Ensino com pesquisa

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About This Presentation

aula boa


Slide Content

METODOLOGIASATIVAS
Ensino com Pesquisa
Material desenvolvido pelo Núcleo de Práticas Pedagógicas

Estratégias de ensino e aprendizagem
Aprendizagem baseada em problemas
Aprendizagem baseada na reflexão sobre a
experiência
Aprendizagem baseada em projeto
Ensino com pesquisa
Caso para ensino
Mapas conceituais
Jogos pedagógicos
Aprendizagem baseada em times
E tantas outras estratégias que os professores da
ESPM irão desenvolver, testar e replicar.
METODOLOGIAS
ATIVAS
o que todas elas
têm
em comum?

1. São metodologias de ensino comprometidas em ampliar as
condições que favorecem a aprendizagem do Estudante
2.Mobilizam estratégias orientadas pela e para a aprendizagem
significativa*
3.Reconhecem o Estudante como Sujeito do processo de
aprendizagem porque a referida aprendizagem depende de
sua mobilização para os estudos
4.Utilizam a problematização**como estratégia de ensino-
aprendizagem
5.Disponibilidade e acesso a materiais de suporte à pesquisa
documental e bibliográfica (bases de dados e sites,
particularmente)
O QUE ELAS TÊM EM COMUM?
*Processo por meio do
qual uma nova
informação relaciona-
se de maneira
substantiva a um
aspecto relevante da
estrutura de
conhecimento do
Estudante
(conceito subsunçor)
**Problematizarenfatiza a práxisna
qual o Sujeito busca soluções para a
realidade em que vive e se torna
capaz de transformá-la pela sua
própria ação, ao mesmo tempo em
que se transforma.

A APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
ocorre quando
uma nova
informação é
relacionada a um
aspecto relevante,
já existente
na estrutura
cognitiva do
Aprendiz.
A APRENDIZAGEM MECÂNICA
ocorre quando a nova
informação nãose relaciona
a conceitos já existentes na
estrutura cognitiva do
Aprendiz.

NOVAK, J.D. e GOWIN, D.B. Aprender a aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1996.

Reestruturar o PPP
Conceber um currículo
integrado
Redesenhar o Plano de
Ensino e Aprendizagem
Promover ações de
formação docente
Readequar a
infraestrutura:
ampliar os espaços de
aprendizagem
Envolver o Estudante com
as metodologias ativas
Adequar as rotinas
administrativas
Ações institucionais
associadas à exploração de
metodologias ativas

Formar
profissionais
como sujeitos
sociais
Desenvolver
competências
éticas,
políticas
e técnicas
Potencializar a
compreensão e o
uso do
conhecimento,
do raciocínio crítico
e analítico,
associado à
responsabilidade e
sensibilidade para
as questões da vida
e da sociedade.
Capacitar o
Estudante para
intervir em
contextos de
incertezas e
complexidades
AS METODOLOGIAS ATIVAS CONTRIBUEMPARA:

1a. A Investir em um
processo de formação e
auto formação.
1b.Trocar ideias com
colegas que exploram
metodologias ativas
2a. Estudar e experimentar
estratégias de ensino e
aprendizagem orientadas
pelas metodologias ativas.
2b.Aprender com o
processo e os resultados
3. Planejar com detalhes
todos os passos
4a. Apresentar
justificadamente o
Programa aos Estudantes
4b.Retomar esse ponto
todas as vezes que julgar
importante
5. Co-responsabilizaro
Estudante no processo de
ensino e aprendizagem
6a. Comprometer-se com a
aprendizagem do
Estudante.
6b.Investir em relações
construtivas com a turma
7. Apoiar o Estudante na
realização do trabalho
requerido pelas estratégias
de ensino e aprendizagem
orientadas pelas
metodologias ativas
8. Fazer uso de tecnologias
que auxiliem o processo de
aprendizagem dos
Estudantes
9a. Avaliar a aprendizagem
por processo
9b.Oferecer feedback
regularmente
O QUE ESPERAR DO PROFESSORQUE TRABALHA COM METODOLOGIAS ATIVAS?

