Cotada para concorrer como candidata à vice-
-governadora em uma chapa pura do PSDB, depu-
tada federal Geovânia de Sá tem declinado desta
possibilidade. A bem da verdade, Geovânia não
tem porque meter a mão em cumbuca. Acreditar
que uma chapa pura do PSDB possa sair vitoriosa
na disputa governamental, em uma eleição alta-
mente instável como é a que se desenha em Santa
Catarina, é mais do que excesso de confiança.
Seria como trocar 99% de chances de se reeleger
deputada, por 1% de chances de se eleger vice-
-governadora.
Suplente de deputado estadual Manoel Mota
(MDB) diz que foi mal interpretado, no que diz
respeito ao seu descontentamento, em relação a
campanha eleitoral deste ano. De acordo com Mota,
nunca passou por sua cabeça a ideia de desistir de
um oitavo mandato. A intensão do ex-prefeito de
São Ludgero, Volnei Weber (MDB), de concorrer à
Assembleia, assim como a não liberação de recursos
governamentais intermediados por Mota, seriam os
motivadores dos dissabores do parlamentar. Ainda
assim, de acordo com ele, sua campanha está na rua
e será exitosa.
O
s últimos dias têm sido marcados
por uma intensa discussão sobre
a possibilidade de soltura do ex-
-presidente Lula da Silva (PT),
condenado à 12 anos de prisão
por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Lula
foi encarcerado por conta da suposta compra de um
triplex que teria sido pago com dinheiro de corrupção.
Uma nova pena deverá lhe ser atribuída por conta de
um sitio em Atibaia (SP), que também, supostamente
é seu, fruto de corrupção.
O pecado de Lula, no entanto, nem de longe está
preso a um triplex ou a um sítio. Se por isto, há de se
construir mais mil celas em Curitiba (PR), para tirar
de circulação as ratazanas que corroem os cofres do
poder público brasileiro há décadas.
O maior pecado de Lula consiste em ter traído
o povo brasileiro. Traição esta que tem duas faces.
Uma ligada aos conchavos feitos com as elites, sempre
sorrateiras. Do dia para noite, iludido com o poder, o
irmão dos pobres passou a usar black-tie. Trocou a
cachaça pelo vinho importado, o cafezinho preto pelo
chá das cinco. Seus amigos passaram a ser Marcelo
Odebrecht, Wesley Batista e José Carlos Bumlai.
A segunda face da traição está ligada a falta de
um plano decente de governo, que privilegiasse o
desenvolvimento sustentável de nosso país. Ao invés
de investir em produção, para multiplicação da renda,
Lula preferiu anestesiar às massas com programas
sociais eleitoreiros, que nada mais são que cabrestos
da eterna miséria. Um sistema tão perverso que até
mesmo a direita tem vergonha de lançar mão corri-
queiramente.
Lula jogou fora a chance de organizar o povo,
como fez Abraham Lincoln nos Estados Unidos,
Maratma Gandhi na Índia, Nelson Mandela da África
do Sul, e mesmo Getúlio Vargas no Brasil. Perdeu
a chance de ser eternizado como um estadista, pois
preferiu as amizades fáceis e a perpetuação da alie-
nação econômica nacional. Deixou de chamar para si
a responsabilidade pela real transformação nacional,
convocando a população para participar de uma
transformação total e irrestrita da sociedade brasileira.
Os astros estavam alinhados para isto. Alinha-
mento que talvez leve um século para se repetir, ou
que nunca mais se repita.
Ex-prefeito de Araranguá, Primo Menegalli (PR),
tem dito que seu filho, o prefeito em exercício da
Cidade das Avenidas, Primo Júnior (PR), está no
caminho certo, no que diz respeito às tratativas
junto à gestão pública. Conforme Menegalli, ainda
que esteja em seu primeiro mandato, Primo Júnior
demonstra extrema maturidade frente aos com-
promissos públicos e tem discernimento político
bastante apurado. “Se ele quiser seguir na carreira
política terá muito futuro”, comenta o ex-prefeito,
que, pessoalmente, descarta seu retorno a arena
das eleições.
