que a outra, suas tonalidades de pele, fenótipo, são diferentes.
Um exemplo interessante de interação entre genótipo e ambiente na produção do fenótipo é a reação dos
coelhos da raça himalaia à temperatura. Em temperaturas baixas, os pelos crescem pretos e, em
temperaturas altas, crescem brancos. A pelagem normal desses coelhos é branca, menos nas extremidades
do corpo (focinho, orelha, rabo e patas), que, por perderem mais calor e apresentarem temperatura mais
baixa, desenvolvem pelagem preta.
Determinando o genótipo
Enquanto que o fenótipo de um indivíduo pode ser observado diretamente, mesmo que seja através de
instrumentos, o genótipo tem que ser inferido através da observação do fenótipo, da análise de seus pais,
filhos e de outros parentes ou ainda pelo sequenciamento do genoma do indivíduo, ou seja, leitura do que
está nos genes. A técnica do sequenciamento, não é amplamente utilizada, devido ao seu alto custo e pela
necessidade de aparelhagem especializada. Por esse motivo a observação do fenótipo e análise dos parentes
ainda é o recurso mais utilizado para se conhecer o genótipo.
Quando um indivíduo apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo recessivo, conclui-se que ele é
homozigoto quanto ao alelo em questão. Por exemplo, uma semente de ervilha verde é sempre homozigota
vv. Já um indivíduo que apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo dominante poderá ser homozigoto ou
heterozigoto. Uma semente de ervilha amarela, por exemplo, pode ter genótipo VV ou Vv. Nesse caso, o
genótipo do indivíduo só poderá ser determinado pela análise de seus pais e de seus descendentes.
Caso o indivíduo com fenótipo dominante seja filho de pai com fenótipo recessivo, ele certamente será
heterozigoto, pois herdou do pai um alelo recessivo. Entretanto, se ambos os pais têm fenótipo dominante,
nada se pode afirmar. Será necessário analisar a descendência do indivíduo em estudo: se algum filho exibir
o fenótipo recessivo, isso indica que ele é heterozigoto.
Cruzamento-teste
Este cruzamento é feito com um indivíduo homozigótico recessivo
para o fator que se pretende estudar, que facilmente se identifica
pelo seu fenótipo e um outro de genótipo conhecido ou não. Por
exemplo, se cruzarmos um macho desconhecido com uma fêmea
recessiva podemos determinar se o macho é portador daquele
caráter recessivo ou se é puro. Caso este seja puro todos os filhos
serão como ele, se for portador 25% serão brancos, etc. Esta
explicação é muito básica, pois geralmente é preciso um pouco mais
do que este único cruzamento.
A limitação destes cruzamentos está no fato de não permitirem
identificar portadores de alelos múltiplos para a mesma
característica, ou seja, podem existir em alguns casos mais do que
dois alelos para o mesmo gene e o efeito da sua combinação variar.
Além disso, podemos estar cruzando um fator para o qual o macho
ou fêmea teste não são portadores, mas sim de outros alelos.
Construindo um heredograma
No caso da espécie humana, em que não se pode realizar experiências com cruzamentos dirigidos, a
determinação do padrão de herança das características depende de um levantamento do histórico das