APRENDER versus APRENDER a APRENDER
Cabe ao Professor vislumbrar as maneiras de fazer a passagem entre
o mero aprender (aprendizagem mecânica) e o
aprender a aprender (aprendizagem significativa)
(Demo, 1996a)
Exemplos típicos do
‘mero aprender’
1.Copiar
2.Memorizar
3.Responder o que se pede em
provas reprodutivas
4.Limitar-se a desenvolver resumos
e fichamentos (reproduzir)
5.Limitar-se a fazer o que é solicitado
6.Reduzir educação à disciplina
Exemplos típicos do
aprender a aprender
1. Contraler, reelaborar a
argumentação
2.Refazer o texto com linguagem
própria, interpretando com
autonomia
3.Reescrever o texto criticamente
4.Elaborar texto próprio
5.Formular proposta e
contraproposta

Ensino com Pesquisa
1.Situando o Ensino com Pesquisa
2.Premissa
3.Benefícios para a Aprendizagem
4.Principais Etapas do Ensino com Pesquisa
5. A importância do Projeto
6. O Processo de Orientação
7. Pré-requisitos e Recursos
8.Avaliação da Aprendizagem

SITUANDOOENSINOCOMPESQUISA
NoEnsinocomPesquisa,apesquisaé
assumidacomoumprincípioeducativo
(Demo,1991).ProfessoreseEstudantes
utilizamprocedimentostípicosdométodo
científicoparapromoveraconstruçãooua
reconstruçãodoconhecimentoapartirdeum
temaquederivedo‘Programa’equedesperte
interessenoEstudante.
Pormeiodestaestratégiadeensinoe
aprendizagem,oprofessoreosestudantes
promovemoconfrontoentredados,
evidênciaseinformaçõescoletadassobre
determinadoassuntoeoconhecimento
teóricoacumuladoarespeitodele(Lüdkee
André,1986,p.1).

E O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DA DISCIPLINA?
•Comousodemetodologiasativas,osconteúdostendemaserenxugados,porquê?
Oobjetivojustificadordadisciplinaultrapassaafixaçãodoconteúdo(aprendizagem
mecânica)namedidaemquesealmejaodesenvolvimentodecompetênciasouda
capacidadedeoestudantemobilizaroconhecimentonasoluçãodasdúvidasintrínsecasàs
metodologiasativas.
•Frenteaimpossibilidadedetrabalharo‘conteúdoescaneado’,osProfessores
trabalhamcomcritérioscapazesdejustificaraseleçãodosconteúdos
tradicionalmentetratados.
•Noentanto,cabedestacarqueaousodemetodologiasativasincideno
enriquecimentodo‘currículooculto’,porquê?
EmvirtudedointeressepelosproblemaspropostosedamobilizaçãodosEstudantesparaa
soluçãodosreferidosproblemas,elesaprendemmuitomaisdoquefoicircunscritono
‘programa’.

ENSINOCOMPESQUISA:PREMISSA
Aestratégiadeensinoeaprendizagemestásituadanouniversodapesquisacientífica.
Porissomesmo,elaultrapassaoespontaneísmo,nadireçãodeumconhecimento
metódico.Acredibilidadedosresultadosdependerádapertinênciaeusodosrecursos
teórico-metodológicosescolhidos.
Paraconstruir,desconstruiroureconstruiroconhecimentocientíficonoambientede
aprendizageménecessáriosituaroEstudanteemcontextossociaisdeconstruçãode
conhecimentosimilaresàquelesemqueviveumcientista(Pozo,2009,p.270).
Elevarapesquisaàcondiçãodeprincípio
educativosignificatorná-lacotidianano
ambientedidático.Destaforma,desfaz-
seaideiadequeapesquisaéuma
atividadeexcepcionalequesópodeser
realizadaporiniciados(Demo,1996a).