Por unanimidade, Conselho de Ética da Câmara
Federal arquivou, ontem à noite, processo de cas-
sação que corria contra o deputado federal João
Rodrigues (PSD). O relator do processo, deputado
Ronaldo Lessa (PDT/AL), deu parecer pelo arqui-
vamento, no que foi seguido por todos os demais
deputados da comissão. Por conta disto, Rodrigues
se livra da cassação e é provável que consiga asse-
gurar sua candidatura à reeleição, em que pese sua
condenação em segunda instância. Vale lembrar
que seu processo não transitou em julgado, já que
há recursos, o que o beneficia numa análise no TSE.
Rolando Christian CoelhoRolando Christian Coelho
Jornal Correio do Sul
Quinta-Feira, 12 de Julho de 2018
[email protected] (48) 99945.6787
POLÍTICA
NOTAS
Comunicação pública e inovadora
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina
(Alesc) assumiu um desafio em 2010: ampliar a
sua transparência e modernizar. Para alcançá-lo,
a Diretoria de Comunicação da Casa se abriu para
transformações na estrutura e na forma de transmitir
as mensagens, adotando linguagem mais simples,
ampliando o número de canais e estimulando a par-
ticipação da sociedade.
Prestes a completar 50 anos, a Comunicação da Alesc é referência em comu-
nicação pública no país. Internamente, as ações fizeram com que a área deixas-
se de ser vista como mera ferramenta de visibilidade para passar a ser encarada
como instrumento de planejamento, tomada de decisões, operação e avaliação.
A criação do portal de notícias Agência AL, em 2012, foi o marco inicial da
nova fase. Ao agrupar todos os conteúdos produzidos pelos três veículos da Casa
- Agência AL, Rádio AL e TVAL -, o site alterou gradualmente a dinâmica do
setor. As baias de trabalho, que antes dividiam as equipes de cada veículo, saí-
ram de cena, dando origem a uma redação integrada, ambiente propício para a
inovação. Simultaneamente, a produção de notícias para consumo direto dos ci-
dadãos – apuradas por critérios
jornalísticos – foi se separando
da atividade de assessoria de
imprensa, responsabilidade hoje
de uma equipe que está fisica-
mente fora da redação, na Sala
de Imprensa.
O ingresso nas mídias so-
ciais começou em 2011, mas a
maturidade chegou poucos anos
depois, após vários testes e com a
flexibilização dos conteúdos
e linguagem informal. Tudo para informar e estimular a participação. E o
resultado veio.
Desde 2015 a página da Assembleia no Facebook cresceu mais de 200% no
número de curtidores e hoje é a maior entre todos os parlamentos estaduais do país,
com 119 mil seguidores. A instituição é, ainda, pioneira no uso do WhatsApp para
a divulgação de notícias. Está ainda no Instagram, no Twitter e no YouTube.
Com o sucesso nas redes e a busca por novos meios de dar acesso à informa-
ção, surgiu a estratégia de ocupação de espaços, definida pela diretora, jornalis-
ta Thamy Soligo, como “estar onde o cidadão está, no momento e na forma que
ele preferir”. A partir desta estratégia e do reconhecimento da força da imprensa
regional se consolidou a parceria entre o poder Legislativo estadual e os veículos
com sede fora da Capital, por meio de ações com potencial de alcançar todos os
catarinenses.
Tecnologia O Sebrae realiza nesta quin-
ta (12) e sexta-feira (13) a primeira edi-
ção do Startup Summit, evento nacional
voltado para startups. Durante dois dias
serão mais de 100 palestras, divididas em
seis palcos. Em Santa Catarina, o ecos-
sistema de tecnologia representa 5% do
PIB. Florianópolis possui a maior densi-
dade de startups do país e é reconhecida
como uma das principais cidades para se
empreender no Brasil. O Startup Summit
nasceu da vontade de criar mais conexões
para o ecossistema catarinense e agora,
com uma dimensão nacional, se consolida
como um dos principais ecossistemas de
startups do país. Mais de 2.500 pessoas
são esperadas no evento, que será realiza-
do no Centro de Eventos Luiz Henrique
da Silveira, na Capital.
