar contra a Igreja durante sua missão. No decorrer da
missão, ele foi levado várias vezes a entrar em confronto público com esses detrato-
res. O Élder McDonald sentiu necessidade de coletar esses muitos argumentos e
preparar resposta escrita em um livro. Ele criou um simulado de um tribunal, de tal
forma que as posições e escrituras usadas pelos difamadores e maledicentes, pu-
dessem ser apresentadas de forma ordenada e interessante. Três semanas antes
da conclusão de sua missão, o Élder McDonald, pegou uma máquina de escrever e
preparou o livro. A primeira edição foi de 80 cópias, impressas numa máquina de
impressão antiga. Essas cópias originais foram distribuídas por A. McDonald aos
seus colegas missionários da Missão dos Estados do Centro Norte”.
Encontrei muitos missionários que passaram por Curitibanos que possuíam
cópias deste livro. Geralmente em fotocópias. Cópias de cópias.
O que me levou a escrever sobre isso? Dias atrás, aqui no blog, publiquei um
texto, mostrando a todos, um recado recebido por e-mail:
“Estou enojado com o seu blog, e estou triste por você sentir a necessidade
de bater nos Mórmons. Os Mórmons não atacam os Cristãos. Então por que você
está nos atacando?”
No prefácio da edição revisada por Francisco X. S. dos Santos, Arnaldo Tei-
xeira Chauvet e Francisco Menezes e Castro em 1990 e 1991, estão estampados os
seguintes dizeres:

185

“Antes de tudo, só quero salientar que a caracterização e identificação de al-
guns personagens, com outras denominações religiosas no texto, não deve ser en-
tendida, de nenhuma maneira, como uma forma de menosprezo de suas crenças e
doutrinas. Mas apenas como contraponto às escrituras que são por estes utilizadas
para sustentar seus respectivos pontos de vista. Por sua vez, os Missionários procu-
ram sempre demonstrar as escrituras e o raciocínio seguido para apoiar um ponto
doutrinário da Igreja de Jesus Cristo S.U.D. Alguns pontos são específicos à inter-
pretação de uma determinada denominação religiosa, outros são comuns entre vá-
rias denominações. Gostaria ainda de lembrar nossa 11ª Regra de Fé: “Pretende-
mos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de
nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio,
deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem”. Ao ler este livro, você progre-
dirá muito no entendimento do Velho e do Novo Testamento e sobrepujará os enga-
nos pregados pelas falsas religiões do mundo”.
Para todos aqueles que já tiveram a oportunidade de terem em suas mãos
um exemplar deste livro, fica notório que o autor tentou ridicularizar as denomina-
ções: Igreja Católica Romana, Igreja Metodista, Igreja Anglicana da Inglaterra, Igreja
Presbiteriana, Igreja de Cristo (Comunidade de Cristo), Testemunhas de Jeová, Igre-
ja Ortodoxa Grega, Christian Science Reading Room, Exército da Salvação, Igreja
Batista, Movimento Pentecostal, Igreja Unida do Canadá (combinação do Metodis-
mo, Presbiterianismo e Congrecionismo), Ateus e Agnósticos e por último, o judaís-
mo Ortodoxo.
É interessante que quando um ex-Mórmon escreve algo contrário ao ensinado
pelo mormonismo é logo taxado ou rotulado de apóstata, inimigo da igreja. Mas os
membros do mormonismo podem agredir, de forma descarada, as outras denomina-
ções através de publicações difundidas por missionários e membros.
Enquanto o mormonismo reivindicar essa exclusividade de ser a “única igreja
verdadeira”, de certa forma, criará uma espécie de entrave social, no que se refere a
um bom e saudável relacionamento com as demais religiões.
Já mostrei aqui no blog, trechos onde os líderes da igreja declaram que as
demais igrejas, que não pertencem ao mormonismo, são todas enquadradas como a
Igreja do Diabo. Esta afirmativa, inclusive, está estampada no próprio livro de Mór-
mon, onde dá a entender que há apenas duas igrejas, uma a de Deus e todas as
demais religiões, denominadas coletivamente como a igreja do diabo.
E o pior é que, por mais que o mormonismo avance e se modifique, não pode-
rão suprimir essa escritura. Terão que conviver com isso por muito tempo. As expli-
cações e as desculpas por parte das diversas autoridades gerais são muitas. Mas na
maioria das vezes não convencem os não Mórmons.

O DINHEIRO E A RELIGIÃO

Muitos me enviam e-mails contando seus dissabores com o mormonismo. Pa-
rece que muito do tudo que passei nesta seita, incluindo sentimentos e desaponta-

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mentos, também aconteceu com outros. É questão de tempo para que a permanên-
cia de qualquer membro que pense um pouco e que esteja dentro do mormonismo
possa ter um fim.
Eu era muito ativo, me considerava um homem de fé. Mas e agora? Onde foi
parar esta fé? Simplesmente desapareceu! Depois do meu grande desapontamento
com a doutrina que se dizia verdadeira, não consegui mais aceitar ou crer em nada
que esteja relacionado com religião. No meu entendimento, todas as religiões são
parecidas. As semelhanças são gritantes, apesar das doutrinas terem algumas ca-
racterísticas distintas e peculiares. A maioria das religiões são movidas a dinheiro. É
o dinheiro o óleo que lubrifica a engrenagem da máquina da fé. Sem dinheiro é im-
possível agradar a Deus. É o que vemos o dia todo, nas igrejas, na televisão e nos
jornais.
No mormonismo não é diferente. Segundo o que aprendemos no mormonis-
mo, a fé é algo que existe mas que não se pode ver. Isso com nossos próprios
olhos para atestar que este algo existe de fato. Os Mórmons citam como exemplo, o
calor do sol ou o sentir do vento. Podemos sentir, mas não vemos ou tocamos.
No mormonismo a questão dinheiro é tratada de forma igual à maioria das re-
ligiões, incluindo aí o catolicismo, os grupos evangélicos e até mesmo as ramifica-
ções que se consideram à parte, como os adventistas do sétimo dia ou as testemu-
nhas de Jeová. O dinheiro é fundamental para o bom andar da obra.
Como falei no início, por esta questão monetária, muitos se afastarão do
mormonismo com o tempo. Será evidente isso! Muitos procuram ou aceitam uma
religião, quer seja qual for, num momento de crise financeira. Aceitam-na com a
promessa de que,ao se batizarem receberão bençãos de Deus. Entre essas ben-
çãos estão incluídas a melhora de vida financeiramente.
O prosélito ao aceitar o batismo e a doutrina Mórmon espera ter algum pro-
gresso, com a ajuda do Divino que está no alto (Pai Celestial). Com o passar dos
anos, ele não percebe uma mudança significativa em sua vida financeira. Salvo
aquela mudança provocada pela recompensa do suor de seu trabalho. Então o
membro se questiona! Onde estarão as bençãos que me foram prometidas do alto?
Infelizmente quando isso ocorre, o membro já depositou um valor enorme,
nas contas da Igreja e não poderá mais resgatar ou reclamar a devolução do dinhei-
ro. Isso a título de dízimos e ofertas. Se ele não pagasse poderia ser queimado na
segunda vinda de Cristo à terra. O que ele poderia alegar? Que fora enganado?
É bem verdade, que em alguns casos exagerados, há registros de membros
de igrejas evangélicas que entraram na justiça e recuperaram o dinheiro que paga-
ram como dízimos. Mas são excessões! No mormonismo, não conheço um único
caso dessa natureza.
O melhor mesmo é que as pessoas não paguem dízimo algum. É questão de
inteligência e sabedoria. Não é questão de fé, é questão de burrice. Já notaram co-
mo estão cada vez mais avantajados financeiramente os líderes do alto escalão? E
como estão cada vez mais miseráveis e falidos os que agem pela fé, pagando até
mesmo a última moeda que possuem como dízimos? Pensem nisso ao doarem seu

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suado dinheiro, para uma instituição que clama ser, a única igreja verdadeira planta-
da neste planeta.

O EGIPCIO REFORMADO!

Hoje o assunto é a tal suposta língua denominada “egípcio reformado”! Va-
mos dar uma olhada no que diz no Livro de Mórmon sobre essa língua:
“E agora, eis que escrevemos este registro de acordo com nosso conheci-
mento, em caracteres denominados por nós egípcio reformado, sendo transmitidos e
alterados por nós segundo nossa maneira de falar. E se nossas placas tivessem si-
do suficientemente grandes, teríamos escrito em hebraico; mas o hebraico também
foi alterado por nós; e se tivéssemos escrito em hebraico, eis que nenhuma imper-
feição encontraríeis em nossoregistro. Mas o Senhor sabe as coisas que escreve-
mos e também que nenhum outro povo conhece nossa língua; e porque nenhum
outro povo conhece nossa língua, ele preparou, portanto, meios para a sua interpre-
tação”.(Mórmon 9:32-34)
Primeiro! Farei várias perguntas. Tenho certeza de que nenhum representan-
te da Igreja quer seja membro ou líder, menor ou maior poderá respondê-las com
destemor. Por que as placas não eram suficientemente grandes? Os nefitas não
eram experientes hábeis no domínio da fundição de metais? Por que então não fize-
ram placas maiores para que o suposto texto sagrado fosse escrito na língua oficial
dos judeus? Não eram os nefitas descendentes dos judeus? Porque escreveriam
numa língua pagã os seus textos sagrados? Segundo Joseph Smith Jr., os hierógli-
fos eram "egípcio reformado", língua"que nenhum homem conhece.” Desta forma, o
Livro de Mórmon supostamente foi revelado. Joseph Smith Jr. dizia que esse egípcio
reformado era uma língua que homem algum conhecia, mas era a língua na qual
Mórmon (o pai de Morôni) escreveu as placas de ouro ao redor do ano 384 a 421
d.C., pouco antes de morrer.
Martin Harris foi uma das "três testemunhas" do Livro de Mórmon. Pediram
lhe que hipotecasse sua fazenda para ajudar a publicar e distribuir o Livro de Mór-
mon.Como cautela, Harris foi ao professor Charles Anthon, renomado erudito da
Universidade de Columbia, com uma ou duas páginas de caracteres do "egípcio re-
formado.” Depois de examinar o material, Anthon preveniu a Harris que estava sen-
do vítima de uma fraude. Os caracteres não eram hieróglifos egípcios. Entretanto,
Joseph Smith Jr. afirmou em sua suposta revelação, “Pérola de Grande Valor”, que
Anthon havia dito: "que a tradução estava correta, muito mais que qualquer outra
tradução que ele tinha visto antes, traduzida do egípcio. Então lhe mostrei aqueles
que ainda não haviam sido traduzidos e me disse que eram egípcios, caldeus, assí-
rios e arábicos; e disse que eram caracteres verdadeiros"(Pérola de Grande Va-
lor 2:64). A afirmação de Joseph Smith Jr. suscita vários problemas. Ele disse que o
egípcio reformado é uma língua completamente perdida "que nenhum homem co-
nhece”. Entretanto, eis alguém que sem nenhuma "revelação divina"podia lê-lo! Nem
mesmo Joseph Smith Jr. podia fazer isso! E Anthon o fez sem o Urim nem o Tumim!

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Interessante! Por que será que nos papéis apresentados, por Martin Harris a
Charles Anthon continham caracteres caldeus, assírios e arábicos, se as placas de
ouro tinham sido escritas somente em egípcio reformado?
Uma vez que esta teria sido a primeira e única tradução do egípcio reformado
por mais de mil anos, como é que Anthon podia ter dito que era a tradução mais cor-
reta do egípcio que ele já vira? Como é que ele podia saber se a tradução inglesa
era correta ou não? É bom lembrar aqui, que esse suposto egípcio reformado foi
uma língua alterada, portanto, não era a língua egípcia pura.
Tem mais, os Líderes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
afirmam que o incidente com Anthon cumpriu Isaías 29:11, 12: "Toda a visão já se
vos tornou como as palavras dum livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo:
Lê isto, peço te; e ele responde: Não posso, porque está selado; e dá se o livro ao
que não sabe ler, dizendo: Lê, peço te; e ele responde: Não sei ler." Se lermos a
passagem com cuidado, veremos que o assunto principal é a condição do po-
vo naquela época. Não se refere a um livro em época futura.
Ainda assim, Anthon nunca obteve um livro completo, somente algumas fo-
lhas com alguns caracteres. Mas Harris, segundo Joseph Smith Jr. em “Pérola de
Grande Valor”, disse ter Anthon afirmado ser correta a tradução. Ele somente podia
dizer isto se pudesse lê-lo. Mas Isaías disse que "o que sabe ler nãopodia ler porque
estava selado.” Se Joseph Smith Jr. pudesse passar no teste, eu ficaria contente em
aceitá-lo como Profeta de Deus. Infelizmente, ele não pôde.
O ponto central desta história toda é uma carta que o professor Anthon escre-
veu, sete anos mais tarde, a E.D. Howe, em 17 de fevereiro de 1834. "A história toda
acerca de eu ter dito que a inscrição Mórmon fosse hieróglifo do egípcio reformado é
totalmente falsa... logo cheguei à conclusão de que tudo não passava de um truque
um embuste talvez... O papel continha tudo menos hieróglifos egípcios.”
Cada dia, eu encontro mais absurdos relacionados ao mormonismo. É uma
pena que eu não tinha a minha aberta para esses fatos, quando era membro. Não
tinha internet e os livros não estavam disponíveis como hoje. Além da internet, pos-
so ter ajuda de outros Ex-Mórmons. Recebi muitos materiais diretamente dos Esta-
dos Unidos, de Ex-Mórmons que também fazem um trabalho semelhante ao meu
por lá, para me ajudar nas publicações deste blog.
Nada que qualquer membro ativo do mormonismo me disser poderá me con-
vencer a retroceder. Gostaria de lembrá-los, de que conheço mais o mormonismo do
que imaginam. Na verdade, estudo isso há anos. Vivi o mormonismo, sei como é
sua doutrina e seus ensinamentos. Conheço os líderes que presidem essa Igreja e
não os reconheço, de forma alguma, como representantes de Deus na Terra. Para
mim, julgo-os representantes da esperteza, isso sim. Sempre tem muitos iludidos,
como eu mesmo fui no passado, que ainda seguem seus ensinamentos.
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Texto adaptado por Antonio Carlos Popinhaki a partir de:
Floyd C. McElveen - A Ilusão Mórmon
Carta do professor Charles Anthon a E.D. Howe, 17 de fevereiro de 1834. Disponível em:
http://www.lds-mormon.com/anthon.shtml
http://investigacoessud.blogspot.com/2009/11/livro-de-mormon-6-um-estudo-linguistico.html

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O FIM DE JOSEPH SMITH JR.!

Ultimamente fiquei muito impressionado com a grande quantidade de blogs e
comunidades Ex-Mórmons que têm surgido na internet. Como consolo, fiquei mais
tranquilo em saber que eu não sou o único que ficou abalado após ter descoberto a
mentira que é a doutrina chamada mormonismo. Milhares de pessoas, no mundo
todo agem exatamente como eu, escrevendo, comentando, postando informações
ou contando suas experiências vividas na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias.
As publicações impressas, como livros históricos, investigativos, conclusivos,
teses e publicações de resultados de pesquisas têm surgido aos montes nos Esta-
dos Unidos e em outros lugares. O povo americano, principalmente, não perdoa o
mormonismo. O real conceito é bem diferente, do que os próprios membros tentam
transpor para os não membros, de que ser Mórmon é uma referencia de honestida-
de e de caráter elevado entre os cidadãos americanos. Aliás, o povo americano
nunca perdoou o mormonismo. Isso vem desde o início, no século XIX. Prova disso
foram as constantes fugas até culminarem no seu estabelecimento no desértico es-
tado de Utah.
Parece que o “povo de Deus” ou os Mórmons precisavam ficar isolados, não
conseguiam se socializar com os demais cidadãos americanos do século XIX. Não
se deram bem e não se fixaram completamente, nos estados de Nova York, Ohio,
Missouri e Illinois. A resposta para o problema estava no próprio líder da época. Jo-
seph Smith Jr. Era esse seu nome. Desde infante, mostrava sinais de que não era
uma pessoa normal psicologicamente. No inicio começou a vida sendo adivinho. Ele
dizia para as pessoas, que conseguia encontrar tesouros escondidos. Numa dessas
ocasiões, ele foi trabalhar num lugar, longe de onde morava. Hospedou-se na resi-
dência de um senhor e sua família, Isaac Hale. Certo dia pediu a mão de sua filha
Emma Hale em casamento. Isaac não consentiu porque não se sentia bem, ter co-
mo um futuro genro, um adivinho de tesouros ocultos. E esse homem estava ali na
sua frente. Como poderia consentir em dar sua filha para casar com um embusteiro,
que enganava as pessoas com histórias de tesouros escondidos? Então não se con-
formando, Joseph Smith Jr. Esperou uma ocasião propicia em que o senhor Isaac
não esta presente e roubou a filha do anfitrião, casando com ela escondido. Fugindo
os dois, para a casa dos pais de Joseph em Palmyra, estado de Nova York. Depois
de certo tempo, esse mesmo Joseph Smith Jr. fundou um movimento religioso cha-
mado "mormonismo" e se intitulou profeta e dizia para todos que falava em nome de
Deus. Mais tarde, quando estava na posição de líder do mormonismo, tornou-se
adúltero, polígamo e pedófilo. Tendo casos extraconjugais com dezenas de meni-
nas, moças e mulheres às escondidas de sua esposa Emma Hale. Não era de se
esperar outra coisa, a não ser a revolta das pessoas de bem, que tinham que convi-
ver com todas essas promiscuidades do século XIX, chamado mormonismo.

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Devido aos problemas iniciados com essas falsas revelações divinas, aconte-
ceu a morte do líder do mormonismo, o pedófilo e polígamo Joseph Smith Jr., em 27
de junho de 1844.
O povo não aguentava mais, então se organizou para dar um basta. Joseph
Smith Jr. estava preso numa cadeia chamado de Carthage, junto com outros inte-
grantes da liderança Mórmon. Joseph tinha uma pistola de seis tiros e Hyrum Smith,
seu irmão tinha uma pistola de cano único, que tinham sido secretamente introduzi-
das na prisão por amigos no dia anterior. Os outros dois homens não tinham nada
para se defender exceto duas bengalas de nogueira. Como é que Joseph Smith,
sendo um profeta de Deus, proferiu antes de ser preso que “iria para o matadouro
como um cordeiro”? Como é que um cordeiro vai para o matadouro armado? Pelo
que sei os cordeiros não reagem no matadouro. Mas ali estava um homem, que se
dizia profeta, e que estava armado, pronto para matar ou morrer.
Quando a porta foi aberta à força, três dos prisioneiros saltaram agilmente pa-
ra a esquerda. Mas Hyrum, o irmão de Joseph foi apanhado pelo fogo de uma da
meia dúzia de armas que estavam maldosamente apontadas em direção à porta. A
primeira bala acertou-lhe no nariz e ele tropeçou para trás gritando:“Sou um homem
morto”! Ao cair, mais três balas vindas da porta acertaram-lhe e uma quarta bala
vinda da janela estilhaçou-lhe o lado esquerdo.
Joseph, neste momento disparou os seis tiros pelas escadas abaixo. Três de-
les falharam o alvo, mas os outros três acertaram. Um dos feridos desceu apressa-
damente as escadas, com o braço numa massa de sangue e carne mutilada. “Estás
ferido com gravidade”? Alguém gritou.
“Sim, o meu braço está todo feito em pedaços pelo Velho Joe”, gritou
ele, “mas não me importo; vinguei-me; abati o Hyrum”!
Quando a pistola se esvaziou, Joseph atirou-a ao chão gritando: “Defendam-
se o melhor que puderem”, e correu para a janela. Olhou lá para fora e viu uma cen-
tena de baionetas cintilando sombriamente na luz fraca que se filtrava através das
pesadas nuvens tempestuosas. Por detrás de cada baioneta estava uma horrenda
face pintada, e deve ter parecido a Joseph como se o próprio inferno tivesse vomita-
do esta aparição.
É dito por alguns que o viram que ele fez o sinal maçônico de aflição e gritou:
“Não há ajuda para o filho da viúva”? Depois uma bala vinda da porta apanhou-o nas
costas e ele inclinou-se lentamente para fora da janela. Durante um instante, ele se-
gurou-se ao parapeito da janela, balançando-se, enquanto o coronel que comandava
a milícia gritava: “Abatam-no! Maldito seja! Abatam o maldito velhaco”!
Para encerrar, usarei as próprias palavras do Livro de Mórmon: Alma 30:
60 “E assim vemos o fim daquele que perverte os caminhos do Senhor; e assim ve-
mos também que o diabo não amparará seus filhos no último dia, mas arrasta-os
rapidamente para o inferno”.
43


43
Referencia para a produção do texto.
http://centralmormon.110mb.com/morccf.htm
http://scriptures.lds.org/pt/alma/30/12,23,36,43,48,50-52,56-58#12

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O LEGADO DE BRIGHAM YOUNG

Brigham Young foi o segundo Presidente d’A Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias. Sucedeu, polemicamente, Joseph Smith Junior, que fora as-
sassinado na cadeia de Liberty. Ele afirmou categoricamente, que as palavras
transmitidas, tanto por Joseph Smith Jr., quanto por ele mesmo, eram as palavras de
Deus. Proclamava-se o portador da vontade de Deus para o mundo. Intitulava-se,
Profeta, Vidente e Revelador. De forma afirmativa, ele e outros líderes Mórmons do
passado, ensinaram que a doutrina não podia ser mudada. Vou mostrar agora al-
guns desses ensinamentos “inspirados por Deus”:
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias possuía um jornal. Os
líderes escreviam e comunicavam despretensiosamente, aos membros, “a vontade
de Deus”. O nome deste jornal era Journal of Discourses, ou Jornal dos Discursos.
Hoje, se pode acessar o conteúdo on line dessas mensagens, no seguinte endereço:
http://www.journalofdiscourses.org Vejamos algumas palavras do “Profeta de Deus”:
"Observem algumas classes da família humana, refiro-me aos negros. Eles
são toscos, feios, desagradáveis e baixos em seus hábitos. São selvagens, e apa-
rentemente, privados de quase todas as bênçãos de inteligência, que é normalmen-
te, concedida a humanidade. O primeiro homem que cometeu um crime hediondo de
matar um de seus irmãos foi amaldiçoado por muito mais tempo, do que qualquer
outro dos outros filhos de Adão. Caim matou seu irmão. Caim poderia ter sido morto.
Se fosse, teria posto um fim nessa linhagem de seres humanos. Isso não era para
ser assim. Então o Senhor colocou uma marca nele, que é o nariz chato e pele ne-
gra. Analisem a humanidade até após o dilúvio. Vejam que depois do mesmo, outra
maldição foi pronunciada sobre a mesma raça – que deveria ser o "servo dos ser-
vos", ou escravidão. Isso será, até que a maldição seja removida. Os abolicionistas
não poderão ajudá-los, e nem ao menos alterar o decreto de Deus. Quanto tempo
será a corrida para suportar a terrível maldição que está sobre eles? Essa maldição
permanecerá sobre eles, e eles não podem receber o Sacerdócio ou compartilhá-lo
até que todos os outros descendentes de Adão possam ter recebido as promessas e
desfrutaram as bênçãos do sacerdócio e suas chaves. Até os últimos dos resíduos
dos filhos de Adão são educados para que uma posição favorável. Os filhos de Caim
não podem receber as ordenanças do Sacerdócio. Eles foram os primeiros que fo-
ram amaldiçoados, e serão os últimos dos quais a maldição será removida. Somente
após os resíduos da família de Adão chegar a receberem as suas bênçãos, então, a
maldição será removida da semente de Caim, e eles receberão as bênçãos em se-
melhante proporção". Journal of Discourses Volume 7 Página 291, Brigham Young,
09 de outubro de 1859.
Os escritos acima revelam, para os leitores que não conhecem o mormonis-
mo, o racismo existente no seu inicio. O Presidente Brigham Young se achava o do-

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no do estado de Utah, onde se estabeleceu e construiu a cidade de Salt Lake City e
outras pequenas cidades no território do Estado.
Ele também costumeiramente falava que era a própria “palavra de Deus”. Há
indícios de que, seus ensinamentos, juntamente com os de Joseph Smith Junior,
tenham induzido os Mórmons ao massacre de Mountain Meadows, onde, foram mor-
tos em forma de execução, “em nome de Deus”, 120 pessoas, inclusive mulheres e
crianças. Veja os trailer do filme em:
O Massacre de Mountain Meadows resume-se no assassinato de cerca de
120 emigrantes que estavam passando pelo Sul de Utah, em setembro de 1857. O
massacre ocorreu mais precisamente, em 11 de setembro de 1857. Os imigrantes
homens, mulheres e crianças estavam viajando para a Califórnia. Saíram do Estado
de Arkansas. Uma parte estava em carroções. Eles foram mortos por um grupo de
Mórmons com a ajuda de índios Paiutes.
A Montanha Meadows está localizado num vale rochoso, de cerca de 35 qui-
lômetros a sudoeste de Cedar City, Utah. Vou resumir a história para que todos sai-
bam como os fatos se deram.
Depois de sairem do Estado de Arkansas, o comboio de carroções viajou para
o oeste através do territórios dos Estados de Kansas e Nebraska, antes de entrar no
território de Utah. Em Utah, o comboio seguiu para o sudoeste, até chegar a Cedar
City. Cedar City era a última parada antes da Califórnia. Em Cedar City, as pessoas
que estavam no comboio tentaram comprar grãos e insumos, mas os Mórmons do
local se recusaram em vender para eles, devido suspeitarem de ajudarem os inimi-
gos em potencial.
Desde que eu estava na Igreja SUD, sempre ouvi as palavras “inimigo”,
“mundo”. Parece que isso é peculiar do mormonismo. Se acham que são superiores
e que as demais pessoas que não compartilham de suas crenças, são “inimigas”,
“mundanas” e “do mal”.
Voltando ao massacre, deu-se da seguinte maneira: Depois que os integran-
tes do comboio deixaram Cedar City, frustrados com a recusa dos Mórmons locais
em não vendê-los os bens necessários, continuaram pelo sudoeste, através do des-
filadeiro chamado Mountain Meadows. Lá, eles foram atacados por assaltantes
Mórmons, alguns deles foram mortos. Os emigrantes restantes retiraram seus carro-
ções e fizeram um círculo de proteção. Nos próximos cinco dias, que se seguiram,
os emigrantes foram detidos dentro círculo. Durante este período, eles foram ataca-
dos mais duas vezes.
Em 11 de setembro de 1857, o Mórmon John D. Lee entrou no círculo de car-
roções com uma bandeira branca, convencendo os emigrantes a se renderem paci-
ficamente. Era Necessário que eles entregassem as suas armas. As mulheres e cri-
anças foram escoltadas para fora em primeiro lugar, depois os homens e meninos.
Cada homem e rapaz foi escoltado pela patrulha de Santo dos Últimos Dias que es-
tavam bem armados.
Andaram por cerca de um quilômetro, quando, foi dado um sinal pré-
determinado. Os Mórmons se viraram para as pessoas que estavam andando a pé,

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atiraram em cada homem e menino. Os Índios, que haviam sido convencidos pelos
Mórmons a participar do massacre, saíram de seus esconderijos para atacar as mu-
lheres e as crianças.
A maioria dos integrantes do comboio foram mortos (cerca de 120 pessoas).
Havia 17 crianças que sobreviveram. Estas 17 crianças foram adotadas por famílias
locais. Dois anos depois, em 1859, o governo dos EUA reuniu as crianças com suas
famílias no Arkansas. Mas por que os mórmons matariam emigrantes inocentes? A
resposta está na história precedida a esses eventos.
Desde a fundação da Igreja, em 1830, os mórmons foram duramente perse-
guidos e atacados. Isso, por causas das muitas maluquices de um homem insano
que os guiava. Eles haviam sido expulsos do Estado de Nova York para Ohio, de-
pois, para o Missouri, Illinois e, finalmente, Utah.
No Missouri, em Haun's Mill, 18 Mórmons haviam sido mortos e 13 feridos.
Lá, os Mórmons também pegavam em armas e cometeram crimes contra as leis lo-
cais, “em nome de Deus”. Tamanha era a baderna que fizeram que o governador do
Missouri, chegou a divulgar uma ordem de extermínio contra os Mórmons, forçando-
os a deixar Missouri ou seriam mortos.
O fundador da igreja, o “profeta” Joseph Smith Junior, tinha sempre resistido.
Fora acusado e preso várias vezes e, finalmente, foi morto ao lado de seu irmão, na
cadeia de Liberty.
Em 1857, o governo federal enviou 1.500 soldados dos Estados Unidos para
Utah para lidar com o que ele achava que era uma seita de malfeitores. As tensões
foram altas em Utah, em 1857.
Por causa de toda a perseguição do passado e do medo de serem atacados
ou presos por tropas federais, é provável que os Mórmons locais que participaram
do Massacre de Mountain Meadows, agiram por um profundo medo e paranóia. Será
que a perseguição contra os Mórmons justificaria o Massacre de Mountain Mea-
dows? Os Mórmons foram fortemente perseguidos, expulsos de suas casas. Mata-
ram em massa várias vezes, mesmo assim, a perseguição não justificaria os assas-
sinatos em Mountain Meadows. Foi A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias responsável pelas mortes, através do medo imposto pela rígida doutrina de
seus líderes? Ou os Mórmons locais de Cedar City agiram de forma independente?
Evidências dentro do mormonismo sugerem que o Presidente da Igreja, Brigham
Young não foi o responsável, ou não tinha conhecimento do Massacre de Mountain
Meadows antes do mesmo acontecer. Supondo que isso é verdade, e não há fortes
evidências do contrário, pode-se dizer com segurança que a responsabilidade pelo
massacre recai sobre os mórmons locais, e não a própria igreja. Mas por outro lado,
ainda há a evidência de que os Mórmons protegeram seu líder, preservando sua
imagem de “homem de Deus”. Colocando a culpa num punhado de “irmãos”.
Alguns têm apontado a estranha coincidência de que o Massacre de Mountain
Meadows ocorreu em 11 de setembro, no mesmo dia dos atentados terroristas em
Nova Iorque, Washington, DC e Pensilvânia em 2001. O filme "September Dawn"
parece traçar paralelos entre os dois acontecimentos, atribuindo-as ao fanatismo

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religioso. O mormonismo, inicialmente, era uma mistura de religião com paganismo e
doutrinas maçônicas. Quase todos os líderes iniciais da Igreja eram maçons.
Eu, por outro lado, não consigo crer que Deus possa estar no meio do mor-
monismo. Racismo explícito e outras barbáries. A história do mormonismo é muito
polêmica. Desde o inicio, Joseph Smith, as placas de ouro, o controverso Livro de
Mórmon, o falso livro de Abraão. As ordenanças nos templos, copiadas e alteradas
da maçonaria. O escândalo da poligamia, envolvendo meninas e moças. A falsifica-
ção de dinheiro em Kirtland, Ohio. A apropriação de propriedades dos recém-
convertidos no mesmo local. Qual a finalidade de tudo isso? Porque Joseph Smith
queria destruir a fé das pessoas, com a criação de mais uma religião? Porque mais
uma variante do cristianismo?
Dias atrás, escrevi um artigo sobre o mormonismo e mandei uns e-mails para
várias pessoas, conhecidos meus, Mórmons e não Mórmons. Recebi de um ex-bispo
da Igreja a seguinte mensagem via e-mail: “Jamais tente destruir a minha fé! E pare
de tentar destruir a fé das outras pessoas. Se destruíres a fé de alguém, precisas
colocar outra no lugar. Caso contrário, poderás responder por isso algum dia”. Ainda
bem que saí de lá. Caso contrário, eu sim que teria que responder por isso algum
dia. Tem cada maluquice nessa doutrina. Hoje em dia, os membros Mórmons apare-
cem na mídia como pessoas de respeito, de caráter, de boa índole. Mas na verdade,
a história é totalmente oposta da realidade. Estão manchados por sangue inocente.
Conspiração, medo, crimes contra as leis civis de vários Estados americanos.

O LIVRO DE MÓRMON E A CAÇA AOS ELEFANTES – ANACRO-
NISMOS

Um "anacronismo" é algo que não se encaixa no tempo ou lugar para o qual é
reivindicada. Por exemplo, um conto do Rei Henrique VIII assistindo televisão seria
anacrônica (período de tempo errado).
O Livro de Mórmon tem sido frequentemente acusado de conter numerosos
anacronismos. As seis categorias são: (1) fauna (animais), (2) flora (plan-
tas/vegetação) e têxtil (seda e linho), (3) guerra (4); metais; (5) o cristianismo pré-
cristão, e (6) bússola, moedas e outros itens diversos.
A maioria dessas categorias tem algumas semelhanças. Para os que defen-
dem a tese de que o livro é verdadeiro, o apontam, sem fundamento científico, para
a possibilidade de que tais coisas estavam nas Américas. Contudo, sem poderem
explicar, dizem que as evidências desapareceram com o tempo. Outra tese desses
defensores, é que as evidências comprobatórias ainda não foram encontradas. A
terceira tese, talvez a mais absurda, a meu ver, soa como um argumento de deses-
pero, é que os títulos do Livro de Mórmon são baseados numa nova titulação dos
itens do Novo Mundo, familiarizados com títulos do Velho Mundo.
Dizem os líderes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, “As
peças estavam aqui, mas desapareceram ou ainda não foram encontr a-
dos”. Arqueólogos, antropólogos e linguístas, afirmam que nunca foi encontrada ne-

195

nhuma evidência, até o presente momento, em sítios pré-colombianos da Mesoamé-
rica, que justifiquem ou comprovem qualquer conteúdo exposto no Livro de Mórmon.
Portanto, para muitos cientistas, Mórmons ou não Mórmons, se supõe que essas
coisas não existem, e nunca existiram.
Para continuar, farei uma pequena análise sobre os ensinamentos dos líderes
da Igreja SUD. Ressalto seus argumentos que “nem tudo o que já existiu na Meso-
américa foi encontrado, não podemos dizer positivamente que algo não existe”. Só
que tem um detalhe, no início do artigo enumerei seis anacronismos. É improvável
que nenhum destes, possa ter deixado algum vestígio comprobatório. Constante-
mente, são encontrados vestígios de povos que viveram nas Américas, mas geral-
mente são da idade média. É comum a própria Igreja tentar enganar os incautos,
membros e prosélitos, com literatura e ilustrações que contêm informações dos in-
cas, Maias e Astecas. Esses povos não são, de forma alguma, nefitas oulamanitas,
como eram chamados os povos descritos no Livro de Mórmon.
Dias atrás, lendo na internet, deparei com um apologista Mórmon que defen-
dia a existência de elefantes aqui no continente americano, conforme descrito no
Livro e Mórmon. Este membro iludido, num ato de desespero, tenta justificar que“Os
nomes que aparecem no Livro de Mórmon são resultado de uma nova rotulagem, de
acordo com nomes conhecidos através dos anos. Em várias culturas, as pessoas
têm colocado novos nomes em coisas, por não estarem familiarizados com nomes
conhecidos. Os gregos, por exemplo, quando encontraram o primeiro hipopótamo no
rio Nilo, o rebatizaram de "cavalo do rio". Isso quer dizer, como não há provas, agora
não existiram elefantes na América? Mas algum outro animal que foi rebatizado de
elefante?
Para encerrar, gostaria de salientar que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, foi estabelecida por Joseph Smith. Um rapaz que vivia enganando
pessoas com promessas de ter o dom de encontrar tesouros ocultos. Este mesmo
rapaz, disse que recebeu a visita de um anjo, que ele nem mesmo sabia dizer o no-
me. Pois nos primeiros registros da Igreja, o nome do anjo era Néfi, depois virou
Morôni. Recebe deste anjo um conjunto de placas de ouro. Carregou sozinho, esse
conjunto de placas de ouro. Conforme sua descrição de tamanho, pelos cálculos de
muitos, pesariam mais de 100 quilos. Ele manipulava estas placas, movendo-as com
facilidade para vários lugares. O incrível é que nunca ninguém conseguia vê-las, a
não ser ele próprio. Este Jovem devia ser muito forte. Para ele, carregar mais de 100
quilos, era como carregar um brinquedo. Nem a esposa, nem aquelas pessoas que
o ajudaram na prática de tradução, conseguiram ver tais placas de ouro.
Para mim, esse livro é pura fantasia. Qualquer um dos seis anacronismos
apontados aqui está no livro para quem quiser ler. É improvável que nenhum desses
não pudesse ter deixado algum vestígio, caso o livro fosse verdadeiro. Todavia, é
tão absurdo o seu conteúdo que nem vale à pena alguém ler. Eu não recomendo
sua leitura. A igreja que Joseph Smith fundou tem cerca de 219 ramificações. Muitas
dessas, não aceita o Livro de Mórmon como uma escritura sagrada. Pelo visto, nem
entre os Mórmons há o consenso em relação à veracidade do livro.

196


O LIVRO DE MÓRMON E A PLENITUDE DO EVANGELHO!

Desde a época que eu era membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, nunca consegui entender o que significava os dizeres de que o Livro
de Mórmon contêm a plenitude do evangelho.
O pior que li esse livro várias vezes e nunca consegui encontrar a plenitude
do evangelho em nenhuma das vezes que fiz a leitura.
O que significa a palavra plenitude? De acordo com o dicionário “Aulete digi-
tal”, a definição é a seguinte: “Estado do que está cheio, completo; COMPLETUDE;
TOTALIDADE”.
Então ficamos na mesma, pois o livro de Mórmon não completa totalmente
nada. Tanto é verdade que, segundo a doutrina Mórmon, posteriormente à sua pu-
blicação em 1830, o Deus Mórmon teve que ditar ao seu escolhido na terra, Joseph
Smith Junior, novas revelações que foram compiladas no livro deDoutrina & Convê-
nios.
Não vou nem entrar no mérito se essas revelações complementares são ins-
piradas por Deus mesmo ou não. Apenas quero me ater ao Livro de Mórmon que se
auto-proclama como “o detentor da Plenitude do Evangelho”.
Agora vou definir Evangelho segundo o mesmo dicionário: O ensinamento, a
palavra de Jesus contida no Novo Testamento. Cada um dos quatro livros incluídos
no Novo Testamento, que narram a vida, doutrina e ressurreição de Jesus. Trecho
do Novo Testamento lido na missa pelo padre. Doutrina indiscutível; DOGMA: Ex: A
ética médica é seu evangelho.
Se evangelho está relacionado aos ensinamentos de Jesus contido no Novo
Testamento, porque então o Livro de Mórmon não elucida as passagens conflitantes
do Novo Testamento descritas nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João?
Quem sabe o livro de Mórmon poderia responder algumas dúvidas que en-
contramos no Novo Testamento?
Se realmente Jesus não tinha parentesco com José, que foi concebido pelo
"Espírito" Santo, que propósito tem as genealogias que pretendem demonstrar a li-
nhagem de David em José?
Por que há tal diferença flagrante entre as genealogias de Mateus e Lucas?
Se uma destas genealogias é a de Maria, e não José, por que seu nome não
se menciona em nenhuma das duas, já que só a linha paterna é significativa, qual é
o propósito de registrar a genealogia de Maria?
Se Jesus realmente foi o "filho de David", por que ridicularizou o "princípio Fa-
risíaco" que assegura que o Messias tinha de ser da linhagem de David? Veja as
contradições em: (Lucas 20:41-44: Marcos 12:35-37.).
Por que Jesus disse: "Como dizem os ESCRIBAS que o Cristo é filho de Da-
vid?" (Marcos 12:35) implicando que a escritura não diz o mesmo?

197

Quando as multidões perguntaram como é que Jesus, como Messias, viesse
da Galileia, por que não lhes disse que em realidade nasceu em Belém? Veja a con-
tradição em: (João 8:41-42).
Se este "fato" fora desconhecido pelos discípulos, como foi descoberto pelos
autores do Evangelho que viveram um século depois?
Por que Jesus se chamou "Jesus" e não "Emmanuel" se ele era o "menino"
prometido por Isaías (7:14)?
Se Jesus era "Emmanuel", Deus conosco, a encarnação da segunda pessoa
da Trindade, por que disse ele, "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão
UM, Deus”. Veja a contradição em (Mateus 19:17) implicando que ele NEM era bom
NEM divino?
Por que Jesus não salvou a seu povo, os judeus, de seus inimigos, como Za-
carias, o pai de João profetizou pelo Espírito Santo em (Lucas 1:71)?
Por que disse Jesus: "Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamen-
tos." (Mateus 19:17) se nenhum homem é justificado pelas "obras da lei"? (Romanos
3:20,21,28 etc.)?
Se Jesus era a "luz para os Gentios" por que ele os considerou seres inferio-
res (Mateus 15:26)?
Por que ele nega ter sido enviado a ELES e por que ele proibiu a seus discí-
pulos que ficassem perto deles?(Mateus 10: 5-6)?
Se João realmente viu uma pomba descendo do céu sobre a cabeça de Je-
sus, e ouviu a voz que o proclama como o "filho amado" etc. (Mateus 3:16-17; Lucas
3:22), por que enviou depois a dois de seus discípulos para perguntar se Jesus era o
redentor esperado ou "esperamos a outro"? Veja as contradições (Mateus 11:2-3;
Lucas 7:19-20)
Se João Batista era "Elías" como afirmou Jesus (Mateus 11:14), por que João
disse que não o ERA? (João 1:21)?
Se Jesus era o "Príncipe de Paz" por que afirmou "não vim trazer paz senão
espada"? (Mateus 10:34).
Se o propósito de Jesus era DAR SUA VIDA pelos pecados do mundo, por
que ele assustou e castigou aos judeus que procuravam MATÁ-LO? (João 8:37-40).
Se Jesus tinha o poder de entregar sua própria vida ou de salvá-la (João
10:18) por que disse ele "Pai meu, se é possível, passe de mim este cálice; mas não
seja como eu quero, senão como TU". (Mateus 26:39). Por que Jesus foi DESAM-
PARADO por Deus? (Mateus 27:46; Marcos 15:34 etc.)
Se Jesus veio interceder pelos pecadores, por que então o mesmo disse, "Eu
rogo por eles; não rogo pelo mundo, senão pelos que me deste, porque teus são."
(João 17:9).
Jesus prometeu sua rápida volta como o Rei Messias triunfante. Isto tinha de
ocorrer ANTES que seus discípulos tivessem tido a oportunidade de pregar em to-
das as cidades de Israel (Mateus 10:23) e durante a VIDA REAL de seus OUVIN-
TES (Mateus 17:28; Marcos 9:1).

198

Isso foi há vinte séculos. Por que então devemos esperar uma "segunda vin-
da" nestes dias?

Espero mais do Livro de Mórmon como a palavra de Deus. “E também os él-
deres, sacerdotes e mestres desta igreja ensinarão os princípios de meu evangelho
que estão na Bíblia e no Livro de Mórmon, no qual se acha a plenitude do evange-
lho” (Doutrina e Convênios 42:12).
Quem disse que o Livro de Mórmon contem a plenitude do Evangelho foi mui-
to infeliz no pronunciamento. O Livro de Mórmon não contem a plenitude, aliás, o
Livro de Mórmon não contem evangelho algum. Os assuntos relacionados a Jesus
Cristo são plagiados da Bíblia.
44


LIVRO DE MÓRMON! ONDE ESTÁ O RIO QUE DESÁGUA NO MAR
VERMELHO?

Hoje na minha postagem, escreverei sobre uma grande mentira que está es-
tampada no livro de mórmon. Vejamos o que está escrito no capítulo 1 de primeiro
Néfi, versículos 4 até o 9:

“E aconteceu que ele partiu para o deserto. E deixou sua casa e a terra de
sua herança e seu ouro e sua prata e suas coisas preciosas; e nada levou consigo,
a não ser sua família e provisões e tendas; e partiu para o deserto. E desceu pelos
limites perto da costa do Mar Vermelho; e viajou pelo deserto, do lado mais próximo
do Mar Vermelho; e viajou pelo deserto com sua família, que consistia em minha
mãe, Saria, e meus irmãos mais velhos, Lamã, Lemuel e Sam. E aconteceu que de-
pois de haver viajado três dias pelo deserto, ele armou sua tenda num vale, à mar-
gem de um rio de águas. E aconteceu que construiu um altar de pedras e fez uma
oferta ao Senhor e rendeu graças ao Senhor nosso Deus. E aconteceu que deu ao
rio, que desaguava no Mar Vermelho, o nome de Lamã; e o vale ficava nas mar-
gens, perto de sua desembocadura. E quando meu pai viu que as águas do rio de-
saguavam na fonte do Mar Vermelho, falou a Lamã, dizendo: Oh! Tu poderias ser
como este rio, continuamente correndo para a fonte de toda retidão!”

Para começar, vou desfazer esse erro terrível. A distância desde Jerusalém
até o Golfo de Aqaba, que é o lugar mais próximo do Mar Vermelho, conforme des-
crito na escritura, dista 300 quilômetros.
Uma pessoa normal caminha cerca de 5 quilômetros por hora. Eu mesmo já
caminhei isso várias vezes desde um sítio que possuo, que fica há 20 quilômetros
no interior da cidade de Curitibanos. São 5 quilômetros bem caminhados.

44
Referencias:
http://pt.mormonwiki.com/Plenitude_do_Evangelho
http://jc-jamais.blogspot.com/2007/11/contradies-do-novo-testamento.html

199

Seguindo este raciocínio. Em 10 horas, bem caminhados, sem descanso,
uma pessoa normal fará em torno de 50 quilômetros. Mas notem o detalhe, sem
descanso e a pessoa tem que ser normal.Como alguém pode caminhar 10 horas
sem descanso? É quase impossível.
No caso de Lehi, tenho certeza de que se isso aconteceu, ele e sua família,
não poderiam fazer mais do que 5 quilômetros por hora.
Exagerando, o máximo que essa família, composta por velhos e mulheres,
poderia ter feito de Jerusalém até a direção do Mar Vermelho seria 150 quilômetros.
Nada, além disso. Isso já seria demais. Muito além do racional. Mas suponhamos
que conseguissem. Portanto, ficariam no meio da viagem em 3 dias, ou seja 150
quilômetros.
Outra coisa! O caminho para o Mar Vermelho era completamente conhecido
naquela época. Cerca de 600 a.C. Não tinha porque se desviarem do caminho tra-
çado desde há muito tempo por viajantes e comerciantes que por ali costumeiramen-
te passavam.
O mais importante agora! Não há rios que desaguem no Mar Vermelho ao
longo do caminho percorrido. Eu mesmo fui olhar no Google Earth. Pesquisei a hi-
drografia da região desde Jerusalém, até o Golfo de Aqaba no Mar Vermelho.
Não há indícios de que houve um rio na região e que por ventura tenha seca-
do. Isso seria documentado por pessoas que, como disse, costumeiramente passa-
vam por ali.
Outra prova importante que descobri na internet:
Em termos de salinidade, o Mar Vermelho é maior que a média mundial. Isto
é devido a vários fatores:
1. Alta taxa de evaporação e muito pouca precipitação.
2.Falta de rios ou córregos importantes que escoam para o mar.
3. Limitada ligação com o Oceano Índico, que tem menor salinidade da água.
A região é montanhosa, composta por rochas vulcânicas concentradas. Até
mesmo para um desvio de rota seria extremamente difícil para essa família fazer o
percurso como sugerido no texto do Livro de Mórmon.
O texto ainda diz que o lugar onde Lehi e os seus, armaram a tenda era num
vale, perto de um Rio que deságua no Mar Vermelho. Evidentemente que estavam
na Foz deste rio. Portanto tinham alcançado o Mar Vermelho. Como disse anterior-
mente, não há rios que desaguem no Mar Vermelho na rota de Jerusalém até o refe-
rido Mar.
Se houvesse qualquer rio ali, teria sido um famoso porto para o comércio en-
tre vários povos. Talvez hoje existisse na região uma grande cidade portuária.
Caso os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
achem que estou exagerando, podem consultar as rotas alternativas. Posso ajuda-
las. Caso Lehi e os seus não percorressem a rota mais próxima até o Mar Vermelho,
teriam que 2200 quilômetros da península Arábica, sendo 640 quilômetros de mon-
tanhas e 1.600 quilômetros de deserto.

200

Só se tivesse aviões para percorrer tudo isso em 3 dias. É muito para minha
cabeça aceitar como verdade.
45


O PRECONCEITO CONTINUA!

O preconceito continua no mundo do mormonismo. Tenho recebido alguns e-
mails, de amigos meus que estão morando nos Estados Unidos, particularmente no
Estado de Utah. As reclamações são constantes. As pessoas que vivem naquele
estado, que são de origem latina, são constantemente discriminadas pelos america-
nos, que são na sua maioria, membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias (Mórmons).
A ilusão Mórmon, infelizmente atrai um grande número de membros de outros
países, que vêem na oportunidade de morarem nesse estado, além da proximidade
para com seu “profeta de Deus”, uma espécie de ponte para o paraíso. Por isso se
mudam para esse lugar inóspito. Na maioria das vezes, não conseguem progredir e
ficam à mercê de pessoas inescrupulosas e maldosas. Trabalham numa excessiva
carga horária, sem ao menos serem reconhecidas, com direitos trabalhistas dignos
de um trabalhador. Os serviços geralmente são os mais brutos e sujos. Os Mórmons
americanos dão a impressão de que necessitam desses "irmãos" para fazerem o
serviço sujo que eles se recusam a fazer.
Quando fico sabendo desse tipo de preconceito, penso que os Mórmons de
Utah, devem achar que os brasileiros e os latinos são uma raça inferior. Existem
apenas para servir-lhes como serviçais. Isso não tem outra palavra ou sinônimo, é
xenofobia pura. Maldade para com seres humanos. Um amigo meu que é brasileiro
me contou que foi numa reunião, num certo domingo em Salt Lake City. Quando a
reunião acabou, tinha alguns mendigos na porta da Capela. Ninguém quis ajudar
esses mendigos. Faziam de conta que não viam essas pessoas necessitadas. Aca-
baram de participar da Reunião Sacramental, prometeram renovar convênios e se
santificarem ao comerem o pão e beberem a água. Logo nos primeiros momentos
após o término da Reunião Sacramental, estavam agindo como "monstros desuma-
nos", insensíveis.
Da mesma forma que os Mórmons de Utah foram racistas no inicio do mor-
monismo, os de agora estão agindo com as mesmas características discriminatórias
de outrora. Parece que sempre tiveram essa discriminação para com os latinos, os
homossexuais e os pobres. Principalmente em tempos modernos, isso fica mais evi-
denciado.

45
Referencias:
http://www.google.com.br/#hl=pt-
BR&q=um+milha+em+quilometros&oq=um+milha+em+quilometros&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_u
pl=15555l19641l0l23l22l0l11l0l1l454l2286l0.6.3.1.1&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=d735fc9d206241c3&
biw=1024&bih=630
Google Earth
http://oseiasgeografo.blogspot.com/2008/03/hidrografia.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Red_Sea
http://www.obrademaria.com.br/rdp/lugares/terra_santa.php

201

O que é o mormonismo? Não é uma religião com toda a certeza. Nem me
passa na cabeça recomendar o mormonismo para ninguém. É uma seita! É uma sei-
ta que tem a maioria dos seus membros concentrados no Estado americano de
Utah. Exploram os pobres, principalmente os pobres de países como o México, Bra-
sil e Filipinas que se mudam para lá. Lá não cola você dizer que é "irmão" da Igreja
ou em "Cristo". Lá você não é ninguém se for pobre.
Aqui no Brasil, os membros da Igreja Mórmon nem desconfiam disso. O
mormonismo não é nada parecido com o que lhes é ensinado nas reuniões, nos
domingos, nas suntuosas capelas brasileiras.
Estou encorajando os membros da Igreja que vivem em Utah, a escreverem
no blog e contarem suas histórias de horror para que todos possam saber a respeito
dos seus sofrimentos.
Não adianta os membros da igreja que se acham mais dignos, firmes ou fiéis
me contestarem quanto a esse assunto. Só quem sofre é que realmente sabe do
que estou falando. Espero ter me feito entender.

O QUE APRENDE UM PROFESSOR SUD?

Quando eu era membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Di-
as, atuei por diversas vezes como professor de várias classes. Desde meus primei-
ros dias na Igreja, fui professor da Escola Dominical. Lá, dei aulas nas classes de
membros novos, doutrina do evangelho, preparação para o templo e outras. Tam-
bém como Presidente do Quórum de Élderes e do Grupo de Sumo -Sacerdotes,
sempre dei treinamentos e aulas.
Mas um chamado de professor, que me ensinou muito, foi sem dúvida, o de
professor do Instituto de Religião da Igreja. Permaneci nesta função por sete anos
ininterruptos. Enquanto eu estava ministrando as aulas, ia aprendendo, através de
uma leitura das escrituras mais empenhada do que o normal. Essa prática, fez com
que eu lesse a Bíblia, o Livro de Mórmon e Doutrina & Convênios, literalmente, “de
capa a capa”.
Ao ler todas aquelas histórias descritas no livro de Mórmon, despertei e co-
mecei a racionalizar. Cada vez que tínhamos que estudar o Livro e Mórmon, perce-
bia que as imagens e ilustrações relacionadas ao conteúdo do curso, nos Manuais
da Igreja, eram de civilizações Incas, Maias e Astecas. Não tinha nada evidenciado
que datasse do período anterior dessas civilizações. Então comecei a perceber que
deveria ter uma falha. Onde estava alguma evidência de que o conteúdo do livro de
Mórmon era realmente a verdade, conforme as palavras de Joseph Smith Jr.?
“Eu disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os
livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que seguindo seus precei-
tos o homem se aproximaria mais de Deus do que seguindo os de qualquer outro
livro”. Essas são as palavras do fundador do mormonismo, encontram-se na “Intro-
dução” do Livro de Mórmon.

202

Quais preceitos seriam esses que Joseph Smith estava se referindo? O Livro
de Mórmon é repleto de guerras e derramamento de sangue. Ele também é contra a
poligamia. Preceito esse, desobedecido pelo próprio Joseph Smith Jr. Então, como é
que uma pessoa que lê e estuda esse livro pode se aproximar mais de Deus, do que
se lesse ou estudasse qualquer outro livro?
Aprendi uma coisa que, tenho certeza, os líderes Mórmons já devem ter per-
cebido. Quanto mais você lê o livro de Mórmon, mais esperto você fica e mais racio-
naliza. Você começa logo a desconfiar da obra. Isso, se você realmente quer apren-
der. Não somente ler por ler. Conheço pessoas que lêem e lêem constantemente o
Livro de Mórmon. Mas não sabem nada do que leram. Infelizmente, são analfabetos
funcionais.
Comigo foi diferente. Como professor do Instituto, leitor assíduo das escritu-
ras, eu não podia, simplesmente, aceitar tudo o que estavam me empurrando nos
Manuais da Igreja, como “verdade absoluta”. Como disse, começava ai, minhas des-
confianças de que deveria ter um erro, uma falha na Igreja.
Só vou dar um exemplo: O livro mais correto de toda a terra citava uma bús-
sola. Todos sabem que a bússola foi descoberta pelos chineses cerca de 2000 a.C.
e que somente na idade média, os Europeus tiveram contato com esse instrumento
de orientação magnética.
Em Alma 37:38, 43 diz “E agora, meu filho, tenho algo a dizer a respeito da-
quilo que nossos pais chamam de esfera ou guia—ou que nossos pais chamaram
de Liahona, que é, por interpretação, uma bússola; e o Senhor preparou-a. (...) E
agora, meu filho, eu desejaria que compreendesses que essas coisas não deixam
de possuir um simbolismo; pois como nossos pais foram negligentes em prestar
atenção a essa bússola (ora, essas coisas eram materiais), não prosperaram; o
mesmo se dá com as coisas espirituais”. Isso foi apenas um dos muitos exemplos
polêmicos, que despertaram em mim desconfianças.
Quando eu já tinha lido e estudado todas as escrituras, marcado, pintado,
sublinhado e referenciado minha Bíblia, meu livro de Mórmon e Doutrina & Convê-
nios, tinha me convencido das muitas falhas e erros grotescos do mormonismo. En-
tão era chegado o momento de cair fora. Adeus mormonismo!
Por hoje, levantei somente o caso da bússola. Mas com o passar dos tempos,
mostrarei muitos outros assuntos embaraçosos para os líderes da IJCSUD explica-
rem. Simplesmente, porque ainda não estou satisfeitos com as explicações que de-
ram.
46


O QUE FAZER DEPOIS DO MORMONISMO?

Tenho recebido vários comentários e solicitações de “aconselhamentos” por
parte de membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O tema

46
Referencias:
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%BAssola
O Livro de Mórmon

203

principal agora gira em torno de uma suposta futura crença após o mormonismo. Eis
alguns exemplos desses questionamentos: O que fazer após largar o mormonismo?
Que religião devo agora seguir? Como preencher o vazio deixado pela antiga cren-
ça? Que fé se deve colocar no lugar da fé Mórmon? São perguntas intrigantes e
provocativas. Todavia, não me escuso em respondê-las. Farei baseado em minha
própria experiência. Falarei por mim, mas pelo que percebo, nos muitos comentários
e participações de Ex-Mórmons na internet, a resposta poderia ser dada por qual-
quer um deles.
A maioria das pessoas, que se afastam definitivamente da doutrina Mór-
mon, geralmente tornam-se muito céticas. Principalmente, aquelas que incorporaram
a doutrina no seu ser. Depois de se dedicarem anos consecutivos acreditando que
aquilo tudo era verdadeiro, de repente descobrem que foram, na verdade, engana-
dos, é muito triste. É mais do que triste, é revoltante. Eis uma das razões porque os
blogs, sites e comunidades de Ex-Mórmons são criados. Todos querem de certa
forma, gritar. Mostrar ao mundo o que é realmente o mormonismo e as influencias
negativas causadas em suas vidas. Mais uma vez, enfatizo: Ex-Mórmons não são
inimigos dos membros Mórmons ativos. O foco principal é a doutrina e não os mem-
bros que estão lá dentro da Igreja agora. Eu, pelo menos, não tenho nenhum outro
objetivo, a não ser o de divulgar do que é realmente constituído o mormonismo.
Sem fugir das perguntas anteriores, quero dizer que a maioria dos Ex-
Mórmons vira descrente mesmo. Tornam-se descrentes em contos de fadas (os que
estão ativos no mormonismo adoram assistir Harry Potter, Senhor dos Anéis, Cre-
púsculo, etc.). Descrentes em calorzinho no peito. Descrentes em dorzinha em sei lá
onde. Descrentes em supostas revelações divinas. Descrentes em profetas vivos.
Descrentes em falácias movidas a sentimentos e a fé. Descrentes a todos os meca-
nismos que são movidos pelo abstrato.
Todavia, isso torna o ex-mórmon uma pessoa com maior percepção da vi-
da em si. É mais difícil ser enganado novamente por associações, igrejas e doutri-
nas que na sua maioria, só querem mesmo o dinheiro dos incautos.
Ao sair do mormonismo, ninguém precisa se preocupar em ter ou não ter
uma fé espiritual. Têm muitos habitantes deste planeta que são completamente
ateus e vivem vidas extraordinárias de felicidade. Vivem em paz com todos. Não
precisam prestar contas de seus atos ao seu líder eclesiástico. Pois não possuem
líderes eclesiásticos.
Não sinto falta do mormonismo. Absolutamente! Não sinto falta de crer nas
doutrinas alienantes que não me deixavam viver. Nem por isso, faço coisas erradas.
Eu não tinha liberdade dentro da minha antiga crença. Agora que sou livre, escolho
de forma racional o que fazer. Aonde ir, o que comer ou beber. A minha antiga reli-
gião queria controlar até a minha cueca. Queriam saber o que eu estava usando por
debaixo das minhas roupas. Se eu usava o garment (roupa íntima do mormonismo)
ou não. Isso foi humilhante demais.
Muitos membros Mórmons acham que precisam de um guia espiritual, caso
contrário suas vidas se tornarão um vazio, caso deixem o mormonismo. Para esses,

204

existem muitas religiões na terra. Existem mais religiões do que Ex-Mórmons para
segui-las.
Muitos Ex-Mórmons não permanecem no cristianismo tradicional e seguem
doutrinas baseadas em filosofias orientais ou filosofias antigas. Tão antigas quanto
às pregadas pelo velho testamento, que culminou com o judaísmo. Aliás, o judaísmo
é uma boa opção para os Ex-Mórmons. Outra opção é o catolicismo. Deixando o
lado podre da igreja Católica, na idade média. Atualmente, o catolicismo é uma reli-
gião tranquila, sem exageros.
Disseram-me: “Se você tirar minha fé precisará colocar algo novo no seu
lugar”. Eu não preciso colocar nada. Qualquer um que ler o meu blog e se convencer
de que o mormonismo não é tudo aquilo que pretende ser, afasta-se e coloca o que
quiser no lugar da antiga fé mórmon. Ninguem vai morrer por isso. Os homens são
adaptáveis. Tem gente que acredita numa pedra como seu amuleto de sorte.
Sinto muito pelos jovens que estão no mormonismo. Como podem acreditar
nos ensinamentos dos Santos dos Últimos Dias sem ao menos se questionarem?
Não creio, de forma alguma, que se consideram perfeitos, guiados pelo “Espírito
Santo”. Os jovens Mórmons não se diferenciam dos demais jovens não Mórmons.
Eles obtêm os mesmos resultados equiparativos, de todos os demais colegas da sua
escola ou de seus amigos do bairro. Em provas, trabalhos escolares, faculdades.
Não há um diferencial significativo. Não há como iludir-se nesse aspecto.
Qual a diferença em ser Mórmon em relação a não ser Mórmon? O Mór-
mon tem maior probabilidade de entrar em depressão. Depressão devido à exclusão
de uma sociedade mais dinâmica e interativa. Depressão devido o isolamento e a
submissão às regras rígidas a que são debelados. Nós vivemos em sociedade, não
em células ou tribos isoladas.
Portanto, para encerrar. Depois do mormonismo, vem a vida, vem o prazer
de ser um homem e uma mulher, com verdadeira alegria. De vez em quando, vêm
alguns dissabores, isso é verdade. Mas a vida é assim mesmo, alegria e tristeza. É
assim que deve ser. Todavia, lutamos pela felicidade. Essa é a finalidade da verda-
deira existência humana.

O RELATO DE JANE ELIZABETH MANNING JAMES

205

Para continuar a discussão do racismo na igreja, recebi esse relato de um co-
nhecido americano, afastado da igreja, que fala um pouco sobre a vida dessa mulher
negra na igreja. Basta saber que quem conta a história é um ex-membro da igreja,
em primeira pessoa. Se alguém quiser detalhes vai ter que pesquisar nos registros
históricos da igreja. É meio longo, mas extremamente interessante...

"Naquele verão de 1980, estava completando um projeto de pesquisa através
do Departamento Histórico SUD, sobre "Os Negros e o Sacerdócio". Durante a pes-
quisa, tive o privilégio de ter nas mãos o manuscrito autobiográfico de Jane Eliza-
beth Manning James, uma negra que foi convertida ao Mormonismo no Estado de
Connecticut em 1842, e um ano mais tarde andou a pé descalça desde Nova Iorque
até Nauvoo, Illinois, a sede da igreja naquela época. Ao chegar a Nauvoo, ela en-
controu o profeta Joseph Smith Jr., que a abraçou e disse, resumindo uma passa-
gem do livro do Apocalipse 7:17, “Seja bem vinda a Sião, Jane! Nós limpamos toda
lágrima aqui!” O relato dela – e especialmente as palavras de Joseph a ela - me
aqueceram a alma! Como Jane James, eu era um membro marginalizado da socie-
dade. Como Jane, no fundo da alma, eu busquei aquele lugar de refúgio seguro,
aquele espaço certo de asilo onde eu poderia ser curado e ter todas as lágrimas en-
xutas. Como Jane acreditou, nenhum valor seria alto demais por aquele lugar.
Quando eu fui ao Brasil para servir como missionário, eu recontei a história de
Jane muitas vezes às congregações locais (especialmente ao dar as boas vindas
aos membros novos), mas eu sempre terminei aí, com Jane no abraço de Joseph,
tendo as lágrimas secadas em Sião. Mas isso não é tudo do relato dela. Minha pró-
pria necessidade de encontrar refúgio no Mormonismo me deixou cega a certos fa-
tos desagradáveis sobre a vida de Jane. Por exemplo, a razão que Jane andou a pé
até Nauvoo foi por que os Mórmons brancos não a dariam uma carroça, nem a aju-
dariam a pagar sua passagem de trem ou barco. E quando ela chegou em "Nauvoo
a Bela", aquela “Sião no rio Mississipi”, ela foi ou rejeitada ou evadida pelos Santos
brancos. Finalmente uma pessoa encaminhou-a à casa de Joseph Smith Jr. para
conhecer o profeta finalmente. Joseph empregou Jane como criada de casa (quase
escrava), e quando Smith foi morto em 1844, Brigham Young então a empregou co-
mo sua criada também.
A despeito de seu serviço fiel à igreja e aos Presidentes ricos, ela viveu a
maior parte de sua vida em pobreza abjeta. Ela chegou à nova Sião de Utah, no
meio dos Santos pioneiros, em Setembro de 1847, a primeira negra livre no territó-
rio, somente para descobrir que a escravidão já era praticada lá.
Até mesmo o Apóstolo Mórmon Charles C. Rich possuiu negros cativos em
Utah, o que deve ter sido uma prova grande de sua fé (como foi da minha quando eu
o descobri). Muitos anos antes da morte de Jane, ela começou a escrever cartas aos
líderes Mórmons (inclusive a Apóstolos e Presidentes), implorando-lhes para deixá-
la entrar no Templo de Salt Lake City para ser selada a Joseph e Emma Smith como
sua filha adotiva. Jane contou-lhes que Emma Smith pediu-lhe pessoalmente em
Nauvoo, mas Jane demorou a responder, e logo depois Joseph foi assassinado.

206

Apesar de sua forte fé na religião SUD, pois aos homens de sangue africano era ve-
dado possuir o sacerdócio Mórmon naquele tempo, a Jane James e todos os negros
era negado a entrada aos Templos, uma lembrança dolorosa de seu estado inferior
na hierarquia eclesiástica Mórmon – na verdade a mesma situação de qualquer cri-
ança Mórmon de apenas oito anos.
Mas Jane James era persistente na petição de ser selada á família Smith. E
finalmente, na primavera de 1894, ela recebeu notícias que seria selada a Joseph
Smith Jr. e sua família no Templo de Salt Lake City no dia 18 de Maio. Porém, mais
uma vez, lhe foi negada a entrada à “Casa do Senhor”. Ao invés disso, líderes ecle-
siásticos tinham providenciado uma branca (Bathsheba W. Smith) para representar
Jane James, porque a mera presença física dessa mulher preta, forte, e fiel difama-
ria a santidade do templo recentemente terminado.
Em seguida, a acrescentar insulto a injúria, em vez de ser selada a Joseph
Smith como uma filha, como ela esperou, Jane foi selada pela substituta a Joseph
como sua “Serva Eterna” (a única vez na história de Mormonismo que este tipo de
cerimônia foi realizada entre dono e criado). As palavras recitadas nesta cerimônia
eram que Jane seria “ligada como Serva para a eternidade ao profeta Joseph Smith
Jr. e desta forma ser ligada a sua família e ser obediente a ele em todas as coisas
no Senhor como Serva fiel”. Em essência, uma escrava eterna, sentenciada a servir
um dono branco por toda a eternidade.
Não derrotada por este gesto humilhante, ela continuou exigir dos líderes
SUD sua permissão para entrar no Templo, até sua morte em 1908, com a idade de
95 anos.
Quando eu leio as petições sinceras, mas inúteis aos líderes eclesiásticos
Mórmons, eu sei que Sião não tinha secada suas lágrimas como prometido, mas
aumentou-as em magnitude.
Sião não podia cumprir sua promessa a nós dois, mas de fato piorou a ferida;
os que prometeram e professaram Sião amarram-nos com as cadeias da injustiça e
depois fazem um desfile de nosso cativeiro. Onde ficava Sião para essa bela, perse-
verante, e fiel mulher?”

Os historiadores Mórmons são “experts” em achar frases que mostram pre-
conceito e discriminação contra os próprios Mórmons (o manual História da Igreja na
Plenitude dos Tempos está repleto delas), mas escondem o lado podre da própria
história...
Que bom que essa pessoa, ex-membro do mormonismo resolveu contar a
verdade que ela descobriu...
Preconceito é crime, é sujo e é nojento!
Um futuro melhor só se faz reconhecendo os erros do passado. Mesmo assim
continuo ouvir que a igreja é perfeita...
Em quem vão botar a culpa desses erros? Nas revelações não tão perfeitas
que os membros recebiam? E o Apóstolo que manteve escravos em Utah?! Ah, coi-
tado, vai ver a mulher dele não conseguia capinar o quintal. Então resolveu fazer o

207

favor de dar o privilégio da companhia desses brancos tão melhores, por alguns se-
gundos ao dia para uma negra escrava, que não era digna de entrar no Templo dos
mais perfeitos!
47


O TROPEÇO DOS LIDERES MORMONS!

Os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias perdem
uma oportunidade imensa dentro de sua religião. Apesar do aglomerado de empre-
sas ter crescido contabilmente, com seus ativos eações nos últimos anos, como reli-
gião, os Santos dos Últimos Dias ficam bem a desejar.
Mas como empresa, a corporação cresce muito. Encontrei recentemente, na
internet, que há um constante monitoramento contábil sobre o desempenho das em-
presas da igreja, que têm ações negociadas na bolsa de valores americana. O índi-
ce de Ações das empresasMórmons negociados na bolsa de valores medeo desem-
penho do mercado acionário das empresas administradas por executivos Mór-
mons. Mais de 50 empresas fazem parte do índice. Mais negócios, menos fé.
Entretanto! Como religião, nitidamente a instituição vem enfraquecendo, ano
após ano, apesar das afirmações positivas da liderança de que há crescimento. A
constante asseveração de que a quantidade de membros aumenta ano a ano é uma
mentira. Não são computados os excomungados, os desistentes e os que se batiza-
ram, mas não permaneceram na religião Mórmon. Isso é facilmente comprovado no
Brasil que no ano 2000 a igreja afirmava que tinha 743.182 membros, enquanto, o
censo do IBGE apurou 199.645 membros.
Tenho falado e comentado sobre o assunto em redes sociais, na internet.
Tentando mostrar aos membros da Igreja SUD, de que a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos dias não cresce. Os crescimentos anunciados são de ativos da
chamada Mórmon Inc. ou a Corporação das empresas Mórmons.
Em tempos modernos, não podemos simplesmente aceitar tudo o que nos é
imposto. Não dá simplesmente para aceitar como verdade sem ao menos ponde-
rarmos. Aderir ou aceitar uma religião como verdadeira, se comprometer com ela,
principalmente de modo financeiro, como exigência de pagamento de dízimos e ofer-
tas, em troca de supostas bênçãos, pode custar caro. Por ter vivenciado isso na pe-
le, falo com propriedade sobre o assunto.
Um amigo meu comentou muito bem no blog sobre o desempenho da lideran-
ça mórmon. Ele disse:

“Ninguém é mais inocente ao ponto de ignorar essas coisas, é só pesquisar e
verificar que tudo o que pregam, o que exigem, é simplesmente antirreligioso. Uma
casta privilegiada fica acima dos fiéis, onde desfrutam do bom e do melhor. Essa
hierarquia aniquila quem está embaixo. Muitas exigências, muitas regras malucas,

47
Texto postado na comunidade Ex-Mórmons Brasil por Marcos Cintra em 03 abr 2006. Publicado
com sua autorização. Disponível em:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=350064&tid=2456885979538122952

208

sugam as pessoas até as mesmas se fartarem de tanta mentira e engano, (...) ver-
dadeiros lobos religiosos com pele de cordeiro”.

Quando aceitei o mormonismo, não existia a internet. Os livros sobre o assun-
to eram limitados. Hoje em dia, só aceita e cai na cilada do conto do Livro de Mór-
mon quem for muito ignorante. Para começar, não há nenhuma evidencia compro-
vada de que o Livro de Mórmon tenha mesmo vindo de orientação divina.
Nem as outras ramificações da Igreja fundada por Joseph Smith, aceitam o
Livro de Mórmon como escritura sagrada.
Seu suposto tradutor teve uma vida muito conturbada. Envolveu-se em diver-
sos processos judiciais. Foi preso diversas vezes por prática de poligamia, extorsão
de valores dos membros, falsificação de dinheiro, entre outros. Tais crimes se fos-
sem apurados hoje, dariam uma lista enorme, incluindo a pedofilia.
É só questão de racionalização! Por que será que Deus, sendo um ser justo,
escolheria uma pessoa tão polêmica para realizar sua obra? Ninguém mais seria
apto para o trabalho? Se a afirmação for positiva, então a humanidade toda estaria
condenada e perdida. Não haveria necessidade de restauração alguma. Pensem
nisso.
Onde está o tropeço dos líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias? Está no fato de se posicionarem do lado errado. Está no fato de menti-
rem para as pessoas, tentando atribuir um livro falso a Deus. Está no fato da extor-
são dos membros, na sua maioria, pessoas simples, espalhadas em países em de-
senvolvimento como o Brasil, México e Filipinas. Muitos desses membros, nem tem
o que comer, mas tem que pagarem o dízimo se quiserem ser abençoados. Enquan-
to pagam o dízimo, os líderes viajam de avião para várias áreas geográficas do
mundo, usufruindo do dinheiro desses membros SUDs. Hospedam-se em hotéis lu-
xuosos, tudo patrocinado por fundos de Missão que se originam no dízimo. Tem sa-
lários altos por serem vinculados de forma empregatícia, geralmente no Sistema
Educacional da Igreja. São pessoas arrogantes, hábeis nas palavras, citam muito os
ensinamentos de Jesus Cristo, mas são lentos em praticas de amor ao próximo. O
lema é: Façam o que eu ensino, mas não façam o que eu faço.
Como líderes da Igreja, tropeçam muito mesmo. Precisam mostrar ao mundo
que devem viver o que pregam. Não só pedir para os membros cumprirem os man-
damentos. Olhem para a foto abaixo! Esses homens se parecem com pessoas envi-
adas por Deus? Ou se parecem com homens de negócios? Os líderes da Igreja pre-
cisam dar o exemplo. Pegar uma vassoura e um balde e limpar a capela da sua Ala.
Isso nunca é visto. Eu, por exemplo, nunca vi. Você já viu?
48


O USO DA PALAVRA “MÓRMON”!


48
Referencia:
http://www.mormonstockindex.com/
http://investigacoessud.blogspot.com/2009/11/igreja-mormon-e-que-mais-cresce-no.html

209

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está muito preocupada
com o uso da palavra “mórmon” na mídia escrita. De acordo com artigos publicados
recentemente pelo Departamento de Assuntos Públicos da Igreja e enviados a al-
guns órgãos da imprensa escrita nos Estados Unidos, a justificativa toda surgiu por
causa do julgamento de Warren Jeffs.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reconhece que o julga-
mento do polígamo Warren Jeffs está gerando ampla cobertura da mídia, portanto
previne os repórteres sobre:

“... referir-se aos seus membros como mórmons fundamentalistas. O que está
causando certos problemas para os repórteres que querem ajudar os seus leitores,
telespectadores e ouvintes a distinguirem entre os seguidores de Jeffs e A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Na mente do público, a pala-
vra “Mórmon” significa algo muito específico. Ela evoca imagens de missionários
Mórmons em bicicletas, o Coro do Tabernáculo Mórmon e templos Mórmons.Tornou-
se sinônimo dos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Consequentemente, quando a palavra “Mórmon” é usada para descrever grupos po-
lígamos, o que provoca uma grande confusão sobre as nossas crenças entre o pú-
blico em geral e a frustração para os nossos membros, que somam mais de 12 mi-
lhões em todo o mundo. Warren Jeffs, não é membro da igreja Mórmon, e desde
que ele não é um Mórmon, os repórteres devem procurar descrições mais precisas e
menos enganosas dele ao escreverem na mídia”.

Os argumentos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não
são muito convincentes, uma vez que todos os seguidores de Warren Jeffs aceitam
o livro de Mórmon como a palavra de Deus.

“Às vezes ouvimos o argumento de que porque Jeffs e seus seguidores usam
o Livro de Mórmon devem ser considerados “Mórmons”. No entanto, os católicos,
metodistas, luteranos, evangélicos e uma série de outras religiões crêem em Jesus e
reivindicam a Bíblia como propriedade sua, mas todos se consideram religiões sepa-
radas e distintas”.

Em seguida às tentativas de convencer os repórteres a tomar mais cuidado
ao usar a palavra “mórmon”, segue-se uma lista de orientações elaboradas pelo De-
partamento de Assuntos Públicos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, para que não haja equívocos.
Existem na internet vários artigos que comprovam que os seguidores do gru-
po fundamentalista de Warren Jeff são descendentes de muitos “mórmons” da igreja
fundada por Joseph Smith Jr.
Acredito que o correto seria chamarmos esses fundamentalistas de “mór-
mons” e os seguidores de Brigham Young de outro nome qualquer, pois esses últi-
mos alteraram os ensinamentos originais, tal como “revelados” por Joseph Smith Jr.

210

É só o que falta agora os “mórmons” de Utah começarem a brigar pelo uso da
palavra “mórmon”. Muitos membros não gostam de serem chamados por esse no-
me. Eu mesmo, quando era membro da Igreja não gostava.
Mas tem louco para todos os gostos nessa seita ou nas seitas “mórmons”. Eu,
com certeza, continuarei a usar a palavra “mórmon” para designar qualquer seguidor
dos ensinamentos originais de Joseph Smith jr., quer seja membro da Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou de Warren Jeffs.
49


ONDE ESTÃO AS RESPOSTAS?

