Haptophyta ou Prymnesiophyta é um grupo de algas unicelulares. Os seus cloroplastos pigmentam-se de forma similar aos Heterokontophyta (como nas algas douradas, mas diferenciam-se no resto da estrutura celular, pelo que podem ser considerados uma linha evolutiva separada, na qual os cloroplastos s�...
Haptophyta ou Prymnesiophyta é um grupo de algas unicelulares. Os seus cloroplastos pigmentam-se de forma similar aos Heterokontophyta (como nas algas douradas, mas diferenciam-se no resto da estrutura celular, pelo que podem ser considerados uma linha evolutiva separada, na qual os cloroplastos são derivados de endossimbiontes similares.
As células possuem normalmente dois flagelos levemente desiguais, que são lisos, e um único organelo denominado haptonema, que é superficialmente similar a um flagelo mas que se diferencia do mesmo pelo conjunto de microtúbulos e no uso. O nome vem do grego, hapsis, tacto e de nema, hilo. As mitocôndrias possuem cristas tubulares.
Os Haptophyta mais conhecidos são os cocolitóforos (ordens Coccolithales e Isochrysidales), que têm um exoesqueleto de placas calcáreas denominadas cocólitos. Constituem o fitoplâcton marinho mais abundante, especialmente em mar aberto e é extremamente abundante como microfóssil. Outros Haptophyta plactónicos incluem Chrysochromulina e Prymnesium, que periodicamente produzem blooms de algas, tóxicos, e Phaeocystis que produz blooms que geram uma espuma desagradável que se acumula nas praias. Estudos moleculares e morfológicos dividem Haptophyta em cinco ordens. Um exemplo de cocolitoforídeo e a Emiliania huxleyi que pode formar florações cubrindo milhares de quilômetros quadrados no oceano.
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Language: pt
Added: Dec 09, 2013
Slides: 35 pages
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Universidade Federal do Pampa Campus São Gabriel CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BOTÂNICA I Anderson Fidêncio Silva Guilherme de Azambuja Pereira Professor Antonio Batista Pereira Professor Filipe de Carvalho Victoria São Gabriel, Dezembro de 2013 HAPTOPHYTA
É um filo de algas que compreendem na sua grande maioria, organismos unicelulares, monadais, que podem passar por uma fase não flagelada, essa fase pode ser unicelular isolada ou colonial; As Haptothytas compreendem cerca de 80 gêneros e 300 espécies; São essencialmente planctônicos e marinhos, apenas poucas espécies ocorrem em água doce; Haptophyta Um vacúolo contrátil pode estar presente em alguns táxon de água doce próximo a inserção dos flagelos ; Característica específica do filo é a presença de um haptonema e de retículo endoplasmático periférico se estendendo no interior do haptonema ;
Haptophyta As formas monadais possuem dois flagelos e de um apêndice particular: O HAPTONEMA Um apêndice em forma de flagelo fino, mais ou menos longo, localizado entre dois flagelos. Podendo ser muito curto, ser de dez vezes mais longo que o corpo celular, estar reduzido a alguns microtubulos na célula ou, muito raramente estar ausente;
Haptophyta
Haptophyta Sua ultra estrutura é diferente da de um flagelo: em seção transversal , observam-se 6 a 7 microtúbulos dispostos em forma de meia lua e envoltos por uma extensão do retículo endoplasmático. O conjunto é recoberto pela membrana plasmática, como nos flagelos, a base do haptonema está ligada aos corpúsculos basais por meio de fibras. A função do haptonema seria detectar obstáculos, capturar, agregar e transportar as presas.
Haptophyta TIPO DE NUTRIÇÃO A maioria das Haptophytas são fototróficas , no entanto a mixotrofia é bastante comum, especialmente no gênero Chrysochromulina . Não se sabe ao certo se a mixotrofia é controlada pela intensidade luminosa ou abundancia de presas (exemplo bactérias). Ao menos uma espécie , Balaniger balticus , é exclusivamente heterotrófica.
