História natural das doenças

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Enfermagem


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HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS Prof. Will Nunes

Nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do sujeito susceptível, com o agente e o meio ambiente. H N D

Realizado por   Leavell & Clark , que fizeram uma divisão desta história em períodos que cada deste terá um tipo de prevenção associada.

Tentar evitar a doença, evitar a que este organismo fique deficiente. E tratar é também uma forma de prevenção.

Tratar um doente é forma de prevenção?

Acometimentos mais severos.... Com 2 métodos de tratamento por períodos: Período Pré-Patogênico ou Epidemiológico Período Patogênico ou Patológico

O primeiro período da história natural  (denominado por Leavell & Clark [1976] como período Pré-Patogênese ), é a própria evolução das inter-relações  dinâmicas, que envolvem, de um lado, os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios do suscetível, até que chegue a uma configuração favorável à instalação da doença. Período Pré-Patogênico ou Epidemiológico

P eríodo de pré-patogênese, podem ocorrer situações que vão desde um mínimo de risco até o risco máximo. Exposição a um local de temperatura baixa. Usuários de drogas injetáveis.

As pré-condições que condicionam a produção de doença, seja em indivíduos, seja em coletividades humanas, estão de tal forma interligadas. Condições do Meio Ambiente

San Martin (1981), põe em relevo o sistema formado pelo ambiente, população, economia e cultura, designando este conjunto de  sistema epidemiológico-social.

Qualidade e dinâmica do ambiente socioeconômicos M odos de produção e relações de produção, Tipo de desenvolvimento econômico, Velocidade de industrialização, Desigualdades socioeconômicas, Concentração de riquezas, Participação comunitária, Responsabilidade individual e coletiva S ão componentes essenciais e determinantes no processo saúde-doença.

Fatores socioeconômicos. Fatores sócio-políticos . Fatores socioculturais. Fatores psicossociais. FATORES SOCIAIS

Relação financeira. Capacidade econômica e probabilidade de adquirir doença. Diferenças consideráveis entre grupos sociais em termos de morbidade e mortalidade Fatores socioeconômicos

Morbidade ou morbilidade= Taxa de portadores de determinada doença em relação a população. Mortalidade = Numero de óbitos e relação ao numero de habitantes. Curiosidade

S ão percebidos como mais doentios e mais velhos; S ão de duas ou três vezes mais propensos a enfermidades graves; P ermanecem doentes mais amiúde; morrem mais jovens P rocriam crianças de baixo peso, em maior proporção: S ua taxa de mortalidade infantil é mais elevada.

I nstrumentação jurídico-legal; D ecisão política; H igidez política Participação consentida e valorização da cidadania; P articipação comunitária efetivamente exercida; T ransparência das ações e acesso à informação. FATORES SÓCIO-POLÍTICOS

No contexto do social, devem ser citados preconceitos e hábitos culturais, crendices, comportamentos e valores, valendo como fatores pré-patogênicos contribuintes para a difusão e manutenção de doenças.  FATORES SÓCIO-CULTURAIS

P assividade diante do poder exercido com incompetência ou má fé; A lienação em relação aos direitos e deveres da cidadania; T ransferência irrestrita, para profissionais da política, da responsabilidade pessoal pelo social; P articipação passiva como beneficiários do paternalismo de estado ou oligárquico; I ncapacidade de se organizar para reivindicar.

Dentre os fatores psicossociais aos quais pode ser imputada a característica de pré-patogênese, encontram-se: FATORES PSICOSSOCIAIS

Marginalidade ; Ausência de relações parentais estáveis; D esconexão em relação à cultura de origem; Falta de apoio no contexto social em que se vive; C ondições de trabalho extenuantes ou estressantes; Promiscuidade ; T ranstornos econômicos; S ociais ou pessoais; F alta de cuidados maternos na infância; C arência afetiva de ordem geral; C ompetição desenfreada; A gressividade vigente nos grandes centros urbanos; Desemprego.

a )  agentes presentes no ambiente de forma habitual, em convivência natural ou tradicional com o homem; FATORES AMBIENTAIS

b)  agentes pouco comuns e que, mercê de situações novas, alterações impostas por novos hábitos ou por modificações na maneira de viver, por má administração ou manipulação inábil de meios e recursos, por importação passam a se  fazer presentes de forma perceptível, como agentes, em algum evento epidemiológico;

c)  agentes que explodem em situações anormais de grande monta como são as macro perturbações ecológicas, os desastres naturais e as catástrofes.

Os fatores genéticos provavelmente determinam a maior ou menor suscetibilidade das pessoas quanto à aquisição de doenças, embora isto permaneça ainda na fronteira de pesquisa genética. FATORES GENÉTICOS

A história natural da doença tem seguimento com a sua implantação e evolução no homem. Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. PERÍODO DE PATOGÊNESE

Seguem-se as perturbações bioquímicas em nível celular, continuam com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura . Colimon (1978) divide o período de patogênese em três etapas: subclínica, prodrômica e clínica. Mausner & Bahn (1974) propõem o seguintes estágios: pré-sintomático, clínico e de incapacitação.  

