Extensão ou Comunicação?
O livro Extensão ou Comunicação foi escrito no Chile em 1968. No livro o autor fala
sobre a lógica de conceitos e do problema de comunicação entre o técnico e o
homem do campo. O livro está dividido em três capítulos, o primeiro capítulo fala
sobre a origem da palavra extensão, que nada mais é do que uma pessoa passar
alguma coisa para outra, no livro fala do conhecimento passado do agrônomo para o
homem do campo, mostrando assim que todos os termos que envolvem extensão
são ações que transformam o agricultor, e fala também que o termo extensão não é
um fazer educativo libertador, pois o papel do homem é ser sujeito da transformação
do mundo. No segundo capitulo a é abordado a extensão e a invasão cultural e o
autor também reflete sobre a reforma agrária, transformação cultural e o papel do
agrônomo educador. Também no segundo capitulo o autor da uma grande
importância para a reflexão de si mesmo, com isso ele mostra que extensão não é
compatível com a verdadeira educação, pois é uma teoria desumana, então ela se
refere à extensão como uma invasão cultural, pois tem um invasor e um invadido,
sendo o agrônomo o invasor e o homem do campo o invadido, já a educação é algo
humanista. O autor também acrescenta a necessidade da decisão política para a
reforma agrária, falando que só a reforma agrária não basta, deve se trabalhar e
construir uma reforma agrária nova sobre a velha estabelecida. No terceiro e ultimo
capitulo ele fala sobre o titulo do livro, procurando sempre lembrar a origem das
palavras e o papel do agrônomo como educador, é nesse capitulo que ele vai
mostrar como o conhecimento é adquirido nos meios sociais, ele fala também que o
dialogo não é uma transferência de saber e sim uma troca.
O autor fez uma reflexão sobre o seu trabalho no Chile onde busco explica o que é
extensão, e também procuro mostrar o trabalho do agrônomo como educador.
Mostrou que extensão é o ato de levar alguma coisa a alguém, no livro ele destaca o
conhecimento, destacando o papel do agrônomo educador, pois ele leva
conhecimento ao homem do campo, destacando também que isso não é um ato
educativo libertador, porque o papel do homem é ser sujeito das transformações do
mundo, e fala também que extensão não é educação, onde extensão é um ato
desumano que tem um invasor que é o caso do agrônomo e um invadido que é o
homem do campo, sendo que um sabe e outro desconhece.
Freire fala que somente o homem como um ser que trabalha que tem pensamento-
linguagem é capaz de refletir sobre si mesmo, se tornando um ser de transformação
e de decisão. A invasão cultural é uma característica da teoria antidialógica da ação,
toda a invasão a um sujeito que invade seu espaço cultural para dar a sua opinião,
como é o caso do agrônomo ele está invadindo o espaço cultural do camponês para
dar a sua opinião. O que o autor destaca também é que o dialogo é o encontro
amoroso entre os homens, não há e nem pode haver invasão cultural.