Edward gargalhou, mas parou de repente, olhando por cima do ombro. "Obrigado, Aro.
Nós esperaremos lá embaixo".
"Adeus, jovens amigos", Aro disse, com os olhos brilhantes enquanto olhava na mesma
direção.
"Vamos", Edward disse, urgente agora.
Demetri fez um gesto para que o seguíssemos, e depois nós guiou pelo caminho de onde
viemos, a única saída pelo que parecia.
Edward me puxou rapidamente ao lado dele. Alice estava perto pelo meu outro lado, o
rosto dela estava duro.
"Não fomos rápidos o suficiente", ela murmurou.
Eu olhei pra ela, assustada, mas ela só pareceu pesarosa. Foi aí que eu ouví vozes
tagarelando - vozes altas, ásperas - vindas da antecâmara.
"Isso não é normal", a voz grossa de um homem estrondou.
"É tão medieval", um esguicho desagradável, uma voz feminina se fez ouvir no fundo.
Uma grande multidão estava passando pela porta, enchendo a câmara menor. Demetri
fez um gesto para que dessemos espaço. Nós nos pressionamos na parede fria pra deixá-
los passar.
Um casal na frente, Americanos pelo jeito deles, olharam ao redor com olhos
avaliadores.
"Bem vindos, visitantes! Bem vindos á Volterra!", eu podia ouvia a voz de Aro cantar
de dentro da grande sala redonda.
O resto deles, talvez quarenta ou mais, entraram depois do casal. Alguns estudavam
panfletos como turistas. Alguns deles até tiravam fotos. Outros pareciam confusos,
como se a história que os guiou até alí já não fizesse sentido.
Eu notei em uma mulher pequena, escura, em particular. Ela tinha um rosário ao redor
do pescoço, e ela segurava a cruz com força em uma das mãos. Ela caminhava mais
devagar do que os outros, tocando alguém de vez em quando pra fazer perguntas em
uma língua desconhecida. Ninguém parecia entendê-la, e a voz dela começou a parecer
mais cheia de pânico.
Edward puxou meu rosto para o peito dele, mas já era tarde demais. Eu já tinha
entendido.
Assim que a menor brecha apareceu, Edward me puxou rapidamente para a porta. Eu
podia sentir a expressão horrorizada no meu rosto, e as lágrimas começando a se
aglomerar nos meus olhos.
O corredor ornamentado com ouro estava quieto, vazio exceto por uma linda mulher,
parecida com uma estátua. Ela olhou curiosamente pra mim, em particular.
"Bem vinda ao lar, Heidi" Demetri a saudou atrás de nós.
Heidi sorriu ausentemente. Ela me lembrava de Rosalie, apesar delas duas não se
parecerem em nada - era só que a beleza dela, também, era excepcional, inesquecível.
Eu não parecia ser capaz de desviar a vista.
Ela estava vestida para enfatizar a sua beleza. Suas penas incrivelmente longas,
escurecidas com meias, estavam expostas pela mais curta das mini-saias. O top dela
tinha mangas longas e colarinho alto, mas era extremamente justo, e feito de vinil
vermelho. Seu longo cabelo cor de mogno era lustroso, e os olhos dela eram de um
estranho tom violeta - a cor devia ser resultado de lentes de contato azuis com os olhos
vermelhos.
"Demetri", ela respondeu com uma voz sedosa, seus olhos passando rapidamente entre o
meu rosto e a manta cinza de Edward.
"Boa pesca", Demetri a cumprimentou, e eu finalmente compreendi a roupa chamativa
que ela usava... ela não era só a pescadora, mas era também a isca.