Recebi uma mensagem via MSN: “Você é um Otário!” Perguntei quem estava
me ofendendo. Não obtive resposta alguma. Somente mais algumas palavras do
gênero: “Ao invés de ficar tentando destruir a Igreja de Cristo, porque não vai achar
alguma coisa para fazer? Vai limpar um terreno baldio”.
Não houve diálogo! A pessoa que estava do outro lado, além de não se identi-
ficar, ainda se desconectou. Fiquei pensando por um momento: “Não estou tentando
destruir a Igreja de Cristo. À qual Igreja de Cristo, essa pessoa se referiu? Sinto mui-
to se ela pensa que a Igreja de Cristo é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias. Já disse aqui no blog, várias vezes: Deus passa bem longe do mormo-
nismo”! Ora, se Deus passa bem longe do mormonismo e se Cristo é o seu filho,
então Cristo também passa bem longe do mormonismo. Ele não seria um filho de-
sobediente.
As ofensas de forma anônima fazem parte da característica dos Santos dos
Últimos Dias. E eu posso justificar tal prática, dizendo que a maioria delas parte de
pessoas sem muita instrução. Ignorantes na sua maioria! Não conseguem argumen-
tar, então partem logo para a ofensa. É mais cômodo e fácil me mandar logo para o
inferno do que tentar defender um lado racional e lógico de algum ponto da doutrina
Mórmon.
Espero mesmo que os membros SUDs, ao lerem as postagens do blog pos-
sam pensar de forma mais séria e se questionarem. Existem muitas perguntas sem
respostas. Dentro do próprio Livro de Mórmon, não há consistência em quase nada
do que está escrito, como algo válido historicamente. Vejamos: Onde estão os resí-
duos dos metais utilizados amplamente na confecção de espadas, moedas, armadu-
ras e capacetes pelos nefitas? Como eles conseguiram desenvolver a metalurgia e
não deixaram vestígios? Quando Colombo aportou nas Américas, em 1492 d. C. não
encontrou nenhum indio com armamentos feitos de metal fundido. Eles estavam na
era da pedra lascada ou polida. Como os nefitas possuíam cavalos se é bem docu-
mentado que esses animais não existiam nas Américas antes de Cristovão Colombo
e os espanhóis? O livro de Mórmon supostamente foi escrito em placas de ouro,
numa língua totalmente desconhecida, chamada de “egípcio reformado”. Nunca fo-
ram encontradas nenhuma placa de ouro com inscrições, caracteres ou hieróglifos

49
Fonte para a elaboração do Texto:
http://newsroom.lds.org/article/use-of-the-word-mormon-in-news-reports

211

ou ainda ideogramas que se pudesse assemelhar com o egípcio em todo o vasto
continente americano. Existiu mesmo essa linguagem na América? Quais as evidên-
cias que comprovam isso?
As perguntas são muitas. As respostas são escassas por parte dos líderes
Mórmons. As maiorias das perguntas ficam mesmo sem respostas. São ignoradas!
Não são levadas a serio pelos líderes do alto escalão (Setentas, Apóstolos e a Pri-
meira Presidência). Eles querem que as pessoas aceitem pela fé, sem questiona-
mentos, sem comprovação. É a mesma coisa que eu começar a pedir dinheiro para
as pessoas na rua, dizendo-lhes para me darem o dinheiro, que Deus as ajudará em
dobro, segundo o valor que me derem. Qual a comprovação que eles terão, de que
minhas palavras são verdadeiras? Nenhuma! Igualmente é a doutrina Mórmon.
Então, ao invés de ofenderem de forma anônima, sugiro aos membros SUDs,
que estudem mais profundamente sua doutrina. Estudem e se questionem. Façam
isso, não pensando que Deus os condenará por estarem “duvidando” das palavras
de seu “profeta”. Asseguro-lhes que as respostas que vocês encontrarão, as poucas
respostas, os surpreenderão. Tenham coragem e façam isso sem temor. Se acredi-
tarem em Deus, afirmo-lhes que Ele, não tem nada a ver com a doutrina a qual
chamam de mormonismo.
Eu mesmo fiz isso e hoje estou aqui, tentando mostrar às pessoas o que des-
cobri. Acredito que existirão em breve, muitas outras provas esclarecedoras que de-
sacreditarão essa doutrina. Isso só será possível, através da disseminação e o cru-
zamento das informações obtidas via internet. Isso não é apostasia! Isso é ser racio-
nal. Isso é ser inteligente.
Acham mesmo que as pessoas apenas aceitarão as palavras de dois rapa-
zes, que mal sabem se expressar, afirmando que hoje existe um profeta vivo? Qual
a profecia de impacto que esse profeta fez? Nenhuma! Qual a obra em prol da hu-
manidade que ele fez? Nenhuma! Apenas herdou o cargo de um antecessor que,
igualmente, não fez nada. Pensem nisso, antes de me chamarem de otário, anoni-
mamente via MSN.

OS GARMENTS MÓRMONS!


Dias atrás, eu estava conversando com um amigo não membro da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sobre o meu novo blog. A conversa ru-

212

mou para um ponto que não é muito exposto, pois é um tanto polêmico. As roupas
íntimas que os membros SUDs são obrigados a usar, após terem visitado o Templo.
Este meu amigo ficou chocado com essa historia de "garments", nome dado para
essas roupas. Ele achou que eu estivesse brincando ou exagerando. Precisei mos-
trar uma foto para ele acreditar que a Igreja de fato incentiva os membros a usar es-
ses cuecões do século XIX “com supostos poderes sobrenaturais”.
Ele mesmo assim, não queria acreditar em mim. Contei-lhe que quando um
membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias vai ao Templo, faz
uma espécie de promessa de usar essas roupas ridículas dia e noite, no inverno e
no verão.
Um dia, nos anos 90, eu estava no Templo de São Paulo. Era verão, estáva-
mos ao redor da pia batismal do Templo à noite. Tinha um oficiante dando umas ex-
plicações sobre os garments. Ele falava que geralmente ouvia muitas reclamações
das mulheres da igreja sobre o uso continuo dessas roupas. Geralmente as mulhe-
res reclamavam que era muito quente e desconfortável, principalmente em regiões
do norte e nordeste do Brasil.
Este senhor, disse naquele momento, secamente falando para nós ouvintes.
“Digo para essas mulheres que o inferno é mais quente ainda”. Continuou dizendo
que se elas negligenciassem o uso do Garment, certamente iriam para o inferno e aí
sim, poderiam reclamar do calor. Ao falar dessa forma, ele talvez mesmo sem per-
ceber, impôs terror e medo nas cabeças das mulheres da Igreja.
Foram tantas asneiras que eu ouvi no Templo de São Paulo sobre o uso do
Garment que até anotei em meu diário. Qualquer dia faço uma postagem especial-
mente sobre o assunto.
Na primeira vez que fui visitar o Templo, em 1989, antes de ir para a sala on-
de era feita a chamada investidura, recebemos um treinamento numa pequena sala
que ficava no final do corredor da ala masculina do Templo. Lá, um oficiante, que
nem sei dizer o nome, falou abertamente para nós sobre o uso continuo do garment.
Disse que deveríamos usar o Garment dia e noite. Inclusive, ao manter relações se-
xuais com nossas esposas, não deveríamos despir-nos deles.
Já de cara, achei ridículo aquilo. Pois as mulheres tem que tirar as calças do
Garment para manter as relações sexuais com seus maridos. Porque então os mari-
dos não podiam tirar seus calções? Qual o sentido de tamanha bobagem? As pro-
messas e os chamados convênios não valiam para ambos os sexos? Porque a mu-
lher tinha que ficar nua e o marido não? Naquele momento, mediante aquelas pala-
vras, dava até a impressão de que a mulher estaria agindo com indignidade perante
Deus por tirar o Garment para manter relações sexuais com seu marido. Imaginem
como é o treinamento para aqueles que vão pela primeira vez no Templo Mórmon.
Se alguém, membro da Igreja ao ler isso, puder achar uma resposta, por fa-
vor, me envie, pois nunca consegui achar algo plausível para isso. Tenho até hoje,
uma imensa curiosidade sobre o assunto. Por que falam tamanha besteira para os
que visitam o templo pela primeira vez.

213

Fora esse dia, cerca de uns 15 anos depois, novamente no Templo de São
Paulo, a mesma conversa. Outra pessoa estava orientando um rapaz que estava se
casando. Quase igual ao que escutara há tantos anos. Isso é ridículo.
Falei disso tudo para meu amigo. Mostrei as imagens dos garments que estão
estampadas nos sites de pesquisa na internet. Aí então ele me disse: “Que absurdo!
Isso parece mais a roupa do superpateta”. Esse personagem da Disney é que anda
com roupas semelhantes ao Garment Mórmon. Tive que concordar com ele. De cer-
ta forma fui um superpateta, pois eu usei essas roupas ridículas por longos anos.
Não notei a diferença alguma quando abandonei de vez a seita Mórmon e
deixei de usar essas roupas. Não me senti mais fraco, vulnerável. Nem achei que
estava ofendendo a Deus só pelo fato de não usar mais essas coisas.
Em época de Victoria’s Secret e tantas roupagens íntimas femininas estupen-
das, impor a uma mulher o uso desses cuecões brancos medievais até o joelho é
demais.


Uma Igreja que se diz verdadeira, impor aos seus membros o uso desse tipo
de roupa, dotando as mesmas de superpoderes, por força de mandamento oriundo
do profeta vivo, ou do Deus Mórmon é muito para minha cabeça...

OS LÍDERES LOCAIS DA IGREJA MORMON NO BRASIL!

Com exceção dos Presidentes de Estacas e Missões, geralmente os demais
líderes locais da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no Brasil, são
pessoas sem muita instrução. Estão incluídos na lista: Presidentes de Ramo, Bispos,

214

Conselheiros no Bispado e na presidência de Estaca, Membros do Sumo Conselho
da Estaca e Patriarcas. Evidentemente que há exceções. Mas a dificuldade, para
encontrar pessoas instruídas, para a liderança nas unidades da Igreja, no Brasil é
grande.
Antes de mostrar alguns exemplos de líderes mal preparados, quero enfatizar
e deixar bem claro, que não tenho nada pessoal contra nenhum dos indivíduos refe-
ridos neste artigo. Apenas cito-os, omitindo seus nomes, porque creio que se a Igre-
ja é tão verdadeira, como professam seus lideres americanos, se é dirigida e guiada
por Deus, porque então, ele não levanta e chama homens mais aptos para o traba-
lho? Certamente a diferença de produtividade de um semi-letrado em relação a um
doutor é grandiosa. Sempre questiono isso com os líderes da Igreja que encontro,
após minha saída da IJCSUD.
Como disse um ex-presidente de Estaca, num comentário neste mesmo
blog: “Eu mesmo já chamei muitos despreparados, pessoas boas, mas sem condi-
ção nenhuma de liderar um grupo, onde a fofoca é corriqueira. Pessoas humildes
que acabam sofrendo com os cargos que ocupam. Eles são vítimas de um sistema
totalmente desumano e cheio de falhas. O sistema manipulativo exercido pela igreja
Mórmon é caso de policia”!
Já assisti cada Conferencia de Estacaque era de chorar. O exemplo que cito
aqui é da Estaca Lages, mas tenho certeza, reflete a realidade das demais Estacas
no Brasil. Já sabíamos de antemão, que os discursos dos Conselheiros da Presi-
dência da Estaca Lages eram monótonos, pois os oradores tinham certas limitações
em se expressar, em leitura e em argumentos. Liam muito. A maioria dos discursos
era uma leitura de um artigo de uma “liahona” qualquer. Erravam nas leituras, não
conseguiam achar os versículos na Bíblia ou no Livro de Mórmon. Quando achavam,
demoravam em ler, pausando seus discursos.
Um dia, um destes homens, esqueceu a Bíblia no carro ou em casa. Seu dis-
curso requeria o embasamento de um determinado versículo da Bíblia. Alguém de
trás do púlpito emprestou-lhe uma bíblia para que ele pudesse ler o versículo. Ele
folheou, folheou e não achou o versículo que procurava. Em seguida, não o achan-
do, fechou a Bíblia e disse para todos: “Nesta Bíblia não tem o versículo que eu es-
tava procurando”, virou-se para trás e devolveu a Bíblia ao proprietário. Foi motivo
de risos da platéia. Ele, um Conselheiro da presidência da Estaca, não conseguiu
encontrar um versículo na Bíblia. Um versículo que ele, certamente já tinha encon-
trado ou lido na sua Bíblia, pois estava discursando numa Conferencia de Estaca. O
mínimo que podemos deduzir é que ele deveria ter preparado alguma coisa antes do
discurso.
Este evento ocorreu há mais de 15 anos e a pessoa em evidência já é faleci-
da. Por isso, prefiro não citar seu nome. Creio que todos os membros da sua família
já se afastaram definitivamente do mormonismo também. Menos mal.
Outro Conselheiro da Estaca Lages, anos depois, tinha a mania de pedir aos
membros que se preparassem para ir ao “tempro”. Era “tempro” daqui e “tempro” de

215

lá. Sempre em seus discursos falava no tal “tempro”. “A Caravana está próxima! Por
isso devemos todos nos preparar para irmos ao “tempro” do Senhor”. Era cômico.
Um dia, entrei numa reunião Sacramental da extinta Ala Pinho. O conselheiro
do Bispo daquela unidade estava discursando. Estava chovendo muito naquele ins-
tante. Ele soltou a máxima: “Bão! Deus está chorando hoje. Ele está triste porque a
igreja não cresce. Essa chuva são lágrimas de Deus”. Anotei imediatamente aquilo
na minha agenda. Trago à tona novamente agora, anos depois do ocorrido. Cômico
também.
O Patriarca era outra piada. O coitado não sabia quase nada da doutrina da
Igreja. Escolheram um Patriarca que era aparentado com a esposa do antigo Presi-
dente da Estaca. Ele nunca desenvolvia a atividade de Patriarca. Sempre tinha uma
desculpa. Um dia era que os ladrões roubaram-lhe o gravador, outro dia, não tinha
ninguém que datilografasse as bênçãos. Segundo ele, apenas contava com sua filha
para fazer o serviço de datilografia. A filha vivia muito atarefada e não podia datilo-
grafar. Por isso, ele suspendeu as bênçãos Patriarcais até que o gravador novo
chegasse ou que alguém fosse chamado pela presidência da Estaca para o serviço
de datilógrafo. Isso levou anos.
Depois chamaram outro Patriarca. Este sempre dava as bênçãos parecidas e
todo mundo tinha as bênçãos praticamente quase iguais. Todos tinham as mesmas
tarefas, todos eram descendentes das mesmas tribos e todos tinham que fazer os
mesmos serviços.
Expresso novamente! Não tenho nada pessoal contra nenhum dos homens
que citei acima e que ocupavam os cargos aludidos. Todavia, digo isso, porque são
casos verídicos envolvendo pessoas reais. Apenas fiz este artigo, para que todos os
leitores do blog possam pensar um pouco e raciocinar. É certo, na “Igreja verdadeira
de Deus”, ter pessoas com limitações culturais na liderança? Se vocês acharem que
sim, me convencerei mais ainda de que esta não deve ser realmente, a “Igreja ver-
dadeira”. Pois que qualificações de liderança, argumentação, experiência de aconse-
lhamento, principalmente se for aconselhamento de alguém mais estudado ou cultu-
ralmente mais experimentado, que conselhos esse líder poderá dar?
Entendo que muitos destes homens, aceitam os cargos, porque não há outros
nomes a serem submetidos. Geralmente, em qualquer unidade da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, há poucos homens com nível de escolaridade
“superior”, disponíveis para chamados. Entretanto, por pressão da doutrina, as pes-
soas aceitam os cargos.
Alguém poderá dizer! Jesus também escolheu 12 Apóstolos no meio de pes-
soas simples. Sim, ele escolheu! Mas pelo que eu li na Bíblia, esses homens que
Jesus escolheu, se desenvolveram a tal ponto de darem a própria vida pela
obra. Enquanto que as pessoas a que refiro no meu artigo, aparentemente não pro-
gridem. Ano após ano, não há modificação até mesmo no linguajar. Que esperança
ruim para os Santos dos Últimos Dias no Brasil!
Os instruídos não aceitam o batismo porque são espertos e não caem na loro-
ta Mórmon. Os instruídos não aceitando o batismo, não se qualificam para a lideran-

216

ça. Os iletrados, não progridem. Por não progredirem, também são desqualificados
para os cargos de liderança. E assim é o Reino do Deus Mórmon na Terra!

OS LÍDERES MÓRMONS NÃO PEDEM DESCULPAS!

Se os líderes Mórmons fossem seguidores de Jesus Cristo, eles aprenderiam
uma pequena lição deixada por esse líder do cristianismo: “Faça aos outros, o que
você gostaria que eles fizessem a você”. Pedir desculpas é um princípio básico de
perdão. Nunca ouvi nenhum líder do alto escalão hierárquico Mórmon pedir descul-
pas publicamente a alguém. Nenhum Setenta, nenhum Apóstolo, e nenhum Profeta
o fizeram. Por quê? Estão acima dos ensinamentos de Jesus Cristo?
Na verdade, esses líderes acham que seu tempo diário deve ser ocupado
com viagens, hospedagens em hotéis de luxo, aeroportos, reuniões infindáveis. Pa-
rece-me que não percebem os erros doutrinários a qual representam. Além do mais,
parece-me ainda que eles não reconhecem que são meros mortais e, dessa forma,
acham que não erram. Por que pedir perdão por erros que não existem? Afinal eles
falam com Deus. Recebem orientação divina e repassam aos incautos membros do
mormonismo.
Bom, eu entendo que se os líderes agem dessa forma, todos os ensinamen-
tos sobre perdão e restituição de erros cometidos, incluindo arrependimento são
destinados apenas aos pesquisadores e membros simples da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Certamente não se aplicam a esses semideuses da
liderança Mórmon.
Dizem que não são perfeitos, mas agem como se fossem divinos. Nem umas
fotografias deles os membros podem tirar. Certa vez, fui a uma reunião em Florianó-
polis. Lá estava o finado James E. Faust. Sentei-me na frente, num ginásio de es-
portes todo adaptado para a ocasião. Peguei a minha máquina fotográfica e bati
uma foto do Apóstolo, enquanto ele estava no púlpito. Imediatamente apareceram
uns três membros do nada, que me repreenderam rispidamente. Dizendo que as
fotografias não eram permitidas. Porque será que não são permitidas? Será que eles
têm medo que apareçam nas fotos o tal “espírito?”
Qualquer membro da Igreja Mórmon que ousar falar algo contrário à doutrina,
certamente será taxado de rebelde, apóstata e logo será repreendido. Pode obter
um título que representa rebeldia, como eles mesmos gostam de nomear as pesso-
as que não se curvam a tudo o que é dito. Será exigido dele, que faça algum sacrifí-
cio para restituir o suposto “erro”. Orações, estudo do livro de Mórmon. Ir ao Templo,
etc. Isso só vale para os membros simples. Os líderes do alto escalão são perfeitos
e nunca falam nada contrário à doutrina. Eles não erram, não precisam pedir perdão.
De tempos em tempos surgem alguns corajosos que sentem que o momento
é de cair fora do mormonismo. É difícil tomar tal decisão, uma vez que as pessoas
que estão lá dentro da Igreja, estão bem amarradas pelas cordas da doutrina. Mas,
de vez em quando isso acontece, de saírem de lá. Tornam-se pessoas como eu e
são taxadas de Ex-Mórmons e inimigos da Igreja.

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Já se questionaram porque será que os líderes Mórmons ensinam tanto a
“obediência”? Por que isso? Porque as pessoas estão abrindo seus olhos e elas
começam a pensar por si mesmas. Elas têm a internet.
50


OS MÓRMONS NÃO OBEDECEM A SEUS PR ÓPRIOS LÍDERES!

Aqui está o que os líderes Mórmons têm dito para
seus membros fazerem:
George Albert Smith: "Se uma fé não pode supor-
tar uma investigação, se seus pregadores e professores
têm medo dela ter sido examinada, sua fundação deve
ser muito fraca" The Journal of Discourses, Volume 14,
Página 216.
John Taylor: "Eu acho que uma conversa, total-
mente livre, é frequentemente de grande utilidade. Não
queremos nada de secreto, nem dissimulado e eu não
quero, numa associação, coisas que não possam ser fa-
ladas e nem serem investigadas”. The Journal of Discour-
ses, Volume 20, página 264.
Dr. Hugh Nibley: “O Livro de Mórmon pode e deve
ser testado. Ele convida à crítica”. Uma Abordagem para
O Livro de Mórmon, 1957, p. 13.
Brigham Young: "Pegue a Bíblia, compare a reli-
gião dos Santos dos Últimos Dias com ela, e vejam se ela
vai resistir ao teste”. The Journal of Discourses, Volume
16, p. 46, 1873.
Orson Pratt:"Convença-nos dos erros de nossas doutrinas pela razão, por
qualquer argumento lógico ou pela palavra de Deus e seremos eternamente gratos e
você ainda terá o bom sentimento de ter sido usado
por Deus para salvar-nos das trevas". O Vidente,
p. 15.
Joseph Fielding Smith: "Mormonismo, como é
chamado, deve ficar de pé ou cair sobre a história
de Joseph Smith. Ou ele era um profeta de Deus,
divinamente chamado, devidamente nomeado e
comissionado, ou ele foi uma das maiores fraudes
que este mundo já viu. Não há meio termo”. Doutri-
nas de Salvação, página 188.
Não só é certo para os membros da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, investigarem sua fé, como também, é
certo que percebemos, que a liderança Mórmon têm incentivado isso. É quase uma

50
Texto baseado em:
http://miguelinbelgium.blogspot.com/2010/07/leaving-mormon-church.html

218

exigência! Se você é um membro da Igreja Mórmon, você
precisa obedecer aos seus líderes e investigar a sua fé.
Se você não investigar a sua fé, então você está
simplesmente anunciando ao mundo que você duvida da
sua crença religiosa. Caso contrário, por que você não in-
vestiga a sua fé e prova que ela é real?
Para quem não é mais membro da Igreja, as afirma-
ções acima são extraordinárias. Eu mesmo acho muito lou-
vável e pertinente os conselhos dessa natureza, pronuncia-
das com a finalidade de fomentação a uma investigação
racional da doutrina da Igreja Mórmon.
Essas afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias. Isto
deve ser mais verdade com as alegações do mormonismo. Se a evidência não é
bastante para verificar a alegação, algumas pessoas naturalmente vão chegar a
conclusões diferentes. Depois disto, algumas destas pessoas serão obrigadas a re-
lacionar sua interpretação das evidências, para dar um ponto de vista equilibrado.
Por exemplo, Cristóvão Colombo não estava atacando ninguém, quando ele afirmou
que a Terra era redonda, ele só estava dando sua análise dos dados que lhe eram
disponíveis. Assim, em vez de se preocuparem quando a palavra "anti-Mórmon" é
usada, os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias deveriam
reagir conforme as instruções de seus líderes acima. Encontrar as respostas diretas
para os vários assuntos e pontos de vista que lhes indagamos como críticos atuais
do mormonismo. Afinal de contas, a verdade sempre pode resistir à investigação.
Caso não façam isso, confirmo a tese, de que os membros da Igreja Mórmon
não obedecem a seus líderes.
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OS MORMONS SERÃO CORRIGIDOS POR DEUS?

Encontrei algo estranho, numa página sobre o mormonismo, nofacebook. Tra-
ta-se de uma suposta profecia, feita por alguém, predizendo que todos os membros
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, isso mesmo, todos os supos-
tos 13 milhões de membros anunciados na Conferencia Geral anual, serão em bre-
ve, corrigidos por Deus e nascerão novamente. Isso seria um milagre, pois estariam
em igualdade de condição, os ativos e os inativos. Os que fizeram seus convênios
no Templo e aqueles que nunca tiveram o desejo de conhecer o templo, nem por
mera curiosidade. Os membros que frequentam as reuniões dominicais e aqueles
que gostam de ficar dormindo em casa.

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Referencias para a produção do texto:
http://www.centralmormon.110mb.com/doutrantimormon.htm
http://www.fiber.net/users/drshades/mormon.htmTradução: Emerson de Oliveira
http://www.whatismormonism.com/
http://www.rickety.us/2010/08/hugh-nibley-on-religion/
http://www.ldsces.org/inst_manuals/chft/chft-41-45.htm
http://wchsutah.org/people/orson-pratt.htm
http://pt.mormonwiki.com/John_Taylor

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“Num curto espaço de tempo, os Santos dos Últimos Dias que conhecem e
têm fé em Cristo, serão corrigidos pelo Senhor. Isto será realmente um milagre, tes-
temunhado pelo mundo inteiro. Como 13 milhões de pessoas, com uma fé tão for-
te, realmente conheceram a Deus, e nasceram novamente”. Thomas Zaugg.
Alguém logo abaixo já escreveu: “Thomas, o que você está fumando?
Eu quero um pouco!” Pode até ser uma brincadeira. Mas não tenho dúvidas na pos-
sibilidade de algum membro Mórmon, logo acreditar no que está escrito e espalhar
nas suas unidades, que em breve vai ocorrer um grande milagre. O milagre espa-
lhado é que todos os membros da Igreja serão convertidos e re-convertidos, como
num passe de mágica. Somente pelo fato de terem se banhado num pouco de água,
já estarão aptos para serem doutrinados diretamente por Deus.
E tem mais, esses membros mais exaltados, que acreditam em contos de fa-
das, em histórias como as escritas pela representante Mórmon, Stephenie Meyer,
logo entrarão em êxtase ou numa espécie de transe quando um vulcão entrar em
erupção num canto qualquer do globo.
Lembro muito bem no dia que estava assistindo a Conferencia Geral da Igreja
em outubro de 2001. Era uma das primeiras conferencias transmitidas via satélite
para as Estacas brasileiras. Foi justamente no dia em que o exército dos Estados
Unidos invadiu, com mísseis, o Afeganistão. George W. Bush, numa tentativa frus-
trada de capturar os responsáveis pelos ataques terroristas das torres gêmeas,
bombardeou o Afeganistão.
O presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, na oca-
sião, era Gordon B. Hinckley. Ele disse naquela conferência, que “as organizações
terroristas que devem ser combatidas e destruídas”.
Havia um clima muito ruim naquele dia. Durante o intervalo entre a sessão
matinal e a da tarde, o canal, responsável pela geração de imagens da igreja, ficou
transmitindo filmes sobre o milênio e o fim do mundo. Filmes como o da parábola
das 10 virgens e conselhos sobre armazenamento doméstico. O fim do mundo apa-
rentemente estava tão próximo. Parecia-me que o mundo Mórmon estava em pânico
naquele dia.
Tenho certeza que os membros da Igreja vivem com muito medo desse tal fim
do mundo, julgamento final, início do milênio. Essa de 13 milhões de pessoas serem
corrigidos por Deus pode ser uma brincadeira, mas se um lider mais exaltado, afir-
mar algo parecido, num discurso ou treinamento, pode criar um reboliço danado
dentro do corpo de membros.
Acho que entendo porque as autoridades gerais da Igreja não mais ou-
sam profetizar. Primeiro, porque não têm competência e nem poder para isso. Mas,
se profetizassem algo, mesmo que trouxesse um resultado positivo ao acaso, os
membros ficariam todos eufóricos, extasiados. Era assim na época de Joseph Smith
Jr.
Ele deslocou grande quantidade de membros da Igreja para o Estado de Mis-
souri, no meio do nada, dizendo que era para eles irem lá, comprar terras. Pois seria

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construída uma nova cidade, chamada de Nova Jerusalém ou Sião. Muita gente
vendeu seus imóveis no Leste e partiu, sem questionamentos para o Missouri. Isso
foi um inferno para muitos.
Por outro lado, os líderes da igreja, substimando os ensinamentos doutriná-
rios de profecia, mesmo não proferindo palavra profética alguma, fazem com que um
grande numero de membros se afastem e percam a credibilidade na liderança da
Igreja.
É evidente que todos nós sabemos que nenhum líder da Igreja, nem o presi-
dente atual, tem algum talento ou dom para profetizar nada. Um profeta é aquele
que fala coisas que futuramente acontecerão. Nenhum presidente da Igreja ousa
passar pelo ridículo. Ele poderá ficar mal falado para sempre. Assim como ficou Jo-
seph Smith Jr., Brigham Young e outros presidentes Mórmons do inicio do mormo-
nismo.
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OS NUMEROS!

Hoje vou escrever sobre alguns truques que utilizamos para aumentar a fre-
quência na Igreja Mórmon. Truques utilizados por mim, quando eu era bispo da Ala
Curitibanos. Sob a orientação da Presidência da Estaca Lages fazíamos algumas
“mágicas” para aumentarmos a frequência nas reuniões sacramentais. Afinal, cada
cabeça de um humano, naquela reunião, significava alguns reais a mais no orça-
mento da Ala. A maioria dos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias não sabe, mas quando eles faltam nas reuniões sacramentais, é possível
que acabem dando algum prejuízo para o orçamento da sua unidade. Se os relató-
rios forem fiéis isso acontecerá certamente. Mas se forem mascarados... Não posso
afirmar que essa falta, seja revertida em prejuízo para o orçamento da Ala.
Uma vez criamos um grupo da igreja, numa cidade próxima de Curitibanos.
Na cidade de São Cristovão do Sul, distante 25 quilômetros. Fazíamos a nossa reu-
nião sacramental na capela em Curitibanos, pela manhã e à tarde, convocávamos
os membros para irem para a reunião da cidade de São Cristovão do Sul. Por orien-
tação da presidência da Estaca, somávamos as duas frequências, mesmo que a
mesma pessoa estivesse presente nas duas reuniões. Era contada como duas. A
reunião era considerada uma, mas o membro se estivesse presente nas duas reuni-
ões era considerado duas pessoas distintas. Mais tarde, esse grupo se transformou
num pequeno Ramo que não vingou. Passados alguns poucos anos fecharam esse
Ramo São Cristovão do Sul. Não tinha liderança naquela cidade. Tinha muita fofoca,
intriga e desunião no meio dos poucos membros que frequentavam essa pequena
unidade. Batizaram muitas pessoas. Na maioria, pobres, ignorantes e que mal sabi-

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Referencias:
http://www.facebook.com/topic.php?uid=239243508914&topic=14314
http://www.infoescola.com/historia/invasao-do-afeganistao-pelos-estados-unidos/
http://lds.org/liahona/2002/01/29?lang=por

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am ler. É verdade que tinha ali, no meio dos membros do Ramo São Cristovão do
Sul, muitos analfabetos.
Outro truque utilizado era a divisão de uma unidade em duas. Tentando forta-
lecê-las e posteriormente juntá-las novamente, numa única unidade mais forte no
futuro. Isso aconteceu aqui em Curitibanos! Fizemos isso, não com o intuito de jun-
tarmos as duas unidades em uma forte, mas de conservarmos as duas unidades e
dividi-las em quatro. Primeiramente dividimos a Ala Curitibanos em duas unidades.
Ala Curitibanos e Ala Pinho! Devido à “inspiração dos dois bispos” opa, quero dizer,
a “falta de inspiração”, as duas Alas quase fecharam. Não fecharam porque me
chamaram novamente para o bispado, na ocasião da união das duas unidades. Não
que eu queira ser o salvador da igreja aqui em Curitibanos. Esses bispos eram hor-
ríveis na maneira de administrar as suas unidades.
Não vou entrar nos detalhes dos desmandos dos dois ex-bispos. O assunto
hoje são os truques para aumentar a frequência na Igreja.
Certa vez, contratei uma Kombi para transportar os membros que moravam
em lugares mais distantes. No final, deu briga novamente! No meio do mormonismo,
os membros da igreja, sempre acabam brigando por besteira. Começaram brigando
com o motorista, e por fim, brigaram entre eles mesmos. Uns membros queriam que
a Kombi começasse a percorrer um determinado bairro. Outros queriam que a Kom-
bi começasse o percurso por outro bairro. Isso foi ruim para o crescimento da Ala.
Teve alguns membros que se afastaram quando eu cortei o transporte gratuito.
Outra maneira que a presidência da Estaca nos orientava, para alcançarmos
números mais elevados nos relatórios era não lançar a média das frequências men-
sais no relatório mensal. O presidente da Estaca me mandava colocar a maior fre-
quência da reunião sacramental ocorrida do mês. Isso “mascarava” a frequência re-
al. Há uma diferença entre média e maior.
Teve um membro da Ala Curitibanos, que comentou recentemente neste blog
sobre a reforma da Capela, que ocorreu após a minha saída do bispado e conse-
quentemente, após a minha saída do mormonismo. Gostaria de dizer aqui, que os
requisitos para a reforma e ampliação da capela da Ala Curitibanos sempre fo-
ram:dizimistas integrais e um certo numero de frequência, imposto como meta nas
reuniões sacramentais da Ala.
Havia um pequeno grupo de pessoas, membros do mormonismo, desampa-
radas, numa cidade distante 110 quilômetros de Curitibanos e 80 quilômetros de
Blumenau. O nome da cidade é Rio do Sul! Teoricamente, a área geográfica dessa
cidade deveria pertencer para Blumenau. Está situada mais próxima dessa cidade,
que pertence à Estaca Vale do Itajaí. Mas, por um conchavo entre o presidente da
Missão Brasil Florianópolis e os Presidentes das Estacas Vale do Itajaí e Lages, a
unidade ficou sob a responsabilidade dos membros da cidade de Curitibanos. Lá
foram os tolos membros curitibanenses novamente, atendendo a solicitação “inspi-
rada” do Presidente da Estaca Lages.
Alguns tinham que se deslocar de Curitibanos até a cidade de Rio do Sul, no
domingo, fazendo 220 quilômetros ida e volta para dar a assistência a esse grupo de

222

membros que se reuniam numa casa alugada. A missão Brasil Florianópolis desig-
nou dois missionários para Rio do Sul.
Antes de eu cair fora do mormonismo, a presidência da Estaca Lages tentou
me convencer a cuidar desses membros. Só que não falaram no desgaste do meu
carro, gasolina e o perigo de estar viajando cotidianamente, nos domingos, na mo-
vimentada BR-470 que corta o Estado de Santa Catarina no sentido leste-oeste. De-
pois que eu recusei essa missão “inspirada”, soube que andaram somando as fre-
quências das duas reuniões sacramentais, tal como fazíamos com São Cristovão do
Sul. Não foi difícil atingir as metas impostas para a concretização do aumento da
Capela. Essa reforma se deu graças a truques desonestos na computação das ano-
tações das frequências. Não há nada de que se orgulharem nisso. Um membro da
Ala Curitibanos que fez missão em Campinas, São Paulo vivia dizendo que “seu
presidente de missão recomendava que se errassem nos números de qualquer fre-
qüência, que deveriam errar para Cristo”, ou seja, para mais. Esse presidente de
missão deveria ser um legítimo “picareta”. Desonesto até na frente dos seus missio-
nários.
Esses foram algumas “maracutaias” para obtermos frequências “mascara-
das”. Viva o mormonismo! Viva a honestidade!

OUTRO EX BISPO RELATA: O COMEÇO DO FIM NO MORMONISMO

Quero primeiramente dizer-lhes que compartilhar minhas experiências aqui
faz parte de um processo em que eu estou inserido há pelo menos três anos, que é
irreversível, mas que ainda não chegou ao fim.
Eu conheci a igreja como a maioria das pessoas, através dos missionários.
Eu era um jovem adolescente e me encantei com os missionários assim como toda a
minha família. Nós nos batizamos rapidamente e a nossa vida mudou. Muitos ami-
gos, igreja aos domingos, atividades, seminário, metas, planos, promessas, espe-
rança... Enfim, o vazio que sentíamos estava preenchido. Fui crescendo na igreja
até servir uma missão de tempo integral. Lá comecei a conhecer realmente a igreja,
como ela é por dentro e como ela pensa de fato. Questionei muitas coisas, me de-
cepcionei com outras, mas eu estava condicionado a pensar que se houvesse algo
errado isso estaria em mim e não na igreja. Então me calei e me sujeitei.
Após longos dois anos a missão terminou e eu já não era mais o mesmo. Vi
coisas absurdas, desprezíveis, horríveis. Vi muito orgulho e pouca caridade, vi uma
grande pressão para batizar a qualquer custo, é uma competição e ninguém quer
perder ou ficar “queimado na missão por que batiza pouco”. O meu presidente no
meu segundo mês me disse em uma entrevista que iria me transformar em uma má-
quina de batizar, que eu tinha muitos talentos e que ninguém na missão iria me ven-
cer.
Eu fiquei espantado e confuso com aquilo, mas eu ia me aconselhar com
quem? Vi missionário gay terminando com honras, outros que namoravam, america-
nos com privilégios, outros que inventavam números para serem bem vistos pelos

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demais, e usávamos técnicas de convencimento que estavam longe de ser pelo es-
pírito santo. Eram mesmo técnicas de manipulação.
Ainda acreditando na veracidade da igreja apesar de tudo, após a missão tive
vários cargos nas alas e também na estaca. Até que me casei e fui selado a minha
esposa no templo de São Paulo e fui designado para servir como Bispo da igreja,
chamado que desempenhei pelo tempo de quatro anos. Até aquele momento eu
achava que já tinha visto tudo de ruim que existia na igreja enquanto estava na mis-
são, mas como bispo...
Ao completar quatro anos pedi desobrigação e fui embora antes de enlouque-
cer. Eu pensava que como bispo eu iria ajudar meu próximo espiritual e material-
mente, que seria um conselheiro para as pessoas, que eu faria caridade, faria a obra
do Senhor, que eu poderia crescer na fé e no testemunho servindo, porque o maior
é o que serve e eu estava ali pronto para servir. Mas aí descobri que bispo na igreja
é mais ou menos como um gerente para uma empresa/loja. E em pouco tempo eu
estava atolado na papelada e era só relatório disso, lista daquilo, reuniões, serões,
conferencias, treinamentos, entrevistas (entrevista de jovens para o acampamento,
entrevista de membros para chamados, entrevista para recomendação para o tem-
plo, entrevista de criança que vai avançar para ORM, entrevista de acerto anual de
dizimo com todos os membros da ala duas vezes por ano etc.) participar das aberra-
ções que são os concelhos disciplinares.
É tudo de caráter secular nada espiritual. E isso consumia todo o meu tempo,
inclusive o tempo com a minha família era reduzido, estava sempre de cabeça cheia
por causa de um relatório, uma reunião, e pelas cobranças e ameaças espirituais
que sofria dos líderes da estaca e da área.
Sempre tinha algo que o novo presidente de área dizia para fazer diferente do
que dizia o presidente anterior. Porque existe esse negocio que parece que é para
nos fazer de idiotas: um presidente de área vem e diz para fazermos algo de tal ma-
neira, que todos temos que nos adequar, aí dá aquele trabalhão fazer as modifica-
ções. Então, ele vai embora e vem o novo presidente e diz para desfazer tudo que
não estamos fazendo a maneira do Senhor, está tudo errado. E assim é que eu pas-
sava grande parte do tempo, tentando entender em que pé estava: se na maneira do
Senhor nova ou na antiga.
Enfim, me cansei dessa confusão e me retirei. Só então, comecei a estudar e
pesquisar qual seria o problema da igreja.
Hoje eu entendo que o principal problema. É que ela não é verdadeira e que
não é nem igreja e sim, uma seita como outra qualquer.
Sei que a Igreja de Jesus Cristo Sud, esconde a verdade e vive uma grande
mentira. Enganando, manipulando, controlando a vida de seus membros com suas
ameaças espirituais.
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Fonte:
http://exmormon-theolafec.blogspot.com/2011/05/o-comeco-do-fim-no-mormonismo_27.html?spref=bl

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PAGUE PRIMEIRO PARA ENTRAR NO TEMPLO!



No dia 02 de maio de 1998, cerca de 3.500 pessoas se reuniram numa região
alta, com vistas para a parte sul da cidade de Porto Alegre, para assistir ao cerimo-
nial do início da construção do Templo de Porto Alegre, Brasil.
Quem presidiu a “inovadora reunião” foi o então Segundo Conselheiro da pri-
meira presidência, James E. Faust. Aquele seria o quarto Templo da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias no Brasil. Foi anunciado no dia 04 de outubro de
1997, numa Conferência Geral do Sacerdócio, pelo Presidente Gordon B. Hinckley.
Na ocasião, após vários outros líderes, de escala hierárquica inferior pronun-
ciarem seus discursos, que mais endeusavam o então presidente Hinckley, do que,
propriamente, o tratavam como um mero mortal foi a vez de James E. Faust fa-
lar: "Nenhum de nós nunca se esquecerá como nos sentimos hoje, por causa do
Espírito do Senhor que está presente." Só ele e mais alguns hipnotizados sentiam o
tal espírito, muitos com certeza, não sentiram nada.
Ele disse que o Templo teria duas salas de investidura e todas as condições
para ordenanças, como os maiores Templos do mundo.
Pediu aos membros para refletirem e meditarem, sobre o privilégio que seria
entrar num Templo, e encorajou-os a serem mais leais e dignos, para entrarem no
Templo de Porto Alegre, quando esse estivesse dedicado em dois anos à frente.
Até aí, tudo estava normal. Deste momento em diante, depois de todo o clima
e o circo armado, inclusive com a presença do tal espírito, os membros e as pessoas
presentes começaram a escutar palavras admoestadoras e solícitas. Ele enfatizou a
necessidade dos membros começarem a se “sacrificar” para a construção do Tem-
plo. Lembrou que, quando o Templo de São Paulo estava sendo construído, os
membros na Argentina encontraram algumas maneiras de “doar dinheiro”.
Eles “doaram até seus dentes de ouro” para ajudarem a “pagar o Templo”,
disse o Élder Faust. Ele explicou aos presentes, que ele mesmo havia comprado
alguns destes dentes de ouro, pagando mais que o preço de mercado, com o objeti-
vo de mostrá-los, nos vários lugares onde passava, para ilustrar a natureza do sacri-
fício feito por estes membros. Não foram só os argentinos que fizeram isso. Teve
membros brasileiros que procederam de igual forma, conforme mais tarde, eu mes-
mo escutei da boca de outra Autoridade Geral da Igreja, Helvécio Martins.

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De acordo com o Élder Faust, esse tipo de sacrifício tinha sido a marca do
sucesso dos membros em nações latino-americanas. Indicando que “o mesmo prin-
cípio de sacrifício seria necessário na ocasião” em que estava para se iniciar a cons-
trução do Templo de Porto Alegre.
Todas as vezes que eu encontrei ou soube que esse Elder Faust estava no
Brasil, ele falou em arrecadar dinheiro. Sempre pediu doações aos membros. Uma
vez, ele disse que conseguiu a proeza de ver “Satanás” no Rio de Janeiro.
Muitos membros da Igreja hoje em dia acham que a Igreja não pede dinheiro.
Acham que só porque a Igreja é “rica” não precisa pedir?
É uma tolice os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias acharem que não há espoliação coletiva dos membros, similar a outras deno-
minações que existem simplesmente por causa do lucro.
A Igreja Mórmon não é diferente. O lema é: “Pague e receberá a Benção. Não
pague e nem entrará no Templo para pleitear uma suposta benção”.
Há uma discrepância enorme entre o que é ensinado e o que é praticado no
mormonismo. Como exemplo, cito duas escrituras do Livro de Mórmon: 3º Néfi 20:
38 “Pois assim diz o Senhor: Por nada vos vendestes e sem dinheiro sereis resgata-
dos”. Em Mórmon 8: 32 “Sim, acontecerá num dia em que haverá igrejas estabeleci-
das, que dirão: Vinde a mim e pelo vosso dinheiro sereis perdoados de vossos pe-
cados”.
Por mais que eu tente, não consigo ver na Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, diferenças do que as escrituras acima tentam mostrar às pessoas.
Quem não percebe, acha o mormonismo uma religião diferente das demais
no tocante ao dinheiro. Absolutamente! No mormonismo há tanta espoliação como
em qualquer outra movida a dinheiro. Quando eu era bispo, eu recebi certa vez, uma
determinação, que deveria pelo menos uma vez por mês ter discursos voltados ao
dízimo e ofertas.
Só que, não se passa um único domingo, onde o assunto não seja comentado
nas variadas reuniões existentes. Esse assunto está intrínseco no mundo Mórmon.
Há até uma ameaça, de que aquele que não pagar o dízimo será queimado na se-
gunda vinda de Cristo.
Uma Igreja que pede demais e ajuda de menos, não pode ser a Igreja verda-
deira de Deus sobre a Terra. Como? Ajuda de menos? Sim! Ajuda de menos. Vejam
isso: Aqui na cidade de Curitibanos, há uma capela que custou cerca de 3 milhões
de reais. A cidade é pequena. Tem menos que 40 mil habitantes. O que será que os
líderes mórmons pensaram na hora em que decidiram empregar todo esse dinheiro,
num prédio que em breve necessitará de reformas? Porque empregar todo esse di-
nheiro num prédio e não no bem estar da sociedade local? Porque não empregar
esse dinheiro em escolas, creches, hospitais, orfanatos? Como pode ser esse o
Reino de Deus? Se for, sou muito ignorante, pois não consigo entender essa lógica.
A Igreja pede demais e ajuda de menos.
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Fontes de pesquisa para a elaboração do Texto:
http://www.ldschurchnews.com/articles/31042/Be-loyal-worthy-to-enter-temple-members-urged.html

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PEQUENA AMOSTRA DO REINO DE DEUS!



Quando chegamos à cidade de Curitibanos, eu e minha esposa deparamos
com uma unidade bastante fraca da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. Apesar de possuírem uma capela recém construída, a freqüência raramente
ultrapassava 30 pessoas nas reuniões sacramentais. O ano era 1989. O mês, abril.
Estava frio, apesar de ainda ser outono. Os indícios eram evidentes de que teríamos
um inverno gelado naquele ano. Minha esposa e eu tínhamos recém chegados de
Belém do Pará para morarmos nessa cidade. Curitibanos fica na região central do
Estado de Santa Catarina.
Ainda não fazia um ano que éramos membros da Igreja. Apesar do pouco
tempo, já estávamos bem acostumados com nossas responsabilidades em chama-
dos. Estávamos envolvidos com discursos, testemunhos, hinos, organizações, etc.
Nossas percepções iniciais, de que aquele pequeno Ramo da Igreja Mórmon,
era composto por algumas pessoas estranhas, ficou bem evidenciado. A ênfase dis-
so foi percebida por nós, desde o primeiro domingo, quando fomos nos apresentar
como membros da Igreja. Quero contar o que eu percebi. Nem vou envolver minha
esposa e suas outras observações.
No primeiro domingo que eu fui assistir a uma aula do sacerdócio, o presiden-
te do Quórum de Élderes deu um treinamento sobre Joseph Smith Junior. Ele mes-
mo falou que não tinha certeza absoluta de que Joseph Smith fora um profeta de

http://scriptures.lds.org/pt/search?type=words&last=dinheiro&help=&wo=checked&search=vinde+a+m
im+por&do=Buscar&iw=bm&tx=checked&af=checked&hw=checked&sw=checked&bw=1&anonymous
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227

Deus. Ora, ouvir isso de um líder de qualquer unidade, no mínimo é impactante. E
foi mesmo! Para mim, pois nunca esqueci este dia. Lembrei agora, enquanto escre-
vo este artigo.
Antes de termos sido designados para as classes das organizações auxilia-
res, fomos recebidos por uma mulher muito amável à primeira vista. Vou preservar o
seu nome para não arrumar confusão com os membros locais. Mas se isso aconte-
cer, estou preparado. Ela nos mostrou a capela, falou sobre a frequencia e a lide-
rança local da Igreja. Com o passar dos dias, percebemos que esta mesma mulher
geralmente era um estopim para muitas discórdias no ramo. Em pouco tempo, me-
nos de um ano, ela teve atrito com quase todas as outras mulheres que estavam
indo nas reuniões dominicais. Os motivos eram os mais variados possíveis. Envol-
vendo desde o marido que não era membro da Igreja e tinha problemas com álcool.
Chorava frequentemente nas reuniões. Era amável com as pessoas num primeiro
momento, mas no outro, quando ficava muito íntima, não demorava a uma contenda.
Quem não a conhecia bem, achava que era um verdadeiro exemplo de como os
membros da Igreja devem ser. Só falava no “Pai Celestial”. Era “Pai Celestial” pra
cá. “Pai Celestial” pra lá. Mas, por outro lado, quem a conhecia... Ouso afirmar que
devido o pequeno número de membros da igreja, as mulheres da Unidade, se torna-
vam um tanto fofoqueiras. Quase todas, sabiam da vida particular dos demais mem-
bros. Levavam e traziam. Muitas discórdias ocorreram no antigo Ramo Curitiba-
nos, nos anos de 1989 a 1993 por esse tipo de atitude.
Se o Presidente do Ramo chamasse atenção. Faziam um escarcéu. Não ra-
ras vezes, saiam de casa em casa falando mal do Presidente do Ramo. Lembro cer-
ta vez, fui chamado para ser o novo Presidente do Ramo Curitibanos, no ano de
1991. Tinha uma mulher que ocupava, por longos anos, o cargo de Presidente da
Primária do Ramo. Com o antigo presidente, ela tinha descaracterizado toda a sala
da primária. Colou cartazes do Mickey, Pato Donald, Mônica e Cebolinha. Pois bem,
quando fui chamado, ela foi automaticamente desobrigada das suas funções. Eu
mandei remover todos os cartazes. Deu aquele falatório. Ela ficou sem ir à Igreja por
um longo período, por sua livre e espontânea vontade. Descobri que esta mulher
tinha feito até um abaixo assinado para que eu fosse desobrigado do recém-
chamado cargo. Só para vocês perceberem como era a situação naquela unidade.
Quando me lembro destes eventos, fico imaginando como passei todos os
meus 18 anos no mormonismo? Aguentando essas pessoas? Não me refiro especi-
ficamente só sobre uma mulher, ou mulheres, mas à maioria dos membros da Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias da cidade de Curitibanos. Digo isso
porque fui o Bispo deles por 8 anos. Conheço-os na maioria. Muitos já morreram e
outros foram embora de Curitibanos.
Quem ler isso, pode até me criticar. Acho até que muitos o farão. É também
bem provável, que muitos membros de Curitibanos venham tirar satisfação comigo.
Meu trabalho não visa agradar os membros da Igreja. Visa mostrar a eles e aos que
ainda não conhecem o mormonismo, como é viver sob pressão de dogmas e doutri-
na alienante e ilusionista. É horrível!

228



O mormonismo descaracteriza as pessoas. Torna-as frágeis e não fortes. As
mulheres sofrem mais. Como há escassez de membros em cada unidade, os que
estão ativos, ficam bisbilhotando a vida de todos. A intimidade é compartilhada. As
brigas e as rixas também. Como conheci muitas unidades da igreja e sei que há se-
melhanças entre elas, resolvi compartilhar essa experiência. Essa é uma pequena
amostra do Reino de Deus que conheci.

PEQUENO ESCLARECIMENTO AOS MORMONS DE PLANTÃO!

Como era de esperar, passados mais de um mês depois que o
blogwww.sobreomormonismo.blogspot.com foi colocado no ar, recebí vários comen-
tários, e-mails, e notas. Vieram de diversas pessoas. Principalmente, membros d’A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Também me escreveram não
Mórmons, evangélicos, católicos e ateus. O fluxo maior foi de membros SUDs que
ao lerem alguma postagem, logo se sentiram no dever de tentar defender a causa.
Muitos partiram logo para o ataque. Insultaram-me, fui chamado de anticristo e
de inimigo da Igreja.
Não fico nem um pouco chateado com nenhum membro SUD, nem mesmo
com o mais exaltado deles. Acham que eu fiz o blog e escrevo contra a doutrina que
seguem, porque fui “excomungado” da Igreja. Acham ainda que eu queira ir para o
inferno e levar uma grande quantidade de pessoas comigo. Por isso, adicionei logo
no inicio do blog, os dizeres: “eu nunca fui excomungado”.
Para esclarecer mais! Eu não acredito mais em lugares como, inferno ou céu.
Não creio que existam os chamados “graus de glória” conforme descritos em Doutri-
na & Convenios.
Já passei por essa fase. Agora estou noutra, estou além do mormonis-
mo. Prometi a mim e à minha familia, nunca mais me envolver com nenhuma orga-

229

nização religiosa. Primeiro porque não creio mais num Deus conforme descrito na
Bíblia ou escritura qualquer. Não questiono a existencia de um Deus. Entretanto! Se
existe um Deus, não deve se parecer nem um pouco com aquele pregado pela mai-
oria das religiões existentes atualmente. Justifico isso, porque já li a Biblia e todas as
escrituras utilizadas pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Qualquer pessoa de sanidade perfeita, jamais poderia adorar um Deus san-
guinário, preconceituoso e vingativo. E tem mais, o Deus cristão é muito ganancioso
por dinheiro. O lema é o seguinte: “Quão difícil é para um rico entrar nos céus. É
mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar nos
céus”. Entretanto, as igrejas cristãs pregam que os membros devem ser pobres, mas
que ela, a igreja, deve ser rica. Deus ficou muito ganancioso, por isso não posso se-
guir um Deus que precisa tanto de dinheiro para me dar uma benção.
Infelizmente, pode parecer duro para alguns. Mas é esse personagem que es-
tá estampado nas páginas das “Escrituras Sagradas” e pregado dia e noite em ser-
viços de proseletismo.
Se nada mais faz sentido para mim sobre esse assunto, porque então eu me
ofenderia? O que eu quero é apenas ajudar outras pessoas a não cairem na mesma
cilada que eu caí, quando conheci e me filiei ao mormonismo. Minha briga é com
essa doutrina, porque foi ali que me senti lesado.
Vejam se tem cabimento! Recebi um e-mail de uma pessoa tentando defen-
der a posição Mórmon, falando mal do Papa Católico, dizendo que não o reconhece
como autoridade divina. Entretanto, defende Thomas S. Monson, alegando que ele
tem o poder para escrever ou apagar o nome das pessoas num tal “Livro da Vida”.
Esse membro Mórmon, muito insatisfeito com o conteudo do meu blog, e mi-
nhas postagens, pede a mim que escreva uma carta para o seu “profeta Mórmon”,
solicitando que ele apague meu nome desse tal livro.
Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que não acredito nessa baboseira
de Livro da Vida. Li sobre isso na Bíblia e nas escrituras dos Santos dos Últimos Di-
as. Não acredito que exista tal livro, com nomes de pessoas. Se esse livro existe e
se o tal Deus Mórmon existe, seria muito injusto, pois estaria selecionando e discri-
minando seus filhos. Que pai, salvaria um filho e mataria outro? Isso é ridículo.
Quem é pai sabe do que estou falando. Se o amor de Deus é maior do que o de um
pai terreno, como poderia ser tão cruel a ponto de cometer tamanha barbárie?

POLÊMICAS DO LIVRO DE MÓRMON!

O local do nascimento de Jesus – Belém de Judá (Mt.2:1, Lc.2:4-11). O Livro
de Mórmon diz que Jesus nasceu em Jerusalém (Alma 7:10).
Mais de 27.000 palavras foram copiadas da versão da bíblia King James, o
problema é: como o livro de Mórmon pode conter citações da versão da bíblia King
James de 1611? Se supostamente, a historia do livro de Mórmon compreende fatos
ocorridos em 600 a.C e 421 d.C.?

230

Cadê as evidências arqueológicas das cidades do livro? As evidencias arque-
ológicas das cidades citadas na bíblia são conhecidas e comprovadas.
Os povos descritos no Livro de Mórmon aparentavam estarem na Idade do
Ferro, mas os ameríndios da época da chegada de Colombo, ainda estavam na Ida-
de da Pedra Polida (não fabricavam instrumentos metálicos).
A descrição do começo do livro em que o profeta Néfi, recém-chegado de Je-
rusalém, começa a ensinar seu povo a trabalhar com metais pode foi idiossincrática
àquele curto período. Ou seja, há exageros nítidos nas afirmações do livro.
Alguns acham difícil conciliar a idéia de que cerca de 20 judeus teriam partido
de Jerusalém para as Américas, em 600 a.C, com a de que, em menos de 30 anos,
eles se tivessem multiplicado e se dividido em duas nações. (2 Nefi 5:28) Dentro de
19 anos após a sua chegada, esse grupo pequeno supostamente construiu um tem-
plo "segundo o modelo do templo de Salomão, e sua obra, portanto, era considera-
velmente formosa" — sem dúvida, uma tarefa colossal. A construção do templo de
Salomão, em Jerusalém, levou setenta anos e ocupou quase 200.000 trabalhadores,
artífices e capatazes.
2 Néfi 5:16; comparado com 1 Reis 5, 6 Da mesma forma, é difícil conciliar
que Noé, um profeta Bíblico, tenha construído uma arca que continha um par de ca-
da tipo de animal na Terra. Defensores do Livro de Mórmon argumentam que o tem-
plo descrito por Néfi poderia seguir o modelo do Templo de Salomão apenas no que
diz respeito à sua planta (salas, corredores, etc.), não necessariamente obedecendo
à escala. Todavia, esses defensores não têm embasamento cientifico algum. São
meras suposições hipotéticas.
O Livro de Mórmon fala de vastos povoamentos no continente norte -
americano. Helamã 3:8 reza: "E sucedeu que se multiplicaram e se espalharam de
forma tal que começou a ser povoada toda a face da terra." De acordo com Mórmon
1:7, a terra "se achava coberta com edifícios".Questiona-se, então, onde estão os
vestígios dessas civilizações florescentes? Tais como os artefatos dos nefitas, suas
moedas de ouro, espadas, escudos e armaduras? (Alma 11:4; 43:18-20). A Air
France procurou pelos vestígios dos destroços do Avião que caiu, o AF-477. Os in-
vestigadores acharam essas caixas pretas que ficaram quase dois anos submersas
a cerca de quatro quilômetros de profundidade. como é que ninguém acha nada dos
nefitas e lamanitas? Como é que ninguém acha nada que identifique ou comprove a
historicidade do livro de Mórmon?

PARA PENSAR... PORQUE OS LIDERES QUE RECEBEM ALTOS
SALARIOS NUNCA LIMPAM AS CAPELAS?

Na igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, existe uma prática
muito comum que eu diria até folclórica. Que é a tal da limpeza da capela.
Todos já participaram ou irão participar dessa tarefa. Eu já por várias vezes
limpei a capela com a ajuda de um ou dois membros, mas, certa vez eu limpei uma

231

capela inteira sozinho porque marcada a atividade ninguém apareceu e eu como um
servo “bom e fiel” fiz o trabalho.
Mas no meu último ano ativo na igreja pude observar três pontos que me pa-
receram muito estanhos em relação à atividade de limpeza da capela.
- Bom nesta altura do campeonato poucas coisas passavam despercebidas
pelo meu olhar crítico.
Uma observação importante é que sob a alegação de que a igreja precisa re-
duzir os gastos e economizar dinheiro, ou cuidar de não fazer mau uso do “dinheiro
da viúva” é que a igreja transferiu a responsabilidade de limpar as capelas para os
membros. Muitos deles realizam essa tarefa na certeza de estarem a serviço de
Deus, visto que estão doando ali de seu tempo e “talentos” no serviço do reino do
Salvador.
- Há pelo menos três pontos importantes que observei no tempo em que servi
como bispo e que me fizeram sentir vergonha de pertencer àquele meio e a duvidar
que aquele era realmente o povo de Deus.
1- A igreja dispensou vários funcionários que eram contratados para realizar
tal tarefa, geralmente membros da igreja pobres e que precisavam do emprego;
Bem, eu esperava por se tratar de uma igreja e não de uma empresa, e ainda mais
por se tratar da “igreja verdadeira”. Bem se queria cortar gastos porque não mandou
embora então, os parasitas do SEI, seria 10/1. (10 famílias de membros suds pobres
que não perderiam sua renda, por um parasita do SEI que alem de inútil custa caro
para mantê-los).
2- A igreja constrói prédios muito caros, que requerem cuidados especializa-
dos de manutenção. A falta de manutenção apropriada das capelas resulta em
grandes gastos com reformas e reparos;
Eu conheço vários membros inclusive da minha ala que trabalhavam prestan-
do serviços de manutenção de capelas e sei que eles trabalhavam com preços abu-
sivos. Outro detalhe importante é que esses irmãos não tinham empresa, então eles
registravam um tipo de empresa fantasma para emitir notas ao bel prazer, era um
oba-oba nas “reformas” que só vendo. Tinha também a questão das licitações para
esses contratos, era tudo arregado. Isso tudo com o consentimento do responsável
pelo patrimônio da igreja.
Alguns irmãos me falaram pessoalmente que sabiam qual preço deveriam co-
locar nos envelopes lacrados, por que o irmão do patrimônio tinha suas preferências
com quem trabalhar por certo quem fizesse parte do esquema.
3- Os “altos líderes da igreja” e os que recebem altos salários não participam
da tal limpeza; Esse é só mais um fato que contribui para o descrédito da igreja, ela
é liderada por “Executivos eclesiásticos”, eles gostam de usar terno, ter um escritó-
rio, ser chamados de presidente, organizar reuniões e conferencias e de mandar os
outros membros fazerem o trabalho sujo. Eles sempre delegam os piores trabalhos.
Como alguém pode acreditar que Jesus Cristo está por trás de uma igreja dessa?
55


55
Fonte:
http://exmormon-theolafec.blogspot.com/2011/05/para-pensar.html

232


POR QUE SAÍ DO MORMONISMO?

Muitos me questionam! “Por que você saiu do mormonismo? Foram os mem-
bros? Algum deles te fez alguma coisa? Lembre-se de que a Igreja é perfeita, mas
os membros não são”. É o que mais percebo nas correspondências recebidas e nos
comentários nas postagens do blog.
Dias atrás, conversando com um membro da minha antiga Ala Curitibanos, fui
indagado com esta mesma pergunta. Eu respondi para ele que não tinha nenhum
problema com membro algum. Nem que algum deles tinha me feito algo ou que eu
tinha me decepcionado com os líderes locais. O problema do mormonismo e eu vai
além das fronteiras geográficas da Igreja aqui de Curitibanos. Está relacionada prin-
cipalmente com a origem da Obra. Está relacionada com a vida de seu fundador,
Joseph Smith Jr.
Aí então veio um outro e escreveu no blog: Você está ajudando no cumpri-
mento de uma profecia que dizia que o nome de Joseph Smith Jr. seria conhecido
no mundo por bom ou por mau. Na igreja, enquanto estive ativo, realmente escutava
invariavelmente essa citação. Não posso afirmar com certeza se ele disse isso real-
mente ou foi inventado por alguém para melhorar o seu status de profeta. Mas uma
coisa é certa, sua vida foi cheia de complicações com a justiça. Ele esteve envolvido
em diversos processos. Diversas pessoas o acusavam de toda sorte de contraven-
ção. Crimes como charlatanismo, adultério, falsificação de dinheiro, estelionato,
apropriação de imóveis em Kirtland, poligamia estão muito bem documentados até
os dias de hoje com os devidos testemunhos dos acusadores e ou testemunhas
desses crimes.
O que mais me chama a atenção é que este homem migrava por diversos lu-
gares e em todos os lugares por onde se estabelecia, tinha problemas com a justiça.
Temos registros de contravenções em Nova Iorque, Ohio, Missouri e Illinois.
Para responder mais precisamente aos que me questionam sobre a minha sa-
ída ou abandono do mormonismo, digo que: Se a vida de Joseph Smith Jr. fosse
exemplar sem infrações das leis americanas, eu até poderia dar um certo crédito a
ele. Mas como sua vida é manchada e maculada, não posso concordar com nenhu-
ma palavra que tenha saído de sua boca. Se é para ajudar a cumprir a profecia de
que seu nome seria conhecido por bom ou por mau, então eu faço questão de con-
tribuir e mostrar que ele era mau.

Sobre o autor dessa Postagem!
Entrei para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há 18 anos. Fui missionário de tem-
po integral por 2 anos, fui Pres. do Quórum de Élderes, Sumo-Conselheiro da Estaca, Pres. da Esco-
la Dominical, Líder da Obra Missionária, Pres. dos Rapazes, Sou formado no Seminário e Instituto da
Igreja. E por último servi por 4 anos como Bispo da minha Ala. Sou casado e selado no templo, tenho
filhos. Tudo caminhava naturalmente na minha vida como Sud, até que os meus olhos começaram a
se abrir e as falhas na doutrina, na história e no comportamento da Igreja não se sustentaram e me
afastei.

233

Além de não concordar com suas declarações e falsas revelações, ainda não
posso aceitar as obras que ele deixou, como por exemplo, o Livro de Mórmon. Livro
este que não tem embasamento científico algum. Não há nada neste livro que possa
nos ajudar a “voltarmos à presença de Deus”, como o próprio Smith falou.
Na ocasião em que falei com este membro da minha antiga Ala Curitibanos
sobre Joseph Smith Jr., não deixei de dizer-lhe que é muito dolorido quando você se
doa por anos consecutivos, acreditando numa causa e depois descobre que é tudo
falso. Ele até tentou me impressionar com alguns números, dizendo que a Igreja ar-
recada cerca de 7 bilhões de dólares anuais a título de dízimos e que tem um patri-
mônio em ativos de cerca de 70 bilhões de dólares. Nada disso fará mudar minha
opinião ou me convencer a voltar ao mormonismo.
Qualquer corporação, bem administrada pode alcançar um status semelhante
ao alcançado pela Mórmon Inc. Um conglomerado de empresas que está mais para
negócios do que propriamente para religião. O Deus Mórmon é extremamente capi-
talista e ganancioso. O patrimônio da “sua Igreja cresce ano após ano”. Há fome e
sede sobre a terra. Não seriam todos os homens e mulheres que vivem neste plane-
ta filhos do mesmo Deus? Não seriam os habitantes da África ou das Ilhas do Pacífi-
co todos irmãos por parte de Deus (pai)? Então me questiono constantemente e me
convenço mais ainda de que fiz a escolha certa. Por que as receitas e os resultados
ficam concentrados nos Estados Unidos e poucos podem usufruir de seus lucros?
Se o Deus Mórmon acha isso justo, eu o questiono e o desafio a me convencer de
que eu estou enganado. Jamais poderia imaginar um pai que tratasse bem um filho
e amaldiçoasse outro. Jamais poderia imaginar um pai que daria comida e riquezas
a um e deixaria outro filho com fome e sede. Por essas razões abandonei o mormo-
nismo.

POR QUE VOCÊ NOS ATACA?

“Estou enojado com o seu blog, e estou triste por você sentir a necessidade
de bater nos Mórmons. Os Mórmons não atacam os Cristãos. Então por que você
está nos atacando? Por que você está amargurado contra a Igreja e publica tais coi-
sas odiosas? Você já deixou a Igreja, por que então tenta prejudicar a nossa fé?”
A resposta é simples. Não sei a quem me dirigir. O remetente do e-mail não
se identificou e o endereço é uma mistura de letras e números. Não sei se é homem
ou mulher, se é um ou vários. Não importa! Vou responder da maneira mais educa-
da possível. Primeiro de tudo, meu propósito não é “atacar” as pessoas, mas ajudá-
las. Eu tenho um profundo amor e respeito pelos membros da Igreja Mórmon porque
apesar de eu não ser mais membro, tenho ainda alguns amigos que ainda perten-
cem a essa Igreja. Ouso afirmar, que se houvesse uma maneira de medir o amor e a
preocupação que eu tenho com os membros da Igreja Mórmon, seria facilmente es-
clarecida todas as divergências que há em relação aos membros, o blog e as suas
publicações. A razão desse blog é simples. Eu encontrei algo incrivelmente maravi-
lhoso, e desejo compartilhar com os membros da Igreja e Jesus Cristo dos Santos

234

dos Últimos Dias. Se o remetente do e-mail ler a parte de “Quem sou Eu” no blog,
perceberá como eu era um Mórmon ativo.
Estou bem ciente, que apesar do engano doutrinário, tive também alguns
momentos de alegrias dentro do mormonismo. No entanto, a tristeza e a decepção,
que descobri, no momento em que percebia que estava sendo enganado ultrapassa-
ram de longe, qualquer coisa que eu já experimentei no mormonismo. Isso vai além
de qualquer comparação. É gritante! O antes e o depois! O desespero que vivi como
um santo dos últimos dias não é algo incomum entre os Mórmons. Principalmente
para aqueles que eu conheço que tentam levar a sua religião a sério. Os Mórmons
que eu conheço que são os mais sérios, em guardar os mandamentos doutrinários,
são também os que percebem que estão infinitamente longe desse objetivo e são os
que se debatem desesperadamente para se tornarem verdadeiros Santos dos Últi-
mos Dias. E são ainda os mais “cegos” e “surdos” em relação à racionalidade.
Quero dizer-lhes que eu entendo perfeitamente esses sentimentos de impo-
tência perante “o Salvador” ou perante“Deus”. Entretanto! Reitero que não há com-
paração entre você ser dominado por uma doutrina e ter a sua liberdade de escolha.
Não há comparação! Nem que alguém me oferecesse muito dinheiro eu não voltaria
para o desespero do mormonismo.
Não sou uma pessoa amargurada contra os membros da Igreja de Jesus Cris-
to dos Santos dos Últimos Dias, pelo contrário. Sou muito feliz atualmente, por poder
compartilhar o conhecimento adquirido, sobre essa doutrina que me fez muito mal.
Por isso, quero compartilhar essas informações com amor, aos membros SUDs.
Quero que vocês tenham o que eu encontrei.
Não estou tentando forçá-los, simplesmente estou compartilhando com vocês
através desse blog essa carga adquirida ao longo de anos. Além disso, vocês de-
vem entender pelas minhas atuais crenças, que estão numa espécie de canoa fura-
da. Estão despendendo dinheiro e tempo numa causa que não objetiva nada, a não
ser, poder e lucro. Não quero que isso continue acontecendo em suas vidas. Pelo
menos não desejo que descubram o erro como eu descobri. Se bem que, muitos
descobrirão exatamente como eu.
Em segundo lugar, quero dizer que “os Mórmons não atacam” outras religiões
é hipocrisia absoluta. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem cer-
ca de 50.000 missionários no mundo, que visitam as pessoas e dizem-lhes, que
Deus disse a um homem chamado Joseph Smith Jr., em uma visão, que todas as
igrejas estão “erradas”e são uma “abominação à sua vista” (PGV, Joseph Smith
1:19). Imagine agora como se sentem as pessoas que são contatadas por esses
missionários e que ao estudarem o Livro de Mórmon, aprendem em seu conteúdo
que todas as igrejas que não são a “igreja do Cordeiro” ou a verdadeira Igreja (A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) são parte da “igreja do diabo” (1
Néfi 14:10). Este é um ataque total sobre o cristianismo. E fica ainda pior! Antes da
década de 1990, antes das mudanças no ritual da Investidura dos Templos Mór-
mons, um “Pastor Cristão” era retratado num drama em que estava sendo contrata-
do pelo diabo, para pregar o conceito de um só Deus. E para pregar o evangelho da

235

salvação pela graça através da fé. O cristianismo foi ridicularizado, desta forma, na
mais sagrada de todas as cerimônias dos Santos dos Últimos Dias!
Outro exemplo, que muitos membros, principalmente os brasileiros, não sa-
bem ocorre em todos os verãos em Manti, Utah. Lá há um concurso, que é realizado
no terreno do Templo. Nesse local, as denominações cristãs são ridicularizadas co-
mo estando todas erradas durante uma apresentação musical Mórmon. Como essa
pessoa que me escreveu ousa fingir que os Mórmons não atacam outras religiões?
Há poucas religiões no mundo tão exclusivistas quanto a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, que insistem que são a única e verdadeira religião. Que
possuem unicamente o sacerdócio de Deus e as chaves do reino dos céus.
Meu amigo Mórmon, eu me preocupo com você. É por isso que eu quero avi-
sá-lo sobre o desespero da doutrina Mórmon. A vida é abundante fora do mormo-
nismo. Está além de qualquer descrição, e ela irá transformá-lo numa pessoa sem
preconceitos ou egocentrismos. Convido-o a ser livre de verdade.

POUCAS MUDANÇAS NO LIVRO DE MÓRMON?

O texto a seguir é uma adaptação do artigo que está no site dos missionários
Mórmons. A devida referencia está abaixo do meu artigo.
Ele começa fazendo uma alusão às criticas encontradas recentemente em
muitos blogs e sites sobre as alteração no Livro de Mórmon. Eu mesmo já escrevi
sobre essas alterações. O total delas que coloquei em meu blog foi de 3000 altera-
ções. Isso foi o que eu encontrei em outros blogs e sites que trataram do assunto.
Agora, os missionários Mórmons falam que os críticos elevaram as alterações no
Livro de Mórmon para 4000.
O consenso entre as partes é que, membros da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias e não membros, já aceitam que houve muitas alterações no
Livro de Mórmon, desde sua publicação inicial em 1830.
De acordo com o texto, as alterações foram feitas pelo próprio Joseph Smith
Jr. Em publicações posteriores a original. São destacadas as seguintes alterações:

 891 mudanças para que o texto ficasse de acordo com o uso no inglês moderno.
 177 mudanças de exceder para excessivamente.
 162 mudanças de foi para era.

Se as alterações que esses defensores do livro de Mórmon estiverem corre-
tas, somente Joseph Smith Jr. fez 1230 alterações no texto original de 1830.
Questiono eu agora! Com que autoridade Joseph Smith Jr. alterou o texto? O
que tinha de errado? A tradução fora feita em que tipo de inglês? Clássico, arcaico
ou coloquial? A tradução fora mal feita? Morôni foi o culpado? Escreveu errado nas
placas de ouro? Ou Deus foi muito burro em não ter visto isso logo no inicio? Sim,
caso Deus tivesse ficado atento, poderia prever que qualquer erro gramatical, traria
muita dor de cabeça aos lideres da sua igreja futuramente.

236

Eu tenho aqui em casa alguns exemplares do livro de Mórmon em português
de diversas épocas. Há mais alterações nas últimas edições do que as que foram
feitas por Joseph Smith Jr., segundo os missionários mórmons colocaram na página
do seu site. As mesmas perguntas que fiz anteriormente servem para as alterações
que foram feitas pelos sucessores de Joseph Smith Jr. Raciocinem sobre isso.
Fica difícil para mim, ou qualquer pessoa que racionalize aceitar o livro de
Mórmon como a “verdadeira palavra de Deus”. Um livro que, segundo os membros
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, é considerado “o mais cor-
reto da terra”.
Só para lembrar, a suposta tradução era feita da seguinte forma: Joseph
Smith olhava para dentro de um chapéu e a frase aparecia como uma legenda de
filme. Ele então ditava ao escrevente, palavra por palavra. Caso a tradução não esti-
vesse correta, palavra após palavra, não surgia a nova frase. Então o que me chama
a atenção é o seguinte. Como é que Deus se enganou tanto assim? Como é que ele
deixou passar frases escritas erradas? Sem conotação gramatical que fizesse senti-
do aos tempos modernos? Já na época de Smith as frases não faziam sentido. Ele
alterou muitas delas para a facilidade da compreensão.
Será que Deus tem alguma coisa a ver com isso tudo? Será que não é mera
invenção da cabeça de um “picareta”? Uma pessoa ardilosa tentando ganhar lucro
com essa história toda?
Eu acreditei durante muitos anos no livro de Mórmon e em tudo o que o mor-
monismo ensina. Agora penso completamente ao contrário. Acho que tudo não pas-
sa de uma fábula. Uma história de contos de fadas. Uma história inventada por uma
mente doentia. Uma mente que almejava mais poder honra, gloria e status do que
propriamente ser uma ligação entre Deus e os homens.
Na realidade, acredito de forma consciente, que Deus nunca teve nada a ver
com o mormonismo. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não é,
absolutamente, a “única igreja verdadeira na face da terra”. Ela não tem nada de
especial, comparado com muitas denominações religiosas que seguem o cristianis-
mo hoje em dia. Está focada única e exclusivamente em lucro material. Dinheiro
através de dízimos e ofertas. Em compensação, aos fiéis, oferece, como as demais,
a benção. Caso o membro se negue a pagar o dízimo, terá a maldição de até mes-
mo ser queimado na segunda vinda de Cristo, conforme Doutrina e Convênios. Ou
seja, pague e será abençoado, não pague e será queimado. Espero que isto possa
ser útil para uma completa reflexão sobre o assunto. Julguem por vocês mesmos.
56


PRECISAMOS DE RELIGIÃO?

Hoje eu olho para trás, no tempo. Mesmo com o passar dos anos, ainda me
questiono. Como é que pude cair na conversa dos missionários? Aqueles que me
ensinaram as palestras em 1988? Como aceitei prontamente as palavras que me

56
Referencias:
http://www.missionariosmormons.org/26/mudancas_no_livro_de_mormon

237

proferiram? Porque eu precisava de uma religião? São perguntas respondidas de
maneiras diferentes, com respostas que podem ser traduzidas com realidades distin-
tas. Uma para a época do meu batismo, na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, outra para os dias atuais.
O blog www.sobreomormonismo.blogspot.com chegou à 200 postagens. Es-
crevi muitas histórias que vivenciei no mormonismo. Publiquei outras similares, de
pessoas que tiveram infortúnios parecidos com os meus. É impressionante como
existem casos parecidos ligados à religião. Ainda recebo diariamente muitos comen-
tários e e-mails de pessoas de diversos lugares. Uns agradecendo pelo trabalho e
pela coragem de me expor. Outros, me maldizendo. Isso não é novidade para vocês,
leitores do blog.
Dias atrás li que no Reino Unido, metade da população não tem religião. Esse
quadro é quase que generalizado nos países da Europa Ocidental, cerca de 40% se
declaram abertamente, não seguidoras de nenhuma doutrina religiosa. Nos Estados
Unidos da América, o percentual é de 16% da população. No Brasil estamos na casa
dos 10%, daqueles dentre a população, que não são membros de nenhuma organi-
zação eclesiástica ou que seguem doutrinas ditas religiosas.
O número parece crescer continuamente. Porque será que isso está ocorren-
do? Os Mórmons e membros de outras igrejas poderão afirmar que Satanás está
vencendo uma espécie de batalha, mas que no final, Jesus triunfará.
Ouso afirmar que não é nada disso. Nem Satanás está vencendo, nem Deus
está perdendo o controle das rédeas. As pessoas estão mais cônscias. Sendo mais
sábias, agem com maior interatividade, num mundo cada vez mais unido com a dis-
sipação da informação.
Pergunto-vos se hoje, com o progresso econômico e político alcançado por
diversos países, incluindo países da América Latina, as pessoas ainda precisam an-
dar de mãos dadas, com dogmas espirituais tradicionais?
Pelo que observamos nos estudos do IBGE e nas palavras de pessoas aten-
tas ao assunto, o Brasil e os países da América Latina, em alguns aspectos, estão
mais próximos dos padrões históricos da Europa, em que a Igreja Católica tradicio-
nalmente foi um monopólio imposto pelo Estado. Mas que agora perde terreno verti-
ginosamente.
No caso do mormonismo em si, que não é considerado religião, mas sim uma
seita, a situação fica dia após dia, um tanto mais desconfortável para a entidade e
seus dirigentes. Já falamos exaustivamente no blog, que como instituição financeira
e empresarial, o mormonismo é um respeito e que se não fosse pela burla, de se
apresentar sob uma bandeira eclesiástica e filantrópica ocuparia uma posição privi-
legiada, entre as maiores companhias ou empresas americanas.
Amigos que lêem o blog! Pergunto-vos: É necessário seguirmos alguma reli-
gião atualmente? Com tanta informação, conhecimento e tecnologia à nossa dispo-
sição? Será que não está na hora de darmos um basta nisso tudo e agirmos com
mais propriedade? Não podemos mais ser enganados. Só seremos enganados da-
qui para frente, se permitirmos isso. Ao encerrar meus trabalhos neste blog, agrade-

238

ço a todos os que me ajudaram de uma forma ou de outra. E lanço o desafio para
que todos possam ficar atentos.
Mesmo que discordem de minhas palavras, vigiai constantemente... para não
serdes enganados!

