Descrição das características; detalhamento da mastigação, deglutição, motilidade gástrica, controle do esvaziamento gástrico, motilidade do intestino delgado e defecação.
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Added: Mar 08, 2013
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Detalhamento dos processos de mastigação, deglutição, motilidade gástrica e do intestino delgado, controle do esvaziamento gástrico e defecação. Fisiologia do Sistema Gastrointestinal Vanessa Cunha
Características do Sistema Gastrintestinal Processos que ocorrem no trato: Motilidade ; Secreção; Digestão; Absorção e; Excreção.
Descrição dos processos Motilidade : efetuada pela musculatura do trato gastrointestinal, propicia a mistura, trituração e progressão céfalo-caudal . Secreção: hidrolisam os nutrientes gerando microambientes adequados para a digestão. Digestão: hidrólise enzimática dos nutrientes, transformando-os em moléculas capazes de atravessar a parede do trato e serem absorvidas. Absorção: passagem de nutrientes do lúmen para a circulação sanguínea e linfática. Excreção: passagem dos elementos da circulação sanguínea para a luz do órgão.
Estrutura da parede gastrointestinal Da luz para a camada mais externa: Epitélio – lâmina própria – muscular da mucosa – submucosa – músculo circular – plexo mioentérico – músculo longitudinal – serosa.
Detalhamento das estruturas Mucosa: Divide-se em: Epitélio: células endócrinas e exócrinas. Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo, pequenos vasos sanguíneos, linfáticos, fibras nervosas e linfonodos . Muscularis mucosae : camada fina de músculo liso.
Detalhamento das estruturas Submucosa: tecido conectivo, contém vasos sanguíneos e linfáticos, além de conter o plexo submucoso. É um tecido conjuntivo que sustenta a mucosa. Muscular externa: Divide-se em: Músculo circular: sua contração produz encurtamento do lúmen. Plexo mioentérico Músculo longitudinal: sua contração produz encurtamento do tubo. Serosa: camada de tecido conjuntivo mais externa.
Boca - Mastigação Função: reduzir o alimento em pequenas partículas ¹ e lubrificá -las ² através do muco para facilitar a deglutição. Como ocorre? A presença do alimento na cavidade oral estimula os quimioceptores e mecanoceptores que promovem o reflexo mastigatório e induzem as secreções salivar, gástrica e pancreática. ¹ A quebra do alimento expõe os nutrientes e facilita a ação de enzimas digestivas. ² Evita a escoriação e facilita o trânsito no trato.
Reflexo mastigatório
Boca/Esôfago - Mastigação O que é? Passagem do bolo alimentar da boca para o estômago através do esôfago. Fases: fase oral ¹ , faríngea ² e esofágica ³ . ¹ Fase voluntária, controlada pelo SNC. ² Fase reflexa, controlada pelo SNE. ³ Fase reflexa, controlada pelo SNE.
Fase Oral – Voluntária O bolo alimentar é pressionado com a língua contra o palato duro e, depois, contra o palato mole. O reflexo da deglutição é estimulado pelo Sistema Nervoso Central.
Fase Faríngea - Reflexa
Fase esofágica - Reflexa Esta onda primária é regulada pelo centro da deglutição e por reflexos intraneurais. Entretanto, caso essa onda não tenha esvaziado completamente o esôfago, ocorre uma onda secundária controlada pelo Sistema Nervoso Entérico.
Motilidade Gástrica Fisiologicamente, o estômago é dividido em: proximal (fundo e corpo) e distal (antro). Função: armazenamento ¹ , mistura ² e trituração ³ do alimento, propulsão peristáltica e regulação da velocidade de esvaziamento. ¹ Relaxamento do esfíncter esofágico inferior concomitante ao relaxamento do fundo do estômago (relaxamento receptivo). ² Mistura do bolo alimentar com as secreções gástricas, formando o quimo, através de ondas peristálticas do corpo para o antro. ³ Essas ondas peristálticas do corpo para o antro, promovem o relaxamento do piloro que permite a passagem de pequenas quantidades de quimo para o duodeno. Entretanto, ele se contrai rapidamente, induzindo uma onda peristáltica do antro para o corpo, gerando a trituração do alimento (evento chamado de sístole antral ).
Saciedade No fundo, o potencial de membrana está sempre acima do limiar mecânico, ou seja, permanece em um estado de semi-contração . Assim, quando o alimento chega ao estômago, os mecanoceptores liberam neurotransmissores que enviarão a mensagem ao cérebro de que o indivíduo está saciado.