PESQUISA:INICIANTESversusINICIADOS
Essadesmistificaçãodapesquisanãopretendelevá-laaumabanalização,aocontrário,
pretendeevidenciarque“nãofazsentidodizerqueopesquisadorsurgenapós-graduação,
quandopelaprimeiraveznavidadialogacomarealidadeeescreveumtrabalhocientífico.
(...)Apesquisacomeçanainfânciaeestáemtodaavidasocial”(Demo,1991,p.44).
Aqui,aconstruçãodoprocessodeinvestigaçãoeodesenvolvimentodecompetênciasde
pesquisasãotãooumaisimportantedoqueosresultadosalcançados.
“Nãoháensinosempesquisaepesquisasem
ensino.Essesfazeresseencontramumno
corpodooutro.Enquantoensinocontinuo
buscando,reprocurando.Ensinoporque
busco,porqueindaguei,porqueindagoeme
educo.Pesquisoparaconheceroqueainda
nãoconheçoecomunicarouanunciara
novidade”(Freire,1996,p.32).

OSBENEFÍCIOSPARAAAPRENDIZAGEM
“Adinâmicadoensinocompesquisaédesafiaroalunocomoinvestigadoreconstrutorde
projetos,estabelecendoprincípiosdemovimentoealteraçãodeconhecimento,desolução
deproblemas,decritériosdevalidação,reproduçãoeanálise.Umaaprendizagem
significativaondeoaluno,aoproblematizar,aprendeaaprendereparticipaativamentedo
ensino”(RodrigueseGonçalves,2012,p.241)
a)CONTRIBUIPARAAFORMAÇÃODESUJEITOS
OEnsinocomPesquisatransformaoestudanteempartícipe
doprocessoconstrutivodoconhecimento(Demo,1991)
b)CONTRIBUIPARAAELEVAÇÃODAQUALIDADEDOENSINO
oEnsinocomPesquisaéumaestratégiafundamentalparaa
melhoriadaqualidadedoensino,particularmentena
educaçãosuperior(Masetto,2003)
c)CONTRIBUIPARAAELEVAÇÃODAAPRENDIZAGEMSIGNIFICATIVA

OSBENEFÍCIOSPARAAAPRENDIZAGEM
“Apráticadestaalternativadidático-pedagógicaalteraosprocessosdeensinoe
aprendizagemtradicionaisàmedidaquedesenvolvejuntoaoestudanteaatitudede
pesquisa.Estapassaráaconfigurar-seumacondutaestrutural,capazdeexplorare
extrapolaroconteúdoprogramáticodadisciplina;superaraaulatradicional,responsável
pelareproduçãodoconhecimentoconsagrado;ultrapassarasimplificaçãodasexplicações
dosfenômenosaoestimularprocessosdecriação,dequestionamento,deformulação
dedúvida;ultrapassaradescriçãodosfenômenoseatingirgrausvariadosderelaçãoe
análise;reconheceroprofessorcomoestimulador,umfacilitador,eestudantese
professorescomoSujeitoscomplementaresdosprocessosdeensinoeaprendizagem,no
quetangeaoconhecimento;valorizarprocessosenãoapenasresultados,oquecontribui
paraoestudantedesenvolveracapacidadedoaprenderaaprenderedoauto-
desenvolvimento;subverteraideiadoestudolimitar-seàsaladeaula;estimularos
processosdecomunicaçãooral,escritaevisual;estimularecriarcondiçõesparao
estudantefazerelaboraçõesprópriasefundamentadas”(Lima,2000,p.67).
LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.