PROFETAS MÓRMONS AFIRMAM QUE A LUA É HABITADA!

Muitas pessoas não sabem. Especialmente os membros d’A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Joseph Smith Junior e Brigham Young, chama-
dos de “profetas” no meio Mórmon, afirmaram categoricamente que a lua é habitada.
E ainda, Joseph Smith Jr. descreveu até o vestuário de seus habitantes.
Cada vez que submetemos alguma afirmação de um desses “profetas” à luz
dos esclarecimentos, vem um membro mais alterado tentando descaracterizar ou
defender seu amado líder. Quase tudo que gerou polêmica no mormonismo foi de
uma ou outra forma, desmascarada pelo tem-
po e pela ciência.

Agora chegou a vez de mostrar que Jo-
seph Smith Junior, já no ano de 1837, afirmou
que a lua é habitada por homens e mulheres.
Ele disse que esses habitantes viviam quase
1000 anos. Isso mesmo! Segundo Joseph
Smith, os habitantes lunares vivem próximos
dos 1000 anos. Disse ainda que a altura des-
ses homens era algo em torno de 1,80 metros.
Continuando, segundo Joseph Smith Jr. As
roupas desses homens são uniformes, quase
no estilo dos “Quakers”.
Oliver B. Huntington nasceu em 14 de
outubro de 1823 em Watertown, no Condado
de Jefferson, Nova Iorque. Ele escreveu uma autobiografia, onde contou que conhe-
ceu o mormonismo por volta dos anos 1825 a 1826, antes mesmo de a Igreja ter
sido contabilmente estabelecida em 1830. Ele relata que gastou quase toda a sua
vida na causa do mormonismo. Como é costume no meio Mórmon, ele tinha um diá-
rio. Esse diário foi examinado por diversas pessoas. Lá tinha o seguinte conteúdo:

239

240


“Na minha bênção patriarcal, dado pelo pai de Joseph, o Profeta, em Kirtland,
em 1837, foi-me dito que eu deveria pregar o evangelho antes de eu ter 21 anos de
idade, que eu deveria pregar o evangelho aos habitantes das ilhas do mar, e para os
habitantes da lua,...”.

241

Muitos membros da Igreja, na ocasião, se surpreenderam com tal afirmação
de um membro Mórmon. Questionaram a veracidade desse fato, alegando que Jo-
seph Smith Jr. Jamais poderia ter falado tal absurdo.
A resposta veio pronta. Muitos membros começaram a divulgar no meio Mór-
mon que foram “os anti-Mórmons, estes, leram o diário de Oliver B. Huntington e
espalharam o boato falso, tentando desmoralizar Joseph Smith seu amado profeta”.
Então veio a cartada final. Em 1870 o sucessor de Joseph Smith Junior na
presidência da Igreja, Brigham Young,ensinou não só que a lua era habitada, mas
que o sol também era.
Em um sermão proferido no Tabernáculo de Salt Lake City, o Presidente Bri-
gham Young fez estas declarações inacreditáveis:
"Quem nos poderia dizer algo dos habitantes deste planeta que brilha à noite,
chamado de lua?... Quando vocês perguntarem sobre os habitantes dessa esfera
devem achar que os mais sábios são tão ignorantes em relação a ele como os seus
companheiros ignorantes. Assim também são em relação aos habitantes do sol.
Acham que é habitado? Prefiro pensar que ele é. Vocês acham que existe vida lá?
Certamente, ele não foi feito em vão.”(Diário de Discursos, vol. 13, p. 271).
A Seguir, uma fotografia do “The Journal of Discourses”, vol. 13, p. 271 con-
firmando o fato de que o Presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias, o “Profeta” Brigham Young ensinou que a lua era habitada, assim como o
sol. Este sermão foi dado por Brigham Young, no Tabernáculo, em Salt Lake City em
24 de julho de 1870. É difícil acreditar no mormonismo, por mais que queiramos. É
pedir demais para nós.
57



57
Referencias:
http://www.askgramps.org/who-was-o-b-huntington-in-mormon-church-history/
http://www.challengemin.org/moon.html
www.google.com.br

242



PROGRAMA “MÃOS QUE AJUDAM” DA IGREJA MÓRMON: S U-
PÉRFLUO E FÚTIL?

Recentemente li um artigo numa comunidade do Orkut, cujo tema do fórum é:
“Mãos que Ajudam” em Copacabana? Nesse artigo a pessoa comenta: “Não gosta-
ria de ser interpretada mal, minha pergunta não é uma crítica contra a boa intenção
de divulgação da igreja através do programa “Mãos que Ajudam” e sim um alerta
para que realmente possamos ajudar a quem precisa e não melhorar o que já está
bom e amplamente assessorado pelo governo...”

243

Em resposta, alguns citaram vários propósitos desse projeto mórmon “Mãos
que Ajudam”, entre os quais é a divulgação da religião mórmon na mídia, sendo até
mais importante que ajudar quem precisa.
Outras pessoas, até tentam justificar esse programa dizendo que as boas
obras não devem ser ou ficar escondidas do mundo.
A verdade é que a igreja mórmon utiliza a imagem de seus membros nesse
programa, que é realizado pelo menos uma vez ao ano, divulgando na mídia e pro-
curando economizar com propaganda, se é que gasta algum centavo com propa-
ganda.
Imaginem por exemplo, outras religiões que são realmente cristãs, como a
Igreja Católica, que tem suas freiras e voluntários dentro de hospitais, orfanatos e
asilos, praticando a filantropia sem divulgarem na mídia. Outro exemplo são as igre-
jas evangélicas que mantém hospitais, clínicas de recuperação para dependentes
químicos, orfanatos, asilos, etc. E os mórmons, o que fazem além desse “Mãos que
Ajudam”? Quanto investem em saúde, educação, recuperação de drogados? Ape-
nas deixam que as pessoas resolvam seus problemas dependendo única e exclusi-
vamente dos governos e confiem apenas em Deus? Deixam as pessoas necessita-
das esperando e esperando até que um pretenso milagre ocorra?
A verdade é que esse programa “Mãos que Ajudam” da Igreja Mórmon não
passa de uma enganação, onde as pessoas são usadas como cobaias para que a
Igreja Mórmon economize em propaganda e até passe na reportagem no Jornal Na-
cional e em outros tele-jornais.
É um programa supérfluo e fútil, como a questão no início do texto: realizadas
em locais de pessoas ricas e abastadas ao invés de irem numa favela e ajudarem a
construir casas e ajudarem crianças carentes de rua, ficam fazendo média com os
ricaços e esbanjadores da nossa sociedade, oferecendo projetos fúteis, onde o es-
tado atua (limpeza de praias no Rio de Janeiro, por exemplo), demonstrando a in-
sensatez da liderança mórmon.
Uma das últimas frases do fórum que citei, aliás, frase até irônica por um dos
mórmons é:
“porém que galardão tens em limpar o que já está limpo?” Se referindo a um
projeto supérfluo - “Mãos que Ajudam” - em Copacabana, local super limpo, mas
que os mórmons fizeram questão de aparecer na mídia, apenas por aparecer, igno-
rando as pessoas mais pobres e faveladas no Rio de Janeiro.
O ideal é que os mórmons abrissem suas luxuosas capelas e templos às pes-
soas humildes, oferecessem cursos e palestras à comunidade, coisas úteis e provei-
tosas, ao invés, de como disse outra pessoa sensata no fórum:
“porém novamente eu insisto: porque não fazer boas obras onde realmente se
precisam delas, garanto que isso vai trazer mais gratidão, notoriedade e satisfação
do que passar o pente fino em areia de praia limpa...”.
58


58
(Escrito por um outro Ex-Bispo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias)

244


PROVAS DO LIVRO DE MORMON NO MÉXICO?



Recebi via comentário recentemente um texto de um membro da Igreja Mór-
mon que não se identificou. Ele começa seu texto, provocando um debate. Segundo
ele, num comentário anterior em meu blog. Outro membro da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias afirmou que eu me esquivei de debater sobre a refuta-
ção do Livro de Mórmon pelo Smithsonian Institution, renomado museu americano.
Em suas próprias palavras: “Vocês gostam de debater com quem não tem
conhecimento e não estudam. Enchem o site de referências fajutas e não conse-
guem nenhuma prova, somente falam das suas vidas amarguradas de quando eram
mórmons. Ficaram cegos buscando perfeição nos membros e líderes e se frustraram
por saber e ver que tem tantos irmãos dentro da religião que são muito piores que os
que não acreditam em Deus”.
Resolvi fazer uma pesquisa rápida sobre arqueologia. Encontrei algo que tal-
vez possa contribuir para elucidar a mente dos membros da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias que vivem literalmente, enxergando “chifres em cabeça
de cavalo”.
Trata-se do Stela 5, um pequeno monumento esculpido numa pedra, encon-
trado em 1941 nas ruínas de Izapa, Chiapas, México. Desde então, muitos defenso-
res do Livro de Mórmon têm procurado evidencias que atestem que se trata de uma

245

representação do “sonho de Lehi”. Conforme descrito no Livro de Mórmon, 1 Néfi,
capítulo 8.
No ano de 1941, o Dr. Matthew W. Stirling liderou uma expedição do mu-
seuSmithsonian Institution, da cidade de Washington e da National Geographic So-
cietynuma exploração de vários sítios arqueológicos no sul do México, inclusive em
Izapa. Foram descobertos vinte monumentos de rocha esculpida. Esses monumen-
tos foram numerados. O monumento designado como Stela 5 era a maior e a mais
ambiciosa escultura que fora encontrada. Este é o nome correto "stelae" (rochas
com inscrições). Popularmente é chamado simplesmente Stela.
No ano de 1943, o Dr. Stirling publicou um estudo primário sobre o Stela 5.
Ele reconhece uma árvore, duas pessoas no outro lado, olhando para a árvore, seis
pessoas assentadas ao nível do chão, o rio de águas abaixo e muitos outros deta-
lhes. Entretanto, ele não faz nenhuma tentativa de interpretar o significado da cena.
Em 1951, entra em cena a Universidade Brigham Young de Provo, Utah. Uni-
versidade da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O Dr. M. Wells Jakeman, um arqueólogo da BYU, descobre aquilo que apa-
rentemente é o verdadeiro significado da escultura:
“Ela não é menos do que a representação da visão da Árvore da Vida de Lehi,
conforme apresentada no livro de Néfi no Livro de Mórmon, bem como apresenta
esse profeta no ato de contar sua visão aos membros da sua família reunidos em
baixo da árvore”.
Ele fez diversas futuras expedições financiadas pela Universidade Brigham
Young para Izapa. No ano de 1959, o Dr. Jakeman publicou e explicou a sua desco-
berta com elementos hieroglíficos interpretados como os nomes de Lehi e Néfi.
A euforia foi imensa no mundo Mórmon. Até que enfim fora encontrada uma
única evidencia que comprovava a autenticidade do Livro de Mórmon. A Universida-
de Brigham Young financiou diversas outras expedições até Izapa, no México. O Dr.
Jakeman participou de várias destas. Ele publicou posteriormente diversas monogra-
fias sobre os monumentos, mas tomou o cuidado de não mais mencionar paralelos
entre os achados e o livro de Mórmon.
Em 1961 a Universidade da Igreja Mórmon promoveu as maiores escavações
na região. Foram encontradas cerca de 60 Stelas. Mas nenhuma delas tinha parale-
lismos com a história descrita no Livro de Mórmon.
Por fim, a Universidade Brigham Young gastou uma fortuna em expedições
infrutíferas e desistiu definitivamente de ligar o monumento Stela 5 com o Livro de
Mórmon. Entretanto, a própria Stela 5 pode ser visitada pelos turistas sem qualquer
grande dificuldade. Ela está localizada a 20 minutos de carro da cidade de Tapachu-
la, num parque arqueológico que foi criado pelo governo mexicano para proteger as
ruínas e monumentos de Izapa. A própria localidade de Tapachula pode ser facil-
mente alcançada, saindo-se da cidade do México, seja de avião, carro ou trem.
Foi concluído pela Igreja Mórmon que o trabalho do Dr. Jakeman é "muito es-
peculativo e se baseia em muitos pontos fracos da lógica para ser aceito". A cena do

246

Stela 5 provavelmente tem algo a ver com um rei como intercessor do seu povo, não
oferecendo nenhuma conexão específica com o Livro de Mórmon.
Concluindo, apologistas populares mórmons que usam o Stela 5 estão, na
melhor das hipóteses, colocando “a carroça na frente dos bois”, e, na pior das hipó-
teses, contradizendo a sua melhor fonte de estudos, o livro de mórmon. Devo con-
cordar que o Stela 5 não é uma arma eficaz no arsenal da apologética Mórmon e o
projeto, juntamente com os estudos feitos devem permanecer arquivados.
59




QUE CONSELHO DISCIPLINAR CURIOSO!

Uma vez fui convidado a participar de um conselho disciplinar na minha esta-
ca, que teve um desfecho muito estranho, até mesmo para mim que estava acostu-
mado a ver todo tipo de bizarrices nesses tribunais. Eu na época era bispo e fre-
qüentemente me convidavam para compor o conselho. Eu costumava me sentir bem
por acreditar que aquele tribunal nos dava mesmo uma boa oportunidade de ajudar
alguém que tivesse caído em transgressão.

59
Referências:
http://www.ancientamerica.org/library/media/HTML/7smpi6yy/history%20of%20stela%205%20protugal
.htm?n=0
http://www.tektonics.org/qt/stela5.html

247

Eu sempre procurei ver o lado do transgressor e costumava considerar os fa-
tores sociais que contribuíam para tal situação, no intuito de ajudá-lo a superar a
situação.
Um conselho disciplinar é formado pela presidência da estaca e mais doze
sumo conselheiros, conforme Doutrina e Convênios seção 102, sendo que um sumo
sacerdote é convidado quando o sumo conselho da estaca não estiver completo. E
era por ai que eu entrava.
Uma Ação Disciplinar como são conhecidos esses tribunais da igreja SUD,
tem três objetivos: ajudar o transgressor a se arrepender, proteger os inocentes e
zelar pelo nome da igreja.
Pois bem, neste dia estávamos a analisar o caso de um rapaz que havia que-
brado o sétimo mandamento.
Esse rapaz estava casado com uma jovem, porém, foi descoberto que eles
haviam feito sexo antes do casamento. Caso considerado fácil, mas vejam o imbró-
glio:
Esse rapaz havia nascido na igreja no Estado tal. Onde após a missão que-
brou o sétimo mandamento com uma moça da sua ala.
Foi submetido então a uma Ação Disciplinar, onde foi punido com a desasso-
ciação, que é um dos dois resultados possíveis em uma ação disciplinar a outra é a
excomunhão. Na desassociação a pessoa é apenas privada de alguns privilégios de
membro por um período de tempo, enquanto cumpre metas de bom comportamento
impostas pelo Bispo.
Nesse tempo, ele manteve relações sexuais com outra moça e foi embora pa-
ra outro estado. Lá, ele se afastou da igreja e segundo ele mesmo disse caiu na
promiscuidade e ficou com várias mulheres inclusive com prostitutas. Depois de qua-
tro anos veio parar na minha estaca (fez cara de anjo, de ex-missionário) e começou
namorar uma jovem e bingo! Manteve relações sexuais com esta moça. E aí ele cor-
reu e casou-se com ela no civil e só então foi falar com o seu Bispo.
E por que foi falar com o bispo? Por que queria se casar no templo e estava
com a ficha suja, não tinha recomendação para o templo. E foi “arrependido” procu-
rar o bispo.
Bom, o conselho ouviu o rapaz e o seu bispo. Deliberou e fomos aos votos. E
todos estavam convencidos de que ele estava arrependido e prova disso é que tinha
até se casado, corrigindo o erro. O presidente da estaca e o bispo disseram que
sentiram o espírito santo na entrevista com ele, antes do conselho e tinham certeza
do arrependimento do rapaz.
Todos votaram pela absolvição até chegar em mim.
Daí eu fiz a seguinte pergunta: alguém se lembra dos três objetivos de estar-
mos aqui? Ajudar a pessoa do transgressor a se arrepender; proteger os inocentes
e zelar pelo santo nome da igreja? Vamos cumprir algum deles? Eu voto pela exco-
munhão para cumprirmos neste caso todas as três exigências. E não deveríamos
premiá-lo com uma recomendação para o templo depois de tudo o que ele tinha fei-
to.

248

Em seguida houve um silêncio...
E o presidente da estaca suspendeu o conselho e disse para orarmos e jeju-
armos mais... Que depois marcaria outro.
Até aí tudo bem, só que uma semana depois eu fui a uma conferência do sa-
cerdócio e o tal do irmão para a minha surpresa e espanto, foi anunciado como pre-
sidente do quórum da ala tal. E iria ser o regente na conferência.
Eu surpreso olhei para um membro do sumo conselho e disse: como? E ele
me sussurrou: “nós fizemos a outra ação disciplinar”. E eu perguntei: quando? E ele:
“no mesmo dia depois que você foi embora o presidente da estaca nos chamou de
volta e nós votamos denovo”.
Para a minha frustração fui enganado pelo meu líder a quem eu mais admira-
va e tinha grande respeito. E para a frustração deles e do “espírito santo mórmon”
que os orientara, dois meses depois o rapaz traiu a esposa e foi embora da cidade
deixando a moça aqui desolada.
E esse é um exemplo de como funcionam os tribunais presididos pelos “deu-
ses em perspectiva”.
60


QUEM CONVENCE? A RAZÃO OU A FÉ?

Constantemente tenho me preocupado em mostrar aos leitores do blog, os er-
ros contidos no Livro de Mórmon e na doutrina criada por Joseph Smith Jr. Pensei
em fazer uma série de postagens com alguns destes erros encontrados principal-
mente no Livro de Mórmon, que leve o leitor a ponderar mais sobre os meus questi-
onamentos, referentes a cada um destes desacertos. A própria Igreja, através da
sua liderança, tem tentado de todas as formas ocultar ou suprimir alguns pontos po-
lêmicos do livro, como as partes que expressam racismo ou preconceito racial.
A não ser que o próprio Presidente Monson declare que recebeu uma "revela-
ção" de Deus alterando a ortografia do livro de Mórmon, essas pequenas e gradati-
vas mudanças serão motivo de constantes críticas, principalmente por parte dos Ex-
Mórmons.
Cada membro ou adepto do mormonismo deve se questionar constantemente
sobre cada ponto da doutrina. A liderança expressa que o livro de Mórmon é
a “pedra fundamental” da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Pelo
que entendo com essas palavras, o livro de Mórmon é a base doutrinária da Igreja.
Sendo a base doutrinária, deve ser perfeito e analisado, colocado à prova. Seu con-

60
Fonte:
http://exmormon-theolafec.blogspot.com/2011/06/que-conselho-disciplinar-curioso.html
Sobre o autor dessa Postagem!
Entrei para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há 18 anos. Fui missionário de tem-
po integral por 2 anos, fui Pres. do Quórum de Élderes, Sumo-Conselheiro da Estaca, Pres. da Esco-
la Dominical, Líder da Obra Missionária, Pres. dos Rapazes, Sou formado no Seminário e Instituto da
Igreja. E por último servi por 4 anos como Bispo da minha Ala. Sou casado e selado no templo, tenho
filhos. Tudo caminhava naturalmente na minha vida como Sud, até que os meus olhos começaram a
se abrir e as falhas na doutrina, na história e no comportamento da Igreja não se sustentaram e me
afastei.

249

teúdo deve ser comprovado. Um sucessor e parente de Joseph Smith Jr. disse
que "se uma fé não suporta ser investigada e se seus pregadores e mestres têm
medo de que ela seja examinada, sua fundação deve ser fraca". (George Albert
Smith em The Journal of Discourses vol. 14).
A liderança Mórmon, desde Joseph Smith Jr. afirma que esse livro “é o mais
correto” de todos os livros. Joseph Smith Jr. relatou certa vez, que se uma pessoa
quiser se aproximar de Deus através da leitura de um livro, deve então ler o livro de
Mórmon. Isso o aproximará de Deus.
Então vêm meus questionamentos: Por que será que esse livro “tão correto”
tem tantos erros de ortografia? Mais de 4 mil correções já foram aplicadas “camufla-
damente” ou de forma discreta, sem que os membros pudessem perceber ou con-
testar? Deus se enganara ao ditar o texto aos seus escribas profetas?
O conteúdo do Livro de Mórmon é de difícil aceitação, principalmente de for-
ma racional. Qualquer pessoa que pense um pouco e que tenha algum entendimen-
to de história, geografia, ou conhecimentos gerais não pode simplesmente crer no
seu conteúdo, sem que entre em confronto com seu conhecimento acadêmico.
Recebi recentemente um e-mail de uma pessoa que se diz apologético da
doutrina Mórmon. Ele me desafiou a achar alguma falha na doutrina ou no livro de
Mórmon. Disse-me no seu e-mail: que se eu o convencer de que há falhas, ele me
pedirá desculpas pelos erros encontrados. Disse ainda que ele sabe que isso seria
impossível, porque a doutrina Mórmon é dependente de revelações e de interpreta-
ções das escrituras. Ou seja, segundo ele, a fé prova tudo. Agora, eu digo o mesmo
para ele ou outro Mórmon qualquer! Se um membro do mormonismo me convencer
"à luz da razão", de que a doutrina é correta, pedirei desculpas, por todas as pala-
vras que escrevi ou proferi contra essa doutrina.
A questão não é se eu estiver certo ou não. A questão principal é que os líde-
res do alto escalão hierárquico Mórmon (setentas, membros do Quórum dos 12
Apóstolos e os membros da Primeira Presidência) sabem que a doutrina é falha.
Sabem que o livro de Abraão é uma fraude. Sabem que a personalidade e caráter
de Joseph Smith Jr. foi duvidosa. Sabem dos erros doutrinários. Mas continuam in-
duzindo os prosélitos a esses mesmos erros e falhas.
Por que fazem isso a não ser com o objetivo de angariar lucro? Por que será
que não cessam com as mentiras? Por que permanecem nesse estado de corrupção
da personalidade humana? Crianças são geradas e criadas no mormonismo. Cres-
cem sob a bandeira de “uma verdade”, que na maioria das vezes, só vai trazer dor e
aflição para suas pobres almas. As mulheres nascem ou se convertem no (ao) mor-
monismo só para gerarem filhos. Só para sofrerem. Isso seria o reino de Deus? Isso
é correto?

QUEM É ESSE SUJEITO?

Isso, que está escrito abaixo, toda pessoa envolvida com o mormonismo de-
veria perceber por si mesma. Mas o que acontece na prática é totalmente o oposto.

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Aqui percebemos coisas absurdas, mas no meio do mormonismo, quando estamos
envolvidos com seus ensinamentos parecem que são coisas corriqueiras e normais.
Se um sujeito se aproximasse de você e lhe dissesse, com ar sério, que:
 Deus ultimamente tem falado pessoalmente com ele;
 Que ele tem uma mensagem importante para você, vinda de DEUS (apesar de
você saber que Deus tem ciência do teu endereço, do número do teu telefone. E
que se Deus achou que você seria merecedor de uma mensagem Dele, não acha
que Ele mesmo poderia facilmente dar-lhe a mensagem, pessoalmente?);
 A mensagem é que Deus quer que você faça tudo o que o sujeito diz, incluindo
dar a esse sujeito montes de dinheiro;
 Se você fizer isto, acontecer-lhe-ão coisas maravilhosas, mas a maioria delas só
terá lugar depois de você morrer;
 Ele lhe diz que Deus disse para ele toda espécie de assuntos importantes (mas
NÃO estão inclusas nestes assuntos, curas das pessoas com câncer, ou portado-
ras de uma simples gripe. Ou como escolher as melhores ações no mercado fi-
nanceiro para duplicarem num ano. Ou como pagar a dívida externa do país);
 Esse sujeito pode casar com 30 ou 40 mulheres ao mesmo tempo. Só ele pode
fazer isso. (VOCÊ não pode fazer o mesmo);
 Você não lhe deve fazer quaisquer perguntas, deve limitar-se a confiar nele. Caso
comece a indagá-lo será rotulado de apóstata ou rebelde;
 Se você fizer tudo o que ele diz, ele lhe contará um segredo que aparentemente
ninguém sabe. É uma senha para entrar no céu. Ele te mostrará através de algu-
mas palavras decoradas, um código e um aperto de mão secreto. Com a posse
dessas palavras e sabendo sobre esse aperto de mão secreto, você poderá ser
conduzido ao céu;
 Então, depois de você morrer e ir para o Céu, poderá organizar e governar o seu
próprio mundo, com bilhões de criaturas, que serão os seus filhos espirituais
(apesar de no presente momento, você não conseguir nem sequer organizar
qualquer documento, num escritório. Não saber preparar pessoalmente seus pa-
gamentos de impostos. Não saber reparar o carburador do seu carro que você
nem tem interesse em aprender. E ainda, não saber absolutamente nada de as-
tronomia, física quântica ou matemática avançada, e nem conseguir controlar os
seus três filhos);
Se alguém lhe dissesse tudo isto, você não ficaria um pouco desconfiado? E
não pensaria que essa pessoa seria um lunático ou um charlatão? Você não fugiria
dessa pessoa rapidamente? Acredito que sim. Mas muitos milhares, no século XIX
seguiram o sujeito que disse exatamente isso a eles. Esse é exatamente um resumo
da história de Joseph Smith Jr. Esse é o nome do sujeito: JOSEPH SMITH JR.
61



61
Esta página da web não tem direitos autorais! Foi escrita por Richard Packham, no si-
te: http://www.starbacks.ca/observa3/nutshell.htm. Adaptado por Antonio Carlos Popinhaki.

251

QUER SABER A VERDADE SOBRE O MORMONISMO? NÃO PE R-
GUNTE A UM MÓRMON!

Interessante que é justamente isso que o mormonismo ensina. Que se al-
guém quiser saber a verdade sobre o mormonismo, deverá perguntar a um membro
da Igreja. Ele deverá ensinar muitas coisas. Pelo que se supõe qualquer membro,
está familiarizado com os procedimentos doutrinários e deverá encaminhar o pes-
quisador por um caminho que leva até os missionários. Os líderes da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensinam aos seus membros:
“Se alguém disser: Bem, eu li no blog tal, (por exemplo:
www.sobreomormonismo.blogspot.com) que os Mórmons acreditam em tal e tal as-
sunto”, então diga a este alguém para ignorar tal blog, porque é um blog apóstata,
feito por um apóstata, que saiu do meio do mormonismo e é escrito por uma pessoa
amargurada. Além do mais, esse autor odeia os Mórmons. Por isso, só escreve
mentiras sobre o mormonismo. Diga-lhe ainda, que a única maneira de aprender a
verdade sobre os Mórmons é pedir para um Mórmon! Ninguém mais do que um
membro da Igreja para ensinar sobre o verdadeiro mormonismo!”

Sei que isso acontece! Não é fantasia ou ficção. Sei disso porque aqui na mi-
nha cidade, eu mesmo tive a comprovação com alguns membros da Ala Curitibanos.
A ordem é ficar bem longe da minha pessoa. “O Popinhaki é atualmente uma má
influencia”. Tempos atrás, eu soube que foi expedido um tipo de conselho pelo bis-
pado da Ala Curitibanos para os membros. A essência era mais ou menos as-
sim “Não conversem, não visitem, não se envolvam com o Popinhaki. Ele não é mais
membro e está fazendo o trabalho de Satanás. Ele agora está muito amargurado e
quer destruir a Igreja”.
Quem me contou isso é um membro que ainda frequenta as reuniões. Ele pe-
diu para não ser citado aqui, mas disse que eu poderia publicar isso.
Já estou ficando cansado de repetir que não tenho nada contra nenhum
membro da Igreja, seja da Ala Curitibanos ou de qualquer outra Ala. Minha bronca é
contra a doutrina Mórmon e não contra os membros. Não tenho rancor, não sou
amargurado contra ninguém. Não estou em busca de nenhuma vingança. Ninguém
me fez mal algum, porque eu iria querer me vingar?
Nenhum líder Mórmon pode dizer pretensiosamente, que esse blog é um blog
apóstata. Seria um blog apóstata no sentido de mostrar conteúdo contrário ao ensi-
nado pelo mormonismo. Mas como o conteúdo da doutrina denominada mormonis-
mo não é verdadeiro, então não é um blog apóstata.
Perguntar aos membros da Igreja sobre o mormonismo será pura tolice. A
maioria não sabe absolutamente quase nada sobre o verdadeiro mormonismo. Na
maioria, nem os missionários que nasceram na Igreja sabem. Por exemplo: Não sa-
bem sobre as verdadeiras intenções e obras de Joseph Smith Jr., não sabem sobre
as empresas da Mórmon Inc., não sabem quanto a igreja arrecada e quanto gasta
do dinheiro dos dízimos em altos salários e mordomias com seus líderes e funcioná-

252

rios do SEI, que fazem um trabalho insignificante em troca dessa remuneração. Não
sabem que já foi mais do que provado cientificamente (inclusive com testes de DNA)
que o livro de Mórmon é uma fraude. Não sabem que a Igreja teve e tem tendência
preconceituosa, racista e homofóbica. E por aí vai. Os membros Mórmons não po-
dem ser as pessoas ideais para ensinar sobre o mormonismo, simplesmente porque
estão cegados por força da doutrina.
Por isso, existem blogs e sites que são de autoria de pessoas que viveram
dentro do mormonismo e que estão tentando mostrar a todos o que é a doutrina.
Posso afirmar que ela é perigosa.
O problema nem seria se você vai à Igreja de vez em quando. O problema é
que a doutrina te amarra de uma maneira que você fica acreditando que é verdadei-
ra e se te disserem que “pau é pedra”, você acredita. Isso não tem nada a ver com
burrice ou inteligência. Uma vez que você está lá dentro. Não importa mais nada, só
o que os líderes te mandam fazer, comer ou beber, vestir. Até as roupas íntimas dos
membros a igreja controla. Quer que os membros só usem roupas vendidas por su-
as empresas têxteis.
Então, se você quiser saber a verdade sobre o mormonismo, não pergunte a
um membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Leia nos blogs e
sites que foram escritos por Ex-Mórmons.

QUESTIONAMENTOS DE UM PORTUGUÊS!

Olá queridos leitores deste blog:

Depois de ter lido o comentário de todos, não posso deixar de dar minha opi-
nião. Sou membro da (Igreja) SUD há 3 anos. Embora esteja determinado em não
frequentar mais, mas também não concordo com algumas críticas, (...) todos tem a
livre escolha de seguir seja qual for a religião, e a maioria tem muitas coisas boas.
Aprendi muito nestes 3 anos (...).
Antes de conhecer a (Igreja) SUD, eu era evangélico. Acredito na oração, e
foi isto que me livrou da antiga doutrina (...). Mas considero impossível seguir as rí-
gidas leis e regras da (Igreja) SUD. Pois tudo é pecado, tudo é proibido. Pecado se-
xual é abominável, fácil é para quem é casado pregar isso. Sendo todos casados,
pelas leis da igreja quem não se casar terá de viver no celibato até a morte! Isso é
um ato de insanidade. Como alguém pode ser feliz vivendo assim? Como impor isso
há todos os membros solteiros? Não tomar café é o de menos. Como impor o do-
mingo santo para quem trabalha todos os dias durante o ano e só tem folgas no do-
mingo? É por isso que os que permanecem tem toda a família na igreja, é fácil!
Mas o que me intriga, é sermos (...) obrigados a ler as escrituras todos os dias
etc. Isso é condicionar as pessoas a pensarem da mesma forma. Aliás, as igrejas
são peritas nisso. Mas se tudo isso nos trouxesse alegria, pelo contrário, há momen-
tos que sufoca e nos torna pessoas infelizes. Às vezes falo com DEUS e digo-lhe
que preferia não ter nascido, a viver sob um julgo de escravidão sem fim.

253

Como explicar para membros SUD entre outros que o mundo está cheio de
pessoas felizes e prósperas, que nunca frequentaram igrejas? E mais; são pessoas
extremamente bondosas. E tem membros de igrejas que lutam contra depressão,
frustração, etc. Realmente isto me intriga profundamente, hoje tenho minha opinião
formada: as pessoas estão a buscar DEUS dentro de 4 paredes, por isso entregam-
se de corpo e alma. Se a verdadeira felicidade consiste em estar dentro de uma igre-
ja, então todos os que não são "crentes" jamais poderiam ser felizes, prósperos etc...
Será que esse é o preço da salvação? Ser infeliz? É o que muitos acreditam (...).
Será que DEUS em sua infinita bondade irá castigar e destruir as pessoas só por
que não se "converteram" dentro de uma igreja?
As pessoas pensam diferentes, agem diferentes, é possível condicionar as
pessoas a pensarem de maneira igual? Sim, é possível! E isto é o mais perigoso, o
que traz felicidade para uns pode não trazer para outros. É possível permanecer em
algum lugar mesmo sendo infeliz, com medo de ser condenado por DEUS? É assim
que muitos vivem. Na minha mente isto é inconcebível! Faria DEUS tal coisa? O li-
vre-arbítrio é ser livre e feliz! Claro, respeitando os outros e fazendo o bem!
(...) o mundo já está cheio de "brigas" religiosas, seja por fanatismo ou inte-
resse. Mas se eu for enumerar os motivos que me levaram a tomar esta decisão são
muitos, primeiro deles, acredito nas palavras de Deus (bíblia), pelas profecias já
cumpridas e pelas provas arqueológicas, etc...
Só uma pessoa completamente insana não acredita na bíblia, apesar de ha-
ver diferentes traduções com alguns erros, o que não a invalida de forma alguma!
Mas é intrigante em relação ao livro de Mórmon! Até os dias atuais nunca foram en-
contrados vestígios de civilizações, nem do idioma que supostamente foi traduzido,
nada absolutamente, mas a responsabilidade é somente de quem fará a oração e
perguntar sobre o livro, independente de ser falso ou não! Ou seja, a igreja não tem
responsabilidade alguma, se a resposta não se confirmar. A culpa é da pessoa. Ora,
alguém já orou e perguntou se a bíblia é falsa? Mesmo por que tenho motivos para
acreditar em resposta falsa, pois convivi durante anos em doutrinas que diziam ser
de Deus, mas que eram enganadas por espíritos enganadores. (...) As pessoas que
lá estão juram que é de Deus. Ninguém as convence do contrário. Portanto! Quem
pode garantir que o "testemunho" é verdadeiro? É um tanto presunção dizer: “esta é
a única igreja "verdadeira" da face da terra, e as outras são todas corruptas como
está escrito no testemunho de Joseph Smith”.
E todos os membros aceitam, pois é proibido questionar, independente do
que diz a bíblia, pois o livro de Mórmon é o (Livro) mais correto de toda a face da
terra como está "escrito" mesmo que não haja prova alguma disso. E ai daquele que
rejeitar. Será condenado.
Mas o que intriga mais ainda é o facto de Joseph Smith ter sido maçom por 2
anos, depois de a igreja já existir! E depois usar os mesmos símbolos, rituais, inves-
tiduras etc.. E o facto dos homens casarem-se com várias mulheres no templo. O
chamado: casamento celestial, nunca engoli isso. Se tudo é por "revelação" será que

254

nem DEUS sabe qual será a esposa na eternidade? Ou será que na eternidadeha-
verá poligamia?
Espero não ofender ninguém SUD, talvez eu esteja realmente "enganado".
Ma vi coisas muito estranhas. Há alguns anos quando estava no RJ, conheci 2 líde-
res (Presidentes) de Missão: o lugar onde viviam eram aptos de luxo. Verdadeiras
coberturas, com carros importados! Não que eles não mereçam, mas os pobres mis-
sionários andam de sol a sol. Alguns com sapatos furados, (pois não tem $ para
comprarem) e comem na casa dos membros, o que é um fardo pesado para muitos,
pois nem todos têm condições financeiras para dar almoço!
Será que a igreja não tem $$ para alimentá-los? Mas os líderes vivem no ex-
tremo luxo e certamente devem comer o melhor! Gastam milhões de dólares cons-
truindo templos, também nunca engoli isto! (...) Mas quando leio a bíblia, vejo exem-
plo de apóstolos humildes, repartindo o pão com os necessitados etc...
É difícil aceitar isto! Sem falar das injustiças que já presenciei! Já vi casos de
excomunhão (por uma suposta traição no casamento) sem prova alguma! Mas tudo
é por "revelação" vi um caso de uma mulher que era casada com um líder da estaca,
este falsificou uma assinatura para não dividir os bens! Nada lhe aconteceu, pois é
"líder". Resultado: ela abandonou a igreja, óbvio! Como eu disse; nunca irei compre-
ender certas coisas! encerro minhas palavras.
Que Deus abençoe a todos!
Cleber Azevedo
Lisboa/Portugal

QUESTIONAMENTOS....

A postagem a seguir, veio de uma pessoa que ajuda muito aqui no blog. Ela
mora no Estado de Utah. Isso mostra para os membros do mormonismo do Brasil,
que Utah não é o céu, como muitos pensam. Aliás, o céu passa bem longe desse
lugar.

Uma das coisas que nunca compreendi bem é a posição da igreja Mórmon re-
ferente ao pecado do Rei Davi. A igreja é firme quanto a isso: Davi perdeu o grau
mais alto de glória que é o Reino Celestial. Isso é ensinado a todos, inclusive quan-
do eu fazia aulas de instituto cansei de ouvir declarações desse tipo. Porém, como
explicar o Livro de Salmos, onde é cheio de dor e angústia relacionado ao processo
de arrependimento do Rei? A própria bíblia é uma testemunha real que Davi se ar-
rependeu. Porque então, os Mórmons se baseiam em declarações falsas para au-
mentar e engrandecer a doutrina deles? Vejam bem, Davi traiu e planejou a morte
de Urias (apenas de Urias). Ao mesmo tempo temos o exemplo de Hitler que matou
milhões de judeus e foi batizado e selado no templo Mórmon. A igreja, como sem-
pre, tem desculpa prá tudo, e para isso, eles dizem que a pessoa tem que ter a
"oportunidade" de passar pelo templo, mesmo não recebendo a exaltação que é o
Reino Celestial. Estranha contradição!

255

Outra coisa é: Se a igreja é verdadeira, como eles afirmam ser, por que o pro-
feta na época, não recebeu revelação dando um basta nos casamentos de solteiros
mortos? Prá quem não sabe, logo nos primeiros anos da igreja era possível selar
jovens solteiros. Por exemplo: Naquela época, mães com filhos que faleceram sem
ter a oportunidade de um casamento, faziam amizade com outras mães que tiveram
filhas solteiras falecidas. Essas famílias então trocavam dados e os selamentos
eram feitos para "toda a eternidade". Se era para toda a eternidade, por que foram
extintos? Como assim? Os jovens que morreram sem conhecimento um do outro,
foram “desselados” ou continuam “selados”, se essa prática foi extinta? Com o tem-
po o "profeta" viu que a brincadeira não deu certo? Estranho! Os Mórmons fogem da
verdade “como o diabo foge da cruz”. Doutrinas antigas, mal ensinadas, são escon-
didas dos olhos atuais. Joseph Smith e seu livro de Mórmon contém mais aparições
e fantasias , do que a bíblia inteira. Ganha até da igreja católica com a Virgem Maria.
A igreja Mórmon tem uma arma muito grande pra atrair seus fiéis. Essa arma
é a família. Noite familiar, estudo das escrituras, lazer, atividades na igreja, tudo isso
é muito belo e bonito, o que atrai as pessoas nos primeiros anos ao mormonismo.
Se ficasse nisso seria bom, mas o que frustra são as mentiras, as invenções, o en-
gano. Se eu fosse uma autoridade geral da igreja teria vergonha de afirmar certas
coisas, como por exemplo, dizer que os três nefitas e João do Novo Testamento não
morreram e continuam a fazer o trabalho de Deus na terra. Então é necessário que
esses personagens não tenham descanso, enquanto o profeta e presidente Mórmon
anda se embelezando e cuidando dos negócios ($$$) de Sião? A igreja afirma que
os três nefitas e João do novo testamento continuam vivos, terminando a "obra de
Deus" na terra. É vergonhoso enganar o povo assim, mas pudera. Se não fosse a
"doutrina profunda", como venderiam seus best-sellers? Outro dia no WalMart vi um
livro de Thomas Monson, por nada mais nada menos, que $50,00 dólares. Um livro
menos popular que a Bíblia ou o fantasioso Livro de Mórmon por CIQUENTA DO-
LARES? Mas se o livro fala do profeta VIVO, tem que custar mais mesmo. Os outros
já morreram... Nem livros que contam biografias dos homens mais famosos da histó-
ria (incluindo Jesus Cristo) custa tanto assim. Assinar a “National Geographic” ou
qualquer revista de conhecimento secular, está mais barato nos EUA. É disso que a
igreja depende. Cada palavra, cada citação, cada doutrina (mesmo sem pé nem ca-
beça) significa muito para os bolsos gordos da igreja. Gostaria de falar mais, inclusi-
ve da característica que Joseph Smith atribuiu ao apóstolo Paulo, em seu livro "En-
sinamentos do Profeta Joseph Smith", mas vou deixar isso para um próximo post, se
o Antonio assim me permitir. Por hoje, gostaria que os Mórmons com suas convic-
ções, além de prestarem seus testemunhos, respondessem essas questões prá
mim. Certamente vocês, com a fé que têm podem orar e perguntar a Deus, sobre a
veracidade dessas coisas. Aguardo ansiosa por respostas.

QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A REVELAÇÃO MÓRMON!

256

Dizem os membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
que seus testemunhos consistem num sentimento que é revelado pelo Espírito San-
to. No entanto, esse sentimento não é diferente daquele que todos os humanos
também possuem. Quer estes sejam filiados a uma igreja ou não.
Se você for um membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias e pensa que tem um testemunho que mais ninguém tem, a não ser os seus co-
legas, membros da sua mesma igreja, veja o quanto você está induzido em erro.
Porque em todo o mundo qualquer pessoa obtém esse sentimento e essa luz a que
você chama de testemunho. Não se deixe enganar. Se acreditares que existe um
Deus, e se acreditares em toda a sua majestade, certamente não deve achar que
Ele somente volte seus olhos para vós e que é o único perante Deus. Não é mais
filho que outros humanos perante Deus.
E aqui está o grande erro e engano da doutrina dos Santos dos Últimos Dias:
O Espírito Santo não se revela a uns e foge de outros, porque se o fizesse, teríamos
todo o direito de chamar Deus de injusto. Se isso fosse verdade, Ele se revelaria a
uns, mas não a outros? Seguindo a orientação da bíblia, Deus é justo e “dá a todos
de igual forma e não o lança em rosto” (Tiago 1:5).
Portanto, amigo membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, não se deixe enganar por esse sentimento do qual lhe ensinaram a dizer que é
um testemunho verdadeiro. De fato, você pode ser testemunha e testemunhar no
que acredita, mas nada nesse sentimento que lhe dizem que você recebe uma reve-
lação divina e imutável. E assim é. A menos que se deixe levar pelo engano.
Se pergunte: Será o meu testemunho, um testemunho sensato? Será um tes-
temunho que responde ao que quero ouvir, mas não responde às outras questões
elementares? Se pegarmos dois ou mais membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias e pedirmos para orarem a respeito de algumas questões.
Eles receberão respostas contrárias, dizendo que foram inspirados pelo Espírito
Santo. Vejamos:

Questões com respostas diferentes

DEZ QUESTÕES A SEREM COLOCADAS A DOIS OU MAIS MEMBROS D’A
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS PARA COMP A-
RAREM AS RESPOSTAS OBTIDAS:

1. Como surgiu a humanidade? Da evolução dos macacos? De Adão e Eva?
De nenhum dos dois?
2. Sendo importante para as nossas vidas terrenas e espirituais, qual a ten-
dência política que devemos optar? Direita, Esquerda, ou Centro?
3. Porque nenhum profeta membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias até hoje traduziu corretamente a Bíblia? Porque não revelam ao mundo
a Bíblia completa e imaculada?

257

4. Pode uma pessoa sem arrependimento no coração entrar nas águas ba-
tismais, e ao levantar-se, ser limpo de todos os seus pecados? Isto sem arrependi-
mento de coração.
5. Todos nós, bons e maus, quando morremos vamos ao encontro de Deus e
depois vamos para o mundo espiritual (Alma 40: 11). É justo os mortos receberem o
batismo depois de terem estado na presença de Deus e os terrenos não? Não seria
mais justo para os vivos nunca terem encontrado a igreja e se batizarem?
6. Sendo nós humanos e imperfeitos, é possível que alcancemos algo em nós
que seja perfeito? Cabe alguma coisa perfeita dentro dum corpo imperfeito?
7. Se a tradução do livro de mórmon foi correta e verdadeira, palavra por pa-
lavra, dada a Joseph Smith, porque então foram feitas mais de 3000 alterações em
seu texto original? Deus se enganou?
8. (Morôni 10: 6) Tudo que é bom é verdadeiro?
9. A excomunhão da igreja é uma excomunhão que pode ter validade para to-
da a eternidade sem alternativa de voltar atrás. Uma vez que a igreja pode exco-
mungar porque também, não pode perdoar os pecados como refere em João 20:23?
Porque nenhum Presidente da Igreja sucessor de Joseph Smith, ou outra autoridade
Geral da Igreja perdoou publicamente pecados? Eles não têm esse poder?
10. Porque para Deus, Joseph Smith precisava de meninas para praticar a
poligamia? Porque não são reveladas essas coisas aos membros da Igreja atual-
mente? Porque a Igreja esconde dos membros uma infinidade de verdades sobre o
seu estabelecimento? E porque será que os membros são desencorajados a lerem e
estudarem sobre o assunto?

Tenho certeza que se fossemos computar as respostas, elas seriam diferen-
tes. Haveria certa porcentagem para uma ou outra. Não podendo nem os próprios
membros chegar a um consenso. Como podemos perceber a revelação e o teste-
munho, que os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, se
referem, não passa de uma fraude. Uma técnica de manipulação para aprisionar o
incauto e ignorante. Pensem bem nisso, antes de proferirem um testemunho público.

RAZÃO X CEGUEIRA!

Tento ser o mais educado possível em rebater as provocações dos membros
da Igreja SUD. Estou falando das ofensas pessoais. Ultimamente, alguns anônimos
têm postado comentários no blog, com palavreado e conduta, que não condizem
com as características de um membro, da “única e verdadeira igreja de Jesus Cris-
to” na terra. Ouso afirmar, que se trata de membros da Igreja SUD que escrevem de
forma anônima, essas ofensas.
Enquanto a maioria dos Ex-Mórmons escreve comentários e colocam seus
nomes, alguns membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
possivelmente, num ato de covardia e medo agem às escuras.

258

Dirijo-me sim aos “Santos dos Últimos Dias”, que escrevem dessa forma. Não
precisam se preocupar. Não os amaldiçôo, não farei feitiço algum contra vós, nem
lhes rogarei pragas. Não tenho a intenção de vingança ou outra atitude parecida
contra nenhum membro da Igreja SUD. Somente gostaria que os assuntos fossem
debatidos dentro de uma racionalidade. E que vocês pudessem avaliar melhor os
fatos antes de escreverem impulsivamente contra o autor das postagens, num ato
desesperado de tentar preservar a integridade de vossa religião. Ao agirem de forma
inadequada, a imagem da Igreja de vocês será mais manchada ainda. Não sei se
vocês me entendem ou não.
Estou começando a acreditar, de forma muito convicta, de que nem mostran-
do os fatos reais será possível romper esse véu de cegueira e entendimentos que
estão mergulhados. Um exemplo, bem fácil, de me fazer entender foi a postagem
sobre as“esposas adolescentes de Joseph Smith Jr.”Mostrei um gráfico, que foi feito
a partir das informações colhidas pelo serviço de censos americano, sobre a idade
média do primeiro casamento naquele país, desde os anos 1800 até 2005. Tudo es-
tá bem explicado e evidenciado. Mas apareceu um anônimo e escreveu isso:

“Noooossaaa, que edificante...:/ Não sabe que antigamente, era costume as
mulheres casarem-se cedo? Então nossos avós e bisavós eram todos pedofilos??
Faz-me rir tanta asneira”.(Anônimo)

Sobre os Garments Mórmons, alguém escreveu:
“vc vai para o inferno...085 3275 1760”. (Anônimo)

Um membro da Igreja SUD copiou da internet, de sites apologéticos Mór-
mons, uma imensidão de textos e referencias. Copiou também textos de outros sites
apologéticos Mórmons. Colocou todo o material, em forma de comentários no blog
fazendo alusão à pedra “Stella 5”, encontrada em Izapa, México e a um sítio arqueo-
lógico “Maia”, na Guatemala, chamado “El Mirador”. Ele alegou serem evidências do
Livro de Mórmon. Eu tinha conhecimento desse material há anos, refutei imediata-
mente! Disse-lhe que esses assuntos já foram exaustivamente estudados e comba-
tidos por pessoas que estão fora do mormonismo. Não há ligação entre o povo Maia
e os Nefitas. A pedra “Stella 5” também não tem ligação alguma com o Livro de
Mórmon. Referenciei com vários endereços que já foram publicados sobre o assunto
na internet, inclusive escrevi que eu mesmo, já havia postado sobre isso anterior-
mente. Então veio a resposta:

“Eles não querem continuar, porque inventam outros tópicos, tentando fugir
desse, desviando a atenção a esse assunto a outro. Por que? Por que foram derro-
tados, com uma chuva de informações, que certos dizem já ter lido algo dessas in-
formações, mas enquanto não estudarem com vontade, tudo o que proferi aqui, ne-
nhum deles irão responder, percebe-se que todas as questões e assuntos que dei

259

ênfase, somente uma única vez, uma pessoa respondeu, mas logo depois já desvi-
ou-se do assunto. Perdedores”.

Parece que o membro SUD que escreveu esse comentário, não consegue en-
tender o que está escrito sobre esses assuntos. Só consegue ver um lado dos fatos.
Somente o lado dos apologéticos Mórmons.
Vou revelar um segredo aqui e agora aos membros SUDs. Eu bem que gosta-
ria que vocês estivessem certos. Por isso vivi o mormonismo e agora estou vivendo
o pós-mormonismo. Então, se eu tivesse alguma evidencia de que o Livro de Mór-
mon ou a doutrina Mórmon fosse verdadeira mesmo, acham que eu não a reconhe-
ceria? Pararia imediatamente de escrever neste blog e me renderia à evidência.
Mas, não há nada que encontrei que me convenceu ao contrário. Após eu ter saído
do mormonismo, não encontrei nada que me fizesse cambalear e voltar atrás.
Portanto, continuarei. Dia após dia! Até alcançar meus objetivos com este
blog. Até me cansar de escrever. Quando isso ocorrer, terei muito material publicado
que ajudarão muitos pesquisadores a não cair nas garras da doutrina Mórmon.

RELIGIÃO ATROFIA O CÉREBRO, REVELA ESTUDO DA UNIVERS I-
DADE DUKE!

Eu já tinha uma desconfiança quanto a esse assunto há muitos anos. Sempre
percebi que os religiosos ficam mais infantis, tendenciosos a superstições e a acredi-
tar em contos de fadas.
Sem falar especificamente de qualquer religião, ouso em afirmar que os maio-
res consumidores de filmes do gênero Harry Potter e Crepúsculo são religiosos. A
escritora Stephenie Meyer é uma dona de casa Mórmon.
Na minha cidade de Curitibanos é mais do que comum vermos jovens Mór-
mons comentando sobre os filmes do gênero: Senhor dos Anéis, Crepúsculo, Lua
Nova e Harry Potter.
Esses são filmes que não transmitem nada de conteúdo instrutivo aos expec-
tadores, apenas os levam a um mundo imaginário, com pessoas ou animais irreais.
Mas voltando ao tema principal da postagem de hoje. Um estudo do Centro
de Saúde da Universidade Duke (EUA) concluiu que o hipocampo de pessoas religi-
osas diminui com o tempo, de forma similar com o que ocorre com o cérebro de por-
tadores do Mal de Alzheimer.
A função do hipocampo, que fica nos lobos temporais, ainda não foi totalmen-
te mapeada pela neurociência, mas já é certo que é fundamental para a retenção da
memória e locomoção das pessoas no espaço. Pesquisas recentes comprovaram
que parte dos esquizofrênicos apresenta anormalidade nessa região do cérebro.
Amy Owen, coordenadora do estudo, informou ter usado ressonância magné-
tica para medir o hipocampo de 268 homens e mulheres de 58 anos a 84, entre os
quais crentes e não religiosos. A faixa etária é alta porque o objetivo inicial do estudo
era avaliar os efeitos da depressão no cérebro de idosos.

260

Amy reconheceu que a complexidade do cérebro e o pequeno número de
pessoas examinadas podem comprometer o estudo, mas ainda assim ela acredita
que as conclusões estejam na direção certa.
Uma das possíveis causas da atrofia do cérebro nesse caso, segundo ela, é o
estresse dos crentes em consequência, entre outros fatores, do conflito de seu com-
portamento com o que prega a igreja e do temor de ser punido por
Deus. “Transgressões religiosas podem originar angústia e desequilíbrio emocio-
nal”. O estresse libera um hormônio que diminui o hipocampo.
No mormonismo tem muito dessa pressão psicológica. “É pecado isso”, “é
pecado aquilo”. Isso faz parte da doutrina. Se sair dos trilhos, o membro pode entrar
em parafuso, pois acha que está se afastando da presença de Deus.
A estudiosa informou ainda que a diminuição do hipocampo se apresentou
mais acentuada em determinados grupos de religiosos, destacando-se, pela ordem,
protestantes e católicos.
O estudo foi publicado pela Universidade em março e agora comentado pela
revistaScientific American.
A Universidade Duke fica em Durham, no Estado da Carolina do Norte. Ela
está entre as 10 melhores dos Estados Unidos.
62


RELIGIÃO E RACISMO!

O assunto é muito conhecido por todos, principalmente pelos membros e ex-
membros da Igreja SUD que têm mais de 40 anos na igreja. Membros e ex-membros
de certa idade, certamente atestarão que os fatos aqui revelados refletem
a verdade. Eu mesmo, já falei superficialmente do assunto aqui no blog anterior-
mente. Brigham Young, o segundo presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, na sua época, fez duras declarações racistas. Na ocasião, aIgreja
possuía um jornal, onde os líderes Mórmons escreviam e comunicavam despreten-
siosamente, aos membros, “a vontade de Deus”. O nome deste jornal era “TheJour-
nal of Discourses”, ou Jornal dos Discursos. Hoje, qualquer pessoa pode acessar
seu conteúdo on line. As mensagens estão disponíveis a todos, no endere-
ço:http://www.journalofdiscourses.org
Vejamos algumas palavras do “Profeta de Deus”:
"Observem algumas classes da família humana,refiro-me aos negros. Eles
são toscos, feios, desagradáveis e baixos em seus hábitos. São selvagens, e apa-
rentemente, privados de quase todas as bênçãos de inteligência, que é normalmen-
te, concedida a humanidade. O primeiro homem que cometeu um crime hediondo de
matar um de seus irmãos foi amaldiçoado por muito mais tempo, do que qualquer
outro dos outros filhos de Adão. Caim matou seu irmão. Caim poderia ter sido morto.
Se fosse, teria posto um fim nessa linhagem de seres humanos. Isso não era para

62
Fontes:
http://www.paulopes.com.br/2011/05/religiao-atrofia-o-cerebro-revela.html
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=religious-experiences-shrink-part-of-brain

261

ser assim. Então o Senhor colocou uma marca nele, que é o nariz chato e pele ne-
gra. Analisem a humanidade até após o dilúvio. Vejam que depois do mesmo, outra
maldição foi pronunciada sobre a mesma raça – que deveria ser o "servo dos ser-
vos", ou escravidão. Isso será, até que a maldição seja removida. Os abolicionistas
não poderão ajudá-los, e nem ao menos alterar o decreto de Deus. Quanto tempo
será a corrida para suportar a terrível maldição que está sobre eles? Essa maldição
permanecerá sobre eles, e eles não podem receber o Sacerdócio ou compartilhá-lo
até que todos os outros descendentes de Adão possam ter recebido as promessas e
desfrutaram as bênçãos do sacerdócio e suas chaves. Até os últimos dos resíduos
dos filhos de Adão são educados para uma posição favorável. Os filhos de Caim não
podem receber as ordenanças do Sacerdócio. Eles foram os primeiros que foram
amaldiçoados, e serão os últimos dos quais a maldição será removida. Somente
após os resíduos da família de Adão chegar a receber as suas bênçãos, então, a
maldição será removida da semente de Caim, e eles receberão as bênçãos em se-
melhante proporção". The Journal of Discourses Volume 7 Página 291, Brigham
Young, 09 de outubro de 1859.
Quando eu era membro da Igreja SUD, não sabia nada sobre esse racismo
deliberado de Brigham Young. A igreja nunca mostrou isso aos membros da Igreja.
Entretanto, parece que foi um incômodo constante para a liderança que suce-
deu Brigham Young essas afirmações, até o ano de 1978, quando o presidente da
Igreja Mórmon, Spencer W. Kimball anunciou que o sacerdócio poderia ser conferido
aos negros.
Todavia, antes dessa época, a igreja agia de forma discriminatória com os
negros e seus descendentes. Um exemplo disso era a forma como os missionários
agiam nas visitas e palestras nas casas dos pesquisadores.
Os missionários, ao adentrar na casa de uma família de pesquisadores, eram
treinados a realizarem de forma rápida, através do famoso “padrão de compromis-
so”, amizade com a nova família. Muitas vezes, antes de qualquer ensinamento de
proselitismo, eles conversavam animadamente, mostravam suas fotografias, e ge-
ralmente, pediam para ver o álbum de fotos da família. Se encontrassem indícios de
que algum membro daquela família tinha ancestrais da raça negra, como pais, avôs,
bisavôs, desistiam logo de ensinar as palestras. Davam uma desculpa e iam embo-
ra, não retornando mais naquela casa.
Isso foi muito comum antes de 1978. Mas não foi muito divulgado, somente
nas missões, especificamente na obra missionária, pois isso poderia trazer sérios
problemas. A igreja poderia ser exposta e ter que dar explicações por esses atos
racistas. Talvez algum ex-missionário ex-mórmon pudesse comentar algo aqui e
contar suas experiências missionárias com esse assunto na época de suas missões.
Eu deixei grifado em azul a parte que Brigham Young relatou que o sacerdó-
cio só poderia ser conferido aos negros, após todos os brancos terem recebido e
desfrutado de suas bênçãos. Só que isso ainda não aconteceu. Não aconteceu em
1978 e nunca acontecerá. Acho improvável que todo o resto da humanidade branca
aceite receber o sacerdócio Mórmon. Será que o Presidente e pretenso “profeta”

262

Spencer W. Kimball recebeu uma revelação contrária àquela de Brigham Young?
Deus errou da primeira vez? Se isso aconteceu, não há credibilidade no deus Mór-
mon! Ele é inconstante. O fato é que eu tenho uma curiosidade enorme sobre esse
assunto. Imagino, como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias trata-
ria o assunto “racismo” em nossos dias, se Spencer W. Kimball, não revogasse a
suposta revelação de Brigham Young?

REVELAÇÃO! QUE SENSAÇÃO É ESSA?

Na igreja os membros costumam “sentir o Espírito Santo” em situações bem
peculiares e um tanto curiosas. Na verdade, a maioria dos mórmons não sabe dis-
tinguir o Espírito Santo de uma sensação boa provocada por um final feliz de um
filme, ou um livro, por exemplo. Bom, as pessoas sentem-se edificadas com as pas-
sagens de Alma no Livro de Mórmon.
Essa incapacidade de distinguir quando algo vem do Espírito Santo, vem
desde o começo quando se inicia no mormonismo. Quando nos é pedido pelos mis-
sionários para ler, pensar e orar a respeito do Livro de Mórmon é-nos prometido que
saberemos se é verdadeiro pelo poder do Espírito Santo. Ora ninguém quer saber
que o livro é falso pelo poder de satanás, então a grande maioria das pessoas tende
a aceitá-lo de inicio para evitar tal constrangimento. E também por sentirem-se bem
com os missionários. Não caracterizando necessariamente a influência do Espírito
Santo.
Atribuir às sensações boas e normais do ser humano como advindas do Espí-
rito Santo é a maneira usada pela igreja para trazer novos adeptos e para reter seus
iludidos membros.
E com isso surge um mal entendido que se estende por toda a vida de um
Sud. - Qualquer sensação boa causada por qualquer coisa, será considerada inspi-
rada e é desse equívoco que saem as revelações que guiam as vidas dos membros
e as decisões dos lideres da igreja.
Exemplo muito comum: eu orei para saber quem será o meu conselheiro. E
me senti bem em chamar o meu amigo fulano de tal. Neste caso sentir-se bem em
indicar o seu amigo viria do Espírito Santo, mas sentir-se mal viria de satanás? Logo
a primeira opção é uma revelação.
Em uma reunião de testemunho uma irmã vem com essa máxima: eu sei que
a igreja é verdadeira, que o LdM é verdadeiro, Joseph Smith foi um profeta...Bem, se
a irmã disse essas palavras então é do Espírito Santo.
Parece simples, mas é daí que saem as revelações de com quem se deve
casar, se deve largar um ótimo emprego e ou faculdade para servir missão, que se
deve estudar para essa ou aquela profissão. Ou seja, as mais importantes decisões
da vida. Tudo com base nas sensações que se confundem com o Espírito Santo.
Lembro-me de certa ocasião na missão, eu estava com um Elder americano
que era bem mais experiente do que eu e ensinávamos a primeira palestra a um
homem. E o Elder após relatar a primeira visão de Joseph Smith perguntou ao pes-

263

quisador como ele se sentia - o homem então respondeu que se sentia normal. Daí
o Elder me veio com essa: normal? O senhor se sente normal? E quem envia esses
sentimentos de normal? O coitado do pesquisador não soube responder, então o
Elder disse que era o Pai Celestial que nos fazia sentir assim normal. Em seguida o
Elder prestou seu testemunho de que todas as vezes que ele ouvia àquela experiên-
cia de JS, ele se sentia assim também.
Tenho uma amiga que cansada de ser maltratada pelo marido, decidiu ir ao
templo buscar revelação se deveria se separar do brutamontes. O que não faz sen-
tido visto que é no templo que se casam para a “eternidade” (e o sujeito é ex-
missionário, líder na igreja e tem aquela pose conhecida). Pois bem, ela voltou do
templo e logo engravidou. Disse ela que “na sala Celestial do templo sentiu uma paz
tão grande e entendeu que aquilo era a revelação de que o seu casamento iria dar
certo”. E hoje ela ainda é infeliz, o homem não mudou nada, ela fala em divorcio,
porém, tem medo de fracassar no casamento e não ir para o reino celestial. É de dar
pena.
Mas apesar da esquisitice, isso não é raro na igreja. Neste caso se ela sentis-
se que deveria se divorciar, com certeza seria satanás a influenciá-la. Mas como ela
iria ter outra resposta advinda daquele lugar? Se os templos são construídos de for-
ma a sugerir a pessoa uma falsa ideia de eternidade?
Na igreja Sud, as revelações são induzidas. Tudo é preparado para direcionar
às repostas das pessoas a favor da doutrina da igreja. Nunca saberá de nada por
você mesmo (a) como eles tanto pregam.
Cuidado! Orar para saber de algo na Igreja de Jesus Cristo Sud é uma arma-
dilha.
63


REVISÃO DA DOUTRINA!

A Igreja Mórmon se vê obrigada a constatar amargamente que em sua busca
ambiciosa pelo crescimento, muitos interesses vitais foram sacrificados. No mínimo
há dois inconvenientes: a falta de pesquisa tecnológica, para provar e comprovar os
produtos oferecidos e a ausência de serviço pós-venda. O primeiro verdadeiramente
traduz a atitude passiva da igreja para um discurso de desenvolvimento tecnológi-
co. Até o momento, não há tal coisa como a Teologia Sistemática Mórmon (TSM). A
segunda é a negligência do ministério pastoral. Os líderes Mórmons não são ade-
quadamente treinados para atenderem as necessidades do discipulado de seus
membros.

63
Fonte: http://exmormon-theolafec.blogspot.com/2011/06/revelacao-que-sensacao-e-essa.html
Sobre o autor dessa Postagem! Entrei para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há
18 anos. Fui missionário de tempo integral por 2 anos, fui Pres. do Quórum de Élderes, Sumo-
Conselheiro da Estaca, Pres. da Escola Dominical, Líder da Obra Missionária, Pres. dos Rapazes,
Sou formado no Seminário e Instituto da Igreja. E por último servi por 4 anos como Bispo da minha
Ala. Sou casado e selado no templo, tenho filhos. Tudo caminhava naturalmente na minha vida como
Sud, até que os meus olhos começaram a se abrir e as falhas na doutrina, na história e no compor-
tamento da Igreja não se sustentaram e me afastei.

264

O clero Mórmon é composto por pessoas leigas. Muitas vezes esses líderes
(Presidentes de organizações auxiliares, Bispos e Presidentes de Estacas) são jo-
gados no fundo do poço do aconselhamento, para darem orientações sobre assun-
tos sensíveis e pessoais aos membros das suas unidades, sem qualquer experiên-
cia.
Nos 181 anos de história, os Mórmons têm confiado totalmente em seu “pro-
feta vivo” para interpretar as escrituras e sancionar regras que ele julgar convenien-
te. N. Eldon Tanner declarou: “Quando o profeta fala, o debate acaba!” (Revista En-
sign, agosto 1979). Em “os 14 Princípios fundamentais para seguir o Profeta do Se-
nhor” encontramos já no 1º principio o seguinte: “O Profeta é o único homem que
fala pelo Senhor em tudo”. E o 14 º princípio nos adverte para o seguirmos! “O profe-
ta vivo e a Primeira Presidência, siga-os e receba bênçãos, rejeite-os e sofra”. (Ezra
Taft Benson, 26-fev-1980). Isso me soa como a pronuncia de uma maldição.
Segundo os Mórmons, o que o Profeta fala atualmente torna-se escritura, e
essas novas escrituras substituem as escrituras passadas. Mas será mesmo que o
Profeta Mórmon pode revogar a bíblia? Duas vezes por ano, em abril e outubro, o
Profeta Mórmon gera uma nova escritura “oficial” nas Conferências Gerais da Igre-
ja. Outras vezes, ele vai à Brigham Young University (BYU) e faz algumas reuniões,
as quais chamam de “devocionais” ou reuniões “quase-oficiais”. Quando ele fala,
gera mais escrituras. Não é incomum encontrarmos profecias que são inconsistentes
com outras profecias. Por exemplo, o cânone Mórmon (Doutrina e Convênios) ainda
ordena a poligamia, o sangue da expiação e anatematização ou a exclusão da raça
negra (a “maldição de Caim”), embora estes ensinamentos sejam descartados e não
mais praticados.
As profecias modernas distanciaram-se de longe das doutrinas polêmicas do
mormonismo, as quais foram reduzidas e guardadas num passado limpo e superfici-
al, de ética e de auto-aperfeiçoamento. Este é o quadro apresentado pelos profetas
Mórmons atuais. Não importa o quão sujos ou criminosos foram os primeiros Mór-
mons. Hoje eles são lembrados como heróis e mártires. O principal exemplo é o do
fundador do mormonismo, Joseph Smith Jr.
Como resultado da sua “subdesenvolvida” teologia, descobrimos que os estu-
diosos Mórmons são fortemente dependentes da literatura cristã de fora para preen-
cher as lacunas. Por isso, ficamos na expectativa de que esses profetas revoguem
de forma consistente as escrituras passadas, explicando o motivo da revogação.
Do jeito que se encontra o quadro doutrinário do mormonismo, há a necessi-
dade urgente de uma revisão de todo o Cânone de escrituras. Os tempos são ou-
tros. Os batismos estão minguando ano a ano. A juventude não quer mais sair em
missão como há alguns anos. A internet é uma ferramenta poderosa para mostrar o
que é o mormonismo de fato.
64



64
Fontes pesquisadas:
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/
http://murilovisck.blogspot.com/2010/12/14-principios-fundamentais-para-seguir.html

265

SARAH MARINDA BATES PRATT

(02 de fevereiro de 1817 - 25 de dezembro de 1888)

Foi a primeira esposa do Apóstolo Mórmon e polígamo
Orson Pratt e mais tarde uma ferrenha crítica da poligamia. Ela
foi uma das fundadoras da Sociedade Anti-poligamia em Salt
Lake City e foi chamada pelos membros da Igreja de “apóstata”.

Início de sua vida e de seu casamento

Sarah Marinda Bates viveu desde seu nascimento em 1817 até outubro de
1836 em Henderson, estado de Nova York. Enquanto permaneceu ali, sua família
encontrou os missionários Mórmons no verão de 1835. Ela e vários dos seus irmãos
foram batizados. Sarah também se apaixonou por um dos missionários, Orson Pratt,
que depois de continuar a pregar em outras áreas, voltou e pediu a mão de Sarah
em casamento. Eles se casaram em 4 de julho de 1836, e Orson retornou para suas
viagens missionárias, após uma lua de mel de apenas três dias. Sarah ficou com
sua família apenas com visitas periódicas de seu marido, até que o casal se mudou
em outubro para um apartamento em Kirtland, Ohio.

Crianças e migrações

A permanência dos Pratts em Kirtland seria de curta duração. Em meio às di-
ficuldades econômicas de 1837 e do fracasso da Sociedade de Segurança de Kir-
tland, Sarah deu à luz ao seu primeiro filho, Orson Jr. Com poucas perspectivas fi-
nanceiras em Kirtland, a família se mudou de volta para Henderson, logo que a cri-
ança foi capaz de suportar a viagem, e alguns meses mais tarde, mudou-se para
Nova York. Em julho de 1838, Orson Pratt foi chamado para se reunir com alguns
outros Élderes da Igreja em Far West, Missouri para se preparar para outra missão.
A mudança para o Missouri foi difícil, devido à nova gravidez de Sarah. Sua fi-
lha, Lydia nasceu em 17 de dezembro de 1838. A violência no Missouri levou à ex-
pulsão dos Mórmons daquele Estado, e os Pratts foram forçados a fugir para os as-
sentamentos existentes rio acima no Mississipi. Eles finalmente encontraram uma
"favela", num lugar chamado de Nauvoo, Illinois. A bebê Lydia ficou doente com uma
das epidemias que assolaram os pântanos e morreu em agosto de 1839. Orson
abandonou a sua família onze dias depois da morte de sua filha e foi servir uma no-
va missão na Europa.
Com o marido na Europa, Sarah teve que sustentar sua família e ela o fez
tornando-se uma costureira. Ela foi contratada pela família de Joseph Smith Jr. para
fazer serviços de costureira e Joseph a encaminhou para John C. Bennett, um re-

266

cém-converso ao mormonismo, que rapidamente se tornou um colaborador próximo
de Smith.

A proposta de casamento plural de Joseph Smith

Sarah Pratt afirmou numa entrevista em 1886 que, enquanto estava em Nau-
voo, por volta de 1840 ou 1841, Joseph Smith Jr. ficou atraído por ela e pretendia
fazê-la“uma de suas esposas espirituais”.
De acordo com Bennett, enquanto Orson estava na Inglaterra, no serviço mis-
sionário, Smith fez propostas para Sarah, alegando inspiração divina: “Irmã Pratt, o
Senhor lhe deu para mim, como uma das minhas esposas espirituais, tenho as bên-
çãos de Jacó, que me foram concedidas, as mesmas que foram concedidas aos
santos homens do passado, e eu tenho observado você por longo tempo. Olhei para
você como um favor. Espero que você não me expulse ou me negue”. Afirmou Ben-
nett à qual Sarah Pratt respondeu: “Eu fui chamada para quebrar a aliança do meu
casamento... com meu marido legal? Eu nunca quebrarei essa aliança. Não me im-
porto para as bênçãos de Jacó, não acredito em nenhuma dessas revelações, nunca
consentirei isso em nenhuma circunstância. Eu tenho um bom marido, o que me é
suficiente.”
Ainda de acordo com Bennett, Smith fez mais três propostas adicionais. Sa-
rah Pratt deu um ultimato para Smith: “Joseph, se você não parar de tentar qualquer
coisa desse tipo comigo, vou contar ao Sr. Pratt quando ele retornar para casa. Con-
fio nele, eu certamente farei isso".Esse foi um aviso que provocou uma ameaça a
Smith, ele então a ameaçou com essas palavras: “Irmã Pratt, eu espero que você
não me exponha, se eu vier a sofrer, todos sofrerão, por isso não me exponha... Se
você contar a seu marido, vou arruinar a sua reputação, lembre-se disso”.
Depois que Orson retornou da Inglaterra, afirma Bennett, outro incidente ocor-
reu entre Sarah Pratt e Smith em sua casa. De acordo com a vizinha de Sarah Pratt,
Mary Ettie V. Smith, "Sarah ordenou que o Profeta fosse embora de sua casa. Então
o Profeta usou linguagem obscena para ela (declarando que ele havia encontrado
Bennett) na cama com ela". Sarah disse a ele que contara ao seu marido sobre o
incidente; Orson ficou do lado de Sarah e confrontou Smith, que negou a declaração
de Sarah e respondeu a Orson que sua esposa Sarah era amante de Bennett.
O resultado do desentendimento entre Joseph Smith Jr. e Orson Pratt foi que
Joseph Smith Jr. proferiu as seguintes palavras: “Se (Orson) acreditas mais na tua
esposa e segues seus conselhos, você irá, com certeza para inferno”.
Wilford Woodruff declarou que "o Dr. John Cook Bennett foi a ruína de Orson
Pratt".
Van Wagoner e Walker anotaram que, em 20 de agosto de 1842, “após qua-
tro dias de infrutíferas tentativas de reconciliação, foram excomungados, o membro
dos Doze Apóstolos Orson Pratt por insubordinação e a sua esposa Sarah Pratt por
adultério com Bennett”. Orson logo retornou à igreja e denunciou Bennett e seu livro.

267

Sarah Pratt terminou seu casamento com o marido Orson Pratt em 1868 por
causa de sua "obsessão em casar com mulheres mais jovens" e condenou a poli-
gamia porque:
“A poligamia desmoraliza completamente os bons homens e os maus homens
se tornam piores. Bem como as mulheres. Bem, Deus as ajude! A primeira esposa
torna-se uma mulher desesperada, ou de coração partido, uma criatura mesquinha”.
Sarah Pratt foi uma das fundadoras da Sociedade Anti-poligamia em Salt La-
ke City. Em 1874 ela falou sobre a sua saída da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, onde foi excomungada. Ela declarou: “Eu sou a esposa de Orson
Pratt... eu sou ex-membro da igreja Mórmon... eu não tenho sido uma crente nas
doutrinas Mórmons há mais de 30 anos, e agora, sou considerada uma apóstata”.
65


SER MÓRMON NÃO É SER FELIZ!

Uma frase célebre divulgada no meio do mormonismo é que, “ser Mórmon é
ser feliz”. Isso não é verdade. Eu mesmo, que vivi por dezoito anos, no meio de pes-
soas batizadas, pude constatar a inverdade dessa frase.
Com certeza, ser Mórmon não é ser feliz. As mulheres que o digam. São exa-
tamente elas as que mais sofrem com o machismo e o preconceito impetrado pe-
los “portadores do sacerdócio”. Nascer uma mulher no mormonismo é muito triste.
Ela praticamente ficará privada de acompanhar as cotidianas conquistas femininas.
Tornar-se-ão mulheres tristes e amarguradas. Submissas aos seus maridos. A maio-
ria destes maridos serão ex-missionários, despreparados para a paternidade e a
condução de uma família. A maioria dos rapazes ex-missionários são inseguros e se
tornam agressivos em casa. Por mais que os Mórmons falem que estou errado, eles
mesmos, no fundo sabem que essas palavras são reais. Existem em todos os luga-
res onde existe mormonismo, inclusive no berço da doutrina. Isso é assim desde o
século XIX.
Em 1858, um escritor de Weekly Harper viajou para Utah e fez a observação
de que a vida dos Santos dos Últimos Dias transformou suas mulheres "abatidas,
cansadas, mulheres desmazeladas, com os olhos sem brilho, seus rostos são dis-
formes, penduradas com indiferença sobre os seus portões, ou sent a-
das preguiçosamente ao sol, talvez cuidando de seus bebês, estes gritam para es-
sas mães que parecem deprimidas, degradadas, miseráveis, sem esperança e sem
alma". (GL Bunker e D. Binton, como citado em Judd 1987, p. 150).
O problema é causado devido às pressões doutrinárias. Não só as mulheres,
mas os homens Mórmons também ficam bitolados. Não podem fazer ou desenvolver
muitas atividades comuns para os nossos dias. Não podem tomar café, comer certos
alimentos ou participar de atividades recreativas que envolvam bebidas alcoólicas ou
que ultrapassem a meia noite de sábado para domingo.
Voltando ao estado de Utah. Encontrei na internet, que essa infelicidade com
características depressivas é clara e definitivamente, ligada à Igreja de Jesus Cristo

65
Para maiores informações: http://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Marinda_Bates_Pratt

268

dos Santos dos Últimos Dias. Aproximadamente 70% da população de Utah são
Mórmons. Jim Jorgenson, diretor de serviços da Farmácia da Universidade de Utah
confirmou que os Mórmons detêm o maior percentual de uso de antidepressivos.
Levantando a hipótese de que uma das causas são as famílias grandes, maiores em
Utah do que em outros estados americanos. Famílias grandes produzem muito
stress. As famílias mais numerosas de Utah são as famílias dos Mórmons. Nova-
mente, por pressões doutrinárias, os casais são incitados a terem muitos filhos.
Onde há felicidade no mormonismo? Procurei por anos essa felicidade e nun-
ca a encontrei. Felizmente consegui sair de lá com minha família. Hoje estamos me-
lhores do que naquela época. Posso afirmar que somos mais felizes do que antes.
Por mais que algum membro mais exaltado queira rebater meus escritos. Estamos
melhores fora do mormonismo do que quando estávamos lá dentro.
66


SERIA MAHONRI MORIANCUMER O DESCOBRIDOR DA AMÉRICA?

