Palestra realizada no Centro Espírita Gastão Pereira, na cidade de Imperatriz-MA.
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Language: pt
Added: Dec 16, 2016
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Centro Espírita Gastão Pereira Reunião pública “Fabiano de Cristo” Isnande Barros Imperatriz – MA 13.05.2015
F abiano de Cristo BIOGRAFIA Nasceu João Barbosa, na localidade de Soengas , Portugal, no dia 08 de fevereiro de 1676 e desencarnou no Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1747, aos 71 anos de idade. Filho de Gervásio Barbosa e Senhorinha Gonçalves , Ficou conhecido pelo seu nome religioso de Frei Fabiano de Cristo. Foi frade da Ordem dos Frades Menores. Ainda jovem emigrou para o Brasil em busca de fortuna. Chegou ao Rio de Janeiro, seguindo depois para a atual cidade de Paraty-RJ. Trabalhou em Mariana e Ouro Preto-MG. Estabeleceu-se como comerciante em Paraty.
F abiano de Cristo BIOGRAFIA Já em 1704 possuía uma boa condição financeira, não deixando porém, de auxiliar os mais necessitados. Ajudava familiares, amigos e necessitados de todas as formas, com dinheiro, remédios e alimentos. Ele vivia uma busca intensa de motivação para a vida, experimentando um vazio que o angustiava. Certo dia, um de seus antigos sócios e mais um companheiro foram assassinados, o que teria feito João Barbosa repensar a sua situação e questionar o que a fortuna amealhada realmente representava.
F abiano de Cristo BIOGRAFIA Sobre negócios, sua sorte era infinita, bastava colocar as mãos e o dinheiro se multiplicava. Mas carregava em si a certeza de que sua verdadeira tarefa na orbe terrestre ainda não havia começado. Sua alma pedia outros caminhos. Descobre então que o dinheiro não é tudo.
F abiano de Cristo CHAMADO DIVINO Certo dia, em 1704, Barbosa caminhava pensativo pelas ruas desertas, naquela noite fria. Acabara de atender a um pedido de alimentos e agasalhos feito por uma família. Percebe que muitas pessoas passavam desviando-se de algo estendido na calçada. Apressa os passos e depara-se com uma pessoa a estrebuchar-se no chão frio. Ele abaixa-se e recolhe o doente em seus braços. Aquele corpo estremecia-se de dor e o suor descia-lhe pelo rosto. Barbosa sente algo estranho e parecia-lhe que uma luminosidade partia do seu coração. - Vamos amigo, não tenha medo, procurarei ajudá-lo – diz ao estranho. - Fui vítima de assalto – diz com dificuldade. - Não fale agora. Aqui perto há uma hospedaria. Lá será mais confortável e mais fácil tratá-lo.
F abiano de Cristo CHAMADO DIVINO Barbosa passa a noite tentando baixar a febre do pobre homem. Em meio aos delírios, ele olha com ternura para o seu benfeitor e procurando segurar uma de suas mãos, fala: - Finalmente vens de encontro ao meu regaço. - Mas quem é o senhor que parece conhecer-me? – diz surpreso. - Sou aquele a quem há muitos séculos serves. Voltastes a procurar-me porque cansaste de juntar bens materiais. Vindo ao meu encontro, procuras atender os aflitos, aplacando a fome do corpo de muitos. Mas seu coração inundado de luz alcança muito mais. Para continuar a servir-me, vá onde a dor é imensa. Enxugue as lágrimas maternais, ensine o caminho do Bem a quem desviar-se por arrastamentos e tentações inferiores. Veja que é chegada a hora para ti , de encontrares o verdadeiro tesouro que está nas Leis do nosso Pai.
F abiano de Cristo CHAMADO DIVINO - Mas quem é o senhor, afinal? Indaga Barbosa. - Eu sou o Cristo, meu filho e voltei para buscar-te e lembrar-te de tua verdadeira missão. A todos que servires, será a mim que estarás servindo. Portanto, dá tudo o que tens e terás a vida eterna. Assim me terás por inteiro, e dessa forma trabalharemos juntos a servir o nosso Pai – responde o desconhecido. Em prantos, João refletiu sobre as palavras do “doente” , que entretanto desaparece sem deixar esclarecimentos. Ele não consegue esquecer aquele encontro. Depois da noite passada em claro, o dia já amanhecendo, João Barbosa adormeceu e teve um sonho estranho. Se viu em um lugar muito bonito, onde tinha à sua frente, um ser luminoso com um hábito marrom que lhe estendia a mão sorrindo. Reconhecendo aquele ser de luz, cai de joelhos e exclama:
F abiano de Cristo CHAMADO DIVINO - Francisco de Assis!!! - reconhecendo o grande amigo de outrora. - Pois bem, meu irmão, se o seu coração anseia em amparar os aflitos e servir ao Senhor Jesus, vem comigo - diz Francisco de Assis. - Mas tenho que despojar-me dos bens terrenos. E Francisco de Assis lhe fala mansamente: - Os bens da vida eterna é que devem ser entesourados, Barbosa. De agora em diante, o Evangelho será o teu tesouro maior. Não percas mais tempo. Aplica-o na prática da caridade maior, entre todos. Tu não precisarás mais percorrer muitos lugares para falar da paz e do amor de Cristo. Muitos irão procurar-te e irás orientá-los para que encontrem o Reino de Deus. Para que trabalhes com tranquilidade, o teu trabalho será de cargo singelo. O teu coração nutrir-se-á de paciência e resignação . O teu corpo sofrerá para que liberto seja o teu espírito das tentações da carne.