COMOTRABALHARCOMOENSINOCOMPESQUISA?
NãobastaoProfessormandaroEstudantefazerpesquisa,faz-seimprescindívelorientar
comosefazumapesquisa,acompanhandooprocessoderealização(Masetto,2003)
Demo(1997,p.15)chamatençãoparaalgunsdesafiosquandoseexploraoensinocom
pesquisa
1.Coletarmaterial:habituaroEstudanteteriniciativanamedidaemquea
realizaçãodapesquisadependedalocalizaçãoeconsultadediversasfontesde
dados(artigos,ensaios,livros,vídeos,documentáriosetc.).Aprocuradematerial
éuminícioinstigadorecontribuiparaoestudantenãoseacomodarareceber
tudopronto.Paraoautor,“a”(Demo,1996a,p.21).

2.Motivaçãoparafazerinterpretaçõespróprias:oestudanteélevadoalereinterpretar
comcertograudeautonomia.
Oqueestáemjogoaqui“émenosaoriginalidadedo
conhecimentodoquesuareconstruçãoprópria”,jáque“o
simplesfazerésuperadopelosaberfazerepeloconstante
refazer”,atéqueseatinjaacapacidadedeelaboração
propria(Demo,1996a,p.25).
3.Insistênciasobrea(re)construçãodoconhecimento
comomaneiraprópriadeaprender.Trata-sedetomaro
conhecimentodisponívelcomopontodepartidae
reconstruí-lodeformaprópria:
“Umacoisaémanejartextos,copiá-los,decorá-los,
reproduzi-los.Outracoisaéinterpretá-loscomalguma
autonomia,parasaberfazê-loserefazê-los.Naprimeira
condição,oalunoaindaéobjetodeensino.Nasegunda,
começaadespontaroSujeitocompropostaprópria
(Demo,1996a,p.23).

4.Odesafiodaelaboraçãoprópria:Nestaetapa,oestudanteprecisasermotivado
[mobilizado]aavançarnaautonomiadaexpressãoprópria.Essaautonomianãoselimita
àelaboraçãodetextos,mastambémà“capacidadedeseexpressar,detomariniciativa,
deconstruirespaçospróprios,defazer-sesemprepresenteeparticipativo,eassimpor
diante”(Demo,1996a,p.25).

PROCESSO DE
INVESTIGAÇÃO
Pesquisa exploratória –
elaboração do tema e
formulação da dúvida
metódica
Coleta, tratamento e
interpretação dos materiais
Organização e divulgação dos
resultados
Adaptado de DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996a, p. 29).
P
R
O
J
E
T
O
PRINCIPAISETAPASDOENSINOCOMPESQUISA:ACONSTRUÇÃODEUMPROJETO

AIMPORTÂNCIADOPROJETO
Considerandoacargahoráriaenvolvidana
disciplina,seráimprescindíveloProfessor
ponderarsobreapertinênciadeo
estudanterealizarasetapasde:
ElaboraçãodoProjetodepesquisa
ExecuçãodaPesquisa
Formulaçãodosinstrumentosdecoleta,
coletaetratamentodosmateriais/dados,
descriçõeseanálisecapazesde
fundamentarasconclusõesalcançadas.
LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.

LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.
AIMPORTÂNCIADOPROJETO
Casoadisciplinadisponhadepoucos
encontros,convémlimitaroexercícioà
formulaçãoouàexecuçãodeumprojetode
pesquisa,previamentedesenhado.
Nocasodeoestudanteserconvidadoa
formularumprojetodepesquisa,será
desejávelqueoProfessoresclareçaaqueo
tema,objetodeinvestigação,derivedo
Programa.

OPASSOAPASSODOENSINOCOMPESQUISA
1.criarumambientedeaprendizagem–discutircomosEstudantesoqueé
pesquisa,suavalidade,suaimportâncianoprocessodeensino-aprendizageme
comoserelacionacomaaprendizagemqueestásendodesenvolvidanadisciplina
cursada;
2.discutiroscritériosparaaescolhadoassunto[tema]edasituação[problema]a
serinvestigado
Masetto(2003) sugere 5 passospara que o professor obtenha êxito com essa estratégia:
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo : Summus, 2003.