Quem teria sido o primeiro homem a chegar ao continente americano? A mai-
oria dos historiadores aponta para o italiano e explorador Cristovão Colombo. Ele
teria chegado às Américas em 1492 d.C. Outras pessoas acham que os Vikings es-
tiveram nas Américas cerca de 500 anos antes de Colombo. Geralmente o debate
fica entre esses dois. Os historiadores continuam essa discussão e já não podemos
mais afirmar quem foi ou foram os descobridores da América, nem em que ano isso
ocorreu. Os textos de seus estudos divergem ora para Colombo, ora para os Vi-
kings.
Mas ainda há uma terceira hipótese que não deve ser totalmente ignorada.
Isso porque quando Colombo chegou ao novo continente, foi recebido por amerín-
dios que habitavam o local. Essa terceira hipótese dos descobridores da América diz
respeito aos Mongóis e Siberianos. Povos do extremo oriente. Supostamente eles
atravessaram o estreito de Bering, na região do Ártico, numa glaciação que ligou
através de uma ponte de gelo, o que hoje é a Sibéria até o Alasca. Os estudos do
DNA, realizados em tempos atuais confirmaram que mais de 99% são as chances
dos ameríndios serem descendentes desses povos orientais (Mongóis e Siberianos).
Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, utilizan-
do-se do Livro de Mórmon querem chamar a atenção para uma quarta hipótese.
Apesar dessa tentativa desesperada feita pelos seguidores de Joseph Smith Jr., os
historiadores, antropólogos e arqueólogos estão quase certos de que a América foi

66
Referencias para o texto: Daniel K. Judd, "Religiosity, Mental Health, and the Latter-day Saints: A
Preliminary Review of Literature (1923-95)," in Latter Day Saint Social Life: Social Research on the
LDS Church and its Members (Religious Studies Center Specialized Monograph Series, Vol. 12), edit-
ed by James T. Duke, (Provo, Utah: Religious Studies Center, Brigham Young University & Salt Lake
City, Utah: Bookcraft, 1998), 486–487.ISBN 1570083967. ISBN 978-1570083969. off-site
Kent Ponder, Ph.D., "Mormon Women, Prozac® and Therapy," unpublished, 2003. Italics in the origi-
nal; author's capitalization ("Latter-Day") and spelling errors ("Utahns") retained. [It is the FAIR wiki's
policy not to link to critical web sites, but Ponder's paper can be easily found with a Google search.]
http://en.fairmormon.org/Utah/Statistical_claims/LDS_use_of_antidepressants#endnote_ponder2

269

previamente colonizada por povos que vieram do extremo oriente. Eles ignoram
completamente as alegações impressas no Livro de Mórmon, de que os primeiros
habitantes do continente americano vieram da grande torre chamada “babel”. O livro
de Mórmon não entra no debate científico, simplesmente porque nunca foi encontra-
da, nenhuma evidencia de que esses povos tenham atravessado qualquer oceano.
Quer tenha sido o Pacífico ou Atlântico, para aportarem nas Américas com seus "oi-
to pequenos barquinhos", como é a descrição no texto do livro.
Imaginemos agora. Se o mormonismo for verdadeiro, toda a história e os es-
tudos estarão totalmente errados. Referindo-me ao descobrimento da América, seus
primeiros habitantes e colonização. Os Mórmons chamam esses supostos descobri-
dores de “jareditas”. Se os jareditas foram os primeiros a chegarem aqui, nem os
vikings, nem Colombo e nem os povos do extremo oriente podem reivindicar essa
honra.
O único registro existente de que esses tais jareditas tenham descoberto a
América está no Livro de Mórmon. Livro esse não acatado pela comunidade científi-
ca. Simplesmente pelo fato de não haver evidências de que o seu conteúdo seja
confiável.
O relato inicial que leva à história do descobrimento das Américas começa
sobre um tal “irmão de Jared”. Embora nunca o Livro de Mórmon nos forneça o seu
nome, alguns anos mais tarde, depois da sua publicação em 1830, Joseph Smith Jr.
afirmou ter recebido uma “revelação de Deus” dizendo-lhe que o nome desse irmão
de Jared era Mahonri Moriancumer (Mórmon Doctrine, pg.463).
Segundo o que consta no Livro de Mórmon, o irmão de Jared viveu durante a
época da construção da torre de Babel (Bíblia) e pediu a Deus para não confundir a
língua de seus amigos e da sua família. Outro pedido que ele fez para Deus era para
levá-los para um lugar distante de onde moravam, uma terra “escolhida acima de
todas as terras”. Deus aparentemente concordou com o pedido e instruiu o irmão de
Jared para recolher os seus rebanhos, amigos e familiares para essa viagem. Para
uma terra que deveria ser de liberdade, acima de todas as outras nações debaixo do
céu.
Prestem atenção que segundo o Livro de Mórmon isso aconteceu cerca de
2.000 a.C. enquanto os historiadores acreditam que os mongóis ou siberianos atra-
vessaram o estreito de Bering cerca de 35 mil anos a.C.
Para transportar os jareditas através do oceano, foram construídas pequenas
“barcaças”. A descrição dessas pequenas embarcações e parte do texto é a seguin-
te:

“E aconteceu que o irmão de Jared se pôs a trabalhar e também seus irmãos;
e construíram barcos da forma que já haviam construído, de acordo com
as instruções do Senhor. E eles eram pequenos e leves sobre a água, de uma leve-
za semelhante à de uma ave sobre a água. E foram construídos de uma forma que
ficavam muito bem ajustados, de modo que podiam conter água como um vaso; e o
fundo era ajustado, como um vaso; e o costado dos barcos era ajustado, como um

270

vaso; e as extremidades eram em ponta; e a parte superior era ajustada, como um
vaso; o seu comprimento era o comprimento de uma árvore e a sua porta, quando
fechada, ficava ajustada como um vaso. E aconteceu que o irmão de Jared clamou
ao Senhor, dizendo: Ó Senhor, realizei o trabalho que me ordenaste e fiz os barcos
segundo tuas instruções. E eis que, ó Senhor, não há luz neles; para onde nos ha-
vemos de dirigir? E também pereceremos, porque neles não podemos respirar, a
não ser o ar que contêm; portanto pereceremos. E o Senhor disse ao irmão de Ja-
red: Eis que farás uma abertura em cima e outra no fundo; e quando necessitares de
ar, destaparás a abertura e receberás ar. E se acontecer que a água caia sobre vós,
eis que fechareis a abertura, para que não pereçais na inundação. E aconteceu que
o irmão de Jared assim fez, segundo o que o Senhor lhe ordenara. E ele tornou a
clamar ao Senhor, dizendo: Ó Senhor, eis que fiz conforme me ordenaste; e preparei
os navios para meu povo e eis que neles não há luz. Ó, Senhor, consentirás que
cruzemos estas grandes águas na escuridão? E o Senhor disse ao irmão de Jared:
Que desejais que eu faça, a fim de que tenhais luz em vossos barcos? Porque eis
que não podeis ter janelas, porque seriam despedaçadas; nem levareis fogo con-
vosco, porque não ireis pela luz do fogo”.

Baseado no texto me surge muitas perguntas que não têm respostas. Pelo
menos a liderança da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias não as
deu. Nunca encontrei nada que pudesse me convencer, nem tampouco o mundo
científico. Para os cristãos seria inconcebível que o irmão de Jared estivesse rece-
bendo as instruções do Deus onisciente da Bíblia. Certamente Deus não saberia que
a água entraria nos barcos pelo buraco no fundo do barco?
Qual a descrição de pequeno? Ou que tamanho era esse pequeno? Porque
esse Mahonri Moriancumer estava mais preocupado com a luz e não com os esto-
ques de alimentos, água e outros gêneros de necessidade pessoal? Já li sobre cál-
culos diversos de correntes marinhas e ventos. Encontrei que esses pequenos bar-
cos poderiam, se tivessem existido terem flutuado, desde alguns meses, até mesmo
um ano, até chegarem ao continente americano. Depende de onde sairam e onde
chegaram. Não temos essas informações. O livro não referencia nenhum dos dois
lugares. Onde conseguiram armazenar tantos suprimentos? Semanalmente eu vou
ao supermercado comprar algumas coisas, quase encho o porta-malas do carro. Na
maioria das vezes não dá para uma semana. Tenho que ir ao supermercado nova-
mente. De que tamanho era o depósito de alimentos e água dos barquinhos jaredi-
tas?
Também devemos levar em consideração que, animais e bebês foram leva-
dos a bordo nessas barcaças. Esses também necessitariam de suprimentos e cui-
dados diferenciados. Como foi feito isso?
O texto afirma que as barcaças jareditas foram impulsionadas por um vento
furioso que “nunca deixou de soprar em direção à terra prometida” e isso demorou
344 dias até chegarem na América.

271

A Igreja Mórmon nunca deu uma posição oficial quanto à rota tomada pelo ja-
reditas.
Se os mórmons acreditam que Joseph Smith Jr. foi um profeta de Deus, eles
devem aceitar sua alegação de que o Livro de Mórmon, incluindo o Livro de Éter
contenha uma história precisa. Se essa afirmação for verdadeira, então os historia-
dores em todo o mundo que afirmam ou dão créditos a Cristovão Colombo ou aos
vikings pela descoberta da América estão claramente equivocados. Se o Livro de
Mórmon for verdadeiro, a descoberta da América deve ser creditada a Mahonri Mo-
riancumer. E os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos deveri-
am propagar isso com maior vigor para desfazer os equívocos do mundo científico.
Se não o fazem, então não podemos dar créditos a Joseph Smith Jr. Como um pro-
feta verdadeiro.

SOBRE O “THE JOURNAL OF DISCOURSES”

O assunto surge para mostrar a todos os membros Mórmons que questionam
as publicações que coloco neste blog, referenciadas pelo periódico “The Journal of
Discourses” ou simplesmente, o “Diário de Discursos”. Inicialmente,quero salientar
que efetivamente se trata sim de uma publicação oficial da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. É uma compilação de 26 volumes de sermões proferi-
dos pelos Presidentes e Apóstolos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias por cerca de 35 anos. Neste período, houve vários homens que foram nomea-
dos oficialmente pela Igreja para registrar os sermões, discursos e proferimentos.
O volume 1 da série contém uma carta da primeira presidência da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias composta na ocasião por Brigham Young,
Heber C. Kimball e Willard Richards, de 1º de junho de 1853, autorizando a publica-
ção dos sermões.
Um antigo gerente adjunto da empresa Mórmon “Deseret Book Company” deu
o seguinte endosso do The Journal of Discourses um uma carta 12 de junho de
1963. “Tendo em sua biblioteca os 26 volumes do ‘Diário de Discursos’, você tem
uma biblioteca que contém os sermões dos presidentes e apóstolos da Igreja. Se
qualquer um lhe disser que os sermões neles não são reconhecidos pela Igreja, eles
não sabem o que estão falando”.
O The Journal of Discourses é listado como uma publicação oficial da Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nas seguintes publicações:

Essentials in Church History, de Joseph Fielding Smith, publicado pela Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pág. 674.

Deseret News 1989-90 Church Almanac, pág. 188, publicado por uma companhia
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

272

O The Journal of Discourses é repetidamente citado em publicações da Igreja
SUD e em relatos de conferências semestrais SUDs. Veja por exemplo, Doutrinas do
Evangelho, Manual do Estudante, Religião 231 e 232, publicados pelo Sistema Edu-
cacional Da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1986, p.83. Veja
também a Ensign Magazine (publicação oficial da Igreja SUD) de maio de 1996,
Conferência de James E. Faust, da primeira presidência, p.7.
É inconsistente os membros Mórmons questionarem a precisão do The Jour-
nal of Discourses enquanto os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias o continuam citando. Eles nunca escrevem a citação com uma retratação
sobre a precisão do relato. Este assunto só surge quando alguém fora do mormo-
nismo cita algo de seus líderes que eles estão envergonhados. É um padrão duplo.
Qualquer postagem que fale sobre as controvérsias como racismo ou poliga-
mia, por exemplo, traz uma carga de rebatimentos por parte de membros desorien-
tados que tentam exaustivamente afirmar que o jornal não era uma publicação oficial
da Igreja, ou que os artigos não eram inspirados. Ora, se não eram inspirados, por-
que então esses mesmos homens que se autodenominavam profetasescreveriam
para polemizar futuramente a doutrina? Qual sentido de tudo isso?
Vejamos mais um pouco sobre o que outros líderes da Igreja de Jesus Cristo
falaram sobre o periódico:
"The Journal of Discourses merecidamenteé classificado c o-
mo uma das obras-padrão da Igreja, e todos os santos que vivem em ret i-
dão certamente deveriam acolher comal e-
gria artigo (questão), revelada".(Presidente George Q. Cannon, Journal of Discour-
ses, Prefácio, Volume 8.)
"Cada sucessivo volume destes discursosé uma preciosa mina de rique-
za, contendoperólas de grande valor. O investigador diligente encontrará uma ampla
recompensapor seu trabalho. Após os pais e as mãesdesta geração terem-no estu-
dado em suas vidas. Os filhos dos filhos ainda encontrarão mais, e regozija-
rão porque este volume de discursos foi passado de seus paispara ajudá-los
a seguir o caminho da vida."(Prefácio Orson Pratt, apóstolo. Volume 3).
"É impossível dar um valor monetáriopara os vol u-
mes anteriores desta publicação,... Quem lê os enunciados dos se r-
vos deDeus, contidas neste livro, sob a mesma influência pelo qual os alto-
falantes foraminspirados, não pode deixar de receber o lucro de
sua leitura." (Presidente Joseph F.Smith, Prefácio, Volume 18).
"Temos o grande prazer em apresentarpara os santos e ao mundo...
the Journal of Discourses, o qual encontrarão ricos tesouros de informações sobre
os gloriosos princípios da Vida Eterna, revelados através de servos ungidos de
Deus nestes últimos dias. Todos os que lerem os discursosconti-
dos nestes volumes estarão seriamenterecomendados a adaptá-
los às suas vidasatravés da prática, e podemos com confiançaassegurar-lhes que,
assim fazendo, estarão adiquirindo conhecimentos para a sua salvação e exaltação

273

no Reino Celestial.” (Apóstolo Albert Carrington, Journal of Discourses, Prefácio, Vo-
lume15).
Não preciso escrever mais nada a respeito. Só que não posso aceitar nenhum
comentário de membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
desmerecendo este jornal ou suas publicações.
Agora, se os escritos expostos ali embaraçam os membros, não posso fazer
nada. Não sou profeta nem milagreiro.
67


SOBRE OS DÍZIMOS!

Recebi recentemente, um comentário de um ex-mórmon solicitando informa-
ções, sobre a possibilidade de reaver o seu dinheiro doado como dízimos para a
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Especificamente, ele queria
informações sobre uma ação conjunta, reunindo vários ex-mórmons num processo
de tentativa de recuperação dos valores doados.

Eu já li na internet casos de outras igrejas. Pessoas que se sentiram lesadas
e entraram na justiça para recuperarem seus dízimos. A alegação, quase sempre foi
que foram enganados pelos líderes locais da Igreja. Teve caso de membros terem
comprado um pedaço de terra no céu. Outros compraram lotes, mansões, chaves e
outros bens abstratos. Teve até um caso de um homem que recebeu uma escritura
de um lote no céu assinada por Jesus Cristo. Nem quero comentar sobre isso, pois
beira ao ridículo. Sei que em alguns casos a justiça deu ganho de causa para os
membros, pois a igreja não teve como provar que esses bens existam mesmo no
céu. Nem a existência de um céu, igreja alguma pode provar. Esse (a existência do
céu) foi o objeto de um processo movido por um ex-padre italiano contra a igreja ca-
tólica romana.
A Igreja Universal do Reino de Deus, após várias derrotas na justiça, agora
está mais experimentada nesse assunto. Qualquer reclamação de indenização de
membros arrependidos alega que não sabia de nada e coloca logo a culpa no líder
local. E vai enrolando por vários anos, nos tribunais e instâncias o processo.
Na Igreja Mórmon, eu acho complicado reaver o dinheiro de volta. Principal-
mente, se você era o bispo e, era você mesmo que recebia as doações e instigava
os membros da Ala, a pagarem o dízimo e ofertas.
Outro agravante é o ex-membro ter que provar que foi enganado. Por exem-
plo, que não recebeu benção alguma, pelo dinheiro que doou. Ou que doou porque
foi persuadido a doar. Foi enganado e ludibriado. Nesse caso, o ex-membro precisa
ter fortes argumentos para rebater os contextos da Igreja. É possível que os defen-
sores da Igreja, adicionem nos autos, a famosa escritura bíblica de Malaquias, que
incita as pessoas a pagarem o dízimo. Outro argumento da Igreja, com certeza será

67
Referências:
http://www.centralmormon.110mb.com/mormonfaq.htm
http://www.journalofdiscourses.org/

274

que o mandamento está na bíblia e que quase todas as instituições religiosas a se-
guem. Segundo os defensores do mormonismo, os membros doam se quiserem e
ninguém os obriga a doarem
No mormonismo funciona assim, a igreja força diretamente o pagamento de
dízimos através de discursos, aulas e conferências. Mas sempre tem aquela máxima
Mórmon. A igreja não pede dinheiro, o membro dá se quiser. O que não é verdade.
Se alguém quiser entrar na justiça para tentar reaver seus dízimos de volta tem que
anexar os recibos de pagamento de Dízimos e Doações no processo. Será que to-
dos os ex-mórmons têm esses recibos guardados?
Em minha opinião, acho melhor não tentar reaver esse dinheiro de volta. Não
importa o valor que foi doado. A não ser que o ex-membro esteja muito bem docu-
mentado. O membro doa porque está num momento de embriaguês momentânea.
Não consegue perceber nem o que é certo ou o que é errado. Se tivesse noção do
erro em quem estava enfiado, sairia correndo imediatamente de dentro da capela
Mórmon.
Os líderes locais são uns coitados, tenho até pena de ver pessoas sendo en-
ganadas e enganando os seus semelhantes. Além de não poderem compreender
direito sobre a doutrina, ajudam um punhado de pessoas a permanecerem na escu-
ridão da ignorância.
Se alguém se arrependeu de ter doado seu dinheiro como dízimo para o
mormonismo, o melhor é fazer como eu, mostrar para todos, do que se trata essa
doutrina. Quem foi Joseph Smith Jr. e quem foram seus sucessores. Suas obras,
suas mentiras, suas ostentações e opulências. Quisera eu que minhas palavras pu-
dessem ter o efeito de afastar as pessoas das correntes alienatárias da doutrina
Mórmon. É fácil entrar, é mais difícil sair após a mente ter sido lavada e manipulada.

TEMPLOS DÃO PREJUÍZOS?

Li na internet, que os custos fixos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias estão aumentando, isso devido às construções de novos templos, em
relação à produtividade dos missionários de tempo integral. Isso não deixa de ser
uma verdade. Mas há também outra verdade. Precisamos esclarecer alguns outros
pontos que vêm disfarçados nas afirmações dos textos da internet que li. Antes de
qualquer coisa, olharemos a tabela de dados anuais, que contêm informações de 10
em dez anos, das principais atividades aqui correlacionadas.



No artigo de hoje vou falar sobre os Templos e seus números. Deixarei o as-
sunto missões e missionários para outra oportunidade.

275

Se os custos fixos da Igreja Mórmon subiram, as receitas também subiram ex-
traordinariamente. No caso dos Templos, por exemplo, o maior entrave para traçar-
mos uma planilha de custos da Igreja Mórmon é, justamente, não sabermos quanto
custa para a Igreja Mórmon manter um Templo em funcionamento por um mês. So-
mente alguns privilegiados funcionários dos escritórios de Salt Lake City devem ter
estas informações. Como a Igreja não fornece os números, fica difícil calcular. Mas
mesmo assim, podemos usar alguns pressupostos:
Alguém, que já comentou aqui neste blog, deixou a informação de que, um
templo no Brasil fatura, cerca de 2 mil reais por dia. Isso com alugueis de roupas
para os membros que por ali transitam. Os dias de funcionamento de um templo são
geralmente 22 dias no mês. Permanecem fechados nos domingos e segundas -
feiras. Esse valor diário dá um faturamento mensal de 44 mil reais. Vou usar um in-
dexador comum, o dólar, já que a igreja é americana. Digamos, que cada templo
consiga faturar cerca de 28 mil dólares, número comparado com a arrecadação ba-
seada na informação acima dos Templos brasileiros. Os 134 templos em funciona-
mento em 2010 teriam faturamento mensal de 3.752.000 dólares. Ouso afirmar que
esse valor deve ser maior, justamente porque nos Estados Unidos, os valores já são
em dólares. Uma excelente receita oriunda de arrecadação de especulação imobiliá-
ria. Sem contar ainda que o ativo imobilizado se valoriza constantemente, num caso
excepcional. Nem ouso questionar a depreciação contábil no caso dos templos
Mórmons.
Comparado com um imóvel de aluguel, um apartamento ou um barracão, por
exemplo, os 44 mil reais seriam mais do que um excelente aluguel mensal.
Há alguns funcionários na operacionalidade dos Templos, mas a maioria dos
prestadores de serviços é voluntária, que prestam serviço de graça para a Igreja.
Tem também a energia elétrica, a água da pia batismal. Nesse caso, creio que há
poços artesianos e o custo é basicamente o da energia elétrica. No final deve sobrar
ainda um bom dinheiro para os cofres da Igreja, somente com alugueis de algumas
roupas dentro dos templos.
Cada Templo tem uma espécie de loja de conveniências, onde são vendidos
bugigangas e quinquilharias. Isso também gera receitas extraordinárias devido haver
clientela cativa.
Para encerrar, acho que a igreja, no momento, está ganhando mais com a
construção de templos do que preocupada com o aumento dos custos fixos. Sempre
achei que os templos são uma poderosa ferramenta, de geração de renda, para os
cofres da Igreja.
Além das receitas acima, ainda conta muito o fato de que os usuários dos
templos devem ser pessoas que têm seus dízimos em dia com a Igreja Mórmon. Se-
rá que existe algo mais lucrativo do que um templo da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias? Definitivamente, os Templos não dão prejuízos. O que dá
prejuízo é a obra missionária, porque não consegue manter o ritmo produtivo de ba-
tismos ano após ano. Caso a liderança Mórmon não consiga reverter o trabalho de
proselitismo, é bem provável que num futuro, os templos possam se tornar em ele-

276

fantes brancos devido a falta de atividade. Não esqueçamos que cerca de 80% dos
membros da Igreja são inativos, dos ativos, cerca de 10% não freqüentam os tem-
plos. Se a obra missionária não sofrer alguma inspirada intervenção, a frequência
dos templos cairá e aí sim, o cenário poderá ser outro, bem diferente do que já ex-
pus acima. Esse é assunto para outra postagem.
68


TENTATIVA DE CRESCIMENTO BASEADO EM EXPORTAÇÕES!

Não faz muitos anos, o rumo de crescimento do mormonismo mudou. Pela
primeira vez na história, existem mais membros Mórmons fora dos Estados Unidos.
Existem mais de 130 traduções do Livro de Mórmon, refletindo assim, um esforço de
exportação global da doutrina para tocar em novos mercados. Tentando se consoli-
darem em países menos saturados.
Os custos iniciais variáveis para essa estratégia de exportação são enormes
para os cofres da Igreja. Envolve muitas pessoas e tecnologia para a tradução e im-
pressão de material em línguas que são faladas por poucos milhões de pessoas no
planeta. É o preço de querer ser uma igreja de limites geográficos internacionais.
Assim, a pergunta principal nos lábios de qualquer economista é a seguin-
te: “pode a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias recuperar seus inves-
timentos?” Ou ainda: “Essa estratégia de exportação doutrinária vai ser rentável o
suficiente para os cofres da Igreja”?
A rentabilidade não é um efeito espiritual insosso ou sem sabor. Ela vem atra-
vés da doação de dízimos, um imposto eclesiástico de 10% sobre os rendimentos
dos membros descartáveis. Apesar da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias ter atualmente mais membros fora dos Estados Unidos existe um problemão
para a liderança da organização eclesiástica resolver.
Dos quase 6 bilhões de dólares de arrecadação do dízimo anual da organiza-
ção eclesiástica, 94% vêm diretamente dos bolsos dos americanos, principalmente
dos moradores do Estado de Utah! O dinheiro não entra nos cofres da Igreja no
mesmo fluxo. Isso devido os membros estrangeiros serem muito pobres, em relação
aos membros americanos. Fora isso, ainda há outro agravante. Muitos países im-
põem restrições à remessa de dinheiro para o exterior.
Não será em curto prazo que os membros de diversos países, principalmente
países em desenvolvimento trarão sabor em forma de rentabilidade, à Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Em outras palavras, a árvore-mãe não pode
se dar ao luxo de obter os frutos desejáveis no exterior. Muito mais agora que essa
mesma árvore continua sendo escavada em sua própria casa. A inundação de in-
formações disponibilizadas contra o mormonismo na mídia americana exige mais e
mais de sua liderança. Eles precisam nutrir a árvore. Mas os adubos e fertilizantes

68
Fontes de referencia para o texto:
www.lds.org
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/

277

tradicionais não surtem mais o efeito desejado. É fato que o mormonismo não en-
canta mais, nem aos americanos, nem às pessoas de fora dos Estados Unidos. Os
números dessa estatística podem inclusive serem analisados por qualquer leigo.
A liderança da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias deve, por-
tanto, se perguntar: “Em face da extremamente desigualdade de distribuição de lu-
cros e perdas, seria viável continuarmos a empurrar para o exterior, publicações,
serviços de traduções, missionários e a construções de edifícios objetivando um pre-
tenso crescimento liderado por exportações doutrinárias”?
Há ainda ricas oportunidades não exploradas em várias regiões da América
do Norte. O mormonismo tem ainda muito trabalho dentro dos Estados Unidos, por
exemplo: Como achar um meio para quebrar a fortaleza da Igreja Batista do Sul? A
fortaleza evangélica no Centro-Oeste? E no vizinho México? Como transpor a força
quase unânime da Igreja Católica Romana?
Se não fosse a constante injeção de dinheiro através das empresas que fa-
zem parte do conglomerado Mórmon, a liderança já teria tomado a decisão de fica-
rem somente nos Estados Unidos e em outros poucos países. Se a política mudar, e
acabarem esses aportes financeiros a fundo perdido, num longo prazo, os Ramos e
Alas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no exterior tenderão se-
rem mais independentes financeiramente, porque essas unidades não podem mais
depender exclusivamente de financiamento da matriz. Este é um passo para a des-
centralização do poder que hoje está concentrado em Salt Lake City. Algo muito pe-
rigoso, em se tratando de uma instituição religiosa, pois convida as unidades estabe-
lecidas para rebeldias e dissidências independentes. Mas essa não seria uma con-
sequência inevitável da globalização da Igreja? Seria como a colheita, por uma se-
meadura ousada, feita em tempos de ignorância. Mal planejada, sem nenhuma ori-
entação “divina”, como se propuseram os líderes que antecederam o atual “profeta”.
Num futuro não muito distante poderemos ter várias Igrejas de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Mais ainda, do que as 200 e tantas facções e grupos orga-
nizados já existentes.
Podemos deduzir que não há realmente futuro no mormonismo.
69


TESTEMUNHO DE UM AMIGO QUE MOROU NO PARAGUAI!

O meu nome é Olavo dos Santos Martins. Sou natural de Santos, S.P. E, tive
o meu primeiro contato com a igreja em Sorocaba, S.P. em 1977. Era, na época,
estudante de inglês e estava necessitando de pessoas com quem falar, fora do meu
ambiente de sala de aula.
Bem, meu pai os conhecia, do correio, onde sempre ia postar as suas cartas
e os apresentou à mim. Começamos os nossos bate-papos nos sábados pela ma-
nhã e daí foi onde os conheci, bem como a revista “Ensign” e o Livro de Mórmon.

69
Texto adaptado a partir do conteúdo:
http://www.jeremiahfilms.com/secretworldmormonism/
http://www.tungate.com/1997_aug_time.htm

278

Minha mãe e eu recebemos a primeira palestra, mas não prosseguimos. Al-
gumas coisas estranhas aconteceram que nos fizeram desistir. Em 1980, conheci e
comecei a trabalhar com a Diretora de uma escola de idiomas que era SUD, em
Campo Grande, M.S.
O meu interesse pelo Livro de Mórmon reascendeu e ela me apresentou à
uma nova dupla de missionários. Eles me ensinaram e batizaram duas semanas de-
pois, no dia 03 de Maio de 1980, juntamente com outras três pessoas. Bem, conti-
nuei indo à igreja, recebi os dois sacerdócios menor e maior e, em 1981, saí em uma
missão de tempo integral para Curitiba, P.R. Quatro meses depois, regressei à casa,
doente e desiludido. Fui ameaçado de morte por um de meus companheiros com
uma faca. Fui desobrigado honrosamente e servi como missionário de distrito e,
mais tarde, como Lider de Missão de Ala duas vezes. Servi em quase todos os cha-
mados, exceto como Presidente de Estaca, conselheiro de Estaca, secretário finan-
ceiro de Estaca e Bispo. Servi mesmo como Sumo-Conselheiro. Em 1990 fui morar
em Assunção, Paraguai. E, em 1995, casei-me com uma missionária de curto-prazo
retornada de lá, que conheci como Missionária de Estaca. Fomos selados no Tem-
plo de São Paulo, juntamente com nosso primeiro filho. (Como nos casamos no Pa-
raguai e não viajamos em seguida, tivemos de esperar um ano para sermos selados
em São Paulo.) Permanecemos na igreja por 30 anos. No ano passado (2009), aci-
dentalmente encontrei literatura “anti-mórmon” na web. Mas, parei de lê-la. Eu ainda
tinha a “dissonância cognitiva”! E permita-me fazer um comentário adicional: Nestes
30 anos em que estive no mormonismo tive a oportunidade de vivenciar fatos que
me deixaram com perguntas na cabeça, não respondidas, mas que eu tratava de
ignorar por acreditar que a igreja era realmente de Deus. E, com a minha esposa
sucedia o mesmo.l Este ano (2010), porém, decidi contradizer tudo aquilo que a lide-
rança tinha-nos ensinado e investigar mais à fundo. Fiz o download de “Changing
World of Mormonism” (O Mundo em Mutação do Mormonismo), de Jerald and San-
dra Tanner. E, depois de um mês inteiro de leitura, estava convencido de que estava
na “religião errada”. Segui mais fundo na minha investigação. Parei de ir à igreja.
Meus filhos à deixaram também. Minha esposa deixou-a alguns meses depois,
quando finalmente se convenceu que eu não estava paranóico e que tudo não pas-
sava de uma grande farsa. Hoje em dia, como ex-mórmon, me transformei num pro-
fundo investigador da igreja. E, a medida que o tempo passa, agradeço à Nosso Se-
nhor e Deus por ter-me resgatado da “miragem” e “ilusão” que o mormonismo de
fato é...

TESTEMUNHO POR TESTEMUNHO!

Parece até combinado. Ultimamente apareceram aqui no blog, muitos comen-
tários de membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias prestando
seus testemunhos. Nestes comentários, eles afirmam que “sabem por si próprios”
que a Igreja a qual estão filiados é a “única” Igreja verdadeira.

279

Os anos passam, os oradores são outros, mas os discursos são os mesmos.
A orquestra envelhece, os músicos morrem ou se aposentam, mas a música é a
mesma. Quantas e quantas vezes eu mesmo dizia isso? Quantas e quantas vezes
eu afirmava categoricamente que “eu sabia” que a Igreja era verdadeira? Eu nunca
soube! Essa é a verdade! Nunca recebi revelação alguma me confirmando isso.
Nunca escutei a voz de Espírito algum me indicando que caminho deveria seguir ou
qual a melhor alternativa ou opção que eu deveria tomar, quando era bispo da Ala
Curitibanos.
Tudo o que fiz quando bispo, “não foi por inspiração divina”. Posso afirmar
aqui, sem receio de errar. Mesmo fazendo tudo o que fiz sem inspiração divina, con-
segui fazer com que a igreja crescesse mais em comparação aos feitos de outros
líderes de qualquer Ala da Estaca Lages que se diziam “inspirados”. A Ala Curitiba-
nos, na minha época era a maior Ala da Estaca Lages. A nossa cidade de Curitiba-
nos tem 37 mil habitantes contra quase 200 mil da cidade de Lages. Não tinha na
Estaca Lages nenhuma Ala com frequencia maior do que a Ala Curitibanos. E isso
aconteceu na minha época de Bispo “sem inspiração”. Hoje, com os líderes inspira-
dos, a Ala Curitibanos não conseguiu crescimento sustentável como os alcançados
na minha época de bispo “sem inspiração divina”. É bem verdade que muitos se
afastaram logo que eu caí fora do mormonismo. Se questionaram: “Se o irmão Popi-
nhaki está saindo é porque ele descobriu algo. Vamos fazer como ele, vamos sair do
mormonismo”. Muitos me contaram que pensaram exatamente com essas palavras.
Portanto, não escrevo isso para me vangloriar. Escrevo para mostrar para es-
sas pessoas que vem aqui comentar, que sabem que a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias é a “única Igreja verdadeira” existente na face da terra que
estão completamente enganadas.
Vi muitos líderes do mormonismo que se achavam os tais, “dotados” de Espí-
rito Santo, que não conseguiam nem manter seus lares em ordem. Suas casas eram
um inferno. Marido brigando com esposa e vice-versa.
Amigos Mórmons, que comentam neste blog. Sinto afirmar para vocês que o
mesmo sentimento que cada um de vocês tem em relação à igreja a qual abraçaram
“como verdadeira”, eu mesmo já senti. E ouso em afirmar mais: Senti de uma forma
muito intensa. Caso contrário, nem estaria perdendo tempo escrevendo um blog
contra a doutrina Mórmon.
Essa doutrina é enganadora, alienadora e perigosa. Qualquer pessoa que se
envolva com o mormonismo e se entregue a guardar os mandamentos, de acordo
com as orientações dadas dos líderes que moram nos Estados Unidos, acaba se
machucando.
As sequelas são difíceis de serem curadas. Escrevo este blog porque me sin-
to prejudicado com o que me imputaram como verdade absoluta. Quando comecei a
abrir meus olhos e percebi que estava num engodo, já tinha entrado no prejuízo.
Prejuízo financeiro, moral, social e psicológico.
Portanto, não recomendo essa igreja para ninguém. Nem tudo o que reluz é
ouro. Não se pode simplesmente aceitar tudo, sem se questionar. Só que no mor-

280

monismo, se você questiona, está dando ouvidos à voz mansa do “inimigo”. Está
entrando em apostasia. Não pode questionar. Tem simplesmente que obedecer. Is-
so é um grande erro. Essa igreja não tem nada de santidade ou de divindade. É
apenas uma empresa, uma organização que não visa nada além do lucro. Espero
ter respondido a esses comentários de membros que prestam seus testemunhos.
Eu, para encerrar, presto meu testemunho, solenemente, que "eu sei" que a Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias “não é” a única Igreja verdadeira esta-
belecida na terra. Se isso fosse verdade, a liderança da Igreja Mórmon deveria de-
clarar guerra contra o islamismo, hinduísmo ou o catolicismo para mostrar o "poder
do deus Mórmon". Não são essas igrejas as que mais têm membros no mundo? Por
que será que "o deus Mórmon não se importa com os bilhões que não seguem sua
doutrina? A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não é nem Igreja e
nem verdadeira, é uma seita com objetivos ou fins lucrativos.

TRABALHO ÁRDUO NA DIVULGAÇÃO DAS POST AGENS

A divulgação das minhas postagens não está sendo um trabalho muito fácil.
Tenho procurado divulgar o novo blog na internet, através das redes sociais, como o
Orkut e o Facebook. Também tenho utilizado como ferramenta, o e-mail e o Mes-
senger. Todavia, não é muito raro receber diariamente, alguma mensagem por parte
de um membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias me insultando
e criticando o meu trabalho. Tenho perfeita consciência de que não poderei agradar
a todos. Não importa se aos olhos dos membros Santos dos Últimos Dias, o conteú-
do do blog seja denominado apóstata. Também não me importa se me chamarem
de anticristo. Isso, não tem significado ou conotação desanimadora alguma para
mim. Somente entendo que estes membros SUD estão apenas tentando se esper-
nearem. Defenderem a si próprios ou a doutrina que seguem. Da mesma forma que
eu já fiz no passado. Vou mostrar alguns trechos de uma mensagem recebida. Co-
mentarei abaixo.

“Em seu blog, na área "QUEM SOU EU", vc diz que perdeu grande parte de
sua vida na época em que se dedicava à Igreja... E agora??? Com certeza, agora
sim, está perdendo tempo, pois, por conta de um testemunho fraco ou inexistente,
se afastou e agora usa grande parte de seu tempo fazendo um trabalho inútil, pois
nem mesmo arranha a imagem da Igreja. Perceba que, enquanto você, e muitos,
fazem esse tipo de trabalho, ou melhor, dizendo, enquanto você, e muitos, perdem
tempo precioso de suas vidas, a Igreja apenas cresce. Conhecer o trabalho do se-
nhor, negá-lo e pregar contra ele, os fazem anticristos, isso é uma das coisas que
me faz ter pena das pessoas que fazem esse trabalho, que geralmente são pessoas
que conheceram as palavras do Senhor. Caro irmão, se infelizmente, para você, a
Igreja não serve mais, viva sua vida triste longe dela (Por que se você analisar sin-
ceramente, honestamente sua vida, vai chegar a essa conclusão), e deixe em paz
os membros fiéis e com testemunhos verdadeiros. Seu trabalho não tem valor e mui-

281

to menos força, principalmente contra quem tem um testemunho verdadeiro da Igre-
ja.”

Caro membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias! Reafir-
mo categoricamente que perdi grande tempo da minha vida sendo membro da Igre-
ja. A mesma que agora você tenta defender. Interessante! Eu nunca considerei meu
testemunho fraco ou inexistente enquanto fui um membro SUD. Mesmo agora, que
não faço mais parte do corpo de membros, reconheço que tinha o "tal testemunho",
ou seja, acreditava que aquilo era verdade. Quando me lembro da minha vida como
Mórmon, lembro também que eu era muito fanático. Acreditava piamente em tudo
aquilo que me era ensinado e relacionado à doutrina. Quem me conheceu, pode
atestar que eu agia com total devoção à obra. Talvez seja por isso mesmo que ago-
ra escrevo estas coisas. A posterior descoberta de que eu fui enganado por longos
anos, me levou agora a mostrar para outras pessoas, especialmente para os não
membros, o que é realmente o mormonismo. Ouso reafirmar! Nada mais é do que
alienação. Eu era tão fanático, que nem ligar a televisão no domingo eu podia. Não
assistia futebol, porque achava que quebraria o dia do Senhor. Que palhaçada! Não
ia num restaurante com a família num domingo porque estaria fazendo compras,
negociando. Isso era considerado pecado na doutrina Mórmon e, consequentemente
para mim.
Minha vida não é triste hoje, caro membro SUD. Você e todos os Membros
SUDs se enganam achando que todos os não membros são pessoas tristes e de-
primidas. Achando que só no mormonismo há felicidade. Ledo engano! No mormo-
nismo é que não há felicidade. O que vejo no mormonismo são membros muitas ve-
zes, dotadas de depressão. Casais em fúria, prontos para explodir. Mulheres total-
mente submissas aos seus maridos, chegando até mesmo a sofrerem quase que
uma escravidão física e mental. Muitas vezes, quando eu era um bispo, tive que in-
tervir em agressões físicas de casais que já tinham passado pelo templo. Muitas ve-
zes encontrei problemas com casais de ex-missionários.
Não se preocupe. Se eu apenas arranhar a imagem da Igreja já terei feito por
merecer. Pois somente quem deu dinheiro suficiente para ter uma mansão ou um
bom apartamento como dízimos e ofertas sabe o quanto dói ser enganado.

TRANSPONDO A LINHA DA RAZÃO!

O mormonismo é uma doutrina altamente hipnótica. É tão tola, mas ao mes-
mo tempo tão perigosa, que faz com que uma pessoa que a aceite ultrapasse a ra-
zão e entre num estado de transe duradouro.
Esse tempo de hipnotismo pode durar poucos dias ou até a vida toda do in-
cauto seguidor da causa Mórmon. É tão profundo o efeito desse transe que nem es-
talando dedos, dando banho de água fria ou sacudindo a pessoa não dá para fazê-la
acordar para a realidade.

282

O obvio se torna errado. O errado se torna verdadeiro. Apenas se enxerga o
que os líderes alimentam na mente do membro, seja pela visão (leitura de escrituras
inventadas ou deturpadas), seja pela audição (conferencias e reuniões interminá-
veis). Os olhos são tapados com viseiras de cavalos para não enxergarem pelos la-
dos. O membro que adere ao mormonismo somente tem um lugar para olhar. Onde
a doutrina exige que olhem.
Parece que estou escrevendo bobagens aqui. Na verdade, não é nada além
da realidade do mormonismo. A maioria das pessoas que acorda para essa realida-
de e consegue se desvencilhar das garras ou das amarras do preceito pode atestar
e confirmar minhas palavras. Foi assim comigo e com a maior parte dos ex-Mórmons
que eu conheço.
Depois do mormonismo fiquei com muito medo de me unir a outras associa-
ções, sejam elas de qualquer natureza. Fiquei com medo de acreditar que o certo é
errado ou vice-versa. Isso tudo tem uma causa, o ridículo que passei nos meus de-
zoito anos no mormonismo.
Um amigo meu, que comenta no blog escreveu que, “mesmo tendo evidên-
cias de que (...) não passa de uma grande farsa e mesmo assim as pessoas seguem
acreditando (...), é como transpor a linha da razão para um estado delirante, fazendo
com que o delírio possa trazer algum conforto emocional”. No momento, me parece
uma explicação muito apropriada. Para o estado ou a condição de um membro da
Igreja de Jesus Cristo os Santos dos Últimos Dias.
Vejamos alguns exemplos do ridículo:
· Joseph Smith Jr. foi um homem perigoso na sua época. Isso é fato
comprovado. Ele praticou diversos crimes como poligamia, pedofilia, poliandria, falsi-
ficação de dinheiro, fraudes envolvendo transferências de imóveis, calotes financei-
ros, entre outros crimes. No entanto, para os membros da Igreja Mórmon, ele é cul-
tuado como um semideus. Um ser perfeito semelhante a Jesus Cristo. Não adianta
ninguém vir rebater essas minhas afirmações. Vivi o mormonismo, fui um líder por
longos anos e sei do que estou falando. A igreja deveria ser chamada de “A Igreja
de Joseph Smith Jr. dos Santos dos Últimos Dias”.

Outra aberração é o próprio Livro de Mórmon. Não há absolutamente nenhuma
evidencia científica a seu favor. Todavia, os membros do mormonismo tentam de-
sesperadamente enfiar na cabeça das pessoas, que ele é verdadeiro, inspirado e
divino. Que a comprovação disso só pode ser dada pela fé.
O livro de Abraão foi uma das maiores fraudes de Joseph Smith Jr., mas no meio
Mórmon trata-se de um livro sagrado, traduzido do egípcio por seu amado profeta.
Quando na verdade, o conteúdo dos pergaminhos egípcios continha instruções de
embalsamamento de mortos.

As aberrações da doutrina ensinada pelos Mórmons vão muito, mas muito
além mesmo. Não posso precisar aqui, se teremos tempo ou condições de expor ao
mundo o ridículo de tudo isso. Entretanto, vou tentando fazer minha parte. Divulgan-

283

do o que absorvi de tudo isso. A minha finalidade é mostrar às pessoas, do que se
trata tudo isso e conscientizá-las a não caírem no mesmo erro que eu cai, quando
me batizei no mormonismo.

TROCA DE ELDERES POR SISTERES!

Quem já foi missionário de tempo integral, entenderá bem o meu assunto de
hoje. De tempos em tempos, as Missões da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, seja qual for, fazem mudanças um tanto “radicais” no serviço de prose-
litismo. A “Inspiração divina” vem do Presidente da Missão. Ele tem uma “brilhante
ideia” e resolve experimentar algo novo, ousar mais. Objetivando o produto final da
Missão, “Batismos”. Isso acontece em todos os lugares.
As unidades que pertencem à área geográfica da Missão são mapeadas e
monitoradas através de números apresentados pelos missionários de tempo integral.
Quando o serviço não está satisfatório, é necessário algo novo. Algo que possa criar
um impacto. Algo que traga os prosélitos para a Igreja através de batismos. Não é a
Deus que o Presidente da Missão vai buscar “inspiração”. Geralmente a “inspiração”
vem da esposa, de outros líderes e também de suas reflexões. Deus é a última pes-
soa a ser incomodada.
Não foi diferente aqui na cidade de Curitibanos. A Igreja já estava organizada
por aqui há mais ou menos duas décadas. Era o ano de 1992, o pequeno Ramo, às
vezes, pertencia ao Distrito de Lages. Às vezes, quando o Distrito era dissolvido,
pertencia à Missão Brasil-Curitiba.
Devido à falta de liderança local, O Ramo Curitibanos ia literalmente, de “mal
a pior”. Constantemente havia troca de Presidente de Ramo, e consequentemente,
troca de liderança generalizada. E nada surtia o efeito desejado. A Igreja não cres-
cia. Era sempre o mesmo punhado de pessoas nas reuniões dominicais. Uns 30
membros era a média da frequência, cuidadosamente apurada. Domingo após do-
mingo. Sempre a mesma coisa.
Chamavam o local de “o buraco da Missão”. Até os missionários não queriam
vir para cá. Outro nome dado era “zona morta”. Só para vocês terem uma ideia,
após a nossa chegada em Curitibanos, apenas umas 4 famílias davam o famoso
“almoço” para os missionários. Minha família e mais três. Isso chegava a ser pesado
para nós, pois era toda semana garantido. Às vezes vinham duas duplas e às vezes
até mais. Não sei precisar de onde saiam os outros missionários. Acho que eram
“LZs” ou “Assistentes”. Na porta da casa dos missionários de tempo integral, num
pequeno apartamento, tinha uma placa bem grande escrito “Batcaverna”, com o
símbolo do “Batman”.
Havia quase três anos que eu estava em Curitibanos, como membro da Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ainda não fazia um ano que eu era o
Presidente do Ramo. Eu gostava de registrar tudo. Tinha aprendido na Igreja a man-
ter um diário. Por isso, de tempos em tempos, colocarei algumas anotações aqui no
blog.

284

Passava por aqui os piores e os melhores missionários disponíveis na Missão
Brasil-Curitiba. Quando os melhores não conseguiam um bom resultado, o Presiden-
te mandava os piores.
Tinha um missionário. Gaúcho, grosso no seu jeito de falar e de tratar as pes-
soas. Aparentemente, “com problemas psíquicos”. Era totalmente descaracterizado
como um missionário Mórmon. Ele batizava qualquer pessoa. Convidava as mais
ignorantes possíveis, das periferias da cidade. As persuadiam de que, para viver
uma vida melhor, deveriam dar um “mergulho” na pia batismal da capela. Isso não
precisava ser numa reunião batismal, com membros do Ramo presentes. Faziam
isso, geralmente nos dias de semana, à tarde, noite e tarde da noite. Teve gente que
se batizou meia-noite.
Tudo o que ele pedia para a pessoa que aceitava o batismo é que ela viesse
uma única vez na igreja no domingo. Só uma única vez. Após a visita do recém-
mergulhado, o Elder jogava a tal ficha batismal de cor rosa na mesa do Presidente
do Ramo. Ele dizia: “Agora é com vocês, nossa parte nós já fizemos”.
De vez em quando discutíamos, eu e os missionários. Eles faziam esse tipo
de serviço e depois ficavam cobrando visitas aos recém-batizados por parte dos
membros que eram escassos. Todos nós trabalhávamos para sustentar nossas fa-
mílias. Não é fácil conciliar trabalho e horas de folga para visitar não sei quem.
Os missionários batizavam somente os mais pobres e os mais ignorantes.
Aqueles que não tinham o que comer. Não tinham estudo e também eram na maio-
ria semianalfabetos. Quando não, eram analfabetos mesmo. E ainda, tinham os bê-
bados e viciados em drogas. Essas pessoas, na sua maioria, não tinham a consci-
ência do ato que estavam praticando. Eram apenas pessoas aliciadas. Não tenho
nada contra batizar essas pessoas, mas a minha crítica é sobre a forma da aborda-
gem e convencimento. Nem as seis palestras eram dadas, apenas um resumo muito
superficial.
O objetivo desses missionários não era levar ninguém a Deus. Apenas queri-
am mostrar ao Presidente da Missão que eram máquinas de batismo.
Quando o Presidente da Missão acordava e percebia que não estava funcio-
nando uma determinada técnica, resolvia trocar. Acho que o Presidente era “maluco”
também. Devia pensar, “meus missionários estão batizando muitas pessoas em Cu-
ritibanos. Como é que a frequência na Reunião Sacramental não sobe? Os mem-
bros não estão fazendo o seu serviço de membros”. Assim, foram removidos os él-
deres e substituídos por sísteres.
Ai veio outro problema. Elas se apegavam muito a determinadas famílias e
não saiam das suas casas. O serviço missionário? Deixemos prá lá! Nunca deu cer-
to mesmo.
Se isso é a Igreja verdadeira de Deus, ele deve ter errado em muito, pois a
sua organização, não tem nada de celestial. É uma bagunça imensa o que os seus
representantes fazem aqui na terra em matéria de obra missionária.

285



“Pela primeira vez na história deste Ramo, o Presidente da Missão Brasil-Curitiba
(Lymann Daniel Covington) retirou os missionários de tempo integral e substituiu por
Sísteres. Elas devem chegar dia doze próximo. Ontem, recebemos a visita de dois
missionários da cidade de Lages. Elder Libânio e Elder Neves. Vieram para acertar
os últimos detalhes sobre a casa e aluguel onde as sísteres residirão. Foi alugada
uma casa pertencente ao irmão Miguel Antonio Zembrani, situada na Rua Carlos
Goetten nº 61, Bairro bom Jesus. Amanhã, segunda-feira, dia dez de fevereiro de
1992, providenciaremos a mudança dos móveis das missionárias, que estão guar-
dados nesta Capela, na sala cinco. Estamos confiantes de que poderemos ter gran-
des resultados nos próximos dias, meses e anos”. (Antonio Carlos Popinhaki - Pre-
sidente do Ramo Curitibanos 09/02/1992)

TUDO POR CAUSA DO MORMONISMO...

Boa Noite!
Desculpa incomodar o senhor, mas estou desesperado!
Esta madrugada de sábado estava perdido pedindo a Deus uma solução ai encon-
trei você no Google. Chamo-me (XXXX) (à pedido, não coloquei o seu nome de pro-
pósito), tenho 24 anos e sou de Minas Gerais. Eu nasci num lar evangélico, mas
sempre tive a mente muito aberta sobre religião... Eu creio que Jesus é o único sal-
vador desse mundo. Na bíblia fala que se a gente crer em Cristo e fizer sua vontade
nós seremos salvos. Um ano atrás, eu estava meio desviado, muito desviado... Eu
estava vivendo pela carne mesmo, muito distante de Deus... Quando conheci uma
Mórmon em uma boate... Começamos a sair e nos conhecermos melhor e tal... Aca-
bou que eu me apaixonei pela moça e ela por mim... Mas... Mesmo eu estando des-
viado, eu sabia que Deus nunca desviou de mim. Ela começou a falar da igreja dela
(SUD), que eu nem sabia que existia... Comecei a me interessar e estudar sobre a
igreja... Os missionários deram as palestras e tal até que eu batizei... Estava indo
tudo bem, tudo muito bonito até que um dia estudando o mormonismo, eu vi que
existiam vários deuses e que Jesus é irmão de satanás e comecei achar um tanto de

286

contradição com a bíblia... Comecei a me aprofundar nos estudos do mormonismo e
vi que tem muita contradição com o próprio mormonismo, a respeito das visões de
Joseph e etc., mas nessa altura do campeonato eu já estava noivo, aí foi o inicio do
fim... =/ os pais da minha noiva não aceitaram e ficaram muito nervosos com ela...
Brigaram com ela, falaram que ela só faz escolhas erradas, ela falou comigo que o
inimigo estava me cegando que eu não orei com sinceridade e etc. (foi justamente
depois da oração que eu encontrei essas contradições). O problema é! Eu amo ela e
tenho certeza que ela me ama... Tanto é que ela quer ficar comigo... Mas ela tem
esperanças de eu ir ainda à igreja sud. Mas sem chance mesmo! Essa igreja é uma
enganação de satanás! Todos acham que lúcifer é chifrudo feio... Pelo contrario! Ele
é bonito, um anjo de luz e ele se passa por um espírito bom. Por isso eles acham
que sentem o espírito de Deus, mas na verdade é o espírito do mal., mas continuan-
do... A mãe dela fala que o sonho dela é casar no templo para um dia ela ser uma
deusa. Risada! Aí nós não podemos nos casar... Ela já falou até em suicídio... Acre-
dita? Estou muito preocupado com ela... Eu amo ela e sei que ela me ama! Eu pre-
ciso de ajuda! O que devo fazer pra convencer ela? Desculpa o incômodo... E muito
obrigado por ler este e-mail. Que Deus te abençoe e continue mostrando a verdade
para as pessoas.

Não sou muito bom em conselhos dessa natureza. Depois que deixei o mor-
monismo, prometi para mim mesmo que nunca mais iria me intrometer na vida pes-
soal das pessoas. Então deixo aberto o seu problema, para que as demais pessoas
que comentam aqui no blog possam dar suas opiniões e tentar ajudá-lo.
Um abraço!

UM CASO DE ABUSO SEXUAL ABAFADO!

(Escrito por um Ex-Presidente de Estaca)

Olá meu caro, este é um tema bastante polêmico! Ocorreu enquanto eu ainda
era um membro do sumo conselho da estaca.
O fato se sucedeu com um bispo de 55 anos, casado, membro da igreja há
pelo menos uns 20 anos.
Era o ano de 1997, 5 adolescentes de 14 para 15 anos acusaram o bispo de
ter se utilizado de carícias intimas durante as entrevistas com as mesmas. Outro fato
denunciado foi o ato de exposição de seus órgãos sexuais para algumas destas ga-
rotas.
Até aí pode se justificar como despreparo de caráter, emocional e até mesmo
como sendo uma pessoa "enganada pelo inimigo".
Chamo a atenção para a maneira como o caso foi tratado. Na ocasião, um
presidente de estaca com total despreparo intelectual e emocional, mais um daque-
les, chamado pelo “espirito com carrão”, extrema covardia e submissão a presidên-
cia de área abafou o caso e nem se quer levou para a polícia investigar, já que o dito

287

sacerdócio não teve o poder suficiente para esclarecer quem estava falando a ver-
dade.
Não me lembro exatamente o nome da autoridade geral que veio até aqui pa-
ra tratar do assunto, mas era na época do Paulo Renato Graal, Damianni... Aliás O
Renato Graal ao visitar uma de nossas cidades aqui no sul foi alertado por um de
seus colegas (coordenador do SEI) que ele deveria visitar seus pais que já estavam
velhos e muito doentes e que, estava ficando mal para ele este descaso com seus
próprios pais, mas isto é um outro assunto.
A autoridade geral ao tratar do caso conseguiu também convencer os pais e
as menores a não denunciar o bispo agressor, não sei quais foram os artifícios usa-
dos para o convencimento, mas é no mínimo suspeito. O bispo era um dizimista in-
tegral, se quer um conselho disciplinar foi convocado, nem ao menos uma acarea-
ção foi feita, que era o mínimo a se considerar nestes casos.
Os anos se passaram e até hoje paira a dúvida e a desconfiança neste mem-
bro. Ele não se afastou, mas a sua reputação nunca mais foi a mesma.
O ex bispo (desprovido também de um preparo intelectual), até pensou em
denunciar os pais das menores por calúnia e difamação, mas convencido também,
pelas autoridades gerais da época que isto causaria muito transtorno para ele e para
as meninas, decidiu por não levar o caso adiante.
Claro que um caso como este causaria o maior transtorno para a igreja, a mí-
dia seria arrasadora. Mas a conclusão que cheguei é que nada importaria à reputa-
ção das pessoas. O que importava, era o "bom nome da igreja". Ficou mais do que
provado, com fatos e não com mera ilusão, que o sacerdócio, “este poder e autori-
dade,” nada mais é, do que uma estória tão real quanta a do papai noel. Onde esta-
va o poder? Onde estava a fé para solucionar este caso? Qualquer entidade que
priva as pessoas do acesso aos fatos reais é no mínimo suspeita.
Apesar de não poder me identificar, pelo menos ainda, me sinto muito feliz
por ter meus pensamentos livres, minha liberdade é o bem mais precioso que pos-
suo e acordar todas as manhãs e escrever estas palavras sob os raios resplande-
centes deste sol tão irradiante me mostram cada vez mais de que a maior violência
imposta ao ser humano é a tentativa de manipulação de seu cérebro, visto que o seu
funcionamento é a única característica que nos difere dos demais seres vivos. Tudo
pelo bom nome da igreja...

UM DOMINGO DE FRIO!

288

Estamos em julho e no inverno. Isso me remete às lembranças do passado.
Esse fato aconteceu no mês de julho do ano de 1994. Era inverno! Sei disso, porque
os campos estavam brancos pela manhã. Tinha uma forte geada naquela bela ma-
nhã. O sol mostrava os primeiros raios acalentadores. Era domingo, apesar da cama
me convidar para permanecer por mais tempo, eu sabia que tinha um compromisso.
Eu tinha uma responsabilidade na Igreja. Como Bispo, eu costumeiramente chegava
mais cedo do que todos os membros. Era também, o último a deixar o edifício, mui-
tas vezes depois do meio dia.
Aqui na pequena cidade de Curitibanos, quando o frio é bem intenso, para os
padrões climáticos brasileiros, é normal a frequência nas reuniões dominicais da
Igreja Mórmon cair bastante. E foi o que eu presenciei naquele dia. A frequencia na-
quele domingo foi de 8 pessoas. Isso mesmo, somente 8 pessoas foram na igreja.
A capela não dispunha de nenhum sistema de aquecimento, salvo um carpete
no chão que dava a impressão de amenização do frio. Muitas mulheres levavam co-
bertores para aquecer as pernas e pés ou também aquecer seus pequenos filhos e
filhas.
Imaginem uma reunião sacramental com 8 pessoas. Que ridículo. E foi o que
aconteceu. Algum orador dentre os 8 ainda soltou a máxima no seu discurso: “Se o
mundo acabasse hoje, acho que só nós nos salvaríamos, porque tivemos mais fé,
enquanto os demais membros dessa Ala não foram valentes no testemunho. Nem o
frio nos impediu de participar do sacramento hoje”.Tinha cada um que soltava im-
propérios nos discursos sem ao menos levar em consideração muitos fatores, como
o frio e a chuva, entre outros.
Nesse dia frio, lembro-me que devido a minha forte convicção de crer que a
doutrina ensinada na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias era correta,
tirei minha esposa e minhas filhinhas da cama e fomos à capela a fim de participar-
mos das corriqueiras reuniões dominicais.
Até hoje, minhas filhas me cobram isso. Elas dizem que eu era muito mau,
pelo fato de fazê-las saírem no frio intenso, muitas vezes, com temperaturas negati-
vas, nos domingos de manhã, rumo à capela. E iam de saia ou vestido.
Tenho certeza hoje de que eu era muito fanático. Não consigo perceber outra
definição para essa loucura de assiduidade, preocupação com tudo aquilo ensinado
no mundo Mórmon.
Percebo hoje, que esse fanatismo todo, me cerrou muitas portas de cresci-
mento profissional. Perdi muitas oportunidades profissionais, por esse tipo de com-
portamento fiel à causa Mórmon. Muitas vezes, porque o tipo de serviço oferecido a
mim exigia que se trabalhasse no domingo. Outras vezes, o serviço era numa cidade
onde não havia a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Então dizia
comigo mesmo: “nunca morarei numa cidade onde não tem a igreja”. Errava muito
ao pensar dessa maneira. E o pior, estava completamente cego e surdo. Não con-
segui perceber, que aquilo tudo era uma fraude, que não me levaria a lugar algum.
Não conseguia perceber as consequências futuras. Que tudo aquilo acabaria
em muito remorso. Espero que ao escrever essas coisas sobre a minha vida, alguém

289

possa ler e abrir os olhos. Qualquer fanatismo demasiado pode ser trágico. Feliz-
mente, agora todos estamos bem. Conseguimos nos estabilizar em todos os senti-
dos. Mas há um consenso entre todos os membros da minha família. Nunca mais
seguiremos nenhuma organização, associação que tenha doutrina alienante e que
exija de nós sacrifícios, principalmente dinheiro e tempo. Nunca mais seguiremos
nenhuma doutrina que tenha uma espécie de adoração pelo seu criador ou funda-
dor. Isso é loucura, estamos vacinados. Dessa doença não morreremos.

UMA CANOA FURADA NO MEIO DO OCEANO!

Fui SUD por 24 anos, eu e minha família, marido e três filhos já rapazes. Sa-
ímos pelo mesmo motivo que leio neste blog, o livro de Mórmon não tem nada à nos
oferecer somente guerras, lutas, desobediências as leis do senhor. O que não é dife-
rente dos dias de hoje.
Na igreja, os líderes cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais humilha-
dos, a começar pelos missionários. Meus dois irmãos serviram missão de tempo in-
tegral e hoje não querem nem ver e saber nada desta igreja. Meu filho mais velho
vai completar 18 anos e antes de abandonarmos a igreja, estavam fazendo um tra-
balho psicológico nele. Ele só lia o livro de Mórmon, só ouvia os hinos da igreja, tudo
era pecado, e tudo era para a preparação para a missão. Até se mantinha distante
da família, pois isto era regra, não se apegar a nós, pois iria e cumpriria o dever de 2
anos longe de nós. Voltaria e encontraria uma moça virgem e já casaria. Que loucu-
ra! Nem para os estudos pré vestibular, carreira nasAgulhas Negras que era o seu
sonho, ele abandonou tudo. E eu e meu marido deixamos um pouco o fanatismo e
aos poucos fomos descobrindo um outro mundo. Era como se fossemos robôs, usa-
dos somente para trazer filhos ao mundo e trabalhar de graça na igreja e fazer a
igreja ficar mais rica. Nós éramos da Ala 2, da cidade de Ponta Grossa, Paraná. De-
pois que saímos levou algum tempo para nosso filho mais velho voltar ao normal e
ver o que estava por trás de tudo isto. Agora ele voltou a se preparar para o vestibu-
lar, tem namorada, vai a clubes para dançar.
Eu perdi todos estes anos servindo a um homem que me fizeram acreditar,
que viu um anjo e que ele lhe deu um livro sagrado. Como foi bom encontrar mais
pessoas que sabem que tudo isto é loucura. Sei que existe um Deus, mas a igreja
verdadeira ainda não retornou para a terra. Ainda estamos em um mundo de apos-
tasia, juntamente com os líderes desta seita Mórmon.
Até agora não encontrei nenhuma igreja pior que a SUD. Os líderes cada vez
mais ricos e iludindo mais pessoas, enganando e nos fazendo acreditar que ela é
verdadeira. Como gostaria que o tempo voltasse para eu ter escolhido não ter entra-
do nesta arapuca perigosa.
Só as pessoas que conseguem sair desta matrix é que podem falar o quanto
fomos enganados sobre tudo e todos. Quem estiver com dúvidas, sobre esta igreja,
eu aconselho a orar e ler os comentários, mas com uma mente aberta. Respire fun-
do e pense, o Senhor iria aparecer em uma floresta para um jovem? Lembre-se de

290

Moisés! O poder de Deus era tão forte que deixou os cabelos dele branco. Isto por-
que Moisés era um homem forte e temente a Deus, e mesmo assim envelheceu só
de sentir a presença do Senhor perto dele. E o jovem Joseph? Nada aconteceu!
Somente ficou fraco! Que mentira! No mínimo ele envelheceria e seus cabelos tam-
bém. Mas não, continuou o mesmo jovem rapaz, usando de mentiras para se dar
bem aos olhos da família e do mundo.
Tenho muitas histórias verdadeiras para contar. Coisas que dariam um filme
de terror. Outro filme de pedofilia e outros de homossexualismo da liderança. Outros
de adoção e ganho de dinheiro por cada criança adotada e etc.
Mas em outra hora irei contando tudo para que os que ainda estão em duvida
acreditem. Ser Mórmon é estar em uma canoa furada no meio do oceano. – Ronsoni

UMA COMUM HISTÓRIA DE AMOR MÓRMON!

Estes fatos ocorreram numa Ala qualquer da Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias, organizada no Brasil. Trata-se da história de vida de Ana e Mi-
guel. Ana tinha 25 anos e já não era uma adolescente. Fora criada na Igreja e tivera
toda a educação religiosa fundamentada no mormonismo. Seus pais foram líderes
da Igreja, na cidade onde morou a vida inteira. Eles eram conhecidos de muitos ou-
tros líderes do mormonismo brasileiro, que geralmente visitavam esta cidade, em
ocasiões de Conferencias de Estaca. Por razões óbvias de comprometimento de
pessoas envolvidas nestes fatos a serem descritos, não serão revelados seus no-
mes. Somente os nomes de Ana e Miguel serão citados aqui.
Recebi alguns e-mails de Ana pedindo para que eu a ajudasse com alguns
conselhos, pois estava desesperada. Ela tinha se enamorado de um rapaz,
que também era membro da Igreja. Ele pertencia à outra Ala que funcionava na
mesma cidade. Como Ana, Miguel também fora criado na Igreja. Toda a educação
religiosa destes dois jovens provinha dos ensinamentos do mormonismo. Então re-
ceberam constantes instruções e treinamentos durante suas idades mais tenras so-
bre como comportar-se no namoro. O namoro Mórmon é algo peculiar e singular.
Segundo as instruções da liderança Mórmon, os jovens não devem ter contatos físi-
cos um com o outro, a ponto de que este contato desperte excitação de um ou mú-
tua excitação. Um mero beijo já é algo que pode ser taxado como algo obsceno ou
inadequado para o namoro Mórmon. Carícias íntimas? Nem pensar! Isso seria ceder
aos sussurros do “inimigo”. Carícias íntimas, segundo a cabeça dos “velhos líderes
que moram nos Estados Unidos”, que já não conseguem satisfazer suas esposas há
décadas, leva os jovens à pratica da masturbação e depois ao ato sexual. Isso, de
acordo com estes velhos líderes, seria ceder às tentações de Satanás. Aliás, estes
líderes conseguem ver Satanás em todos os lugares. Eu mesmo já fui rotulado como
filho de Satanás só porque deixei o mormonismo.
Miguel estava se preparando para sair em Missão e tinha mandado seus “pa-
péis”. Estava aguardando o chamado “inspirado” do profeta. O namoro continuava.
Ana amava Miguel e sabia que dois anos longe do seu amado seria um tormento,

291

uma tortura. O namoro já tinha fugido do padrão Mórmon há meses. Os dois, quan-
do se encontravam, geralmente às escondidas dos olhares proibitivos dos pais se
acariciavam e se beijavam ardentemente, até o ponto de se masturbarem mutua-
mente. O fogo era tanto nestes jovens Mórmons, que literalmente, um caminhão de
bombeiros seria pouco para apagar.
Certo dia aconteceu o inevitável! O ato foi consumado! É evidente que algu-
mas transformações ocorreram no comportamento dos dois. Alguns membros da
família e também da Igreja começaram a perceber essas mudanças e então houve
muitos questionamentos da parte de todos.
O bispo de Miguel marcou junto do jovem e não o deixava em paz um único
dia sequer. Chegou levá-lo para ajudar em sua loja. Aquilo, para o jovem era um in-
ferno! Apesar de toda essa marcação, este jovem foi corajoso e não revelou a nin-
guém, em nenhuma das muitas entrevistas que tinha “quebrado a lei da castidade”
Mórmon. Se ele revelasse isso, seria rotulado como apóstata, rebelde, seguidor de
Satanás e pior ainda, sua amada Ana seria considerada a culpada. Lembram-se de
que ela tinha 25 anos e era mais velha? Então, para a preservação da harmonia rei-
nante, ele não falou nada.
Por outro lado, a jovem moça, também se manteve irredutível e honrou o trato
que fizera com seu namorado. Ela também fora sondada interminavelmente por seu
bispo e por todas as fofoqueiras de plantão da sua Ala, para tentarem arrancar al-
guma confissão da jovem.
Segundo Ana, eles transaram uma única vez. Temendo serem rotulados de
todos os nomes e terem suas famílias envergonhadas perante todos, mantiveram-se
calados. O tal chamado profético chegou afinal num certo dia. Para surpresa de to-
dos! O jovem rapaz fora designado “profeticamente” para uma missão no nordeste
do Brasil. Um lugar com costumes bem diferentes do ambiente em que fora criado.
Além de distante geograficamente, a cultura em que se inseriria certamente faria
com que fosse também distante das lembranças de Ana.
Ana chorava às escondidas de tristeza. Era estranho porque ela poderia ar-
rumar outro homem de sua própria idade. Mas, segundo suas palavras, “estava
apaixonada por Miguel com seus quase 20 anos”. A diferença de 5 anos não é algo
muito relevante. O que é relevante aqui é a separação que a doutrina Mórmon impu-
tava a esse casal.
Depois de muitas despedidas, Miguel foi para a missão. Ele está na missão
agora, fazendo o trabalho voluntário de proselitismo do mormonismo. Ana ficou para
trás. Ela agora achou o meu blog na internet e escreve para mim. Diz que fora injus-
tiçada e que sente que Deus fora desonesto com ela. Questiona muito sobre esse
amor de Deus e sobre esse amor de um pai. Acha que a doutrina é fraudulenta após
ler e descobrir coisas que nunca vira na Igreja. Ela me autorizou a escrever sua his-
tória, mas omitindo muitos detalhes. Eu o fiz! Simplesmente para mostrar aos jovens
que estão frequentando a Igreja o quanto de sofrimento essa Igreja “perfeita” pode
causar no coração das pessoas. Ana e Miguel existem aos montes. A história parece
singular, mas não é. Muitos são os casos encontrados nas diversas unidades esta-

292

belecidas da Igreja semelhantes a esta história. Os personagens existem e a história
é repetida cada vez mais frequente.
Os lideres culpam Satanás por induzirem os jovens ao ato sexual. Eu culpo os
“velhos líderes que moram nos Estados Unidos”. Eles são os culpados por quererem
que os jovens de hoje namorem como os jovens do século XIX. Velhos safados!
Quando escrevo a palavra “velho”, não me refiro somente à idade desses líderes
cegos. Mas também aos conceitos religiosos antiquados a que estão apegados e
que submetem todos os demais membros da seita Mórmon.
Entendo perfeitamente que para o mundo corporativo da “Mórmon Inc.”, eles
não usam conceitos antiquados. Afinal, nos escritórios das empresas do conglome-
rado Mórmon, os lucros são mais importantes do que sentimentos, dor e desilusão.
Satanás, por certo, não está presente nos negócios que são realizados em seus es-
critórios. Muitos dos negócios Mórmons são concretizados após a ação de “lobistas”
ou favores recebidos de políticos, em troca de apoio. Empresas Mórmons que não
pagam impostos por causa de doações à sua Igreja. E a Igreja que não paga impos-
tos por que está enquadrada como instituição filantrópica. Segundo os líderes Mór-
mons, esses atos "desonestos" têm a marca de Deus. Satanás passa bem longe de
seus escritórios corporativos. Não importa o que façam para obterem lucro para a
corporação.
No caso de Ana e Miguel, só o tempo poderá dizer-nos se este casal ficará
junto ou não. Nada posso fazer! Não posso aconselhar a mulher Ana e nem o ho-
mem Miguel. Se fosse para eu dar um conselho, não o teria deixado ir para a mis-
são. Mas esse sou eu! Resta-me desejar sorte aos dois. Quero saber como isso tu-
do vai terminar no final dos dois anos de missão de Miguel.

USEMOS A RACIONALIDADE!

Recentemente, num comentário recebido, me chamaram novamente de após-
tata. Não me ofendo mais com isso. Não pensem os autores das ofensas que isso
me abala. Quem lê o blog já deve ter percebido que é sempre a mesma forma de
expressão, oriunda de alguns membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, em relação à minha pessoa ou ao meu blog. Ataques pessoais estão
ficando cada vez mais comuns. Ataques devido à criação e manutenção do blog,
seu conteúdo e também a maneira como estamos tratando com essa doutrina, que
para alguns poucos, é considerada verdadeira. Geralmente os ataques não são de
uma mesma pessoa. São de vários membros que moram em lugares diferentes. Os
ataques não são só direcionados à minha pessoa. Também são direcionados aos
ex-Mórmons que comentam aqui.
Impressiona-me muito esse comportamento de alguns membros da Igreja
Mórmon (Não posso ser injusto e generalizar). Quando eu era membro, não perce-
bia essa conduta entre a irmandade. Isso me passava completamente despercebido,
devido o meu completo envolvimento com a doutrina, que é altamente alienante.
Pode ser essa a razão de eu não perceber essa agressividade. Pode ser que os

293

membros da Igreja Mórmon sejam hostis, pela simples razão, de não aceitarem que
sua fé não seja tão verdadeira como o seu “Profeta” vivo afirma! Como não querem
ler e ponderar partem logo para o ataque pessoal ou coletivo. Isso talvez explique
essa animosidade contra qualquer um que fale, escreva ou comente algo contrário
ao conteúdo ensinado doutrinariamente pelo mormonismo.
De qualquer forma, podemos aprender uma lição com toda essa antipatia. Os
membros da Igreja Mórmon, quando contestados, ficam tão desesperados tentando
defender sua Igreja que não respeitam nenhum limite. Nem filosófico, nem ideológi-
co e nem doutrinário. Dá-me a entender que agem impulsivamente. Reação em de-
trimento de uma ação.
Aqui mesmo na minha cidade de Curitibanos, percebo que há entre os que
comentam de forma anônima no blog, membros que antes se diziam meus amigos,
fiéis às minhas palavras, quando eu era o bispo deles. Hoje me agridem com pala-
vras. Muitas vezes, de forma anônima. Eu bem que gostaria de conversar com cada
um desses membros que agem dessa maneira, de preferência em particular. Mos-
trar-lhes sobre a falta de evidências cientificas do Livro de Mórmon. Sobre a fraude
da tradução egípcia do Livro de Abraão, sobre a poligamia, poliandria e pedofilia pra-
ticada pelos primeiros líderes do mormonismo. Entendo que seria inútil tentar con-
versar particularmente com os membros da igreja Mórmon. Mas, às vezes, não deixo
de ter uma certa esperança, mesmo que remota, de que se isso fosse possível, con-
seguiria pelo menos colocar alguma dúvida na cabeça de alguns com as argumen-
tações acima.
Tudo poderia ser melhor, se ao invés de ficarmos nos ofendendo, travásse-
mos nossa batalha com as armas da racionalidade. Se pudéssemos argumentar
com base em comprovações, sempre sairíamos ganhando. O debate seria altamen-
te construtivo. Mas se continuarmos a travar nossas batalhas com insinuações, falá-
cias e sofismas, o lado agressor nunca sairá ganhando.
Eu não tenho mais nada a perder. Já saí do meio do mormonismo. Apenas
estou prestando um favor a muitos. Estou difundindo o que realmente aprendi duran-
te e depois do meu envolvimento com a Igreja Mórmon. Os perdedores certamente
serão os membros agressores. Ninguém poderá afirmar categoricamente, que mui-
tos desses que me agridem hoje, não estarão numa posição semelhante à minha
atualmente, num futuro próximo.
Eu mesmo era muito aguerrido em defender o mormonismo. Tento hoje recu-
perar toda a energia que depositei enquanto estava na condição de membro, tra-
zendo pessoas para as águas batismais. Agora quero que as pessoas não se bati-
zem, pois estarão cometendo um erro. A doutrina não é verdadeira. Está alicerçada
em cima de mentiras e preconceitos. O dinheiro suado dos membros que serão
transformados em dízimos será utilizado para manutenção de mordomias pessoais,
pagamento de altos salários de funcionários que não fazem quase nada, viagens em
vôos internacionais, hospedagens em hotéis cinco estrelas. Nada para os pobres e
os necessitados. Tudo para os ricos e abastados. Assim é o mormonismo.

294

VESTINDO MORTOS!

