Evolução da moda dos penteados ao longo dos tempos As formandas : Antónia Lopes Sandra Soares Tânia Vieira Formador: Carlos Gomes
Os cabelos sempre se constituíram como um perfeito adorno para nossos rostos. O cabelo significava, historicamente, para a mulher, símbolo de sedução e para o homem, demonstração de força . Isto pode ser verificado na mitologia grega, onde Afrodite cobria sua nudez com seus longos cabelos loiros e Sansão derrotou os filisteus quando recuperou seus fios preciosos. Nesse contexto, na Grécia antiga, oferecer as madeixas aos deuses significava um ato supremo, de grande sacrifico . No Egipto os faraós diferenciavam-se socialmente pela forma de suas perucas, enquanto que, para os muçulmanos, manter uma pequena mecha no alto da cabeça representava o ponto para que Maomé os conduzisse ao paraíso. Na mitologia hindu os cabelos de Shiva revelavam as direções do espaço e do universo.
ANOS 00 e 10 O arquétipo da Gibson girl era seguido à risca: penteados volumosos e bem elaborados .
ANOS 20 No pós guerra, a mulher passa a usar roupas mais curtas, fumar e abusar da maquiagem, usar os cabelos curtos, à la garçonne ou bob , dum jeito mais masculinizado, demonstrando o começo de mudanças no papel feminino na sociedade.
ANOS 30 Os cabelos continuam curtos, há predomínio de cachos, lábios são pintados de forma mais natural do que na década anterior, e as sobrancelhas são pintadas.
ANOS 40 Os lábios superiores eram pintados longitudinalmente, para além dos limites naturais, dando um ar altivo e sensual. Os cabelos são mais longos, à altura dos ombros, com penteados sofisticados, com cachos e os chamados victorian rolls no alto da cabeça, no lugar da franja.
Assim vemos que, o famoso corte, cujo topete foi mais facilmente associado aos anos 1950 , na realidade foi criado no início dos anos 1940 . Todos se lembram do visual penteado para traz com uma madeixa sobrepondo-se para os lados, típico dos tempos da brilhantina.
ANOS 50 Os cabelos cacheados adotam penteados mais naturais, e as tinturas loiras passam a ser as favoritas das mulheres da época. Lábios pintados de modo a deixar os contornos naturais em evidência e olhos delineados na pálpebra superior.
Fase realmente revolucionária tanto para a música, quanto para os penteados e o mundo da moda, os anos 60 estão entre os mais reivindicativos desse século e todos os meios foram utilizados para expressar sua liberdade . Algumas mulheres trocavam o comprimento dos seus cabelos por cortes bem curtos e afirmavam sua igualdade com os homens, outras davam prosseguimento ao movimento hippie e apostavam nos cabelos longos e repartidos ao meio, enquanto os homens deixavam crescer a barba e os cabelos.
Anos 70 - Hippie Movimento que expressava a liberdade, por meio da geração paz e amor. Na moda, muito jeans e coloridas batas. Os cabelos eram longos, sem compromisso, divididos ao meio, e ornados com faixas e flores.
Anos 80 – Permanentes No Brasil temos a influência das novelas no comportamento e na moda. Os permanentes, que já existiam há muito tempo, ressurgem com toda a força. As mulheres procuram imitar as atrizes de novelas, como Irene Ravache , Regina Duarte e Elizabeth Savalla .
ANOS 90 temos uma moda plural, longe da ditadura de estilos e seguindo-se mais o estado de espírito do que as tendências ditadas por grandes nomes. O que se vê são cortes curtos, médios e longos. Em 1998 encontramos mechas marcadas, cabelos lisos, sem volume, com mechas marcadas em três ou mais cores.
ANOS 2000 - Atualidade As modificações acerca da moda são extremamente rápidas, influenciando também nos cortes de cabelo e penteado. A globalização e o desenvolvimento da imprensa aumentaram muito a velocidade da informação. Os centros da moda: Paris, Londres, Milão, Nova Iorque e Tóquio lançam duas coleções por ano. Não há apenas uma moda, mas tendências, e em intervalos de tempo cada vez mais curtos.
Totalmente inconstante e diferenciado. Essas são as duas palavras que descrevem o cabelo a partir dos anos 2000. Novas tecnologias, mais coloraçoes , novos cortes a cada mês. Agora, a liberdade é total, o importante é sentir se bem com o cabelo. É claro que os grandes centros ditam as novas tendências, mas é tudo tão inconstante que hoje a moda pode ser cabelos compridos, lisos e com um corte repicado, e amanhã os cabelos curtinhos, retos e com franja podem voltar.
Neste último século existe um crescimento sobre os estilos futuristas e texturização do fio, são penteados, cores, cortes e estilização do fio que parece escultura capilar, claro que só da pra imaginar esse tipo de cabelo num desfile, estilistas que adequam sua coleção com formas, cores e cortes das peças nesse mesmo estilo, o que para eles acrescenta personalidade única, na moda e no cabelo. Estilo futurista