3.discutircomosestudantesamelhorformadedesenvolverainvestigação–
formaçãodosgrupos,escolhadostemascorrelacionadosaoprogramadadisciplina,
níveldecomplexidadedainvestigação,considerandooaprofundamentoesperadoe
otempodisponível;
4.discutircomosestudantesoselementosconstitutivosdeumprojetodepesquisa;
5.comunicarosresultadosatodososestudantesediscuti-losemseguida.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo : Summus, 2003.

OPROCESSODEORIENTAÇÃO
LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.

OPROCESSODEORIENTAÇÃO
LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.

TRÊSMOMENTOSNECESSÁRIOS
LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.
Oensinocompesquisapressupõearealizaçãodetrêsmomentosdistintosemaula:
1.aquelesquesecomprometemaapresentar,discutireilustrarosconceitos
intrínsecosàsetapasdeplanejamentoeexecuçãodapesquisa;
2.aquelesqueseempenhamemidentificarasdúvidaseasdificuldadesdecaráter
técnico,conceitual,teóricoemetodológicodosestudanteseenfrentá-laspormeiode
discussões,explicações,exemplificações;
3.aquelesdedicadosàorientaçãodosgruposdeestudo,levandoemconsideraçãoas
especificidadesqueotema/problemainvestigadoporcadagruposugere,omomento
dapesquisaemqueogrupodeencontraeassingularidadesquecaracterizamos
estudantespesquisadores.

PRÉ-REQUISITOSPARAOENSINOCOMPESQUISA:
Háalgunspré-requisitosparaoEnsinocomPesquisa,queDemo
(1996a,p.33)definecomo“cuidadospropedêuticos”,tantono
quedizrespeitoaopapeldoEstudantequantonoqueconcerne
aodoProfessor.
PRÉ-REQUISITOSDOSESTUDANTES
EmrelaçãoaoEstudante,paraqueeledesenvolvaa“habilidadequestionadora
reconstrutiva”aolongodasatividades,énecessárioqueoProfessorooriente
permanentementepara:
a)expressar-sedemaneirafundamentada-explicaraoestudantequeo
discursoacadêmicodiferedosoutros,porquequestionacomlógicae
argumentação;
b)exercitaroquestionamento–colaborarparaquetodainvestigaçãoseja
realizadadeformasistematizada,ouseja,nãovaleprocurarmateriaissem
método,colherdadossemorganizá-los,citarsemcontraler,etc.;

c)exercitaraformulaçãoprópria-fazerbomusodalógica,da
argumentação,dacríticaedaautocrítica,dentrodaregra
segundoaqualsósepodegarantiroquedealgumaformatem
base;nãoadiantaconstruiralgoqueninguémmaispode
decifrar,ouusarlinguagemparticularinacessível;
d)reconstruirautoreseteorias-incitarareconhecernos
outros(autores,pesquisadores,professores)osprocedimentos
criativosqueindicamacapacidadedequestionarereconstruir,
nãoparaimitarmas,soboestímulodoexemplo,encontrar
pistasdacriatividadeprópria;
e)cotidianizarapesquisa-fazerdoquestionamento
reconstrutivoumaatitudecotidiana,demodoatornaro
ambienteacadêmicoestimulante,noqualaleituraconstanteé
algorecorrente,afeituradetrabalhopróprioéóbvia,oesforço
deequipebemorganizadoeprodutivoéexigênciaevidente.
DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996a, p. 33).

PRÉ-REQUISITOSDOPROFESSOR
Democonsideraque“écondiçãofataldaeducaçãopelapesquisaqueoProfessorseja
pesquisador”(Demo,1996a,p.38),oquepressupõe3desafiosprincipais:
a)Reconstruirpermanentementeseupróprioprojetopedagógico:
“Emvezdefalarpelosoutros,oudesermeroporta-vozdeteoriasalheias,oudeapresentar-se
comomerodiscípulo,[oprofessor]precisacomparecercompropostaprópria,elaboradaesempre
reelaborada”(Demo,1996a,p.38-39).
b)Produzirtextoscientíficospróprios:“nosquaispossa,demodomaisevidentee
garantido,progredirnoquestionamentoreconstrutivo,emtermosteóricosepráticos”
(Demo,1996a,p.41).