Era quase certo, quando morria algum homem, membro da Igreja Mórmon, da
Ala Curitibanos, que já tinha passado pelos templos, os familiares me chamarem
para ajudar a vesti-lo. Ainda mais que eu era o Bispo. Ajudei a vestir muitos defuntos
no período que compreendeu a minha gestão no bispado da Ala Curitibanos.
Para falar a verdade, aquele serviço não me trazia nenhum prazer ou um bom
sentimento, de que eu possa me vangloriar, nem naquela época ou agora.
Apesar dos mandamentos e instruções contidas nos manuais Mórmons, não é
mais comum vestir mortos em nossos dias, quer seja um parente ou um líder ecle-
siástico. Agora os tempos são outros. Existem funerárias, com profissionais compe-
tentes, que fazem esse serviço com muita maestria. Além de vestirem os defuntos,
ainda, fazem uma bela maquiagem nos mesmos deixando-os mais apresentáveis
para o velório. Vestir mortos à maneira dos Mórmons, em alguns casos, pode ser
quase que impossível, mesmo para aqueles que já passaram pelos templos.
Teve recentemente um caso aqui na minha cidade de Curitibanos. Um amigo
meu, ex-membro da Igreja Mórmon faleceu. Ele também era aposentado da Policia
Militar de Santa Catarina. Como estava enfermo há algum tempo, alguém da família
comprou um bonito terno novo, para que se ele viesse mesmo a morrer, pudesse ser
vestido com esse terno. Era uma espécie de presente de um familiar.
Por outro lado, os comandantes da Polícia Militar da cidade, sugeriram aos
familiares, que essa pessoa fosse enterrada com a farda militar de gala.
Por fim vieram os Mórmons, com aquelas roupas mortuários horríveis, muito
mal copiadas da maçonaria.
A família optou pelo terno que fora um presente de um familiar. E ficou muito
bem. O falecido estava impecável naquele terno. A maioria dos familiares pertencia
a outras religiões, sendo os membros do mormonismo, uma minoria.
O estranho foi que na hora do enterro, sob uma chuva continua, apareceram
no cemitério, alguns membros da Igreja Mórmon da Ala Curitibanos. Incluindo aí, o
bispo e outros poucos membros. Um deles, com aquele envelope templário de teci-
do branco, sob o braço. Não sei se a intenção deles era tentar vestir aquela roupa
mortuária no falecido, ali mesmo no cemitério, debaixo de chuva, na frente das pes-
soas que ali estavam, ou tinham outro pensamento em mente. Uma vez que o fale-
cido já estava devidamente bem vestido, bem arrumado e paramentado. Ou ainda,
se a intenção era simplesmente colocar dentro do caixão aquele envelope, imagi-
nando simbolizar alguma coisa que nem consta em manual Mórmon algum. Nem
faço aqui, crítica alguma à liderança da igreja local. Entendo que de tanto se envol-
verem com os ensinamentos e doutrinas da Igreja, ficam meio que sem saber o que
fazer ou como reagir em situações adversas como essa.
Sem querer abusar da situação triste que é a perda de um ente querido. E em
respeito à família dessa pessoa que citei aqui, apenas com o intuito ilustrativo, sem
menosprezar, nem ele ou algum de seus familiares. Como disse antes, ele era meu
amigo, assim como seus familiares são ainda meus amigos. Os conheço desde que

295

eu era pequeno. Pois eu mesmo perdi meu pai, há menos de um ano. Sei da dor e a
tristeza que é isso tudo. O que me incomoda é simplesmente o fato, dos Mórmons
acharem que numa vida vindoura, todos os homens viverão vestidos envoltos com
um lençol branco e com chapéu de padeiro. Isso sim, beira ao ridículo.
Cada vez que avançamos no tempo, mais os dogmas e os ensinamentos do
mormonismo serão evidenciados como ultrapassadas. Ilustro essas minhas últimas
palavras, citando as roupas templárias, os vestidões ou saiões para as mulheres
usarem somente nos domingos, muitos filhos, pagamento de dízimos, casamentos
celestiais. Quanta besteira numa só doutrina.

COMENTÁRIOS DE EX -MÓRMONS!

Este texto foi elaborado a partir de alguns comentários recebidos no
blog. Disseram que que eu e os demais que me ajudam focamos somente aspectos
negativos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eu confesso que
gostaria que fosse diferente. Que ao invés de mostrarmos um lado um tanto “som-
brio” da entidade, pudéssemos mostrar e confirmar o que de fato é ensinado aos
membros, nas diversas reuniões e aulas promovidas cotidianamente nas capelas e
templos da organização SUD.
A Igreja se auto-proclama perfeita, incorruptível e a única verdadeira existen-
te na terra. Essa Igreja deveria ser ao menos diferente das demais, que o mundo
Mórmon, incansavelmente, diz que não possuem autoridade divina. O mormonismo
deveria possuir líderes do alto escalão mais qualificados, doutrina infalível, à prova
de qualquer comprovação científica, sem erros e sem mentiras.
Quanto à qualificação da liderança, explico o seguinte: Acho isso extrema-
mente assombroso! Como que mais de cem homens, que estão à frente da Igreja, a
maioria com doutorado, não podem entrar num consenso e mudarem alguns pontos
da doutrina aos demais membros? Digo isso, no sentido de que eles sustentam er-
ros grotescos do passado Mórmon. Endeusaram Joseph Smith Jr., colocando-o num
pedestal, que fica na mesma posição que Deus e Jesus Cristo. Ensinam que todos
terão que ser julgados por Joseph Smith Jr. Isso, antes de supostamente podermos
galgar alguma posição, numa hipotética vida futura. Sustentam as inverdades do
Livro de Mórmon. Afirmam que ele é correto, mas não provam isso em nenhum pon-
to. Entretanto, apesar de tentarem empurrar goela abaixo aos membros, de que não
necessitam de provas para comprovar a veracidade do Livro de Mórmon, empe-
nham-se em pesquisas, meio que às escondidas dos membros, como oNeal A.
Maxwell Institute for Religious Scholarship. Esse Instituto de Pesquisas funciona
com pessoas pagas, que estão empenhadas em provar algo, que o mundo científico
afirma ser uma fraude, o livro de Mórmon. De tempos em tempos aparece aqui no
blog, textos traduzidos a partir de funcionários deste Instituto. Nenhum com credibili-
dade científica, mas com muita credibilidade literária! Gostaria que achassem uma
prova do livro de Mórmon, mas até agora ninguém achou uma única moeda sequer.

296

Uma igreja que possuir um certo grau de perfeição na sua doutrina pode ser
considerada uma boa igreja, mas uma liderança não deve se vangloriar de que sua
igreja seja a única existente na terra. Nem falar mal de outras doutrinas. Aí entra a
soberba e sai a humildade. Com certeza, a igreja Mórmon não é a igreja verdadeira
edificada aqui na terra. Para nos tornarmos pessoas melhores, não precisamos en-
contrar-nos corriqueiramente dentro de uma igreja.
Querer ser honesto e correto em ações deve fazer parte da vida intrínseca de
cada indivíduo. Isso faz parte da moral e da ética.
Todos sabem que a liderança (alto escalão) da igreja Mórmon de hoje possui
muita soberba e que não são nada humildes. Eu conheci pessoalmente alguns de-
les. Os demais que não conheci estão fechados e unidos num consenso, então são
iguais aos que conheci. Se auto-proclamam“testemunhas especiais de Cristo”. Na
verdade, fogem das pessoas, como o rato foge da coruja à noite. Thomas S. Mon-
son não é encontrado nas ruas de Salt Lake City. Por que será que ele anda extre-
mamente maquiado e disfarçado? Para não ser reconhecido pelos membros?
Os líderes Mórmons ensinam dentro das capelas, que a igreja é a única verdadeira
da face da terra. A única que contém a plenitude do evangelho eterno (livro mór-
mon). Ou seja, um evangelho pleno e perfeito. Se isso fosse verdade, então a igreja
deveria anular totalmente a bíblia. Seria mais sensato, e segundo Joseph Smith Jr.,
todas as outras igrejas são CORRUPTAS e ABOMINÁVEIS, portanto: partindo des-
se ponto de vista, essas igrejas têm todo o direito de cometerem iniquidades. Mas
será que a "igreja verdadeira"tem o mesmo direito de cometer esses erros que co-
meteu no passado? Doutrinas criadas sem contexto bíblico, consideradas por eles
mesmos, como INFALÍVEIS e ETERNAS, mas que depois foram mudadas? Pode
alguém intitular-se profeta e depois errar em suas "revelações” como ocorreu no
passado?
Uma coisa é mudar conscientemente, admitindo estar errado e justificando a mu-
dança. Outra, é mudar por força ou pressão das leis do Estado.

HISTORIADOR ABANDONA O MOR MONISMO!

Recebi hoje um e-mail de um historiador, que diz gostar de ler blogs sobre o
mormonismo. Espero que este meu blog possa ter o mesmo efeito, que outros blogs
já demonstraram ter sobre alguns membros do mormonismo.
Eu no fundo acredito nisso! Um membro da igreja, após ler o que está publi-
cado nos blogs de ex-Mórmons, não vai encarar a doutrina da mesma maneira como
sempre a encarou.
O nosso trabalho não é agradável aos membros da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias - SUD, da Comunidade de Cristo (reorganizada) - RSUD,
dos Mórmons Fundamentalistas – FSUD. Isso é notório! Mas fazer o que? Depois de
todo o estrago que a doutrina fez em nós, por longos anos, não temos mais nada de
melhor para fazer a não ser divulgar o que aprendemos depois que saímos da Igre-
ja.

297


Olá Antonio Carlos!
Meu nome é (xxxxxx), gostaria que publicasse meu "testemunho" no seu blog, po-
rem só peço que omita meu nome. Batizei-me na Igreja com 15 anos de idade. Na
época, já buscava uma religião e sempre me perguntava: Por que os milagres e apa-
rições de anjos, bem como a existência de profetas não aconteciam mais? Então
conheci os missionários e gostei de tudo o que me ensinaram: um profeta vivo, uma
única igreja verdadeira, respostas para questões como "porque estamos
aqui?" "para onde vamos?" Enfim, preencheu todo o vazio do meu ego, principal-
mente por saber que eu era um "escolhido” de Deus na pré-existência. Contei os
dias para que pudesse ir para a Missão, e foi um tempo realmente muito bom... Di-
verti-me bastante e naquela época achava que com 19 anos tinha respostas para
todas as questões da vida!!
Quando terminei a missão, me casei com uma mulher maravilhosa (membro desde
que nasceu) e nos selamos no templo.
Durante todo esse tempo, meu testemunho era inabalável, eu já havia lido todos os
livros da igreja em português.
Porém, em 2008 comecei a fazer faculdade de História, e como todo apaixonado por
Historia resolvi estudar mais a fundo a historia da igreja. Dessa vez, com um olhar
de um historiador, foi quando descobri o blog da “Investigadora” e o blog “A verdade
SUD”. Devorei todo o conteúdo deles, enquanto meu testemunho diminuía cada vez
mais. Isso foi no carnaval de 2010. Na época fiquei sem chão... Um pouco revoltado!
Tudo o que fiz e me esforcei, se baseava numa mentira??? Conversei exaustiva-
mente com minha esposa, que para minha surpresa, não se abalou com minhas
descobertas. Porém chegamos à conclusão de que apesar de tudo, gostamos de
frequentar a igreja e todo nosso circulo social está na igreja... Porém hoje, não tenho
mais nenhum chamado e encaro a igreja como um lugar agradável, com bons ami-
gos e gostaria que meus filhos aprendessem os princípios de cuidar bem do corpo e
fazer o bem ao próximo! Hoje sou muito feliz por ter me libertado de uma doutrina
opressora, alienante e megalomaníaca (Me tornar um Deus e ter várias esposas???
Não... Obrigado!!!!!!!)
Grande abraço!!!!!!!!!!!

Eu, com certeza, não criaria meus filhos dentro da Igreja Mórmon! É um peri-
go o que fazem com as criancinhas desde o berçário. Ensinam elas que existem pro-
fetas vivos. Que devem crescer e pagar o dízimo e que a Igreja é a única verdadeira
existente em todo o mundo. Ensinam que todas as demais religiões não são certas e
que são más (1 Néfi 14:10)
70
. Ensinam as crianças que o livro de Mórmon é o livro
mais correto da terra, só que não tem nenhuma prova científica (história, genética,

70
Eis que não há mais do que duas igrejas; uma é a igreja do Cordeiro de Deus e a outra, a igreja do
diabo; portanto, quem não pertence à igreja do Cordeiro de Deus faz parte daquela grande igreja, que
é a mãe de abominações; e ela é a prostituta de toda a Terra.

298

arqueologia e antropologia) para comprovar isso. Dizem que não precisarão de pro-
vas e que a fé é mais do que suficiente.
Então meu amigo, gostaria que pudesse rever essa sua decisão. Cuidar bem
do corpo e fazer o bem ao próximo pode ser ensinado em casa e não há necessida-
de de igreja ou doutrina alienante para isso. Além do mais, se a igreja não serve pa-
ra você e tua esposa, porque serviria para teus filhos? Mas cada um é cada um. Eu
não sou o dono da verdade. Apenas mostro o que aprendo.
Outro grande abraço!

Eis que não há mais do que duas igrejas; uma é a igreja do Cordeiro de Deus
e a outra, a igreja do diabo; portanto, quem não pertence à igreja do Cordeiro de
Deus faz parte daquela grande igreja, que é a mãe de abominações; e ela é a prosti-
tuta de toda a Terra.

O MORMONISMO E AS LOTERIAS, JOGOS, APOSTAS E SIMIL A-
RES!

Para os Mórmons, apostar em qualquer jogo é considerado “algo não sábio,
potencialmente viciante e um grande mal uso de arbítrio e tempo”. Jogar significa:
incluir apostas, participar de jogos de azar, comprar bilhetes de loterias do governo
federal, estadual e qualquer coisa dessa categoria.
Um “apóstolo” Mórmon dos dias atuais, Dallin H. Oaks desenhou a linha entre
os clamores e os produtos reais de uma loteria:
“Loterias públicas são defendidas como meios de aliviar a carga das taxa-
ções. Tem sido claramente demonstrado, entretanto, que com muita frequência as
loterias apenas aumentam os problemas de dificuldades financeiras tomando o di-
nheiro deles sem lhes dar nada de valor em troca. Os pobres e os idosos se tornam
vítimas dessas induções que são feitas para levar à compra de bilhetes de loterias
com uma chance muito remota de ganhar um prêmio substancial” (Jogar – Moral-
mente Errado e Politicamente Não Sábio, Dallin H. Oaks, Ensign, junho de 1887, 69-
75).
É sabido por toda a população que os objetivos da existência de loterias não
são bem como o “apóstolo” Mórmon falou. No caso das loterias federais brasileiras,
a Caixa Econômica Federal divulgou no seu site:

“A administração das Loterias Federais foi delegada à CAIXA em 1962, quan-
do a União tornou-a responsável por sua exploração e por repassar ao Governo Fe-
deral, os valores destinados aos beneficiários legais, provenientes da arrecadação
com a venda dos produtos lotéricos.
Além de alimentar os sonhos de milhões de apostadores por seus prêmios mi-
lionários, as Loterias CAIXA constituem uma importante fonte de recursos para o
desenvolvimento social. Quase metade do total arrecadado com os jogos (incluindo
o percentual destinado a título de Imposto de Renda) é repassada para os beneficiá-

299

rios legais e entidades não governamentais para investimentos em áreas prioritárias
para o desenvolvimento do País.
Em 2010, mais de R$ 4 bilhões tiveram essa destinação. Veja como ficou a
distribuição:
O esporte nacional recebeu R$ 537.825 milhões, que foram destinados ao
Ministério do Esporte e aos Comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiros;
A Seguridade Social recebeu R$ 1,49 bilhão para garantir benefícios previ-
denciários aos cidadãos;
O Programa de Financiamento Estudantil (FIES) recebeu R$ 793,6 milhões
para possibilitar aos estudantes de baixa renda a oportunidade de fazer um curso
superior e a conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Ao Fundo Nacional de Cultura foi enviado R$ 249,4 milhões destinados à pre-
servação, ao desenvolvimento e à divulgação da riqueza cultural de nosso país;
O Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) recebeu R$ 264,8 milhões para
investir na segurança dos cidadãos”.

Mas segundo as palavras do “apóstolo” Mórmon Dallin H. Oaks “a prática dos
jogos de azar em qualquer de suas formas enfraquece a fibra moral produtiva da
sociedade, promovem uma rede para ganhar sobre os custos de uma outra pessoa,
e resulta na perda da característica Cristã de se preocupar com os outros (Ibid.)”.
Eu conheço muitas pessoas que apostam semanalmente na loteria nas casas
lotéricas. Eu particularmente quase não jogo, mas acho que o “apóstolo” e os de-
mais líderes Mórmons estão exagerando quando dizem que: “quando enlaçado pela
tendência de repetir uma vitória ou tentar vencer, muitos têm sido culpados de injuri-
ar os que estão ao seu redor, roubando objetos pessoais – economias, objetos de
casa, alianças – para vender numa tentativa de conseguir ganhar”. Nas palavras de
Shanna Ghaznavi: “Aqueles que jogam arriscam mais do que dinheiro. Suas vidas e
famílias estão em risco também”(Não Aposte sua Vida, New Era, feb. 2006, 26-31).
Os Mórmons consideram as jogatinas comportamentos imorais e indignos de
Cristãos.
Qualquer atividade pode ser viciante quando praticada cíclicas vezes. Não só
a loteria, mas o pagamento de dízimos, por exemplo. Em troca de um suposto “sta-
tus” de fiel seguidor de qualquer doutrina religiosa, pode causar tanto mal como o
repetitivo ato de jogar na loteria semanalmente. Quando uma pessoa vai à igreja de
forma assídua pode também ser “culpados de injuriar os que estão ao seu redor”.
Digo ainda mais, “Aqueles que (...) tornam-se muito fanáticos dentro de uma reli-
gião arriscam mais do que dinheiro (dízimos). Suas vidas e famílias estão em risco
também”.
Em 1989 a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias inaugurou o
Templo de Las Vegas, localizado naquela cidade americana que têm cerca de 2 mi-
lhões de habitantes.
Las Vegas é famosa por seus cassinos. Na Las Vegas Boulevard, mais co-
nhecida como Strip, se encontram os cassinos mais imponentes do mundo como o

300

Bellagio, Caesars Palace, Excalibur, Luxor, Mandalay Bay, MGM Grand, Monte Car-
lo, New York, Paris, Stratosphere, The Venetian, Treasure Island, entre muitos ou-
tros. O constante fluxo de turistas dos hotéis e cassinos também foi reforçado com a
criação da Base Aérea de Nellis. O fluxo de pessoal militar e a criação direta de em-
pregos nos cassinos ajudaram a iniciar a explosão imobiliária que continua até os
dias de hoje.
Se as apostas em jogos de azar, loterias e similares é tão ruim assim, porque
os líderes Mórmons construíram um templo em Las Vegas? A chamada capital do
pecado? Quem são os oficiantes do templo? Funcionários dos cassinos?
Imagino que de noite trabalham nos cassinos e de dia oficiam (trabalham voluntari-
amente) no templo ou vice-versa. Se isso for verdade e já houve vários comentários
aqui mesmo no blog de que são, então esses seriam atos "dignos de um cristão?"
Eu só consigo entender uma coisa: “Faça o que eu digo e não faça o que eu
faço”. Essa deve ser a mensagem que o “apóstolo” Mórmon Dallin H. Oaks e outros
líderes que invariavelmente falam mal das loterias e apostas querem transmitir.
Quando eu era membro novo, o missionário que me batizou me falou que se
eu jogasse na loteria e ganhasse, a igreja não aceitaria o meu dízimo, porque seria
considerado dinheiro sujo. Eu duvido que se algum ganhador for pagar ou doar al-
gum dinheiro para qualquer instituição religiosa que for, duvido que fosse recusado
por ser considerado “dinheiro sujo”. Estou ainda esperando ver isso acontecer.
Existe pior investimento para uma pessoa, do que pagar o dízimo numa igreja
Mórmon e não ter nenhum retorno financeiro como “benção prometida”, por exem-
plo? Nas loterias se a mesma pessoa não ganhar pelo menos, o dinheiro volta para
o povo em forma de repasses sociais. Pensem nisso!
71


ENSINAMENTOS DIFERENTES DENTRO DA MESMA IGREJA

Olá queridos leitores!
Já há algum tempo tenho feito pesquisas sobre a SUD, tenho percebido que a dou-
trina de hoje não é nem a sombra do que foi no passado, entre muitos discursos ter-
ríveis, encontra-se a poligamia e o racismo. Aqui estão alguns deles:

Poligamia

Quanto às esposas de Brigham Young, sucessor de Joseph Smith, ele um dia
ficou tão perturbado com as desavenças em casa, que fez um sermão na Igreja
prometendo liberar todas elas do compromisso matrimonial. Para ele era fácil ex-
pressar tanta "generosidade", pois as pobres e infelizes esposas mórmons, caso
abandonassem seus maridos, ficariam espiritual, moral e economicamente liquida-
das, naquela época. Ele dizia em seu sermão, especialmente às mulheres idosas: "É

71
Referências: http://igrejamormon.net/25/como-os-mormons-veem-os-jogos-de-azar
http://www1.caixa.gov.br/loterias/repasses_sociais/index.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Las_Vegas

301

hora de vocês deixarem o campo livre para outras mulheres que possam me dar fi-
lhos. Mesmo que me tenham dado todos os filhos que puderam me dar, a lei celesti-
al me ensinaria a tomar mulheres jovens que pudessem me dar filhos". (The Journal
of Discourses 4:55-57 e Deseret News 6:235-236).

Quando os profetas tomavam a segunda esposa, a primeira sofria muito. Uma
delas, sabendo que seu marido ia trazer uma nova mulher para o seu leito conjugal,
ficou tão transtornada que subiu ao telhado da casa, em plena noite de inverno, e lá
se deixou congelar até a morte (Isn't One Wife Enough? - ps. 147-148).

Brigham Young gostava de se gabar da atração que exercia sobre as mulhe-
res: “O irmão Cannon observou que as pessoas se admiram de quantas esposas e
filhos eu tenho...Pode informá-las de que terei esposas e filhos até um milhão, e gló-
ria, e riqueza, e poder, e domínio e reino após reino, e reinarei triunfantemente.”
(The Journal of Discourses 8:178).

Kimball relata algumas das dores de cabeça causadas pela polig a-
mia: “Quando James Hunter tomou sua segunda esposa, a primeira, que havia
acompanhado o casal à Casa do Compromisso para a cerimônia, não conseguira
dormir e havia passado a noite inteira andando pelo assoalho ao imaginar o seu ma-
rido nos braços de outra mulher...”.

Certa pessoa levada a uma casa de poligamia... contou esta história: "Existe
uma tragédia real na poligamia, pelo que posso recordar. Certa noite um homem
trouxe para casa uma segunda esposa. Era inverno e a primeira esposa ficou tão
transtornada que foi se deitar no telhado e lá morreu congelada" (Isn't One Wife
Enough?, ps. 147-148)

Racismo

O escritor mórmon Arthur M. Richardson, declara: "A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias não foi chamada a levar o evangelho aos pretos, e não
o faz."[*] O ponto de vista de Richardson claramente contradiz Marcos 16:15: "Ide
por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura"; (pretos, vermelhos, brancos
ou qualquer outra cor). Também contradiz o Livro de Mórmon 2 Nefi 26:28: "Eis que
ordenou o Senhor a alguém que não participasse de sua bondade? Eis que vos di-
go, que não, mas todos os homens têm o mesmo privilégio e a nenhum foi verda-
de" . [*] Arthur M. Richardson, That Ye May Not Be Deceived, p.13. Citado por Tan-
ner, Mormonism, Shadow or Reality, p.274.

Brigham Young afirmou enfaticamente que os negros não poderiam celebrar o
Sacerdócio até DEPOIS DA RESSURREIÇÃO: " Caim matou o irmão dele... e Deus
pôs uma marca nele que é o nariz chato e pele preta.. ..Até quando essa raça vai

302

suportar essa maldição terrível que está neles? Essa maldição permanecerá neles, e
eles nunca poderão celebrar o Sacerdócio ou poderão compartilhar disto até que
todos os outros descendentes de Adão recebam as promessas e desfrutam as bên-
çãos do Sacerdócio... Até o último descendente dos filhos de Adão for trazido até
aquela posição de favorecer, os filhos de Caim, não podem receber as primeiras or-
denações do Sacerdócio ". (The Journal of Discourses, Vol.7, pp. 290-291).
72


CHÁ GELADO!

Nasci dentro da igreja Mórmon. Meu pai e minha mãe se casaram no Templo
de Salt Lake, e minha mãe cresceuem Salt Lake City. Sou uma dos cinco filhos (to-
dos os demais são verdadeiros crentes no mormonismo, menos eu). Meu irmão mais
velho é mesmo um cientista, como tal, ele faz muitas perguntas sobre a sua reli-
gião. Mas todos os demais acreditam cegamente nos ensinamentos do mormonismo
como ovelhas.
Eu nunca acreditei na coisa toda. Quando eu tinha uns cinco anos de idade, a
nossa família participou de um piquenique. Interessante que a bebida que havia lá
era somente chá gelado! Lembro que era um dia quente de verão, e aquele chá pa-
recia bom. Quando a minha família não estava olhando eu enchi um copo cheio da-
quele pecaminoso chá gelado e corri para a floresta. Bebi bem rápido e, em seguida,
esperei a morte! Após cerca de 10 minutos nada aconteceu, é claro. Então eu saí
correndo para brincar. Nunca contei a ninguém sobre esta minha experiência. De-
pois disso, ninguém mais podia fazer uma lavagem cerebral em mim.
Quando eu tinha 18 anos, engravidei e tive um bebê (mãe solteira). Meus pais
me enviaram para viver num lar adotivo (Mórmon). Eu era basicamente empregada
doméstica deste lar. Nem sequer me deixavam comer as refeições com eles. Foi a
pior experiência da minha vida! Claro que para piorar as coisas, eu mantive o bebê.
Ele era de pele meio negra! A igreja encontrou um casal inter-racial Mórmon no Ari-
zona e queriam dar o meu bebê para eles adotarem. Todos ficaram extremamente
furiosos comigo quando eu disse NÃO! Fizeram isso, mesmo quando eu disse desde
o início que eu estava indo para este lar Mórmon com o objetivo de manter meu be-
bê!
Levei 17 anos para me recuperar. Meu filho está agora com 16 anos de ida-
de. Ele é um bom estudante. A o astro principal de sua equipe de beisebol do colé-
gio onde estuda. Ele tem uma auto-estima muito elevada.
Estou financeiramente segura, temos grandes amigos, e somos felizes. No
entanto, até hoje, minha família ainda acredita que estamos condenados. Eles conti-
nuam a enviar missionários para minha casa. Sempre que eu me mudo para outro
lugar ou cidade eles conseguem transferir os meus registros da igreja para a Ala que
é responsável geograficamente pelo novo lugar. Falei várias vezes para eles para-

72
Texto enviado por: Cléber Azevedo – Lisboa, Portugal

303

rem de fazer isso, não creio que parem. Eles sentem que se continuarem tentando,
voltarei ao rebanho.
Minha irmã mais velha que vive há 1600 quilômetrosde distância continua me
telefonando para me contar sobre grandes homens mórmons que ela quer que eu
conheça. Minha família não desistirá de mim! Minha mãe me disse que a minha feli-
cidade, e a felicidade dos meus filhos é devido ao diabo. De acordo com suas pala-
vras, “O diabo também dá bênçãos”. Isso é o que ela me diz quando lhe digo que
estou feliz.
Uma vez, devido à minha reclamação com os missionários e professores que
eram enviados até a minha casa, eu lhes disse que não era uma Mórmon. Então
enviaram alguns homens à minha porta, numa noite (acho que não eram missioná-
rios. Devia ser um bispo ou outros líderes locais). Quando abri a porta, eles tinham
algum tipo de documento para eu assinar. Disseram-me que eram da Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e que precisavam da minha assinatura.
Atendi eles na porta sem deixá-los entrar em minha casa. Disseram-me que após a
minha assinatura e algumas providências, eu seria enviada para Satanás, porque
não tinha a intenção de seguir o mormonismo. Não me lembro das palavras exatas,
mas foi o suficiente para eu fechar a porta na cara deles! Daquele momento em di-
ante, percebi que eles não merecem sequer um segundo do meu tempo.
Tenho encontrado e baixado vários artigos e histórias de vida de sites e blogs
da Internet sobre a igreja, cerimônias do templo, etc. Gostaria de ter a coragem ne-
cessária para enviar cópias para toda a minha família. Acho que eles provavelmente
nem sequer as leriam. Ler estes artigos na internet tem sido um conforto para mim e
validação das minhas próprias crenças. Nunca soube todos os fatos sobre as inver-
dades da igreja que eu cresci, mas após o evento do chá gelado, nunca mais preci-
sei deles.
Sinta-se livre para usar toda ou qualquer parte da minha história como quiser.

COMBATER O CULTO DO CONTROLE MENTAL

Achei recentemente na internet algumas sugestões que foram retiradas do li-
vro de Steven Hassan, intitulado “Combater o culto do controle mental”. São suges-
tões para estimular o pensamento das pessoas. Segundo o texto, se as pessoas
começarem a racionalizar e questionar, nunca poderão ser enganadas e nem deixa-
rão com que os “cultos religiosos” influenciem suas mentes. Agora pense, seja você
quem for que está lendo este artigo. Você nunca poderá ser enganado em um culto
(reuniões de adoração) se exercitar a sua mente. Ou você poderá? Como está o seu
senso crítico? Aceita tudo o que lhe é imposto, sem argumentar? Ou você questiona
bastante antes de se convencer?
Primeiramente, você pertence a uma organização que:

Tem muitos encontros ou reuniões?
Você se mantém tão ocupado que não tem tempo nem para pensar?

304

A organização tem um líder infalível?
A organização espera pureza de seus membros?
Tem princípios rígidos?
Espera confissões aos seus líderes?
Fala uma espécie de palavreado ou gíria peculiar?
Está em desacordo com o mundo?
Tem respostas simples para a maioria das questões da vida?
Faz você se sentir seguro?
Faz você se sentir mais especial do que os não-membros?
Afirma absoluta verdade?
Espera contribuições financeiras significativas?
Esta organização tenta segurar você e não deixar sair?
Controla informações sobre a sua própria história pessoal?
Sempre diz que você é livre para escolher?

Você já foi ou pertence em forma de associação ou filiação a alguma organi-
zação que tenha estas características descritas anteriormente? Se a resposta for
afirmativa, sinto muito amigo, precisa urgentemente estar atento e vigiar sobre si
mesmo.
As características apresentadas são as características de organizações que
têm por princípios fundamentais a alienação de seus membros. Tudo parece muito
bonito, a doutrina é atraente e a organização em si é de “saltar os olhos”. Mas a ver-
dade é outra! Há outros interesses por trás de toda esta técnica e estratégia de con-
trole mental.
As reuniões e as repetitivas ordenanças ou rituais, com as mesmas palavras,
tendem a segurar (prender) o membro. Da mesma forma, os cargos e as responsabi-
lidades impostas, geralmente não remuneradas, tem a mesma finalidade. O objetivo
principal é a angariação de fundos. Não importa em que local a organização está
estabelecida, num bairro de pessoas ricas ou de pessoas pobres.
Seus líderes sabem que os mais pobres e humildes são os que mais doam e
os que mais aceitam as suas “verdades”.
Agora pense novamente! Como disse anteriormente, seja você quem for que
está lendo este artigo. Você nunca poderá ser enganado em um culto se exercitar a
sua mente. Ou você poderá?

UMA HISTÓRIA INCRÍVEL!

Eu sou uma mulher, mãe de 5 filhos e avó de 12, que em breve serão 13. Eu
adoro minha família e amo passar o tempo com eles sempre que posso.
Minha vida na Igreja Mórmon começou quando dois missionários bateram em
minha porta, em Dorset, Inglaterra. Eu senti a sinceridade dos jovens e desespera-
damente, queria ter esse testemunho forte e a paz que o seu evangelho parecia me
oferecer. Depois de orar por este testemunho e não ter recebido nenhuma resposta,

305

dobrei minhas forças e li mais e orei com um pouco mais intensidade. Apesar de ter
sido ensinada que “uma geração adúltera procura por sinais” senti que era extre-
mamente necessário, eu ter apenas um sinal, para me ajudar a tomar a decisão de
entrar para essa Igreja. Eu queria acreditar no que os jovens missionários me ensi-
naram, e não era um “ardor no peito” um sinal? Certa noite, quando me ajoelhei em
oração - ainda não tendo recebido nenhuma resposta, eu pedi a Deus para me cau-
sar algum desconforto físico, o que seria forte o suficiente para deixar-me saber que
esta era uma resposta definitiva e com certeza. A dor começou na minha perna e me
levantei de joelhos, na grata garantia que aderir a esta igreja fora o plano de Deus
para mim (a dor na perna era completamente compreensível, considerando que eu
tinha permanecido de joelhos por um longo tempo). Eu vejo agora que esta predis-
posição física, só para ter uma confirmação foi tão simples. Tudo o que eu queria
era acreditar que eu tinha recebido uma comunicação de Deus. Fui batizado em 03
de setembro de 1967 e a partir desse momento em diante eu comecei, linha por li-
nha; preceito sobre preceito a minha jornada para se tornar o que eu esperava ser
uma mórmon exemplar.
Ao longo de 39 anos desde meu batismo mantive uma adesão fiel ao mormo-
nismo. Eu servi como professora da escola dominical para adultos e, para a juventu-
de. Fui professora do seminário de manhã cedo, líder das mulheres jovens, profes-
sora da Sociedade de Socorro e conselheira na presidência. Junto com meu marido,
eu trabalhava no armazém dos Bispos, e no templo como uma oficiante e superviso-
ra de limpeza.
Senti que tinha chegado ao auge de perdão para todos os meus pecados.
Lembro que depois me arrependi disso, quando meu marido foi chamado como bis-
po da recém-organizada Ala Parque Sherwood II.
Em 2002, após a aposentadoria do meu marido, fomos chamados para ser-
virmos numa missão de casais idosos, e fomos chamados para servir na Missão
África do Sul, na Cidade do Cabo, chegando em 06 de abril. No dia seguinte está-
vamos envolvidos num acidente como passageiros, no veículo de propriedade da
missão e ficamos gravemente feridos.
Hospedamo-nos e trabalhamos como missionários, em vez de irmos cuidar da
nossa adequada recuperação. Eu ainda tenho problemas físicos por causa disso.
Depois de chegar em nossa casa, depois de terminarmos a missão, em outu-
bro de 2003, continuei preocupada com meus amigos na África do Sul. Alguns dos
quais, estavam vivendo nas condições mais adversas possíveis.
Em 2005, mais uma vez acompanhada pelo meu marido que sempre traba-
lhou duro, voltamos para o município em que já tínhamos servido. Equipados com
algum dinheiro e tecidos doados principalmente por bons amigos SUD. Lá, abrimos
uma empresa de micro-crédito para ajudarmos as pessoas na criação de empresas
de pequeno porte, o que lhes permitiria sustentar suas famílias. Nós trabalhamos
neste empreendimento por seis meses, retornando para casa em março de 2006.
Este foi um ano doloroso na minha vida. Nosso segundo filho mais velho dei-
xou a Igreja e eu fiquei tentando resolver a dissonância cognitiva que ocorreu em

306

minha mente quanto à falta de ajuda da Igreja para nós quando estávamos envolvi-
dos no acidente de carro na missão. Eu também me perguntei; por que havia falta
de recursos financeiros oferecidos para o combate à fome e os males que afligiam
os membros Africanos da Igreja? Enquanto os membros dos países ricos pareciam
ter ajudas financeiras prontamente disponíveis, juntamente com o acesso aos arma-
zéns dos bispos?
Quando me deparei com as expressões de ódio, encontrados no “The Journal
of Discourses” para aquele amado povo Africano (palavras que eu nunca tinha ouvi-
do ou lido), fiquei arrasada. Depois de ter aprendido na “doutrina Mórmon”, que tinha
sido um mandamento de Deus, que os homens negros não deveriam ser autoriza-
dos a portar o sacerdócio até junho de 1978.
Orei, implorei, chorei, oficiei no templo, li as escrituras e encontrei-me de vol-
ta, na mesma posição que eu tinha estado, quando os primeiros missionários me
ensinaram que a Igreja Mórmon era a única igreja verdadeira na face da terra. Eu
precisava de outra confirmação, eu não queria saber apenas se ela era verdadeira
ou não. Eu precisava que fosse assim. Como eu poderia admitir que estivesse erra-
da todos esses anos? Como eu poderia dizer para o meu marido e para os meus
filhos que as minhas dúvidas e perguntas ficaram sem respostas? Apenas ao pensar
em deixar a igreja causou-me um crônico sentimento suicida, não podia enfrentar as
conseqüências de minha descrença crescente. Então no momento em que eu senti
que estava pronta para enfrentar meus medos e defender a verdade, rompi com a
Igreja e em poucos meses eles aceitaram a minha renúncia através de ação admi-
nistrativa.
Estou feliz com a pessoa que me tornei hoje. Eu amo as pessoas, a ciência, a
natureza e o belo novo mundo que se abriu para mim. Eu ainda amo a minha família
e os novos amigos. Na verdade, eu ainda amo os velhos amigos profundamente,
mas temos muito pouco em comum desde que deixei a igreja.
Meu amor pela África dominou a minha vida desde 2002 e agora eu sou um
membro da Fundação Stephen Lewis de Avós para Ajuda de Avós. Para a sensibili-
zação e arrecadação de fundos para ajudar as avós como eu, que coletivamente
cuidam de 14 milhões de netos órfãos pela AIDS. Eu sinto que estou dando de volta
ao mundo, todo o amor e a beleza que ele me deu.
Meu nome é Jean Bodie e eu sou uma ex-mórmon. Dou minha permissão pa-
ra a publicação da minha história neste blog. Seria bom ter amigos que falam portu-
guês para mostrar a eles a minha história. Vou guardar essa postagem no meu Ipad
para que eu possa compartilhar. Obrigada por me encorajar. Os Mórmons acham
que estou por cima. O que posso fazer? Falo a verdade e se eles não gostam disso,
então eles precisam mudar seus conceitos de verdade e de mentira. Um abraço An-
tonio.

ENSINAMENTOS DO MORMONISMO!

307

Quando eu estava plenamente ativo no mormonismo, invariavelmente me de-
parava com alguns assuntos que para mim se tornaram polêmicos. Eu simplesmente
não consegui obter as respostas convincentes para essas questões por parte dos
líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Isso incluía questões
intrigantes relacionadas com o Livro de Mórmon, as ordenanças do Templo e tam-
bém as instruções que nos eram transmitidas pelas Autoridades Gerais da Igreja.
Alguns destes assuntos eu já compartilhei antes aqui mesmo neste blog. Isso
incluiu as alterações das ordenanças do Templo, os problemas da ortografia e gra-
mática no Livro de Mórmon, o plágio da edição da bíblia em inglês do Rei Tiago, o
domínio da metalurgia no continente americano para fins armamentícios antes da
chegada de Cristóvão Colombo.
Vejamos agora outras questões que são ensinadas no mormonismo. Isso
chama mais ainda a atenção de todos, dentro e fora do mormonismo, cristãos e não
cristãos. Alguns dos não Mórmons podem ficar surpresos, pois os ensinamentos do
mormonismo fere de forma significativa, as crenças e convicções das religiões tradi-
cionais:


● Deus tem um corpo tangível de carne e ossos;
● Deus vive em um planeta próximo à estrela Kolob;
● Deus (Pai Celestial) tem pelo menos uma mulher, a nossa "Mãe do Céu", mas ela
provavelmente é tão santa, mas tão santa, que não discutimos, nem falamos nada
sobre ela e nem oramos para ela;
● Deus já foi um homem como nós;
● Jesus era casado;
● Podemos nos tornar semelhantes a Deus e governar o nosso próprio universo;
● Há muitos deuses, reinando sobre seus próprios mundos;
● Jesus e Satanás (Lúcifer) são irmãos, e eles também são nossos irmãos - somos
todos filhos espirituais do Pai Celestial;
● Jesus Cristo foi concebido por Deus Pai, por ter relações sexuais com Maria, que
foi temporariamente sua esposa;
● Não devemos orar para Jesus, nem tentar sentir um relacionamento pessoal com
ele;
● O Senhor Jeová no Antigo Testamento é o ser chamado Jesus no Novo Testa-
mento, mas ele é diferente de Deus Pai (Elohim);
● No mais alto grau do Reino Celestial, alguns homens terão mais de uma esposa;
● Antes de vir a esta terra vivemos como espíritos em uma Pré-existência, durante a
qual fomos testados. A nossa posição nesta vida (se nascidos de Mórmons ou sel-
vagens, ou na América ou na África) é a nossa recompensa ou punição por nossa
obediência nessa Pré-existência.
● A pele escura é uma maldição de Deus, o resultado de nossos pecados, ou o pe-
cado de nossos antepassados. Se formos suficientemente justos, e se tivermos a
pele escura nos tornaremos de pele clara;

308

● O Jardim do Éden era no Missouri. Toda a humanidade antes do Grande Dilúvio
vivia no hemisfério ocidental. A Arca de Noé com seus sobreviventes foram transpor-
tados para o hemisfério oriental;
● Não só os seres humanos serão ressuscitados para a vida eterna, mas também
todos os animais - tudo o que já viveu na Terra - serão ressuscitados e habitarão no
céu. Isso incluí milhões e milhões de gado e aves que são criados para o nosso sus-
tento diário. Onde viverão todos estes animais? E como viverão?
● Os mórmons devem evitar viajar na água, já que Satanás governa as águas (D&C
61);
● O sol recebe sua luz da estrela Kolob (Livro de Abraão cap. 3).
● Se um gentio se torna Mórmon, o Espírito Santo realmente limpa o seu sangue
gentio e substitui este sangue, pelo sangue israelita;
● A lua é habitada por homens de 1,80 metros de altura;
● Os Mórmons justos podem ver o rosto de Deus no templo Mórmon;
● Você pode identificar um falso anjo pela cor de seu cabelo, ou oferecendo-se para
apertar sua mão.

Parece insanidade tudo isso. E eu fiquei por 18 anos ouvindo e lendo estas
coisas, sem questionar. Não consigo entender como permaneci tanto tempo aliena-
do por esta doutrina? Os ensinamentos do mormonismo passam pelo ridículo e bei-
ram a loucura. Fogem de uma razão aceitável, na verdade ultrapassa a cerca cogni-
tiva.

PELA FÉ SOMOS ROUBADOS!

Já escrevi sobre este assunto aqui mesmo neste blog: (...) “mesmo tendo evi-
dências de que (...) não passa de uma grande farsa e mesmo assim as pessoas se-
guem acreditando (...), é como transpor a linha da razão para um estado delirante,
fazendo com que o delírio possa trazer algum conforto emocional”. No momento, me
parece uma explicação muito apropriada, para o estado ou a condição de um mem-
bro da Igreja de Jesus Cristo os Santos dos Últimos Dias.
Nos principais pontos da doutrina imposta por Joseph Smith Jr. que analisa-
mos, nunca encontramos embasamento fundamentado na razão e na lógica científi-
ca. Vejamos:
O Livro de Mórmon (há enormes divergências sobre o domínio da metalurgia
pré-colombiana, fauna e linguagem denominada "egípcio reformado"),
O Templo Mórmon e suas ordenanças mal plagiadas e adaptadas à partir da
maçonaria,
A mentira comprovada sobre a tradução do livro de Abraão (os papiros conti-
nham somente instruções sobre embalsamamento de mortos),
O livro de "Doutrina e Convênios" e as revelações findadas com os primeiros
presidentes da Igreja (Conteúdo polemico como a poligamia como mandamento de
Deus, e requisito fundamental para a exaltação).

309

Evidentemente, que a maioria dos membros da Igreja SUD que lerem este ar-
tigo, logo rebaterão minhas palavras. Dirão que se tratando de religião, então não há
necessidade de razão e sim de fé. Segundo eles, o mormonismo é uma questão de
fé. Citarão escrituras como: “Sem fé é impossível agradar a Deus” ou “a fé é o firme
fundamento das coisas que não se vêem”...
Digo-lhes que pela fé somos roubados. Somos enganados por pessoas ines-
crupulosas, que fantasiadas por uma boa lábia, nos convencem a fazermos o que
não desejamos. Nos convencem a ler de forma contínua o Livro de Mórmon, nos
convencem a acharmos que este livro é verdadeiro e que o seu conteúdo provém
diretamente de Deus. Pela fé, sem questionamentos acreditamos nessas palavras.
Parece que estamos hipnotizados, em transe. Não temos forças para questionar na-
da.
Mas quando há questionamentos e ponderações, não há como uma pessoa
cair facilmente nas falácias bonitas dos líderes eclesiásticos do mormonismo. Nem
em seus representantes que são os missionários. Não há poder do sacerdócio que
possa persuadir uma “pessoa pensante”.
Vivemos numa época de conhecimento e tecnologia. Sabemos que a infor-
mação é instantânea, comprovada e testada. Só cai em lorotas fundamentadas na
fé, quem não pondera e não pesquisa.
Geralmente as religiões (e o mormonismo está muito inserido neste contexto),
exigem que o prosélito peça à Deus, se isso ou aquilo é ou não verdade. A parte
principal para uma conversão não fica com a Igreja e sim com o prosélito. A coisa
fica mais complicada para o pesquisador, quando um dos missionários, que está
representando a igreja Mórmon, já prestou seu testemunho. Dizendo ter ele próprio
recebido a confirmação pelo Espírito Santo, de que aquele livro é verdadeiro. Muitas
vezes o pesquisador imita os missionários, apenas para não parecer diferente ou
“menos crente”. Isso me lembra outra história:
“Sim! Sim! Eu vejo essa roupa! Que belos bordados!”É impossível não com-
parar esse relato com o conto infantil da roupa invisível do rei, em que o rei toma
para si um traje, que supostamente era visto apenas pelos inteligentes. Na verdade,
o traje era uma fraude, mas as pessoas ao redor do rei e o próprio rei fingiam enxer-
gá-lo apenas para não parecerem burras.
Assim é a tal confirmação pelo Espírito Santo de que o Livro de Mórmon é ou
não verdadeiro.
Muitos me pedem para orar a Deus e perguntar-lhe se a Igreja de Jesus Cris-
to dos Santos dos Últimos Dias é ou não verdadeira. Fiz isso por 18 anos! Nunca
obtive uma resposta plenamente convincente. Agora a culpa é minha? Eu não era
ou ainda não sou digno o suficiente para obter uma resposta afirmativa? Tem que
ser uma resposta afirmativa? E se a resposta for “não”? Como convencer os líderes
do mormonismo de que a resposta é “não! Se a resposta é “não”, isso significa que a
Igreja Mórmon não é verdadeira”. Convencer uma liderança que vive em função
dessa doutrina, sendo ou não verdadeira, me parece impossível! A maioria da lide-

310

rança, ou é muito mais aliciada do que a maioria dos membros, ou é mais esperta e
fingem acreditar pelos seus altos salários e mordomias.

DEFENSORES DO MORMONISMO!

De tempos em tempos aparece aqui no blog um membro da igreja, geralmen-
te um jovem, que se sente na obrigação de defender acirradamente a sua doutrina.
Então começa escrevendo comentários em quase todas as postagens. Já aconteceu
umas três vezes. Evidentemente que não foi a mesma pessoa, mas a técnica é a
mesma.
Eu gostaria de estar errado em relação a tudo o que escrevi e continuo escre-
vendo sobre o mormonismo. Pelo menos os meus 18 anos como membro não teriam
sido totalmente inúteis. Eu não me sentiria enganado nem frustrado com a doutrina.
Mas, infelizmente, não há o que fazer. O mormonismo não é da maneira como me
foi apresentada pelos missionários que me ensinaram as palestras em 1988. É to-
talmente diferente daquilo. Acredito que nem os próprios missionários sabiam sobre
os assuntos que são mostrados e debatidos e que são controversos à doutrina dos
Santos dos Últimos Dias.
Não quero ofender nenhum membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. O que eu coloquei aqui no blog não são apenas experiências pessoais
minhas. São de várias pessoas que me remetem suas histórias de vida dentro da
Igreja. Portanto, não estou sozinho nesta empreitada.
Vocês acham que se eu pudesse vislumbrar uma única fonte de credibilidade
ao mormonismo e suas escrituras, eu não pararia imediatamente? Eu bem que ten-
tei, por todo o tempo que permaneci na Igreja, pesquisar e descobrir se o próprio
livro de Mórmon é verídico ou não, falando de forma histórica. Mas nunca pude
achar nada, em nenhum livro de história ou de geografia que pudesse corroborar
com os escritos do Livro de Mórmon.
Felizmente veio a internet e as maiores evidências “contra” o Livro de Mórmon
puderam ser expostas. Começou justamente com os americanos que escreveram
inúmeros livros e artigos confrontando os dogmas mórmons.
Tudo caiu na rede mundial de computadores! Agora os membros da Igreja
SUD, principalmente, os brasileiros acham que os sites e blogs, que surgem e que
tem conteúdo contra os ensinamentos do mormonismo são “mentiras”. E dizem ain-
da que um blog ou site vai copiando o conteúdo do outro para perpetuar as “menti-
ras”
Eu digo a estes membros mórmons, que mentiras são as palavras que foram
pronunciadas por Joseph Smith Jr., quando disse a todos que o livro de Mórmon foi
escrito por pessoas que viveram no continente americano, numa língua que até hoje,
jamais foi encontrado nenhum fragmento da mesma. Ainda, que estas pessoas
possuíam a habilidade de dominar a metalurgia, construindo espadas e armaduras
para fins armamentistas.

311

Mentiras foram os pronunciamentos de Joseph Smith Jr. Quando expôs ao
mundo o Livro de Abraão, dizendo tratar-se de uma tradução feita por sua autoria a
partir de pergaminhos egípcios. Os pergaminhos, quando apresentados para egiptó-
logos renomados, mostraram que continham apenas instruções sobre embalsama-
mento de mortos. Não continham nada do que está escrito no livro de Abraão.
Posso fazer uma postagem só sobre as mentiras do mormonismo se os
membros mais assanhados assim desejarem. E vou fazer, podem ter certeza disso.
Portanto! Rogo-lhes que não perturbem este trabalho com ofensas e palavreado que
não condiz com os ensinamentos apresentados pelos dogmas da Igreja SUD. Se
quiserem debater de forma coerente e racional, serão bem vindos por aqui. Caso
contrário, todos os comentários que possuírem ofensas serão considerados "spans"
e não serão publicados. Antes, comentem com educação e ponderação.

HOMENS PARA O SACERDÓCIO!

Hoje escreverei um pouco sobre os treinamentos recebidos da liderança da
Estaca, no que diz respeito às ordenações ao Sacerdócio de Melquisedeque. O pro-
blema da maioria das Alas e Estacas no Brasil é a pequena quantidade efetiva de
portadores do Sacerdócio de Melquisedeque que se enquadrem ou se encaixem nas
exigências das escrituras e manuais da Igreja. Digo problema porque essa deficiên-
cia já vem desde o momento do contato do missionário com o prosélito.
Já citei várias vezes que os missionários não são totalmente qualificados para
argumentar sobre a doutrina com pessoas mais cultas e racionais. Ainda mais agora
que estão indo para a missão mais novos (18 anos). Então, eles precisando apre-
sentar números e resultados convincentes para o seu Presidente de Missão, batizam
qualquer pessoa mesmo. A maioria dos homens que aceitam o batismo Mórmon no
Brasil não tem muito entendimento ou instrução acadêmica. Não questionam, não
racionalizam e nem pesquisam melhor sobre a doutrina Mórmon. Muitos não sabem
dizer onde fica o oriente médio ou o continente americano num mapa-mundi.
Nos relatórios emitidos regularmente para as unidades da Igreja, também
chamados de “diretório de membros”, geralmente aparece uma grande quantidade
de homens que poderiam ser ordenados ao ofício de “Élder”. Mas isso não aconte-
ce. Simplesmente porque a liderança local, ao seguir as orientações dos manuais
gerais de instrução e das próprias escrituras do mormonismo, sente que esses ho-
mens não se qualificam para este ofício. Isso de acordo com o que é exigido e que
está escrito.
Muitos não sabem nem ler direito. Uns não têm conhecimento sobre geogra-
fia, e não entendem o que seria velho mundo e novo mundo. Não sabem, como dis-
se anteriormente, por exemplo, mostrar onde fica num mapa-múndi Israel ou os Es-
tados Unidos da América.
Como poderia ser perfeita uma Igreja que tem na sua liderança homens im-
perfeitos? Imperfeitos no sentido de que a própria doutrina exige que seus Élderes
sejam qualificados. Entendo perfeitamente que muitos virão até aqui e comentarão

312

que eu estou escrevendo bobagens. Segundo escreverão, Cristo escolheu pescado-
res e pessoas sem nenhuma instrução para ser seu representante na Terra.
Para responder estas perguntas é fácil. Cristo chamou e qualificou muitas
pessoas simples e ignorantes. Pelo que entendi ao ler o novo testamento, houve
uma significativa transformação cultural nos representantes de Cristo após o cha-
mado, principalmente após sua morte, quando receberam a orientação do Espírito
Santo.
Essa característica não é visível na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Úl-
timos Dias. Você entra ignorante e sai de lá, após longos anos, da mesma maneira.
Ignorante e não podendo argumentar sobre nada de forma racional.
É bem verdade que alguns conseguem estudar ou aprender um pouco mais.
Mas isso geralmente ocorre através de um curso técnico profissionalizante ou até
mesmo uma faculdade (currículo fora do mormonismo). Isso seria possível com ou
sem batismo na Igreja Mórmon. Aliás, tenho certeza de que fora do mormonismo é
mais fácil para uma pessoa que não tem muita instrução se qualificar mais. O mor-
monismo limita o entendimento e a compreensão dos seus membros. Tudo é peca-
do. Tudo é do mal, do inimigo, e o que não é vinculado ou atrelado ao mormonismo,
é de Satanás.
Certa vez, veio a Curitibanos um palestrante de alto nível. Um dos melhores
do Brasil. Ele fez uma palestra na Universidade do Contestado de Curitibanos. Al-
guns membros da Igreja Mórmon estiveram presentes e assistiram à palestra moti-
vacional. Quando terminou, um deles logo me disse que não tinha sentido o espírito.
Deu-me raiva por tamanha ignorância. Para mim, a palestra foi extremamente impor-
tante e ajudou muito os empresários da cidade a entenderem melhor sobre muitos
aspectos administrativos.
Então, ano após ano, a liderança da Estaca quer que sejam preparados e or-
denados novos Élderes e Sumo-sacerdotes. Como fazer isso com uma doutrina tão
radical? Como disse anteriormente, o que não está vinculado ao mormonismo é
considerado “do mundo”. É do mundo! Mas os Mórmons não falam, que vão aos
médicos do mundo, compram comida nos supermercados do mundo, colocam seus
filhos nos colégios do mundo e obedecem às leis feitas por pessoas do mundo. Não
lembro que aqui na minha cidade houvesse um prefeito ou vereador Mórmon. Sendo
assim, são todos do mundo para eles.
Parece-me que este problema não é só do Brasil. Uma amiga minha que mo-
ra em Utah me falou que estão chamando para conselheiro no bispado homens que
estão ilegalmente no país (Estados Unidos). Ou seja, que entraram ou permanecem
sem visto ou passaporte. Pessoas que estão infringindo as leis americanas. Será
que por lá também temos homens sem instrução ou ignorantes? A falta de liderança
é generalizada? Só o tempo nos dirá!
Seria este um sinal de que há uma eminente falta de homens instruídos que
abracem a causa Mórmon?

313

FRUTOS DO BLOG!

Vou chamar a Ala a qual pertencia de Kolob, um nome fictício para não expor
os inocentes nessa estória. Essa Ala consistia de pessoas trabalhadoras, honestas,
porem, pobres.
Eu era uma jovem como qualquer outra, cheia de planos, idéias, fantasias, e
muita vontade de viver. Mesmo com todas essas qualidades me faltava vida, aos 20
anos não sabia o que era ser jovem, uma vez que a Ala Kolob consistia na grande
maioria de casais com crianças e idosos era difícil encontrar jovens com os mesmos
padrões religiosos que eu.
A Estaca era muito distante da Ala, eram necessário dois ônibus para chegar
perto do local e mais ou menos uns 20 minutos de caminhada até lá.
Como eu era uma jovem muito fiel a igreja e estava todos os domingos pon-
tualmente na Sacramental e nas aulas foi me oferecido vários encargos ao mesmo
tempo. Eu era professora do Princípios do Evangelho, líder de Genealogia da Ala,
Missionária de Estaca e Primeira Conselheira da Sociedade do Socorro, com tantos
encargos era impossível participar de serões, instituto, bailes e outras atividades pa-
ra me interagir com jovens da mesma idade. Com isso os anos foram passando e eu
adquirindo maturidade, os membros vendo isso começaram a cobrar casamento, e
aos 24 anos me achava velha demais, a vontade de ter uma família eterna era muito
grande, como disse eu era uma mórmon muito crentona e jamais aceitaria namorar
alguém fora da igreja, ate tentei, mas quando estamos cegados pela doutrina qual-
quer jovem serio e honesto que não seja mórmon e sinônimo de pecado e apostasia,
assim ia vivendo meus dias iludida pela doutrina.
O Presidente de Estaca naquela época era um homem muito preponderante,
era conhecido por seus discursos cheios de orgulho das viagens que fazia aos EUA,
dos sonhos e “visões” que tinha nos aviões durante as viagens. Cada frase desse
líder mórmon era um “flash”.
Ele sabia de nossas vidas, a Ala era muito pequena e ele conhecia um por
um. Gabava-se em dizer que nos admirava por nossa “humildade” e de como os fi-
lhos dele tinham tudo e ele lutava pra que os filhos fossem como nos. Em verdade
tudo aquilo era uma sátira, uma forma de deboche que encontrava para se aparecer
e deixar claro a divisão social que existia entre nos e ele.
Na Ala Kolob ninguém gostava dele, o povo e pobre, mas não e burro.
Ele gostava muito de assistir as aulas do Princípios do Evangelho quando vi-
sitava a Ala, como disse antes eu era a professora e ele sempre me observava sen-
tada sozinha na Sacramental, sem namorado e sem família. Em todas as visitas
desse homem tanto na Ala como nas reuniões da Estaca ele pode perceber que eu
era uma moca honesta e sempre disposta a servir...
Meu casamento chegou de uma forma inesperada (e dessa forma), ninguém
esperava que o noivo fosse americano.
Infelizmente existe um preconceito muito grande em relação a mocas que se
casam com missionários retornados, em especial quando esses são estrangeiros.

314

Comigo não foi diferente e muitas irmãs da Sociedade do Socorro que antes insisti-
am na idéia de eu estava “velha”, e que já tinha passado da hora de me casar para-
ram de falar comigo. Uma delas chegou ao ponto de dizer que não sabia o que eu
estava fazendo na igreja todos os domingos, que eu não pertencia mais a eles. Que
minha Ala era lá (apontando para região Norte). E quanto mais eu ria, mais essa
pessoa falava serio, demonstrando que não estava para brincadeiras. Essa época
que era para ser a mais feliz da minha vida foi de total desanimo, mesmo assim ain-
da acreditava que a igreja era verdadeira.
Minha recomendação para o Templo chegou junto com o casamento. Na igre-
ja existe uma certa "recomendação" de alguns membros que o correto e a mulher se
casar para passar pelo Templo, (a menos que ela decida servir missão) e como a
maioria dessas meninas se casam jovens e um prato cheio para a igreja fazer o
marketing do Templo e de "famílias eternas" em cima dos membros inocentes. Se-
guindo as "sugestões" falei com meu bispo. A resposta foi imediata com um sorriso
nos lábios, o bispo imediatamente fez a entrevista e como me conhecia muito bem
não duvidou de minhas respostas. Não quero parecer orgulhosa, mas naquela épo-
ca eu era uma jovem muito, muito fiel. Na mesma noite tomei dois ônibus, andei
mais de 20 minutos e cheguei ate a Estaca.
O presidente pediu para eu entrar e sentar. Ele não sabia muito bem do que
se tratava ate ver a recomendação em minhas mãos, não sei hoje como funciona,
mas antes ele ficava toda terça-feira esperando os membros com ou sem entrevista
marcada.
Ele começou a perguntar de minha vida pessoal "pra quebrar o gelo" como
eles sempre fazem. Descobriu em segundos que eu estava feliz e me parabenizou
por ter encontrado o amor da minha vida, minha alma gêmea. Nisso ele pediu para
meu marido entrar porque ele queria conhecê-lo e parabenizá-lo. Quando meu mari-
do entrou no escritório falando “enrolado” (com sotaque) percebi que ele mudou de
tom, ficou com o comportamento um tanto agressivo e começou a me destratar. Ao
mesmo tempo em que ele ria para meu marido, falava dos lugares que havia conhe-
cido nos EUA, das experiências e lideres mórmons que havia conhecido ele ia me
deixando de lado. Para minha surpresa ele pediu muito educadamente para meu
marido se retirar do escritório, tomou a recomendação que já estava assinada pelo
bispo da minha mão, e com todas as forcas insistiu para eu desistir do casamento.
Que aquilo era errado, que os profetas não aceitavam casamento com pessoas de
outra cultura, que eu deveria pensar bem. Nesse meio tempo (como eu já conhecia
ele pela preponderância) respondi que para Deus nada era impossível, que eu podia
sim ser feliz ao lado de alguém que não partilhava a mesma cultura que a minha.
Depois de alguns minutos de insistência para que eu desistisse do casamento
(essa parte e a que eu jamais esqueço) ele colocou a recomendação do Templo so-
bre a mesa, colocou o bico da caneta sobre o papel, mas sem tocar nele e ficou
pensando. Olhava para mim e olhava para a recomendação. Para mim que era uma
jovem fiel, pagadora do dizimo e ofertas, que estava todos os domingos na igreja,
que não tinha vida social alem do mormonismo, foi uma situação humilhante. Depois

315

de um longo tempo de tanto pensar se me permitia casar ou não, ele assinou minha
recomendação.
O casamento em si foi um desastre. Minha mãe ficou muito chateada uma vez
que não pode me acompanhar ao Templo, a recepção que ela gostaria que fosse
feita na igreja mórmon foi banida pelo próprio bispo que alegou ser o casamento no
Templo mais importante que a festa/recepção. (Mais uma oportunidade perdida pe-
los mórmons e missionários de conhecer e batizar minha família e parentes naquela
época).
Liguei para o Deseret, (o brechó mórmon, ou a lojinha de roupas usadas do
Templo) onde fui atendida por uma mulher rude. Perguntou-me de onde tirei a idéia
que eles tinha vestido de noiva, disse que talvez elas conhecessem alguém que ti-
vesse um vestido mais comportado do que os que encontramos nas lojas ultima-
mente. Essa Irma não me respondeu mais nada e praticamente bateu o telefone na
minha cara. E foi com uma desconhecida nao-mórmon que consegui alugar um ves-
tido de noiva decente para os padrões religiosos.
Os garments foram outro impasse na minha vida. Era eu, mais duas jovens e
uma senhora que estavam a passear ao Templo pela primeira vez. Uma velha ame-
ricana que se achava a ultima bolacha do pacote com um português péssimo nos
deu as instruções de como usar os garments com “nojinho”, não explicou direito e
fez tudo com pressa, eu que na época era muito magrinha foi recomendado comprar
um numero três vezes maior que meu tamanho original porque segundo essas ve-
lhas antigas os garments não podem ficar “colados” a pele. Resultado: Os garments
dançavam no meu corpinho que era bem frágil na época (tenho pena de mim mes-
ma quando lembro disso), usando esses garments ridículos, eles se dobravam a
calca jeans, eram grandes demais para colocar as pecas intimas sobre eles, me fez
parecer ridícula, desconfortável e demorou mais no processo de adaptação. Só mais
tarde fui descobrir que haviam garments que se adequavam de uma forma mais per-
feita a meu corpo. (Agora tanto faz porque já não os uso mesmo).
Bem depois do casamento meu marido retornou aos EUA para dar entrada no
meu visto de esposa, aumentando ainda mais as suspeitas de que ele só foi ao Bra-
sil se aproveitar de mim e depois me esqueceu.
Quando cheguei aos EUA (mais ou menos um ano depois) havia uma febre
no Orkut, esse site de relacionamento era novidade para muitos que insistiam em
deixar seus álbuns abertos e adicionar qualquer desconhecido só para mostrar como
eles eram populares (hoje todo mundo preza pela privacidade). Muitos de vocês de-
vem se lembrar dessa época e como a maioria dos brasileiros aderiram a moda.
Foi “fuçando” álbuns do amigo do conhecido, do amigo do desconhecido que
encontrei o álbum do Presidente da Estaca.
Haviam muitas fotos dele com alguns lideres mórmons, em viagens sempre
com aquele aparecimento total e foi em um dos álbuns que não contive minha sur-
presa e frustração:
A filha dele estava morando nos EUA e pasmem: recém casada com um
AMERICANO!!!

316

Lembro que esfreguei meus olhos (talvez fosse problemas com minhas lentes
de contato), voltei ao álbum mais um trilhão de vezes para ter certeza do que via.
Ele feliz, sorridente ao lado do genro Norte Americano, com descrições do ti-
po “família feliz”, “o melhor genro do mundo”, as fotos aparentavam felicidade. Ele
com a família do genro fazendo Guerra de neve, sentado a mesa de refeições, fa-
zendo pic-nic e ainda deixou o álbum aberto para mostrar mesmo que ele e a filha
estavam felizes, realizados!
Isso me deu um gelo, um sentimento de raiva, de revolta das pessoas quere-
rem o bem só para elas, de achar que quem pode ter oportunidades em outro pais
são apenas os que tem mais…
Depois dessa experiência evitei e evito saber desse homem, não sei se ele
esta feliz ou “fiel” a igreja. Vi com meus próprios olhos que o mormonismo só funcio-
na para quem tem dinheiro e status. Que eles fazem de tudo para tirar a pouca opor-
tunidade que temos de progredir na vida, nem que esse progresso seja um casa-
mento simples com um estrangeiro (coisas normais que acontecem todos os dias
por conta da internet e da globalização).
Tentei ao máximo evitar tocar nesse assunto porque me dói muito, mas a me-
dida que vejo o blog do Antonio cheio de experiências e que esta ajudando tanta
gente entender como o mormonismo funciona, sinto não posso deixar essa experi-
ência de lado, embora seja uma experiência muito intima porque e do meu casa-
mento.
Apesar de eu ter casado jovem, não ter aproveitado muito minha juventude
dentro da igreja meu marido me apóia em tudo. Com ele consegui recuperar o que
não vivi. Ele e um exemplo de homem, de bondade, que não nos deixa faltar nada.
Apóia-me nos estudos, a seguir uma carreira, viajamos, passeamos, rimos e sofre-
mos juntos. Temos amigos em comum e estamos sempre zelando pelo bem estar e
liberdade do outro, essa liberdade que nunca encontrei na igreja mórmon.
Hoje não sirvo a igreja como antes. Nunca imaginei que conseguiria ser feliz
longe do mormonismo, mas vejo que isso e possível. Sinto-me sem algemas nas
mãos, me sinto verdadeiramente livre e posso dizer o quanto e bom ser ex mór-
mon!!! Depois que retirei os garments minha feminilidade voltou, tenho mais vontade
de andar bonita, arrumada, perfumada. Vejo os nao-mórmons como filhos de Deus,
aceito outros tipos de fé e culturas diferentes daquela que estava programada a
aceitar.
Tenho mais vontade de conhecer outros países, outras línguas, povos e cultu-
ras, quero aprender deles! Meu conhecimento e percepção de mundo aumentou,
bem como minhas amizades com nao-mórmons. Descobri um mundo grande, rico,
cheio de diversidade e compreensão. Sinto a necessidade de ser feliz hoje. Aprendi
que negros e índios não existem no dicionário de Deus, aprendi que a religião es-
ta mais para cultura do que para a fé.
Não tenho palavras para descrever como estou feliz e gostaria que muitas
mulheres na mesma situação que eu me encontrasse essa liberdade também. Acre-
dito que a chave para essa mudança se deu ao fato de mesmo estando longe deles,

317

ser muito aberta com meus pais, falar dos meus sentimentos e especialmente por
eles não serem membros dessa igreja, sendo assim só tive mesmo que dar "“ satis-
fação para meu marido. Sei que muitas mulheres não podem se libertar exatamente
pelo fato da família inteira estar envolvida no mormonismo. Sinto muito pesar por
elas.
O apoio que recebi e recebo de minha família foram fundamentais para meu
desligamento mental e físico da igreja. Não tenho palavras para agradecer todo o
trabalho não só do Antonio, mas de tantos outros que através da internet trouxeram
a luz a verdade acerca da igreja SUD. A todos meu muito obrigado!

MAIS DE 10% DE DÍZIMO!

Como pode um jovem dizer que é plenamente feliz no mormonismo? O que é
ser feliz tendo que se submeter a dogmas aliciatórios? Como encontrar a felicidade
dentro de uma entidade eclesiástica? São muitas perguntas intrigantes na cabeça
dos jovens Santos dos Últimos Dias.
Aprendem desde cedo na organização chamada "primária", sobre assuntos
que os nortearão por toda uma vida. Aprendem sobre o dízimo e as ofertas. Não im-
porta se as pequenas crianças não saibam distinguir o que é um real. Nem que não
percebam a diferença entre uma cédula de 10 e outra de 100.
Para os líderes Mórmons, o que importa é que eles aprendam a doar. Deposi-
tar seu dinheiro nos cofres da Igreja. Então vemos alguns exemplos disso: Aos pais
são ensinados a doarem algum dinheiro a seus filhos como forma de pagamento por
algo. Pode ser uma mesada ou simplesmente uma gratificação por qualquer serviço
doméstico.
Aos filhos são ensinados que devem pegar esse dinheiro e tirar uma décima
parte dele e doarem para a Igreja. Não importa que o pai já tenha contribuído com
seu dízimo de forma integral, a Igreja requererá mais um pouco, ou seja, os 10% do
dinheiro do filho. Com esses atos, a Igreja embolsará mais de 10% dos rendimentos
daquela família.
Ninguém consegue perceber essas armadilhas. Quando falo isso, sou logo
tachado de maluco. Mas o certo é que com a matemática não se pode brincar. Ve-
jamos um exemplo prático que presenciei: Um certo pai de família ganha 1 mil reais
por mês. Seu dízimo será 100 reais. Durante o mês, ele deu a seu filho 50 reais por
serviços prestados ou a título de mesada. A Igreja requererá do filho os 10% do dí-
zimo que dará 5 reais. O dízimo daquela família, naquele mês deu 105 reais, ou se-
ja: 10,5% e não 10% como está escrito nas escrituras.
De pequenos delitos como este, a igreja arrecada milhares de dólares no final
de cada mês. Imaginem as milhares de crianças Mórmons pagando 1 dólar ou 1 real
por mês? Ninguém se dá conta dessa espoliação generalizada e descarada. Ne-
nhum pai de família reclama dessa exigência a maior do dízimo familiar por parte da
Igreja Mórmon.

318

As crianças são inocentes. Aprendem essa e outras doutrinas na tenra idade,
na primária de suas Alas. Aprendem a obedecer sem questionar. Aprendem que ali,
naquela aula está toda a verdade e que em outras religiões não encontrarão a paz e
a felicidade que existe no mormonismo. Pensam que são felizes. Mas não são. O
grande número de Mórmons consumidores de antidepressivos nos Estados Unidos
responde claramente a essa questão.
Como saber se são felizes se não experimentaram outras formas de cultura
ou de vida? Tenho debatido muito sobre isso com os jovens Mórmons que entram
neste blog ou me enviam e-mails tentando me convencer que são felizes.
Onde está a verdadeira felicidade? Há alguém nessa terra que pode se con-
siderar plenamente feliz? Na verdade não há uma única pessoa que possa dizer que
é plenamente feliz. Nem no mormonismo nem fora dele. Mas há pessoas que são
mais felizes e outras menos felizes. A maneira como vivem e como encaram o mun-
do e suas adversidades faz com que possam se sentir melhores ou piores.
Não é necessário religião, dogmas, doutrinamento ou lavagem cerebral para
que as pessoas possam ser mais felizes ou menos felizes. Sinto muito pelos milha-
res de jovens que ficam engaiolados ou acorrentados dentro das muitas religiões
existentes.
No caso do mormonismo, o objetivo desse avassalador doutrinamento infantil
é cativar e convencer os jovens, quando atingirem 18 anos, a trabalharem 2 anos de
graça fazendo serviços de proselitismo para a Igreja. Após este serviço, uma grande
maioria acaba por abandonar o mormonismo. Abandonam por encontrar a realidade
no mundo fora dos portões da doutrina Mórmon. Não há como segurar as pessoas
por toda a vida numa doutrina que está fundamentada na ganância e na mentira. No
preconceito racial e em outros preconceitos (xenofobia e homofobia).

MENINOS MISSIONÁRIOS!

Quero escrever hoje, sobre o atual serviço missionário realizado pela Igreja
Mórmon! Cada vez mais, percebo a dificuldade da instituição religiosa em executar
seu trabalho de proselitismo. Por isso, estão mandando para a missão (local onde é
executado o trabalho de proselitismo, que consiste em achar pessoas e convencê-
las a se batizarem e seguirem o mormonismo) jovens mais novos do que costumei-
ramente. Agora eles têm cerca de 18 anos de idade. Muitos destes jovens nem ter-
minaram seus estudos do ensino médio. Muitos destes jovens, nunca leram a bíblia
ou o próprio Livro de Mórmon (escritura sagrada aceita no mundo Mórmon). Muitos
destes jovens não conseguem nem interpretar um texto, quanto mais conseguir con-
vencer uma pessoa do significado real de qualquer escritura.
Para os membros da Igreja, aqueles que estão todos os domingos nas reuni-
ões, isto é completamente normal. Se o “profeta” pediu, então deve ser uma ordem
do “alto”, oriunda de Deus. Só que para os mais inteligentes e aqueles que não es-
tão com suas convicções não muito fundamentadas na doutrina Mórmon, essa práti-
ca soa com outro significado.

319

Eu mesmo questiono essa prática! Ouso em afirmar que essa alteração na
idade dos jovens para servirem uma missão de tempo integral, é na verdade, uma
estratégia desesperada dos líderes da Igreja para manterem uma certa consistência
no número de missionários que cai vertiginosamente nas últimas décadas. Tempos
atrás escrevi uma postagem sobre isso.
73

Na minha cidade de Curitibanos, alguns jovens que praticamente vi nascer,
estão saindo para suas missões de tempo integral com 18 anos de idade. É uma
pena tudo isso que vemos no mormonismo. As crianças são “treinadas” desde o
berçário para adequarem-se às regras dos Santos dos Últimos Dias.
Muitos destes rapazes não têm nenhum conhecimento do mundo fora da es-
fera geográfica de suas cidades. São na maioria, pessoas simples e humildes. Para
eles tudo será novidade. Alguns se adaptam e outros não conseguem essa proeza.
Durante a missão, muitas vezes, encontrarão adversidades. A falta de alimen-
tos e as doenças virais lhes farão companhia nesse tempo todo em que se embre-
nharão por lugares com total falta de saneamento básico nas periferias das cidades.
Outros dissabores ainda conhecerão: como a incompatibilidade de afinidade com o
companheiro (a). Esses certamente serão mais do que comuns na vida destes jo-
vens missionários.
Quanto ao serviço em si? Bem, este é um assunto que renderá várias posta-
gens. Por enquanto, apenas direi que trabalharão sob pressão de líderes bem remu-
nerados. Que terão a imagem e semelhança de deuses ou ídolos. Isso é tão verda-
de, que vejo até os dias de hoje, homens de idade avançada, que permaneceram
ativos no mormonismo e que foram missionários quando jovens falarem de seus
Presidentes de Missão, como homens especiais, dotados de grande sabedoria e
conhecimento. Para um jovem missionário, o presidente da Missão é realmente co-
mo um ser supremo, ficando abaixo apenas de Deus, de Joseph Smith e Jesus Cris-
to, nessa mesma ordem respectivamente.
Como disse anteriormente, a maioria dos jovens está desprovido de conheci-
mento secular e de entendimento necessário (mesmo sobre a doutrina a que repre-
sentam), para um bom embate e argumentação. É simplesmente por essa razão que
são batizados no mormonismo uma grande quantidade de pessoas ignorantes, se-
mianalfabeta e que não conseguem nem mesmo discernirem o que é certo ou erra-
do. Fé e razão.
Aqui em Curitibanos, muitas vezes percebi que o centro da cidade e as casas
de pessoas mais cultas, eram deixadas para um segundo plano, dentro da obra mis-
sionária. Imaginem se um missionário vai na minha casa, agora que não sou mais
membro da Igreja Mórmon. Ele não me conhece e nem imagina quem eu seja. Então
farei muitas perguntas que não poderão me dar uma resposta convincente. Com cer-
teza tentarão me convencer que tudo pode ser respondido através da fé. Eu não
posso simplesmente aceitar isso. Ou há racionalidade ou então não posso dar a
credibilidade necessária para o que estes jovens falarão.

73
http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/08/o-declinio-sistemico-lembram-dessa.html

320

Por isso mesmo, os missionários não batizam uma grande quantidade de
pessoas instruídas academicamente. Mas têm certo sucesso no meio dos iletrados.
É mais fácil convencer um ignorante do que uma pessoa pensante.
Ouso em afirmar que o atual serviço missionário da Igreja Mórmon, não trará
bons frutos num prazo médio. É o mesmo método empregado em guerras e guerri-
lhas. Quando faltam os soldados adultos, então se armam as crianças. Só que as
crianças não são tão eficientes. Os homens para o trabalho, até que existem. Caso
convocados para o serviço missionário, na falência da excessiva diminuição dos re-
sultados dos jovens, não trabalharão de graça para a Igreja, são caros. Serão ampa-
rados por legislação trabalhista, pois têm famílias para sustentar. A liderança Mór-
mon terá que lidar com este problema num futuro não tão distante.

O MORMONISMO DE ALGUNS ANOS ATRÁS!