F abiano de Cristo A MISSÃO DIVINA Dividiu sua fortuna em 3 partes: familiares em Portugal, obras assistenciais e famílias pobres. Apresentou-se ao Convento de São Bernardino de Sena, no dia 08 de novembro de 1704. No dia 11 vestiu o hábito marrom e se transformou em "Frei Fabiano de Cristo". Em 1705, apresenta-se no Convento Santo Antônio, no Rio de Janeiro. Diz ao superior que gostaria de ali permanecer para servir, “aprendendo a amar o semelhante como Jesus ensinou em suas lições”. Passa a desempenhar a função de porteiro. Em 1708, assumiu o cargo de enfermeiro, muito embora não tivesse conhecimento sobre o assunto. Dormia na própria enfermaria. Desempenhou essa função por cerca de 30 anos. Usava a água fluidificada e o passe pela imposição de suas mãos, para curar e aliviar as dores.
F abiano de Cristo A MISSÃO DIVINA Fabiano de Cristo começava sua nova vida. Ali ouviria o semelhante, choraria com suas dificuldades físicas e espirituais, porém, saberia que dessa forma estaria com o Mestre Jesus. Lágrimas rolaram mais uma vez pela face do agora Frei Fabiano de Cristo, constituindo-se em um soldado da caridade. Consolava os aflitos, curava chagas profundas e aliviava as dores físicas e espirituais de quem o procurava. Desdobrava-se com facilidade e socorria enfermos a grandes distâncias. Ele nunca se dizia cansado, estava sempre disposto, apesar de sofrer profundamente com uma grande ferida em sua perna, que provocava dores intensas.
F abiano de Cristo A MISSÃO DIVINA O procedimento de Fabiano, em apenas administrar água para os enfermos e logo após vê-los curados, chamou a atenção do Dr. Fortes, que voluntariamente atendia os pacientes no convento e em seu consultório. Fabiano o auxiliava em tudo, por isso, certa feita, Dr. Fortes o chamou e lhe disse: - Observo Frei, a sua dedicação para com os enfermos, e sei que nada mais fazes do que dar e limpar as feridas com a água. Vejo que logo após, os doentes melhoram e curam-se rapidamente. O que há nessa água? Qual a medicação que colocas nela? - Nada mais faço do que orar, senhor. Peço ao nosso Pai e a Jesus, o verdadeiro médico, que ajude a sarar os ferimentos da alma e do corpo das criaturas. Se for da vontade do Pai, o doente se cura também por sua fé. Creio que se o senhor fizer o mesmo, Ele o atenderá com muito mais facilidade, pois o senhor é mais sábio que eu, em cultura e conhecimento médico. Eu nada sou.
F abiano de Cristo FINAL DA SUA VIDA MATERIAL Desenvolveu erisipela nas duas pernas e quistos nos joelhos – resultado das horas em que ficava de joelhos em preces à Virgem Maria de Nazaré. Previu seu desencarne três dias antes. No dia 14 de outubro de 1747, dirige-se ao Superior do Convento para se despedir e também obter licença para abraçar um por um dos enfermos e dos amigos que ali encontrou. No dia seguinte, ainda alentava os enfermos, confortando-os com suas preces.
F abiano de Cristo FINAL DA SUA VIDA MATERIAL No dia 16 de outubro de 1747, todos queriam adentrar a cela onde Frei Fabiano de Cristo estava. Queriam retribuir o carinho que sempre receberam daquele enorme coração. Como viver sem a presença desse que transmitia só amor e alegria? Onde buscar alegria para vencer a dor? E Fabiano respondeu: - Em Deus, meus filhos. Procurem estar sempre no regaço do Cristo. Só Ele poderá ajudá-los, nunca esqueçam disso. Dia 17 de outubro de 1747, Frei Fabiano de Cristo desencarna. Legiões de espíritos vêm ao seu encontro.
F abiano de Cristo "O Pai dos Pobres partia da Terra, mas está eternamente em cada ser", retribuiu com estas palavras seu eterno companheiro , Francisco de Assis.
F abiano de Cristo E ELE ATENDEU AO CHAMADO DO MESTRE JESUS
F abiano de Cristo E o chamado divino, eu atendi...??? O que falta para que eu atenda ao chamado do Mestre Amado Jesus, como fizeram Francisco de Assis e Fabiano de Cristo? Eu preciso me cristianizar? Eu preciso evangelizar-me ? Fé ou obras?
Centro Espírita Gastão Pereira Sigamos com a paz do Mestre Nazareno. Boa noite!