c)Reconstruirpermanentementeseumaterialdidático:“Nesseprocesso,está
implicadaanecessidadeconstantedepesquisa,decontraleiturasistemática,de
acompanhamentodepertodosavançoscientíficosedidáticosdaárea”(Demo,
1996a,p.45).
Emresumo:
“Cadaprofessorprecisasaberproporseumodo
próprioecriativodeteorizarepraticarapesquisa,
renovandoseumodopróprioecriativodeteorizar
epraticarapesquisa,renovando-aconstantemente
emantendo-acomofonteprincipaldesua
capacidadeinventiva”(Demo,1996a,p.15).

Estapráticadidático-pedagógica,segundoDemo(1993),émaistrabalhosa,àmedida
quesefaznecessárioqueoprofessororientadoracompanheosprocessosde
elaboraçãorealizadospelosestudantes.Istoimplicagrandeinvestimentodetempo
emtermosdededicação,emleituras,emsessõesdeorientaçãoeconstantefazere
refazer.
Paratanto,“éprecisoaprenderaorientarobjetivamente,oquesignificaagircomo
instânciacríticaeinvestigadora,abandonandotendênciastutelaresepaternalistas,ou
atentaçãodedesfazerdúvidas,patrulharleituras,abreviaresforços”(Demo,1993:
232).
RECURSOSEDEDICAÇÃONECESSÁRIOS

TIPOSDEPESQUISAQUEPODEMSERREALIZADAS
a)Coletaeanálisededados:realizaçãode
entrevistas(qualitativasouquantitativas);
montagemdebancodedadosoriginaloua
partirdeinformaçõesdisponíveisemoutras
fontes;análisequantitativas/interpretação
qualitativadosdados.
b)Análisedocumental:realizadaemfontescomocartas,
pareceres,fotografias,atas,relatórios,obrasoriginaisde
qualquernatureza–pintura,escultura,desenhoetc.),notas,
diários,projetosdelei,ofícios,discursos,mapas,testamentos,
inventários,informativos,depoimentosoraiseescritos,
certidões,correspondênciapessoaloucomercial,documentos
informativosarquivadosemrepartiçõespúblicas,associações,
igrejas,hospitais,sindicatosetc.
DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996a).

c)Análiseiconográfica:análisedeimagensdediferentes
origenseformatos.
d)Observação:atravésdaobservaçãodiretada
realidadeinvestigada(pessoas,lugares,interaçõesetc.).
DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996a).

EXEMPLODEATIVIDADEREALIZADACOMENSINOCOMPESQUISA:
Osestudantesrealizamsemanalmenteasetapasdeumapesquisaescolhidaporeles,a
partirdetemáticapreviamentediscutidacomoprofessor.
Etapa1:Revisãodaliteraturaindicadanasreferênciasda
disciplinaeoutraspesquisadaspelosestudantes;
Etapa2:Desenvolvimentoeaplicaçãopelosestudantesdeuma
entrevistasemiestruturadacompessoasqueseencaixamno
perfildoobjetodapesquisa;
Etapa3:Asrespostasdasentrevistassãoorganizadasemsala
deaulaseguinteoscritériosdeagrupamentodefinidospelo
grupo(comaorientaçãodoprofessor);
Etapa4:Asinformaçõescomputadassãoanalisadasquali-
quantitativamente,emsaladeaula;
Etapa5:Discussãoeapresentaçãooraldosresultados;
Etapa6:Redaçãoepublicaçãodosresultadosdapesquisa.