Os Mórmons, como eles próprios confessam, adotam a interpretação bíblica
feita por Joseph Smith Jr. e Brigham Young, registrada nos escritos deles. Do ponto
de vista teológico, esta seita apresenta muitos desvios em relação ao cristianismo
tradicional.
Os historiadores e teólogos Mórmons mais bem informados estão cientes de
que da primeira edição do Livro de Mórmon para a atual houve pelo menos 3.913
mudanças (e se levarmos em conta as diferenças de pontuação serão mais de
25.000). A primeira edição já sofreu várias revisões, primeiro por Joseph Smith Jr., e
depois por seus sucessores ao longo dos últimos cento e oitenta e dois anos. Con-
tudo, tanto os dados removidos como os atuais são apresentados como “revelação
divina”. Esse é um exemplo da coexistência pacífica de contradições claras dentro
do sistema de crenças do mormonismo, que permite o isolamento ou segregação de
evidências ou conceitos conflitantes.
O cerne do sistema teológico Mórmon é uma forte ênfase à autoridade de que
o grupo sacerdotal se acha investido, bem como aos rituais e símbolos dirigidos pela
hierarquia da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Logo no início, um
convertido Mórmon aprende que a"chave da autoridade" se acha em poder dos Por-
tadores do Sacerdócio de Melquisedeque e que uma das características da restau-
ração da verdadeira Igreja de Jesus Cristo na terra é o fato de que os sacerdotes
existem e perpetuam essa autoridade.
Um Mórmon fiel usa roupas íntimas (roupas de baixo) simbólicas pelas quais
ele está sempre lembrando seus deveres como membro do grupo. Se pensarmos
ainda na forte ênfase dada ao batismo para a remissão dos pecados, ao dízimo, e
ao serviço missionário voluntário, vemos como os seguidores ficam encerrados den-
tro de um círculo fechado, homogêneo, do qual é praticamente impossível fugir, a
não ser com sérias penalidades espirituais e econômicas.
Todo Mórmon é ensinado que “sua seita é a verdadeira religião cristã”; ou,
usando seus próprios termos, é “a restauração do cristianismo na terra”. Os ritos (or-
denanças) privados dos templos Mórmons, os rituais associados com o batismo pe-

321

los mortos, os apertos de mão secretos, os sinais e símbolos adotados, tudo isso
prende o membro da seita e seus familiares num laço que em Psicologia é chamado
de “grupo social”. Quem não for aceito nesse grupo não terá paz, nem gozará de
prestígio, nem terá posição na comunidade.
A história dos Mórmons no Brasil é marcada pelo racismo, em consequência
de sua doutrina igualmente racista. Segundo o historiador Mórmon Dr. Lawrence J.
Nielsen, durante anos a igreja evitou converter pessoas de ascendência africana, e
os missionários desenvolveram vários métodos (até a prática de verificar álbuns de
fotografias) para detectar tal linhagem a fim de não batizar pessoas erradas.
Desenvolveram também códigos secretos — sinais de mão — para se comu-
nicar sem serem reconhecidos pelos negros. Segundo o pesquisador Mórmon Mark
L. Grover, durante os anos 50 a missão brasileira estabeleceu oficialmente como
seu alvo principal a “pureza racial de todos os novos convertidos”.
Ela também tirou dois capítulos inteiros das edições brasileiras do livro O
Caminho da Perfeição como parte de sua tentativa de limitar as informações aos
membros brasileiros sobre tal doutrina ofensiva. Como resultado, os Mórmons brasi-
leiros e o público em geral desconhecem as dezenas de declarações claramente
racistas feitas pelas autoridades Mórmons na sua literatura oficial em inglês. Orefe-
rido livro foi traduzido sem mudanças para o alemão, francês, espanhol e japonês.
A decisão da igreja em 1978 de abrir o sacerdócio às pessoas com “sangue
negro” foi o resultado da impossibilidade de determinar corretamente a linhagem ra-
cial de seus membros brasileiros, afirma o apóstolo Mórmon LeGrand Richards em
outubro do mesmo ano, numa entrevista pouco conhecida, trazida a público no Bra-
sil pelo Instituto Cristão de Pesquisas.
Segundo a doutrina Mórmon, uma só gota de sangue africano era suficiente
para manter a maldição que recai sobre as pessoas de pele escura e desqualificar
um possível candidato ao sacerdócio. Qualquer um que fosse ordenado por engano
estaria administrando ordenanças inválidas, assim atrapalhando seriamente a ordem
da igreja. A igreja, explicou Richards, foi forçada a reconsiderar sua posição porque
um “templo sagrado”, no valor de quatro milhões de dólares, estava para ser inaugu-
rado em São Paulo em agosto daquele ano. Como a igreja teria de negar a entrada
aos membros de origem africana neste templo? Se metade da população brasileira é
basicamente de origem negra?
74


ENSINO FAMILIAR NA EUROPA!

Os membros da Igreja Mórmon não gostam de lavar as capelas em nenhum
lugar do mundo, especialmente na Europa. Isso não é muito popular no velho mun-
do. A igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias demitiu os zeladores e
agora quer que os membros façam o serviço dos faxineiros. Esta é a expansão da
Igreja Mórmon na Europa. Baldes de bênçãos para os membros europeus, com uso

74
MARTIN, Walter. O império das seitas – Volume II -Editora Betânia - 1992

322

exclusivo de sabões do Deus Mórmon, da mesma maneira que os manuais de ensi-
no familiar são editados somente pela Igreja. Sem opção de escolha.
Para quem não está entendendo nada, gostaria de dizer que nos templos e
nas capelas, são autorizados pela liderança, apenas material de limpeza (detergen-
tes, sabões e desinfetantes) fabricados por uma empresa americana que fornece
com exclusividade para a igreja Mórmon.
Jantei recentemente com um amigo meu, membro da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Ele me informou que recebeu uma mensagem dos
seus mestres familiares, dizendo-lhe que o programa de visitas de mestres familiares
fora alterado na sua Estaca. Isso devido ao novo programa de limpeza das capelas
que estava sendo implantado. Tudo por causa de: “os zeladores ou faxineiros foram
demitidos”. A mensagem conclamava os mestres familiares para que convocassem
todos os membros de suas famílias a eles atribuídos, para se reunirem na capela,
em determinado dia e hora, para que em seguida pudessem limpá-la.
Meu amigo disse que este novo sistema mudaria o fluxo normal de 12 visitas
anuais às famílias. Uma vez que pelo menos, duas vezes por ano, as famílias que
estiverem sob sua responsabilidade deveriam se reunir na capela, ao seu chamado,
como as ovelhas que seguem a voz do seu pastor. Isso foi lançado no programa de
mestres familiares da Ala, com o intuito de ensinar aos membros o principio de servir
voluntariamente.
Esse programa não soou muito bem aos ouvidos de meu amigo. Ele me disse
que ficou de queixo caído. Meu amigo me falou que o seu mestre familiar ensinou-
lhe que este programa é uma ótima oportunidade de ensinar aos membros o que é
“prestação de serviço voluntário”.
Essas explicações não lhe soaram de forma convincente. Só para ter certeza
de que não era uma brincadeira, ele contatou alguns membros da sua família, para
ver se realmente esse era o novo programa de ensino familiar da Igreja.
Foi informado de que realmente essa mudança estava sendo feita em substi-
tuição às visitas tradicionais de ensino familiar nas casas das famílias.
Perguntei ao meu amigo o que ele pensava dessas mudanças. Com um olhar
irritado em seu rosto e com uma voz ligeiramente elevada (estávamos num restau-
rante), ele me respondeu que era evidente que a ideia principal era“trabalharem de
graça” na limpeza de uma propriedade de"uma empresa multibilionária”.
Acrescentou que sua esposa não sentiu nenhuma motivação ou entusiasmo
por este programa. Acrescentou que isso implicaria em trazer juntamente seus filhos
para a capela. Eles correriam livremente e sem controle (sua esposa tem um cargo,
na organização das moças e por isso deveria dar exemplo e não mostrar desleixo
para com as crianças).
Então perguntei ao meu amigo como ele respondeu ao seu mestre familiar,
quando foi convocado para a limpeza da capela? Ele me respondeu que simples-
mente ignorou este chamado de limpeza do interior da capela. E que não iria aten-
der a esta “ordem”.

323

Ele me contou que não esperou nenhuma reação negativa do seu mestre fa-
miliar porque ele é uma boa pessoa. De vez em quando vem à sua casa fazer as
corriqueiras visitas, traz guloseimas para degustarem juntos.
Isso tudo me parece ser mais uma iniciativa profética de Thomas S. Monson
para proteger a rentabilidade das empresas do conglomerado Mórmon. O lema é:
“Irmãos e irmãs! Venham todos à igreja esfregar o chão, a pia batismal e os banhei-
ros! Este agora é o novo ensinamento familiar”. Ou seria um novo ensinamento so-
bre remoção da sujeira?
75


O MORMONISMO DE MITT

Os americanos não têm medo de um Presidente Mórmon por causa do que
eles sabem a respeito de Mitt Romney. Os americanos estão com medo simples-
mente por causa do que eles não sabem sobre um grupo cuja marca registrada é o
segredo.
Eu estava na Universidade Brigham Young. Ainda era uma Mórmon fiel. Lá
também estava o Mitt. Ele era um Mórmon tão fiel como eu, enquanto estava lá. Eu
sei o que nos ensinaram no mormonismo. Portanto, eu sei o que ele sabe e o que
não pode falar publicamente.
Há três áreas em que os Mórmons são secretos: Primeiro, os Mórmons muito
fiéis fazem votos e promessas em seus templos, em locais exclusivos para essa fi-
nalidade, onde eles participam de rituais e juramentos e ainda fazem certas coisas.
Eles ainda juram não falar sobre essas promessas às demais pessoas.
Em segundo lugar, um dos segredos mais bem guardados do mundo é o
quão incrivelmente é rica a Igreja Mórmon. Isso é uma realidade! As melhores esti-
mativas dizem que se trata de uma empresa com ativos de 30 bilhões de dólares
com enormes participações corporativas societárias e muitas propriedades.
Em terceiro lugar, há um segredo maior. Numa área sobre a qual a igreja
Mórmon mantem total discrição. Este segredo é ocultado até mesmo dos seus
membros. Diz respeito às contínuas aspirações históricas dos líderes Mórmons na
política. Incluindo consequentemente a própria igreja. A maioria dos Mórmons e cer-
tamente quase todos os não-Mórmons são completamente ignorantes dos detalhes
e artifícios, que a igreja tem utilizado desde a sua fundação, até os dias atuais, para
assumir o controle do governo dos Estados Unidos. Há boas razões para supor que
essas aspirações (e se não são aspirações, pelo menos são expectativas “proféti-
cas”), ainda estão relacionadas no anseio de conseguir um governo teocrático Mór-
mon nos Estados Unidos da América.
Devemos perguntar a todos: Mitt Romney se encaixa nestes planos “proféti-
cos”? Que eu saiba ele foi e é um homem de bom caráter. É sincero e honesto! Não
vou avaliá-lo de forma crítica como ser humano, mas como um candidato presiden-
cial que é Mórmon. Para isso, abordarei duas das áreas de segredo da Igreja.

75
Steve Benson - 19 de Dezembro de 2010 – Noruega! Onde a limpeza das capelas da igreja Mór-
mon também está sendo implementada.

324

Em primeiro lugar, creio que Mitt Romney seja consciente de que todos os es-
tudantes da Universidade Brigham Young sabiam da “profecia do cavalo branco”.
Isso foi muito comentado nas décadas de 1960 e 1970 naquela instituição. Brigham
Young declarou que a Constituição dos Estados Unidos da América entraria em co-
lapso, sendo os “Élderes de Israel” e os funcionários da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, os salvadores do governo.
Quando eu estava estudando na Universidade Brigham Young começou um
curso universitário, de direito especializado em direito constitucional dos Estados
Unidos. Talvez o Sr. Romney saiba ou não saiba. Empresas ligadas a Igreja têm fei-
to registros e planejamentos em segredo, para que a Igreja Mórmon consiga alcan-
çar esse objetivo.
Em segundo lugar, Mitt Romney é um homem rico, membro de uma igreja ri-
ca. Mas, vejamos isso: Enquanto Romney expõe e abre sua declaração de imposto
de renda para os americanos examinarem, ninguém exige nada parecido da Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (se a Igreja Mórmon for comparada
com uma instituição financeira deverá ocupar a posição nº 243, de acordo com o
ranking “Fortune 500”). Esse tipo de riqueza camuflada como instituição eclesiástica,
com as aspirações políticas que a igreja Mórmon sempre teve, deixa os americanos
numa posição de desconforto.
No entanto, é num nível pessoal que as pessoas costumam articular suas
suspeitas. Os Mórmons fiéis fazem promessas em seus templos de colocar a Igreja
acima de todas as outras preocupações terrenas. E dedicarem todos os seus esfor-
ços, incluindo tempo e talentos para isso. Aqui está o texto dessa promessa:

“(...) faço aliança e prometo neste altar, diante de Deus, anjos e destas teste-
munhas, que aceito a Lei de Consagração como explicada em Doutrina e Convê-
nios, e que consagrarei, meu tempo, talentos, e tudo com a qual o Senhor tem me
abençoado, ou com o que Ele possa me abençoar, para a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, para a edificação do Reino de Deus na Terra e para o es-
tabelecimento de Sião”.

Muitas pessoas pensam que há um paralelo com os medos que as pessoas
tinham de um presidente católico. John F. Kennedy nunca fez repetidas promessas
diante de testemunhas para colocar a sua igreja acima de tudo.
76


ENQUANTO O MUNDO CRESCE EM CONHECIMENTO, OS MÓ R-
MONS PADECEM EM IGNORÂNCIA!


76
Enquanto você está aqui, dê uma olhada na documentação que está no meu livro, “A miragem
Mórmon – Os antigos membros olham para a igreja Mórmon de hoje – 3ª edição” (Zondervan, 2009),
sobre as finanças da Igreja Mórmon. Analisem por si mesmos as citações dos líderes do passado e
as citações dos recentes líderes SUDs, sobre como a igreja Mórmon acredita que irá controlar os
Estados Unidos da América. http://latayne.com/mitts-mormonism Veja também: Enciclopédia do Mor-
monismo Vol. 1, 1992

325

Recebi um comentário de uma amiga que mora em Utah. Suas palavras são
sábias e mostram uma realidade que a maioria dos membros da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias não percebe.
Apesar de todo o crescimento financeiro da corporação das empresas que
compõe o mormonismo, como igreja em si, não consigo ver um crescimento real.
Percebo um crescimento em ignorância e fanatismo. Chegando ao fundamentalismo
como os antigos Judeus do Novo Testamento. Vejamos por exemplo, como são fei-
tas as lavagens cerebrais nas cabeças dos jovens missionários Mórmons:

“Veja bem, para um missionário é muito fácil ser enganado. Esses meninos
precisam levantar todos os dias, religiosamente as seis em ponto da manhã, exercí-
cio físico, banho, breakfast (como o próprio nome já diz) tem que ser feito de forma
rápida. Já o estudo das escrituras (no caso o Livro de Mórmon) deve ser feito sem
pressa. Ali o missionário coloca na mente toda a loucura de Joseph Smith. Lá para
umas nove, dez da manhã, o missionário sai ao campo buscando e "ensinando"
pesquisadores. Os caras ficam 12 horas ou mais por dia envolvidos em fantasias.
Imagina agora passar dois anos fazendo a mesma coisa todos os dias. É impossível
o cérebro não ter nenhum tipo de reação. Já ouvi estórias de missionários que viram
anjos, crianças que já faleceram, tiveram "sentimentos" fortes a respeito de alguém,
e até estórias de verem demônios já ouvi. Tudo isso é produto da mente. Como sa-
bemos, nosso cérebro nada mais nada menos é do que um espelho. Ele, de forma
inconsciente reflete nossos pensamentos em forma de ações”.

A ignorância é tamanha, que muitos membros da Igreja, em todos os cantos
do mundo (inclusive no Brasil, já vi isso), são desestimulados até mesmo a ter uma
TV em casa. Quando eu era membro da igreja era desestimulado a assistir futebol
no domingo. Isso profanaria o domingo e Deus não estaria contente com essa minha
ação. Tinha uma família aqui em Curitibanos, que se vangloriava na igreja, de que
na sua casa, não ligavam a TV nos domingos. Até o programa "Fantástico" o marido
gravava à noite, para assistirem no outro dia. Isso para não "profanar" o domingo, o
dia do Senhor. Pode haver algo mais ridículo do que isso? Até que ponto chega a
ignorância humana por causa de uma crença religiosa?
Muitos discursos dos líderes do alto escalão Mórmon (Autoridades Gerais) ci-
tam esportes como o super bowl ou obasebol. No Brasil e no mundo, o futebol (soc-
cer) é discriminado por estes mesmos líderes. Apesar de muitos líderes locais sem-
pre citarem e deixarem claro para qual time torcem, não se vê o mesmo tratamento
dado ao futebol, como ao super bowl ou ao basebol, por parte das autoridades ge-
rais da Igreja Mórmon. Quando acontece uma "Copa do Mundo", isso fica mais evi-
dente. Os missionários são impedidos de assistirem aos jogos. Mesmo que esses
jogos ocorram, por exemplo, num dia de preparação (P. Day).Seria isso uma malda-
de da liderança Mórmon ou propriamente ignorância mesmo?
Imaginemos agora como é o mormonismo em Utah! Todo mundo acredita pi-
amente nas palavras de um homem que nunca aparece em público. Isso é tão ver-

326

dade que tenho até o depoimento de uma moradora daquele estado americano. Ve-
jamos as palavras de uma moradora de Utah:

“Estudem o atual presidente Monson! Não faz nada, não fala nada. Está sem-
pre escondido. Parece que tem medo. Onde está o poder desse homem que se diz
profeta? Leiam e releiam suas “A liahonas”, vocês não verão profecia alguma vinda
dele ou dos demais profetas Mórmons. O que eles falam são coisas óbvias, que
qualquer um pode fazer”.

E aquelas famílias que vivem isoladas em Utah? Cheias de filhos! Moradoras
do Deserto e de lugares remotos, longe deSalt Lake ou de outros centros? Qual o
sentido há em seguir cegamente uma doutrina que só lhes imputa sofrimentos? Mui-
tos jovens nem conseguem se desenvolver intelectualmente direito. São privados do
básico. De um programa de televisão ou das mudanças que estão ocorrendo no
nosso mundo globalizado. Entendo perfeitamente e sinto muito mesmo, por minhas
palavras não chegarem até esses jovens. Pois muitos, nem internet têm, em pleno
Estados Unidos da América. Tudo por causa de uma religião que ensina valores ra-
dicais. Esses valores têm sido absorvidos, de forma fundamentalista, por sucessivas
gerações. Qual sentido há nas palavras repetidas do "profeta"? Nenhuma! A não ser
a produção de uma espécie de hipnose coletiva. Onde está a profecia para dar cré-
dito ao título? Ninguém consegue perceber, mas a verdade é que“enquanto o mundo
cresce em conhecimento, os Mórmons padecem em ignorância!”

JOSEPH SMITH COMO UM DEUS MÓRMON!

Nunca estudei direito a bíblia e estava apenas começando a exercitar minha
fé. Tinha me batizado há três anos na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. O ano era 1994 e eu me sentia uma pessoa convertida, apesar do meu pouco
entendimento da doutrina que abraçara. Sentia-me especial, principalmente porque
havia muitas pessoas que não aceitavam o mormonismo. Isso para mim era um sinal
de eu era um escolhido, num mundo aonde a maioria absoluta iria ranger os dentes,
no inferno ou num lago de fogo e enxofre.
Certo dia, eu estava lendo um jornal e de repente comecei a pensar e a refle-
tir sobre a minha religião. Durante a leitura deste jornal, me senti como se eu tivesse
mergulhado em águas das minhas memórias. Depois voltei à superfície do presente
e não mais compreendia o que eu estava seguindo. Lembrei de tantas coisas e con-
templações do passado.
Eu realmente acreditava no profeta Joseph Smith como um deus Mórmon, is-
so era como a única verdade no mundo para mim. Mas de repente, por causa destas
lembranças comecei a racionalizar. Por que será que existe nas pessoas essa ten-
dência de exercerem fé numa pessoa (comparado a um deus), mas de repente essa
fé desaparece e não existe mais?

327

Se Deus existe, Ele e Seus princípios devem ser eternos! Teoricamente o
mundo deveria ser governado por eles. Então, como isso aconteceu? Que o deus
Mórmon e sua igreja são governados por pessoas? Por que seus princípios estão
em constante mudança? Por que a poligamia foi num momento glorificada como um
mandamento de Deus e de repente foi repreendida e proibida? Por que as ordenan-
ças do templo são constantemente alteradas de tempos em tempos? Por que os
“garments” (roupas íntimas dos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias que passaram pelo templo) são alterados? Acredito que os líderes
Mórmons gostam de acompanhar as tendências da moda.
Por que pessoas negras não podiam sequer pensar em entrar nos templos? E
agora eles estão entre o mesmo "povo abençoado", iguais aos brancos? Será que
um negro, terá a chance de um dia se tornar um presidente da Igreja Mórmon? E
será que um gay também poderia ser um Presidente e "profeta" da Igreja Mórmon
um dia?
Então, após todos estes pensamentos e meditações, raciocinei da seguinte
forma: Não vale a pena continuar acreditando nas palavras de Joseph Smith Jr. co-
mo se ele fosse um deus Mórmon. Daquele momento em diante comecei a acreditar
num Deus Eterno, cujos princípios sejam racionais e as consequências desse amor
resultem em amor e perdão. Sua substância? Ainda não sei, mas com certeza é
bem diferente do deus Mórmon.
O que permanece no mundo são nossos atos altruístas. É isso que o mundo
espera de um seguidor de um Deus Eterno. Desde aquele dia comecei a perceber o
que é a verdadeira humildade. Não é seguir líderes cegamente, sem questionar. É
saber que existe um Poder que você não pode controlar. Humildade é você aceitar
tal conhecimento. Não ficar longos anos se enganando. Ainda bem que para mim
foram somente três anos.
77


UMA IGREJA 100% DE ORIGEM HUMANA

Saí da Igreja Mórmon em 1958, quando eu tinha 25 anos. Isso foi há muito
tempo: David O. McKay era o profeta na época. Havia apenas oito templos e ne-
nhum tinha projetor de filme. Não havia negros na igreja (pelo menos não era visí-
vel). Os garments eram de uma única peça. A cerimônia da investidura do templo
ainda tinha a pena de morte.
Por que, depois de todos esses anos, eu ainda estou preocupado com o
mormonismo? Por que não acabei com essa parte do meu passado distante, dei-
xando tudo para trás? Existem algumas razões:
Primeira: Sou descendente de uma longa linhagem de Mórmons fiéis. Todos
os meus antepassados, em todos os ramos da minha família, quatro, cinco e seis
gerações, foram Mórmons. Os Mórmons e sua história são a minha herança. É a
minha única herança. É de onde eu venho. Entretanto! Nenhum dos meus antepas-
sados foi um Mórmon grande ou famoso. Eu li suas histórias, eles foram boas pes-

77
Enviado por Volga – Ex mórmon de Kiev, Ucrânia

328

soas. Eles foram fiéis, trabalhadores, e merecem o meu respeito. A história da minha
família é inevitavelmente entrelaçada com a história da migração Mórmon para
Utah. Eu não posso ignorar o mormonismo ou a história Mórmon sem esquecer o
meu passado.
Segundo: Os membros da minha família ainda são Mórmons fiéis. Quase to-
dos, inclusive meus pais, meus irmãos e irmãs, meus filhos mais velhos, meus ne-
tos, meus sobrinhos e sobrinhas. Suas vidas são permeadas por suas crenças Mór-
mons. Sua existência diária está entrelaçada com as atividades do trabalho da igre-
ja. Todos os seus amigos são Mórmons.
Terceiro: A igreja se tornou uma espécie de holding financeiramente falando,
de super ricos, com empresas subsidiárias de bilhões de dólares e propriedades em
todo o país, fato que a maioria dos não Mórmons não está ciente. Suas receitas são
estimadas, a partir de fontes confiáveis, em milhões de dólares por dia. Essas entra-
das não vêm só de seus negócios, mas também de milhares de seus membros fiéis,
que são obrigados a doar um mínimo de dez por cento de toda a sua renda para a
igreja.
A Igreja Mórmon se orgulha de seu rápido crescimento. Este crescimento está
baseado na manutenção de um grande corpo de voluntários missionários de tempo
integral que são bem treinados em técnicas de vendas. E totalmente doutrinados,
cujo único propósito é trazer mais pessoas para a igreja. O objetivo não é converter,
não é enriquecer a vida das pessoas, mas batizar, não para salvar as almas dos pe-
cadores, mas ampliar a lista de membros. Esta força missionária não é dirigida por
clérigos, mas por homens de negócios bem sucedidos. Executivos bem alinhados
com o mundo corporativo. O esforço missionário é um negócio bem sucedido de
acordo com os padrões empresariais.
Estas são algumas das razões mais importantes, pelas quais eu ainda estou
vitalmente interessado no Mormonismo.
Os Mórmons dirão que o mormonismo é uma maneira maravilhosa de vida,
que trás felicidade à existência mortal. As promessas e esperanças que dão aos
seus crentes são atraentes e inspiradores. Então, por que eu rejeitei tudo isso? Aqui
está a história da minha própria vida.
Fui muito feliz na minha infância, com minha família, na minha pequena cida-
de ao sul de Idaho. Os membros da Igreja Mórmon formavam um grupo social domi-
nante. Nossas vidas foram em torno da igreja. Estudamos nossos manuais de lições
da igreja. Foi um tempo maravilhoso. Maravilhoso, porque tínhamos o Evangelho,
que pedíamos a Deus várias vezes por dia.
Assim, a minha namorada do colégio foi uma fiel e boa menina Mó r-
mon. Apaixonamos-nos profundamente e fomos devotados um ao outro. Sem nunca
nos arriscarmos em fazer qualquer ato físico imoral, como beijos e abraços (ou con-
tato com a pele do corpo ou em qualquer área abaixo da cintura ou em volta dos
seios, etc.) Quando ela se formou no colegial, eu estava no meu terceiro ano na
Universidade Brigham Young - BYU. Casamos virgens, em uma linda cerimônia no

329

Templo de Idaho Falls. Em seguida, tivemos dois bebês. Éramos um lindo casal de
jovens Mórmons.
Na BYU tive uma professora de geologia. Eu aprendi sobre a idade da terra,
como ensinado pela maioria dos geólogos. Perguntei num domingo na igreja: como
conciliar os ensinamentos da ciência com os ensinamentos da igreja (que dizia que
a Terra fora criada 6.000 anos atrás)? Responderam-me que nosso cérebro tem dois
compartimentos: um para geologia e um para o evangelho. Isso me incomodou no
momento, mas não pensei mais nesse assunto.
Após minha formatura da Universidade Brigham Young me ofereceram uma
bolsa para Northwestern University para trabalhar num MBA. Assim, a minha jovem
esposa e eu, com dois (então) bebês, mudamos para Evanston, Illinois. Pela primei-
ra vez na minha vida eu estava cercado por não-Mórmons.
Eu sentia que era inteligente o suficiente de conhecimento da religião. E sufi-
cientemente bem treinado em habilidades de oratória para discutir, defender e pro-
mover a minha religião com qualquer um. Logo encontrei alguns interessados. Não
havia segredo de que eu era formado na Universidade Brigham Young. Então muitos
tinham dúvidas sobre o mormonismo. Algumas questões foram amigáveis, mas de-
safiadoras.
Um professor me falou sobre o Alfabeto Deseret e outro professor de literatu-
ra alemã, me falou sobre as semelhanças entre a visão de mundo de Goethe e Jo-
seph Smith. Alguns de meus colegas me fizeram perguntas, que aprenderam em
suas igrejas. Fui incapaz de responder satisfatoriamente a eles. Pois foram basea-
das em fatos não conhecidos por minha pessoa. Nunca ouvi falar de gangues de
enforcamento Danitas, sobre a doutrina da Expiação pelo Sangue a doutrina do
Deus Adão. Onde encontraram essas acusações horríveis?
Percebi que para responder a essas questões eu deveria pesquisar e estudar
mais. Nunca tinha sido um ávido estudante da história da Igreja, embora tivesse ob-
tido as melhores notas no curso do seminário de história da igreja.
Agora comecei a ler a história da igreja. Tanto as histórias autênticas publica-
do pela igreja, como as mentiras e as terríveis distorções publicadas por seus inimi-
gos. Quão diferentes eles eram! Era quase como se os autores de cada campo es-
crevessem sobre eventos diferentes.
Depois de um ano comecei meu mestrado em alemão e aceitei um emprego
de professor em Ogden, Utah. Voltamos a “Sião” e tivemos nosso terceiro filho.
Em Ogden encontrei pela primeira vez os escritos dos Mórmons fundamenta-
listas, que acreditam que Joseph Smith e Brigham Young eram profetas verdadeiros.
Mas a igreja desde então, especialmente desde que abandonou a prática da poliga-
mia, está em apostasia.
As doutrinas e a história da igreja foram extensivamente estudadas. Parecia-
me que os fundamentalistas tinham muita informação histórica, que não estava
acessível de qualquer outra forma. Por exemplo, baseado em grande parte, no “The
Journal of Discourses”, um trabalho multi-volume que contém praticamente todos os

330

sermões pregados pelos líderes da igreja nos primeiros trinta ou quarenta anos de-
pois de chegar em Utah.
Toda a literatura anti-Mórmon que eu li baseia-se fortemente nas citações dos
sermões do “The Journal of Discourses”. Mas os atuais líderes da igreja quase nun-
ca mencionam essas citações. Por quê? Isso me incomodou muito naquele momen-
to, mas mesmo assim, deixei de lado.
Quando eu morava em Ogden, um editor fundamentalista trouxe uma reedi-
ção em fac-símiles do “The Journal of Discourses”, em capa dura, por US $ 250. Se
eu não fosse um professor de escola pobre, teria comprado, porque estava ansioso
para ler as sábias palavras dos primeiros líderes Mórmons. Mas a questão era, por
que esta obra foi suprimida pela igreja? Isso ainda me incomodava.
Uma das acusações feitas por anti-Mórmons dizia que Brigham Young ensi-
nou que Deus tinha revelado a ele que Adão foi, de fato, Deus Pai.
Dois anos depois, me ofereceram uma bolsa para continuar os meus estudos
de pós-graduação em Baltimore. Aceitamos e mais uma vez estávamos cercados
por gentios.
Certos eventos na história da igreja começaram a me incomodar. Por que o
Acampamento de Sião não deu certo? Por que o Banco de Kirtland falhou ou fa-
liu? Ambas as empresas foram organizadas para o benefício da igreja, pelo profeta
de Deus, que prometeu que iriam ter sucesso. Foi difícil evitar a conclusão de que
Deus não fez muito para dirigir os assuntos de sua igreja. E quando pensamos que a
mesma coisa foi verdade, na experiência da Ordem Unida (mantendo todas as pro-
priedades em comum), o casamento plural, o alfabeto Deseret - todos os projetos
começaram com uma grande promessa, liderada pelo ungido de Deus. E seus líde-
res todos falharam e foram logo abandonados. Isso me incomodou profundamente.
O que começou a me incomodar mais foi que a igreja parecia estar dizendo
toda a verdade sobre muitos eventos do passado.
Entre os papéis de meu avô, que serviu missão na Inglaterra em 1910, encon-
trei muitos panfletos e impressos que ele tinha usado em sua missão. Uma delas foi
a transcrição de um debate em 1850 entre John Taylor (então um apóstolo e missio-
nário na Inglaterra) e um pastor metodista. Entre os temas discutidos no debate foi o
rumor, comum então, que os Mórmons praticaram o casamento plural (poliga-
mia). Taylor vigorosamente negava os rumores e afirmava que era mentira e disse
firmemente, que os Mórmons eram monogâmicos. Ao mesmo tempo, Taylor casou-
se e vivia com doze mulheres. Naquela época todos os dignitários da igreja também
tinha várias esposas.
Então eu escrevi uma carta a Joseph Fielding Smith, a quem respeitava muito
e que, naquela época era o Historiador da Igreja e Presidente do Quórum dos Doze
Apóstolos. Eu expliquei ao Presidente Smith o meu dilema: a evidência me parecia
claro e certo, que Brigham Young ensinou que Adão é Deus-Pai. Mas a igreja de
hoje não ensina isso. O que é a verdade?
Secretamente eu pensava (e talvez esperasse) que o Presidente Smith fosse
responder e dizer algo como:"Querido irmão, a sua diligência e fé em investigar a

331

verdade tem sido um precioso segredo, não conhecido por muitos. Sim, você pode
ter certeza que o Presidente Young ensinou a verdade: Adão é nosso Pai e nosso
Deus, e o único Deus com quem temos de lidar. A igreja não proclama esta verdade
preciosa porque não quer expor os mistérios de Deus para o ridículo do mundo. Pre-
serva esta verdade secreta como faz com os segredos da investidura do templo”.
Recebi do Presidente Smith uma resposta curta e clara à minha carta. Foi to-
talmente diferente do que eu esperava. Ele escreveu que essa idéia não era verda-
de. Não estava nas escrituras e era completamente falsa. Ele ignorou todo o pro-
blema como se não existisse. Isso me incomodou, mas eu tentei tirar isso da minha
mente.
Assisti certa vez, a uma aula de história da filosofia. Foi fascinante! Ocorreu-
me que a minha religião tinha muitas respostas e explicações. Mas não deu as res-
postas, mesmo sem realmente perceber o que eram as perguntas. As respostas da
minha igreja pareciam bastante frívolas e superficiais. Fui apresentado ao estudo da
ética e me surpreendi ao encontrar a mesma coisa: a minha religião, que afirmou ter
a resposta final, final e completa, não fez nem como uma introdução para os gran-
des problemas éticos com que os grandes pensadores haviam lutado por centenas
de anos.
No entanto, permaneci um membro fiel da igreja, cumprindo todos os meus
deveres na Igreja, participando de reuniões, observando a Palavra de Sabedoria,
vestindo roupas do templo. Mas lutei duro para conciliar as incoerências das menti-
ras da igreja. O passado duvidoso abalou a minha fé na sua divindade. Foi num
momento singular, num dia qualquer, na biblioteca da universidade. Estava refletindo
sobre este problema. De repente pensei:"Todos esses problemas desaparecem as-
sim que você perceber que a igreja Mórmon é apenas mais uma instituição huma-
na”. Foi como uma revelação. É claro! Por que não pensei nisso antes?
Corri para casa para compartilhar com minha esposa a grande descoberta
que tinha feito. Eu disse a ela que tinha descoberto que a igreja não era verdadeira!
Ela se recusou a aceitar qualquer coisa que eu dissesse criticando a igre-
ja. Foi o começo do fim do nosso casamento. Eu tentei continuar com as responsabi-
lidades na minha igreja, primeiramente como organista na Ala.
No verão seguinte, minha esposa levou as crianças para Utah, para uma visi-
ta, e eu senti que era bobagem continuar usando as roupas do templo. E por que
não beber uma xícara de café com os outros alunos? Ou um copo de vinho em uma
festa? Nunca na minha vida eu tinha provado o gosto do café ou do álcool. Fiquei
muito triste por ter me privado destas coisas agradáveis.
Minha mulher me deixou de repente. Sem me avisar previamente, levando as
crianças com ela. Seus amigos da igreja a ajudaram fugir, e voltarem para “Sião”. E
também a ajudaram a se divorciar de mim. Minha última tentativa de reconciliação
falhou, quando ela disse que o seu retorno seria condicional ao meu retorno à fé
Mórmon. Percebi que não podia fazer isso. Não importava o quanto eu queria man-
ter a minha família. É claro! Ela ganhou a guarda das crianças. Ela casou-se nova-
mente quatro anos depois. Seu novo marido é um “fiel portador do sacerdócio”, cuja

332

esposa havia deixado a igreja (É irônico que uma igreja que coloca um valor tão alto
de vínculos familiares, na verdade destrói estes mesmos vínculos).
Os anos passaram e eu nunca me arrependi da minha decisão nem por um
momento sequer (além do fato de perder minha esposa e filhos).
Estudos subsequentes, me deram centenas de vezes, mais informações so-
bre a Igreja. Muitos amigos Mórmons e membros da minha família me tentaram con-
vencer de que eu cometi um erro. Mas quando eu insisto para eles também ouvirem
o que tenho a dizer, sobre as minhas razões em acreditar que a igreja é falsa, logo
abandonam suas intenções. Asseguro-vos que a minha mente está aberta para
qualquer evidência ou raciocínio que possa ser negligenciada. Eles estão convenci-
dos de que sou um apóstata por causa do pecado da incredulidade, do orgulho, da
teimosia, dos sentimentos de mágoa, da falta de conhecimento ou compreensão, da
depravação, do desejo de fazer o mal ou por viver uma vida de devassidão. Nenhum
dessas causas é verdadeiro. Saí por uma única razão: “A Igreja Mórmon não é guia-
da por Deus e nunca foi. É uma religião de origem 100% humana”.
Eu acho que minha esposa pensou que porque a igreja tinha me ensinado a
ser honesto, amoroso, leal, trabalhador e um bom marido, após a minha saída da
igreja, eu logo me tornaria o oposto. Provavelmente não foi a única em acreditar que
logo eu seria um preguiçoso, sem Deus, um miserável, que iria queimar até a morte,
da sífilis e do alcoolismo numa idade avançada. No entanto, desde que deixei a igre-
ja, minha vida tem sido rica e gratificante. Eu tenho sido bem sucedido na minha pro-
fissão. Eu casei com uma linda moça com crenças semelhantes às minhas. Agora
temos dois lindos filhos adultos que, no entanto, foram criados sem formação religio-
sa e são seres humanos tão maravilhosos, como qualquer um seria de seus fi-
lhos. Temos prosperado materialmente (provavelmente mais do que a maioria dos
meus bons parentes Mórmons). E também, a nossa vida tem sido rica em muitas
outras maneiras, rica em bons amigos, na apreciação da beleza encontrada em nos-
so mundo. Nós exploramos todas as riquezas intelectuais e espirituais do nosso pa-
trimônio humano e nos beneficiamos com isso.
E com a idade também me dei conta que eu não temo a morte, embora eu
não tenha nenhuma idéia do que esperar quando ela vier. A esse respeito, acho que
ao contrário de muitos Mórmons que estão desesperadamente preocupados porque
não foram suficientemente "valentes" em sua devoção à igreja para se qualificarem
ao Reino Celestial. Novamente, como é irônico que uma igreja, que começa prome-
tendo a seus membros tanta alegria e felicidade, que realmente trás tanta dor e de-
sespero!
Ainda estou orgulhoso da minha herança Mórmon. Eu ainda gosto de fazer
meu trabalho de genealogia (tenho os registros mais completos do que a maioria
dos meus parentes Mórmons). Eu ainda amo tocar e cantar os velhos hinos dos
Mórmons. E eu ainda acredito em progresso eterno: as coisas estão cada vez me-
lhores e melhores.
78


78
Como um pós-escrito: O Apóstolo Bruce R. McConkie admitiu que Brigham Young ensinou que
Adão era Deus e a igreja tinha realmente mentido sobre sua própria história. Ele diz que Brigham

333


ALGUMAS COISAS QUE NÃO FORAM ENCONTRADAS!

A "pedra angular" da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é,
sem dúvida, o Livro de Mórmon. Se o Livro de Mórmon é um produto do século XIX,
então a igreja Mórmon não é o que ela afirma ser. A arqueologia no velho mundo
continua a descobrir evidências físicas da história bíblica. O interessante é que isso
não acontece no novo mundo do Livro de Mórmon. De fato, o que os arqueólogos
têm encontrado e afirmado, nestas duas últimas décadas, tem sido devastador para
a comprovação do livro de Mórmon. Os apologistas Mórmons agora estão recorren-
do às evidências baseadas unicamente na fé. Apesar de a Igreja ter continuamente
investido em pesquisas, através da “Universidade Brigham Young – BYU” e do “Neal
A. Maxwell Institute for Religious Scholarship”. Entidades pertencentes à Igreja.
Mesmo assim, eles percebem que não há provas concretas em tudo o que pesqui-
sam para a comprovação do Livro de Mórmon.
As evidências mais convincentes do Livro de Mórmon são fictícias. Essas evi-
dências são expostas a partir da visão arqueológica. São “as coisas que não foram
encontradas”.
Iniciarei com as cidades descritas no Livro de Mórmon. Numerosos livros e ar-
tigos, dos quais eu tenho muitos, descrevem propostas de locais descritas no Livro
de Mórmon. Suas cidades e a “faixa estreita de terra”. Todos eles diferem entre si
significativamente. Nenhuma cidade até hoje foi identificada como sendo nefita ou
lamanita. Isto é significativo, uma vez que a cidade de Zaraenla, que segundo o tex-
to do livro de Mórmon foi ocupada por centenas de anos, deveria deixar algum indí-
cio ou ruínas de sua existência. Quase toda a geografia mencionada no Livro de
Mórmon é totalmente desconhecida inclusive pela própria liderança da Igreja de Je-
sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Os apologistas Mórmons dizem que toda a superfície do continente america-
no foi abalada e o terreno revirado, no momento da crucificação de Cristo. Portanto,
a postura apologista dos Santos dos Últimos Dias é fraca, de que as cidades foram
destruídas. Isso não é válido. Lembre-se que estamos falando de um período de
tempo a partir de 2000 a.C. a 400 d.C. - Milhões de pessoas e suas respectivas ci-
dades ainda poderiam ser encontradas com facilidade pela arqueologia moderna.
Uma nota curiosa é que quando os nefitas desembarcaram na América, de
acordo com o texto, já existiam milhões de habitantes no continente, com grandes
cidades e infra-estrutura. Por que esses povos não foram meticulosamente mencio-
nados no Livro de Mórmon e nunca foram encontradas as ruídas dessa civilização?
Vejamos agora a vida vegetal e animal descrita no Livro de Mórmon. Há qua-
tro principais culturas mencionadas nos registros nefitas. Estes são:


Young estava errado, mas foi para o reino celestial, mas se você acreditar no que Brigham Young
ensinou sobre isso, vá para o inferno.O fato de que a igreja pode dar uma volta sobre isso é realmen-
te um retrocesso mental. Richard Packham - http://packham.n4m.org/whylft.htm

334

Cevada (Mosias 7:22, 9:09, Alma 11:7, 15)
Figos (3 Nefi 14:16)
Uvas (2 Nefi 15:2, 4, 3 Nefi 14:16)
Trigo (Mosias 09:09, 3 Nefi 18:18)

Nenhum achado arqueológico datado do período de tempo do Livro de Mór-
mon foi divulgado pela comunidade científica. Nenhuma cevada foi encontrada, com
exceção de uma variedade que foi localizada no novo mundo, no Arizona, mas é
totalmente alheia com as condições e locais descritas nas escrituras do Livro de
Mórmon. Nenhum figo, nenhuma uva, nenhum trigo.
Quanto ao trigo, gostaria de salientar que este cereal é muito durável. O trigo
em perfeito estado tem sido frequentemente encontrado perto das pirâmides egíp-
cias, que datam de milhares de anos. Não há absolutamente nenhuma evidência de
qualquer fonte de que o trigo foi usado na América antiga. Isso por si só desmonta
qualquer evidência a favor do Livro de Mórmon e deixa-o numa posição de descrédi-
to.
79


O PROFETA QUE NÃO FOI PARA A MISSÃO!

Eu sempre tenho perguntado em qualquer fórum na internet. Por qual razão o
Presidente Thomas S. Monson não foi para a missão? Sempre vem um membro da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e me diz: “porque ele tinha que ir
para a guerra”. Pergunto novamente e a resposta é continuamente a mesma. Com
essa resposta, de forma repetida, me convenço cada vez mais, que aprendemos a
repetir o que outra pessoa nos diz. Muito pouco, mas muito pouco mesmo nos preo-
cupamos em verificar as informações recebidas.
Minha conclusão é que Presidente Monson não foi para a missão, porque ele
tinha outras prioridades em sua vida!
Thomas S. Monson nasceu em 21 de agosto de 1927em Salt Lake City, Utah.
Em 1945, aos 17 anos entrou para a reserva no exército dos Estados Unidos, no fim
da "segunda guerra mundial". Ele não esteve envolvido em ações de combate ou
outras ações relevantes. Serviu em San Diego e não foi enviado ao exterior. Ele
terminou seu serviço militar depois de 6 meses com o final da guerra. Deu baixa do
exército americano com alta honra e sem distinção (por não ter ido lutar em nenhum
lugar).
Depois da guerra, o jovem Thomas S. Monson tinha 18 anos, ainda não tinha
atingido a idade legal para ir para uma missão. Com isso vemos que havia tempo
hábil para ele enviar os documentos necessários para a missão, se assim ele dese-
jasse, mas Thomas S. Monson não fez isso. A desculpa de que "ele tinha que ir para
a guerra" é um desrespeito à inteligência do ouvinte. Ainda mais que em nenhum

79
Referencias:
http://lds.org/scriptures/bofm?lang=por
http://www.exmormon.org/whyileft.htm

335

momento ele foi enviado para o campo de batalha. Ele nem sequer deixou o seu pa-
ís!
Em 1947, ele foi para a Universidade de Utah, local onde conheceu sua espo-
sa Frances Beverly Johnson com quem se casou em 1948, com a idade de 21 anos.
O Élder Monson sempre trabalhou em escritórios da Igreja. Ensinou como professor
na Universidade, e foi diretor da Deseret News, uma das maiores gráficas impresso-
ras do oeste americano. Este cargo foi um legado de seu mentor, Mark E. Petersen
(foi Apóstolo da Igreja SUD). Neste trabalho de diretor teve a estreita colaboração de
Gordon B. Hinckley (foi Apóstolo e Presidente da Igreja SUD).
O jovem Monson almejava ir além. Seus pensamentos não estavam na obra
missionária, ou serviço de proselitismo. Ele sabia que para galgar patamares mais
elevados dentro da hierarquia da igreja, precisava focar seus esforços em alguma
empresa da corporação. Tratou de estar no lugar certo, na hora certa. Ele trabalhou
com pessoas que iriam ajudá-lo a atingir os seus objetivos pessoais. Para isso,
sempre ocupou posições privilegiadas desde o início de sua carreira. Sempre provou
o sabor do poder.
Assim, me parece pouco inteligente e insensato alguém acreditar que alguém
que não vai para a missão é menos digno do que aqueles que foram, (como visto e
ensinado atualmente em várias Alas e Estacas).
Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mór-
mons) têm um “profeta”, que literalmente diz: “que dois anos numa missão de tempo
integral não são necessários”!
No caso de Thomas S. Monson, estes dois anos atrapalhariam seus planos,
no seu caminho para alcançar a exaltação e se encontrar com "Deus". Estes dois
anos que Thomas S. Monson deixou de ir para a missão o ajudaram a chegar onde
está atualmente.
Então eu aplaco e lamento a pressão que as lideranças de Estaca, Distritos,
Alas e Ramos fazem sobre as crianças, inculcando em suas mentes de que quando
elas tiverem idade suficiente para ir para a missão, devem ir porque é um manda-
mento.
O exemplo vem do alto. Como seguir o profeta é um mandamento, jovens
Mórmons, eu os conclamo a seguirem o exemplo de vosso atual líder e profeta,
Thomas S. Monson no que diz respeito ao serviço missionário. Não façam o que ele
diz, mas façam o que ele fez. Não vão para a missão! Vocês certamente receberão
bênçãos semelhantes à dele. Poderão entrar para uma universidade e galgar posi-
ções de liderança no mundo corporativo, ao invés de ficarem dois anos de suas vi-
das sem recolhimento para a previdência Social.

MINHAS ATUAIS CONVICÇÕES

Muitos me questionam sobre minhas atuais crenças e convicções. Se estou
seguindo alguma outra religião depois de abandonar o mormonismo ou se simples-
mente virei ateu. Para responder-lhes, eu resolvi escrever esta postagem ressaltan-

336

do alguns temas mais intrigantes quanto a este assunto. Principalmente, quanto a
essa curiosidade que as pessoas têm em relação à minha fé. Eu sempre fui um ho-
mem de fé. Um homem movido pelas palavras expelidas pela boca dos líderes ecle-
siásticos, palavras estas que interpretei erroneamente como sendo “a palavra de
Deus”. Desde pequeno, eu frequentava as missas católicas em minha cidade com
meu pai. Nesta conjunção, não posso deixar de lembrar que fui coroinha, quando
ainda era um rapazola. Ajudava nas missas todas as noites e às vezes até mesmo
no domingo pela manhã. Entre eu e o padre era mais fácil ele faltar na missa. Ta-
manha era a minha dedicação à suposta "causa divina".
Depois de abandonar o catolicismo já adulto, fiquei um tempo peregrinando
por Igrejas evangélicas, como a Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho Quadran-
gular e a Igreja Batista. Eu não conseguia aceitar aquelas bandas com bateria e gui-
tarras e toda a barulheira que os evangélicos faziam em seus cultos de adoração.
Hoje em dia, parece que ficou pior. Tem até pancadão evangélico, com funk e tudo o
mais. Tudo para louvar Jesus. Hoje dou muitas risadas principalmente porque fico
imaginando aquelas mulheres rebolando nos bailes funks. Será que as irmãs destas
igrejas evangélicas ficam rebolando até o chão também? Acho que em matéria de
religiosidade o mundo vai de mal a pior com suas convicções. Entretanto, após este
julgamento não quero que pensem que sou o dono da verdade! Apenas acho muito
estranho e cômico esta forma de adoração.
Por fim batizei-me no mormonismo. Doutrina que segui fielmente por 18 anos.
Eu fui muito assíduo por todos estes longos anos, com ínfimas faltas às reuniões
dominicais. Geralmente eu era o primeiro a chegar à Capela e o ultimo a sair de lá.
Era extremamente fanático, defendia a doutrina ferrenhamente e debatia com qual-
quer pessoa sobre a hipotética “veracidade do Livro de Mórmon”!
Com certeza, eu fui uma grande perda para o mormonismo. Quem me conhe-
ceu pode atestar que não estou mentindo. Eu demonstrava ter um forte e inabalável
testemunho do “evangelho restaurado”. Sabia quase todas as respostas de pergun-
tas intrigantes numa ou outra escritura. Achava facilmente "supostas respostas" para
os inúmeros questionamentos nos livros utilizados pela Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Lia constantemente a Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina
& Convênios e o livro chamado de Pérola de Grande Valor. Tinha todos estes volu-
mes com muitos versículos marcados, esquadrinhados e cruzados.
Então ocorreu o inevitável! Tive uma dissonância cognitiva ao inverso. Quan-
do estamos num mundo real e racional e aceitamos alguma doutrina como verdade
absoluta, temos uma dissonância cognitiva. A dissonância ocorre a partir de uma
inconsistência lógica entre as suas crenças ou cognições (por exemplo, se uma ideia
implicar a sua contradição). A consciência ou a percepção de contradição pode to-
mar a forma de ansiedade, culpa, vergonha, fúria, embaraço, stress e outros estados
emocionais negativos. Quando estamos envoltos inconscientemente por uma nebu-
losa nuvem doutrinária e despertamos para o racional, eu posso dizer que tivemos
uma dissonância cognitiva ao inverso.

337

No caso do mormonismo, qualquer pessoa sensata pode concluir com o pas-
sar dos anos que, por mais que você queira acreditar, sempre terá uma dúvida.
Sempre se questionará sobre qualquer ponto da doutrina. Quer seja a autoridade
divina do sacerdócio ou o livro de Mórmon. Quer seja a validade das ordenanças do
Templo para os nossos mortos ou as regras bizarras impostas com o objetivo de
manter os incautos membros com medo na base do terror.
Hoje, para mim, não é fácil aceitar qualquer doutrina que se fundamente na
fé. Não sei dizer se isto é um legado carregado de sequelas do mormonismo e ou-
tras religiões que vivenciei, ou porque amadureci para uma realidade, num nível
mais elevado e racional.
Quando vejo um pregador na televisão, por exemplo, pedindo dinheiro em
troca de bênçãos, vejo um “picareta” enganando o povo. Quando vejo alguém ven-
dendo livros, CDs, DVDs e outras bugigangas em “nome de Jesus” vejo um esperta-
lhão logrando um tolo ou tolos. Quando percebo o nível de ignorância que as pesso-
as vivem neste Brasil em relação à fé, fico perplexo e me calo com medo de entrar
em atrito ou discórdia.
No meu entendimento, eu creio que pode até ter havido um criador ou criado-
res da vida (colonizadores) deste planeta. Mas, ainda no meu entendimento, este
planeta não foi criado por ninguém. Foi um doce acidente do universo. As condições
para a vida ficaram evidentes quando a água chegou até aqui do universo e toda a
crosta terrestre se resfriou.
Os sumérios falam de povos antigos que vieram do espaço, os Anunnakis.
Gigantes que vieram e se reproduziram aqui na terra. A Bíblia faz menção aos Nefi-
lins como "anjos caídos", "espíritos impuros" ou "demônios", e no tal apócrifo Livro
de Enoque como “vigilantes”, sendo em ambos os tais anjos que copularam com as
filhas dos homens e engendraram esta raça híbrida dos gigantes.
São teorias baseadas em escritos antigos, mas são mais racionais do que a
fé cega que as religiões empurram às pessoas hoje em dia. Pelo menos há os regis-
tros e eles são palpáveis. A fé não se pode tocar. É completamente abstrata.
Ainda no meu entendimento creio que depois que este planeta foi suposta-
mente colonizado a vida se desenvolveu sozinha. Foi isso que Darwin mostrou ao
mundo no seu livro A Origem das Espécies. Isso é tão certo e é tão provável por
causa do endemismo. Vida que se desenvolveu apenas em alguns pontos isolados
do planeta.
Resumindo, não creio que haja um Deus que ouve nossas orações. Não creio
num Deus que está presente em todos os lugares e que se denomina “pai de todos”.
Não creio nisso. Isso foge à razão. Se Deus fosse assim, porque ele deixaria seus
filhos morrerem de fome? Por que ele deixaria seus filhos prantearem, matarem-se
entre si? E por qual razão uma pessoa nasce pobre e desprovida de certos confortos
num país pobre da África enquanto outra pessoa nasce num país rico e cheia de
privilégios?

338

Não posso concordar com estas teses apresentadas na bíblia e utilizadas por
líderes religiosos corruptos e inescrupulosos de que Deus é amor, é bondade e tudo
o mais.
Estas são minhas convicções. Mas estas pertencem a minha pessoa!
80


CONVICÇÕES!

Eu era um membro SUD muito crentão. Todos já sabem disso. Não me canso
de repetir continuamente. Bem diferente de hoje! Atualmente sou desconfiado e
arisco, muito atento no meu comportamento relacionado à religião. Se alguém falar
em religião comigo, literalmente, já fico com“as antenas em pé!” Ao analisar esta
mudança de comportamento, posso notar a diferença entre o antes e o depois de
modo significativo, muito significativo. Isso para mim é uma prova concreta de que
qualquer pessoa pode mudar suas convicções. Hoje se pode adorar a um Deus e
amanhã a outro. Isso se chama conversão.
Eu duvido que se alguém me visse discursando ou prestando um testemunho,
num púlpito de alguma capela Mórmon, no passado, arriscaria afirmar que um dia eu
sairia daquela igreja e escreveria contra aquilo que eu estava defendendo ou que
acreditava ser verdadeiro.
Muitas pessoas se batizaram na igreja, em Curitibanos porque me conheciam
e sabiam do meu caráter, da minha idoneidade. Sabiam que, se eu estava falando,
demonstrando, argumentando, então deveria ter algum fundamento. Infelizmente eu
estava errado. Peço humildemente desculpas para estas pessoas que levei ao mor-
monismo. Agora quero tirar todas de lá, porque foi um engano. Quando abandonei a
causa Mórmon, aconteceu algo semelhante. Várias pessoas também abandonaram
o mormonismo, seguindo o meu exemplo. Tamanha era a confiança que alguns de-
positavam em minha pessoa.
Eis um grande problema! Cada um tem que investigar e descobrir por si pró-
prio. Mas geralmente não é isso que acontece. Não quero ser mais do que ninguem.
Nunca quis. Apenas tentei, de todas as formas seguir o que achava ser a “verdade”.
Me enganei profundamente. Me arrependo até os dias de hoje por ter levado muitos
ao erro. Por isso, hoje não aconselho ninguem a aceitar o mormonismo ou aceitar
nenhuma outra igreja que misture dinheiro com fé.
Muitos me questionam sobre religião e sobre minha atual fé. Parece que se
preocupam comigo ou com o meu destino após esta vida. Agradeço a todos por su-
as preocupações. No entanto, acho difícil me associar ou seguir outra religião. Prin-
cipalmente uma que envolva algumas das características encontradas no mormo-
nismo: como dízimos, liderança corporativa, doutrinas polêmicas como interpretação
própria da bíblia, homofobia e intromissão na vida íntima dos membros.

80
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nefilim
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disson%C3%A2ncia_cognitiva

339

Um homem tentou exaustivamente me converter pelo MSN, neste final de
semana para uma igreja, que segundo ele, é perfeita. É perfeita para ele, mas não
para mim. Eu se fosse falar mal de igrejas, não seria odiado apenas por alguns
membros do mormonismo, mas por uma multidão de pessoas que aderiram diversas
igrejas. Tenho visto cada aberração no que diz respeito a religião que nem quero
entrar no assunto. Não vou falar mal de nenhuma religião. Minha briga é com o
mormonismo porque lá fui muito enganado. Agora estou dando o troco e tentando de
alguma forma recuperar o prejuízo que esta doutrina alienante me causou.

REPORTAGEM DO JORNAL “O GLOBO” - BRASIL SÓ PERDE PA-
RA EUA E MÉXICO EM NÚMERO DE MÓRMONS

Há cerca de três meses, Carolina de Aquino Cidano, de 20 anos, descobriu
que estava grávida. Com o marido, Diogo de Oliveira Silva, de 23, desempregado e
ela mesma há apenas sete meses trabalhando como vendedora numa loja, não lhe
parecia uma boa hora para ter um filho. Pensou em aborto. Desistiu. Estava confusa
e angustiada. A sogra, a governanta Maria de Lourdes Oliveira, de 55, pensou que a
nora precisava de ajuda espiritual e a convidou a ouvir os missionários da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD), mais conhecida como Igreja dos
Mórmons, à qual se converteu há 12 anos.
Foi num modesto prédio no Morumbi, São Paulo, que Carolina encontrou, há
dois meses, os missionários Tyler Ostlund, um americano de 20 anos, e Diego Amo-
rim, de 21, baiano. Com gravatas, camisas brancas e plaquetinhas pretas com os
nomes gravados sobre o bolso da camisa, os missionários são a face mais visível da
igreja onde quer que se vá.
— O que podemos fazer para ajudar você? — pergunta o Elder (como são
chamados os membros experientes da igreja e os missionários) Ostlund, em portu-
guês perfeito.
Carolina fala do bebê, do trabalho cansativo, do marido desempregado. Diz
que gosta de Deus, de crianças, de animais e de cantar. É pouco mais que uma me-
nina confusa. O encontro dura uma hora. Os missionários rezam, dizem que "O Livro
de Mórmon" é uma escritura tão sagrada quanto a Bíblia, cantam hinos.
— Prometemos que, se você guardar os mandamentos de Deus, terá felicida-
de sem fim, espiritualmente e materialmente — diz Diego.
Carolina está mais calma e promete ir à igreja. Ela fará parte dos 1,167 mi-
lhão de membros que a SUD projeta ter este ano no Brasil. O crescimento se acele-
rou nos últimos anos. Mantido o ritmo, o Brasil ultrapassará o México (1,234 milhão)
como segundo maior país de mórmons do mundo em cinco anos, prevê a igreja, e
ficará atrás apenas dos Estados Unidos, onde a religião nasceu e tem cerca de qua-
tro milhões de fiéis. No mundo, são 14,1 milhões de mórmons.
— Apesar do enriquecimento dos emergentes, Brasil inclusive, e de toda a
tecnologia, as pessoas sofrem com um vazio espiritual grande — diz o Elder Carlos

340

Godoy, conselheiro da presidência da SUD no país, a única que não tem america-
nos na cúpula. — Nossa vantagem foi estarmos preparados.
Godoy se refere ao exército de quatro mil missionários que circulam pelo Bra-
sil anualmente (50% brasileiros, 50% americanos). Aqui, eles se espalham por 27
regiões e, por dois anos, rapazes de 19 a 26 anos e mulheres de 19 a 40 peregri-
nam porta a porta tentando converter pessoas. O trabalho é sempre em dupla, o que
lhes vale o apelido de Cosme e Damião, referência irônica aos santos católicos.
Nos EUA, os mórmons estão em alta. Mitt Romney, ex-governador de Massa-
chusetts, é pré-candidato no Partido Republicano e briga para ser o opositor oficial
do partido a Barack Obama nas eleições deste ano. Na Broadway, o musical "The
Book of Mormon", dos mesmos criadores de "South Park", fatura alto e foi o grande
vencedor do Tony em 2011.
Os mórmons não acreditam em proselitismo de massa. A pregação é olho no
olho. Num terreno de oito mil metros quadrados em Casa Verde, Zona Norte de São
Paulo, fica o Centro de Treinamento Missionário (CTM), por onde passam, por se-
mana, 70 jovens candidatos a missionários. Ali, por três semanas (os brasileiros) ou
nove (os americanos), recebem aulas de como melhor convencer as pessoas sobre
o que diz "O Livro de Mórmon" e o retorno à terra de Jesus Cristo, fundamentos cen-
trais da religião.
— Eles aprendem a lavar roupas, recebem dicas de convivência e descobrem
como planejar a rotina, além das melhores formas de passar a mensagem da igreja
— diz Aldo Francesconi, diretor do CTM.
Tarefa difícil num país onde porteiros e interfones separam a rua dos morado-
res de casas e edifícios. Sem falar nos que veem esse tipo de visita mais como cha-
tice do que salvação.
— Usamos muito outros membros da igreja, que recomendam a conhecidos a
visita dos missionários — diz Marcus Martins, presidente da Missão São Paulo Nor-
te, uma das quatro regiões que dividem o estado. — Isso contorna o problema da
segurança.
O que leva cada jovem ao trabalho missionário — um treinamento que custa
US$ 500 e é bancado pelas famílias — vai da curiosidade à ideia de que aquilo vai
melhorar suas vidas. É o que pensa a dona de casa Luzi Vandete dos Santos, de 46
anos, que há um mês se despediu aos prantos do filho Jonathan dos Santos Silva,
de 24, na porta do CTM. Após o treinamento, eles passam pelo menos dois anos
como missionários, vivendo em casas alugadas pela igreja. Nesse tempo, podem
escrever e-mails ou cartas à família, mas só podem falar com os parentes três vezes
por ano: Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal.
— Eles voltam melhores — diz ela, cujo filho Julio Cesar dos Santos Silva, de
27 anos, também foi missionário.
Sem o apelo midiático de muitas das religiões neopentecostais que avançam
pelo Brasil — ainda que esteja presente na internet —, a SUD tem uma estrutura
corporativa digna de grandes empresas. Os cerca de 300 empregados do prédio-
sede da administração em São Paulo (epicentro da igreja no Brasil, com o maior

341

número de seguidores, seguido por Ceará) cuidam de tudo para que as mais de
1.900 congregações do país se dediquem apenas às discussões religiosas.
Ali, em meio a pôsteres de um Jesus Cristo caucasiano (quase louro), profis-
sionais planejam e monitoram investimentos em prédios (cada nova capela para 500
pessoas custa R$ 3 milhões), digitalização de documentos (este ano, serão 4,2 mi-
lhões de registros de nascimento e casamento digitalizados, serviço fundamental
para uma igreja que acredita no casamento após a morte), logística para produção e
distribuição de material de evangelização (são 50 mil assinantes da revista "A Liaho-
ra", 200 mil exemplares de "O Livro de Mórmon" e 60 mil Bíblias vendidas por ano) e
ações de responsabilidade social (doação de três mil cadeiras de rodas por ano e o
programa de voluntarismo Mãos que Ajudam).
Além disso, há ações que melhoram a vida dos fiéis, como um fundo de edu-
cação que ajuda a pagar os estudos em famílias convertidas que não tenham condi-
ções. Em 2011, foram 13 mil alunos. Outro orgulho é o Centro de Recolocação de
Empregos, que atende a 3.400 pessoas desempregadas com cursos de autossufici-
ência profissional e recolocação.
— A igreja me dá ferramentas para que eu possa me aprimorar — diz Juliana
Ribeiro, desempregada há quatro meses, numa sala com cartazes onde o ex-
presidente da SUD, Gordon Hinckley, explica uma filosofia que permeia várias igre-
jas americanas: "O Senhor gostaria que vocês fossem bem-sucedidos."
Esta estrutura é bancada por dízimos dos fiéis (10% da renda de cada um),
cuidadosamente acompanhados em balancetes anuais individualizados. Há a per-
cepção, entre os mórmons, de que o dízimo volta para a igreja e para os fiéis atra-
vés dessa estrutura empresarial.
— É uma maneira de demonstrar ao Senhor como somos gratos por sua bên-
ção — diz o autônomo José Luiz da Silva, 44 anos, chefe de uma família de cinco
convertidos.
Há o outro lado. Ainda que a SUD negue que o pagamento do dízimo seja
pré-requisito, muitos ex-mórmons focam nesta exigência suas críticas, alegando que
ninguém participa ativamente das atividades religiosas ou sociais das congregações
se não estiver com o pagamento em dia.
— Há uma vinculação clara entre pagamento e vida na igreja — diz o econo-
mista Antonio Carlos Popinhaki, 48, que foi membro da SUD por 18 anos, oito deles
como bispo em Santa Catarina, até abandoná-la em 2005 e criar o blog "Sobre o
mormonismo". — A SUD não paga impostos, e bispos fazem doações para a própria
igreja como forma de eles mesmos pagarem menos impostos.
O discurso hiperconservador sobre virtudes é especialmente poderoso para
quem vive fragilizado num mundo tão materialista e individualista. A valorização da
família é o centro da doutrina, ainda que isso pareça anacrônico diante de um Brasil
onde o divórcio só cresce, e as mulheres exercem cada vez mais a posição de che-
fes de família. Mas a igreja parece não se importar.
A SUD não tem bispos ou autoridades solteiros ou divorciados, sequer viúvos.
Famílias gays, nem pensar. O sacerdócio é privilégio masculino, e as mulheres têm

342

postos de liderança em cargos que cuidam de assuntos familiares e infantis. Em te-
se, mórmon não faz sexo antes do casamento, não bebe café ou chá e não toma
álcool ou drogas.
— Gosto da igreja porque ela é voltada para a união da família — diz Maria
José Gonçalves, 46 anos e nove filhos.
— A sensação de fazer parte de uma grande família, que parece protetora no
início, acaba se tornando opressora no fim — conta Antonio Carlos.
— As religiões que estão mais próximas de pessoas cujas vidas passam por
dificuldades tendem a ser bem-sucedidas. Elas representam um grupo que acolhe
numa hora difícil — diz o teólogo Clemir Fernandes, do Instituto de Estudos da Reli-
gião (Iser).
O mormonismo foi criado em 1830 nos Estados Unidos por Joseph Smith Jr.,
que aos 14 anos afirmou ter tido uma visão de Deus e de Jesus Cristo. A ele foi dito
que ajudasse a restaurar o cristianismo, preparando os fiéis (considerados os san-
tos) para a volta do messias no futuro (os tais últimos dias). Isso elevou Smith à
condição de profeta, citado e adorado tanto quanto Jesus Cristo.
Ainda que essencialmente uma igreja cristã, teses sem fundamentos históri-
cos (ou católicas) não faltam no fundamento teológico da SUD. Como a ideia de que
o continente americano foi visitado por povos hebreus muitos anos antes do nasci-
mento de Cristo. Ou que o próprio Cristo teria visitado as Américas após a ressurrei-
ção. Em 1823, Smith teria sido visitado por um anjo chamado Morôni, que o mostrou
placas de ouro onde estaria a história da tal civilização vinda de Jerusalém para as
Américas. As placas foram traduzidas e resultaram em livros, sendo que o mais im-
portante é "O Livro de Mórmon".
Por ser adepto da poligamia (mais tarde banida do mormonismo) e de ceri-
mônias maçons, Smith e seus seguidores eram vistos por religiosos protestantes
americanos da época como membros de uma espécie de culto, pecha que persegue
os adeptos da religião até hoje. A igreja se estabeleceu em Salt Lake City, em Utah,
sede mundial da SUD. No Brasil, a religião chegou em 1926 através de um casal de
imigrantes alemães, os Lippelt, que pediram o envio de missionários ao país.
Má notícia para o pré-candidato Mitt Romney, uma recente pesquisa do Insti-
tuto Gallup mostra que 22% da população americana jamais votaria num candidato
mórmon, alegando serem eles adeptos de práticas "típicas de culto". As cerimônias,
chamadas ordenanças, acontecem nos templos da igreja, sendo cinco deles no Bra-
sil. Ali, onde só se permite a entrada de membros da SUD vestidos com roupas
brancas especiais, são realizados rituais de casamento eterno (após a morte), de
batismo de antepassados mortos (a SUD tem o maior banco de pesquisa genealógi-
ca do planeta e acredita que antepassados podem ser convertidos ao mormonismo),
de aperfeiçoamento dos santos (um trajeto que resulta na transformação de huma-
nos em deuses e deusas que habitarão um planeta chamado Kolob, perto da mora-
da de Deus), além da entrega de códigos e chaves que são dados aos fiéis para a
entrada no céu propriamente dita.

343

Em fevereiro de 2011, a igreja lançou uma campanha nacional nos Estados
Unidos chamada "I’m a mormon" ("Sou um mórmon"), em que pessoas de várias
profissões buscam desmistificar a ideia do mormonismo como uma seita de gente
esquisita. Mas o estudante Lucas Dias, de 19 anos, convertido à igreja em 2003 em
Bauru, decidiu sair da SUD em 2010 pelo que ele chama de "inconsistências e bizar-
rices da religião".
— As cerimônias nos templos são bizarras, e a trajetória da igreja não tem
fundamento histórico nenhum, por isso eles buscam fazer com que você acredite
cegamente nas escrituras inventadas por Joseph Smith — diz ele, que criou, no ano
passado, o blog "HumorExMórmon". - Gilberto Scofiel Jr.
81


SOBRE A MATÉRIA DE O GLOBO CITANDO O MORMONISMO

O Jornal O Globo, edição do dia 29 de janeiro de 2012 estampou uma repor-
tagem sobre o mormonismo feita pelo repórter Gilberto Scofield Jr. Já no mês de
dezembro de 2011, alguns membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias se alvoroçaram e começaram a publicar em seus blogs e sites, sobre a
matéria que sairia em breve, a respeito de sua religião.

Os membros que trataram do assunto via internet eram unânimes em seus
pensamentos. O jornal o Globo "publicará uma reportagem que mostrará aos brasi-
leiros os benefícios do mormonismo. O lado bom da religião".

Só que o que eles não sabiam é que a reportagem foi feita de forma imparcial.
Foram citados assuntos polêmicos e que envergonham os membros da Igreja Mor-
mon. Preconceitos, machismo e homofobia. “A SUD não tem bispos ou autoridades
solteiros ou divorciados, sequer viúvos. Famílias gays, nem pensar. O sacerdócio é
privilégio masculino, e as mulheres têm postos de liderança em cargos que cuidam
de assuntos familiares e infantis. Em tese, mórmon não faz sexo antes do casamen-
to, não bebe café ou chá e não toma álcool ou drogas.”

Foram também citadas algumas das minhas palavras: “O discurso é hiper-
conservador sobre virtudes, especialmente poderoso para quem vive fragilizado num
mundo tão materialista e individualista. A valorização da família é o centro da doutri-
na, ainda que isso pareça anacrônico diante de um Brasil onde o divórcio só cresce,
e as mulheres exercem cada vez mais a posição de chefes de família. Mas a igreja
parece não se importar. A sensação de fazer parte de uma grande família, que pare-
ce protetora no início, acaba se tornando opressora no fim”.


81
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/brasil-so-perde-para-eua-mexico-
em-numero-de-mormons-3789430#ixzz1wNTTJbaa © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Info-
globo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por bro-
adcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

344

Os comentários na página da internet, onde também foi publicada a matéria
foram de defesa e ataque ao mormonismo. Um dos defensores do mormonismo dis-
se que eu só queria mesmo era divulgar o meu blog. Que eu não tinha argumentos
para debater o mormonismo e que poderia ser criados 1000 blogs que não surtiria
efeito contra a fé dos fiéis. Isso me chamou a atenção! Será mesmo possível isso?
Conforme o grau de hipnotismo em que a pessoa se encontre. Será possível que
1000 blogs não tenham efeito num membro do mormonismo? Outro escre-
veu: “Concordo com você, ele e outros, só querem divulgar seus blogs, que como a
reportagem acima são ridículos. Já escrevi para o Sr. Popinhaki no blog dele. Não vi
se respondeu”.

Comentei que havia racismo no mormonismo e recebi a seguinte respos-
ta: “Que racismo, Popinhaki! Deus e Cristo eram racistas no início da Sua pregação,
no meridiano dos Tempos! Por que não podiam pregar também aos que não eram
judeus? Por quê? E por causa disso ficarei eu com raiva?! Deus matou pessoas de
Sua própria vontade, no Velho Testamento, e eu vou ficar brabo por isso?! Os de
pele escura ou marcados como foram por Deus, no passado, sei lá o que fizeram
por merecer e vou bronquear com Deus por causa disso, me revoltando? Não era
racismo também?” De qualquer forma, a resposta mostrou o nível de racismo e pre-
conceito ainda existente nos dias atuais, entre os membros do mormonismo.

Vejamos outras respostas que citaram meu nome:
“Não ficarei perdendo tempo com pessoas como esta, com seus escritos inó-
cuos e ultrajantes, como representasse alguma coisa nova contra a Igreja, que já
não ouvimos há centenas de anos, além do que em nada irá mudar o andar da car-
ruagem ou mesmo em meu testemunho pessoal. Sei bem qual é intenção do tal An-
tônio Popinhaki e cujo líder ele segue e a qual deu ouvidos. Se Joseph Smith foi ma-
çon, isso é problema dele, não meu! Ele deveria ter suas razões. Eu não sou! Sei
que el foi um profeta de Deus”.

"Pessoas como o Antônio Popinhaki, que se serviu de muitas coisas da Igreja,
sequer orou, sequer recebera revelações pessoais, mas só enganara a si mesmo e
as pessoas com quem lidou durante sua triste vida de mentiras, só podia dar nisso
mesmo, falar mal da Igreja, como muitos apóstatas, desde a organização da Igreja,
em 1830".

"Essa reportagem (fraca, por assim dizer), tem mesmo conteúdo vazio e in-
consequente, com as mesmas palavras que os acusadores e raivosos contra a Igre-
ja se manifestam.Tais reportagens e seu conteúdo inverídico, mentiroso, que mistu-
ram falas isoladas, sem retratar o seu contexto real, é o costume de alguns incautos
há mais de 150 anos atrás, desde a organização e restauração da verdadeira Igreja
de Jesus Cristo na terra. A Igreja nada cobra, sei por experiência própria, de meus

345

28 anos de membro. Se há alguma falha, essa falha são de pessoas, como o Antô-
nio Popinhaki (...)".

"A Igreja é perfeita, divina e restaurada profeticamente. Falhos somos nós.O
responsável por esta matéria deveria fazer, como fez certo diretor de tv da Rede
Globo, em que visitou a sede da Igreja em Salt Lake City, Utah, EUA, para conhecer
bem a Igreja, bem como no Brasil, em São Paulo, e não ouvir pessoas, como este
Antônio Carlos Popinhaki, seja lá o que for, que se enganou e pensa que engana
alguém pois ele mesmo deve ter usufruído de muitas coisas na Igreja. E agora, cos-
pe no prato em que comeu. Jamais orou! Jamais recebeu qualquer revelação, tal ex-
bispo, ex-tudo!"

"A reportagem peca por dar um crédito excessivo a alguns ex-mórmons. E.g.,
cita a declaração do Sr. Antonio Carlos Popinhack (um bispo excomungado da Igre-
ja)".

"A reportagem citando novamente o Sr. Antonio Carlos (sem nenhuma verifi-
cação de sua afirmação)".

A afirmação de Antonio Carlos dizendo que – a sensação de fazer parte de
uma grande família acaba se tornando opressora no fim - é fantasiosa".

Existem milhares de pessoas que abandonaram o mormonismo por terem en-
contrado uma outra realidade não ensinada na igreja. Estes são os Ex Mórmons
que, de alguma forma ou de outra ficaram com algumas sequelas por causa da
pressão sofrida por anos consecutivos. Muitos conseguiram se refugiar em outras
doutrinas. Outros, simplesmente ficaram completamente céticos para todas as religi-
ões. A verdade é que o mormonismo é extremamente alienante e faz mais mal do
que bem.
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EX-MÓRMON DE VARGINHA/MINAS GERAIS

Boa noite Antonio Carlos!

Há algum tempo eu sou leitor de seu blog “sobre o mormonismo” e gosto mui-
to das publicações. Hoje vou contar como entrei para a igreja dos Mórmons e como
Deus me resgatou de lá.
Há três anos, eu comecei a trabalhar em uma empresa onde eu conheci
um membro da igreja. Pelo fato da gente trabalhar no mesmo setor, conversáva-
mos muito. Então ele me falou da igreja. Eu fiquei encantado, pois ele é uma pessoa
muito honesta e de uma conduta exemplar. Daí ele mandou os missionários na mi-

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em-numero-de-mormons-3789430#ixzz1l3dPunc1

346

nha casa e eles começaram a falar sobre o livro de Mórmon, que para mim contava
apenas a história de um povo que veio para as Américas. Quanto à parte espiritual,
não confrontava a bíblia. Apenas confirmava que Cristo era o messias e salvador.
Sofremos uma certa pressão para nos batizarmos. Como não tínhamos muito
conhecimento bíblico e pouco conhecimento Mórmon, nos batizamos. Minha esposa
teve muito afinidade com os missionários que foram até minha casa. Nesta brinca-
deira batizamos cinco pessoas da minha casa, eu minha esposa e três filhos.
Começamos a frequentar as aulas de “princípios do evangelho”. Aí começou
para mim, “o inicio” de um grande problema, pois o professor começou a ensinar
coisas que confrontavam com o pouco que eu conhecia sobre a bíblia. Quando eu
lhe pedi uma explicação mais detalhada, dizendo-lhe que aquilo que ele ensinou
confrontava o ensinamento bíblico, a resposta (dele) foi que o livro de Mórmon, Dou-
trinas e Convênios e Pérola de Grande Valor eram livros mais importantes que a bí-
blia. Pois a bíblia não era confiável (o tema que estava em debate era que Deus, um
dia, já foi homem como nós). Eu argumentei com ele o seguinte: que se Deus já foi
homem como nós, então nós estávamos adorando o deus errado, pois
nós deveríamos estar adorando o pai dele. Isso, se o pai dele também não tivesse
sido criado. Pois se tivesse sido criado, nós teríamos que buscar quem o criou. E
também este deus que ele disse que já teria sido um homem não era um deus era
um semideus, pois tinha começo.
Então, tudo que eles faziam era me enrolar e não me davam nenhuma res-
posta consistente. Daí eu vi que tinha entrado numa fria, e comecei a investigar a
igreja e confirmaram-se minhas suspeitas de que tudo era uma ilusão, controlada
pelas autoridades Mórmons.
Chamei o Presidente do Distrito e disse a ele que não acreditava nas doutri-
nas da igreja. E ainda, acreditava que Smith nunca viu Deus. Que ele mentiu em
beneficio próprio e que seu caráter era duvidoso. Então o Presidente do Distrito me
deu o cargo de 1º Conselheiro do Ramo, disse que eu estava sendo provado e que o
cargo me ajudaria a ter um verdadeiro testemunho. Eu recusei, mas ele praticamen-
te pediu “pelo amor de Deus” para eu aceitar. Foi um desastre! Pois eu logo percebi
que era uma manobra para me segurar na igreja e que não deu certo.
Como se não bastasse, eu vi vários homens ali (na igreja Mórmon), que no
púlpito tinham um testemunho que fazia a gente chorar. E quando saiam dali (da
igreja Mórmon) tinham uma vida de adultérios. Eram pessoas que já tinham sido
Bispos em Estacas. Vi outro homem deixar a mulher e filho em dificuldades, em casa
e levar filhas de membros para o motel (Presidente do Ramo). Vi também, um missi-
onário que chegou da missão e tomou a mulher de um membro e andava com ela,
inclusive na “reunião sacramental” juntos e tendo chamado e tudo.
Somando todos estes exemplos que eu vi, mais as pesquisas que eu fiz eu
gostaria de deixar meu testemunho:
“Que eu sei que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias jamais
pregou a verdadeira palavra de Deus. E sendo assim, ela nunca foi a ‘igreja verda-
deira’, e que seus ensinamentos nos afastam do centro da vontade de Deus, e que

347

Joseph Smith nunca foi um profeta de Deus, e que suas revelações são artimanhas
para levar as pessoas honestas e idôneas para ficarem sujeitas as suas vontades.
Joseph Smith disse: que com exceção de Jesus Cristo. ele foi o homem mais impor-
tante da face da terra. Para mim, ele foi o maior ‘safado’ que já existiu em todos os
tempos, ganhando até do Edir Macedo. Se Joseph Smith fosse vivo hoje, ele seria
condenado por: formação de quadrilha, estelionato, pedofilia, bigamia, invasão de
propriedade, etc, etc, etc... e ainda tem gente que diz que este sujeito é um profeta
de Deus. Qual Deus vai ter um profeta tão ordinário como este cidadão foi? E ainda
dizem que ele foi para a prisão como um cordeiro. Que cordeiro o “escambau”! O
homem matou dois, antes de morrer. Ele está mais para bode do diabo! Desculpe-
me Antonio Carlos, mas eu fico maluco. Como uma estória desta pode colar? Hoje
estamos no tempo da internet. É uma facilidade para qualquer um investigar as coi-
sas. E os membros Mórmons continuam usando a viseira que seus líderes colocam
nos seus olhos. O Presidente do Ramo disse para eu investigar dentro dos livros da
igreja. É como pedir a um criminoso para levantar provas contra si mesmo. Ou en-
tão, o mesmo que te chamar de ‘otário’ na cara. Fora as ameaças que eu recebi
quando comuniquei a minha saída, quanta maldição jogaram contra mim?"
Antonio Carlos! Se você quiser editar o meu e-mail e colocar o conteúdo de
forma que venha ajudar a tirar a venda dos olhos deste pessoal, você tem toda li-
berdade. E que você continue com seu blog, pois ele é uma referência para ajudar
as pessoas a se libertar do mormonismo!
Obrigado.
Aguinaldo Sanches
Ex-Mórmon de Varginha/Minas Gerais

SER MÓRMON É SER FELIZ?