Leavel & Clark (1976 ),   veem o período de patogênese como se desenvolvendo nos seguintes estágios : I nteração estímulo-hospedeiro, P atogênese precoce, D oença precoce discernível D oença avançada

a) Interação estímulo-suscetível. b ) Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas. c ) Sinais e sintomas. d ) Defeitos permanentes, cronicidade. Neste texto, serão considerados quatro níveis de evolução no período de patogênese:

Nesta etapa a doença ainda não tomou desenvoltura, porém todos os fatores necessários para a sua ocorrência estão presentes .   Interação Estímulo-Suscetível

A má nutrição por exemplo, predispõe à ação patogênica do bacilo da tuberculose ; A ltas concentrações de colesterol sérico contribuem para o aparecimento da doença coronariana ; F atores genéticos diminuem a defesa orgânica, abrindo a porta do organismo às infecções . Exemplos

Doença já está implantada no organismo afetado; Não se percebam manifestações clínicas; Já existem alterações histológicas em nível de percepção subclínica de caráter genérico. ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS, HISTOLÓGICAS E FISIOLÓGICAS

Estas alterações não são perceptíveis. Porém , ainda neste estágio, a doença já está presente e pode ser percebida através de exames clínicos ou laboratoriais orientados.

Denomina-se “horizonte clínico” a linha imaginária que separa este estágio do seguinte. Abaixo dessa linha se processam todas as manifestações bioquímicas, fisiológicas e histológicas que precedem as manifestações clínicas da doença. É o chamado período de incubação .

Algumas doenças não passam desta etapa. Devido às respostas dadas pelas defesas orgânicas, podem regredir deste estágio patológico ao de saúde inicial. Em outros casos, a progressão se dá diretamente para uma etapa menos favorável.

Acima do horizonte clínico os sinais iniciais da doença, ainda confusos, tornam-se nítidos, transformam-se em sintomas. É o estágio chamado de clínico. Sinais e Sintomas

I niciado ao ser atingida uma massa crítica de alterações funcionais no organismo acometido. A evolução da doença encaminha-se então para um desenlace, a doença pode passar ao: período de cura ; evoluir para a cronicidade; progredir para a invalidez ou para a morte. ESTÁGIO CLÍNICO

A evolução clínica da doença pode progredir até o estado de cronicidade ou conduzir o doente a um dado nível da incapacidade física por tempo variável. Pode também produzir lesões que serão, no futuro, uma porta aberta para novas doenças. CRONICIDADE

No estado crônico pode gerar incapacidade temporária para desempenho de alguma atividade específica. D oença pode evoluir para a invalidez permanente ou para a morte. Em alguns casos para a cura.  

" Saúde pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade, para o saneamento do meio ambiente, o controle de infecções na comunidade, a organização de serviços médicos e paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção da saúde". Winslow, citado por Leavel & Clark (1976), define:

Promoção da Saúde É feita através de medidas de ordem geral . -   Moradia adequada. -  Escolas. -  Áreas de lazer. -  Alimentação adequada. -  Educação em todos dos níveis PREVENÇÃO PRIMÁRIA 

Proteção Específica -  Imunização. -  Saúde ocupacional. -  Higiene pessoal e do lar. -  Proteção contra acidentes. -  Aconselhamento genético. -  Controle dos vetores.

 Inquérito para descoberta de casos na comunidade.  Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos.  Isolamento para evitar a propagação de doenças.  Tratamento para evitar a progressão da doença. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA

Limitação da Incapacidade -  Evitar futuras complicações. -  Evitar sequelas.

 Reabilitação (impedir a incapacidade total ).  Fisioterapia .  Terapia ocupacional .  Emprego para o reabilitado. PREVENÇÃO TERCIÁRIA

Em alguns países subdesenvolvidos, as condições socioeconômicas aí vigentes, mantidas por uma perversa concentração de renda, pela má distribuição da propriedade fundiária e pela falta de visão dos detentores do poder econômico e político, fazem com que as classes pauperizadas sejam incapazes de se prover em termos de alimentação, moradia, educação, saúde e lazer .

O cidadão pauperizado torna-se cliente e dependente do Estado e este, por não ser competente naquilo que lhe é específico, torna-se paternalista . Este Estado, paternalista por incompetência, torna-se caritativo, distribuidor de alimentos, de habitação e de medicamentos e, mais uma vez, com incompetência.

A sociedade cabe a prevenção ao nível das estruturas. Às organizações políticas, às organizações civis não estatais cabe a ação preventiva mais abrangente de remover estruturas arcaicas impeditivas de se promover a saúde em todos os níveis.
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