Eleição A Convenção Estadual do PSD
foi marcada para o dia 21 de julho na As-
sembleia Legislativa. Os delegados co-
meçam a ser convidados para o encontro
partidário que definirá os candidatos ao
Governo, Vice, Senado, Câmara Federal e
Assembleia Legislativa. O PSD será o pri-
meiro partido a definir as candidaturas.
Aumento A partir do dia 22/08, a conta
de luz dos catarinenses vai ficar mais cara.
Nesta data, entra em vigor o reajuste anu-
al da Celesc. A alta deve ficar entre 10%
e 13%, segundo análise da Agência Na-
cional de Energia Elétrica (Aneel). Todas
as distribuidoras do país estão aplicando
reajustes nas contas de luz e a tendência é
que eles sejam altos por conta da falta de
chuvas e dos encargos do setor.
Colaboração de Thainá Rodrigues e Ronaldo Ferro
[email protected]
12/Jul/2018
Luis Debiasi/Agência AL
Com o Sebrae
todo mundo pode.
Esta é a última matéria da série. Leia todas as edições em scportais.com.br
O pecado de Lula não mora num
triplex, nem tem sítio em Atibaia
Nova gestão avalia como positivos os
primeiros 30 dias à frente do hospital
3Saúde
Jornal Correio do Sul
Quinta-Feira, 12 de Julho de 2018
P
agamento
dos salários
em dia, pro-
jeto em apro-
vação para
implantação de 10 leitos de
UTI, oferta de um profissio-
nal gastroenterologista, pron-
to socorro aberto 24 horas,
Dom Joaquim
pintura externa do prédio e
reforma do telhado do setor
de emergência.
Estes foram alguns avan-
ços apresentados pela direção
do Instituto Maria Schmitt e
do Hospital Dom Joaquim
(HDJ) de Sombrio a impren-
sa na manhã desta quarta-
-feira, quando também foi
feita uma avaliação sobre os
primeiros 30 dias de gestão
e anunciadas melhorias e
novas medidas que estão em
andamento.
Participaram da entrevis-
ta coletiva, o diretor adminis-
trativo do Instituto, Ricardo
Ghelere, o diretor do hospital
Valmiro Charão e o prefeito
de Sombrio Zênio Cardoso.
O Maria Schmitt adquiriu
o HDJ do Instituto Saúde e
Vida (Isev) e assumiu a sua
administração no dia 1º de
junho. Ontem, o prefeito deu
mais informações sobre os
bastidores dessa negociação.
“Chegou a um ponto em que
demos um ultimato ao Isev.
Ou eles largavam o hospital,
ou nós largaríamos, deixando
de repassar recursos”, disse.
Segundo Zênio, em busca de
solução para a situação que
era cada vez mais crítica no
Dom Joaquim, já estavam
sendo feitos contatos com o
Maria Schmitt, e a negocia-
ção foi agilizada com auxílio
do judiciário. De acordo com
Ricardo, o Maria Schimitt
assumiu as 50 parcelas de
R$ 29 mil que ainda preci-
savam ser pagas, e vai pagar
também as dez quitadas,
diretamente ao Isev.
De acordo com o di-
retor administrativo, por
enquanto o hospital é defici-
tário, porém, as perspectivas Marivânia Farias
Sombrio
G.C.S LTDA - ME CNPJ 17.467.695/0001-19
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Redação:
Gislaine Fontoura
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Publicações legais:
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Diagramação/Arte:
Erivaldo Ferreira (Aldo)
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Sul Gráfica
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Circulação/Assinatura
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são boas. A prefeitura de
Sombrio é a única a manter
convênio com o HDJ, repas-
sando R$ 80 mil mensais. A
atual gestão se diz otimista
para que Balneário Gaivota,
que já teve um repasse de
R$ 30 mil mensais, volte a
contribuir, e que Santa Rosa
do Sul e Passo de Torres acei-
tem a proposta de parceria
que receberão para também
firmar convênios.