“Ser Mórmon é ser feliz!” Esta é uma frase muito usada pelos membros da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, principalmente por aqueles que
pensam que a vida Mórmon é perfeita. No mundo dos Mórmons, de acordo com o
que falam e espalham, não há violência doméstica, não há infidelidade ou ví-
cios. Mas a realidade, na maioria dos casos é apenas isso, uma frase. Qualquer um
que se dê ao luxo de investigar a tal Sião e seu ambiente “maravilhoso” pode conhe-
cer melhor a realidade e a maneira de viver em sociedade dos atuais seguidores de
Joseph Smith Jr.
Aqui estão algumas informações para ajudar a colocar este problema sob
uma melhor perspectiva entre os membros “abençoados” da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias:
No mundo todo, cerca de 80% dos membros da Igreja estão inativos – os res-
tantes 20% que podem ser medidos e pesados, resultam em alguns dados chocan-
tes, como por exemplo:

348

Dos 100% dos casamentos selados em qualquer Templo Mórmon, 80% das
mulheres sofrem de abuso psicológico e ou negligência por parte do seu marido que
também é um “portador do sacerdócio de Melquisedeque”.
90% das mulheres sofrem de frustração e precisam de cuidados profissionais
para o tratamento de depressão e decepção. Mais de 65% delas dizem que não sa-
bem o que é satisfação sexual – desconhecem completamente temas atuais e pre-
sentes sobre sexualidade e se sentem como uma máquina de reprodução, que não
precisam ser apreciadas ou entendidas.
Uma grande maioria dos homens selados no templo tem relações sexuais al-
ternadas com amantes. Sendo essa prática, plenamente compreendida e justificada
por seus irmãos, os portadores do sacerdócio.
Em duas Estacas que eu pertencia, já houve casos envolvendo os Presiden-
tes dessas Estacas em que foram encontrados no ato, na cama com sua amante.
Estes são exemplares de homens, modelos de pais, maridos "altruístas" e homens
inspirados, cheios do Espírito, visitantes regulares do Templo do Senhor. Eles não
têm escrúpulos. Quando estão em pé no púlpito, condenam a infidelidade e a forni-
cação. Instando os membros para serem dignos de entrarem no Templo. Questiono
às vezes! Será que muitas vezes, não encontraremos estes homens, no Templo,
ainda com o calor do corpo da sua amante sobre eles?
No outro lado, as mulheres estão sob uma pressão social gerada e justificada
principalmente pela... Adivinhem? Pelas próprias mulheres. Por elas mesmas. O pior
é que elas não conseguem entender e nem ver a realidade.
Utah é o estado da União Americana, com a maior taxa de divórcio – quase o
dobro da média nacional. Utah também tem quatro vezes mais horas de terapia pro-
fissional para mulheres e tratamento de depressão. Tem também a maior taxa de
suicídio de jovens de 16 a 30 anos dos Estados Unidos da América.
A Universidade Brigham Young foi a única Universidade em todo o território
americano que não assinou a ata de direitos dos estudantes. Isso significa que ne-
nhum jovem estudante desta Universidade pode expressar-se livremente. Os estu-
dantes podem ser expulsos sem qualquer direito de defesa ou de proteção, que a
Constituição dos Estados Unidos dá a cada cidadão. Me indigna muito entender por
que um jovem sonha ou almeja estudar lá. Esta Universidade nem é respeitada.
Qualquer pessoa para ter um certo respeito acadêmico necessita urgentemente de
uma Pós-Graduação numa outra instituição respeitada em qualquer outra parte do
mundo.
A realidade é que os Mórmons adoram falar e espalhar sobre dignidade e es-
piritualidade, mas na prática a maioria e, principalmente, aqueles que participam
mais ativamente na Igreja, são os que mais violam os mandamentos. Definitivamen-
te! Ser Mórmon não é ser feliz.
83


NÃO CANTO MAIS HINOS SOBRE JOSEPH SMITH!


83
Postado por LAL - Disponível em: http://unicayverdaderaverdad.blogspot.com/

349

Thelma Geer, carinhosamente chamada de “Granny”, foi criada na igreja
Mórmon. Desde menina, seu alvo era casar-se e, após sua morte, tornar-se eterna-
mente uma rainha celestial, unida a seu marido terrestre, produzindo juntos, numa
ampla mansão, bebês espirituais. Em seu livro “Porque abandonei o mormonismo”,
ela relata a sua própria história, inclusive (...) algumas das suas antigas crenças,
como estas:

Jesus Cristo foi polígamo;
Os seres humanos podem chegar a ser deuses;
Deus o Pai foi Adão e também o esposo de Maria;
O Espírito Santo é um homem;
Jesus Cristo e Lúcifer foram irmãos;

De acordo com suas palavras: “Não! Aquele ministro batista não se dirigia a
mim – eu era Mórmon. Mas Deus falava comigo. Mesmo sendo um dos Santos dos
Últimos Dias, eu ainda era uma pecadora necessitada de salvação. Foi por minha
causa que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna... Quem nele crê não é
julgado; mas quem não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do Unigênito
do Filho de Deus (João 3.16, 18)”.
Quando o missionário batista rogou: “Oh! Por que você não aceitaria meu Je-
sus?”, Deus falou ao meu coração e disse: “Por que você não aceita o meu Filho?
Ele morreu pelos Mórmons tanto quanto pelos batistas. Então entendi que, mesmo
sendo um dos Santos dos Últimos Dias, tinha de depositar todo o meu ser em Jesus.
(...) Meu coração palpitava em êxtase e se condoía em vergonha e arrependimento,
enquanto buscava perdão por ter desconsiderado a Cristo. (...) Agora eu sabia que
era pecadora e não santa, não uma criança gerada por pais celestiais, mas por pe-
cadores (...) a quem Deus “amou de tal maneira”. (...) Agora não canto mais hinos
sobre Joseph Smith, pois (...), não preciso mais do “profeta” Joseph Smith. (...)
(Thelma `Granny´ Geer, “Porque Abandonei o Mormonismo”, Editora Vida, 1991, p.
31-32).
É impressionante como uma ex-Mórmon relata sua conversão ao cristianismo
tradicional. Ela transmite a situação de uma pessoa que “se achava em trevas, sem
direção, e conseguiu encontrar a luz. Na verdade, ela rompeu uma barreira difícil.
Saiu da clausura. Sua alma estava sedenta: ‘Quem tem sede, venha a mim e beba’,
disse Jesus. Ela buscou matar sua sede na fonte certa; bateu à porta certa, e ficou
saciada. É admirável e emocionante como ela descreve a sua alegria tão logo en-
contra a verdade”.
O testemunho de Thelma Geer não difere do testemunho de tantos outros que
conseguiram se livrar das algemas invisíveis do mormonismo. Ficamos a imaginar
como um grupo religioso consegue tantos seguidores com doutrinas desse tipo:

Jesus é irmão de Lúcifer;

350

Jesus teve várias mulheres;
Os homens serão deuses.

Joseph Smith morreu e seus ossos estão em algum lugar. De acordo com a
bíblia e o cristianismo tradicional, Jesus morreu e ressuscitou. Seu sepulcro está
vazio. Eis a grande diferença entre o Cristianismo tradicional e o mormonismo.
Thelma Geer serviu como missionária por 45 anos e morreu em outubro de
1999. Ela ficou famosa por escrever os livros: “Porque abandonei o mormonismo” e
“Mormonism, Mama & Me”. Foi membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias por 31 anos, quando em 1947 abandonou o mormonismo e filiou-se à
igreja Batista. Ela sempre citava os seguintes trechos da literatura Mórmon para jus-
tificar a sua saída do mormonismo:
"Uma das doutrinas mais falsas criada por Satanás e propagada pelo homem
é que o homem é salvo somente pela graça de Deus, que a crença em Jesus Cristo
é tudo que é necessário para a salvação." (Milagre do Perdão, Spencer W. Kimball,
p. 206.)
“Sacrifício de Jesus não foi capaz de nos purificar de todos os nossos peca-
dos”. (assassinato e adultério recorrentes são exceções), (The Journal of Discour-
ses, vol. 3, p. 247, 1856.)
“Boas obras são necessárias para a salvação” (Articles of Faith, p. 92.)
“Não há salvação sem aceitar Joseph Smith como um profeta de Deus” (Dou-
trinas de Salvação, vol. 1, p. 188.)
“O primeiro efeito [da expiação] é o de garantir a toda a humanidade da mes-
ma forma, a isenção da pena da queda, proporcionando assim um plano de Salva-
ção Geral. O segundo efeito é abrir um caminho para a salvação individual pela qual
a humanidade pode garantir a remissão dos pecados pessoais” (Regras de Fé, por
James Talmage, p. 78-79)
“Como estes pecados são o resultado de atos individuais, é justo que o per-
dão para eles deve ser condicionado ao cumprimento individual como requisitos
prescritos - obediência às leis e ordenanças do Evangelho”. (Regras de Fé p. 79)
“Nós sabemos que é pela graça que somos salvos, depois de tudo o que po-
demos fazer” (2 Néfi 25:23)
“Esta graça é um poder que possibilita aos homens e mulheres alcançar a vi-
da eterna e a exaltação depois de terem gasto os seus melhores esforços próprios”
(LDS Bible Dictionary, p. 697).

DENNIS E RAUNI HIGLEY

Eram duas horas da manhã, quando Dennis Higley, pertencente à sexta gera-
ção de Mórmons, estava se aproximando de uma descoberta que iria destruir suas
ilusões de uma vida inteira.
Sua esposa, Rauni, havia-lhe dito que já não podia mais continuar como
membro da Igreja Mórmon (Santos dos Últimos Dias - SUD) por causa das contradi-

351

ções e outros problemas que ela havia descoberto nos ensinos desta Igreja. Eles
haviam praticamente deixado de se falar por causas das tensões. Foi quando Den-
nis finalmente concordou em adquirir todos os livros importantes sobre a doutrina e a
história da Igreja, sentar-se com a esposa, e ler, dentro de todo o contexto, cada um
dos ensinos problemáticos.
Finalmente, depois de muito exame, Dennis levantou-se, fechou abruptamen-
te todos os livros e falou: "para mim, basta!".
“Foi naquela noite que a bolha do Mormonismo em que eu estivera encerrado
explodiu... Aquela noite foi o início dos meus estudos profundos da história e doutri-
na dos Mórmons - itens dos quais a minha Igreja jamais havia me falado”.
Aquele momento chave chegou em 1982. Desde então, apesar da persegui-
ção devastadora que lhes custou o negócio, depois que eles deixaram a Igreja (...),
trabalham sob os auspícios da HIS (He is Savior - Ele é o Salvador), nos subúrbios
de Salt Lake City, onde eles estão compartilhando o Cristo do Cristianismo histórico
com os que foram apanhados no labirinto do Mormonismo, auxiliando, também, os
companheiros cristãos.
Rauni Higley converteu-se ao Mormonismo em sua terra natal, a Finlândia,
em 1963. Ela era uma Luterana nominal e ficou impressionada com a amizade e o
calor demonstrados pelos missionários e membros da Igreja Mórmon.
“Eu era completamente ignorante da Bíblia, não sabendo realmente quem é
Deus e quem é Jesus. Então foi muito fácil para os Mórmons me convencerem de
que estavam me trazendo a verdadeira mensagem bíblica”.
Ela aceitou sua nova fé com um entusiasmo que não passou despercebido
aos líderes Mórmons. Em menos de uno ela foi chamada a servir numa "missão de
18 meses", em tempo integral, na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Di-
as. Foi nesse tempo que ela conheceu Dennis, natural de Idaho, o qual também es-
tava servindo na Finlândia.
As primeiras indagações sobre a nova fé de Rauni apareceram durante a sua
primeira visita ao templo da igreja SUD, numa cidadezinha perto de Berna, Suíça.
Foi lá que lhe apresentaram as ordenanças secretas exigidas no Mormonismo, des-
de a entrada até o mais alto nível, na sala celestial.
“Foi um choque. Na preparação para a experiência no templo Mórmon era di-
to como seria bela e maravilhosa essa experiência, e como a gente vai atingindo um
maior conhecimento de Deus... Bem, quando adentrei o templo, nada disso experi-
mentei”.
Pediram-lhe para despir toda a roupa, enquanto um"escudo" foi colocado so-
bre o seu corpo.
Em seguida ela foi cerimonialmente "lavada e ungida"por uma oficiante do
templo. Foi-lhe dado um novo nome e uma roupa íntima que ela deveria usar 24 ho-
ras por dia, pelo resto da vida. Porém, mais alarmante ainda eram os apertos de
mão secretos, acompanhados de imprecações secretas em forma de sinais, os
quais incluíam um leve roçar do polegar sobre a garganta. Os sinais significavam

352

como a vida pode ser tirada se os apertos de mão forem revelados a alguém fora do
templo.
“Eu não conseguia imaginar como um Deus amoroso poderia manter um
aperto de mão tão secreto, que se eu fosse contar a alguém seria morta da maneira
mostrada no templo”.
Mais tarde ela aprenderia que aquelas e outras cerimônias do templo eram
idênticas às da Maçonaria e das religiões ocultistas.
Rauni também não entendia como as cerimônias realizadas naquele mesmo
dia "por e em favor de" sua mãe e sua avó, ambas falecidas poderiam ser idênticas
àquelas feitas pelos vivos. Elas (as mortas), com efeito, estavam jurando que suas
vidas seriam tiradas se revelassem os apertos de mão. Ambas também f o-
ram "lavadas e ungidas"através de uma substituição (uma pessoa viva se fazia pas-
sar pelas falecidas), para gozarem de boa saúde, terem filhos e povoar a terra. E
Rauni, como sua substituta, tinha de hipotecar todas as suas possessões à Igreja
SUD.
“Eu estava pensando: isto realmente não se aplica aos mortos, mas somente
aos vivos. Mesmo assim mais de 90% do serviço diário no templo é feito pelos mor-
tos”.
Aos membros Mórmons não é permitido discutir as cerimônias fora do templo
e não há como fazê-lo, enquanto as cerimônias são realizadas. Desse modo, Rauni
não podia falar do assunto com os demais. Ela achava que com o passar do tempo
iria encontrar as respostas às suas cruciantes indagações, mas essas respostas ja-
mais chegaram. Depois de sua missão, Rauni se mudou para Salt Lake City, onde
começou a trabalhar como tradutora para a igreja SUD, posição que ela ocuparia
durante 14 anos. Enquanto isso, Dennis regressou de sua missão na Finlândia e se
casaram no templo.
Uma das tarefas de Rauni foi traduzir as cerimônias do templo para o Finlan-
dês, coisa que ela imaginava que fosse ajudá-la a compreender melhor as cerimô-
nias.
Para uma tradução correta é importante que se conheça a significação exata
de cada frase.
Mas, enquanto ela trabalhava no projeto, outro tradutor lhe contou que o pró-
prio presidente da Igreja, quando indagado sobre as cerimônias da Igreja, havia ad-
mitido que nem tudo estava claro para ele.
“Porque você precisa entender em sua língua muito melhor do que o fazemos
no Inglês?”
Outras dúvidas que surgiram mereceram respostas idênticas dos líderes da
Igreja SUD. Eles sempre respondiam:
“Traduza como está!”
Mas Rauni achava que "aí é que estava o problema, pois as palavras tinham
de fazer sentido. Se não faziam, o que estavam ensinando?”
Foram tempos de muita frustração. Mais tarde outras dúvidas foram surgindo,
quanto às referências históricas, a fim de assegurar exatidão na tradução.

353

“Isso me abriu os olhos para o fato de que o Mormonismo evoluíra e fora bem
diferente no passado, e isso me fez começar a ler mais e mais material do que a
média disponível aos membros. E além de outras coisas descobri: Contradições
alarmantes com referência aos acontecimentos primordiais na vida de Joseph Smith,
antes dele fundar a Igreja SUD, em 1830. Descobri fatos históricos e arqueológicos,
os quais questionavam a veracidade do Livro de Mórmon. Profecias não cumpridas,
às quais, conforme Deuteronômio 18:20-22, significavam que Joseph Smith não
passava de um falso profeta. Contradições entre os ensinos atuais da SUD, os anti-
gos escritos da Igreja e as próprias escrituras Mórmons”.
Com o passar dos anos em que Rauni continuou satisfazendo as expectativas
dos membros da Igreja SUD, ela e Dennis cresceram juntos em posições de lideran-
ça dentro da Igreja. Dennis eventualmente fora nomeado membro do Sumo Conse-
lho da Estaca, em que junto com a Presidência da Estaca, tinha autoridade sobre
cerca de 6 a 8 Alas.
Enquanto isso, Rauni continuava a descobrir mais coisas. Em 1982 ela final-
mente disse ao marido que não podia mais participar da Igreja SUD. A princípio
Dennis ficou furioso, lançando lhe apenas um olhar de repreensão. E lhe respon-
deu: "Ainda não sabemos o suficiente a esse respeito. Dê outra desculpa". Ele sim-
plesmente deixou as coisas em banho-maria, enquanto Rauni insistia em lhe apre-
sentar as contradições e diferenças, a ponto de deixarem de falar um com o outro.
Ao bispo da igreja local, Dennis pediu que falasse com ela, mas ele também
ignorava quase tudo.
“Você sabe como é. Seu marido tem estado no Concelho durante anos, e
quando se faz o trabalho da Igreja e nele se está ativo, não se tem tempo de estudar
o passado”.
Rauni disse que esse era exatamente o caso. Ela falou: "Posso ver que a ra-
zão da membresia estar sempre ocupada é para que não tenha tempo de descobrir
coisas. Se temos qualquer momento livre logo nos mandam para o templo, a fim de
trabalhar pelos mortos".
Foi então que Dennis encontrou tempo para reunir o material e conferir as in-
formações por si mesmo. Quando se convenceu de que a Igreja SUD estava em
grave erro, sua primeira reação foi de ódio.
“Eu não queria ter mais nada com a organização da Igreja. Achei que havia
sido vítima de uma brincadeira de mau gosto, e que em algum lugar alguém deveria
estar rindo às minhas custas, durante os 40 anos em que fora um Mórmon fiel e ati-
vo”. (...)
E maio de 1983, após Dennis ter pesquisado durante um ano, ele e a esposa
enviaram uma carta à Igreja SUD, solicitando remoção dos seus nomes da membre-
sia. Porém, quando seus nomes foram citados numa reunião dos sumo sacerdotes
da Estaca, como tendo sido excomungados, sem razão alguma começaram a circu-
lar rumores sobre possíveis pecados graves por eles cometidos.
Os Higleys acharam que a melhor aproximação seria escrever uma carta aos
parentes e amigos da Igreja SUD, explicando a razão de haverem saído. Na carta

354

afirmavam que se estivessem errados em tudo o que haviam descoberto, de bom
grado aceitariam a correção. Não houve resposta.
A carta e sua saída causaram tais transtornos à liderança local da Igreja, que
o negócio de varejo dos Higleys foi boicotado. Finalmente eles se viram forçados a
se mudar para um subúrbio de Salt Lake City, porém não antes que o seu testemu-
nho desencadeasse um avivamento.
Filiaram-se à Primeira Igreja Batista de Vernal, Utah, uma pequena congrega-
ção de apenas 70 membros, que acabara de admitir um novo pastor, com uma nova
visão de como alcançar a comunidade. A combinação guiada pelo movimento sobe-
rano de Deus resultou nos membros da igreja se mobilizando e conseguindo levar
450 membros Mórmons ao Cristo da Bíblia, em apenas 5 anos.
Por causa de sua dramática história, os Higleys eram solicitados a falar a gru-
pos cristãos e também adaptaram um curso sobre Mormonismo, o qual haviam an-
tes ensinado em Vernal, num seminário para fins de semana. (...)
“Sair do Mormonismo é muito difícil”, disse Dennis,“porque há muitos estágios
que precisam ser sobrepujados”. Com indivíduos como ele próprio, que jamais havia
conhecido coisa alguma além do Mormonismo, é particularmente difícil. O hectavô
de Dennis havia se filiado à Igreja por ocasião de sua fundação, em 1830.
“Quando você é doutrinado desde criança a crer que esta é a única igreja
verdadeira, crendo ser esta a vontade de Deus para a sua vida, é quase impossível
questionar qualquer coisa. Mesmo porque jamais pode entrar em sua cabeça que
ela possa estar errada. Depois de se convencer de que o Mormonismo é falso, as
pessoas ainda têm de provar que a Bíblia é verdadeira. Aos Mórmons é ensinado
que a Bíblia não é um livro confiável. Eles trabalham para distratar a Palavra de
Deus. Então, o passo mais difícil é fazer acreditar que a Bíblia é realmente confiável,
que ela é a Palavra de Deus e que existe um relacionamento compensador com
Cristo que eles podem experimentar. Mas esse é um processo muito longo”.
Nos seminários cristãos os Higleys têm dado uma visão geral sobre as cren-
ças Mórmons, esclarecendo as significações diferentes que os Mórmons assumem
em relação aos termos do Cristianismo. Eles oferecem um pano de fundo básico
sobre aquilo em que os Mórmons creem:
"Que eles têm um Deus diferente, um Jesus diferente, um Espírito Santo dife-
rente e um plano de salvação diferente. Estes são os tópicos fundamentais que os
Cristãos devem conhecer":
Rauni afirma que as pessoas testemunham aos Mórmons, porém não escla-
recem as diferenças. "Se você chega a um Mórmon e lhe fala de Jesus Cristo, ele na
certa vai dizer: eu creio em Jesus Cristo, também sou cristão". (...) Quando se fala
com os Mórmons a melhor maneira de aproximação é pedir-lhes simplesmente para
explicar o conceito de Deus e de Jesus. Então as diferenças podem ser mostradas
na Bíblia e o Mórmon poderá decidir se vai crer na SUD ou na Bíblia. (...)
84


84
Artigo de James Dobson, do jornal "The Evangel", edição de março/abril, 1998
Tradução de Mary Schultze, Sean Murphy - [email protected]
Disponível em: http://www.centralmormon.110mb.com/testdennis.htm

355


A OBRA MISSIONÁRIA EM CURITIBANOS

Um leitor do blog me enviou a imagem abaixo digitalizada de uma antiga
“A Liahona”. O pequeno artigo é tendencioso e não transmite a verdade. É sobre o
batismo de uma senhora que dizia ter 110 anos de idade. Lembro bem deste batis-
mo e destes dois missionários. Eu acompanhei o trabalho deles com esta senhora.
Hoje resolvi falar sobre este assunto. Minha visão sobre o trabalho missionário é
completamente diferente do que eu tinha naquela época. Percebo a total falta de
responsabilidade destes dois jovens que, de forma despretensiosa, pensavam que
estavam ensinando algo de valor para uma anciã, enferma há meses numa cama,
nos seus últimos dias de vida.
Esta mulher estava acamada fazia muito tempo. Aí apareceram esses missio-
nários, batendo de porta em porta, em busca de algum batismo para o não menos
despretensioso “reino de Deus”, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. Ou será que seria o pretensioso “reino de Deus?” Cada um julgue como qui-
ser. Ao baterem na porta da casa da Dona Emídia de Lima Gonçalves foram recebi-
dos por sua filha que os atendeu prontamente, lhes apresentando sua mãe.
Demoraram mais ou menos uma semana entre as palestras e o dia do batis-
mo. Lembro-me disso, pois em algumas ocasiões eu acompanhei estes missionários
nas palestras na casa da anciã.
Naquela época tinha duas duplas de missionários trabalhando aqui em Curiti-
banos. Três americanos e um brasileiro. Eles almoçavam em minha casa toda se-
mana. O Ramo era bem pequeno, com cerca de 30 pessoas de frequência. Foram
escolhidas seis famílias para darem almoço aos jovens missionários semanalmente.
Então, num determinado dia, por exemplo, sempre nas Quartas-feiras eles almoça-
vam lá em casa. Um dia eles nos surpreenderam e apareceram em oito missioná-
rios. Acho que os missionários não se tocavam mesmo que isso pesava para as fa-
mílias de membros. Éramos poucas famílias que os alimentavam e eles se valiam
disso, sem se questionarem se poderiam se valer da bondade e hospitalidade des-
sas famílias para alimentar mais missionários que nem eram do Ramo Curitibanos.
O dia estava nublado e frio! Um dia típico da serra catarinense. Eu fui encar-
regado de ir buscar a pobre velhinha em sua casa. Ela já não caminhava mais há
tempos. Foram comigo dois missionários. Um deles, Elder Gibson a trouxe no colo e
a colocou dentro do carro, no banco trazeiro. Para sair do carro, foi a mesma situa-
ção, ele a carregou até a capela e a entregou às mulheres da Sociedade de Socorro
para a vestirem e a prepararem para o batismo.
A água estava quente! A capela tinha um sistema a gás de aquecimento de
água para a pia batismal. Entraram quatro missionários na pia e batizaram a pobre
velhinha, que quase morreu afogada com o mergulho forçado por estes jovens mais
fortes que ela.
Uma ex-missionária que era membro do Ramo ficou chocada com a decisão
dos missionários de batizarem uma mulher tão frágil e enferma. Ela até comentou

356

comigo. “Será que não poderiam deixa-la morrer e batizá-la posteriormente no tem-
plo?”
Na ocasião, eu não entendia. Não sabia da meta desesperada dos missioná-
rios por números de batismos. Não entendia e acho que nem eles mesmos entendi-
am essa paranoia missionária do mormonismo. Por isso falei que a forma dos missi-
onários agirem era despretensiosa.
O que aquela pobre anciã que não demorou muito a falecer poderia agregar
ao mormonismo? Nem dízimos ela nunca pagou. Tenho certeza absoluta que, na
sua humildade e pobreza de entendimento, ela não conseguiu absorver nada do que
lhe foi ensinado pelos missionários. Ela não sabia ler direito.
Ao escrever sobre esses acontecimentos, eu me questiono: Será que essas
loucuras ainda existem em nossos dias? Estes jovens poderiam ter matado esta se-
nhora na frente de muitas pessoas. Quem seria o responsável? O Presidente do
Ramo? Os missionários? Três americanos e um brasileiro? O Presidente da Missão?
Depois deste batismo, a saúde desta velhota só piorou e ela não tardou a fa-
lecer. Não antes de uma visita ilustre do senhor Helvécio Martins, então um membro
do Segundo Quórum dos Setenta. Ele esteve por aqui, para uma Conferencia de
Distrito e resolveu visita-lá, depois de ler na revista “A Liahona” sobre o “feito” dos
missionários.


VISITA INESPERADA!

Algumas experiências precisam ser contadas e compartilhadas. Uma amiga
minha, que mora em Utah, me falou recentemente, que abandonou o mormonismo

357

após longos anos. Entre trocas de tantas experiências negativas, numa das nossas
conversas, ela citou uma frase que quero dividir com os meus leitores, membros e
não membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.“Deixamos o
mormonismo, mas ele nunca nos deixa!” Esta frase é de impacto mesmo. Pelo me-
nos em minha vida! Está presente na herança cognitiva pós-mormonismo. Reflete
nas sequelas deixadas em minha mente. Entre algumas razões porque deixei de
escrever no blog, está a tentativa de esquecer essa loucura toda que é a doutrina
Mórmon. Tinha prometido que após atingir duzentas postagens, pararia de escrever.
“Deixamos o mormonismo, mas ele nunca nos deixa!”Eu estava em minha
casa hoje, entre o meio dia e treze horas, ouvi alguém batendo na porta. Ao verificar
quem era, deparei com dois homens. Um jovem e um senhor calvo. Inicialmente re-
conheci o jovem como sendo um ex-missionário gaúcho, que passou por Curitiba-
nos, na época em que eu era bispo da Ala Curitibanos. O outro homem eu não re-
conheci de inicio. Convidei-os para entrarem. Notei que começaram me chamar de
“irmão”. Então lhes contei que abandonei o mormonismo há mais de seis anos. O
homem mais velho quis saber qual a razão. Se eu tinha entrado em atrito com algum
membro ou se alguém me fez algo que me desagradou na Igreja.
Ainda sem saber com quem estava conversando comecei a falar que não tive
problema com nenhum membro e que abandonei o mormonismo simplesmente por
causa da doutrina, que não me deu mais suporte ou base de confiabilidade. Pensei
que estava conversando com o suposto pai do ex-missionário. Então perguntei se
ele era membro da Igreja SUD e que, em caso afirmativo, qual cargo exercia. Ele
disse que se chamava Pedro Brassanini. Foi então que me lembrei dele, apesar de
nunca termos conversado pessoalmente. Ele foi Coordenador do SEI, Presidente de
Missão, Presidente de Estaca, Presidente do Templo de Porto Alegre de 2006 a
2009. Morou em vários lugares como Curitiba e Porto Alegre.
Este homem que esteve hoje em minha casa, foi um dos membros pioneiros
da Igreja no Brasil. Batizou-se há mais de 60 anos e mora atualmente nos Estados
Unidos, país que lhe concedeu a cidadania americana.
Então me lembrei da frase inspiradora da minha amiga:“Deixamos o mormo-
nismo, mas ele nunca nos deixa!”Depois de conversar com os dois e explicar-lhes
educadamente algumas razões porque o mormonismo não é uma doutrina correta. E
de falar-lhes, que sinto que não errei ao abandonar a seita, ele (Brassanini) prestou
o seu testemunho, da maneira como fazem os membros e se despediu.
Não entendi o motivo da visita, se foi ocasional, ou intencional. Não sei se vie-
ram tentar conversar e me convencer a voltar ao mormonismo. Ou se não sabiam
mesmo que eu tinha abandonado a igreja. Então resolvi escrever esta postagem e
colocar no blog.
O que me chamou a atenção foi que ao prestar o testemunho, falando pausa-
damente, tentando mostrar educação e não erguendo o tom da voz, não senti nada
de diferente. Não pude em momento algum, por mais “pretenciosa” que possa ser a
autoridade, a liderança e o poder do sacerdócio, notar resquícios de uma possível
dúvida em minha mente. Será muito difícil mesmo minha volta ao mormonismo.

358

Creio que está mais do que sacramentado. O mormonismo e sua doutrina é um caso
encerrado mesmo para mim.
Só que, de tempos em tempos, o mormonismo não nos deixa em paz. Passei
aos dois homens, o endereço do meu blog, para que possam ler. Disse-lhes, que os
escritos que encontrarão são experiências minhas e de outras pessoas, que se sen-
tiram enganadas e humilhadas na Igreja, principalmente por causa da doutrina frau-
dulenta, do engano do Livro de Mórmon como escritura sagrada, do falso livro de
Abraão e da poligamia não explicada de Joseph Smith Jr.
Conversando com minha esposa, pudemos sentir que mesmo que venha o
próprio Presidente Thomas S. Monson em nossa casa, não terá argumentos válidos
para nos convencer a voltar ao mormonismo. As palavras são sempre as mes-
mas: “O inimigo, o mundo, a igreja verdadeira, Joseph Smith é um profeta”. Nada de
novo que possa evidenciar uma diferença entre um reles membro, que desespera-
damente tenta defender a igreja, com comentários sem base ou fundamento e um
“líder mais graduado e antigo”.
Ouso em afirmar que os Mórmons terão enormes dificuldades em convencer
as pessoas, em prol de sua doutrina. Creio que já têm essa dificuldade hoje em
dia. As pessoas são mais cultas e têm o conhecimento na mão, como num smar-
tphone com wi-fi, por exemplo.
Considerei o senhor Pedro Brassanini um dos homens mais antigos e aliena-
dos da Igreja no Brasil. Ele nasceu em 1935 e se batizou com 15 anos de idade.
Apesar de não discutirmos sobre a doutrina e de não termos nos alterado, notei o
quanto a doutrina Mórmon afeta as mentes das pessoas. Para pessoas assim, nem
que eu mostre todos os argumentos, as provas, as evidências, os testes, não faria
efeito algum, porque seus cérebros estão programados para simplesmente acatar
ordens oriundas da liderança Mórmon. Para eles, somos do mundo, somos apósta-
tas, pecadores e hereges.

O SUPOSTO CRESCIMENTO DA IGREJA SUD

Um amigo me avisou que estavam citando meu nome numa comunidade do
Orkut, especificamente na comunidade "Mórmon Thought". Resolvi conferir, apesar
de não participar da comunidade. Num dos tópicos havia um debate entre os mem-
bros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sobre a realidade ou não
do crescimento da mesma. Havia quem duvidasse dos pronunciamentos sobre a
comparação da Igreja Mórmon e “a pedra do sonho de Daniel que, segundo a bíblia
seria cortada de uma montanha sem muitos artifícios. Esta pedra deveria rolar mon-
tanha abaixo até atingir toda a terra”. Os Mórmons acreditam que esta pedra é a
própria Igreja deles, que começou com um pequeno número de membros e que ago-
ra está presente, mesmo de forma tímida, em muitos países.
Quando eu era membro ativo, constantemente ouvia essa escritura sendo ci-
tada por líderes Mórmons. Só que tem um problema! A pedra parou de rolar. Preci-
sa de um empurrão! A igreja Mórmon não está crescendo como instituição religiosa

359

há anos. Há uma diferença enorme entre crescer como um conglomerado de em-
presas e crescer especificamente como igreja.
Um membro chamado José Carlos escreveu na comunidade: “Li o blog do Sr.
Popinhaki e discordo de praticamente todas as colocações dele, no entanto há algo
que ainda é um grande problema dentro da igreja: a taxa de batismos em relação ao
número real de pessoas que se consideram Mórmons e que frequentam, ao menos
esporadicamente, as reuniões da igreja. Parece-me que poucos dentro da igreja
concordam com essa política de números adotada na obra missionária, no entanto
essa mesma postura persiste a despeito dos poucos resultados que ela traz. O que
temos visto nos últimos tempos são batismos de pessoas totalmente despreparadas,
pessoas que se batizam e não voltam mais, pessoas que se batizam e não voltam
nem para serem confirmadas e o pior, pessoas que se batizam, saem das águas e
não voltam nem para o término de sua própria reunião batismal (pasmem, mas vi um
caso desses). (...) Sendo assim, como verificarmos o crescimento REAL da igreja?
Creio que nisso o Sr. Popinhaki tenha razão: através do número de capelas constru-
ídas a cada ano. Digo capelas e não alas, pois se divide uma ala de 160 membros
em duas de 80 mantendo as duas na mesma capela, trocando assim 6 por meia dú-
zia e trazendo bem poucos resultados no que diz respeito à facilidade de locomoção
dos membros para as capelas”.
Ele continua “O raciocínio do Sr. Popinhaki é o de que a taxa de crescimento
da igreja nas décadas anteriores era maior do que o crescimento que vem tendo
agora. É interessante analisar isso, pois antigamente os desafios batismais eram na
terceira palestra e a pessoa não podia se batizar antes de ter ido pelo menos 3 ve-
zes na igreja. Agora os desafios batismais são na primeira palestra e a pessoa pode
se batizar tendo ido apenas 1 vez na igreja. À primeira vista isso deveria elevar o
número de batismos, mas na verdade diminuiu”.
Depois de debaterem muito sobre o crescimento da Igreja e de não chegarem
a um entendimento sobre o assunto, notei que havia um certo descrédito entre os
próprios membros da igreja SUD sobre o assunto, inclusive sobre algumas afirma-
ções de seus líderes de que a Igreja está crescendo. Alguém duvidou de que os
números apresentados no meu blog fossem reais. Houve quem apontasse outros
endereços de sites criados por membros da Igreja, para contestar os números. O
que eles não conseguiam entender é que eu nunca inventei nada. Todas as infor-
mações, tabelas e gráficos foram criados por mim mesmo, a partir das informações
estatísticas das Conferencias Gerais de abril de vários anos encontrados no site
lds.org.
Agora apresentarei outros dados mais recentes e não menos importantes so-
bre “a igreja que mais cresce no mundo”, ou seja, sobre a mentira do crescimento do
mormonismo. Os números estão disponíveis nas páginas de estatísticas da igreja
das Conferencias Gerais de abril de cada ano, no site lds.org. Vejamos a tabela
abaixo:

360



O que podemos deduzir com os números apresentados pela própria igreja?
Que só não enxerga quem não quer enxergar. Vou comentar apenas os números de
2011 em relação ao ano de 2010. Quantidade de Estacas: Crescimento de 1,73% é
crescer quase nada. 50 Estacas foram criadas em um ano, contra uma média histó-
rica anual de 16 Estacas em 180 anos de existência da igreja. Alguém poderá dizer:
Oh! Esta é a prova de que a igreja está crescendo. Mas outros membros dirão: “(...),
pois se divide uma ala de 160 membros em duas de 80 mantendo as duas na mes-
ma capela, trocando assim 6 por meia dúzia e trazendo bem poucos resulta-
dos”. Não são minhas palavras. São palavras de membros ativos da Igreja.
Estas Estacas, na sua maioria foram forjadas, a partir da mesma quantidade
de membros já existentes. Não houve batismos significativos que justificasse a cria-
ção de 50 novas Estacas. A conclusão que chego é que houve uma espécie de ma-
nipulação para mostrar aos membros mais desatentos uma imagem de crescimento,
mas que na verdade, a realidade é outra, para os mais atentos aos números.
Nenhuma nova missão foi criada em 2011? Como uma igreja que se diz mis-
sionária e que tem por referencia uma pedra, que literalmente está rolando, pode
avançar sem a criação de novas missões anuais? Simplesmente não criaram novas
missões porque não estão conseguindo nem manter as missões atuais. As missões
têm um custo fixo elevado. Estão inclusos aluguéis de imóveis, mesadas dos missi-
onários, despesas dos Presidentes da missão e família, incluindo mordomias como
apartamentos, empregadas domésticas e colégios particulares para os filhos.
Sem a criação de novas missões, a impressão que fica é que o cumprimento
da profecia de Cristo, de que o Evangelho deveria ser pregado a todas as nações
parece nula. A dificuldade de convencimento da doutrina, aliada a pronunciamentos
de líderes do passado de cunho racista e a não explicada poligamia do início do
mormonismo, mais afastam do que propriamente atraem pessoas. Sem a criação de
novas missões, ficará cada vez mais difícil para os líderes Mórmons avançarem por
países onde predomina culturas e religiões não cristãs.
Interessante foi a criação de novos Distritos (-0,98%). Esse número me cha-
mou a atenção porque um distrito é justamente a última organização regional antes
de se transformar efetivamente numa Estaca. Se houve um crescimento de 1,73%

361

de novas Estacas, houve um decrescimento de Distritos? Será que a liderança
Mórmon não está elevando alguns conglomerados de Ramos e Alas ao nível de Es-
taca sem a criação de um Distrito? Se isso estiver ocorrendo, creio que estas novas
Estacas serão Estacas fracas, sem consistência. Tanto de membros, de liderança,
de portadores do sacerdócio.
Os batismos subiram pouco mais de 3%, mas olhem que em relação ao ano
2000, na última década havia um decrescimento de -0,42%. Então estes 3,11% são
menores ainda do que apresentados. O mesmo raciocínio é válido para o número de
missionários.
A igreja perde uma chance de ouro em não passar a confiabilidade tão espe-
rada aos membros em relação ao dízimo arrecadado. Poderiam estar inclusos nes-
tes relatórios estatísticos: Valores arrecadados em forma de dízimos, doações e a
distribuição deste capital. Sabe-se que o dinheiro entra na casa dos bilhões de dóla-
res e sai na casa dos milhares como ajuda humanitária ou filantropia. O resto é apli-
cado no conglomerado de empresas do grupo Mórmon Inc. sem finalidade de retor-
no algum ao pobre membro da Igreja. Agora cada um dos membros da Igreja que
adentrar neste blog pode verificar por suas próprias faculdades, se a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias está realmente crescendo ou não. Falando da
Igreja, não do conglomerado de empresas, fazendas e outros investimentos corpora-
tivos.

EXPERIENCIAS MISSIONÁRIAS

Sou o GM, que recentemente fez um comentário no seu site “sobre o mormo-
nismo”. Resolvi lhe responder ...

Todos nós, (que fomos enganados) temos contas a acertar com a Igreja
Mórmon. Se dependesse de mim, ela acabaria. No entanto, achei que algumas de
suas declarações são potencialmente ofensivas às pessoas que não merecem.
Não sei, por exemplo, se eu falasse que todos os Bispos Mórmons são arro-
gantes, se você não iria ficar chateado, apesar de não ser mais Bispo.
A Missão é um balaio de gato, tem de tudo: Tive um companheiro, que me
confessou que não acreditava na Igreja, que só foi para Missão por pressão da famí-
lia. Teve um outro, que foi porque a namorada dele só casaria com ex-missionário.
Tinha um Élder, que era completamente louco, que por azar foi meu companheiro.
Tinha (muita) gente arrogante e tinha gente humilde. Por isso não dá para generali-
zar.
Eu sei que os missionários são treinados para serem como “robôs”, que utili-
zam técnicas, como o “padrão de compromisso”, que faz com que o jeito de falar
(dos missionários) sejam bem parecidos. Mas isso não anula a personalidade de
cada um. Da mesma forma, os membros, também são treinados para serem “robôs”.
Prestam testemunhos iguais, repetitivos, mas nem por isso todos os membros são
iguais.

362

Você falou também que é contra pseudônimos. Eu uso pseudônimo, princi-
palmente porque não quero ninguém me aborrecendo. Não tenho esta disposição
que você tem de dar a cara à tapa.
Falando sobre mim, arrependo-me de ter servido Missão. Isso porque, por
dois anos fiquei ensinando um monte de mentiras para as pessoas, no entanto foi
na Missão que comecei a descobrir que o mormonismo é falso.
Na minha juventude, eu esperava ansiosamente o dia que iria me tornar mis-
sionário. Ficava vendo os Élderes da minha Ala, fazia divisão com eles, e para mim
era o máximo ser um missionário.
Fiz Seminário e frequentei o Instituto um ano antes de ir para a Missão. Pouco
antes de ir fui muito paparicado na Ala. Os membros vinham, me perguntavam so-
bre o andamento do chamado, me davam os parabéns. Pouco antes de ir para o
CTM fizeram uma despedida para mim. Ganhei presentes, improvisaram um coral.
Foi uma maravilha, minha namorada na época estava super orgulhosa de eu ir para
Missão.
Achava que indo para a Missão, eu seria um instrumento nas mãos de Deus
para abençoar a vida das pessoas e que iria ajudar a estabelecer o Reino dele na
Terra.
No CTM ganhei uma plaqueta e me disseram que eu era um “representante”
de Jesus Cristo.
A primeira decepção, que me fez acreditar que a Missão não seria tão espiri-
tual assim, foi o grande foco na cobrança por metas.
Quando se chega numa Missão, você primeiro é o companheiro “júnior”. Eu
era intimamente contra as metas impostas aos missionários. Mas no começo, eu não
ligava. Cabia ao companheiro “sênior” ficar anotando quantas palestras eram dadas,
quantos contatos, etc.
Quando passei a sênior cabia a eu passar os números da semana. Pior! De-
pois quando me tornei Líder de Distrito, eu tinha que cobrar a meta dos outros mis-
sionários e incentivá-los a obter números melhores. Nesta época (em que eu era LD)
um missionário veio conversar comigo e me disse que era contra as metas, que isto
tornava a Missão mundana, parecida com uma empresa. Disse-me ainda, que ao
invés de ver os pesquisadores como filhos de Deus, ele estava começando a vê-los
como números.
No meu íntimo, eu concordava com esse missionário, mas como líder na Mis-
são, eu não poderia dizer isso a ele. Tive que defender as metas e a Igreja. Pensava
uma coisa, mas acabei falando outra. Pior que como eu era LD me disseram que eu
tinha que dar o exemplo, que os meus números tinham que ser melhores do que os
dos demais missionários do Distrito.
Quando eu me tornei LZ então foi pior ainda. Para mim foi o inferno! Tinha
aquelas reuniões com o Presidente da Missão. Uma vez o Presidente deu um soco
na mesa, cobrando mais batismos. Perto do final da Missão pedi para não ser mais
LZ, não aguentava mais aquilo.

363

A maioria dos missionários vai para a Missão com 19, 20 anos, e é claro
agem de acordo com a idade que têm. Alguns missionários tinham atitudes bem
maduras pela idade, tinha muita gente boa na Missão, de alguns fiquei amigos, che-
guei a visitá-los depois. Outros eram bem imaturos, tinha um assistente do Presiden-
te que foi provavelmente a pessoa mais arrogante que já tive o desprazer de conhe-
cer em toda a minha vida. Ele tinha bons números, atingia metas (por isso foi cha-
mado como assistente), mas como pessoa... Só de lembrar-me dele, dá nojo.
Em determinado momento na Missão me foi avisado que eu iria receber um
novo companheiro, coisa normal da Missão, mas desta vez o aviso da transferência,
me veio com uma recomendação. Meu novo companheiro estava há pouco tempo
na Missão, eu seria o seu segundo companheiro. O detalhe é que este novo compa-
nheiro – vou chamá-lo de Élder S - tinha problemas de comportamento e inclusive
havia tido problemas com o primeiro companheiro dele.
Brigas físicas eram comuns entre missionários (e entre sísteres também), eu
presenciei algumas. Teve uma dupla de missionários que discutiu na rua e um deles
acertou uma pedrada no outro. Algumas vezes o missionário brigão era mandado
para casa, mas isso era a exceção. Muitas vezes, o Presidente nem ficava sabendo
das brigas entre os missionários.
Fui informado que o Élder S tinha se declarado arrependido, mas que ele es-
tava “pendurado”, ou seja, se causasse mais problemas seria mandado para casa.
Comecei a trabalhar com o Élder S e notei que realmente ele tinha problemas
de comportamento. No meu entendimento, ele era um caso de tratamento psiquiátri-
co. Determinada vez estávamos almoçando na casa de um membro, e ao ser servi-
da a sobremesa, uma espécie de pudim, Élder S resolveu fazer uma “brincadeira”
comigo. Falou que aquele pudim estava estragado, com um cheiro ruim e pediu que
eu verificasse. Cheirando o pudim também. Eu caí na brincadeira, e aproximei o na-
riz do prato para cheirá-lo, neste momento Élder S aproveitou e empurrou a minha
cabeça com força em direção ao prato, o resultado foi que eu fiquei com o rosto todo
sujo de pudim e Élder S teve um ataque de risos. Achei aquilo uma tremenda falta
de respeito comigo e com a família que nos serviu o almoço. Mas não contei nada
para ninguém, pedi a ele que ele não fizesse mais aquilo.
Algum tempo depois, ele resolveu fazer outra “brincadeira”. Eu estava toman-
do banho, mas havia uma fresta entre o chão e a porta do banheiro (como existem
em todas as portas, para que não arraste no chão). Élder S aproveitou esta fresta
para jogar álcool para dentro do banheiro, depois que já havia jogado uma certa
quantidade, colocou fogo (acho que usando um fósforo e um pedaço de papel). O
resultado é que eu levei um susto e novamente ele riu muito. Até o jeito que ele dava
risada era estranho, parecia meio louco mesmo.
Aquela brincadeira dele tinha passado dos limites, eu ou ele poderíamos ter
nos queimado/machucado e falei para ele que não fizesse mais brincadeiras. Real-
mente ele não fez mais brincadeiras, mas o pior estava por vir...
Um dia, nós estávamos dando uma palestra para uma família, e tinha uma
menina, de mais ou menos uns 6 ou 7 anos, e ela não parava quieta, ficava falando

364

o tempo inteiro, brincando durante a palestra, e aquilo realmente nos atrapalhava.
Élder S pediu que ela ficasse quieta, mas ela continuava “fazendo bagunça”, até que
ele perdeu a paciência pegou a Bíblia e bateu com certa força no rosto da menina...
Aquele (acho que) foi o meu pior momento na Missão. Élder S, assim que fez aquilo
parece ter se arrependido, pediu desculpas, mas a besteira já estava feita. Ele era
assim, tinha um temperamento explosivo, a qualquer momento podia perder a paci-
ência.
Contei sobre o ocorrido para o Presidente da Missão e Élder S foi transferido.
Fiquei com raiva dele por ter feito aquilo, mas em parte, eu tinha um pouco de pena
dele também.
Durante o tempo de convivência, acabei sabendo algumas coisas da vida de-
le. Primeiro, ele adorava brigar, contava das brigas dele antes da Missão. Contou-
me que uma vez havia batido na própria irmã, e a enviada para o hospital. Ele era de
uma família tradicional da Igreja, segundo o que me disse, era descendente dos pio-
neiros. O pai dele era um líder na Igreja e era muito autoritário. Contou-me que
quando ele era criança na Igreja, e começava a fazer bagunça o pai dele lhe dava
uns cascudos (socos na testa) – daí eu associei que para ele tenha sido até “normal”
bater com a Bíblia na menina.
Quando eu terminei a Missão, Élder S continuava servindo como missionário
normalmente, acho que ele terminou a Missão.
Fiquei pensando como seria depois que ele casasse e tivesse filhos. Não é a
toa que existem casos de violência doméstica na Igreja Mórmon. E são muito co-
muns os líderes da Igreja serem pais autoritários (não estou generalizando, não são
todos os líderes que são autoritários com a família). Mas conheci muitos filhos e fi-
lhas de líderes que tinham medo do pai.
Logo após eu ter retornado da Missão, me apresentei para o Presidente da
Estaca. Durante a entrevista, ele me contou que havia alguns jovens na Estaca que
estavam com idade de irem para a Missão, e que ele estava “trabalhando” com es-
tes jovens para que, de fato, eles fossem servir como missionários. Então me convi-
dou para sair com ele, para visitar 5 desses jovens. No dia combinado fui até a casa
do Presidente da Estaca para iniciarmos as visitas. Fomos visitar o primeiro da lista
e eu estava de carona no carro dele, e enquanto nos dirigíamos para a primeira casa
o Presidente falou que ele tinha que cumprir uma meta de mandar um número de X
rapazes para o campo missionário naquele ano (acho que a meta era passada pela
presidência de área).
O Presidente parecia meio tenso, e ele resolveu desabafar comigo, me lem-
bro de que ele disse no carro: “GM, você não sabe o quanto eu sou cobrado para
cumprir estas metas!”. A minha família era amiga do Presidente e acho que com isso
ele se sentia mais vontade para falar sobre este tipo de assunto.
Quando chegamos à primeira casa e descemos do carro notei que houve uma
mudança no comportamento do Presidente. Ele abriu um sorriso, e durante a visita
na casa do rapaz ele tentou ser o mais simpático e carismático possível, sempre sor-
rindo, fazia piadinhas, chegou ate a abraçar este rapaz. E eu ali do lado dele durante

365

a visita, prestando meu testemunho sobre a importância de todo jovem fazer Missão.
Quando retornamos para o carro, o Presidente voltou a ficar sério, com aquela ex-
pressão mais tensa. Quando chegamos na segunda casa, de novo o Presidente
mudou de comportamento, abriu um sorriso, e após o término da visita ao voltar para
o carro tornou a ficar sério. E assim aconteceu em todas as visitas.
Uma dessas visitas me chamou mais a atenção. Chegamos em uma casa
muito pobre, e o rapaz que morava lá (o alvo do Presidente da Estaca) disse que
estava receoso em ir para a Missão porque ele trabalhava e ajudava a sustentar a
casa, então se ele fosse para a Missão a família dele iria perder uma fonte de ren-
da.
Eu retornei da Missão em 1995, e para quem viveu naquela época sabe que a
situação econômica do Brasil era bem pior que agora, os salários eram mais baixos
e havia altas taxas de desemprego, muitas famílias estavam em dificuldades finan-
ceiras e os pais dependiam muitas vezes dos salários dos filhos para pagar as con-
tas.
Quando o jovem fez esta alegação o Presidente respondeu com aquela céle-
bre frase: que ele deveria buscar primeiro o reino de deus e todas as outras coisas
seriam acrescentadas. Disse que ele podia ir para a Missão tranquilo, pois que
Deus iria tomar conta da família dele.
Bem, o Presidente jogou a responsabilidade para Deus, pois evidentemente
que a Igreja mesmo não iria fazer nada para ajudar.
No carro o Presidente comentou comigo que aquilo era apenas uma desculpa
para não ir para a Missão. Que ele já estava cansado de ouvir desculpas, e que na-
da justificava que um jovem não fosse para a Missão.
A mim me pareceu que o Presidente estava pouco se importando com a situ-
ação financeira dessa família, nem com esse jovem; Se ele queria ir ou não para a
Missão, se ele estava preparado. É de se ressaltar que ele teria que pedir demissão
do emprego, e quando ele voltasse, será que conseguiria arranjar outro? O Presi-
dente somente estava se importando em cumprir a meta. Esta impressão de que os
líderes não se importam de verdade com os membros se repetiu várias vezes en-
quanto fui membro. Um abraço,

MINHA FRUSTANTE EXPERIÊNCIA COMO MISSIONÁRIO MÓRMON!

O ano era 1988, o dia, eu não lembro exatamente! Saí do meu trabalho às
14h00min. Neste dia, eu estava a fim de ir ao centro de São Paulo. Todavia, resolvi
deixar para outro dia e descansar, afinal de contas, eu levantava às 05h00min da
manhã. Por volta das 15h00min, escutei batidas de palmas. Eram eles, os missioná-
rios Mórmons. Ao atender, verifiquei que se tratava de dois rapazes norte-
americanos. Eles se apresentaram como mensageiros de Jesus Cristo. Disseram-
me que tinham uma mensagem de Jesus Cristo para mim. Perguntaram-me se eu
teria alguns minutos para ouvi-los. Eu não sei quantas pessoas, que automaticamen-

366

te dizem “sim” para esta abordagem. Deve ser muitas pessoas. Principalmente, os
que acreditam em Jesus.
Isso fica mais fácil de acontecer, quando um dos missionários Mórmons é
americano. Quando é de boa aparência e simpático aos olhos do prosélito. Eles es-
tão sempre sorridentes, comunicativos e atenciosos. Com olhares meigos. Dessa
forma, as pessoas sentem-se bem. O “sim”, que os missionários querem ouvir vem
com certa facilidade.
Depois de deixarem a “mensagem de Cristo” (não me lembro em detalhes, o
que os missionários me disseram, pois isto já faz muito tempo). Mas sei que os mis-
sionários iniciaram uma série de palestras. Em uma delas, me apresentaram o tal
“Livro de Mórmon”. Recomendaram-me para ler o livro, em especial, algumas pági-
nas, onde conta a historia inicial do livro, ou seja, como tudo com e-
çou. Recomendaram-me a perguntar para Deus, em oração, se tudo o que eu lera
era verdade, se a Igreja a qual representavam era a verdadeira, a igreja que Jesus
restaurara na terra.
Da maneira como são colocadas essas palavras é natural que as pessoas
sintam algo diferente. Principalmente as pessoas que acreditam em Jesus Cristo.
Mas eu não vi Deus nem Jesus, como muitos membros dizem em seus testemu-
nhos. Alguns dizem que depois de perguntarem a Deus, o próprio Deus ou Jesus
responderam a eles. Eu, José, não tive nenhuma resposta, não sonhei com nada e
não vi nada.
Este é mais um dos estratagemas dos Mórmons. É evidente que uma pessoa,
que acredita em Deus e Jesus, após fazer uma oração vai se sentir bem. Pode
acontecer qualquer coisa. A mente entra em sintonia com forças que não compre-
endemos.
Para quem acredita que existe algo extrafísico, que temos um espírito, no
mundo espiritual, em Deus e Jesus e outras crendices, a mente entra em sinto-
nia com o imaginário. Seja qual for este imaginário, pode ser interpretado como uma
resposta de oração. A manifestação pode ser de inúmeros modos, pois a mente está
em sintonia com algo imaterial. A mente atrai algo.
A mente de uma pessoa, que deseja fortemente que algo aconteça pode mui-
to bem fabricar ou criar. E, supreendentemente, até mesmo pode criar uma manifes-
tação física, conhecida também como um fenômeno paranormal. Geralmente em
sonhos, muitos desejos da mente são manifestados.
Não somente em sonhos, mas através de uma ação subconsciente da mente
humana, uma pessoa vê ou ouve algo, qualquer coisa, então a mente que já está
estimulada através do desejo cria uma ilusão. Um exemplo bem claro acontece com
uma pessoa que fica muito tempo sem beber água, num deserto. Esta pessoa está
muito sedenta para tomar água. A sua mente, por incrível que pareça faz com que
ela veja água. Cria ilusões! Pessoas em desertos há muito tempo sem tomar água
passaram por esta experiência.

367

Eu me lembro com total clareza, que os missionários me recomendaram per-
guntar a Deus, com muita fé, ou seja, com vontade. A mente e o subconsciente cria
um desejo forte, para que haja uma manifestação de qualquer modo.
Os missionários me perguntaram se eu havia tido uma resposta. Sinceramen-
te, disse a eles, que havia me sentido bem, nada, além disso.
Lembro-me, que eles me convidaram para orarmos juntos. No final, me per-
guntaram o que senti? Respondi-lhes que me senti bem. Nada, além disso.
Eu era muito jovem, quando tive meu primeiro contato com os Mórmons, em
1988. Eu tinha acabado de fazer 18 anos, uma mente muito jovem, boa para ser tra-
balhada e manipulada. Muitos e muitos jovens, com esta ou menor idade, ainda são
fáceis de serem manipulados. Não sabem o que querem da vida. Por isso, aceitam
as coisas sem pensar. Hoje tenho certeza, de que fui manipulado.
Sinceramente, não sei como me batizei na igreja! Talvez tenha sido levado
por emoções ou devaneios. Coisa de jovem, que é difícil de realmente entender.
Para a Igreja Mórmon, são duas as etapas a serem percorridas:
1 – Batizar;
2 – Manter o membro batizado ativo na igreja.
Manter o membro batizado ativo dentro da igreja é manipulá-lo. Digo-lhes que
a igreja dos Mórmons tem muitas atividades e cargos que são preenchidos com co-
branças e responsabilidades dos membros.
Eu só me senti realmente integrado entre os membros da igreja, na qual fora
batizado, depois que comecei a pagar o dízimo. Aí sim, os outros membros começa-
ram a me aceitar melhor.
Antes disso, os membros me tratavam com certa indiferença, “com suas caras
viradas mesmo”. Não fui ofendido, por não pagar o dizimo, mas fui aconselhado a
pagar.
Durante 1 ano de frequência na igreja, não me aconteceu nada de anormal.
Eu tinha um bom relacionamento com os outros membros. Com alguns, meu relaci-
onamento era melhor. Já com outros, nem tanto, pois alguns membros eram mais
reservados mesmo.
Eu nunca discuti ou briguei com nenhum membro. Mas a partir daqui as coi-
sas mudam! O que vocês lerão agora resultou neste relato.
Depois de 1 ano de igreja os jovens são convidados a fazer uma missão ide
tempo integral de 2 anos para os homens. Para fazer uma missão tem que passar
pelo templo (entrar e fazer alguns rituais).
O templo é bem diferente das igrejas (capelas) Mórmons, Para eles é um lu-
gar sagrado. Membros com menos de 1 ano de igreja, jamais podem passar (realizar
ordenanças ou rituais) pelo templo.
O que acontece dentro do templo Mórmon não está acessível para todas as
pessoas, na sua totalidade. Apenas uma pequena parte é acessível. Outras partes
não! Nesta parte inacessível aos membros é onde são realizadas uma série de con-
sagrações e ritos, dos quais, eu prefiro não falar, por uma questão de segurança de

368

minha pessoa. Meu proposito aqui não é este, de revelar ou deixar de revelar o que
existe lá dentro do templo Mórmon.
Então fui chamado então para uma missão de 2 anos. Esta missão seria a
Missão Brasil-Campinas.
Isto não poderia ser feito, sem antes passar pelo templo. Minha vida
ria prestes a tomar outro rumo, pois teria que deixar tudo para trás. Meu trabalho,
minha família e muito mais. Muitos dos meus parentes me aconselharam carinho-
samente e me alertaram para não ir para a missão. Mas, infelizmente, minha mente
já estava trabalhada pelos lideres Mórmons. Como disse anteriormente, uma mente
jovem é mais fácil de ser manipulada! Não é à toa que a grande maioria dos missio-
nários Mórmons é composta de jovens com idade entre 18 até 25 anos.
Mas, eu estava determinado a ir para a missão. Deixava para trás meu garan-
tido trabalho. Eu tinha sofrido um acidente de trabalho. Sendo assim, eu não pode-
ria ser mandado embora. Tinha estabilidade por causa deste acidente. Mesmo as-
sim, não me importei. Desliguei-me da firma que trabalhava e da minha família.
Antes de iniciar a missão, eu fiquei por um curto período de tempo, num lugar
chamado de CTM (Cento de Treinamento Missionário). Neste lugar, o missionário
recebe um tipo de treinamento específico. Depois deste período, eu estava
em viagem para Campinas, juntamente com outros jovens.
Já como missionário, tinha que andar muito. Como andava pregando o que a
igreja queria, ou seja, o que me fora ensinado sobre Deus e Jesus Cristo, sobre a
vida e sobre a morte, durante o período em que fui um missionário Mórmon (Élder),
sempre andei com outro missionário (Élder). Não sei por que, mas sempre foi um
missionário americano.
Preguei o outro suposto evangelho de Jesus Cristo por várias cidades da re-
gião de Campinas (cidades vizinhas de Campinas). Em media, a cada 3 meses eu
era transferido para uma nova cidade e sempre tinha também um novo companheiro
de missão.
Ser um missionário Mórmon é “mega desgastante”. Tanto físico como emoci-
onal. Éramos cobrados constantemente. Tínhamos a “obrigação de batizar”, afinal,
para os líderes da missão, nós estávamos na “verdadeira igreja de Cristo”. Por falar
nos líderes da missão, os caras pegavam tanto nos nossos pés, que chegaram ao
ponto de fazerem-nos visitas surpresas. Colocavam pessoas para nos vigiar, e en-
fim, éramos muitos cobrados, pressionados a batizar pessoas. E tinha que ser ba-
tismos de famílias inteiras, quando no mínimo, batismo de qualidade, não poderia
ser qualquer pessoa.
Como missionário, não tínhamos uma vida como os demais membros. Não
podíamos ver TV, escutar rádio, ler revistas e jornais. Hoje, se não me engano, os
missionários (élderes e sísteres) tem até Orkut. Por que a internet não nos chegou
mais cedo? Também queria ter Orkut no meu tempo de Élder.
O nosso almoço era na casa dos membros. Todo dia almoçávamos na casa
de um membro diferente. Mas nem sempre os membros estavam dispostos a nos

369

ceder o almoço. Geralmente estavam com algum problema com a igreja ou com ou-
tro membro.
Sendo assim, nós tínhamos que nos virar para almoçar. Isto aconteceu comi-
go várias vezes. Já o jantar é outra história, aliás, não havia jantar. Tínhamos que
nos contentar com qualquer lanche tipo “miojo”, ou com qualquer outra coisa, que
tivéssemos para fazer um lanche.
Andávamos o dia todo! Começávamos nossa jornada as 06h00min da manhã,
onde nos preparávamos para sair de casa às 10h00min. Só voltávamos para casa à
noite, por volta das 21h00min. Morávamos em casas alugadas pela missão. Nem
sempre os missionários moram em casas térreas. Às vezes também residem em
apartamentos.
O convívio entre os Élderes, nem sempre é saudável de camaradagem, co-
mo as pessoas veem. Quando eles estão nas ruas, em duplas ou em gru-
pos, ocorrem discussões e até brigas pessoais.
Eu, José, ex-missionário Mórmon, por duas vezes fui agredido. Este é um dos
motivos que me fez escrever este texto: uma destas agressões que sofri foi por um
missionário americano. Este missionário colocou um canivete no meu pescoço. A
outra agressão me foi feita por um missionário de Recife. Este me agrediu com um
soco. Isto mesmo, com um soco. Em ambos os casos não me recordo os motivos
destas agressões, pois já faz muito tempo. Brigas e discussões ocorrem entre os
Élderes.
Era para eu ficar dois anos na Missão Brasil-Campinas. Devido a todos estes
fatos desagradáveis que aconteceram comigo, eu resolvi voltar para casa e sair da
missão. Eles me deixaram vir embora. Não antes de eu ouvir estas palavras sinis-
tras: de que “se eu voltasse nada iria dar certo na minha vida”.
Como pode uma religião, que se diz pregar Deus e Jesus Cristo e que diz ser
a verdadeira igreja de Cristo na terra ter líderes que dizem uma coisa desta? Pou-
cos dias antes de vir embora, na casa em que eu estava, com outros missionários,
um deles me disse: “que tudo o que eu ganhasse ou conquistasse seria tudo pela
metade. Que tudo o que acontece em minha vida seria pela metade”. Como pode
um missionário, que se diz ser representante de Cristo dizer coisas como estas?
Deus é bondade e amor! Que Deus tenha misericórdia e proteja todas as
pessoas que são ex-membros e ex-missionários.
Meu interesse é que eles me deixem em paz. E que parem de me perse-
guir. Eu quero viver minha vida, e não a vida que eles querem que eu viva.
Acredito que muitos outros ex-membros e ex-missionários, tenham passado
por problemas iguais a este ou até pior.
Meus sinceros agradecimentos pela paciência e atenção dada a estas pala-
vras.
Muito obrigado!

370

Att. Jose Luis
85


O DÍZIMO É CRISTÃO?

De acordo com os cristãos, Jesus Cristo quando esteve na Palestina e pregou
seu evangelho aboliu ou revogou a Lei dada a Moisés. O assunto de hoje diz respei-
to a uma escritura bíblica, no Velho Testamento que faz referência ao dízimo. Esta
escritura é muito usada dentro das Igrejas que usam a bíblia como referência de es-
critura sagrada. Inclusive no mormonismo, estes versículos são constantemente uti-
lizados para coagir os membros ao pagamento de dízimos. Digo coagir porque exis-
te uma outra escritura no mundo Mórmon que responde perfeitamente essa questão:
D&C 64:23 “Eis que o tempo presente se chama hoje até a vinda do Filho do Ho-
mem e, em verdade, é um dia de sacrifício e um dia para o dízimo de meu povo;pois
aquele que paga o dízimo não será queimado na sua vinda”.
A escritura da bíblia que me referi antes é Malaquias 3:10 - “Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fa-
zei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas
do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente
para a recolherdes”.
O que me intriga é que esta escritura é do Velho Testamento. Sendo do Velho
Testamento não deveria ser usada como lei ou mandamento divino, pois Jesus Cris-
to teria revogado a lei mosaica. O dízimo naquela época (Velho Testamento) era
pago em bens (mercadorias), não em dinheiro como as igrejas atualmente recla-
mam. Quem poderia receber o dízimo? Somente os sacerdotes. Estes sacerdotes
eram descendentes sanguíneos de Levi, um dos filhos de Jacó (Israel). Ninguém
podia ler uma escritura, num pergaminho e abrir uma Igreja. Reivindicar o dízimo,
alegando ser enviado por Deus. Existia uma certa ordem na antiga Israel. O sacer-
dócio seguia uma linhagem. A linhagem dos filhos de Levi.
Ora, se os líderes religiosos afirmam que a lei e os mandamentos do Antigo
Testamento foram abolidos por Jesus Cristo. Que não precisa mais ser descendente
de sangue de um levita para se tornar um sacerdote. Então, por que citam Malaqui-
as como referencia ao dízimo? Porque confundem as pessoas com uma mistura de
escrituras do Antigo e do Novo Testamento? Não vejo outra resposta, a não ser para
manter estas pessoas bem presas sob seus domínios.
Cada vez que ligo a televisão num canal de religião, seja católico ou evangéli-
co, quase sempre o assunto é arrecadação de dinheiro. Venda de alguma bugigan-
ga ou reclamação de dízimos para a suposta “obra de Deus”. Quantas obras o Deus
cristão possui? Tem a obra católica, a obra do Edir Macedo, do Malafaia, do Valde-
miro Santiago. A obra das Testemunhas de Jeová, a obra de Joseph Smith e seus
sucessores. E inúmeras outras obras no mundo corrompido dos cristãos? Confesso

85
Adaptado para publicação por Antonio Carlos Popinhaki. Texto original disponível em:
http://frustante-experiencia.blogspot.com.br/2010/11/minha-frustante-experiencia-como-
Mórmon.html#comment-form_2335682052944029298

371

que eu não sei qual é a obra de Deus. As crianças morrem de fome na África. Onde
está a obra de Deus lá?
Quando eu era um bispo Mórmon, recebia treinamentos para nunca deixar de
falar ou de lembrar os membros sobre o pagamento dos dízimos. Depois que as
reuniões dominicais terminavam, eu e mais alguns membros do bispado ficávamos
até mais tarde, para fazermos o fechamento do relatório dominical dos recebimen-
tos. Colocávamos o dinheiro e eventuais cheques dentro de um envelope e íamos
imediatamente procurar um caixa eletrônico para depositarmos o dinheiro. Se ficas-
se para segunda-feira já vinha bronca. A gana pelo dinheiro era tamanha que me
parecia até loucura. O medo era tanto de que alguém se apropriasse desse dinheiro,
que tínhamos que sacrificar nossas famílias, a hora do almoço e mais algumas coi-
sas, somente para que este depósito pudesse ser feito no domingo.
Não sou mais um cristão convicto. Mas, ouso em afirmar que esta lei do dízi-
mo foi realmente abolida por Jesus Cristo, como as demais leis de Moisés. Só não
percebe quem quer tirar proveito ou ser enganado.
O dízimo não é cristão. É um insulto à inteligência humana achar que Deus
precisa de dinheiro para construir a sua “obra”. Que Deus é esse que não tem poder
sobrenatural para erguer uma capela? Precisa que os homens paguem para que uns
espertos líderes possam viver na maior mordomia? E as crianças africanas? Conti-
nuam morrendo de fome. Onde está Deus e o dinheiro do dízimo para elas?

CUSPINDO E PISANDO NO SAGRADO?

Conheci recentemente, através do Facebook, outro Ex-Mórmon. Ele assina
seus comentários como “FALUZ47”, e mora atualmente no Estado do Espírito Santo.
Ele tem interagido de forma assídua em muitos blogs e grupos sobre o mormonismo
na internet. Em suas próprias palavras, que copiei da nossa conversa e de um grupo
sobre o assunto, ele relata: “tenho debatido muito. É muito bom, tem ajudado a me
desfazer de lembranças do passado. A vida ensina muito. Procuro ler e estudar mui-
to. Fui membro da Igreja por quase 40 anos, me batizei aos 08 anos, fui ex-
missionário em Porto Alegre, em 1985 e 1986, estou afastado definitivamente desde
novembro de 2011, quando passei a examinar tudo sobre o mormonismo, quando
descobri duas igrejas, uma que os líderes douram e outra que eles escondem. No
começo houve muitas dúvidas em minha mente, mas quanto mais estudava e procu-
rava mais informações, aquela sensação de medo, de achar que estava perdendo
algo importante foi superada. Hoje, radicalmente sou contra a doutrina perversa do
mormonismo, e tudo que se chama religião. (...), publiquei em minha página no Fa-
cebook, todas as informações contrárias ao mormonismo, recebi muitas ameaças, e
perdi um grande amigo, muitos prestaram o testemunho, mas na verdade eu estava
me divertindo, por que estava vendo como é estar do outro lado, antes eu era o ad-
vogado, agora sou o promotor”.
Ele me perguntou se eu tinha algum conhecido na cidade de Lages, Santa
Catarina. Eu lhe respondi que após a minha saída do mormonismo, praticamente

372

todos os membros da minha antiga Estaca Lages voltaram as costas para mim. So-
mente alguns poucos eu ainda tenho como amigos no Facebook. Mas nunca intera-
gem comigo. Eles acham que eu sou um inimigo da Igreja e consequentemente, um
inimigo de Deus. Neste momento da nossa conversa, ele me disse que uma pessoa
que eu também conheci, ex-membro da Estaca Lages fora seu companheiro de mis-
são. Propositalmente, não vou citar nomes aqui, mas os relatos são verdadeiros,
com pessoas reais e vivas.
“Ele foi meu companheiro de missão, me apagou e jogou muitas pragas”:
‘ você é um idiota que caiu e não tenho esperança que um dia vai voltar, você
cuspiu naquilo que é Sagrado e com certeza vai pagar pelo preço, O EVANGELHO
É VERDADEIRO, e que a mão do Deus Poderoso caia sobre você, para que você se
cale!!! Não aceito que homem miserável, que você se tornou agora critique ou esbo-
feteie os Santos do Senhor, lembre sempre que você cuspiu e está cuspindo e pi-
sando naquilo que é SAGRADO. Estou tirando você da minha lista de amigos do
facebook porque não concordo com que você esta fazendo’.
Em outra mensagem, este ex-companheiro de missão do meu amigo FALUZ
47 disse: “Feche a latrina antes de Falar do Profeta Joseph Smith... Você vai pagar
caro pelo que esta fazendo! Escute a palavra CUIDADO, antes de escutar COITA-
DO. Aqui em Utah está cheio dessas coisas, nos dias de conferencias tem centenas
de pessoas protestando contra a igreja, livros, faixas, panfletos... tudo o que você
pode imaginar acontece por aqui, sinto pena de vocês que fazem isso. Na semana
passada, um jornalista da MSNBC chamou Mitt Romney de mórmon mentiroso e que
os mórmons são todos idiotas por acreditarem nessa doutrina... Foi em cadeia naci-
onal, eu assisti e disse: coitado desse... em três dias estava em todos os
nais americanos. Dias depois, em cadeia nacional, ele veio pedir desculpas por que
não sabia o que estava falando. Disse que leu mensagens, que estava escrito contra
os mórmons. Você pode fazer tudo o que quiser contra a igreja e nada afeta o ver-
dadeiro evangelho. A igreja continua a crescer como nunca. O único prejudicado é
você mesmo. Tenha certeza, você esta cavando teu próprio buraco. Se arrependa
do que está fazendo, pare com isso, tenho pena do estado de miséria em que você
se encontra”.
Qual será este caminho da luz? Já experimentamos este caminho e não nos
iluminou e nem nos direcionou para lugar algum. Acho que este amigo do FALUZ47,
que mora no Estado de Utah continua vislumbrado pelas obras faraônicas como o
Shopping Center que construíram recentemente em Salt Lake City. Está vislumbra-
do, atordoado e hipnotizado pelas palavras lisonjeiras dos líderes que vivem lá. Ao
escrever esta postagem, eu reflito sobre a maneira de expressão dos membros da
Igreja Mórmon. Porque será que eles têm que nos jogar pragas, nos encaminhar ao
inferno ou outro lugar tão distante de Deus ou do céu?

AMOR E RELIGIÃO!

373

Olá, Sr. Antônio Carlos. Chamo-me (homem católico solteiro) e atualmente
namoro uma mulher Mórmon. Entenda, ela foi criada na religião por causa de sua
família, e até onde sei, é um bocado ativa na igreja. Sou católico praticante (...). No
entanto, por causa de nosso relacionamento (que é excelente), nunca entramos em
um debate sobre a religião dela, e penso que seria complicado também. Argumentar
com os pais dela seria talvez impossível.
A questão é que ela sempre exibiu trejeitos Mórmons: evitar determinados lu-
gares, não consumir determinadas bebidas, se vestir de uma determinada maneira,
etc... Muitas coisas eu acredito que ela mudou, principalmente por causa de nosso
relacionamento e minha opinião, mas sei que também devo respeitar o que ela
acredita. Porém, não sou leigo quanto ao Mormonismo e conheço as falhas dessa
doutrina, um verdadeiro absurdo para mim. Como católico, é uma grande piada de
mal gosto com a Santa Igreja dos Apóstolos e de Cristo. Alguns amigos protestantes
são mais radicas, desprezam a IJCSUD com fervor.
Gostaria de saber sua opinião, já que pertenceu à esta seita. Apenas isso,
venho de uma forma amigável compartilhar esse "drama" (um pouco de exagero
aqui) que vivo há algum tempo, sempre pensando em como será o primeiro embate
entre nós, uma discussão acerca das bobagens em que ela infelizmente acredita.
Mantenho-me irredutível em minha fé: a Verdade sempre permanece imutável e nos
apoia perante decisões difíceis.
Desde já agradeço com um tríplice fraterno abraço,
Homem Católico Solteiro

Minha resposta!

