Escola tradicional e escola nova

1. A escola tradicional burguesa 1 - Características Escola não baseada nos interesses da criança; Busca constante em combater os impulsos naturais da criança afim de inculcar-lhe virtudes morais; Rígida formação moral e regime de estudo rigoroso com ensino de gramática e retórica; Valorização dos estudos humanísticos privilegiando a cultura greco-latina; Os mais famosos internatos são os jesuítas entre os séculos XVI e XVIII na Europa; Essas escolas se destinavam a nobreza e a burguesia ascendente que já aspira tornar-se classe dirigente;

2. A escola tradicional burguesa 2 – Críticas A escola tradicional foi bombardeada por reações de pedagogos ansiosos em mudar o modelo educacional; No entanto pouco se consegue mudar na estrutura do ensino; Esse período de críticas ao ensino tradicional é marcado pela revolução científica que exigia além da formação humanista, um estudo das ciências da natureza; A escola tradicional teve como principais críticos o pedagogo Alemão Herbart que enfatizava a importância da instrução completa;

3. A escola nova 1- Surgimento O movimento educacional conhecido como “escola nova” surge no final do século XIX; Como a proposta de novos caminhos a uma educação em descompasso como o mundo da atualidade; A “escola nova” representou um esforço na superação da pedagogia da essência, por uma pedagogia da existência; Surge assim um modelo que visava combater a educação dogmática e repressora, buscando se diferenciar por ser uma pedagogia que valoriza o indivíduo; Daí o caráter psicológico exercido pela pedagogia da existência;

4. Escola Nova principais representantes 1- O modelo de “escola nova” está repleto de representantes como Rabelais que institui sua crítica a escola autoritária no período Renascentista; 2- entre os que se destacam podemos citar: Dewey e Kilpatrick nos EUA; Claparède, Decroly, Montessori e Freinet na Europa; Fernando Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho no Brasil;

5. Características gerais 1- o aluno e o professor O aluno é o centro e há uma preocupação com a natureza psicológica da criança; O professor deve se esforçar por despertar o interesse e provocar a curiosidade, ensino espontâneo; É sugerido um não-diretivismo, sendo o professor o facilitador da aprendizagem; O aluno torna-se mais ativo exigindo uma nova metodologia;

6. Conteúdo O conteúdo precisa ser compreendido e não decorado; A abstração é um processo a ser atingido pelo próprio aluno a partir da experiência; O produto é menos importante que o processo do conhecimento;

7. Metodologia As atividades são centradas no aluno; A iniciativa e a espontaneidade são valorizadas, respeitando o ritmo de cada um; Os programas e horários são maleáveis; São estimuladas as pesquisas e experiências, partindo assim do concreto para o abstrato; São escolas que privilegiam a pedagogia da ação; Valorizam laboratórios, oficinas, hortas e até imprensa; Tem por objeto o homem integral sendo este não só razão mas sentimentos, emoções e ação;

8. Avaliação É compreendida como um processo válido para o aluno e não para o professor; Constitui apenas uma das etapas da aprendizagem e não o seu centro ou fim; Não deve visar só os aspectos intelectuais mas também atitudes e habilidades; Valoriza a cooperação e solidariedades;

9. Considerações 1- O embate em torno da escola nova nos proporciona uma reflexão a respeito do modelo proposto. O que se questiona aqui é: Porque a escola nova não foi capaz de resolver os problemas do ensino? Quais são os pontos que tornam negativa a experiência da escola nova? E quais os positivos? Pensando nas classes menos favorecidas tanto econômica como intelectualmente, qual seria a real contribuição que a escola nova trás na superação das desigualdades vivenciadas por estas classes?

10. Referência ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação . 1. ed. São Paulo: Moderna, 1989.

11. A escola tecnicista 1- Surgimento da escola tecnicista A tendência tecnicista segundo Aranha (1989) surge nos EUA e seus princípios teóricos e técnicos passam a influenciar os países latino americanos; No Brasil sua influência é vista durante após o golpe de 64, com parcerias entre agências com MEC e USAID; Nesse período o Brasil passa a receber assistência técnica e financeira para implantação da reforma educacional, surge então as leis 5.540/68 e 5.692/71;

12. Características da escola tecnicista Era uma escola montada a partir do modelo empresarial; Dava ênfase na preparação de recursos humanos; Seu conteúdo se baseia em informações objetivas, proporcionando adequada adaptação ao trabalho; Seu método de transmissão dos conhecimentos se baseia no taylorismo; Os meios didáticos valorizados são os da avançada tecnologia, utilizando-se de filmes, slides, máquinas de ensinar, ensino a distância entre outros; A relação entre professor e alunos dispensa o caráter afetivo, não havendo nem debates e nem discussões;

13. Pressupostos teóricos O positivismo como corrente filosófica; Esse se destaca por ter o que se chama de cientificismo; Ênfase na especialização; Discurso da competência sendo o especialista considerado o único capaz; Educação tecnocrática; Uma educação marcada pelo behaviorismo, psicologia de base positivista;

14. Críticas ao tecnicismo