Existembonsresultadosemexperiênciasde
combinaçãodoEnsinocomPesquisacom
outrasestratégiasdeensinoeaprendizagem,
taiscomo(RodrigueseGonçalves,2013):
-AprendizagemBaseadaemProjeto
-PBL
-Simulações
-Métododecaso
-Laboratório(workshop)
-júrisimulado.
COMBINAÇÃOCOMOUTRASESTRATÉGIASDEENSINOEAPRENDIZAGEM:
RODRIGUES, M.G.V.; GONCALVES, M.D.C.Ensino com pesquisa: uma estratégia formadora para
alunos de pós-graduação em medicina.Rev. Col. Bras. Cir.2013, vol.40, n.3, pp. 241-245.

Noplanejamentoeseleçãodosinstrumentos
deavaliaçãodaaprendizagem,levaremconta
que:
1.Aavaliaçãodaaprendizageméum
processo,consequentemente,temum
carátercontinuado,cumulativoe
sistêmico,enãoepisódico;
2.Éumprocessoorientadopelareuniãode
evidências;
3.Integraoprocessoqueenvolveensinoe
aprendizagem;
4.Utilizaosobjetivosjustificadoresda
disciplinacomoâncora.
AVALIAÇÃODAAPRENDIZAGEM:
RODRIGUES JUNIOR, J. F. Avaliação do estudante universitário, Brasília: SENAC, 2009, p. 33.

Paraqueumaavaliaçãocontribuaparaoensinoeaaprendizagem,o
Professordevelevaremcontaalgunscritérios(CROOKS,1988;ARAUJO
&RODRIGUESJUNIOR.,1990):
1.Aavaliaçãodeverefletirosobjetivosjustificadoresdadisciplina
(validade)
2....deveproduzirresultadosanálogosquandoprocedidapor
diferentesavaliadores(objetividade)
3....devesercompatívelcomotrabalhorealizadonoperíodo
(praticidade)
4....deveincluirprocedimentosadequadosaEstudantescom
diferentesestilosdeaprender(flexibilidade)
5.Nocontextodasmetodologiasativasdeveincluiraautoavaliaçãoe
aavaliaçãoporpares
6.Osobjetivosdaavaliação,osinstrumentosdeavaliação,os
critériosdecorreçãoeocalendáriodasatividadesdeavaliação
devemserdivulgados(porescrito)econhecidosportodos
(legitimidade)
RODRIGUES JUNIOR, J. F. Avaliação do estudante universitário, Brasília: SENAC, 2009, p. 60.

Também é preciso ter em mente as 3 finalidades a que as avaliações de aprendizagem
se destinam: diagnóstica, formativae somativa(Bloom et al, 1971).
Diagnóstica
1. Evidencia as experiências pessoais e profissionais do estudante;
2. Evidencia o repertório e a capacidade de raciocínio do estudante;
3. Evidencia o campo semântico do vocabulário do estudante;
4. Mapeia o domínio de conteúdos reconhecidos como “pré-requisitos da disciplina”;
5. Ajuda na elaboração do plano de ensino e aprendizagem.
Formativa
1. Identifica problemas de aprendizagem;
2. Minora deficiências anteriores;
3. Aperfeiçoa as práticas didáticas;
4. Evidencia avanços em relação aos objetivos educacionais;
5. Retroalimenta o processo.
Somativa
1.Evidencia os resultados alcançados pelo estudante tendo como referência os objetivos
educacionais estabelecidos no Plano de Ensino e Aprendizagem;
2. Valida decisões relativas à decisão de aprovar ou reter os estudantes.
BLOOM,B.S.,HASTINGS,J.T.,&MADAUS,G.F.(1971).Handbookonformativeandsummativeevaluationofstudentlearning.New
York:McGaw-Hill.

REFERÊNCIASDESUPORTE:
DEMO, P. Pesquisa: princípios científico e educativo. 2. ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991. (Biblioteca
de educação. Série I. Escola; v.11).
_______. Desafios modernos da educação. São Paulo. Cortez.
_______. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996a.
FREIRE, Paulo.Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LIMA, M. C. Ensino com Pesquisa: uma revolução silenciosa. São Paulo: M. C. Lima, 2000.
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