Homem Católico Solteiro!
Realmente, uma coisa eu tenho que concordar com o Edir Macedo. Religião
divide as pessoas! Divide em grupos, que muitas vezes possuem pessoas que se
apaixonam por pessoas de outros grupos. É muito difícil uma delas convencer a ou-
tra de que "A" é a certa e "B" é a errada. Isso acontece principalmente porque o ar-
gumentador que está com a palavra, sempre vai defender a sua fé com toda a ener-
gia. Quando a palavra passa para o outro lado, também haverá a tendência de defe-
sa da fé contrária com toda a energia oposta. O que tenho presenciado nestes anos
de vida é que quando um dos dois cônjuges é menos convertido, há uma maior faci-
lidade de convencimento pelo lado mais determinante ou mais fervoroso. No seu
caso, você precisa investigar até que ponto esta sua namorada é “firme” nos ensi-
namentos da doutrina Mórmon. Se ela não for muito convertida, você poderá ter
mais chances de convencimento. Caso ela seja bem convertida ao mormonismo, eu
prevejo que vocês terão problemas no tocante ao exercício das religiões em ques-
tão.
Caso haja realmente amor entre vocês dois, o certo é que ambos possam ce-
der um pouco, baixar o topete e se humilharem um ao outro. Quem te disse que o
catolicismo é a Igreja verdadeira? E quem disse à sua namorada que o mormonismo

374

é a igreja verdadeira? Foram pessoas que os antecederam, talvez seus pais ou
avós. Para vocês dois, cada uma das igrejas que seguem é a certa, mas para mim
ou a maioria dos leitores deste blog, nenhuma das
duas é a certa. Milhões de pessoas já perderam suas
vidas nesta terra defendendo suas crenças. Muitos
amores foram destruídos por causa de convicções
que não levaram a ligar nenhum. Acho que o amor
deve sempre prevaler. Nunca fira a pessoa amada
por causa de sua religião. Hoje pensamos de uma
maneira e amanhã poderemos pensar completamente
diferente. No passado eu era católico, num passado mais recente eu era Mórmon e
agora não aceito nenhuma das duas doutrinas como certas. Nossas convicções mu-
dam conforme evoluímos (não sou espírita). Tente sempre ser gentil com ela e com
a família dela. Continue estudando e se aperfeiçoando. A vida é um escola. Não seja
injusto a ponto de perder um grande amor por causa de convicções que herdou de
seus pais ou antepassados. Saiba por você mesmo as respostas.
Boa sorte e sucesso nesse relacionamento!
Antonio Carlos Popinhaki

NATIONAL GEOGRAFIC SOCIETY NEGA UTILIZAÇÃO DO LIVRO
DE MÓRMON!

Em uma carta exposta no site de Sandra Tanner, a National Geografic Socitey
negou qualquer utilização do Livro de Mórmon. Na carta podemos ler o seguinte:

January 11, 1990

Dear Mr. Larson:

Thank you for writing to the National Geographic Society.
The Society has never used the Book of Mormon to locate archaeological
sites, and we do not believe that any of the places named in the Book of Mormon can
be placed geographically by the evidence of archaeology. So far as we know there is
no archaeological evidence to verify the history of early peoples of the Western Hem-
isphere as presented in the Book of Mormon.
I hope you will find this information useful.
Yours truly,
Pamela Tucci
Research Correspondence

A Tradução da carta ficaria assim:

11 de Janeiro, de 1990.

375


Caro Sr. Larson:

Obrigada por escrever para a National Geographic Society.
A sociedade nunca usou o Livro de Mórmon para localizar sítios arqueológi-
cos, e não acreditamos que qualquer um dos lugares com o nome no Livro de Mór-
mon pode ser colocado geograficamente pelas provas da arqueologia. Tanto quanto
sabemos não há nenhuma evidência arqueológica para verificar a história dos povos
primitivos do hemisfério ocidental, tal como apresentado no Livro de Mórmon.
Eu espero que você tenha achado esta informação útil.
Atenciosamente,
Pamela Tucci
Correspondência de Pesquisas
86
.

MÓRMONS SAEM DA IGREJA E SE MANIFES TAM EM MASSA

Tradução de Olavo dos Santos Martins
Reuters 01/07/2012 Cidade do Lago Salgado. Um grupo, de aproximadamente 150
pessoas abandonou a sua igreja, em uma manifestação de renúncia em massa, na
cidade de Lago Salgado, no sábado, em uma demonstração notável de rebeldia,
encerrando décadas de desacordo por cima de temas que abrangem, desde a poli-
gamia ao casamento homossexual.
Participantes de Utah, Arizona, Idaho e outras partes, reuniram-se em um
parque público para assinar uma “Declaração de Independência do Mormonismo”.
“É pavoroso”, disse Alison Lucas, de West Jordan, Utah, que tomou parte na
manifestação, em meio a elevadas temperaturas. “Não sei se teria tido coragem,
exceto em grupo”.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, com sede em Utah, é
conhecida pela sua cultura de obediência e a manifestação em massa foi um ato
raramente visto de revolta coletiva.
Depois de reunirem-se no parque, os participantes caminharam 800 metros
até o pico Ensign, escalado em 1847 pelo Presidente da igreja, Brigham Young, para
inspecionar o local onde os seus Santos dos Últimos Dias edificariam uma cidade.
No topo do cume, aqueles reunidos, deram três gritos altos de “Liberdade”,
ovacionaram, aplaudiram e se abraçaram.
“Foi uma jornada difícil e este é um fim simbólico”, disse a organizadora do
evento, Zilpha Larsen, de Lehi, Utah. “Eu só espero que isto anime as pessoas e as
ajudem a sentirem-se mais cômodas em sua decisão”.

86
Publicado no blog:
http://digaaosmormonsqueeuosamo.blogspot.com.br/2010/08/national-geographic-society-nega.html

376

A igreja se promove como a única “verdadeira” fé cristã, e sua teologia prome-
te relacionamentos familiares eternos, entre aqueles que permanecem fiéis, selando
aqueles dons, através de ritos religiosos especiais.
Entre as razões citadas, por aqueles que estão renunciando, está o ativismo
político da igreja contra o casamento homossexual e os ensinamentos doutrinários
que conflitam com descobertas científicas, ou são percebidos como racistas ou se-
xistas.
Outros citam inconsistências na explicação dos Mórmons, de sua própria his-
tória, incluindo-se a prática da poligamia. A igreja renunciou ao casamento plural a
mais de um século atrás, à medida que Utah buscava ser um Estado.
Perguntado sobre as renúncias, um porta-voz da igreja disse que a mesma
ama e respeita a cada membro dela.
“As pessoas tomam as suas próprias decisões sobre o rumo que seguirão na
vida”, o porta-voz Michael Purdy disse em um e-mail. “Enquanto que há muito pou-
cos que tomam essa decisão, é triste ver alguém escolher sair. Desejamos-lhes tudo
de bom”.
Os dados mais recentes mostram que a igreja clama possuir 14,4 milhões de
membros no mundo todo. Os números daqueles que renunciam à igreja não são pu-
blicamente relatados.
Entre os Mórmons importantes está Mitt Romney, o suposto candidato à Pre-
sidência da República, que estará enfrentando o Presidente Barack Obama em no-
vembro. Se ganhar, Romney será o primeiro Mórmon a ser eleito à Casa Branca.


Temos que ser cuidadosos

Alguns que deixaram a igreja, o fizeram com agitação, desde que a cultura
Mórmon estigmatiza aqueles que caem, deixando alguns sem conexão social ou de
negócios.
“É difícil, então temos que ser muito cuidadosos”, disse Robin Hansen, uma
participante que disse que deixou uma “cultura de abusos”, que ela acredita seja cul-
tivada por ensinamentos da igreja que promovem a obediência.
Hansen disse que o seu marido não se juntou a ela, pois ele trabalha em uma
empresa ligada à igreja e poderia perder o seu emprego se não mantiver a sua con-
dição de membro.

377

Para renunciar à igreja, os membros devem submeter uma carta formal, solici-
tando que os seus nomes sejam removidos dos arquivos da igreja, o manual geral
de instruções, publicado na internet em 2010 demonstra isso.
No sábado, os participantes encheram uma cesta com suas cartas à serem
enviadas por Larsen, que rompeu com a igreja devido à dúvidas sobre a veracidade
de uma tradução de antigos registros egípcios, que estão incluídos em textos sagra-
dos Mórmons.
87

Um Mórmon de 6ª geração, Kris Fielding, disse que os casais compartilhavam
que o desafeto de sua fé está ligado, em parte, à resposta do líder da igreja às per-
guntas que Fielding tinha sobre a poliandria e poligamia – tomar múltiplos maridos e
esposas – no início da igreja.
“Fui a ele em busca de uma perspectiva fiel. Ele chamou a minha esposa e
disse-lhe que ela precisava encontrar um novo marido”, disse Fielding.
Ele disse que ela sentiu alivio após a sua decisão.
“Um peso saiu das minhas costas... Não sinto que tenha que explicar-me ou
às posições da igreja nunca mais”.
88




RACISMO ANOS 80!

Atendendo ao pedido do meu querido Antonio Carlos, vou contar algumas his-
torinhas que vivi na SUD, que eu carinhosamente chamo de "saia urgente e depres-
sa". Bom, a primeira que me lembro é relacionada ao racismo, isso mesmo, à temida
"maldiçããããoooo" que pairava sobre os negros. Ainda, pasmem, nos anos 80.
Bem, tudo começou, quando eu fiz uma amiga, aliás, a minha melhor amiga
(que não era assim tão santa), mas era uma SUD fiel.

87
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/9369274/Mormons-quit-church-in-
mass-resignation-ceremony.html http://resignmormon.blogspot.com.br/

88
http://www.reuters.com/article/2012/07/01/us-usa-utah-mormons-idUSBRE86000N20120701

378

Essa minha amiga é negra, não morena, nem mulata, negra mesmo como
sua família, lógico. Aliás, uma linda família, pra mim isso nem contava porque a cor
da pele nunca fez diferença nenhuma pra mim. Já para os meus pais, que estavam
cada vez mais fanáticos na SUD foi um motivo de preocupação porque a minha
amiga "só" tinha uns 4 irmãos e uns 3 primos, coisa boba não é? Para uma mocinha
de 17 anos, que "nem pensava em namorar" (rsrsrsrsrsrs, até parece, eu só pensava
em namorar!!!), eles (meus pais) ficaram preocupados de surgir algum namorico,
isso claro por conta do racismo e da tal "maldição".
Minha mãe, superprotetora, passou a vigiar meus passos. Se eu dizia que ia
na casa dessa minha amiga, não dava 15 minutos e lá estava ela me chamando pra
ir pra casa!!! Chegou num ponto que eu tinha que sair escondida, se eu quisesse
falar com a minha amiga. Num desses dias, que foi num dia 31 de Dezembro, é cla-
ro que eu não ia deixar de desejar um feliz ano novo à minha amiga e sua família
né?! Fui escondida, cheguei lá. O primeiro que vi foi um rapaz que era nosso amigo
em comum, negro também. Minha reação foi logo dar um abraço de feliz ano novo
claro. Só que eu não sabia que minha mãe estava logo atrás de mim. Na cabeça
dela, ela deduziu que eu estava namorando escondido esse rapaz!!!! Nem preciso
explicar o escândalo que foi não é?! A família dela virou a cara comigo (e com ra-
zão), mas eu não deixei barato, comecei namorar de verdade o tal rapaz. E aí sim,
eu comi o pão que o diabo amassou com o pé!!! Não tinha mais paz. O pior de tudo
é que ele era meu amigo, eu nem gostava dele assim pra namorar, foi só pra fazer
desaforo prá minha mãe mesmo e prá mostrar que esse negócio de racismo Mór-
mon não tinha nada a ver!
E como "há malas que vão prá Belém", eu comecei a questionar certas dou-
trinas Mórmons. Certas crenças! E com isso fui desgostando da igreja. Começou
com o racismo, depois foi como uma bola de neve que só ia aumentando, sem con-
trole. Até que chegou o dia que eu simplesmente disse que não queria mais saber e
pronto. Nunca mais pisei numa capela SUD. Não me arrependo, foi a melhor deci-
são que tomei na vida! Pena que quando eu comecei a questionar, não tinha tanta
informação como temos hoje, não tinha livros anti-Mórmons, internet então, nem
pensar. Se tivesse, talvez eu não tivesse perdido nem algumas horas na SUD...
Leitora assídua do blog

AS 116 PÁGINAS PERDIDAS DO LIVRO DE MÓRMON

379



Em 1828, Martin Harris, atuando como escriba de Joseph Smith Jr., escreveu
as primeiras 116 páginas do Livro de Mórmon. Ele pediu permissão para Joseph
Smith Jr., para levar emprestadas estas páginas para sua casa, para mostra-las pa-
ra sua esposa. A mulher de Martin era muito cética e temia que o seu rico marido
fosse enganado por Joseph e perdesse seu dinheiro, no patrocínio da publicação do
Livro de Mórmon. De acordo com o que aprendi no mormonismo, Joseph inquiriu
Deus, para saber se ele poderia atender ao pedido de Martin Harris. Deus negou-lhe
este pedido. Joseph perguntou mais uma vez, mas recebeu uma segunda recusa.
Mesmo assim, Martin Harris persistiu. Joseph importunou Deus novamente e rece-
beu a mesma resposta, de que não deveria emprestar as 116 páginas para Martin
Harris mostrar para a sua esposa. É interessante esta parte do relato, porque após
várias insistências, Deus permitiu que Martin Harris levasse o manuscrito com ele.
Três semanas depois, Martin Harris voltou a Joseph Smith Jr. e disse-lhe que tinha
perdido as 116 páginas.
Conforme ainda o que aprendi no mormonismo, Joseph ficou muito triste com
isso, exclamando: “Oh, meu Deus! Tudo está perdido! Tudo está perdido! O que de-
vo fazer? Eu pequei”. Acredita-se que a esposa de Martin Harris tenha se apoderado
dessas páginas. O raciocínio mais correto era que, se Joseph era realmente um pro-
feta, ele poderia facilmente retraduzir as mesmas páginas, exatamente como antes.
Isso provaria para ela e para outras pessoas que o serviço de Joseph Smith Jr. era
realmente o de uma tradução, não a invenção de uma história. Finalmente, Joseph
amolou Deus sobre o que ele deveria fazer. Em resposta, ele recebeu uma revela-
ção, que está registrada como a Seção 10 de Doutrina e Convênios. Foi-lhe dito que
ele não deveria retraduzir as páginas perdidas, porque havia um plano muito astuto
de Satanás por trás disso. Segundo Deus, homens maus, a serviço de Satanás es-
tavam com as páginas perdidas. Eles tinham alterado o conteúdo das mesmas e
estavam apenas esperando que uma nova tradução fosse apresentada. Esses ho-
mens maus, então, apresentariam as 116 páginas perdidas com as alterações que
eles fizeram e provariam que Joseph Smith Jr. era uma fraude.

380

Conforme o que aprendi no mormonismo, Deus sabia do eventual plano de
Satanás. Por isso tinha mandado Néfi fazer dois conjuntos de placas, com o conteú-
do parecido. Entretanto, havia diferenças nestas placas. Joseph Smith Jr. foi instruí-
do a traduzir deste momento em diante o conjunto denominado “placas menores de
Néfi”. Ele abandonou a tradução das “placas maiores de Néfi” que era o conteúdo
das 116 páginas perdidas. Desta forma, basicamente, a mesma informação que es-
tava nas páginas perdidas agora seriam traduzidas não de forma idêntica, mas pa-
recidas.
Na primeira edição do Livro de Mórmon de 1830 continha a seguinte explica-
ção: Para o leitor – “Como muitas histórias falsas têm sido difundidas em relação ao
seguinte trabalho, e também muitas medidas ilegais foram tomadas por pessoas
más, objetivando a minha destruição, e também este trabalho, eu gostaria de infor-
mar a todos, que eu traduzi pelo dom e poder de Deus cento e dezesseis páginas,
que eu tirei do Livro de Leí, que era um relato resumido das placas de Leí, feitas pe-
la mão de Mórmon. Uma ou mais pessoas contam terem-nas roubado e escondido
de mim, apesar de meus extensos esforços para recuperá-las novamente – recebi
uma ordem do Senhor, que eu deveria traduzir as mesmas outra vez, pois Satanás
havia induzido seus corações, para tentar o Senhor seu Deus, alterando a palavras,
que eles leram ao contrário daquilo que eu traduzi, e se eu apresentasse as mesmas
palavras, ou em outras palavras, se eu traduzisse o mesmo outra vez, eles iriam pu-
blicar o que eles tinham roubado, e Satanás incitaria o coração desta geração, para
não receberem esse trabalho. Mas eis que o Senhor me disse, eu não permitirei que
Satanás realize seu projeto mal: tu, portanto, traduza as placas de Néfi, até o ponto
em que haveis traduzido, e que tendes mantido; então publicarás como o registro de
Néfi, e assim eu confundirei os que alteraram as minhas palavras. Eu não permitirei
que eles destruam a minha obra. Sim, mostrar-lhe-eis que a minha sabedoria é mai-
or do que a astúcia do Diabo. Portanto, para ser obediente aos mandamentos de
Deus, eu tenho, através de sua graça e misericórdia, cumprido o que ele me orde-
nou a respeito disso. Também gostaria de informar que as placas da qual se tem
falado, foram encontrados no município de Manchester, condado de Ontário, Nova
York.

Argumentos críticos

381

A história oficial ensinada e registrada pela igreja é absurda, pelas seguintes
razões:
Os supostos homens maus que conspiravam para alterar os documentos ori-
ginais, não podiam ter feito isso sem serem muito óbvios. Pessoas em geral podem
descobrir se um documento original foi alterado ou não. No período em que Martin
Harris foi escriba de Joseph Smith, ele não usou lápis e papel. Martin escreveu com
tinta sobre papel almaço. Qualquer alteração seria muito perceptível e não conven-
ceria ninguém. Haveria diferenças na caligrafia! Só se o próprio Martin Harris fosse
um dos supostos “homens maus”, e ele mesmo alterasse o que tinha escrito. Isso
seria absurdo.
Além das marcas deixadas pelas palavras antigas e a reescrita das novas pa-
lavras, a escrita teria sido diferente. Qualquer inspeção na escrita rudimentar teria
sido evidenciada se tivesse sido alterada. Isso seria fácil de perceber, dado que a
nova caligrafia teria ocorrido no mesmo local que as palavras apagadas.
Se os supostos homens maus, que estavam pensando em mudar algumas
palavras das 116 páginas perdidas, tivessem efetivamente feito essas alterações,
eles iriam trabalhar com mais empenho para desacreditar Joseph Smith Jr. e a sua
nova tradução. E se isso acontecesse, não teriam sido completamente frustrados
pela nova tradução de Joseph a partir de outro suposto conjunto de placas.
Por exemplo, eles poderiam ter mudado alguns nomes de pessoas ou altera-
dos lugares e alguns eventos marcantes no início do Livro de Mórmon e, assim, pro-
variam que a nova tradução de Joseph era um erro. Poderiam mudar, por exemplo,
os nomes dos irmãos de Néfi ou das cidades de onde vieram, ou muitos outros itens
que teriam sido incluídos em ambos os conjuntos de placas. Mas nunca fizeram isso
- por quê? Se os adversários da Igreja realmente tinham as 116 páginas perdidas,
como Joseph alegou, teriam ressurgido de alguma forma, pelo menos, para uma
tentativa de desacreditar Joseph, mesmo se não tivessem êxito.
89


PEDIDO DE AJUDA SOBRE CARTA DE RESIGNAÇÃO

Popinhaki,
Antes de qualquer coisa, peço que não compartilhe meu nome no blog. Afinal,
quando se percebe ao bolo de incoerências e idiotices que esta igreja está relacio-
nada, o sentimento de ter seu nome associado à esta doutrina é de nada menos que
vergonha. Parabenizo-te pela coragem em se expor para uma boa causa (alertar
outras pessoas sobre as práticas e ideologias desta instituição).
Minha história no mormonismo é muito curta e provavelmente muito diferente
da história de outros ex-membros: nunca acreditei na doutrina mórmon, mas sempre
estive interessado em conhecer novas religiões, apenas para saber como os mem-
bros de cada uma se comportam. Por essa razão, nunca liguei muito pela Igreja e
acredito que era mal visto entre os membros. Insistiram muito para me fazer ir às

89
Texto elaborado a partir de: http://mormonthink.com/lost116web.htm

382

reuniões, fui a algumas poucas. Participei de algumas atividades e gostei bastante
da integração e do espírito de comunidade, mas nunca me senti bem por lá, embora
tenha feito uma boa amizade.
Já havia visitado outras igrejas, mas não passaram de visitas. No caso da
igreja mórmon, por existir uma espécie de "comunidade" interna, fui mais algumas
vezes para tentar entender como funcionava e como seus membros pensavam. Ma-
soquismo? Talvez, mas foi uma experiência interessante do ponto de vista que ago-
ra tenho uma visão bastante ampla de como funciona esta igreja. E como é ruim.
Até aí, tudo certo. Porém, após algumas semanas, acabei cedendo à pressão
e fui batizado, acreditando que seria somente aquilo e depois nunca mais me procu-
rariam. Na época, não sabia que havia um controle grande sobre os membros e, por
diversas vezes, senti minha privacidade invadida por perguntas de outros membros
ou visitas dos missionários para saber o porquê da minha ausência.
Também não sabia que a igreja era tão confusa e complicada. Sabia que era
obra de oportunismo, mas se soubesse que era uma fábrica de lavagem mental, ab-
surdos e pensamentos anti-éticos (pelo menos contra a minha ética pessoal), jamais
teria sido batizado, dando a oportunidade para que estes fraudulentos me usem co-
mo estatística - ou pior, continuem a me encher a paciência com visitas a minha ca-
sa (que são sempre negadas), dada ao comportamento dos membros de "correr
atrás" dos membros inativos.
Bom, embora tenha compartilhado a minha história, o objetivo deste e-mail é
um pouco diferente.
Há algum tempo enviei uma carta de resignação, mas até hoje não obtive
resposta. Não tenho como saber se a carta foi recebida pelo presidente do distrito e
do ramo, pois o ramo não possui zelador (aparentemente a igreja mórmon tem con-
dições de bancar grandiosos templos no país, em obras superfaturadas, mas não
pode bancar um zelador para os ramos, empregando mais brasileiros que realmente
precisam de renda), mas acredito que tenha sido, pois alguns dias após enviá-la,
recebi uma "visita surpresa" de dois missionários, comentando que eu havia sido
ordenado no domingo passado, mas faltado, e que eu deveria ir no seguinte. Eu en-
viei esta carta tanto pelos Correios (que não conseguiram entregá-la), como eu
mesmo coloquei a carta na caixa de correios da igreja.
Sei que a carta de resignação para o presidente da área Brasil foi recebida,
pois recebi o aviso de recebimento dos Correios.
Enfim, mesmo assim, não obtive qualquer resposta por parte dos integrantes
dessa igreja. Nada mesmo. Até enviei um e-mail para um endereço eletrônico que
dizem que alguns membros americanos estão conseguindo resignação ( msr-
[email protected] e [email protected]), inclusive comentei que havia
tentado resignar através de cartas no Brasil, mas não estava conseguindo. Alertei
que era uma violação da Constituição Federal Brasileira e que poderia gerar um pro-
cesso aqui, entretanto até agora não obtive resposta e tenho certo receio de ignora-
rem meu e-mail nos EUA. Nesse sentido, gostaria de te pedir, caso possuir, algum

383

contato de telefone ou e-mail para que eu possa falar com alguém que cuide disso
na própria igreja, aqui no Brasil. E que seja eficaz.
De qualquer maneira, durante o período em que participei da igreja, algumas
coisas me chamaram a atenção... para o ruim. A primeira é que, mesmo com a in-
ternet, os membros são absolutamente cegos para as falhas desta seita. E isso eu
percebo não só nas negativas ao seu blog, como também a outros blogs, como o da
Investigadora. Em uma reunião, após discutirem sobre a veracidade de algumas
exigências, eu cheguei a ouvir a enorme besteira, "a ciência pode dizer o contrário,
mas o que vale mesmo é o que ensina o nosso profeta". E um outro membro confir-
mou e afirmou que a ciência era sempre secundária. Ou seja, não é por falta de
acesso à informação, é pelo profundo estado de lavagem mental e incapacidade de
discernir sobre o mundo que estas pessoas estão. E o curioso é que alguns mem-
bros da igreja não pareciam ser "tapados". Não me surpreenderia se dois ou três
resignarem em um ano ou dois. Outra coisa é o sentimento de repressão. Até eu,
que não era um "bom membro", e permaneci por pouco tempo, senti uma repressão
muito grande lá dentro. Não acredito que estas pessoas sejam felizes. São pessoas
sempre insatisfeitas consigo e com a incapacidade de ser "como o senhor deseja
que seja". Eu fico triste por eles, de verdade. Também tem a questão dos chamados
e da missão. Desde o primeiro dia que pisei na capela, vieram com a conversa da
missão. Tem mais coisas, mas daria história para uns dois e-mails.
Pude perceber que a maioria dos membros tinha grandes problemas em casa
(financeiros, família, álcool e/ou outras drogas), são justamente as pessoas que são
facilmente convertidas. Exatamente o mesmo público-alvo das igrejas neopentecos-
tais. O sujeito está em situação ruim, tem problemas familiares, se sente deprimido...
aparece alguém falando que aquilo tudo vai mudar se ele se esforçar em seguir al-
gumas regras loucas e imorais.
No mais, em relação ao último post do blog, sobre o mórmon gay que come-
teu suicídio, alerto-lhe que a igreja SUD, na sua campanha para tentar parecer me-
nos preconceituosa (oras, se não é preconceituosa, porque diz que os membros não
podem ser homossexuais? Porque "converte" os membros que dizem ter sentimen-
tos homossexuais fortíssimos e estão para sair em missões?), criou agora dois ca-
nais no Youtube: um chamado "mormon itgetsbetter" e o outro "byuitgetsbetter".
Ambos podem ser acessados colocando estes termos na pesquisa do Youtube.
Se você não sabe, o It Gets Better é uma campanha, muito louvável por sinal,
para tentar elevar os ânimos de adolescentes e jovens vítimas de assédio por se-
rem homossexuais. Foi criada há alguns anos e acredito que tenha iniciado após
uma leva de adolescentes gays terem cometido suicídio.
A igreja SUD aproveitou-se da existência desta campanha para criar seus
próprios vídeos, com depoimentos de mórmons gays. Sim, agora eles existem, pelo
menos nos vídeos oportunistas que foram criados. Para quem é de fora não enxer-
gar a igreja como uma fossa de preconceito. Mas, dada a quantidade de negativas,
não parece ter dado tão certo. As pessoas não são tão burras.

384

Em minha opinião, beira o absurdo estes vídeos. Primeiro porque a política da
igreja continua a mesma, embora criem essas publicidades para tentar disfarçar,
continuam pregando que homossexuais são aberrações e tratam seus membros
homossexuais de maneira desumana.
Ouvi de um próprio missionário que, durante o treinamento, os mórmons com
tendências homossexuais passam por uma terapia de conversão. Se é verdade, eu
não sei, mas este missionário comentou que um conhecido dele teria demorado
mais para entrar em missão por causa disso.
Outro detalhe, na década de 1970 e 1980, a BYU realizou programas de tera-
pia de conversão homossexual através de choques elétricos e indução de vômito,
embora a igreja negue (assim como nega e apague os registros de racismo do pas-
sado).

http://connellodonovan.com/abom.html
http://fairmormon.org/Mormonism_and_gender_issues/Same-
sex_attraction/Aversion_therapy_performed_at_BYU

Estes artigos são bastante extensos, mas são bem interessantes. Seria inte-
ressante compartilhá-los, para dar mais ênfase a discussão do suicidio do pobre ra-
paz. Aliás, existe um site listando suicídios mórmons similares. Muitos passaram por
uma trajetória similar, procuraram ajuda da igreja, aconselhamento, e acabaram por
tirar suas próprias vidas:

http://www.affirmation.org/suicides/

Por favor, me desculpe pela grandeza do texto deste e-mail, porém espero ter
contribuído de alguma maneira, para compensá-lo.
Grande abraço,
Anônimo para os leitores do blog

CHRIS BEERS – UMA TRÁGICA HISTÓRIA DE VIDA

18 de Março de 2012 - Um homem comete suicídio. Cheio de alegria e amor
pelas coisas a sua volta, Chris Beers decide acabar com sua vida, para a surpresa
de todas as pessoas que conheceu.
Ao mesmo tempo em que essa notícia é dada, uma correria se inicia nos es-
critórios da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. E isso tem um moti-
vo: Chris, além de membro ativo da Igreja, era funcionário contratado dela, contribu-
indo inclusive com o grande orgulho dela: EFY (programa de musica da Igreja. To-
dos os anos, a Igreja faz um superacampamento com pessoas do mundo todo para
mostrar as musicas).
Não demorou muito para que amigos de Chris afirmassem: Ele se matou por
causa da Igreja.

385

Chris influenciou a vida de muitas pessoas a sua volta. Ele era bom, gentil e
sempre ajudava quem quer que precisasse. Chris trabalhou como voluntário por um
tempo em um hospital e todos foram os que choraram quando o corpo dele foi en-
contrado sem vida. Antes mesmo de ser enterrado, começaram os rumores. Chris
teria se matado por ter sentimentos homossexuais.
Amigos próximos afirmaram que ele se sentia culpado por ter sentimentos as-
sim e que segundo a Igreja SUD, até mesmo os pensamentos eram pecado. Sua
cabeça estava ficando cada vez mais confusa, porque sempre ouviu uma coisa: SI-
GA OS MANDAMENTOS DO PROFETA. E segundo o que tinha aprendido dos tais
profetas, os sentimentos dele eram errados.
Como todo portador do sacerdócio da Igreja SUD, Chris fez uma missão de
tempo integral, serviu em sua Ala, participou do seminário e instituto ativamente e
seguia a risca todos os mandamentos. E foi justamente por ser totalmente fiel aos
mandamentos, que tirou sua vida. A culpa foi colocada dentro dele e não se importa-
ram com o que ele sentia.
A carapuça da Igreja caiu quando os rumores sobre homossexualidade co-
meçaram a aparecer. Ao invés de o defenderem, de terem o mínimo de respeito por
ele que sempre ajudou a Igreja, eles fizeram o contrário. Disseram que todos sabem
as implicâncias de ter uma vida... Assim. Ele mudou a vida de muitas pessoas com
sua bondade, e quando morreu, subiram em um púlpito, falaram absurdos sobre ele
e não se sentiram nem um pouco envergonhados por isso.


A família de Chris continua abalada pela perda, principalmente seu irmão gê-
meo, Carrey. Mas o que a Igreja SUD quer mesmo é acabar com rumores de que ela
é preconceituosa – E se pra isso, for preciso acabar com a imagem de Chris, eles
não vão hesitar em fazê-lo. Esqueceram-se dos dois anos que ele deu de sua vida
para servir missão, esqueceram-se dos chamados exercidos com louvor por ele, es-

386

queceram-se das contribuições todas e se focaram em uma coisa: Colocar a cara-
puça de Igreja que ama a todos.
É injusto pensar que uma Igreja possa ser tão egoísta e agir de forma tão
maldosa, apenas para manter a imagem. Mas pensando bem, é isso mesmo que a
Igreja sempre fez. Esconde os fatos, doura a pílula e coloca uma mordaça invisível
nos olhos de todos os que seguem Thomas S. Monson. E se não agem assim? São
colocados mais pensamentos ruins na cabeça delas, que temem mais do que tudo
perder a tal família eterna.
Sabe o que machuca mais as pessoas que o conheceram? O fato de ele estar
sempre sorrindo, estar sempre ajudando todos, estar sempre secando as lágrimas
dos amigos, quando na verdade, sua cabeça estava cheia de rejeição por si mesmo.
E dói muito lembrar que aquele homem bondoso e gentil morreu de forma trágica.
E sabe qual foi o ultimo pensamento de Chris antes de morrer? O ultimo pen-
samento antes de fechar os olhos pra sempre? Que ele era indigno e que tinha a
todo custo, seguir Thomas S. Monson.


Como uma Igreja que vai contra tantos direitos humanos ainda está ativa des-
sa forma? Como uma instituição burocrática dessas ainda pode existir e colocar tan-
to medo e culpa na mente das pessoas? Com que direito os líderes maiores brincam
com as pessoas como se fossem bonecos?

387



Chris Wayne Beers desistiu do amor. E o apelo é que as pessoas não se
permitam fazer a mesma coisa que ele. Existem muitos Chris espalhados pelo mun-
do. Muitos rapazes e moças que tem uma vida pela frente, mas que a qualquer mo-
mento podem interromper apenas porque um “Profeta” disse que são erradas.


O que sobra agora é uma mãe amargurada pela perda de um filho, um irmão
gêmeo que chora o tempo todo e amigos que não cansam de bradar: A Culpa é da
Igreja SUD. E é mesmo.

Mary Grifft disse o seguinte:

“Há crianças (…) presentes nas suas reuniões. Sem que vocês saibam, elas
estarão ouvindo enquanto vocês ecoam "amém". E isso logo silenciará as preces

388

delas. Suas preces para Deus por entendimento e aceitação e pelo amor de vocês.
Mas o seu ódio e medo e ignorância silenciarão essas preces. Então... Antes de
ecoarem "Amém" na sua casa e no lugar de adoração pensem. Pensem e lembrem-
se: Uma criança está ouvindo".

Não desistam da vida. Não desistam do amor e de todas as conquistam que
podem ter. Chris morreu se sentindo uma pessoa suja, mas quem o conheceu sabe:
O brilho dele é muito maior que de qualquer líder SUD. Porque ele era bom por natu-
reza, era caridoso por amor a caridade; era justo por amor a justiça. Nunca teve a
ver com quantias de dinheiro e riquezas como os lideres SUD veem. Você é luz, e
que a vida de Chris possa servir de exemplo para todos aqueles que se sentem cul-
pado pelo que os líderes dizem.
A vida vai prosseguir agora. Gostaria de encerrar esse texto reescrevendo
uma frase dita pelo irmão de Chris:

“As pessoas me prometeram que o tempo vai curar tudo. E eu acredito nisso.
Acredito que essa dor vai passar um dia. Mas estou me sentindo confuso nesses
últimos tempos. Elas dizem que o tempo vai curar o que sinto, mas eu ainda estou
aqui. Sentado. Ferido. E esperando. Tudo o que eu queria era o meu irmão”.

Se você tem vontade de mandar alguma mensagem para a família de Chris,
mande para o e-mail: [email protected] – Todas as mensagens se-
rão repassadas diretamente para a família dele.
Texto enviado por The Life!
90


CARACTERÍSTICAS AGRESSIVAS!

Hoje relatarei a história verdadeira, de uma senhora que mora na Ilha de São
Miguel, nos Açores. Ela era membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias. Escreveu seu depoimento no grupo sobre o mormonismo do Facebook.
“Fui membro muito ativa na igreja mórmon durante muitos anos. Fiz trabalho
missionário, fui líder, etc., etc. Sempre acreditei, mas sempre pensei que quando
algo fosse falso, tudo seria. Afinal, não é a própria igreja que afirma que é perfeita e
que não podem existir meias verdades? Durante anos cumpri escrupulosamente o
que nos é metido na cabeça de não lermos determinados livros. Até que li algo. E
atrás veio mais e mais necessidade de saber algumas respostas. E claro, ruiu tudo

90
Referencias na Internet:
http://www.advocate.com/news/daily-news/2012/03/23/gay-mormon-mans-suicide-points-tensions
http://www.chrisbeers.blogspot.com.br/
http://www.legacy.com/obituaries/deseretnews/obituary.aspx?n=chris-wayne-
beers&pid=156615470&fhid=12973#fbLoggedOut
http://www.sdgln.com/social/2012/03/23/gay-mormon-utah-kills-himself

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como um baralho de cartas. Basta querer saber por que os alicerces são tão frágeis
que se tropeça no próprio Livro de Mórmon, D&C, etc. Fiquei inativa em 2001 e em
2002 deixei de ser membro. O meu filho mais velho hoje não fala comigo - de fato,
ele era Presidente do Ramo, quando entrou na minha casa para me bater e à minha
mãe, que então era ativa (hoje já não é) dizendo que me odiava e não queria saber
mais de mim. E isso porque simplesmente eu pedia para ver os meus netos - eles
(ele e a esposa) (me) evitavam porque eu sou uma "apóstata". Nunca falei contra a
Igreja com eles, muito menos com os meninos. Mas, como a própria igreja diz pelas
suas obras os conhecereis. O que tenho conhecido é completamente aberrante, au-
tênticas aberrações de uma seita cujas obras falam por si”.
Um dos membros do grupo escreveu-lhe palavras de solidariedade por sua
triste situação em relação ao filho, nora e netos, desejando lhe uma reaproximação
futura com seus familiares, sem a presença do mormonismo – veio a sua resposta
imediata:
“Eu também, (...). Pelo meu filho sei que sim, porque nós conversámos sobre
isso "Se algo não for verdadeiro então nada é", mas ele casou e a esposa é mesmo
fanática. Eu ponho nas mãos de Deus, pois lágrimas são muitas. Amanhã, (...) o
meu neto mais novinho faz 2 anos. Só o vi 2 vezes na vida. Estes são frutos tene-
brosos do mormonismo. Obrigada (...) pela empatia e simpatia demonstrada para
comigo. Não há mesmo como descrever. É uma dor muito profunda que nem tem
fundo. Ainda me custa mais do meu netinho mais velho que fará 8 anos em Setem-
bro pois o menino adora-nos. É extremamente inteligente, pedia para vir a casa da
avó Paula e não deixavam. Chegaram a usar o menino para me fazer ir à igreja. Eu
continuo a comprar prendinhas de Natal e de aniversário, bem como ovinhos de
Páscoa para os meus netinhos, que o meu filho mais novo vai levar. Para o mais
velhinho, eu escrevo um bilhetinho assegurando o quanto o amo e nunca o esqueço.
Mas é muito complicado. De fato, a religião destruiu a minha família. Mas a minha
nora também, sendo o meu filho completamente manipulado por ela em tudo. É ver-
dade, religião é uma coisa horrível. Como dizemos, eu e o meu marido, a raiz de
todos os males (a mãe dele é TJ). Hoje eu não tenho religião, não quero cá, nada de
roda de mim a dizer o que devo e não devo fazer. Tenho minha consciência! Mas
considero-me cristã porque acredito em Cristo. De fato encontrei Deus e Cristo de-
pois de não ter religião nenhuma. Essa é a reação habitual (de muitos membros do
mormonismo). Eu nunca lhes dei oportunidade de me insultarem, pois deixei claro,
que é um direito meu e que os insultos são punidos por lei. Muitos não se sentem
confortáveis, alguns deixaram de falar, mas não posso mentir que há os que conti-
nuam a falar comigo, sem tocarem no assunto de eu já não ser membro da igreja –
acho que alguns nem sabem. O pior mesmo foi com o meu filho como já aqui pos-
tei”.

O NEGÓCIO DA IGREJA NÃO É A IGREJA!

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Uma amiga me falou que está divorciada do marido que é membro da Igreja.
Ela me disse que seu ex-marido, já está no terceiro casamento. Foi selado no tem-
plo com três mulheres diferentes. Falei para ela, que essa é uma caracterização de
poligamia praticada de forma disfarçada nos templos Mórmons. Para quem não sabe
do que estou falando, é bem simples. No mormonismo, os homens podem ter várias
esposas seladas (casadas) a eles nos Templos. É verdade que atualmente existem
algumas regras adotadas pela liderança dos Templos SUDs. Uma delas é liberar o
selamento após terem a certeza de que para ocorrer o segundo selamento o homem
deve ter se divorciado da sua primeira esposa ou que ela já tenha falecido. O que
me impressiona é que os selamentos são válidos, segundo a doutrina Mórmon, para
além desta vida. Eles dizem que é para a vida e a eternidade. Até colocam o casal
de frente para dois espelhos, que refletem outros espelhos nas suas costas, dando a
impressão de um túnel infinito e assustador. O selador (oficiante) pergunta para um
dos cônjuges, se eles vêm fim naqueles reflexos dos espelhos. Evidentemente a
resposta é que não parece ter fim. Então o selador diz “que assim deve ser vossa
união, eterna e sem fim”.
Essa minha amiga disse que a segunda esposa de seu marido não faleceu e
nem consentiu com o selamento dele com a terceira esposa. Existem muitos mem-
bros que mentem ou apresentam documentos adulterados nos escritórios dos tem-
plos, somente para a obtenção do selamento no Templo. Eu mesmo presenciei al-
guns casos dessa natureza. Mulheres que iam em caravanas para o Templo de São
Paulo, para realizar ordenanças (rituais). Chegando lá, elas eram barradas porque
precisavam de uma espécie de autorização do marido ou do ex-marido. Algumas
eram separadas há anos e não tinham mais contato com seus ex-maridos. Não sei
como, mas já vi mais de uma vez. Elas conseguiam realizar suas ordenanças com
ou sem autorização do marido ou do ex-marido.
Estávamos conversando sobre os Templos da Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias, quando ela me falou que acha estranho a construção destes
templos aqui no Brasil. As reuniões da Igreja no Ramo Planaltina (Planaltina/DF)
estão sempre vazias. Ela estranha isso. Falei para ela que o negócio da Igreja Mór-
mon não é propriamente a Igreja e sim os lucros provenientes dos negócios realiza-
dos pelas empresas e do conglomerado, bem como rendimentos de ações na bolsa
de valores, valorização de ativos imobilizados, lucros provenientes de transações
imobiliárias, entre outras atividades não eclesiásticas. Ela me disse que não muito
distante da sua cidade há uma fazenda da Igreja, com intensa movimentação de sa-
ída de carretas. Ela não soube me dizer o que eles produzem naquela fazenda. Mas
já lhe falaram que o que sai de lá vai para os Estados Unidos.
Falei para esta minha amiga que a Igreja fabrica os garments e roupas utiliza-
das nos templos e que vende aos membros com uma margem de lucro. Alguns
acham que essas roupas são baratas. Outros questionam e acham caro. Mas uma
coisa é certa, se fosse para a igreja vender apenas pelo custo, já estaria na vanta-
gem. Seria uma espécie de custo-benefício. O comprador destas roupas é aquele
membro que vai adentrar as portas dos Templos. Para realizar tal proeza, esse

391

membro deve primeiro pagar o dízimo. Deve estar em dia com esse mandamento da
doutrina Mórmon. Então a Igreja mais arrecada do que propriamente doa ao membro
a tal roupa chamada garment.

FALTA DE MORMONS NO BRASIL

(MISTÉRIO NO BRASIL: O CASO DA FALTA DE MÓRMONS (913.045 DELES PA-
RA SER EXATO)
Peggy Stack Fletcher
O governo brasileiro acredita que há menos Mórmons no país do que a Igreja
SUD diz. O censo de 2010 do Brasil constatou que 225.695 pessoas foram identifi-
cadas como Santos dos Últimos Dias, enquanto que a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias relatou a existência de 1.138.740 membros no Brasil em
2010.
"Essas descobertas indicam uma auto-identificação oficial de apenas 20% do
total de membros que se declaram Santos dos Últimos Dias, em relação ao que foi
notificado oficialmente pela Igreja no Brasil", escreveu Matt Martinich, um pesquisa-
dor independente SUD. "Além disso, o percentual de batismos oficiais SUD, no que
se refere à conversão como um Santo dos Últimos Dias, tem diminuído ao longo da
última década, conforme mostrou esse recenseamento."
Em 2000, o censo informou 199.645 Santos dos Últimos Dias, ou 26 por cento
da membresia Mórmon. A sede da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias em Utah mostrava que tinha nesse ano 775.822 membros no Brasil.
Para Martinich, que mora em Colorado Springs, a "constatação é mais preo-
cupante para os Mórmons", por causa da taxa de crescimento da Igreja SUD.
A Igreja informou que houve uma adesão de brasileiros ao mormonismo de
“362.918 membros entre 2000 e 2010, ainda os censos para estes dois anos indi-
cam um aumento de 26.050 membros onde as pessoas entrevistadas se auto -
proclamaram Santos dos Últimos Dias”, Martinich escreveu em seu blog. "Em outras
palavras, o aumento do censo relatou apenas 7 por cento do aumento de Santos
dos Últimos Dias em relação ao que foi de fato relatado pela igreja."
Os números foram "surpreendentes", Martinich disse numa entrevista por tele-
fone. "A igreja tem experimentado esse tipo de crescimento congregacional na últi-
ma década, especialmente nos últimos cinco anos." Ele também observou que esta
é a tendência da Igreja SUD.
"Um bom indicador para o aumento de membros é a atividade de construção.
Em qualquer lugar podem ser encontradas construções de capelas e templos", disse
o porta-voz da igreja Scott Trotter nessa segunda-feira (16/jul/2012). "Estamos cons-
truindo apenas onde os membros precisam delas, não na expectativa de crescimen-
to futuro. Nossas construções tanto de Templo como de capelas no Brasil continuam
num ritmo acelerado."
Por não saber falar português, Martinich, gerente de projeto da Fundação
Cumorah, que acompanha o crescimento da Igreja SUD, não conseguiu ler a fundo

392

o censo do Brasil para saber se desta vez houve alguma diferença na coleta de da-
dos.
Em muitos países latino-americanos, por exemplo, apenas o chefe de família
preenche os formulários do censo, disse ele. "Se o pai é católico, e sua esposa e
filhos são Mórmons, ele pode preencher o formulário como se todo mundo fosse ca-
tólico."
Ainda assim, os números são preocupantes, disse Martinich, que é Mórmon.
"Sabemos que a Igreja está lutando para manter a sua auto-suficiência do
Brasil, com membros brasileiros em todas as 27 missões. A igreja não pode fazer
isso, mesmo utilizando todos os membros que tem atualmente."
Durante o mesmo período, o censo revelou que os protestantes (evangélicos)
experimentaram um maior crescimento, de acordo com o que os membros se auto-
proclamaram, dentro de suas respectivas igrejas. Nos últimos 30 anos, o censo bra-
sileiro revelou que a percentagem de protestantes (evangélicos) na população saltou
de 6,6 por cento para 22,2 por cento.
É claro, Martinich disse, que a Igreja SUD continua a ter “muitos problemas
significativos de conversão e retenção no Brasil.”
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DÍZIMOS...

De vez em quando escrevo uma nova postagem sobre o mormonismo. Mes-
mo que a frequência de postagens tenha caído propositalmente, ainda há centenas
de acessos diários ao blog. Continuarei a alimentar este blog de tempos em tempos,
não com a mesma intensidade (quase que diariamente no início), mas regularmente.
Sempre haverá uma nova postagem. Os pedidos são contínuos e insistentes. Ali-
mentarei com postagens que possam ajudar as pessoas a entenderem melhor a
doutrina ensinada pelos missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi-
mos Dias. Este entendimento que tento passar aqui é por um outro lado ótico, não o
lado dos missionários e nem o lado da Igreja Mórmon. Ao ler as postagens, o pes-
quisador poderá discernir e definir sua opinião e posição.
Dentre os muitos comentários e mensagens que recebo, tem um assunto que
se destaca bastante. Assunto esse que procurarei nunca deixar de lado. Trata-se do
pagamento do dízimo. Esta lei (como é tratado o dízimo no mormonismo) é um es-
cárnio direcionada à fé dos incautos membros dizimistas. Segundo o mormonismo e
sua “lei celestial” ensinada em Doutrina & Convênios, para que qualquer pessoa não
seja queimada por labaredas de fogo na suposta segunda vinda de Cristo, ela deve
fazer doações constantes e constantes, de um décimo de todos os seus ativos, a
partir da data do batismo. Isso mesmo, a partir da data em que um prosélito aceitar
ser batizado na doutrina Mórmon, ele se compromete a pagar um décimo de tudo o
que possui a título de rendimentos, incluindo aí, seus salários, honorários, aposen-

91
Publicado dia 16 de julho de 2012 em:
http://www.sltrib.com/sltrib/blogsfaithblog/54497395-180/church-census-reported-latter.html.csp

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tadoria, pensão, rendimentos por aplicações, poupança, lucros em transações co-
merciais, rescisões contratuais de salários e outros rendimentos. Qualquer membro
da igreja Mórmon que não paga seus décimos ou dízimos encontra-se em pecado e
está burlando e enganando o “Deus Mórmon”.
Quando digo “Deus Mórmon” falo mais especificamente da doutrina e das re-
gras ou ensinamentos dados pela liderança, para que o membro nunca esqueça es-
te dever. Quase todos os domingos alguém toca no assunto dízimo na Igreja. Sem-
pre tem um discurso na reunião sacramental, uma aula na escola dominical ou nas
organizações auxiliares. Um hino sobre o dízimo já cumpre perfeitamente os desíg-
nios dessa liderança do alto escalão (setentas, apóstolos e o próprio profeta com
seus conselheiros) extremamente gananciosa. Até as criancinhas, na organização
da primária cantam hinos sobre o dízimo. São incentivadas pelos líderes locais a
doarem moedas referente a um décimo do dinheiro que seus pais lhes dão, a título
de mesada.
Muitos membros da igreja dizem que essa obra não pede dinheiro e que é di-
ferente de outras igrejas evangélicas, que têm a cobrança de dízimos em troca de
bençãos. Não é verdade! A igreja Mórmon fundamenta suas bençãos e condiciona-
as somente se os membros doarem seus décimos ou dízimos.
Nem num templo um membro que está com o dízimo atrasado pode entrar.
Imagine a situação de um casal que está para realizar uma cerimônia de selamento
(casamento) num templo. Se um dos pais da noiva ou do noivo não estiverem rigo-
rosamente em dia com seus pagamentos de dízimos, não poderá assistir, nem pre-
senciar a cerimônia. Isso certamente deixa marcas profundas de rancor e decepção
nas partes envolvidas. Dá uma sensação de impotência, de fragilidade e de incapa-
cidade.
A lei é tão injusta que se você tiver pouco, deve dar o dízimo deste pouco.
Mesmo que você só receba o seguro desemprego ou o bolsa família. Se não pagar
o dízimo estará em falta grave com o Deus Mórmon. A liderança da Igreja diz que
não olha a quantia que você dá. Mas na prática a realidade é cruel. Aquele que di-
zima mais, tem mais vantagens com a liderança. Temos aqui mesmo no blog depoi-
mentos de muitos membros que se sentiram injustiçados por causa parcialidades
envolvendo os dizimistas em relação aos não dizimistas. Só para exemplificar. Em
Curitiba uma ex missionária pobre casou-se com um funcionário do Banco do Brasil.
Ambos eram membros da Igreja. Ele era cruel com ela em todos os sentidos. De
tempos em tempos, ela reclamava para o bispo. Devido o alto valor do dízimo do
marido dessa mulher, nunca foi feito nada em relação a uma “chamada de atenção”
ou uma simples conversa com o mau marido. O dízimo alto contava mais.
Mas o que importa mesmo para todos os leitores deste artigo é que o dízimo
é contrário aos ensinamentos do Novo Testamento da bíblia. Segundo a bíblia, Je-
sus nunca mandou ninguém pagar dízimos. Essa era uma prática utilizada no Velho
Testamento e era feito em mercadorias. Conforme a safra fosse boa ou má, as pes-
soas levavam uma décima parte dos seus rebanhos, mantimentos (cereais) para o
sacerdote. Não tinha nada envolvendo dinheiro em troca de bênçãos. Segundo o

394

que entendemos no Novo Testamento, com a vinda de Jesus, a lei de Moisés foi
abolida, incluindo a lei do dízimo. O que diferencia a Igreja de Jesus Cristo dos San-
tos dos Últimos Dias em relação a tantas outras Igrejas evangélicas? Quanto a lei do
dízimo ela é tão ferrenha e acirrada quanto qualquer outra. Ou o membro paga ou é
taxado de infiel e apóstata. Não devemos pagar dízimos para igreja nenhuma. Essa
é a verdade mais verdadeira (redundância proposital). Se quisermos ajudar alguém,
é melhor darmos esmolas, do que dar para o sustento de pessoas más e ganancio-
sas, como líderes eclesiásticos.

UMA VERDADEIRA (BAGUNÇA) DE IGREJA

Tudo começou com uma vizinha que veio morar no mesmo prédio que minha
família. Esta vizinha era casada e tinha uma filha.
Minha mãe, nesta época, estava passando por problemas espirituais. Fre-
quentou centros espíritas como Candomblé e Umbanda e quando decidiu abandonar
estes centros, os espíritos q incorporavam nela ficaram torturando-a com ameaças o
que a levou a procurar algumas igrejas que faziam rituais de expulsão de espíritos
ruins.
Por querer se ver livre dessas coisas, minha mãe procurava apoio de igrejas,
mas não encontrava alívio.
Até que um dia ela foi convidada pela vizinha a ir visitar a igreja mórmon. Ao
chegar lá, minha mãe sentiu uma certa paz, pois nesta igreja não falavam de espíri-
tos ruins e nem faziam sessões de descarrego. Ela começou, então, a freqüentar a
igreja mórmon. Alguns portadores do sacerdócio faziam bênçãos para retirarem os
espíritos ruins dela, mas não tinham muito sucesso, até que, após um tempo, se ca-
sou oficialmente com meu padrasto, e foi convidada a fazer os “convênios” do tem-
plo.
Minha mãe diz que após passar pelo templo os tais espíritos não mais a per-
turbavam e ela finalmente encontrou a paz.
Não sei dizer se encontrou paz porque os espíritos ruins finalmente encontra-
ram sua “casa” – o Templo - ou se através da auto-sugestão ela mesma retirou es-
sas coisas de sua vida.
Ela passou a freqüentar esta igreja fielmente e sempre me convidava, até que
um certo dia do ano de 1999 resolvi visitá-la. Eu estava passando por momentos
difíceis na vida. A separação de meu primeiro casamento. Estava psicologicamente
frágil e, portanto, sujeita a aceitar qualquer coisa que aliviasse minha dor.
Recebi os missionários em minha casa e a cada palestra fazia muitas pergun-
tas. Sempre fui muito curiosa e questionadora. Dei muito trabalhos aos missionários,
pois não conseguia aceitar certas coisas e exigia respostas.
Eles respondiam que com o tempo as respostas viriam e que eu precisava ter
paciência e fé. Pediram que eu lesse o livro de Mórmon e que perguntasse a Deus
se essas coisas não eram verdadeiras e que teria resposta.

395

Esta técnica que utilizam é verdadeiramente cruel, pois colocam sua fé em
xeque, ou seja, você acaba pensando que se a resposta não veio foi pq não teve fé
ou pq não está digno. E vc acaba achando que o livro é verdadeiro, pois os missio-
nários dizem que os “escolhidos” ouvem a voz do Senhor e aceitam. QUEM NÃO
DESEJA SER O ESCOLHIDO? Se, portanto, vc não acreditar, não é escolhido de
Deus.
E assim fui me envolvendo e procurando aceitar as doutrinas que ensinavam.
É claro que ensinam muitas coisas boas, mas muitas outras coisas são contraditó-
rias, como a poligamia, o racismo, bênção patriarcal etc.
Sempre achei que a resposta que me davam a respeito da poligamia não ti-
nha lógica. Isso ficou entalado durante anos. Eu deixava esse questionamento de
lado para não comprometer meu “testemunho”. Mas isso me causava angústia.
Outra coisa que me incomodava era o domingo de testemunhos. Eu simples-
mente achava uma coisa muito cansativa e repetitiva. As pessoas diziam repetida-
mente “EU SEI que Joseph Smith é um profeta de Deus, que Jesus Cristo vive e bla
bla bla...” e eu ficava pensando: “Como essas pessoas SABEM e eu não tenho tanta
certeza?” Ficava achando que o problema era comigo.
Como sou muito curiosa e questionadora, li inúmeros livros da igreja e não
somente os 4 que aconselham (Livro de MÓRMON, Doutrina e Convênios, Bíblia e
Perola de Grande Valor). Li Doutrinas de Salvação volumes I, II e III. Caminho da
Perfeição, O Milagre do Perdão, todos os manuais do Instituto e do Seminário, Nos-
so Legado, entre outros. E assim fui obtendo muitas informações a respeito da igre-
ja. Neste meio tempo, me chamaram para vários cargos na igreja, começando com
Primeira conselheira da Sociedade de Socorro e logo em seguida (com apenas 6
meses como membro) Presidente da Sociedade de Socorro da Ala. Sempre fui
chamada para cargos de liderança. Fui, inclusive, Presidente da Soc Soc da Estaca.
Durante estes chamados fiz muitos amigos, mas também tive muitas decepções.
Presenciei irmãs que precisavam de ajuda passarem humilhação e NÃO SEREM
AJUDADAS. Teve um caso que marcou muito. Um casal passava por problemas
sérios. O marido estava dependente químico de crack e suplicava ajuda. A esposa
estava grávida e sofria muito. Ele era um marido atencioso, carinhoso com ela, mas
não conseguia se livrar do vício. Pedi ajuda ao bispado e este falou p/ eu procurar o
presidente da estaca Procurei-o, solicitei ajuda. Nesta época falavam muito sobre o
auxilio que a igreja dava aos dependentes químicos. Existia até um manual sobre o
assunto (não sei se ainda existe). E sabe o que fizerem??? NADA!!!!! Um ficava jo-
gando a responsabilidade pro outro. Chegaram a me perguntar por que eu me preo-
cupava tanto em ajudar essas pessoas. Cadê a caridade desta igreja? Hoje, feliz-
mente, este rapaz está recuperado e graças a uma igreja (não mórmon) que o reco-
lheu e fez um tratamento de desintoxicação durante 1 ano. Existem outros casos de
falta de ajuda a membros que não citarei porque a historia ficaria longa demais.
Só gostaria de citar mais uma historia de falta de ajuda que EU não tive em
relação aos estudos.

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Na época eu estava com 32 anos, divorciada, com 2 filhos, e fui solicitar o
Fundo Perpetuo de Educação para poder cursar nível superior. Eu era Presidente da
Soc Soc da Estaca e professora do Seminário da ala. Era um serva fiel e trabalhava
muito na igreja e sabem a resposta que tive???? NÃO!!! Não me concederam o FPE
para fazer a faculdade e conseguir melhor emprego.
Enfim, eu poderia relatar páginas e páginas de coisas que aconteceram, mas
relatarei a pior de todas agora:
Conheci um membro da igreja que estava divorciado, namoramos e depois de
9 meses nos casamos. Fomos selados no templo. Após 1 ano de casada fiquei grá-
vida, tivemos um menino lindo. Quando nosso filho fez 1 ano de vida, dois meses
depois fui abandonada pelo pai. E o pior está por vir... Ele deixou a família para se
juntar com uma mulher (que nasceu na igreja) que era selada ao marido e tinha 3
filhos. Ela largou o marido e ele me largou. Se casaram meses depois na maior cara
de pau numa capela da igreja mórmon e com apoio do presidente da estaca. Ela é
advogada e bem sucedida financeiramente. O dizimo que ela paga deve ser bem
alto. Acredita que nenhum dos dois foram punidos??? O marido dela (que foi selado)
passou uma humilhação enorme, sofreu muito. Aliás, tanto eu quanto ele sofremos
muito e fomos humilhados.
E nada foi feito. Continuam frequentando a igreja e ele ainda recebeu recen-
temente um chamado de conselheiro do bispo.
É... Realmente essa igreja é verdadeira... Uma verdadeira bagunça!
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ALGUMAS FALSAS PROFECIAS MORMONS

Como nós podemos identificar um falso profeta? Um teste simples, mas fun-
damental é examinar as profecias que eles fizeram em nome de Deus. Se uma única
dessas profecias não se cumprir o pregador é identificado como um falso profeta e
nós somos exortados a não darmos atenção a ele (Deuteronômio 18:20-22).
Uma resposta comum que os mórmons costumam dar quanto a isto, para evi-
tar as sérias implicações que as inumeráveis falsas profecias de Smith e Brigham
Young fizeram, é citar as próprias palavras de Smith," um profeta só é um profeta
quando ele estiver agindo como tal. " Entretanto, um exame cuidadoso das declara-
ções dos líderes da SUD a seguir, mostra que eles estavam reivindicando autorida-
de profética ao emitir tais declarações.
Joseph Fielding Smith – “O Senhor decretou que os filhos de Caim não deve-
riam ter o privilégio de participar do sacerdócio até que Abel tivesse uma posteridade
que alcançasse o sacerdócio, e isso teria que ser no futuro distante. Quando isso for
realizado em algum outro mundo, então as restrições serão removidas dos filhos de
Caim.”—Respostas ás perguntas do Evangelho, vol. 2, pág., 188 (1958)

92
(A pedido da autora deste e-mail, reservo-me no direito de não publicar seu nome completo, so-
mente se ela mesma me autorizar. Todavia, o texto acima é verdadeiro e causou desconforto entre os
envolvidos)!

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Joseph Smith Jr. - UM templo será construído neste lugar [Lote do Templo,
Kirtland, Ohio] nesta geração—Doutrina e Convênios 84:4-5 (22 de setembro 23,
1832)
Joseph Smith Jr. – “E agora Sião prosperará se fizer estas coisas, e se espar-
ramará e se tornará muito gloriosa, muito grande e muito terrível.” Doutrina e Convê-
nios 97:18-20 (2 de agosto de 1833)
Joseph Smith Jr. - os mórmon voltarão a Sião, o único lugar que Deus desig-
nou para os santos. , Doutrina e Convênios 101:16-21 (16 de dezembro de 1833)
Joseph Smith Jr. - seriam achados Tesouro, ouro e prata, em Salém, Massa-
chusetts e seria deles. Doutrina e Convênios 111:1-11 (6 de agosto de 1836)
Joseph Smith Jr. - " Verily assim saith o Deus..." David Patten para ir em uma
missão a primavera seguinte (1839). —Doutrina e Estipula 114:1-2 (17 de abril de
1838)
Joseph Smith Jr. – Que a cidade de Far West seja uma terra santa e consa-
grada a mim; e o local da minha casa. Doutrina e Convênios 115:7-12 (26 de abril de
1838)
Joseph Smith Jr. - O nome de Oliver Granger será tido em herança sagrada
de geração em geração, para todo o sempre. Doutrina e Convênios 117:12-15 (8 de
julho de 1838)
Joseph Smith Jr. - John C. Bennett para ajudar Joseph Smith, Deus viu que o
amor dele seria grande. Doutrina e Convênios 124:16-17 (19 de janeiro de 1841)
John Whitmer - Profecia sobre o retorno de Deus por Lyman Wight. História
da Igreja, vol. 1, pág. 176, (1831 de junho)
Joseph Smith Jr. - Joseph Smith profetizou que continuaria no escritório de
seu pai até á volta de Cristo —História da Igreja, vol. 1, pág. 323, (23 de janeiro de
1833)
Joseph Smith Jr. - “eu profetizo no nome do Deus de Israel, a menos que os
Estados Unidos reparem as injustiças cometidas... em alguns anos o governo será
totalmente subvertido”... - História da Igreja, vol. 5, pág. 394, (18 de maio de 1843)
Joseph Smith Jr. - "eu profetizo no nome do Deus de Israel, angústia e ira e
tribulação nesta terra e a retirada do Espírito de Deus desta geração, até que eles
sejam visitados com desolação absoluta... Eu profetizo eles nunca terão poder para
me matar...—História da Igreja, vol. 6, pág. 58, (15 de outubro de 1843)
Brigham Young - Caim e sua posteridade permanecerão amaldiçoadas e não
receberão o sacerdócio até que todos os outros filhos de Adão tenham este privilé-
gio. —Diário de Discursos, vol. 2, pág. 143, (12 de dezembro de 1854)
Heber C. Kimball - " Brigham Young se tornará o Presidente dos Estados Uni-
dos ". —Diário de Discursos, vol. 5, pág. 219, (6 de setembro de 1856)
Brigham Young - A marca de Caim é um nariz chato e pele preta. —Diário de
Discursos, vol. 7, pág. 290, (9 de outubro de 1859)
Brigham Young - A maldição permanecerá nos negros de forma que eles
nunca poderão celebrar o sacerdócio mórmon até que todos os outros descendentes

398

de Adão recebam as promessas e desfrute as bênçãos do Sacerdócio. —Diário de
Discursos, vol. 7, pág. 291, (9 de outubro de 1859)
Brigham Young - "os únicos homens que se tornam Deuses, até mesmo os Fi-
lhos de Deus, são os que praticam poligamia ". —Diário de Discursos, vol. 11, pág.
269, (19 de agosto de 1866)
Orson Pratt - Deus devolverá os mórmon a Sião no município de Jackson-
Missouri. —Diário de Discursos, vol. 13, pág. 138, (10 de abril de 1870)
Orson Pratt - "Deus prometeu no ano de 1832 que nós devemos, antes desta
geração morrer, retornar e construir a Cidade de Sião no Município " de Jackson. —
Diário de Discursos, vol. 13, pág. 362, (5 de maio de 1870)
Brigham Young - Para o Congresso exigir a renúncia da poligamia é pedir a
renúncia da fé. Estrela milenária, vol. 27, pág. 675-676,
Heber C. Kimball – A pluralidade de esposas é uma lei estabelecida por Deus
para sempre. Seria mais fácil para os Estados Unidos construírem uma torre para
remover o sol do que remover a poligamia. Estrela milenária, vol. 28, pág. 190,
Brigham Young - " Nós construiremos o município de Jackson nesta geração
"— Tempo e Estações, vol. 6, pág. 956, (6 de abril de 1845)
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DADOS DO CRESCIMENTO SUD NO BRASIL

Hoje a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma ter no Brasil
mais de um milhão e cem mil membros. Ensinam isso nas suas reuniões, em suas
Alas e Ramos, que estão estabelecidos nas principais cidades do território brasileiro.
Muitas capelas são suntuosas e vazias em suas reuniões semanais. É mais do que
comum ouvirmos líderes desta mesma Igreja afirmarem que “esta é a Igreja que
mais cresce no mundo”. Me parece que não é bem isso o que acontece na prática.
Foram publicados recentemente os resultados do Censo Demográfico do IBGE rela-
tivo ao ano de 2010. As contas, no Brasil, não me parecem fechar direito entre o que
a Igreja professa e os dados expostos pelo IBGE. Isso é no mínimo intrigante, prin-
cipalmente por se tratar de uma “pretensa” obra divina. Não deveria haver erros en-
tre os cálculos dos supostos “ungidos do Senhor” e dos técnicos do IBGE. Isso não
é algo singular ou pertinente somente ao Censo de 2010. Para termos uma ideia da
diferença estatística, no Censo do ano 2000, 775.822 pessoas eram contadas ofici-
almente pela Igreja SUD como membros. Não obstante, o Censo de 2000 do IBGE
publicou apenas 199.645 pessoas que se autodenominavam SUDs. Os dados esta-
tísticos oficiais SUD publicados para o ano de 2010 contavam c o-
mo membros 1.060.556. Novamente os resultados do IBGE foram surpreendentes.

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Traduzido por Paulo Cristiano Da Silva

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Vamos analisar apenas um dado, por uma ótica, que qualquer leigo possa entender:
CRESCIMENTO:
ANO OFICIAL SUD CRESC SEGUNDO SUD
2000 775.822
36,70%
2010 1.060.556

ANO OFICIAL IBGE CRESC SEGUNDO IBGE
2000 199.645
13,46%
2010 226.509

Eu, particularmente, como economista, sou inclinado em acreditar nos dados
apresentados pelo IBGE. Se eu não crer nestes dados, eu posso incorrer no erro de
não crer noutros dados apresentados pelo conceituado órgão brasileiro. Entre estes
outros dados está a nossa geografia, nossas estatísticas históricas, inflação, dados
econômicos, sociais, políticos e por aí vai. Entre o IBGE e a Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias tenho que crer ferrenhamente no primeiro. Vejamos o
que temos aqui em relação ao crescimento apontado pelo IBGE no Brasil em 10
anos: 1,35% a.a.. Isso significa 2.695 novos membros a cada ano.
O que eu vejo mais nestes dados? Vejo que se forem reais, a situação de
proselitismo da igreja SUDs está numa situação complicada. A Igreja possui no Bra-
sil 23 missões. Cada missão tem mais ou menos 150 missionários. Isso resulta em
3.450 missionários. São 1.725 duplas. Se pegarmos 2.695 batismos anuais apresen-
tados anualmente e multiplicados pelos 10 anos de Censo do IBGE e dividirmos pe-
los 3.450 missionários, a Igreja SUD teve a insignificante produtividade de 0,78 ba-
tismos anuais/missionário. Isso significa que cada missionário não batizou em mé-
dia 1 novo converso num ano. Tem missionário que não batiza ninguém. Muitos até
me chamarão de maluco. Os números oficiais estão aí. É claro que teve missionário
que batizou mais de 1 novo converso, mas na média isso não foi evidenciado. A
média apresentada nestes 10 anos em questão foram estes. A produtividade missi-
onária e mais especificamente, as maneiras de retenção dos novos conversos foram
péssimas dentro de um sistema que mantem um padrão missionário organizado,
burocrático e com estrutura de treinamento de línguas estrangeiras com material
didático. Foram um fracasso para uma Igreja que se diz a "única e verdadeira". Se
alguém quiser me contestar terá que me mostrar em números que não estou errado.
Poderão dizer que neste período não tinham 23 missões no Brasil. Mas a verdade é
que antes, alguns anos atrás, as missões tinham mais missionários. Só a missão
Florianópolis tinha quase 200 missionários em média. As evidências têm apontado
para uma degeneração do mormonismo no Brasil como religião. Ela não deverá

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acabar no Brasil, mas deverá permanecer entre as denominações religiosas sem
expressividade de convencimento. O povo brasileiro quer milagres, mesmo que
fraudulentos na sua maioria. O povo brasileiro quer um líder popular, que esteja no
meio das pessoas, mesmo suado e fedido. Quer um líder que desafie o demônio e
tire-os dos corpos de pessoas ignorantes. Quer um líder que lhes prometa prosperi-
dade financeira. Não querem apenas uma pessoa que se diz profeta e que não pro-
fetiza nada. Quantos blogs e sites de ex-mórmons têm surgido nestes últimos anos?
Muitos! Quantas pessoas têm relatado suas experiências não muito agradáveis den-
tro do mormonismo? Muitas! Quantas pessoas demonstraram e demonstram insatis-
fação pelo sistema doutrinário arcaico do século XIX? Muitos!
Enquanto eu estava escrevendo esta postagem fui pesquisar no site oficial da
Igreja SUD no Brasil. Cliquei num link “Serviço Missionário”. Fiquei surpreso ao ver
que a Igreja está procurando pessoas voluntárias para o serviço missionário. Tem
até um mapa dos Estados Unidos dizendo que em breve os membros deverão en-
contrar uma oportunidade missionária perto de suas casas. Isso só reforça a minha
convicção e atesta que estou certo. Se tudo estivesse bem na “Sião Mórmon” não
haveria estas propostas de voluntariado aos membros. Leitores do blog, não se ad-
mirem de que daqui há não muito tempo, todos os membros SUDs sejam convoca-
dos para mutirões missionários em suas cidades. Essa é a Igreja que mais cresce no
mundo? Alguém deveria provar isso, porque até agora não consigo me convencer
disso. Só não vale misturar as empresas da corporação. Igreja é uma coisa, corpo-
rações com fins lucrativos são outra.

PRÁTICAS PROFANAS E IMPURAS!

Apesar de ultimamente eu escrever com menor frequência para o blog, não
deixei de receber e-mails e mensagens de muitas pessoas que abandonaram o
mormonismo. Estes remetentes, geralmente, têm histórias semelhantes entre si. His-
tórias de doação, de entrega física e mental à seita Mórmon num passado, que por
enquanto, só lhes trás remorsos e mal estar.
Também é verdade, que outras pessoas me escrevem. Estas outras mensa-
gens provêm de supostos membros ativos do mormonismo. Este segundo grupo
também têm, em suas mensagens, algumas semelhanças entre si. Não importa de
onde venham. Do Brasil ou do exterior. As mensagens geralmente têm conotação de
ataques subjetivos à minha pessoa. Muitos me escrevem ofensas pessoais, com
textos repletos de palavras obscenas. Nunca ousaria reproduzir estas mensagens
no blog. Baixaria o nível e estragaria o seu conteúdo, que tem um objetivo maior.
Chego, em alguns momentos a duvidar e questionar de que os autores destas men-
sagens sejam mesmo membros “dignos” da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Sem conhecer estas pessoas pessoalmente, eu julgo em se tratar, na
sua maioria, de jovens SUDs. Alguns rapazes que ainda não têm a personalidade
formada. Tentam desesperadamente defender a igreja e acabam estragando mais
ainda a qualidade ou o padrão característico do corpo de membros.

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Enquanto eu estava no mormonismo, não tinha o costume de proferir este pa-
lavreado a que me refiro neste momento. Se não me engano, em algum lugar no
Templo Mórmon, na ordenança da Investidura havia alguma alusão a esta forma de
se expressarem. Alguma coisa neste sentido, conforme as minhas lembranças:
“Demos-lhes a Lei do Evangelho (...) e também um encargo de evitarem todas as
leviandades, gargalhadas, falarem mal do ungido do Senhor, tomarem o nome de
Deus em vão, e todas as outras práticas profanas e impuras, e fizemos com que re-
cebessem esta aliança por convênio. Também os vestimos com as vestes do santo
sacerdócio e demos-lhes o segundo Símbolo do Sacerdócio Aarônico, com o devido
nome e sinal. Este é o nosso relato”.
Ao escrever sobre este assunto, me questiono se realmente as pessoas que
me enviam ofensas via e-mail, sobre o trabalho do blog estão cumprindo ou honran-
do os chamados “convênios” que fizeram nos Templos da Igreja Mórmon. Parece-
me que cada vez mais há um nivelamento para baixo e as características tão espe-
radas de um membro SUD não se evidenciam mais.
Por esta mesma razão, eu creio e ouso afirmar que este blog, e também ou-
tros que foram e estão sendo mantidos podem ter um efeito positivo na vida de mui-
tos. Quer sejam membros ou não membros! Os membros se ofendem no inicio, mas
depois de lerem os conteúdos apresentados chegam à conclusão de que, de fato, o
mormonismo é uma farsa. Isto é fato e é questão de tempo.
Os não membros ao lerem, ficam vacinados e imunizados. Não se deixam le-
varem pelo engano e engodo do mormonismo.
Em tempos antigos ouvi um pretenso Profeta Mórmon (Presidente da Igreja)
reclamar de maus tratos dos portadores do sacerdócio para com suas esposas. Será
que em breve ouviremos outra declaração advertindo os membros do uso de pala-
vreado indecente e vulgar?

POR QUE AS PESSOAS ABANDONAM O MORMONISMO!

O Site Wikipedia em 2007 publicou um ensaio baseado em pesquisas realiza-
das por Ex-Mórmons americanos, sobre as verdadeiras razões pelas quais os Ex-
Mórmons deixaram a Igreja SUD!
As principais razões apontadas estão na tabela abaixo, entretanto, há mais
razões que não estão mostradas aqui.

Razão apontada na Pesquisa %
Descrença geral em Joseph Smith Jr. como um profeta escolhido 6
Descrença geral no Livro de Mórmon 5
Ênfase na fé cega e obediência aos líderes da igreja 5
Maior paz encontrada fora das religiões 4
O fanatismo de alguns membros da Igreja SUD 4

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Falácias sem lógicas e manipulações SUD 3
Rituais secretos como as cerimônias do templo 3
Problemas com a tradução do Livro de Abraão 3
Caráter questionável de Joseph Smith Jr. 3
Vontade de manter a ética pessoal 3
Informações SUDs versus as dos Intelectuais 2
Ensin. de Brigham Young (ou seja, expiação de sangue, racismo, outros) 2
Poligamia 2
SUDs versus Ligas Femininas ou Feministas 2
Arqueologia do Livro de Mórmon 2
SUDs sempre são citados em questões de homossexualismo 2
Fadiga e depressão 2
Questões raciais 2
Orações não respondidas sobre a verdadeira Igreja SUD 2
A insatisfação geral com as respostas apologéticas (estudiosos SUDs) 2

A pesquisa mostra que 43% de Ex-Mórmons saíram da Igreja por causa de
suas necessidades espirituais que não foram atendidas. Dos Ex-Mórmons entrevis-
tados, 58% migraram para outras religiões ou seitas (em sua maioria cristãs). Da-
queles sem preferência religiosa, 36% continuaram a rezar frequentemente ou diari-
amente. No entanto, uma única razão que levou ao desfiliamento da Igreja é rara
entre os Ex-Mórmons.
As razões para saírem do mormonismo podem incluir:
Lógica, intelectualidade de avaliação;
As diferentes mudanças na crença;
Conversões espirituais para outras religiões;
As crises na vida e a pobre capacidade de resposta dada pelos líderes Mór-
mons, muitas vezes aumentando a crise, ao invés de atenuá-la.
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FIM DO BLOG!!!!!

Ex-Mórmons, às vezes agem de maneira estranha. Hoje recebi um e-mail que me
decepcionou muito. Na verdade, eu fiquei decepcionado porque quis propor a uma
autora de outro blog, um trabalho maior do que o encontrado nos nossos dois blogs.
Ela me entendeu errado e sempre pensou que eu não era uma pessoa confiável pa-
ra ter em seu circulo de amizades. Descobri posteriormente, que esta pessoa sem-
pre foi invejosa quanto ao meu trabalho. Ela me monitorava constantemente. Entre-
tanto, nunca teve a coragem de se expor publicamente, sempre viveu atrás de fakes

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Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ex-Mormon
http://www.religioustolerance.org/ldsleave.htm

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ou apelidos. Existem muitos Ex-Mórmons que continuam com a mesma postura ar-
rogante e de julgamento, que caracterizam a maioria dos membros ativos do mor-
monismo. Deixamos o mormonismo, mas o mormonismo nunca sai de nós. Espero
que agora ele possa sair definitivamente da minha vida. Comunico a todos o fim do
blog sobreomormonismo. Agradeço a todos os amigos, que confiaram neste espaço,
como fonte de informação e também àqueles, que só vinham até aqui para destilar
veneno, me atacar, me xingar... Enfim. A decisão é definitiva! Abraços a todos.
Antonio Carlos Popinhaki