Neurotransmissores e sua função no trato gástrico Acetilcolina: excitatório , estimula a motilidade e secreção gástricas. VIP: inibitório, diminui a motilidade gástrica. Noradrenalina: diminui a motilidade e secreções gástricas (inibitório) e, no piloro, promove sua contração ( estimulatório ).
Controle do esvaziamento gástrico Secretina : quando o quimo ácido chega ao duodeno (ph básico), os quimioceptores estimulam a secreção de secretina que contrai o piloro e provoca a liberação do suco pancreático para tamponar a solução. O piloro permanece contraído até que todo HCl seja tamponado; ou seja, até que a secretina pare de ser ativada. Colecistocinina : quando o quimo, rico em lipídeos, chega ao duodeno, é secretada a CCK que, além de contrair o piloro, estimula a produção do suco pancreático e a contração biliar (relaxamento do esfíncter de Oddi ), que libera a bile, emulsificando as gorduras presentes no quimo, facilitanto a ação das lipases . Gastrina : quando o quimo, rico em proteínas, chega ao duodeno, é estimulada a gastrina que promove a contração do piloro. No estômago, a gastrina é secretada para estimular a secreção de HCl .
Vômito Como ocorre a ânsia? Peristalse reversa que começa, geralmente, no jejuno propelindo o quimo para o estômago pelo relaxamento do piloro. Depois, ocorrerão fortes contrações antrais que impulsionam o alimento para o esôfago através do relaxamento do esfíncter esofágico inferior. Durante a ânsia, o esfíncter esofágico superior permanece contraído. O vômito ocorre quanto o esfíncter esofágico superior relaxa. A glote fechada impede que o quimo vá para a traqueia, inibindo a respiração.
Motilidade do intestino delgado Funções: regulação da tonicidade e pH do quimo (duodeno), mistura do quimo com as secreções biliares, gástricas e entéricas, renovação do contato do quimo com a mucosa e propulsão do quimo no sentido céfalo-caudal .
Segmentação x Peristaltismo Segmentação: quando o quimo chega ao duodeno, distende a parede do duodeno e promove contrações próximas a camada do músculo circular. Peristaltismo: ondas propulsoras, envolvem pequenas extensões do intestino, contração progressiva de segmentos sucessivos do músculo liso circular.
Como ocorrem? Primeiro: reflexo gastroentérico, chegada do alimento no estômago estimula as contrações entéricas. Segundo: chegada do quimo no duodeno, gastrina , CCK e insulina estimulam a motilidade do intestino ao passo que a secretina e glucagon inibem essa motilidade . Obs : Esfíncter íleocecal está permanentemente fechado (contraído), impedindo que as bactérias que vivem por simbiose no intestino grosso invadam o intestino delgado.
Defecação – Motilidade do intestino grosso Funções do cólon: absorção de água e eletrólitos (zona proximal) e armazenamento fecal (zona distal). Motilidade : movimento de mistura ( haustrações ) e movimentos de massa ( propulsivos ).
Haustrações Combinação de contração do músculo circular e músculo longitudinal, formando protusões saculares, denominados haustrações . Como são movimentos lentos, o material fecal é lentamente empurrado e exposto a superfície do intestino grosso.
Movimentos de massa Primeiro, ocorre a formação de um anel constritivo em um ponto distendido ou irritado. Permite o trânsito do bolo fecal, produz sensação de “vontade de ir ao banheiro”. O controle da vontade é a contração do esfíncter anal externo: voluntário. Depois do movimento de massa, o esfíncter anal interno contrai, sinalizando a vontade. Se não ocorrer a defecação, o bolo fecal volta, por movimentos retrógrados, pelo cólon descendente. A defecação ocorre quanto os esfíncteres anais interno e externo relaxam. O movimento de massa é violento e a inspiração forçada promove contração dos músculos pélvicos. O assoalho pélvico relaxa, provocando seu deslocamento para baixo, prevenindo o prolapso retal.
Observações: A consistência das fezes podem ser afetadas pelas emoções, pois o trânsito do bolo fecal acaba ocorrendo mais rápido, prejudicando a absorção de água e, consequentemente, as fezes são mais liquefeitas. NO e H2S provocam o aumento dos movimentos de massa. Assim, uma inflamação causada por bactérias geram aumento dos movimentos de massa e, consequentemente, diarreia.