Esquizofrenia Amanda Dias Cintia Quaresma Eunice de Oliveira Juliana Hernandez Tammy Reymão Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Saúde Faculdade de Farmácia Farmacologia Clínica II
Histórico Bénedict-Augustin Morel (1809-1873) “...demência precoce...” Emil Kraepelin (1856-1926) “...sintomas catatônicos, hebefrênicos e paranóides ...”
Características Curso persistente Forma abrupta Forma disfarçada Perda de energia Perda de Iniciativa e interesse Humor depressivo Comportamento inadequado Negligência com a aparência pessoal
Patologia “... perturbação psiquiátrica caracterizada pelo comportamento psicótico (ou seja, com divisão entre pensamento e realidade) ou amplamente desorganizado, com marcado isolamento social, por pelo menos 6 meses, e descartando-se outras patologias psicóticas e uso de drogas que possam manifestar sintomas semelhantes” As A ssociação frouxa de idéias, A mbivalência, A utismo e A lterações do afeto Sintomas fundamentais
Manifestações Clínicas Positivos (pensamentos e comportamentos anormais) Negativos (ausência de respostas comuns) - Delírios - Alucinações - Distúrbio do pensamento - Comportamentos anormais (conduta estereotipada) - Ocasionalmente episódios violentos Isolamento social Embotamento afetivo - Déficits da função cognitiva - Introversão
Subtipos de Esquizofrenia KRAEPELIN (1896) BLEULER (1911) DSM-IV (1994) Paranóide Paranóide Paranóide Hebefrênica Hebefrênica Desorganizada Catatônica Catatônica Catatônica Simples Indiferenciada Residual Sem sintomas psicóticos antecedendo o quadro
Tipos de Esquizofrenia -Incoerência dos pensamentos, comportamento primitivo, embotamento afetivo, discurso incoerente. Poucas alucinações Hebefrênico ou desorganizado Paranóide -Alucinações, delírios sistematizados e comportamento violento Melhores chances de reabilitação Piora progressiva, sem melhora singficativa
Tipos de Esquizofrenia -Estupor, flexibilidade cérea , postura estereotipada, repetição de frases ou palavras sem sentido. Catatônico Indiferenciado -Os sintomas ocupam vários subtipos ou não se encaixam em nenhum
Tipos de Esquizofrenia - Presença de evidências contínuas de perturbação esquizofrênica, porém sem um conjunto completo de sintomas positivos ou sintomas suficientes para outro tipo de esquizofrenia. Predomínio de sintomas negativos ou positivos atenuados. Residual
Fisiopatologia da esquizofrenia Mecanismos Distúrbio no desenvolvimento neural Córtex cerebral Alargamento dos ventrículos; Aumento dos sulcos Disfunção no hemisfério esquerdo
Fisiopatologia da esquizofrenia Possíveis vias de neurotransmissão envolvidas na gênese da patologia: Dopaminérgica Glutamatérgica Serotonérgica
Fisiopatologia da esquizofrenia Teoria Dopaminérgica
Fisiopatologia da esquizofrenia Teoria Glutamatérgica Vias neurais que tem como neurotransmissor o glutamato . Antagonista do receptor glutamatérgico (NMDA) Induz sintomas da doença
Fisiopatologia da esquizofrenia Teoria Serotonérgica LSD Sintomas semelhantes aos da patologia Antagonista de auto-receptores serotonérgicos, ↓ liberação de serotonina nos terminais nervosos
Diagnóstico Tomografia Computadorizada Manifestações clínicas: delírios e alucinações. Com duração de 1 até 6 meses. Problemas sociais e ocupacionais
Tratamento Farmacológico Henri Laborit sintetizou o primeiro medicamento antipsicótico : clorpromazina . Antes era utilizado como terapêutica: a lobotomia; o eletrochoque ; a insulinoterapia ; a malarioterapia ; a contenção física
A base do tratamento da esquizofrenia continua ser de ordem farmacológica. Os fármacos utilizados são os antipsicóticos ou também chamados de tranqüilizantes e neurolépticos. Os antipsicóticos apenas tratam os sintomas da esquizofrenia. Tratamento Farmacológico
Os antipsicóticos são eficazes em alguns sintomas alvos: Agitação Agressividade Alucinações Ilusões Insônia Depressão Motivação Discernimento
Os antipsicóticos são eficazes nas psicoses agudas Monoterapia dos Aps Atípicos e Típicos Associação com outros fármacos Da dose
Antipsicóticos modernos Antipsicóticos típicos Psicoses crônicas Maior tolerabilidade e obediência ao tratamento >
A posologia é de uma certa forma individualizada, pois é verificado qual dose é eficaz e tolerável pelo paciente.
A escolha do antipsicótico , não é apenas analisado o efeito terapêutico, mas sim outros fatores, como: Tolerância aos efeitos colaterais Necessidade de sedação Resposta prévia favorável
Quadro 3: Interação dos antipsicóticos com outros fármacos . Interação Efeito Sedativos, analgésicos e Anti-histamínico . Potencializa os efeitos desses fármacos Álcool Remédios para gripe Antagonista dopaminérgico
Fonte: PÁDUA et al , 2005.
Além das RAMs , esses fármacos possuem duas limitações: Eficácia de 70% Ineficazes nos sintomas negativos Período para fazer efeito
Antipsicóticos Atípicos Clozapina ; Olanzapina ; Quietapina ; Risperidona Características: O principal critério para um que um antipsicótico tenha o “status” de atípico é uma diferença significativa entre as doses necessárias para induzir efeitos antipsicóticos e efeitos extrapiramidais (MOREIRA & GUIMARÃES, 2007) . Afinidade por receptores dopaminérgicos D 2 Efeitos Piramidais
Antipsicóticos Atípicos Quais mecanismos de ação diferenciam os antipsicóticos atípicos dos típicos? Antagonismo de receptores D 2 e 5-HT 2 Dissociação rápida do receptor D 2 Agonismo parcial
Antipsicóticos Atípicos
Reações Adversas Motores Efeitos Piramidais: Distonias agudas (movimentos espasmódicos); Movimentos involuntários (espasmos musculares); Língua protusa ; Torcicolo; Síndrome parkinsoniana. Discinesia tardia: É caracterizada por movimentos involuntários freqüentes da face, da língua, do tronco e dos membros.
Reações Adversas Endócrinos Turgescência; Dor ; Lactação das mamas (↑conc. prolactina ) Diminuição do hormônio do crescimento; Influência sobre os hormônios sexuais; Diminuição ou comprometimento da libido.