Haptophyta CLASSIFICAÇÃO Domínio Eukariota Reino Chromalveolata Filo Haptophyta Classe Pavlovophyceae Ordem Plavlovales Classe Prymnesiophyceae Ordem Prymnesiales Ordem Phaeocystales Ordem Isochrysidales Ordem Coccolithales
Inclui quatro gêneros: Diacronema , Exanthemachrysis , Pavlova e Rebecca, com uma dezena de espécies; Essas algas são providas de dois flagelos desiguais; Haptophyta CLASSE PAVLOVOPHYCEAE
Com haptonema curto , difícil de ser observado em microscopia óptica; As células contém um único plastídio; Dois flagelos desiguais, com flagelo anterior mais longo, com inserção subapical ou lateral; Os flagelos são heterodinâmicos , onde o anterior é flexível e ondula e o posterior é dirigido pra trás e é rígido; Não possuem escamas sobre o corpo celular ; Seus principais pigmentos são as clorofilas a, c 1 , c 2 , β , β -caroteno, diatoxantina , diadinoxantina ; A multiplicação vegetativa se efetua por divisão celular nas formas monadais, ou por meio de zoósporos nas fases de vida bentônicas. A sexualidade é desconhecida; A classe compreende uma ordem, Pavlovales , e uma família, Pavlovaceae . Haptophyta CLASSE PAVLOVOPHYCEAE
Possuem dois (excepcionalmente quatro) flagelos isocontes lisos; A maioria são organismos de formas unicelulares, solitárias e flageladas; no entanto existe formas de vida coloniais; Certas espécies passam por ciclos de vida complexos, e passam por fases amebóides , cocóides , palmelóide ou filamentosa; São quase sempre cobertas por escamas orgânicas; Os mais conhecidos são as Coccolithophorales , seu corpo celular é recoberto por escamas calcárias ( cocólitos ); Haptophyta CLASSE PRYMNESIOPHYCEAE
Haptophyta
Haptophyta Quase todas as Prymnesiophyceae são fotossintéticas, apresentando um, ou quase sempre dois plastídios por célula; Balaniger balticus é estritamente heterotrófica; Distingue-se quaro tipos de composição pigmentar: Todos os tipos possuem as clorofilas a, c 1 , c 2 , β , β -caroteno, diatoxantina , diadinoxantina ; variando na soma de outros pigmentos, como fucoxantina , clorofila c 3 , etc ; Possuem dois flagelos iguais ou subiguais homodinâmicos , lisos, com muitas vezes presença de autofluorescência flagelar; Reprodução complexa e ainda mal conhecida, apresentando várias fases de morfologias distintas dentre as variações de organismos do táxon; São na maioria marinhos, ou de águas salobras, planctônicos, mas com algumas espécies de água doce; CLASSE PRYMNESIOPHYCEAE
Haptophyta Classe Prymnesiophyceae inclui quatro ordens: Contém apenas o gênero Phaeocystis . O haptonema é curto. Não há cocólitos , as células apresentam organelas capazes de lançar estruturas estreladas com cinco braços de natureza quitinosa; ORDEM PHAEOCYSTALES
Haptophyta Colônia de Phaeocystis
O haptonema em geral é bem desenvolvido e flexível; raramente ausente. Não há cocólitos ; Exemplos : Prymnesium , Corymbellus , Chrysochromulina . Haptophyta ORDEM PRYMNESIALES
Haptophyta
Haptophyta
Haptophyta O haptonema é rudimentar ou ausente. As vezes ocorrem cocólitos nas fases de vida imóveis; Exemplo: Chrysotila Chrysotila lamellosa ORDEM ISOCHRYSIDALES
Haptophyta O haptonema é mais curto que os flagelos, às vezes reduzido. Os cocólitos estão presentes ao menos em uma das fases do ciclo de vida. Exemplos: Coccolithus , Emiliania , Pleurochrysis , Syracosphaera ORDEM COCCOLITHALES
Haptophyta Rhabdosphaera clavigera
