Reflexão sobre a atitude de gratidão e a vida espiritual do cristão.
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Added: Sep 13, 2014
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O particípio do verbo obrigar (do
latim obligare, “ligar por todos os
lados, ligar moralmente”) expressa
o reconhecimento de uma
dívida entre quem recebe um
favor ou gentileza e quem o faz
– ambos, dessa forma, ligados,
atados, presos por um laço moral.
Segundo a gramática tradicional, a
palavra obrigado é um adjetivo
que, num contexto de
agradecimento, significa que
alguém se sente agradecido por
alguma coisa, por algum favor que
lhe tenha sido feito, se sentindo
obrigado a retribuir esse favor a
quem o fez.
A palavra obrigado não está sendo
utilizada hoje em dia como um
adjetivo, mas sim como uma
interjeição de agradecimento. Muitos
defendem que a palavra obrigado já
perdeu o sentido de se ficar
obrigado a retribuir um favor, sendo
utilizada maioritariamente de forma
isolada, podendo ser substituída por seu
sinônimo mais informal, a palavra
valeu.
Valeu ou Não Valeu?
Padrões de
Ingratidão
•Serviços
•Realização
•Ajuda
O Garoto Mal agradecido
A Ingratidão é uma doença espiritual. É a
expressão máxima da pecaminosidade
humana, refletindo a sua rejeição ao único
Deus verdadeiro: "…porquanto, tendo
conhecimento de Deus, não o glorificaram
como Deus, nem lhe deram graças; antes,
se tornaram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se-lhes o
coração insensato" (Rm 1.21)
A palavra gratidão vem do latim
“gratia”, significa literalmente graça,
ou “gratus” que se pode traduzir
como “agradável”, e por extensão,
“um reconhecimento verdadeiro por
tudo que se recebe”.
Quando somos bebês, a nossa única
forma de pedir é mostrando a nossa
insatisfação. O bebê chora, ou seja,
reclama que algo está incomodando, e a
mãe tem que dar um jeito de descobrir o
que ele quer e satisfazer suas
necessidades. Só que depois nós
crescemos, mas acabamos por ficar
presos inconscientemente a essa forma
infantil de pedir através da reclamação.
Uma crença sabotadora é a de que se eu
agradecer pelo que tenho , é como se
estivesse me conformando com aquilo e
dessa forma não vou ter nada melhor . Essa
é uma visão infantil. É o bebê que chora até
conseguir o que quer. O que essa crença
pressupõe é que, se eu reclamar bastante
do que eu tenho, vou ganhar algo
melhor; o que não faz o menor sentido.
Você pode se sentir grato pelo que
tem, e ainda assim pode desejar, e
sentir que merece algo melhor.
Não há qualquer incompatibilidade.
Sentir gratidão pelo que se tem vai
abrir, instantâneamente, os caminhos
para que você tenha coisas
melhores, e cada vez mais.
Melody Beattie, uma renomada escritora
americana, escreveu:
“A gratidão desbloqueia a abundância da
vida. Ela torna o que temos suficiente, e
mais. Ela torna a negação em aceitação,
caos em ordem, confusão em claridade.
Ela pode transformar uma refeição em um
banquete, uma casa em um lar, um
estranho em um amigo. A gratidão dá
sentido ao nosso passado, traz paz para o
hoje, e cria uma visão para o amanhã ”.
Essa é uma virtude que precisa ser
desenvolvida para que se torne um
hábito. Por causa de nossa fisiologia e de
alguns mecanismos de sobrevivência,
somos programados para focar nossa
atenção no que nos desagrada , no que
nos incomoda, e com isso não nos
lembramos de agradecer, apenas de
reclamar.
A gratidão é um mandamento divino:
"…sede agradecidos" (Cl 3.15). Em tudo,
dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo Jesus para convosco (1
Ts 5.18).
Demonstrar gratidão a Deus é um
elemento básico e duradouro da vida
cristã: "…dando sempre graças por
tudo a nosso Deus e Pai, em nome de
nosso Senhor Jesus Cristo…" (Ef 5.20).
Uma vida cheia de gratidão é o estilo
de viver do cristão, um inverso da
vida sem Deus: "…antes, pelo
contrário, ações de graças" (Ef 5.4).
Um dos dez, vendo que fora curado,
voltou, dando glória a Deus em alta voz,
e prostrou-se com o rosto em terra aos
pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este
era samaritano (Lc 17.15-16).
Antes, te lembrarás do Senhor , teu
Deus, porque é ele o que te dá força
para adquirires riquezas; para
confirmara sua aliança, que, sob
juramento, prometeu a teus pais,
como hoje se vê (Dt 8.17-18).
Agradecer é lembrar -se!
Jesus exclama com surpresa: "…Não
eram dez os que foram curados?
Onde estão os nove? Não houve,
porventura, quem voltasse para dar
glória a Deus, senão este
estrangeiro?" (Lc 17.17-18).
Jesus focalizou três aspectos, na
avaliação dos dez leprosos curados:
a) a quantidade de ingratos é maior do
que o número dos agradecidos;
b) o objetivo da cura foi promover a
glória de Deus;
c) e o samaritano, que era o menos
favorecido, foi quem expressou maior
gratidão.
Gratidão por ontem,
hoje e amanhã!
"Usamos os mesmos mecanismos cerebrais
quando vemos ativamente e quando
imaginamos", disse Nancy Kanwisher, do
MIT, em um comunicado.