Ao mesmo tempo, a
direção do hospital busca
a contratualização com o
governo do estado, recurso
fundamental para atendimen-
tos pelo SUS. Na próxima
semana, mais uma reunião
está marcada com a área téc-
nica da Secretaria de Estado
da Saúde, e nela deve ser
definida também a especia-
lidade que o hospital vai ser
referência na região.
Algumas mudanças o
Instituto Maria Schmitt ainda
não pode promover, por de-
pender de decisões externas
e da burocracia, mas uma de-
las, considerada fundamental
para o bom andamento dos
trabalhos, foi feita. Trata-se
do pagamento em dia dos
salários dos 36 funcionários
do Hospital D
om Joaquim.
A nova administração
encontrou quase três folhas
de pagamento atrasadas. Duas
já foram quitadas, os salários
de junho, de responsabilidade
da nova gestão, estão em dia e
até sexta-feira deve ser pago o
restante que falta relativo ao
mês de maio.
Segundo Ricardo Ghe-
lere, existe ainda uma dívida
de quase R$ 800 mil, com
a Receita Federal, encargos
trabalhistas e fornecedores,
que está sendo quitada.
Outra frente que andou e
está adiantada, é a de implan-
tação de 10 leitos de Unidade
de Terapia Intensiva. Possuir
UTI é uma das exigências
para que o hospital possa ser
credenciado a fazer cirurgia
bariátrica (redução de estô-
mago). Nesta mesma linha,
na próxima semana o HDJ
começa a oferecer os serviços
de um gastroenterologista,
como consulta e exames de
endoscopia e colonoscopia.
O pronto socorro, pon-
to mais crítico e que gera
maior reclamação em qualquer
unidade de saúde, voltou a
funcionar 24 horas no Dom
Joaquim, atendendo a todos
que o procuram. Por enquanto,
o setor recebe os pacientes na
recepção principal, pois a sua
ala está fechada por problemas
de estrutura física. Esta situ-
ação começa a ser resolvida
a partir da próxima semana,
quando inicia a reforma do
telhado. Neste mesmo período
estará acontecendo à pintura
externa do prédio. É preciso
fazer ainda mais, reconhece
a administração. Segundo
Ricardo, deixar o
velho Dom
Joaquim parecendo novo, exi-
giria um investimento de apro-
ximadamente um milhão de
reais. Nos serviços também são
necessárias melhorias, como a
contratação de mais um médi-
co para o pronto socorro. “Só
temos um, e quando chega uma
emergência, o atendimento as
demais pessoas para”, explica
Ricardo. Há ainda a possibi-
lidade de contratação de pelo
menos 10 funcionários a mais.
Para quem já estava vi-
vendo os dramas do HDJ, não
precisa um milhão para sentir
a diferença. Valmiro Charão
era diretor do hospital durante
a gestão do Isev, e permaneceu
no cargo. “É uma diferença
enorme, estou muito feliz
e temos perspectivas muito
boas”, enfatizou. Ele listou
melhorias como a disponibili-
dade de medicamentos, novos
equipamentos já adquiridos e
a satisfação dos funcionários
com os salários em dia.
O resultado pode ser visto
em números. São feitos em
média 80 atendimentos por
dia, quase o triplo do que era
registrado antes da mudança
de gestão, e as internações
voltaram a ser feitas.
O Dom Joaquim tem 52
leitos, e a intenção dos pro-
prietários é tentar ultrapassar
100, marca que permite avan-
ço significativo nos repasses
do governo federal. Ainda
em agosto, o hospital deve
transformar um quarto em
uma espécie de modelo, a ser
visitado depois por empresá-
rios interessados em colocar
suas marcas neles em troca
de ajuda na estruturação. A
proposta é que estes quartos
tenham frigobar televisão e
outras comodidades capazes
de atrair a população que bus-
ca qualidade na saúde.
Salários
em dia
Melhorias
já sentidas