Haptophyta Papposphaera lepida
Haptophyta Coccolithus pelagicus
Haptophyta Cruciplacolithus neohelis
Haptophyta Pontosphaera discopora
Haptophyta Pontosphaera syracusana
Haptophyta Syracosphaera anthos
Haptophyta Calciosolenia murrayi
Haptophyta Oolithotus fragilis
Haptophyta - Alguns gêneros, como a Phaeocystis é responsável por ocasionar uma mortalidade animal nos oceanos importante, em consequência de uma anoxia local, provocada pela sedimentação de colônias gelatinosas e por sua degradação bacteriana. Também podem obstruir redes de pesca ou canalizações de água do mar, pela escuma que se forma pela acumulação e degradação dessas colônias gelatinosas. A grande quantidade de mucilagem também é prejudicial a nutrição dos bivalvos e ao turismo, quando a escuma nauseante se acumula nas praias. Importância Ecológica, Econômica e Efeitos Prejudiciais
- Phaeocystis também tem a capacidade de acumular manganês e zinco em sua mucilagem; Durante a proliferação das algas, as quantidades acumuladas são tais que influenciam necessariamente na reciclagem e transferência de manganês; - Apesar disso Phaeocystis não é uma alga toxica, sendo consumida pelo krill , no qual se alimentam aves e mamíferos marinhos da Antártida; Haptophyta - Espécies de Prymnesium e Chrysochromulina produzem toxinas que podem provocar uma mortalidade maciça de peixes ou outros organismos marinhos, essas toxinas são mal conhecidas, mas verificou-se efeitos observados in vitro, como a lise de hepatócitos de ratos e o bloqueio de neurotransmissores no nível das sinapses; Importância Ecológica, Econômica e Efeitos Prejudiciais
- As florações de Haptophyta têm uma grande importância no ciclo do enxofre nos oceanos e em certos fenômenos climáticos; - As Coccolithales exercem um papel importante no ciclo de carbono oceânico; Haptophyta Importância Ecológica, Econômica e Efeitos Prejudiciais - Os depósitos de carbonato de cálcio resultantes da sedimentação de Coccolithales são o constituinte principal da cré, formada no final do Cretáceo;
Haptophyta Falésias brancas de Dover , Inglaterra.
- As Haptophyta são cultivadas em quantidade para a aquacultura , para alimentação de fases larvais de crustáceos e peixes e para cultivo de rotíferos e camarões destinados a servir de alimento pra outros cultivos; Haptophyta Importância Ecológica, Econômica e Efeitos Prejudiciais - Os fósseis de Coccolithales são importantes indicadores micropaleontológicos ;
Haptophyta REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Biologia e filogenia das algas / Bruno de Rievers – Porto Alegre: Artmed,2006. Algas: uma abordagem filogenética, taxonômica e ecológica / Iara Maria Franceschini...[et al.] – Porto Alegre: Artmed,2010. http :// upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/70/HaptonemaChrysochromulinaFL.jpg http:// ina.tmsoc.org/CODENET/GuideImages/COcocco/image/119-79.jpg http:// nannotax.org/sites/nannotax.org/files/images/Calc_murr_128-02.JPG http:// ina.tmsoc.org/Nannotax3/iNanno/Coccolithophores/Syracosphaerales/Syracosphaeraceae/Syracosphaera/SY%20nodosa%20gp/anthos%20type/Syracosphaera%20anthos/Young_etal_2003_144-25.JPG http:// ina.tmsoc.org/Nannotax3/iNanno/Coccolithophores/Zygodiscales/Pontosphaeraceae/Pontosphaera/Pontosphaera%20discopora/Young_unpubl_278-15.JPG http://nannotax.org/sites/nannotax.org/files/images/Pont_syrac_170-16.JPG